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á homens que recebem honras por serem grandes empresários. Outros são honrados por
serem escritores famosos. Outros por ocuparem cargos públicos, como o Presidente da
República. Estes homens recebem medalhas, condecorações e honrarias, mas não há maior
privilégio que um homem possa receber; e não há maior honra que possa alcançar em vida do que ser
chamado: ministro de Deus. Ef 3.7-8 – “Fui feito ministro deste evangelho, segundo o dom da graça
de Deus que me foi dado segundo a operação do seu poder. A mim, o menor de todos os santos, me
foi dado esta graça, de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas insondáveis de
Cristo...”. Portanto, ser chamado por Deus para trabalhar na Obra é sem dúvida algo extraordinário.
Enquanto a salvação está para todos, o chamado ministerial é específico e apenas para aqueles a
quem Ele escolhe.
ÍNDICE
1. Chamada universal
2. Chamada ministerial
3. Chamada especifica
4. A chamada e a consagração
5. Nepotismo, quem escolhe os obreiros?
6. Dons ministeriais e espirituais
7. Maturidade ministerial e espiritual
1. Preparo Espiritual
2. Preparo Teológico
3. Preparo Acadêmico
1. Dons espirituais
2. Dons ministeriais
1. A História da Evangelização
2. A Grande Comissão
3. Evangelização: A principal tarefa da igreja de Cristo
4. Tipos de Evangelismo
5. Métodos de Evangelização
6. Razões porque alguns não Evangelizam
7. Porque Evangelizar e Fazer Missões?
8. O Semeador
9. As Três Fases da Evangelização
10. Evangelize hoje o Homem de amanhã
11. Missões um chamado para alcançar Nações
12. Tipos de Missões
13. Quem é Jesus?
Introdução
Esta é uma questão de alicerce. O crescimento aparente se fundamenta numa base que
ninguém pode ver porque encontra-se enterrada. Esta é uma importante lei da
edificação. Quando pensamos em alicerces, entendemos que também é necessário
crescer para baixo. Isto aponta para o trabalho de Deus nas nossas motivações. Sem este
fundamento aquilo que estamos construindo fica comprometido. Deus é capaz de
avaliar a intenção de cada esforço praticado. Deus vê além daquela impressão externa
que causamos nas pessoas. Obviamente, ele conhece nossas intenções mais íntimas.
I Sm 16.7.
Assim sendo, uma motivação corrompida já condena uma obra antes mesmo de ser
começada. É uma casa sem alicerces ou com alicerces subdimensionados. Por um lado
as coisas acontecem, mas por outro vão tornando-se cada vez mais instáveis e
vulneráveis. Chegará o momento em que a frágil resistência do alicerce exibirá sua
insuficiência sendo esmagada pelo peso próprio da obra. Esta é uma questão
"matemática". De fato, apesar das coisas no mundo espiritual não funcionarem de
forma imediata, elas funcionam com extrema precisão.
Nossa motivação é crucial no que tange a sermos qualificados como obreiros. O que
inspira nossas ações e motiva nosso serviço é tão relevante quanto a própria ação e o
serviço em si. Na verdade, todo esforço íntimo no sentido de impressionar homens nos
desqualifica perante Deus. Quando valorizamos mais a opinião humana do que a
aprovação divina, exibimos uma motivação espiritualmente corrompida que
compromete nosso serviço. Portanto este texto (II Tm 2.15) tem me ensinado muito ao
longo dos anos. Com ele aprendi que para ser aprovado, é preciso ser obreiro, estar
envolvido na obra, e mais do que simplesmente isso, é preciso não ter do que se
envergonhar. Manejar bem a Palavra da Verdade vem logo a seguir, mas sem sombra
de dúvida não vem em último lugar, apenas caracteriza o obreiro.
CAPITULO I
A CHAMADA DIVINA
» Chamada universal
» Chamada ministerial
» Chamada especifica
» A chamada e a consagração
» Nepotismo, quem escolhe os obreiros?
» Dons ministeriais e espirituais
» Maturidade ministerial e espiritual
I. Tipos de Chamada
Existe um ditado que diz: “Deus não chama os capacitados, porém, capacita os que Ele
chama”. Porém, acrescento o seguinte: “Deus chama os capacitados por Ele, e capacita
também os que Ele chama”.
3.1. Os Apóstolos foram chamados para uma missão especial. Gl 2.9; Ef 2.20
3.2. Paulo foi chamado para uma missão especifica. At 9.1-15. Gl 1.15-16
3.3. Barnabé e Saulo foram chamados para uma obra especifica. At 13.2-4
3.4. Bezaleel e Aisamaque foram chamados para a obra especifica. Ex 31.1-11
3.5. Noé foi chamado para uma obra especifica de construir a Arca. Gn 6.13
3.6. Abraão foi chamado para uma missão especifica. Gn 12.1-3
3.7. Jacó foi chamado de forma especial e com a missão especifica. Gn 28.12
3.8. José foi chamado de forma especial e para uma nobre missão. Gn 41.38-43
3.9. Moisés foi chamado com uma missão de libertar Israel do Egito. Êx 3.7-10
3.10. Josué foi chamado com a missão de fazer o povo em Canaã. Nm 27.18-23
3.11. Samuel foi chamado com a missão de realizar uma grande obra. I Sm 3.1-10
3.12. Davi foi chamado com uma missão especial, ser o rei em israel. I Sm 16.13
3.13. Eliseu foi chamado de forma especial para suceder o profeta Elias. I Rs 19.19
3.14. Isaías foi chamado para falar a respeito de Jesus no AT. Is 6.8-9
3.15. Jeremias foi chamado desde o ventre de sua mãe para ser o profeta. Jr.1.5
3.16. Ezequiel foi chamado para a missão de ser um atalaia de Deus. Ez 2.1-8
3.17. Amós foi chamado para profetizar ao povo de Israel. Am 7.15
3.18. Jonas foi chamado para uma missão especial, pregar para os ninivitas. Jn 1.2.
(1) - Vinde;
(2) - Ficai;
(3) - Ide.
2. Ficai – Em Lucas 24.49, Jesus disse aos seus discípulos: “Ficai na cidade, até que do
alto sejais revestidos de poder”. Esse “ficai”, fala da preparação que o obreiro precisa
ter. Antes de ir, o obreiro deve ficar em Jerusalém. Que simboliza o nosso lugar de
preparação, até que sejamos revestidos de poder e capacitados para exercermos o
nosso ministério. O obreiro chamado por Deus precisa investir na sua educação e
desenvolver a sua aptidão para o ensino da palavra de Deus. I Tm 3.2. Paulo aconselhou
a Timóteo se aplicar á leitura. I Tm 4.13. O obreiro chamado por Deus deve se aplicar á
leitura da Palavra de Deus e de outros bons livros.
3. Ide - A terceira fase da chamada ministerial é Ide. “Ide por todo o mundo e pregai o
evangelho a toda a criatura”. Mc 16.15. Para ir é preciso já estar preparado. Entre o
VINDE e o IDE deve haver um bom período de preparação. Os discípulos permaneceram
três anos e meio aprendendo aos pés do Mestre dos mestres. Paulo permaneceu um
bom tempo se preparando. Gl 1.15-18. Na fase do IDE, o obreiro chamado por Deus já
deve ter o selo da aprovação divina. I Tm 2.15. Tendo já a aprovação divina de seu
ministério, o homem chamado por Deus deve então obedecer o seguinte IDE: “IDE,
portanto, fazei discípulos de todas as nações...” Mt 28.19.
Portanto observamos que Deus nos chama para serviços diferentes, sempre em
conformidade com as nossas capacidades e para as necessidades que se apresentam.
Numa comunidade nem todos podem fazer o mesmo. Há distribuição de dons e
variedade de afazeres. A uniformidade de serviços seria mortal. O mesmo se aplica à
saúde do corpo social. Ela repousa sobre o fundamento da "biodiversidade". O chamado
ao serviço é sempre multiforme.
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O Espírito sopra onde quer e desperta gente para o trabalho na “lavoura de Deus”
conforme lhe agrada. Reconhecemos, entretanto que ao lado dos serviços espontâneos,
porém, existem os serviços estruturados. Neste caso falamos em "ministérios". Ef 4.11.
IV. A ESCOLHA
A Wikipédia, a enciclopédia livre, define Nepotismo como: Nepotismo (do latim nepos,
neto ou descendente) é o termo utilizado para designar o favorecimento de parentes
em detrimento de pessoas mais qualificadas, especialmente no que diz respeito à
nomeação ou elevação de cargos.
Nepotismo ocorre assim, quando, por exemplo, um funcionário é promovido por ter
relações de parentesco com aquele que o promove, havendo pessoas mais qualificadas
e mais merecedoras da promoção. Alguns biólogos sustentam que o nepotismo pode
ser instintivo, uma maneira de seleção familiar. Parentes próximos possuem genes
compartilhados e protege-los seria uma forma de garantir que os genes do próprio
individuo tenha uma oportunidade a mais de sobreviver.
Um grande nepotista foi Napoleão Bonaparte. Em 1809, 3 de seus irmãos eram reis de
países ocupados por seu exército. No contexto Evangélico, essa é a prática de favorecer
os parentes, principalmente filhos, netos, genros, noras, esposas, a cargos ministeriais
na igreja, como se isso fosse a coisa mais normal do mundo, ah! No mundo isso é normal,
mas, na igreja? É uma vergonha, mas, também tem.
Cerca da hora terceira saiu, e viu que estavam outros, ociosos, na praça, e disse-lhes:
Ide também vós para a vinha, e dar-vos-ei o que for justo. E eles foram. Outra vez saiu,
cerca da hora sexta e da nona, e fez o mesmo. Igualmente, cerca da hora undécima, saiu
e achou outros que lá estavam, e perguntou-lhes: Por que estais aqui ociosos o dia todo?
Responderam-lhe eles: Porque ninguém nos contratou. Disse- lhes ele: Ide também vós
para a vinha. Mt 20.1-7.
Jesus contou a parábola do fazendeiro que saiu a contratar trabalhadores para a sua
seara. Há duas funções que são bem definidas como sendo específicas do Senhor: o
recrutamento e o pagamento. Outros textos fazem referência a outros agentes
cooperando na seleção, mas não há qualquer base bíblica para se admitir um
trabalhador que não tenha experiência pessoal de chamado pelo próprio Fazendeiro, o
Senhor da Seara.
Brigar pela ordenação de alguém é um atrevimento, visto que se tenta tocar no papel
de Deus, uma aberração. Preocupa-nos casos pontuais em que os homens insistem
muito para consagrar alguém, podendo ser classificado como uso de força humana. Mais
grave quando se trata de consagrar um parente (nepotismo?). Deus não precisa de uma
“ajudinha” na parte que lhe cabe no recrutamento. Gideão é um bom exemplo. Por que
Deus se submeteu a tais testes. Infeliz o homem que provoca a sua própria chamada.
Está reservado a este o “Eu nunca vos conheci”.
O Senhor demonstrou preocupação com os que estavam sem o que fazer. Aquele que
mandou recolher os pedaços de pães que sobraram na multiplicação fica incomodado
com toda forma de desperdício, especialmente de recursos humanos que Ele mesmo
desenvolveu. Deve-se haver temor de Deus também na administração dos recursos. Ele
não convoca homens “sem missão” na praça da cidade para serem homens “sem
missão” na vinha.
O Senhor deseja que todos se sintam úteis. Não basta ir para a vinha, é necessário que
os líderes da escala consigam “encaixar” na rotina do trabalho e providenciar as
ferramentas para cada um que o Senhor convocava. O Senhor confiava que ao mandar
trabalhadores para a vinha eles não ficariam ociosos lá. Não é difícil imaginar que na
vinha havia alguns gerentes de áreas. Chegava um grupo de trabalhadores e dizia:
“Esteve lá na praça um Senhor assim e assim e ele nos disse para vir trabalhar aqui na
sua vinha e que no final ele nos daria o pagamento”. Aqueles gerentes, até por temor,
cuidavam de dar as ferramentas necessárias, algum treinamento e orientação quanto às
tarefas. Seria catastrófico se, em vez de encaminhar os novos convocados para o
trabalho, ficassem discutindo como o Senhor deveria fazer melhor o serviço dEle.
Colocar uma pessoa numa posição de liderança sem que Deus tenha falado é um dos
sintomas da apostasia que a igreja vive hoje. Por mais integra que a pessoa possa ser,
isto pode trazer sérios problemas tanto para o ministério do líder desta pessoa, como
para a denominação onde ela esta congregando e principalmente para a própria pessoa.
A ansiedade por crescimento leva a aumentar os departamentos na igreja, e isto leva os
lideres a procurar pessoas para ocupar estes espaços criados.
Cada pessoa tem sua identidade em Deus, cada um tem um chamado importante a
desempenhar dado por Deus e para Deus. É necessário que os responsáveis pelas
ovelhas de Jesus às conduzam para aquilo que cada uma delas foi chamada por Deus
para ser e não as sobrecarreguem com seus próprios planos. Esta é uma das causas de
pessoas insatisfeitas dentro das denominações, (as envolvidas direta e indiretamente),
estão envolvidas nos planos e projetos de alguém e não nos de Deus para suas vidas.
Por melhores que possam ser as motivações e os planos do líder, se não estiver agindo
segundo os planos de Deus para sua vida, com certeza neste caminho ele vai se
encontrar com a frustração, stress, sobrecarga, abandono. Assim como em Babel,
quando não é o reino de Deus que esta sendo edificado, a confusão e o abandono
prevalecem.
Davi quis trazer à arca para seu devido lugar. Eu acredito que era vontade de Deus que
isso acontecesse, mas ouve um problema sério aqui. A motivação de Davi era boa, mas
o principio não. Isto nunca da certo. Davi colocou a arca num carro novo puxado por
bois. Tenho certeza que ele mandou “separar” o melhor dos carros e os melhores (mais
bonitos) dos bois. Mas o que Deus havia mandado “separar” para carregar a arca eram
os sacerdotes. Davi extrapolou aqui quando escolheu um carro (um tipo de carroça) e
separando à animais para este serviço. O resultado foi que descobriram que Deus não
estava com eles. Uzá morreu fulminado. E porque logo Uzá foi tocar na arca? Deus não
nos deixa sem resposta. Uzá significa “braço ou força do homem, ou força da carne”.
Depois de questionar a Deus, Davi cai na real e enxerga sua obstinação. Havia ficado tão
empolgado, e quem sabe, querendo mostrar serviço que ignorou os princípios de Deus.
Desobedeceu e toda desobediência trás consequências amargas. Isto trouxe não apenas
exposição do pecado do líder, mas também desestrutura para a família de Uzá. Davi se
esqueceu por um momento que o carro que trás a graça e a benção de Deus chama-se
obediência. Depois de se arrepender Davi coloca as coisas em seu devido lugar:
obediência e dependência aos princípios de Deus.
Hoje muitos homens e mulheres de Deus estão sofrendo sem entender o porque de
algumas tragédias, vergonhas, abandonos, sonhos e projetos começados, mas não
concluídos. É preciso fazer um autoexame. Pode ser que os sonhos que se está
perseguindo não são os de Deus. Quem sabe se como líder não esta consagrando alguém
que Deus não consagrou. Será que em nosso ministério “o carro e os bois” estão no lugar
dos princípios de Deus. Infelizmente, por muito tempo, alguns líderes têm atropelado
um principio de Deus. O principio é que somente Deus consagra o homem e não o
homem quem consagra o homem. Separar significa “consagrar”, e cada consagração é
confirmada com unção. A unção é a testificação de Deus que tal pessoa já “é” e não que
vai “ser”.
Isaque e não Ismael, Jacó e não Esaú, José entre seus irmãos, Davi entre seus irmãos,
Paulo e não Matias, Saulo e Barnabé, só pra citar alguns exemplos, nos ensinam que é
Deus quem escolhe e consagra, o homem apenas executa a ordem segundo a vontade
de Deus. Sempre que o homem consagrou a outro sem que Deus o tivesse escolhido o
resultado final foi divisão, discórdia, feridas, ciúmes, desconfiança, boicotes, morte física
e espiritual. Lembre-se: O Senhor não escolhe os soberbos, porém estende as mãos aos
humildes. Ele não arregimenta o ancião por sua experiência, nem o jovem por sua força,
mas o servo por sua obediência. O Deus eterno não precisa de um guerreiro para vencer
um gigante, mas de um pastor que o adore.
Irmãos, reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios
segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo
contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e
escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as
coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada
as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus. I Co 1.26-29.
Deus não ENXERGA como enxerga o homem. Nm 27.21a. E se porá perante Eleazar, o
sacerdote, o qual por ele consultará, Segundo o juízo de Urim, perante o Senhor; Porém
o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a grandeza da sua
estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o
homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração. I Sm 16.7.
Deus não ESCOLHE como escolhe o homem. Nm 27.21b. Conforme o seu dito, sairão, e
conforme o seu dito entrarão, ele, e todos os filhos de Israel com ele, e toda a
congregação. At 9.15, disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso
escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel.
Deus não SEPARA como separa o homem. Nm 27.22 E fez Moisés como o Senhor lhe
ordenara; porque tomou a Josué e apresentou-o perante Eleazar, o sacerdote, e perante
toda a congregação; At 13.2 E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito
Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.
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Como Jesus Cristo escolheu os seus discípulos? Que critérios ele usou nessa escolha?
Como ele trabalhou com a sua liderança? Ele chamou homens diferentes para fazer
parte à liderança da igreja - Jesus escolheu doze homens totalmente diferentes.
Escolheu um homem temperamental e falante como Pedro. Investiu em pessoas de
estopim curto, filhos do trovão, como Tiago e João. Chamou pessoas pacatas como
André; pragmáticas como Filipe; preconceituosa como Bartolomeu; incrédula como
Tomé. Chamou um homem da situação como Mateus e um oposicionista revolucionário
como Simão, o zelote. Escolheu outros que viveram sempre no anonimato como Tiago,
filho de Alfeu e Tadeu. Chamou até mesmo, Judas Iscariotes, o traidor. Jesus não
escolheu esses homens porque eram perfeitos. Jesus investiu neles. Trabalhou com eles.
Gastou tempo com eles. Ensinou-os. Corrigiu-os. Amou-os. Depois, revestiu-os com o
poder do seu Espírito. Suas vidas não continuaram sendo as mesmas. Eles foram
transformados pelo Espírito para transformarem o mundo. O método divino não
mudou.
A ESCOLHA de Deus, não está vinculada a aceitação popular: Historicamente, muitos
que foram escolhidos não tinham as credencias e a aprovação popular como na
chamada de Moisés, Davi, Gideão, Amós e tantos outros, porém, Deus escolhe pessoas
que ninguém escolheria. I Co 1.26-29. Deus nem sempre escolhe para a Sua obra
homens dos maiores talentos. II Co 3.5. O critério na escolha do obreiro é de Deus e não
do homem e Deus não escolhe alguém pelo status, pelo carro que possui, pela roupa
que veste, pela cultura. Ele não os escolhe pelos seus atributos físicos, mas pelos seus
atributos espirituais e morais.
5. A CHAMADA e a CONSAGRAÇÃO para a obra de Deus
A chamada para o ministério, embora reconheçamos a diversidade de critérios adotados
por algumas lideranças, é um ato exclusivo de Deus. Por isto, não é possível aceitar outro
critério, conceito ou nepotismo ministerial, pois a chamada é um ato soberano do
Senhor. Mc 3.13,14; Hb 5.4. É o Senhor Jesus quem escolhe. Jo 15.16. Nós apenas
reconhecemos a escolha divina e invocamos as bênçãos de Deus sobre o ministro
consagrado. At 13.1-4. Compreendemos que a separação para o ministério ou
consagração é sempre posterior à chamada. A consagração ou separação é o ato solene
do ministério ou presbitério, mediante a imposição de mãos dos pastores.
Reconhecemos que ainda que a consagração, não dependa necessariamente do tempo
de conversão, atividade ou prática na obra de Deus, mas, não podemos ignorar a
recomendação de Paulo, I Timóteo 3.6 - Não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não
caia na condenação do diabo. MUITOS TÊM A CHAMADA, mas, ainda não foram
reconhecidos ministerialmente por causa de sua imaturidade, porém a pessoa
vocacionada certamente desenvolverá o seu potencial de forma gradativa, até chegar a
uma posição definitiva. Por isso não deve haver nenhuma precipitação para definição
ministerial por parte dos obreiros ou mesmo da igreja. A igreja no tempo oportuno
apenas reconhece, que a pessoa fora escolhida e separada para a obra, pelo Espírito
Santo, At 13.2,3,4.
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ANOTAÇÕES
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CAPITULO II
Como líder, o obreiro cristão tem de se ajustar a perfil contextualizado sem perder a
visão da sua chamada, sem perder a sua identidade espiritual, sem perder a humildade
me Cristo Jesus e acima de tudo manter-se fiel ao compromisso com a volta de Jesus. Lc
18.8; I Ts 4.13-18.
I. TEMPO X PREPARAÇÃO
Por isso não deve haver nenhuma precipitação para definição ministerial por parte dos
obreiros ou mesmo da igreja. A igreja no tempo oportuno apenas reconhece, que a
pessoa fora escolhida e separada para a obra, pelo Espírito Santo, At 13.2,3,4. Sabemos
que não é da noite para o dia que se forma um líder, como não é da noite para o dia que
se adquire relacionamentos saudáveis.
Por isto, podemos afirmar que escolher líderes no reino de Deus não é simplesmente
separar uma pessoa e titulá-la como “líder”. Mas é separar uma pessoa e gerar uma
capacidade de liderança para que haja eficácia no ato de liderar e manter essa
capacidade. Devemos considerar também que os grandes líderes foram sendo
preparados gradativamente e muitas vezes em circunstâncias adversas.
Paciência: Muitos entram na luta e esperam sem desistir, até que o Espírito Santo
complete a obra. Davi foi ungido rei de Israel nos primeiros anos do reinado de Saul,
porém, só veio tomar posse depois da morte do rei (Saul) que governou quarenta anos,
At 13.21. Davi teve várias oportunidades de depor Saul a força! Porém, preferiu esperar
no Senhor. Davi soube esperar pelo tempo de Deus.
Outro exemplo, impressionante, é a história de Paulo, que de acordo com o seu próprio
relato, só foi separado e enviado oficialmente à obra missionária 14 anos depois de sua
conversão. Apesar de ter sido criado aos pés de Gamaliel e consequentemente ter
adquirido um grande conhecimento, teve que adquirir novos conhecimentos e
experiências no deserto da Arábia pregando a Palavra. Conforme o registro bíblico, ao
retornar de Damasco para Jerusalém, sede da igreja primitiva, não foi bem recepcionado
pelos apóstolos e houve certa resistência, também, por parte de alguns irmãos, o que
acabou, gerando a necessidade da interferência de Barnabé, que apresentou então
Paulo, para que fosse aceito na comunidade da igreja mãe, Gl 1.18-22.
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Aimaaz – II Sm 18.19:23,29. Era filho do Sacerdote Zadoque, Aimaaz tinha nome, tinha
pressa. Más Aimaaz não tinha mensagem. Que fará um Obreiro do Senhor sem
mensagem para o povo? Aimaaz é o tipo do Obreiro separado antes do tempo, enviado
antes do tempo. Que vai se chamado; que vai sem ser chamado. Vejamos o
companheiro de Aimaaz: I Sm 18.29. Ele não tinha nem nome, mas tinha mensagem!. II
Sm 18.30.31.
Portanto, o obreiro é como um soldado que precisa estar preparado e pronto para o que
der e vier, ele tem que servir sob quaisquer circunstâncias e sem questionar, porque
para isso foi chamado.
» Preparo Acadêmico
» Preparo Teológico
» Preparo Espiritual
1. Preparo ACADÊMICO
Seja zeloso nos estudos e aprecie a excelência acadêmica! O obreiro deve ser estudioso,
mantendo-se em dia com o pensamento teológico, com a literatura bíblica e a cultura
geral. II Tm 3.15-16; 3.2. Cuidado com os conselhos de que obreiro não precisa estudar
muito. Isso é uma falácia. Cuidado com o lado prático também. É o outro lado da moeda.
No período de estudos, de prioridade a tal, mas não vire um acadêmico somente.
Concilie seu preparo acadêmico com uma intensa vida devocional. É fato para o obreiro
que quem chama, prepara, envia e cuida é Deus, mas na Bíblia há exemplos claros de
homens de Deus que tiveram um preparo intelectual e cultural para atender demandas
divinas:
a) MOISÉS – entendido em toda ciência do Egito.
b) LUCAS – Médico cujo evangelho foi escrito aos Gregos (a nata intelectual da
época) e procurou apresentar Jesus como o homem perfeito que tanto eles esperavam.
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Porque não deveríamos fazer o mesmo? Portanto, Paulo era um homem altamente
intelectual que não perdia uma oportunidade de arrazoar com os gentios acerca das
Escrituras (At 17.1) ou de enfrentar com argumentos, os filósofos da época (At 17.18),
inclusive citando poetas pagãos por pelo menos três vezes em seus escritos (At 17.28, I
Co 15.33, Tt 1.12) e ainda ensinando na Escola de Filosofia de Tirano. At 19.9.
d) APOLO (At 18.24-28) – Outro que merece menção por sua habilidade de persuasão e
oratória é Apolo que usava de suas habilidades naturais para convencer os judeus, por
meio das Escrituras, que o Cristo é Jesus. At 18.28. Em cinco ocasiões, apenas nesses
três capítulos de Atos, são usadas as palavras persuadir (At 17.4, 18.4, 19.8), convencer
(At 18.28) e arrazoar. At 17.2. Tais palavras se referem essencialmente ao uso do
intelecto.
Lucas diz que Apolo era ‘poderoso’ no uso das Escrituras. ‘Poderoso’ era um termo
retórico para lógica e persuasão. Ele aprendeu a arte da habilidade nos debates e em
sua educação secular e usava isso de maneira excelente, ‘demonstrando’ (outro termo
retórico) pelo Antigo Testamento que Jesus era o Messias prometido. At 1.18.24. Pelos
padrões do primeiro século, é apresentado como um formidável judeu cristão,
apologista e debatedor, e combina seu conhecimento exaustivo do AT com sua
educação secular na arte da retórica (compare Apolo com outros pregadores, os quais,
em termos de educação formal, eram descritos como ‘sem letras e indoutos’ At 4.13).
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Muitas vezes o Obreiro cai na mediocridade de pensar que Deus fará tudo por ele. Não
é bem assim, Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança e isto segundo Josemar
Pereira significa que imagem quer dizer relação simbólica, cópia e sombra, e semelhança
é a invocação dos traços, natureza; é algo parecido. Outros intelectuais que
possibilitaram o desenvolvimento do cristianismo no mundo foram: Tertuliano, João
Crisóstomo, Agostinho, Tomas de Aquino, Martinho Lutero, etc.
Preparo TEOLÓGICO
Conhecimento é uma coisa muito importante. Todo mundo concorda com isso. As
grandes empresas buscam pessoas que tem um bom conhecimento; os professores na
escola preparam os seus alunos para isso; os pais acham isso muito importante e por
isso eles mandam os seus filhos para escola, para ter conhecimento. Então, o
conhecimento em geral é uma coisa importante. É evidente que o da Bíblia é importante
e imprescindível e mais ainda ao obreiro.
Num certo momento Deus reclamou sobre isso e disse. Oséias 4.6: O meu povo está
sendo “destruído”, porque lhe falta o “conhecimento”. O povo de Deus não conhecia
bem a vontade de Deus; por causa disso eles fizeram coisas erradas; por causa disso eles
ultrapassaram a lei de Deus; e por causa disso eles foram castigados e levados em exílio.
Quem foi responsável por isso? Quem causou isso? Pode ser o povo mesmo que não
quer aprender nada. Como numa escola. Às vezes as crianças são rebeldes e não querem
aprender. Isso é possível, sim. Mas há mais uma possibilidade. Pode ser que os
professores não são bons. Pode ser que os professores não ensinam nada ou ensinam
coisas erradas aos seus alunos. Assim foi a situação em Israel. Pois no mesmo versículo
(4.6) Oséias diz: “O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento.
Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento”. Sacerdotes sem conhecimento. Isso
é um grande perigo para o povo de Deus. Por causa disso o povo de Deus foi destruído.
Líder sem conhecimento, Deus não aceita e por isso ele disse: “Tu rejeitaste o
conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim;
visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos”.
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Se um sacerdote ignorante não der atenção aos filhos de Deus, Deus não dará atenção
aos seus filhos; Oséias está dizendo isso. E não somente Oséias, mas também Malaquias.
2.7.
Infelizmente muitos lideres por ignorarem este preparo, ficam fragilizados, vulneráveis.
O líder não pode trabalhar bem, sem interagir com a teologia até porque tudo o que
fazem está ligado a ela. Na atualidade a Teologia é desvalorizada, pois nem aqueles que
mais precisam a valoriza. E muitos ainda dizem: Teologia??? Para que teologia??? Eu
tenho chamado de Deus, portanto não preciso de teologia. Deus me vocacionou e isto
basta.
Como pode um cirurgião de coração achar que basta ter vocação para ser cirurgião e
não estudar medicina com suas especialidades? Fazer cirurgia de coração só por golpe
de vista ou experiência de vida não basta. Imagine a pessoa abrindo o coração do
paciente e pensando: ”Meu Deus para que serve esta veia? Se eu cortar esta veia será
que vai resolver? Seja o que Deus quiser...” Têm muitos líderes que não estão
percebendo a importância do seu ministério e é por isso que dão desculpas esfarrapadas
como esta: “Não tenho tempo para teologia, só tenho tempo para joelhologia”. O
apóstolo Paulo valorizava o preparo intelectual. II Tm 4.13.
O famoso teólogo John Stott costuma dizer que se tivesse apenas 3 anos de vida
restante, passaria 2 anos estudando e usaria o último ano para pregar. Essa é uma lição
importante e que deve ser considerada. Muitos vocacionados são levados por um censo
de urgência sem propósito. Suas justificativas muitas vezes vêm acompanhadas de
frases como: “As almas estão morrendo enquanto vocês exigem que eu estude!”,
contudo, quando estamos dormindo almas estão perecendo, quando estamos tomando
banho elas também estão “morrendo”, enfim, temos que ter consciência que o Salvador
é Jesus e nós seus instrumentos. E como tais, precisamos estar aptos a fazer o melhor.
Recomendação apostólica:
“Antes crescei” – A vida cristã normal deve ser um crescer constante para a maturidade
espiritual, como mostra II Coríntios 3.18: “Somos transformados de glória em glória na
mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.” Esse crescimento transformador deve
ser homogêneo, uniforme, simétrico; caso contrário virão às anormalidades com suas
consequências. Lembremo-nos do testemunho do apóstolo Paulo sobre si mesmo em I
Coríntios 13.11, e o comparemos com o depoimento bíblico de Atos 9.19-30 e 11.25-30.
Um crente sempre imaturo na graça e conhecimento de Deus é também um problema
contínuo para ele mesmo, para outros à sua volta e para a sua congregação como um
todo. E pior ainda é quando o cristão desavisado cuida apenas de seu conhecimento
secular, terreno, humano, social, e também quando cuido do conhecimento bíblico e
teológico sem antes e ao mesmo tempo renovar-se no poder do Alto, o poder do Espírito
Santo, que nos vem pela imensurável graça de Deus em suas riquezas. Ef 2.7. Tudo
mediante nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
Portanto é imprescindível o preparo tanto espiritual, como teológico para estar a serviço
do povo de Deus. Se Moisés, Davi, Paulo e até Jesus Cristo se preparam para servir, por
que eu e você não precisamos deste preparo?
Preparo ESPIRITUAL
A maior prioridade da liderança da igreja não é fazer a obra de Deus, mas ter comunhão
com o Deus da obra. O que nos qualifica para a liderança não é o ativismo, mas a
intimidade com Deus. O ser vem antes do fazer. A vida vem antes do trabalho. Deus está
mais interessado em quem somos do que no que fazemos. Deus está mais interessado
em caráter do que em carisma. Ele está mais interessado em nossa vida do que no nosso
trabalho. Jesus chamou os apóstolos para estarem com ele. Esse é o primeiro chamado
da liderança. Não podemos apascentar o rebanho se não conhecemos intimamente o
Senhor do rebanho.
Jesus necessitava de um tempo a sós com o seu Pai. Lc 5.16. No versículo anterior é
explicado que a fama de Cristo estava se espalhando e o êxito de seu ministério o
compelia a gastar mais tempo com Deus. Em meio a um ministério cada vez mais
movimentado, ele se isolava da multidão para ter um tempo em silêncio. Em Marcos
1.35 ficamos sabendo que Jesus antes de começar seu dia de trabalho gastava tempo
com o Pai.
Ralph Neighbour Jr. adverte: "Se você tem de fazer uma escolha entre orar e fazer,
escolha orar. Você realizará mais, e então alcançará mais pelo que faz, porque você
orou!", Martinho Lutero contou que quando estava muito ocupado precisava gastar três
horas pela manhã com Deus. John Welch frequentemente gastava de sete a oito horas
por dia em oração reservada. J. O Frasier, um missionário que trabalhava com as tribos
lisus da China ocidental, gastava metade do seu dia em oração e a outra metade em
evangelismo. David Cho, que pastoreia a maior igreja na história do cristianismo, atribui
o crescimento da sua igreja ao tempo investido em oração.
Deus irá revelar quanto tempo ele quer gastar com você cada dia. Líderes eficientes não
precisam abandonar o seu trabalho e sua família e gastar oito horas por dia em oração.
No outro extremo, no entanto, devocionais "fast food" pouco ajudam. Leva tempo para
desligar-se dos pensamentos e preocupações que acompanham a vida diária. Mike
Bickle afirma que "Quando você a princípio gasta 60 minutos em um período de oração
não se surpreenda se terminar com apenas 5 minutos que você consideraria tempo
qualitativo."
O líder vocacionado por Deus em nenhum momento pode negligenciar sua vida
devocional. Parece até que alguns líderes têm uma noção errada do que seja vida
devocional. Conquanto seja incontestável a necessidade de estabelecer tempo diário
para regrar a vida com momentos específicos de devoção a Deus, a comunhão não se
limita àquele tempo. Aparentemente, eles buscam experimentar comunhão com Cristo
apenas nos momentos especificamente destinados a isso. Entretanto, quem possui uma
vida devocional plena desfruta de comunhão com Deus em “todos” os momentos. Sl
55.17.
Quanto mais leio a Palavra, mais compreendo que a vida cristã não é fazer alguma coisa
para Jesus, é viver com Ele! Tenho entendido que nos últimos tempos Deus está
reintroduzindo uma visão perdida com o passar dos anos. O que, verdadeiramente, é a
vida cristã? A começar por mim, tenho reaprendido a responder a esta pergunta.
Em Lucas 10, através do encontro com as irmãs Marta e Maria, o Mestre ensina que é
mais importante para o Reino o que somos como cristãos, do que o que fazemos. A vida
cristã tem de começar aos pés do Mestre para ser capaz de terminar nos pés do próximo.
Há líderes que confundem compromisso com agenda cheia. Até pode ser esta a visão do
mundo. Mas está errada! Os maiores executivos expõem com orgulho os seus
calendários totalmente ocupados. Eles dizem: “Não tenho tempo para nada!” O
mercado julga que quanto mais compromissos, melhor será o executivo.
Jesus, o nosso exemplo, nunca quis preencher uma agenda. Ele não tinha uma ocupação,
ele tinha um modo de viver. A visão que se tem hoje é de que quanto mais
responsabilidade (atividades) o líder tem na igreja, mais maduro ele é. Deus nos tem
convidado para ver as coisas de uma perspectiva diferente. Até certo ponto, nova!
Muitos têm aprendido nos últimos anos que os nossos calendários cheios determinam
o quanto uma igreja é “boa”! Por isso, tanto seminários, congressos, clínicas, culto disso,
daquilo... Haja espaço nas agendas eclesiásticas! Temos colhido como fruto desta visão,
crentes fracos e despreparados para enfrentar a vida. Acredito que seja este um dos
principais (senão o principal) fatores para a queda de tantos líderes. O modelo de
ministério que mais aparece é aquele que é voltado para os holofotes. Quase sempre os
holofotes não são capazes de firmar os fundamentos de uma vida cristã saudável. Há
muitas tarefas para cumprir, mas nenhum valor para se viver.
Nós passamos os anos correndo de um lado para o outro inventando meios, métodos e
fórmulas de se fazer alguma coisa para agradar a Deus. Isso nunca surtirá efeito
duradouro. Deus convida você líder para aprofundar o seu relacionamento com Ele. Este
é o novo olhar para o sentido da vida cristã. Não é fazer para ser, mas SER para fazer!.
Antes de começar a fazer a obra de Deus, você precisa deixar que Ele comece a fazer a
obra dEle em você!. E capacitar você:
CAPITULO III
Acontece que um talento natural, quando dedicado a Deus e usado sob Sua direção
torna-se, de modo prático, em carisma, ou seja, dom para serviço. Há dons diferentes
para crentes diferentes, como também os mesmos dons podem ser doados para pessoas
diferentes.
Introdução
Vemos este fato ilustrado no trabalho de Paulo em Corinto. Ele nos diz que foi àquela
cidade “em fraqueza, e em temor, e em grande tremor”. I Co 2:3. A sua pregação não
consistiu em palavras persuasivas de sabedoria humana, pois reconheceu que a sua
própria capacidade e o seu esforço não seriam suficientes para realizar o trabalho do
Senhor. Seria necessária a demonstração do Espírito e de poder. I Co 2:4. A obra do
Senhor não pode ser feita com capacidade carnal, nem tão pouco poderá ser feita por
meios mundanos.
Quantas vezes erramos neste ponto! Quantas vezes cristãos, bem intencionados,
tentam fazer a obra do Senhor fiados na sua própria capacidade e conhecimento. Logo
que sentem que os resultados desejados não estão aparecendo, passam a culpar os
métodos “antiquados” que estavam usando. Começam, então, a buscar meios mais
“eficientes” e adotam os mesmos métodos que dão resultados nos projetos dos
incrédulos. Ignoram que na obra do Senhor, estes métodos são desastrosos. A obra do
Senhor não depende de melhores métodos, e sim de mais dependência no Espírito, que
operará através dos dons que concedeu aos salvos.
I. Considerações Gerais
Falamos em línguas quando queremos, ou nos é concedido falar pelo Espírito. I Co 12.7?
Tem até um padre na internet que ensina a falar em língua. Demos aqui o exemplo do
dom de línguas, mas nenhum outro pode ser manipulado por quem quer que seja. Pode-
se manipular pessoas, mas não os verdadeiros dons espirituais aqui tratados, que
manifestam-se eventualmente, inesperadamente e imprevisivelmente.
2. A concessão dos dons espirituais não está fundamentada nos méritos humanos. I Co
12.11b, 18. É o Espírito que distribui os dons, a cada um, como bem quer
(soberanamente). Cargos e funções na igreja podem ser concedidos pelos líderes por
amizade, paternalismo, politicagem, interesses pessoais etc., mas o Espírito não age
assim. Ele é santo e reto. Não se barganha com o Espírito, nem ninguém pode comprá-
lo.
3. Os dons espirituais não nos tornam melhores do que ninguém. I Co 12.10-27. Os dons
espirituais não são um atestado de boa conduta, nem transforma o caráter cristão.
Apesar da manifestação dos dons na igreja de Corinto, uma série de problemas de
ordem moral, familiar, eclesial, lá acontecia. Os portadores dos dons espirituais não são
crentes de primeira classe, nem devem se vangloriar pelos dons, pois são concedidos
para a edificação pessoal e da igreja (I Co 14.4) mediante a graça e a misericórdia de
Jesus.
4. O dom de profecia é mais útil e superior ao dom de línguas. I Co 14.1-5. Deixemos que
o próprio texto bíblico no fale: “Segui o amor e procurai, com zelo, os dons espirituais,
mas principalmente que profetizeis. Pois quem fala em outra língua não fala a homens,
senão a Deus, visto que ninguém o entende, e em espírito fala mistérios. Mas o que
profetiza fala aos homens, edificando, exortando e consolando. O que fala em outra
língua a si mesmo se edifica, mas o que profetiza edifica a igreja. Eu quisera que vós
todos falásseis em outras línguas; muito mais, porém, que profetizásseis; pois quem
profetiza é superior ao que fala em outras línguas, salvo se as interpretar, para que a
igreja receba edificação.” É triste e lamentável ver na igreja irmãos serem tidos por
“menos” espirituais por não falarem em línguas, ou não falarem em público.
2.1. Apóstolos,
2.2. Profetas,
2.3. Evangelistas,
2.4. Pastores
2.5. e doutores.
3. Outros dons
Conclusão: Deus não planejou que o corpo de Cristo fosse organizado em torno do
modelo ditatorial, em que um único indivíduo governa, por mais benévolo que seja o
governo de tal homem. Por outra parte, Ele também não tencionou que seu Corpo fosse
uma estrutura em que todos os membros governam. Ao invés de uma ditadura radical
ou de uma democracia ampla, Deus preferiu criar o corpo de Cristo como um organismo
que tem a Cristo como cabeça, e cada membro funcionando com algum dom espiritual.
Compreender os dons espirituais, portanto, é a chave que nos permite entender a
organização da Igreja.
A igreja deve buscar “com zelo os melhores dons” (I Co. 12.31), mas principalmente o
de profetizar. A razão para a prioridade desse dom é a edificação da igreja, considerando
que o falar em línguas edifica apenas a si mesmo, a menos que sejam interpretadas. I
Co. 14.2. Por isso, aquele que fala línguas deve buscar interpreta-las. I Co. 14.5-14. Paulo
dá o testemunho que prefere falar, na igreja, cinco palavras com entendimento, do que
dez mil palavras em língua estranha. I Co. 14.19. O culto, por assim, dizer, não pode se
restringir a um “festival” de línguas estranhas. O dom de línguas deva ser motivado
quando os crentes estiverem sozinhos em suas devoções particulares. Esse é o caminho
do amadurecimento espiritual, saber quando se deve ou não falar línguas. I Co. 14.20.
Quanto à profecia, que falem dois ou três e outros julguem (I Co. 14.29-31-32), isso
mostra que o dom profético não é canônico, como a escritura, infalível, por isso, deva
ser julgado à luz da Escritura. Paulo admite que as pessoas podem acrescentar seus
próprios sentimentos. Talvez isso tenha acontecido quando os de Tiro, “pelo Espírito”,
exortaram Paulo para que não fosse a Jerusalém. At 21.4,11,12. Aquelas profecias não
foram infalíveis porque outras passagens, como a de Atos 9.16, 27.23,24, revelam que
era a vontade de Deus que Paulo fizesse aquela viagem.
Anotações
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Evangelista
Segundo o Coração de Deus
Efésios 4.11 “E Ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para
EVANGELISTAS, e outros para pastores e doutores.” Embora todos devam evangelizar não
significa que todos têm o dom de evangelista. II Tm 4.5.
CAPITULO IV
1. O conceito de evangelista.
Filipe foi chamado de "o evangelista". At 21.8. Embora fosse um dos sete escolhidos para
aliviar os apóstolos da tarefa de distribuir alimentos (At 6.5), ele foi especialmente
notado por sua atividade evangelizadora. De Jerusalém, ele foi até Samaria e pregou
com grande sucesso. At 8.4. Dali foi enviado para evangelizar um oficial da corte etíope,
que estava viajando para casa depois de visitar Jerusalém. At 8.26. Então pregou o
Evangelho desde Azoto até Cesárea, onde tinha sua casa. At 8.40; 21.8.
Outrossim, nem na primeira epistola aos Coríntios e nem na epístola aos Efésios se vê
qualquer tentativa de enumerar todas as gradações do ministério cristão. Por exemplo,
nenhum desses livros inclui os «diáconos», o que, naquele tempo, era um oficio
distintivo na igreja, e apenas a epístola aos Efésios menciona especificamente os
«pastores».
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Alguns pastores modernos têm caído no grave erro de se tomarem pouco mais do que
evangelistas, deixando a sua gente essencialmente sem ensino e sem a capacidade de
pensar por si mesma. Os modernos evangelistas, que vão de igreja em igreja,
promovendo reuniões evangelísticas dentro das próprias comunidades cristãs, são
verdadeiros evangelistas. No entanto, fazem um trabalho menos útil e satisfatório do
que aqueles outros evangelistas que vão de porta em porta e também pregam em
lugares públicos, a fim de darem inicio a novas igrejas.
A vocação do evangelista é distinta. Paulo disse de Cristo: “E ele mesmo deu uns para
apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e
doutores querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério”. Ef 4.11.
A sabedoria divina previa o crescimento da Igreja e a consequente necessidade por
obreiros com dons diversificados. I Co 12.28.
2. O papel do evangelista.
Filipe era um dos sete diáconos, escolhidos para cuidarem da assistência social aos
primeiros crentes, na igreja nascente, nos primórdios do cristianismo. At 6.1-3. Tinha
qualidades espirituais que o credenciavam a ser mais que um diácono, encarregado de
ações sociais em favor dos pobres.
» A igreja viu nele um diácono.
» Deus o viu como evangelista.
» Era homem que tinha intimidade com Deus.
» O apóstolo Paulo, em sua reunião após o retomo de sua terceira viagem missionária,
“entrou em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete e ficou com ele".
At 21.8.
Atos 8.26-28. Um anjo do Senhor apareceu em várias ocasiões nas Escrituras, dando
instruções às pessoas. Neste caso, Filipe recebeu a instrução de ir para o Sul. De acordo
com a estratégia soberana de Deus, Filipe saiu para o lado da estrada quando encontrou
o tesoureiro da Etiópia voltando para casa depois de uma peregrinação a Jerusalém. A
Etiópia está localizada na África, ao sul do Egito. O eunuco era obviamente dedicado a
Deus, porque tinha viajado uma distância tão grande para adorar em Jerusalém. Este
homem pode ter sido um gentio convertido ao judaísmo. O fato de que ele tivesse uma
cópia do livro do profeta Isaías indica esta possibilidade. Da mesma maneira, possuir um
pergaminho das Escrituras (manuscritas, e, portanto, raras) era um sinal de riqueza.
Atos 8.29,30. O Espírito Santo instruiu Filipe a caminhar ao lado do carro. Uma vez mais,
Filipe obedeceu imediatamente. Ele ouviu o homem lendo o profeta Isaías. Depois de
observar por um momento, Filipe perguntou: “Entendes tu o que lês?” Ao fazer isto,
Filipe exibiu duas das mais importantes características de um evangelista eficiente: a
primeira delas é a paciência. Ele esperou para descobrir como estava a compreensão do
homem antes de mergulhar no Evangelho. Uma segunda característica é o poder de
observação. Filipe esperou uma oportunidade para conduzir o homem a um nível
significativo.
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Atos 8.31-34. O oficial da corte expressou a frustração que todo estudante da Bíblia, ao
longo dos séculos, sentiu de tempos em tempos: “Como poderei entender, se alguém
me não ensinar?” Esta perfeita introdução ao Evangelho foi até melhor, considerando a
passagem que ele estava lendo. Tendo sido convidado a acompanhar o eunuco no carro,
Filipe descobriu o lugar da Escritura que o eunuco lia – Isaías 53. Aqui Deus continuou o
seu trabalho soberano. Não há passagem melhor do que Isaías 53 para se ler no Antigo
Testamento quando se deseja visualizar um retrato de Jesus Cristo. A passagem é a
profecia de Isaías a respeito do grande Servo sofredor - a sua rejeição, o seu silêncio
diante de seus acusadores, a sua morte juntamente com pecadores, a natureza
substitutiva do seu sofrimento, o seu sepultamento no sepulcro de um homem rico, e a
sua ressurreição.
Atos 8.36. É óbvio que o oficial da corte veio à fé, a despeito daquilo que Filipe lhe tenha
dito. Evidentemente incluído no que Filipe tinha ensinado, estava o fato de que ser
batizado era o passo seguinte de obediência em sua fé recém descoberta. Filipe
começou onde o etíope estava, mas não ficou por ali. Filipe mostrou ao etíope o restante
da história - talvez a conclusão de Isaías 53 - incluindo a vinda de Cristo, a sua morte
substitutiva, a sua ressurreição, e a sua oferta de vida eterna. A maioria dos manuscritos
gregos mais antigos não inclui o versículo 37.
Atos 8.38. Depois de mandar parar o carro, o oficial e Filipe desceram à água. Ali Filipe
o batizou. As testemunhas do batismo incluíam pelo menos Filipe e o condutor do carro,
embora um homem de tal importância pudesse estar viajando com um cortejo
considerável.
Ordenado pelo Senhor Jesus Cristo (Mt 28.18-20), o batismo nas águas é um sinal
exterior e visível da identificação de um indivíduo com Cristo e com a comunidade cristã.
Este era um dos primeiros atos dos novos convertidos na igreja primitiva. Submetendo-
se ao batismo, este oficial estava proclamando a sua fé em Cristo. Profundamente
simbólico e significativo, o batismo envia uma poderosa mensagem aos espectadores a
respeito da obediência do indivíduo a Cristo.
Atos 8.39,40. Filipe foi subitamente transportado pelo Espírito do Senhor a outra cidade
(provavelmente o local do seu próximo trabalho). Azoto é uma das antigas capitais dos
filisteus, cerca de trinta quilômetros ao norte de Gaza.
Este sinal maravilhoso pode estar aqui para mostrar a urgência de se transmitir a
mensagem aos gentios. Filipe anunciou o Evangelho. Filipe desaparece da história de
Atos neste ponto, mas na verdade ele acabou chegando a Cesárea. A única outra
menção a Filipe está em 21.8,9. Vinte anos depois, Filipe ainda estava em Cesárea e
tinha quatro filhas, e todas elas profetizavam. Nada mais está registrado sobre o eunuco
recém convertido, exceto este maravilhoso relato de que ele continuou o seu caminho,
jubiloso - uma evidência clara da obra do Espírito na vida deste novo crente. Gl 5.22.
Portanto, Filipe era um evangelista versátil, cheio do Espírito e guiado pelo Espírito. Ele
podia pregar para grandes multidões em um “avivamento que alcançasse uma cidade
inteira”. Mas ele também podia realizar um trabalho pessoal com um único indivíduo
em uma estrada deserta. A eternidade pode revelar que, quanto aos seus resultados
finais, a segunda destas atividades era tão fértil quanto a primeira. A lição essencial a
ser aprendida é que, quando o Espírito Santo nos impele a levar algum ministério a
outros, Ele nos dá o poder necessário para cumprirmos a missão. Onde Deus guia, Deus
provê. Outra lição é que, aos olhos do Senhor, nenhuma tarefa orientada pelo Espírito
é pequena. Somente a onisciência divina pode antever os resultados dos poucos
momentos de um testemunho dado a uma pessoa cujo coração o Espírito Santo
preparou para acolher este testemunho.
O Ofício de Evangelista
O terceiro ofício listado por Paulo é o de evangelista. Este ofício é frequentemente mal
interpretado hoje, pois muitas denominações ainda têm um oficial chamado
evangelista. O moderno “evangelista” é alguém que prega o evangelho onde ele ainda
não é conhecido. Assim, os plantadores de igreja, missionários e pregadores de rua são
frequentemente chamados de evangelistas. De fato, o evangelista moderno gasta a
maior parte do tempo fazendo a obra de evangelismo. Contudo, mesmo o título de
“evangelista” estando ainda em uso hoje, se deve fazer distinção entre o ofício de
evangelista do Novo Testamento e seu conceito moderno. Há várias razões por que o
ofício de evangelista durante os primeiros tempos da igreja foi único.
(4) Sempre que Paulo lista os oficiais da igreja ele sempre coloca o evangelista antes do
pastor. Esta posição é logicamente determinada pelas habilidades do evangelista para
operar sinais e milagres e suas funções como representantes apostólicos para
inspecionar as igrejas, designar presbíteros e assim por diante.
CAPITULO V
EVANGELIZAÇÃO E MISSÕES
Infelizmente esse método que se constitui no maior segredo de ganharmos almas, está
sendo usado pelas seitas, para espalharem seu falso evangelho nos lares de nossos
vizinhos, parentes e amigos. Quantas vezes não acordamos no sábado ou no domingo
de manhã com uma Testemunha de Jeová batendo à nossa porta, tentando nos
empurrar suas literaturas cheias de doutrinas heréticas? Elas estão ali, cumprindo um
programa de visitação para qual foram destinadas, até parece que não surte efeito de
imediato, mas no final do ano, após sair o relatório de crescimento delas na revista “A
Sentinela”, veremos que não é bem assim. Muitas vezes crescem mais do que muitas de
nossas igrejas evangélicas, porque simplesmente estão colocando em ação um segredo
deixado por Jesus, e que nós, seus verdadeiros discípulos, não estamos usando. Não é
por acaso que Jesus disse: “…os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração
do que os filhos da luz”. Lc 16.8. Devemos então perguntar: Porque um método tão
importante como esse foi esquecido pela igreja durante tanto tempo?
O Atos dos Apóstolos é o nosso livro guia para aprendermos o segredo deste tipo de
evangelismo. Naquela época em que o cristianismo era considerado uma seita do
judaísmo (Atos 24:14) não havia liberdade de pregar abertamente o nome de Jesus
conforme mostra o episódio de Atos capitulo quatro. Eles então se reuniam nas casas
dos novos crentes Romanos 16:5 – I Coríntios 16:19 – Colossenses 4:15. Não havia
templos cristãos como temos hoje, não havia essas belíssimas catedrais que levaram até
séculos para serem construídas. Não, não tinham tempo para apreciarem a arquitetura
de suas igrejas pois estavam ocupados demais evangelizando lá fora, onde os pecadores
estavam.
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A época de Constantino
Até então como já dissemos, a igreja era uma religião ilícita, proibida; os cristãos eram
tidos como desordeiros, e para piorar a situação, Nero, põem fogo em Roma, e acusa os
cristãos, estes já não eram muito bem visto pelos Imperadores Romanos, pois não
reconheciam outra divindade a não ser Jesus, naquela época chamar César de “Senhor”
equivaleria reconhecer que César era divino mas os Cristãos não admitiam nenhum
outro “Senhor” a não ser Jesus I Coríntios 12:3 e por isso eram perseguidos.
A igreja dessa época era uma igreja fervorosa, evangelística e missionária, os cristãos
expunham suas vidas nas arenas dos circos romanos, onde eram jogados para lutarem
com feras, até mesmo mulheres e crianças não escapavam do Coliseu. Essa era, ficou
conhecida como a “Era dos mártires”, pois muitos cristãos preferiam ser mortos `a
negarem a fé em Cristo. Vários bispos pagaram um alto preço por serem cristãos, entre
estes Policarpo, Justino o mártir, Irineu, Clemente e tantos outros.
Os cristãos já não evangelizavam mais, pois pensavam que Deus estava em seus
templos, sendo que Salomão mesmo disse que nenhuma casa terrestre o pode
comportar I Reis 8:27. Esta situação se vê até hoje nos descendentes diretos daquele
tipo de cristianismo – o católico romano. Infelizmente esse quadro perdurou até a idade
média, nem mesmo os reformadores mudaram esse quadro resgatando o que era de
suma importância na igreja primitiva, o evangelismo pessoal.Com o avivamento de John
Wesley resgatou-se o evangelismo em massa, o pregador ia até ao pecador, não ficava
esperando que este, viesse ao templo para se converter. Mas ainda estava longe do
método neotestamentario!
Essa é a situação da igreja atual, todos nós esperamos que o pecador venha nos cultos
de domingo à noite, para então Deus de uma maneira miraculosa, o tocar e ele se
converter. Não queremos ir atrás das almas, queremos que elas venham até nossos
templos; lembra do que Jesus disse? Ele disse: “Ide e pregai” e não, “deixe que eles
venham e então você pregue”!
Precisamos despertar-nos para a obra `a qual o Espírito de Deus nos tem chamado, o
velho “Ide” continua atual ele não foi mudado, Deus ainda continua chamando os
crentes para a pesca. Seitas como os mórmons e as testemunhas de Jeová, descobriram
isso e estão pregando um outro evangelho semeando o joio no meio do trigo Gálatas
1:8 temos que dar um basta nessa situação!
O método de Cristo
Jesus sempre usava o evangelismo pessoal, lançava mão de termos como: pescar e
semear, algo que só podemos fazer pessoalmente, mais do que isso Ele a ensinou
comissionando:
No princípio era apenas um pescador – Jesus. Depois doze almas que foram treinadas
por cristo Lucas 6:13 após esses doze, vieram mais setenta, Lucas 10:1 em Pentecostes
o número já era de 120, Atos 1:15, a multidão alargou-se para quase 3.000 almas Atos
2:41, era algo contagiante pois a multidão crescia cada vez mais e chegava `a 5000 Atos
4:4 ; 5:14,o número dos discípulos crescia e multiplicava Atos 6:1,7,as igrejas se
multiplicavam Atos 9:31,e por fim diz o apostolo Paulo que aquele evangelho tinha sido
pregado a toda criatura debaixo do sol Colossenses 1:23.É algo realmente miraculoso
não é? Mas será’ que isto se encerrou com a era apostólica? Será que os apóstolos
tinham algo que nós não possuímos hoje? Sim e não. A diferença entre os crentes
primitivos e nós é que eles obedeciam, levavam a sério o “Ide” de Jesus. Você tem o
mesmo Jesus, a mesma mensagem, o mesmo evangelho, os mesmos tipos de pecadores,
então o que falta? Por que nossas igrejas estão vazias e os templos das seitas cheios?
Por que, se o nosso Deus é o mesmo, ontem, hoje e o será para sempre? Hebreus 13:8.
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Creio então que o problema está em nós, não em Deus ou nos pecadores, não são eles
que estão com os corações mais duros, somos nós!
Qual era o segredo de tanto sucesso para ganharmos almas? Seria novas estratégias, um
novo vocabulário para abordarmos os incrédulos, até mesmo empregar marketing como
fazem muitas igrejas? Não. O segredo se encontra em Atos 1:8 que diz: “Mas recebereis
a virtude do Espírito Santo, que ha de vir sobre vos; e ser-me-eis testemunhas, tanto em
Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra”.
É o “PODER DE DEUS” que faz a diferença meus irmãos! Temos que aprender a cooperar
com Ele e Ele cooperara’ conosco! “E eles tendo partido, pregaram por todas as partes,
cooperando com eles o Senhor…”. Marcos 16.20.
Nunca teremos uma igreja conquistadora de almas enquanto não tivermos crentes com
o desejo de buscarem o poder de Deus, de estarem cheios do Espírito Santo. Enquanto
não tivermos a coragem de nos dispormos de corpo e alma para tal tarefa nunca
teremos uma igreja evangelizadora nos moldes da igreja primitiva e, por conseguinte
nunca teremos crentes avivados.
Dá-se pouca importância a este fato em reuniões de evangelismo, passa por cima dele
apenas superficialmente, e isto é perigoso porque ele, e unicamente ele, é o principal
motor do avivamento para o evangelismo, não existe outro, não há métodos, formulas,
ou truques que o substitua. Se quisermos ter resultados duradouros não podemos agir
de outra maneira a não ser a que está em Atos 4:24 a 31, pare neste instante e leia-o.
1. Através do avivamento:
1-1: arrependimento
Agora chegou a hora do seu avivamento! Deus precisa de crentes corajosos que deixem
de viver dentro de seu mundinho egoísta e carnal e passe a viver no reino do Espírito!
1-2: Oração
Muitos crentes vão para o evangelismo despreparados, as vezes sem orar durante dias,
como podem querer ter sucesso na pesca de almas desta maneira? A oração é essencial,
indispensável na vida do crente, é a respiração espiritual da alma, sem a qual, esta
morrera’. Geralmente uma reunião de evangelismo em nossas igrejas se da’ da seguinte
maneira:
O líder de evangelismo, que no caso pode ser o pastor (muito difícil hoje em dia) ou um
simples membro, reúne o pessoal na igreja. Uns chegam desanimados, outros com
medo, uns afoitos para que comece e acabe logo, pois tem outras coisas mais
importantes para fazer, como por exemplo namorar. Alguns reclamam, mas finalmente
saem após repartirem os folhetos, sem nenhuma explicação ou treinamento e o pior de
tudo, sem oração. Na do evangelismo jogam os folhetos nos quintais, nos correios como
se fossem panfletos políticos, sabendo que irão ser molhados ou rasgados por algum
cão travesso, gastando assim dinheiro e tempo! Na rua enquanto evangelizam,
conversam sobre tudo: futebol, o último filme que assistiram, a namorada, riem,
brincam a vontade, e tudo isso na frente de incrédulos. Não ha’ oração, antes, durante
e muito menos depois do evangelismo. É lastimável!!Você acha que tal evangelismo
teria sucesso? Não? Mas é justamente essa a realidade hoje da maioria das igrejas (As
que ainda fazem evangelismo!).
Precisamos orar, buscar o poder de Deus a todo tempo. Não devemos contentar apenas
com o batismo com o Espírito Santo mas procurarmos ser cheios todos os dias como
faziam os crentes primitivos Atos 16.13. Até mesmo Jesus precisava ser cheio pois orava
continuamente Lucas 5.16; 6.12.
Temos tempo para tudo hoje em dia, menos para orar, mas é justamente ai que nos
erramos, pois quanto mais tempo gastamos com o Senhor em oração, mais direção
nosso espírito recebera’ para as coisas do cotidiano Lucas 10:41,42. Se quisermos ser
ganhadores de alma temos que pagar o preço, negar nossa própria vida pra viver a vida
de Cristo em nos Gálatas 2:20. Não se contente com uma vida fraca, morna e inerte sem
experimentar o poder de Deus.
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Ele não te obrigara’ a nada, a decisão é sua Apocalipse 3:20, Deus não trabalha em cima
de ameaças, pois tudo o que fazemos pra obra de Deus tem que levar a marca do amor
e finalmente quando entrarmos no seu tribunal esse será’ o critério para julgar nossas
obras. I João 4.18.
LEMBRE-SE: Somente o crente cheio do Espírito Santo poderá’ levar almas a Cristo com
eficácia, enquanto o gemido do Espírito Romanos 8:26 não for o nosso gemido de
intercessão por este mundo perdido, enquanto a paixão pelas almas não queimar dentro
de nos como fazia em Whitefild que disse: “Se não queres dar-me almas, retira a minha
”ou Hyde missionário na China que orava assim: “Dá-me almas, ou morrerei” não
seremos realmente discípulos de Cristo. Precisamos nos compadecermos da multidão.
Quantas pessoas existem sem salvação! São cerca de seis bilhões de pessoas habitando
este planeta, subtraia dois bilhões e meio de cristãos, dentre esses subtraia ainda os que
são cristãos autênticos, sobrará uma pequenina parcela o resto está caminhando a
passos largos para o inferno. Agora observe o dramático apelo desta alma perdida nos
versos 27,28,30 e a terrível realidade apontada por Abraão nos versos 29,31. Para o rico
que estava no Hades não havia mais esperança, mas para os mortos espirituais mas
fisicamente vivos sim I Timoteo 5:6. O mundo esta aflito, clamando por salvação. Os
anjos não podem pregar I Pedro 1:12 os mortos salvos também não Lucas 16:26,31,
somente nos temos este privilégio II Corintios 5:20.Deus procura pessoas para essa
tarefa,ouça o que Ele diz:
“A quem enviarei, e quem ha’ de ir por nós?” “Então disse…” Isaias 6:8
A ultima parte do versículo ainda está em aberto, quem irá atendê-la ?
Jesus chorava pela multidão Lucas 19:41,42
Jesus se afligia por elas Lucas 22:44
Jesus ia ao encontro delas Marcos 1:38,39
Temos que ter o mesmo sentimento de Cristo Filipenses 2:5 e andar como Ele andou I
João 2:6 eis como Ele andou Atos 10:38. Mais uma vez ouve o que Deus diz: “E busquei
dentre eles um homem que estivesse tapando o muro, e estivesse na brecha perante
mim por esta terra…mas ninguém achei” Ezequiel 22:30.
Você se dispõe a ficar na brecha? Quer ser obediente ao mandado de Deus?
Veja: Atos 8:26 levanta-te……..v:27 -levantou-se e foi. Atos 9:6 levanta-te……..v:8 -
levantou-se e foi. Atos 9:10 levanta-te……..v:17 -levantou-se e foi.
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Há um grande inimigo da igreja que deseja ganhar almas! Ele não permite que seus
membros se disponham na obra do evangelismo pessoal, de maneira sistemática,
continua e primordial. Este inimigo é: atividades demais.
O maior problema:
Atividades demais é o maior problema na igreja atual é a arma que o inimigo usa para
barrar o crescimento da igreja. Algo que deveria ser secundário na vida da igreja, tornou-
se a coisa principal e o pior de tudo é que muitas dessas atividades acabaram virando
tradição no seio das igrejas, e não pretendem sair tão fácil. Sim, louvar a Deus é bom,
mas fomos chamados a ganharmos almas, Jesus não disse “ide e louvai” mas antes “ide
e pregai o evangelho”. Hoje muitos se escondem atrás da fachada de músicos, pregador,
aliás, pregador de igrejas é o que não falta, ÁS PAREDES DAS IGREJAS SÃO OS LOCAIS MAIS
EVANGELIZADOS DO MUNDO! Mas ninguém quer ir lá’ fora no sol quente pescar;
esperam que os peixes venham limpos! Certamente que Deus deu dons a igreja como
pastores, doutores, ajudadores, cantores etc… mas não encontramos nenhum apoio
bíblico para que essas pessoas não evangelizem. Antes de um pastor ser um pastor, ele
tem que ser antes de tudo um evangelista pessoal ganhador de almas, e o mesmo se
aplica aos músicos e outros cargos dentro da igreja. Enquanto não percebermos que a
tarefa principal da igreja é ganhar almas, continuaremos a contentarmos com uma igreja
fraca e vazia, cheia de departamento de louvores, mas sem nenhum pecador salvo,
sendo que o maior louvor é quando uma alma se converte. Lc 15.7; Apoc 5.9,10.
Se conseguir levar a igreja toda ao evangelismo, isto será maravilhoso, caso contrário
terá que usar o método que Deus mostrou a Gideão. Muitos dentro de nossas igrejas
estão dentro de uma dessas categorias descritas abaixo:
Categoria Tomé: São aquelas que duvidam de tudo, por isso não saem para evangelizar
e não conseguem crer que Deus poderá dar uma grande quantidade de peixes, mas
estão completamente enganadas. Lc 5.4,5,6.
Categoria de Isaías: Estes sim estão prontos a fazerem a obra de Deus, pois sempre dirão:
“Eis me aqui Senhor, usa-me a mim”. Eles podem ser poucos, no entanto, são os que
darão resultado, pois estão dispostos, custe o que custar a fazer a obra de Deus. Então
com esta equipe formada, reine-a o mais arduamente possível. Tenha ordem e disciplina
no que faz e acima de tudo não seja somente um chefe, mas um líder exemplo.
Depois do Evangelismo
Depois de ganhar almas, não as deixe a mercê da sorte, mas crie para elas um
departamento de discipulado dentro da igreja. Onde poderão fazer perguntas e ter a
chance de se expressarem. Mas cuidado, não coloque qualquer pessoa para este cargo,
prefira pessoas que conheçam bem a Bíblia e que seja sábia no tratamento com tais
indivíduos. Geralmente, os pecadores veem feridos (com traumas, preconceitos,
complexos, etc…) para o aprisco e é necessário que o pastor saiba aplicar os tipos certos
de remédios para cada tipo de ferimento.
Portanto…
AGORA O MUNDO É SEU!!!
Finalmente, este garoto de onze anos se virou para ir embora, mas algo o deteve. Mais
uma vez, ele se virou para a porta, tocou a campainha e bateu na porta bem forte. Ele
esperou, alguma coisa o fazia ficar ali na varanda.
Ele tocou de novo e desta vez a porta se abriu bem devagar. De pé na porta estava uma
senhora idosa com um olhar muito triste. Ela perguntou gentilmente:
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- O que eu posso fazer por você, meu filho? Com olhos radiantes e um sorriso que
iluminou o mundo dela, este pequeno menino disse:
- Senhora, me perdoe se eu estou perturbando, mas eu só gostaria de dizer que JESUS A
AMA MUITO e eu vim aqui para lhe entregar o meu último folheto que lhe dirá tudo
sobre JESUS e seu grande AMOR. Então ele entregou o seu último folheto e se virou para
ir embora. Ela o chamou e disse:
- Obrigada, meu filho!!! E que Deus te abençoe!!!
Bem, na manhã do seguinte domingo na igreja, o papai pastor estava no púlpito. Quando
o culto começou ele perguntou:
- Alguém tem um testemunho ou algo a dizer? Lentamente, na última fila da igreja, uma
senhora idosa se pôs de pé. Conforme ela começou a falar, um olhar glorioso
transparecia em seu rosto.
- Ninguém me conhece nesta igreja. Eu nunca estive aqui. Vocês sabem, antes do
domingo passado eu não era cristã. Meu marido faleceu a algum tempo deixando-me
totalmente sozinha neste mundo. No domingo passado, sendo um dia particularmente
frio e chuvoso, eu tinha decidido no meu coração que eu chegaria ao fim da linha, eu
não tinha mais esperança ou vontade de viver.
Então eu peguei uma corda e uma cadeira e subi as escadas para o sótão da minha casa.
Eu amarrei a corda numa madeira no telhado, subi na cadeira e coloquei a outra ponta
da corda em volta do meu pescoço. De pé naquela cadeira, tão só e de coração partido,
eu estava a ponto de saltar, quando, de repente, o toque da campainha me assustou. Eu
pensei:
- Vou esperar um minuto e quem quer que seja irá embora. Eu esperei e esperei, mas a
campainha parecia tocar cada vez mais alto e era mais insistente; depois a pessoa que
estava tocando também começou a bater bem forte. Eu pensei:
- Quem neste mundo pode ser? Ninguém toca a campainha da minha casa ou vem me
visitar. Eu afrouxei a corda do meu pescoço e segui em direção à porta, enquanto a
campainha soava cada vez mais alto.
Quando eu abri a porta e vi quem era, eu mal pude acreditar, pois na minha varanda
estava o menino mais radiante e angelical que já vi em minha vida. O seu SORRISO, ah,
eu nunca poderia descrevê-lo a vocês! As palavras que saíam da sua boca fizeram com
que o meu coração que estava morto há muito tempo SALTASSE PARA A VIDA quando
ele exclamou com voz de querubim:
- Senhora, eu só vim aqui para dizer que JESUS A AMA MUITO. Então ele me entregou
este folheto que eu agora tenho em minhas mãos. Conforme aquele anjinho desaparecia
no frio e na chuva, eu fechei a porta e atenciosamente li cada palavra deste folheto.
Então eu subi para o sótão para pegar a minha corda e a cadeira. Eu não iria precisar
mais delas. Vocês vêem - eu agora sou uma Filha Feliz do Rei!!!
Já que o endereço da sua igreja estava no verso deste folheto, eu vim aqui pessoalmente
para dizer OBRIGADA ao anjinho de Deus que no momento certo livrou a minha alma
de uma eternidade no inferno. Não havia quem não tivesse lágrimas nos olhos na igreja.
E quando gritos de louvor e honra ao REI ecoaram por todo o edifício, o papai pastor
desceu do púlpito e foi em direção à primeira fila onde o seu anjinho estava sentado. Ele
tomou o seu filho nos braços e chorou copiosamente.
A HISTÓRIA DA EVANGELIZAÇÃO
Um Breve Resumo
Durante o Primeiro Século depois de Cristo, os Seus seguidores possuíam uma paixão
inextinguível e um zelo tremendo, no sentido de persuadirem as pessoas a receberem
Cristo. Eles se lembravam da promessa de Jesus de voltar tão logo o Evangelho fosse
pregado em todo mundo, em testemunho a todas as nações. Mt 24.14. No Segundo Século,
o Cristianismo enredou-se em controvérsias teológicas. Ao invés de prosseguirem
veementemente até os confins da terra e às regiões mais distantes ainda, eles começaram
a debater questões doutrinárias. O Terceiro Século encontrou o Cristianismo afundado na
apostasia. O Quarto Século fechou o ciclo — a apostasia estava completa.
O Cristianismo foi então mergulhando num período de mil anos de trevas espirituais a Idade
Média ou “Período de Trevas”. Este terrível período de mil anos, tornou-se um véu que tem
obstruído a igreja contemporânea no sentido de perceber os métodos neo-testamentários.
Martinho Lutero, o grande reformador, primeiramente irrompeu destas trevas com a
revelação de que (...) o justo viverá pela fé. Rm 1.17. No entanto, a Reforma liderada por
Lutero não foi uma volta à evangelização pessoal. Foi, sim, uma revolta contra a hierarquia
religiosa e um convite aos crentes no sentido de examinarem as Escrituras por si mesmos,
algo proibido naquela época pelo clero em supremacia.
Lutero não disse praticamente nada sobre Missões nem sobre a evangelização mundial. Na
verdade, foi quase em 1800 d.C. que William Carey trouxe de volta o conceito de Missões
aos corações dos crentes. O evangelismo, bem como a experiência de sermos batizados no
Espírito Santo, só foram amplamente divulgados ou conhecidos novamente a partir do início
do Século XX.
O Cristianismo tem oferecido uma prolongada e tenaz resistência aos conceitos neo-
testamentários. Muitos ainda não retornaram ao fundamento da Igreja Primitiva - o princípio
básico da evangelização pessoal, que é Cristo ministrando através do crente. A evangelização
em massa reapareceu há cerca de 200 anos atrás, através de John Wesley (fundador da Igreja
Metodista). Homens como George Whitefield a introduziram no Ocidente. Nos dois últimos
séculos, houve aproximadamente quatro ápices da evangelização em massa: sob a liderança
de Wesley, Finney, Moody, e de muitos outros desde a virada do Século XX.
Em meados do Século XVIII, um grande mover do Espírito de Deus foi manifesto através do
que foi denominado de época dos acampamentos espirituais. No Século XIX, as reuniões
debaixo de arvoredos tornaram-se populares. Aí então, o reavivamento entrou em voga. No
Século XX, as palavras reavivamento e evangelização entre misturaram-se. Mais tarde, os
termos populares variavam de reavivamentos a cruzada ou campanha evangelística,
centralizadas em igrejas ou que abrangiam cidades inteiras. No entanto, a evangelização
pessoal ainda não foi geralmente redescoberta em termos genéricos pela igreja
institucionalizada. Torrey e Spurgeon escreveram os dois primeiros livros sobre a
evangelização pessoal no início do Século XX. Desde então, centenas e centenas de livros
foram publicados sobre o assunto. E muitas variedades de programas, projetos, planos e
cruzadas de evangelização espalharam-se rapidamente.
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A GRANDE COMISSÃO
"E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura" Mc 16.15
Um Pastor “sem visão” se levantou e, querendo encontrar alguma prova contra a Grande
Comissão dada por Jesus, perguntou-lhe; Mestre, o que devo fazer para realizar missões?
Jesus lhe respondeu; O que as Escrituras Sagradas dizem a respeito disso? O Pastor lhe
respondeu; “Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a alma, com todas as
forças e com toda a mente”. E ame o missionário como você ama a você mesmo. ”A sua
resposta está certa! – disse Jesus. Faça isso e você viverá.
Quando viu o missionário, disse-lhe; Hoje temos poucos irmãos no culto, é uma pena! Se
fosse em um domingo, a oferta seria boa! O missionário falou de seu chamado, foi embora,
e o pastor continuou o seu caminho, deixando o missionário sozinho. Também um outro
pastor da mesma denominação do missionário, o convidou à sua Igreja e disse-lhe; hoje o
culto é missionário, você tem 15 minutos para falar, por que depois eu vou pregar. O
missionário não pode falar sobre o seu chamado como deveria, o pastor pregou uma
mensagem fora do contexto de Missões, e no final do culto nem procurou o missionário para
cumprimentá-lo e nem deu uma oferta para o mesmo (era uma igreja rica).
Certo dia Jesus desejava chegar a Galiléia, mas era preciso passar por Sicar uma cidade
samaritana, e pelo cansaço da caminhada parou junto a um poço de água, no exato
momento em que uma mulher samaritana se dirigia para tirar água daquele poço, Jesus
então não pensou duas vezes e pediu:
E a partir daí um extenso dialogo ocorre entre os dois que esta descrito em todo capítulo 4
de João e dentro desse texto Jesus nos ensina sobre a missão a qual Ele nos encarregou. "É
me dado todo poder no céu e na terra. Portanto, ide e fazei discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Ensinando-os a guardar todas
as coisas que eu vos tenho mandado. E certamente estou convosco todos os dias, até à
consumação do século" Mt 28.18-20.
"Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será
salvo, mas quem não crer será condenado estes sinais hão de seguir os que crerem: Em meu
nome expulsarão demônios; falaram em novas línguas; pegaram em serpentes; e quando
beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará mal algum; imporão as mãos sobre os
enfermos, e os curarão." Mc 16.15-18.
"e disse: Eis o que está escrito: O Cristo padecerá, e ao terceiro dia ressurgirá dentre os
mortos, e em seu nome se pregará o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas
as nações, começando por Jerusalém. Vós sois testemunhas destas coisas. Envio sobre vós
a promessa de meu Pai, mais ficai na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder". Lc
24.46-49.
"Disse-lhes Jesus de novo: Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, eu vos envio a
vós. Dizendo isto, soprou sobre eles, e disse: Recebei o Espírito Santo." Jo 20.21-22.
Bem, aqui esta os quatro textos básico extraídos dos quatro evangelhos, onde Jesus nos
comissiona, lembre-se quando Ele falou estas palavras, Ele estava diante de 11 discípulos
que também eram apóstolos e essas 11 pessoas eram a igreja de Jesus, na realidade era
toda a igreja que existia até aquele momento, é como se eu e você estivéssemos ali, Ele
falou para nós, para mim e para você com tudo isso, Ele quer dizer:
"Eu garanto, fui eu que mandei, podem deixar que eu garanto". Olhem que tremendo em
Mateus 28.18-19, ele fala "É me dado todo poder no céu e na terra e, portanto ide (...)" é
como se Ele falasse, "Agora todo poder me foi dado, eu posso tudo, por isso podem ir que
eu garanto, podem deixar que e o mais Eu vou fazer", tremendo Ele quer dizer que vamos
na mesma autoridade e poder olhem o texto de João 20.21" (...) Assim como o Pai me
enviou, eu vos envio a vós. (...)" pensei comigo como foi que o Pai enviou Jesus? Fazendo
milagres, libertando, salvando e tudo mais e então da mesma forma Ele me enviou e te
enviou. A grande comissão dividiu-se em quatro partes que vamos vê-las separadamente.
Primeira Ordem
Ide
A primeira coisa que Jesus quer de mim e de você é que tenhamos a disponibilidade de ir,
de buscar, lembre-se Jesus veio "(...) buscar o que se havia perdido (...)" então Ele foi até a
pessoa, Ele veio buscar e assim nós devemos buscar, ide, devemos ir onde os perdidos estão
quebrar as barreiras do nosso coração, e permitir que o amor de Deus flua em nós tão
livremente que nada possa nos impedir de levar a salvação a este mundo, certo evangelista
um dia disse: "Nenhum sacrifício é tão grande se ao final uma alma for salva, nada é tão caro
se ao final uma alma for salva".
E a ordenança do ide de Jesus quer dizer justamente isso, que eu não posso ter minha vida
como preciosa e sim antes, ter as vidas como preciosas, ide é a ordenança cabe a nós
cumprir essa ordenança. E qual é o limite desse ide, "(...) de todas as nações (...)" e "(...) por
todo mundo (...)" ai esta o limite os confins da terra, nada nos pode prender, nunca
poderemos dizer onde ir?, o que fazer?, nunca, pois a nossa missão é essa, ide por todo
mundo, e lembrando que o original de ide é indo, ou seja enquanto eu vou, eu vou buscando
os perdidos, com toda certeza o propósito de Deus na sua vida ainda não esta 100%
cumprido.
Hoje você esta ai, amanhã podes estar em qualquer outro lugar que Deus queira te levar, o
detalhe é enquanto você vai caminhando para alcançar o propósito completo de Deus na
sua vida, você vai buscando os perdidos, isso é cumprir o ide (indo), enquanto caminho,
caminho na busca dos perdidos.
Enquanto houver na face da terra, pessoas que ainda não ouviram falar de Jesus, sempre
haverá onde ir, ainda que seja somente uma pessoa, o ide não estará terminado enquanto
todos não ouviram o verdadeiro evangelho de Jesus.
Segunda Ordem
Pregai o Evangelho
Mas não basta ir, não basta chegar perto, é preciso ter o que dizer, é preciso ter aquilo que
os perdidos necessitam e nós temos, Jesus nos mandou "Ide (...) e pregai o evangelho" aí
está a mensagem é o evangelho, Ele não nos mandou ir e falar sobre vários assuntos, Ele
nos mandou ir e pregar o evangelho e quantas vezes falamos sobre todos os assuntos,
menos o evangelho, não basta testemunhar do que Deus fez na sua vida, nenhuma
estratégia será 100% eficaz, se através dessa o evangelho não for pregado, somente o
evangelho pode salvar as pessoas, Jesus nos deu a boa notícia que precisa ser proclamada,
cabe a mim e a você fazê-lo.
Com isso entendemos que precisamos ir e pregar o evangelho, não qualquer mensagem
mais sim, o evangelho puro, simples e poderoso como ele é. Podemos iniciar uma conversar
sobre qualquer assunto, mas não podemos deixar de levar aquela pessoa a ter a
oportunidade de ouvir o evangelho, de receber as boas notícias que Jesus tem para ela.
Que o nosso coração seja de fato um grande rio de amor e vida de onde o evangelho possa
fluir e que nenhum de nós venha por limites no evangelho, como dizendo que o evangelho
serve para uns e para outros não, chega de colocarmos amarras no evangelho, afinal ele
serve tanto para o livre como para o preso, o pobre ou o rico, todos, absolutamente todos
precisam do evangelho, sem exceção alguma, façamos como Paulo que disse: " (...) o
evangelho não esta acorrentado" não sejamos nós os primeiros a colocar correntes no
evangelho, Jesus disse "Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão." (Mc
13.31), o evangelho nunca mudou e nem mudará por um simples fator, ele não precisa
mudar, continua atual e poderoso, mais cortante que qualquer espada de dois gumes.
Fazei Discípulos
É como se nesse momento Jesus estivesse dizendo, vão é multipliquem-se, procriem, façam
filhos espirituais, pois na realidade discípulos são verdadeiros filhos espirituais. Durante
muitos séculos a igreja não tomou consciência do propósito de Jesus a respeito da grande
comissão, muitos acreditavam que ela se resumia a vocacionados, pastores, evangelistas e
etc. mais hoje nos últimos dias Deus levanta a sua igreja para entender a sua
responsabilidade nesta missão, que é de todos, nós. E apreenda uma coisa, a evangelização
só é completa quando há consolidação, ou seja, retenção do fruto, Jesus disse que devíamos
ir e dá fruto e o nosso fruto permanecer (Jo 15.16), isso é projeto de Deus, somos
responsáveis pelos que ganhamos e se temos oportunidade de acompanhar o fruto,
devemos fazê-los para então obedecermos o chamado.
Quarta ordem
“... Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura.” Mc 16.15
Todo o dia morrem aproximadamente 55 mil pessoas no mundo sem conhecer a Jesus
Cristo. A responsabilidade de evangelização e missionária da igreja significa o compromisso
permanente da pregação do evangelho. É a função principal da igreja. As boas novas do
evangelho foram deixadas na terra por Jesus Cristo para toda raça humana, e não apenas
para algumas regiões.
Pregar o evangelho é uma tarefa urgente. “Prega a palavra... Pois haverá tempo em que não
suportarão a sã doutrina”. II Tm 4.2,3. Hermisten M. P. Costa chega a afirmar que “o senso
de urgência deve nos levar a falar como se aquela fosse a última vez”. Deus tem pressa.
Jesus olhou para Zaqueu em cima da árvore e disse: “Zaqueu, desça depressa. Quero ficar
em sua casa hoje” Lc 19.5. Desça depressa!
O que você diria de alguém que visse um cego andando em direção a um precipício e não
fizesse nada para impedi-lo? O mesmo acontece com os crentes que olham os incrédulos
caminhando para o inferno, mas não fazem nada para impedi-los de continuarem no
caminho do engano. A omissão da igreja é a perdição do mundo. Evangelizar é uma tarefa
inadiável. Devemos fazer a obra de Deus enquanto é dia, enquanto temos oportunidade,
enquanto as portas estão abertas. Existem milhões de pessoas que nunca ouviram falar de
Jesus. É tempo de ouvirmos a voz de Cristo, sua ordem e obedecê-lo. Precisamos levar o
evangelho a toda criatura. A evangelização é para ser feita agora, sem demora. É hora de a
igreja sair em busca dos perdidos. Multidões estão cegadas espiritualmente e aprisionadas
a falsas religiões. Está na hora de a igreja correr e avisar os pecadores do grande e grave
perigo que estão correndo.
“Perto das Cataratas do Iguaçu no Paraná, boiava o cadáver de um bezerro que corria
vagarosamente na direção do grande abismo. Era inverno, e uma águia faminta, subiu no
bezerro morto e enterrou nele suas garras possantes e, calmamente o ia devorando.
- Bezerro e água iam sendo levados pela correnteza do rio. Navegaram, navegaram e
navegaram... A águia estava ali absorvida com aquela presa gostosa e não pressentiu o
perigo eminente das altas cachoeiras...
- E como o banquete estava saboroso ela enterrava ainda mais suas garras para não perde-
lo! Ela avista a alguns metros a gigantesca cratera com imenso volume de águas caindo, e
não deu tanta atenção porque confiava na força brutal de suas asas, e, levantaria vôo como
tantas vezes já tinha feito...
-Até que uma das correntes do redemoinho arrastou o bezerro e o lançou no terrível
abismo. A águia já no perigo tentou largar à presa, mas suas garras estavam de tal modo
presas que não conseguiu. Se esforçou, fez várias tentativas... Até que as águas encobriram
aquela gigante do espaço.
Morreu porque estava presa nos manjares. Morreu porque deixou para depois...
Na verdade esta experiência acontece com muitas pessoas com respeito à salvação da
alma. Sabem que vão morrer um dia, mas apesar disso, não se preparam para a
morte. Sabem que estão perdidas, mas não buscam a salvação da alma.
Sabem que estão separadas de Cristo pelo pecado, mas não tomam nenhuma providencia
para uma aproximação com Deus. Sabem que a alma esta manchada pelo pecado e que no
céu não entra impureza, mas nada fazem para uma purificação. Sabem que só Cristo Salva,
mas não O buscam com sinceridade.
Sabem finalmente, que se morrerem nas condições em que se encontram irão fatalmente
para o inferno, mas permanecem na indiferença, no pecado, na indecisão. Vão deixando
para amanhã, para mais tarde, para depois.... e como a Águia distraída a comer o seu manjar,
estão sendo tragados pela correnteza da morte! Quando observamos a sociedade hoje, o
mundo em que estamos vivendo. Estamos vendo muitas pessoas agonizando neste mundo,
precisando conhecer a verdade da Palavra de Deus.
As pessoas estão agonizando pelas doenças do corpo. São os vícios que dominam, tiram a
liberdade, afastam as pessoas do bem e as empurram para o abismo. Agonizam pelas
enfermidades das doenças que consomem a alegria do viver, minam as forças e impõe
sofrimento a toda família.
As pessoas estão agonizadas pela calamidade da vida. Crescem a cada dia as famílias
desconcertadas, os casamentos falidos, os filhos desajustados na vida e os pais que se
tornam cicatrizes vivas na vida dos seus filhos. Porém, as pessoas estão agonizando
principalmente porque não tem Jesus.
Três jovens pescadores mexicanos ficaram nove meses à deriva no oceano Pacífico,
sobrevivendo da água da chuva, de gaivotas e peixes crus, até serem resgatados por um
barco pesqueiro taiwanês, a 8.000 km do México. Os imprudentes pescadores de tubarões
saíram do México, em outubro de 2005, em um barco de três metros de largura por nove
de comprimento, que ficou à deriva depois de uma tempestade. Além disso a gasolina
acabou e o motor quebrou, deixando-os à mercê de uma corrente marinha que desemboca
na costa da Austrália.
"Ficávamos alegres quando víamos um barco, fazíamos sinais e quando víamos que não nos
dava bola, que ia embora, ficávamos tristes e chorávamos...”
Este tipo de acidente incomum, principalmente pela longa duração, nos faz entender melhor
o significado da palavra “perdido”. Quem se perdeu ou está perdido, não tem nenhuma
possibilidade de remediar ou resolver a situação. A pessoa perdida está só, distante e sem
proteção, exposta a todo tipo de perigos como o frio, calor, chuva, fome e até a morte. A
pessoa perdida agoniza sem enxergar nenhuma possibilidade de salvação. A pessoa perdida
não é ouvida, não é vista e todos, depois de um determinado tempo as consideram mortas
e não se preocupam mais.
As pessoas perdidas no mar, na terra, nas montanhas e até nos desertos, ainda contam com
um fiapo de esperança de serem encontradas. Mas quando é Deus quem diz que uma
pessoa está perdida, não existe a mais remota possibilidade de salvação, e não se trata de
perdição temporária, mas eterna. Quando Jesus falou de si mesmo, apresentando o
propósito de sua vinda a este mundo, Ele falou de forma específica sobre as pessoas
perdidas, dizendo: “Pois o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido". Lc
19.10.
Por isso é fácil entender porque Jesus se importa com os perdidos. Lc 15.1-32. Ele é o “bom
pastor” O propósito do pastor é levar a ovelha perdida a seu lugar de origem, restaurando
seu estado original. O que uma ovelha "perde quando se perde"? Uma ovelha perdida perde
sua utilidade, muda seu estado, mas não perde sua identidade e valor.
Nenhum criador de ovelhas ou qualquer pecuarista diria tal frase ou deixaria de ir atrás de
uma única vaca fosse qual fosse o número de cabeças do rebanho. Jesus então faz a
pergunta retórica "Quem não deixaria as 99 e iria atrás da perdida?" Cuja resposta óbvia
justificava (perante os religiosos judeus) a importância que Cristo dava ao pecador perdido.
Não é difícil entender a lógica do Bom Pastor. Então porque os religiosos condenavam Jesus
por andar e comer com gente de tão baixo nível como prostitutas e servidores públicos
corruptos. Por que não compreendiam que Jesus era o pastor em busca da ovelha perdida?
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Na maioria das vezes o perdido não se parece com seu estado original. Por vezes, parece
até repulsivo. Pense nos objetos que perdeu e no estado que estavam quando os recuperou
depois de muito tempo: sujos, carcomidos, enferrujados, desbotados, descaracterizados. Só
quem perdeu reconhece o valor original. Para os outros é lixo.
Nem tudo está perdido para o perdido. É preciso sabermos o que foi perdido e o que
ainda permanece. De fato, não há nada tão radicalmente perdido que não possa ser achado.
Especialmente em se tratando dono ser Aquele diante de quem nada ou ninguém está
escondido.
Quantas coisas perdidas você já recuperou? Assim como Jesus, a Igreja deve ser a
manifestação da possibilidade de recuperação do que foi perdido. O perdido deve olhar para
a igreja e dizer a si mesmo: "Ainda dá... Ainda tenho chance."
O perdido nem sempre foi perdido. Quem ele foi e como foi antes de se perder? Assim como
Jesus, a Igreja deve olhar para o perdido de uma forma que abranja o que ele foi, o que é e
o que pode vir a ser; numa perspectiva de utilidade, estado, identidade e valor. E isso porque
quando algo (ou alguém) se perde, também se perde a utilidade (não há como usar algo
desaparecido), perde-se o estado original (o perdido se estraga, se suja); muitas vezes
perde-se o valor. Mas não se perde a identidade.
Assim é que podemos olhar para o perdido, seja ele um político corrupto, um assassino ou
mesmo um religioso hipócrita e legalista de uma forma multidimensional: ele nem sempre
foi assim, ele é (está) assim; mas ele pode vir a ser outra pessoa.
Olhar apenas para o passado recente foi o erro do filho mais velho (na Parábola do Filho Pródigo)
"Amar uma pessoa significa vê-la como Deus pretendia que ela fosse" (Fiodor Dostoievski)
O perdido recebia de Jesus (e deve receber da Igreja) cuidados especiais, não por sua
utilidade, mas por suas necessidades. Dessa forma podemos dizer que quanto mais perdido,
maior o empenho de Cristo/Igreja na recuperação. Ocorre que não parecer ser justo que
aquele que teve um mau comportamento receba maiores cuidados. Por isso nossos ciúmes
aparentemente justificáveis. Mas a maneira de Deus não é a do Papai Noel que recompensa
"o bom menino que não faz mal-criação". E nós também não agimos assim? Não nos
empenhamos para salvar um marido alcoólatra, um filho dependente, uma ovelha perdida?
Por que negamos isso à Deus? O mais fascinante é que Jesus acolhia (e a Igreja também
deve acolher) os críticos dos perdidos. Jesus gastou tempo com os fariseus para fazê-los
compreender a necessidade de busca e acolhimento aos perdidos. Ele contou a parábola da
ovelha perdida aos fariseus justamente para ilustrar essa realidade.
TIPOS DE EVANGELISMO
A igreja nasceu numa labareda de evangelização pessoal. Foi um ministério de casa em casa,
face a face. Este material sobre evangelização é um estimulante para cada cristão, no sentido
de reacender nele a paixão pelas almas. Ele poderá servir como um passaporte aos
movimentados cruzamentos e mercados da humanidade; seus conceitos, apresentados em
forma simples e prática, pode produzir uma nova estirpe de seguidores de Jesus,
promovendo o contato entre os que estão dentro da igreja e os que estão fora, no mundo, nos
lares e escolas, nas salas e nos escritórios, nas fábricas e mercados, nos parques e ruas — lá
fora, onde a humanidade sofre mais, e onde somente o amor de Cristo pode curar.
1. Evangelismo Pessoal
Infelizmente esse método que se constitui no maior segredo de ganharmos almas, esta
sendo usado pelas seitas, para espalharem seu falso evangelho nos lares de nossos vizinhos,
parentes e amigos. Quantas vezes não acordamos no sábado ou no domingo de manhã com
uma Testemunha de Jeová batendo à nossa porta, tentando nos empurrar suas literaturas
cheias de doutrinas heréticas? Elas estão ali, cumprindo um programa de visitação para qual
foram destinadas, até parece que não surte efeito de imediato, mas no final do ano, após
sair o relatório de crescimento delas na revista “A Sentinela”, veremos que não é bem assim.
Muitas vezes crescem mais do que muitas de nossas igrejas evangélicas, porque
simplesmente estão colocando em ação um segredo deixado por Jesus, e que nós, seus
verdadeiros discípulos, não estamos usando. Portanto, evangelismo é ato de levar boas
novas com estratégia e técnicas. Evangelizar é apresentar Jesus Cristo, o Filho de Deus, como
único e exclusivo Salvador, é também um ato de amor para com o próximo. O evangelho de
João é o que mais destaca esta atividade de Jesus.
Capítulo 1 – Jesus levou André para sua casa, e quando este saiu, havia aceitado como o seu Messias;
Capítulo III – Jesus passou parte de uma noite revelando o plano de salvação a uma só pessoa: Nicodemos;
Capítulo IV – Jesus passou a sua hora do almoço anunciando o evangelho a uma mulher samaritana;
Capítulo V – Jesus parou junto ao tanque de Betesda para dar atenção a um homem paralítico.
Esse é o elemento que mais se destaca no evangelismo pessoal. Tanto o avivamento como
o evangelismo produzidos podem ser conservados. Uma vez que o coração de um pastor ou
de um leigo é incendiado com a conquista de almas, essa atitude pode ter prosseguimento.
A alegria não precisa ser passageira. A conquista de almas conserva o crente mais perto de
Cristo, em sua vida cotidiana. O testemunho é a própria expressão da vida espiritual normal
e abundante. A árvore só produz fruto da riqueza e extravasamento de sua vida. Possui mais
do que pode conter, e por isso produz fruto.
Não há expectativa. Ninguém realmente espera encontrar-se com Deus, nem ver o Seu
poder! Semana após semana, nada realmente acontece na igreja. Por outro lado, a igreja
que está conquistando almas é como um formigueiro, esperando para ver o que Deus vai
fazer em seguida. Muitos pastores que tem visto suas próprias vidas e as de suas
congregações avivadas por meio do evangelismo pessoal, tem dito: "Agora prego com uma
unção como nunca conhecera antes. O povo espera, na expectativa do que Deus está
prestes a fazer".
Nada existe de mais emocionante para o crente do que vir à igreja e ver, em outro banco,
um recém-convertido que ele mesmo conquistou para Cristo. Uma igreja assim certamente
não está morta!
Outra característica da igreja que começa a conquistar almas é que perde milagrosamente
o seu complexo de culpa. Inadvertidamente, quase todos os pastores e congregações têm
um complexo de culpa por não conquistarem almas. Livrar-se desse complexo é estar em
completa liberdade. E o fato de não reconhecermos a existência desse complexo nos está
destruindo.
O vocábulo "evangelizar" não quer dizer conquistar o mundo para Cristo, e, sim, apresentar
o evangelho até todos terem tido a oportunidade de se decidirem se querem aceitar ou
rejeitar a Cristo. Jamais devemos esperar conquistar o mundo para Cristo enquanto não
tivermos reconquistado forte ênfase sobre o testemunho pessoal. Não podemos esperar
que os homens que saem como missionários evangelizem o mundo sem esse instrumento.
Primeiramente devem ter experiência com o evangelismo pessoal, em suas próprias pátrias.
Os missionários trabalham sob a pressão de uma severa desvantagem, porquanto não vêm
de igrejas conquistadoras de almas, nem nunca viram o avivamento mediante o cristianismo
pessoal em ação. Portanto, não podem levar tal experiência para os campos missionários.
Nossos missionários não podem ser maiores que as igrejas de onde vieram.
Se quiser conquistar uma alma para Cristo, terá de pôr em ação tua vida cristã inteira: a
Palavra, a oração, a dependência ao Espírito Santo, e todos os frutos da maturidade em
Cristo. Trata-se de um desafio constante. A nova experiência conserva o testemunho cristão
fresco e vivo. Como pode qualquer de nós sentir-se feliz em Cristo, quando nada realmente
de novo aconteceu conosco, desde a nossa conversão? Mas a testemunha cristã, coerente
consigo mesma, anda no poder manifesto de Deus. . . diariamente. Contamos com muita
gente que são grandes membros de igreja, mas que são crentes excessivamente fracos.
Quando esses membros de igrejas começam a conquistar almas, pode-se notar que alteram
sua área de devoção. Surge neles um amor profundo pela pessoa de Jesus Cristo. Os crentes
ficam realmente transformados quando ganham almas.
Se alguém te pedisse que descrevesse um "avivamento", o que diria? Talvez algo como o
seguinte: "Os crentes sairiam por toda parte, falando sobre Jesus para todos. Todo ser
humano numa cidade ficaria cônscio da mensagem de Cristo e poderia ter um encontro
pessoal com Ele. Multidões aceitariam a Cristo. Haveria o espírito de expectativa por toda
parte. Os crentes testificariam — aos banqueiros, aos carpinteiros, aos barbeiros, a todos,
enfim. Uma cidade inteira se sentiria convicta de seus pecados. Alegria e poder varreriam
as igrejas, e Cristo seria exaltado". Pois bem, meu amigo, isso é uma descrição do
evangelismo pessoal em ação!
Viagens em condução coletiva: muitas pessoas sentem-se mais à vontade para conversar
enquanto viajam porque têm tempo à disposição. At 8.26-39.
Em lares: nos dias atuais parece que está havendo um novo interesse por estudos bíblicos
e oração conjunta nos lares. O crente pode oferecer sua própria casa para realização de
estudos bíblicos, ou pedir a um amigo descrente ter um desses estudos em sua casa. At
20.20.
Locais públicos: o ganhador de almas deve usar de tato para que não se torne inoportuno
e não venha a interferir na atividade de quem ele deseja evangelizar. Nunca chamar a
atenção dos presentes, querendo prevalecer sua opinião, nem iniciar uma discussão
acalorada. Mc 2.14
Como ganhar almas pessoalmente? Como o ganhador de almas executa o seu trabalho? Ter
entusiasmo e disposição, mas não preparo, resultará em fracasso.
Experiência pessoal: deve estar preparado para explanar seu testemunho pessoal de
salvação e para responder perguntas como: “Você acaba de me dizer que devo aceitar Jesus
como meu Salvador pessoal. Agora quero saber o que esta experiência realizou na sua vida.”
Vida cristã: deve ter uma vida cristã acima de qualquer suspeita, senão todas as palavras
de sabedoria e argumentação serão vãs se o ouvinte sabe que ele é um hipócrita.
A atitude: deve sentir profundo amor pelos perdidos, este amor abrirá muitas oportunida-
des. Este trabalho não terá resultados permanentes se a preocupação for ganhar louvor dos
homens.
A coragem: deve estar preparado para o dia da rejeição e mesmo da perseguição, nem
todos aplaudirão os esforços e dedicação, uma pessoa poderá rejeitar inúmeras vezes antes
de mostrar-se interessada e a oração, pois a batalha não é carnal, não é intelecto luta contra
intelecto. A batalha é espiritual e somente no poder do Espírito pode-se vencer.
Amizades de curta duração: se o tempo está limitado a algumas horas é melhor primeiro
abordar um ponto de interesse comum, deste ponto o crente poderá estabelecer um
relacionamento social e daí entrar no assunto da salvação, sempre confiado na direção do
Espírito Santo. Se a pessoa não quiser fazer sua decisão de seguir a Jesus naquele instante,
é melhor fazê-la entender que não rejeitou ao Senhor definitivamente, incentive a procurar
uma igreja onde possa receber ajuda espiritual.
Conteúdo dos folhetos: Nunca distribua um folheto sem primeiro ler cada palavra para
certificar se o conteúdo é totalmente bíblico. Esta certificação será válida se a instituição for
notoriamente idônea e defensora da fé cristã.
Seria cativante visitar uma igreja do primeiro século e notar o seu programa de
evangelismo. Poderiam informar-nos sem perda de tempo sobre a maneira de fazer uma
igreja tornar-se conquistadora de almas. Se hoje pudéssemos viajar até essas antigas
igrejas, sem duvida ficaríamos maravilhados com nossas descobertas. Chegando em
Éfeso, nossa visita seria mais ou menos assim:
"Boa tarde, Áqúila. Sabemos que você é membro desta igreja. Queremos entrar e conversar".
"Sejam bem vindos. Entrem".
"Se não for demais, queremos que nos conte como as igrejas da Ásia Menor efetuam seu programa de
evangelização. Lemos que antes você era membro da igreja em Corinto, depois em Roma e, agora, aqui em Efeso.
Portanto, você deve saber informar-nos com exatidão e clareza acerca do evangelismo do Novo Testamento.
Também desejamos ver a igreja antes de regressarmos".
"Sentem-se. Já estamos na igreja. Ela se reúne em nossa casa". "Vocês não têm templo?"
"Quer dizer templo? Não, acho que não temos."
"Diga-nos, Áquila, o que a igreja está fazendo para atingir a cidade com o evangelho?"
"Ora, já evangelizamos a cidade de Éfeso. Todos os habitantes desta cidade compreendem bem o evangelho".
"Que?"
"É verdade... acha isso extraordinário?"
"E como é que a igreja conseguiu fazer isso? Por certo vocês não têm rádio nem televisão. Realizaram, então,
muitas cruzadas de evangelização?"
"Não. Como vocês provavelmente ouviram dizer, experimentamos evangelismo em massa nesta região, mas quase
sempre terminávamos na cadeia!"
"E então, como fizeram tudo?"
"Oh, então não sabem? Somente visitamos todas as casas da cidade. Foi assim que a igreja evangelizou a princípio
aquela cidade. Os discípulos evangelizaram a cidade inteira de Jerusalém em muito pouco tempo. Todas as igrejas
da Ásia Menor seguiram esse exemplo."
"E esse método tem dado bons resultados em todos os lugares?"
"Sim. Tem havido tantas conversões que os líderes das religiões pagãs temem que suas religiões sejam extintas.
Quando o irmão Paulo saiu de Éfeso pela última vez, lembrou-nos que deveríamos continuar evangelizando com o
mesmo método".
"Áquila, isso é maravilhoso! Nesse passo, quantas pessoas ouvirão o evangelho e o aceitarão?"
"Não ouviram ainda dizer? Já levamos o evangelho a todas as pessoas da Ásia Menor — tanto a gregos como a
judeus".
"Ora, isso é impossível. Você não está realmente dizendo que cada pessoa já foi evangelizada, não é mesmo?"
"É verdade. Cada pessoa".
"Mas isso incluiria Damasco, Éfeso e dezenas de cidades grandes, aldeias e povoações — e também as tribos
nômades do deserto. Quanto tempo foi necessário para as igrejas alcançarem todo esse povo?"
"Não muito tempo — exatamente 24 meses. O mesmo está acontecendo na África do Norte e no sul da Europa. O
evangelho também já chegou à Espanha. Ouvimos falar de um país que se chama Inglaterra, e muitos cristãos já
chegaram lá. Esperamos completar a Grande Comissão de Jesus antes do fim deste século".
"Áquila, o que você nos está contando é incrível. Vocês têm feito mais, em uma geração, do que nós em mil
anos". "Não compreendo a razão disso. Para nós foi algo simples. Pode ser que vocês tenham usado métodos
errados de evangelização".
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2. Evangelismo em Massa
Em Listra e Derbe. O texto sagrado diz: “Ali pregavam o evangelho”. At 14.7. O contexto
mostra que Paulo e Barnabé fizeram uma cruzada evangelística entre os gentios. Constata-
se isso em decorrência do movimento provocado pelos moradores da região em virtude da
cura do coxo de nascença, e por haverem confundido Paulo e Barnabé com divindades
romanas, Mercúrio e Júpiter. At 14.8-14.
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As diversas Estratégias
(a) Nas Casas. Paulo fundou igrejas não somente usando as sinagogas e através de
campanhas evangelísticas. Ele usou muitas outras estratégias. Em Corinto, começou por
uma sinagoga (18.4), em seguida encontrou abrigo na casa de Tito Justo, e depois teve o
apoio de Crispo, líder da sinagoga, que logo se converteu. At 18.7,8. Da mesma forma,
fundou a igreja de Filipos, na casa de uma empresária de nome Lídia (At 16.14,15), e em
Éfeso, começando por uma sinagoga (18.19), continuou nas casas (20.20). Até hoje, a
maioria das igrejas nasce nas casas dos crentes. Essa estratégia continua a ser usada em
nossos dias.
(b) Nas Praças. A pregação nas ruas e praças tem dado origem a muitas igrejas locais. Há
muitas localidades onde esse trabalho não é permitido; em outros lugares não dá resultado.
O apóstolo Paulo usou essa estratégia em Atenas. At 17.17. Esse método foi, no princípio,
usado por nossos pioneiros Daniel Berg e Gunnar Vingren. Em muitos lugares, continua
surtindo resultados. O modelo é bíblico; cabe a cada um ter o necessário discernimento para
aplicá-lo na hora e na localidade adequadas. As praças de sua cidade podem ser uma terra
fértil para semear a semente.
(c) Nos Centros Acadêmicos. A igreja de Atenas nasceu de um trabalho do apóstolo Paulo
entre os acadêmicos. At 17.19,22,34. O Senhor Jesus tem muitas testemunhas entre os
universitários, professores e eruditos de todo o mundo. Muitos destes organizam trabalhos
programados para alcançar os seus pares para Jesus. Muitos conseguem espaço físico na
própria instituição de ensino para reuniões, além de cultos em ação de graças em eventos
como formaturas. É um trabalho promissor, e tem suas bases na Bíblia.
Já passamos pela história da igreja primitiva e vimos como por quase 1.600 anos ficamos
apagados e inertes sem fazer nenhum tipo de evangelismo até a reforma de Lutero que
reacendeu a igreja. E nos dias atuais, o que a igreja tem feito para alcançar os perdidos?
Como a igreja tem feito para alcançar os perdidos?
Atualmente, grande parte das igrejas trabalha basicamente com o evangelismo em massa,
como já vimos antes, esse estratégia é limitada, pois em um grande grupo de pessoas
presentes nessas campanhas, poucas realmente vão para a igreja e criam vínculo com o
evangelho de Jesus. O problema do evangelismo em massa feito nos templos, nas nossas
campanhas e congressos é que as únicas pessoas que serão ganhas serão aquelas que se
dispuserem a ir ao templo.
Medite nisto: As únicas pessoas a quem podemos conquistar para Cristo, em qualquer
campanha evangelística, são os perdidos que deliberadamente se levantam, se preparam e
vão aos auditórios de livre e espontânea vontade, para que se exponham à pregação da
Palavra. Essas são as únicas pessoas acerca das quais temos possibilidades de esperar
ganhar com o Evangelho. Só há um problema, a maioria das pessoas não se sujeita a isso!
O mundo perdido tem procurado transmitir-nos um recado: "Por favor, certifiquem-se que
seu pastor é formado em teologia; ponham ar condicionado em seus edifícios; ponham
almofadas nos bancos; convindem-nos à igreja por meio do rádio, da televisão, do telefone,
de cartas, boletins, anúncios nos jornais, e por visitas pessoais... E depois disso tudo, eles
não vão aos templos. Temos construído todo nosso esquema de evangelismo na premissa
de que se ao menos as pessoas vierem, nós as conquistaremos. Na verdade nós achamos
que estamos evangelizando o mundo, principalmente aos domingos, o problema é que os
perdidos não estão em nossas classes da Escola Dominical e sim lá fora do templo.
Entende a diferença? A ordem foi "IDE" e não "RECEBA" as pessoas no templo. Vejam bem,
uma estrutura bem montada, equipes de recepção, hospitalidade, consolidação e
discipulado são importantíssimas no processo de ganhar e firmar o perdido, mas elas só
terão trabalho se houverem pessoas a serem consolidadas e discipuladas e recebidas e etc.
Pense comigo, quantas igrejas hoje tem um programa efetivo de ganhar as pessoas que não
vêem à igreja? Deus não espera que sejamos gênios da técnica, da publicidade, da
promoção, da organização, para que nosso evangelismo adquira maior eficácia. Podemos
estar certos que o programa que Deus quer utilizar para conquistar as comunidades e
evangelizar o mundo inteiro será algo simples. . . algo que qualquer congregação local
poderá organizar, dirigir e realizar! "Não por força nem por poder, mas pelo meu
Espírito..." Zc 4.6.
Que tipo de evangelismo podemos realizar e que não custe nada aos cofres da igreja, que
não dependa de uma data previamente marcada e nem da agenda de um grande
conferencista? O Evangelismo Pessoal. O Evangelismo Pessoal pode atingir a todos em
qualquer lugar e em qualquer tempo. Portanto, o Senhor Jesus disse: "... Mas recebereis
poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, E sereis minhas testemunhas tanto em
Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra". At 1.8. Se Jesus
tivesse de baixar novamente essa ordem, hoje em dia, aqui mesmo em nosso país, e você
estivesse presente para ouvi-Lo. . . Que te diria Ele? Primeiramente, pergunte-se:
Qual é a minha Jerusalém? Que era Jerusalém para eles, naqueles dias?
Que é a Judéia para mim? Que era a Judéia para eles?
E que é a Samaria para mim?
E que significa para mim os confins da terra?
Qual foi o plano de ação de que se utilizaram? Jesus baixou a ordem. Subiu aos céus. Eles
retornaram a Jerusalém (depois de serem um tanto animados a isso pelos anjos ). Depois
todos ficaram cheios do Espírito Santo. Depois saíram em obediência a Jesus. Começaram
sua obra por Jerusalém.
A pergunta mais importante que a Igreja do século XX tem para fazer à Igreja do primeiro
século é: COMO FIZERAM ISSO? Sim, que fizeram eles para alcançar toda a cidade de Jerusalém?
Talvez fosse melhor perguntar, antes de tudo: Como é que não fizeram?
Reconheçamos que o evangelismo não deve estar centralizado no templo da igreja. Pelo
contrário, deve estar centralizado fora do templo. (O templo não deve servir de lugar onde
levamos os perdidos, a fim de convertê-los. Mas é um posto avançado — do interior de onde
enviamos os crentes!)
Somente o evangelismo pessoal pode alcançar essa façanha. Em Atos 5.42 vemos até que
ponto eles seguiram o conceito de "evangelismo de casa em casa": "E todos os dias, no
templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar, e de pregar Jesus, o
Cristo". Evangelizaram a cidade inteira de Jerusalém, visitando cada um dos lares! Desse
modo, sabiam quando obedientemente cumpriram a ordem do Senhor! Assim é que se deve
obedecer à ordem de Atos 1.8. Eis um conceito neo-testamentário tão radical, tão novo, tão
revolucionário, que é quase inacreditável. Trata-se do evangelismo primitivo, bíblico.
Jesus disse: “... Não temas; doravante serás pescador de homens.” Lc 5:10. O verbo pescar,
como aqui usado, quer dizer no original grego pegar vivo. O objetivo da igreja é trabalhar
para libertar as vidas aprisionadas por satanás e conduzi-las à liberdade do Reino de Deus.
Rm 14.17.
Jesus preveniu os discípulos: “Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para
a sua seara.” Mt 9.38. A tarefa não é fácil; as horas de labor são muitas e cansativas; mas a
colheita significa almas ganhas para a vida eterna. O salmista declara: “Os que com lágrimas
semeiam com júbilo ceifarão. Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com
júbilo, trazendo os seus feixes.” Sl 126.5,6.
No evangelho de Lucas 15, Jesus falando por parábolas faz algumas comparações para
apresentar a alma perdida e o seu resgatador. Lc 19.10:
O primeiro passo é aprendermos com Jesus, que temos que nos interessar pelos outros se
quisermos que eles se interessem pelo que temos a falar. O sentimento que nos leva ao
interesse pelas pessoas que não conhecem o evangelho é a compaixão. O segundo passo é
despertarmos a curiosidade das pessoas, agindo de forma diferente do mundo, para que as
pessoas enxerguem:
Devemos evangelizar, porque o mundo está por um fio. O vazio da vida dos seres humanos
cresce vertiginosamente, quer sejam eles médicos, engenheiros, comerciantes, operários
ou lixeiros. As páginas dos jornais estão, cada vez mais, marcadas pelas conseqüências do
pecado do homem – crimes, roubos, imoralidades, infidelidade e conflitos diversos de
grandes e pequenas proporções. O uso de drogas e o abuso sexual entre jovens e até
pessoas de idade estão praticamente incontroláveis.
A vida humana, para muitos, não tem valor algum. O individualismo é tão crescente como a
conhecida inflação, o seu produto mais recente aqui no Brasil foi à aprovação do divórcio.
Andar a noite pelas ruas de qualquer cidade é um risco muito grande. Tudo, tudo isto é fruto
do pecado que habita no homem. E o que os crentes estão fazendo?
Trancafiados e lotados de atividades nas quatro paredes dos templos. Luzes escondidas
debaixo do alqueire. Sal insípido. Quando saem para evangelizar apresentam uma
mensagem tão diluída, tão antropocêntrica (o homem no centro), que o evangelismo perde
a sua essência. Isto sem contar o desinteresse ou falta de tempo para providenciar a
integração do neófito na vida da Igreja e no Reino de Deus. Em vista disso procuramos
mostrar a necessidade de sairmos das quatro paredes e como fazer isto a fim de ganharmos
almas para Cristo nesta última hora da Igreja na terra.
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MÉTODOS DE EVANGELIZAÇÃO
Procuremos, por todos os meios, preservar o que é útil nas velhas técnicas, mas não fujamos
à experiência criativa e imaginativa de novas formas de evangelização. O evangelista cristão
deve ser como o mordomo da parábola de Jesus: emprega meios antigos e novos, usa
métodos provados pela experiência, mas também outros que precisam ser
experimentados.
Não há dúvida de que a flexibilidade e a imaginação desses esforços concordam com o Novo
Testamento, onde "dar testemunho" cobre toda a variedade de métodos. Nele
encontramos exemplos de evangelização em massa (João Batista, Pedro, Estêvão, Jesus);
evangelização pessoal (35 entrevistas pessoais de Jesus estão registradas nos evangelhos);
evangelização circunstancial (Jesus junto ao poço de Jaco, Pedro e João na porta Formosa
do templo); evangelização através do diálogo (Paulo na Colina de Marte e Apoio em Éfeso,
At 18.28); evangelização sistemática (os 70 discípulos enviados por Jesus, dois a dois, e a
visitação domiciliar mencionada em Atos 5.42); evangelização através de literatura (Jo
20.31; Lc 1.1-4, ambos afirmando claramente a intenção evangelística destes evangelhos).
Não podemos esperar que todos os métodos sejam eficazes para todo mundo, mas
certamente existe um meio adequado de nos aproximarmos de cada pessoa. Ou então, Deus
pode usar uma combinação de métodos diferentes para ganhar um indivíduo.... Devemos
procurar, na escolha dos nossos métodos, ser naturais, cheios de tato, pacientes, cheios de
imaginação, sensíveis, livres de tensões e confiantes.
Tenhamos sempre pronto algum método, por mais natural que seja. George Sweazey diz
com razão que a afirmação de que "tudo que nós fazemos é evangelização", usualmente
acoberta um testemunho tão vago que a frase deveria ser "nada que nós fazemos é
realmente evangelização".
Antes de criticarmos o que o outro está a fazer, deveríamos lembrar a clássica resposta de
Moody a um crítico que reprovou os seus métodos.
— Nem eu mesmo gosto muito deles, confessou Moody. Mas, que métodos você usa?
Quando o crítico disse que não usava nenhum, Moody respondeu com certa aspereza:
— Bem, prefiro a minha maneira de fazê-lo, do que a sua de não fazê-lo!
Como evangelizava Jesus? Evangelizava amando (Mc 2.16), pois era, antes de tudo, um
amigo e especialmente para os necessitados e pecadores. Evangelizava servindo. Mc 1.34.
Quando encontrava um doente, o curava; um homem faminto, o alimentava. E evangelizava
também falando (Mc 1.14), pois era Mestre e pregador por excelência. Como evangelizavam
os discípulos de Jesus? Evangelizavam à maneira do seu Mestre. Davam testemunho através
do amor fraternal (At 2.44), do serviço compassivo (At 3.6) e da fiel proclamação. At 5.42.
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Cremos que a igreja que não evangeliza precisa ser evangelizada. Não vivemos para nós
mesmos. Existimos para a nossa missão como o fogo existe para a combustão. Cada crente
uma testemunha, a única maneira de ganharmos esta geração – Se não ganharmos nossa
geração teremos fracassado em nossa tarefa. Evangelização é um estilo de vida mais do
que um programa – Evangelização não é apenas uma questão de método, mas de
compromisso. É mais um estilo de vida do que um programa.
2. O Método da Pescaria
(a) Há diferentes tipos de peixes. Para cada um você precisa de uma isca diferente, de uma
abordagem diferente.
(b) Precisamos identificar os melhores métodos para alcançarmos os melhores resultados.
(c) Jesus foi estratégico no envio dos discípulos como pescadores de homens.
(d) Paulo foi flexível com os métodos.
Seguindo a ordem de seu mestre, os apóstolos e todos os crentes primitivos, não deixaram
de usar o evangelismo pessoal e os resultados eram tremendos. Vejamos: “Mas os que
andavam dispersos iam por toda a parte, anunciando a palavra. E, descendo Filipe a cidade
de Samaria, lhes pregava a Cristo”. Atos 8.4,5. Posteriormente com a conversão de Saulo de
Tarso o evangelismo pessoal explodiu de vez, falando aos anciãos de Éfeso ele diz: “Como
nada, que útil seja, deixei de vos anunciar, e ensinar publicamente e pelas casas”. Atos 20.20.
Os frutos deste tipo de evangelismo eram maravilhosos. Veja o que Lucas registra: No
principio era apenas um pescador - Jesus. Depois doze almas que foram treinadas por Cristo
(Lucas 6.13) após esses doze, vieram mais setenta, (Lucas 10.1) em Pentecostes o número
já era de 120, (Atos 1.15) a multidão alargou-se para quase 3.000 almas (Atos 2.41) era algo
contagiante, pois a multidão crescia cada vez mais e chegava a 5000 (Atos 4.4; 5.14) o
número dos discípulos crescia e multiplicava (Atos 6.1,7) as igrejas se multiplicavam (Atos
9.31) e por fim diz o apostolo Paulo que aquele evangelho tinha sido pregado a toda criatura
debaixo do sol. Cl 1.23.
É algo realmente miraculoso não é? Mas será que isto se encerrou com a era apostólica?
Será que os apóstolos tinham algo que nós não possuímos hoje? Sim e não. A diferença
entre os crentes primitivos e nós é que eles obedeciam, levavam a sério o “Ide” de Jesus.
Você tem o mesmo Jesus, a mesma mensagem, o mesmo evangelho, os mesmos tipos de
pecadores, então o que falta? Por que nossas igrejas estão vazias e os templos das seitas
cheios? Por que, se o nosso Deus é o mesmo, ontem, hoje e o será para sempre?. Hb 13.8.
Creio então que o problema está em nós, não em Deus ou nos pecadores, não são eles que
estão com os corações mais duros, somos nós!
Qual era o segredo de tanto sucesso para ganharmos almas? Seria novas estratégias, um
novo vocabulário para abordarmos os incrédulos, até mesmo empregar marketing como
fazem muitas igrejas? Não. O segredo se encontra em Atos 1.8: “Mas recebereis a virtude
do Espírito Santo, que ha de vir sobre vos; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém
como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra”. É o poder de Deus que faz a
diferença meus irmãos! Temos que aprender a cooperar com Ele e Ele cooperara conosco!.
“E eles tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor...”. Mc
16.20.
Nunca teremos uma igreja conquistadora de almas enquanto não tivermos crentes com o
desejo de buscarem o poder de Deus, de estarem cheios do Espírito Santo. Enquanto não
tivermos a coragem de nos dispormos de corpo e alma para tal tarefa nunca teremos uma
igreja evangelizadora nos moldes da igreja primitiva e, por conseguinte nunca teremos
crentes avivados. Da-se pouca importância a este fato em reuniões de evangelismo passa
por cima dele apenas superficialmente, e isto é perigoso porque ele, e unicamente ele, é o
principal motor do avivamento para o evangelismo, não existe outro, não ha métodos,
formulas, ou truques que o substitua. Se quisermos ter resultados duradouros não podemos
agir de outra maneira a não ser a que esta em (Atos 4.24- 31), pare neste instante e leia-o.
O líder de evangelismo, que no caso pode ser o pastor (muito difícil hoje em dia) ou um
simples membro, reúne o pessoal na igreja. Uns chegam desanimados, outros com medo,
uns afoitos para que comece e acabe logo, pois tem outras coisas mais importantes para
fazer, como por exemplo, namorar. Alguns reclamam, mas finalmente saem apos repartirem
os folhetos, sem nenhuma explicação ou treinamento e o pior de tudo, sem oração.
Na do evangelismo jogam os folhetos nos quintais, nos correios como se fossem panfletos
políticos, sabendo que irão ser molhados ou rasgados por algum cão travesso, gastando
assim dinheiro e tempo! Na rua enquanto evangelizam, conversam sobre tudo: futebol, o
ultimo filme que assistiram à namorada, riem brincam a vontade, e tudo isso na frente de
incrédulos. Não ha oração, antes, durante e muito menos depois do evangelismo. É
lastimável!! Você acha que tal evangelismo teria sucesso? Não? Mas é justamente essa a
realidade hoje da maioria das igrejas (as que ainda fazem evangelismo!).
Precisamos orar, buscar o poder de Deus a todo tempo. Não devemos contentar apenas
com o batismo com o Espírito Santo, mas procurarmos ser cheios todos os dias como faziam
os crentes primitivos Atos 16.13. Até mesmo Jesus precisava ser cheio, pois orava
continuamente. Lc 5.16; 6.12.
Temos tempo para tudo hoje em dia, menos para orar, mas é justamente ai que nos
erramos, pois quanto mais tempo gastamos com o Senhor em oração, mais direção nosso
espírito recebera para as coisas do cotidiano. Lc 10.41,42. Se quisermos ser ganhadores de
alma temos que pagar o preço, negar nossa própria vida pra viver a vida de Cristo em nós.
Gl 2.20. Não se contente com uma vida fraca, morna e inerte sem experimentar o poder de
Deus. Ele não te obrigara a nada, a decisão é sua, (Apoc 3.20), Deus não trabalha em cima
de ameaças, pois tudo o que fazemos pra obra de Deus tem que levar a marca do amor e
finalmente quando entrarmos no seu tribunal esse será o critério para julgar nossas obras.
I Jo 4.18.
Lembre-se: Somente o crente cheio do Espírito Santo poderá levar almas a Cristo com
eficácia, enquanto o gemido do Espírito (Rm 8.26) não for o nosso gemido de intercessão
por este mundo perdido, enquanto a paixão pelas almas não queimar dentro de nos como
fazia em Whitefild que disse: “Se não queres dar-me almas, retira a minha ”ou Hyde
missionario na China que orava assim: “Da-me almas, ou morrerei” não seremos realmente
discípulos de Cristo. Precisamos nos compadecermos da multidão.
Desde tempos imemoriais, o sal tem sido utilizado pelos povos como substância
conservante, que preserva as características dos alimentos. O cristão, como o sal espiritual,
tem a capacidade de preservar o ambiente sob sua influência. Este mundo ainda existe
porque, apesar de sua degeneração, a igreja, formada pelos cristãos, está preservando o
que resta de saúde moral e espiritual no mundo. Quando a igreja for tirada da terra, a
podridão tomará conta dos povos sem Deus, levando-os à decomposição final, que os levará
ao inferno.
O sal dá sabor
Uma comida sem sal nunca é vista como saborosa. Normalmente, é Indicada para pessoas
que estão com problemas de saúde, para quem é contra-indicado o uso de sal. Por isso, a
Bíblia registra a importância do sal, como elemento que dá sabor, Jó 6.6.
O sal é humilde
"Sal sob medida" - uma importante característica do sal é sua humildade. Ele preserva e dá
sabor, sem aparecer. Assim é o crente humilde, "não faz questão de aparecer". Quando o
sal aparece pelo excesso, ninguém suporta. Quando o crente tem sal demais, se torna
insuportável. Isto acontece, quando se torna fanático em lugar de passar para os outros o
sabor da vida cristã, acaba afugentando as pessoas, com excesso de santidade. São pessoas
legalistas que vêem pecado em tudo. Por outro lado, há os que não têm mais sal em suas
vidas, são os liberalistas, que se acomodam com o mundanismo e dizem que nada é pecado.
São extremos. Por tanto é imprescindível ter equilíbrio no testemunho e na vida cristã, Cl
4.6 e Gl 5.22.
Os viajantes no deserto costumavam levar na bolsa uma vasilha com sal para provocar mais
sede e assim evitar a desidratação, visto que no deserto era muito elevado. Quando Jesus
disse que o cristão deve ser salvo isto significa que além de preservar, devemos provocar
sede (desejo) no pecador. Estamos?
No lar
Os cristãos devem também dar um bom testemunho no seu lar, principalmente os pais, na
formação moral e espiritual dos filhos, no relacionamento conjugal, parentes, amigos e com
os vizinhos.
Na igreja
O testemunho na comunidade é de suma importância. Ecl 5.1, At 2.42-47. Luz: Jesus Cristo
afirmou que o cristão deve ser luz neste mundo de trevas. A luz é o oposto do sal (que não
é visto em ação). A luz só tem valor quando é percebida, quando aparece. Mt 5.14-16.
O testemunho elevado: Comparando seus seguidores como luz do mundo, Jesus disse que:
"Não se pode esconder uma cidade edificada sobre o monte." Antigamente as cidades eram
edificadas sobre os montes, o que tornava impossível esconder a sua iluminação. Como luz,
o crente está edificada em Cristo em posição muito elevada, Ef 2.6.
O cristão no velador: Mt 5.15 - Jesus declarou também que não se "acende" e se coloca de
baixo do alqueire mas no velador, para iluminar todos os que estão na casa. Infelizmente há
pessoas nas igrejas que se colocam no de baixo alqueire do comodismo, da indiferença, da
falta de fé e de ação, e apagam-se, por lhes faltar oxigênio de Deus.
Mas o “como” evangelizar, muitos de nós não sabemos! Nesta parte iremos mostrar ao
crente como proceder no evangelismo pessoal. Já vimos que o melhor preparo é o crente
se revestir com o poder de Deus, sem o qual não poderá responder como Samuel. I Sm 3.10.
Passaremos agora para a preparação de um evangelista. Mas... antes de começar:
Você já parou para analisar como os mórmons se apresentam diante das pessoas?
Pessoalmente nunca vi um mórmon com o cabelo despenteado ou com tênis e calcas Jeans
sair para evangelizar. E as testemunhas de Jeová? Fazem questão de se apresentarem bem
vestidas! Sabe porquê? Por que as seitas sabem que a primeira impressão é a que fica.
Por que nos servos de Deus temos que ser diferentes? Pense nisso: “eu e você somos os
cartões postais de nossas igrejas”, e as pessoas sabem disso! Imagine se um vendedor de
salgados batesse a sua porta para lhe vender seu produto e você percebesse que suas unhas
estão compridas, cabelos despenteados, roupas não muito limpas, barba mal feita; você
compraria tal produto? Creio que não, não é verdade?
Infelizmente acontece quase a mesma coisa com membros de nossas igrejas que saem de
porta em porta a evangelizar, não se dão conta que as pessoas dão muita importância
aquela conhecida frase: “O mundo trata melhor quem se veste bem ”. Não estou querendo
dizer com isso que o homem tenha que vestir terno e gravata e a mulher tenham que ir ao
salão de beleza antes de sair para o evangelismo! De modo algum, mas não podemos
descuidar de nossa aparência pessoal.
Muitos confundem o que é humildade, acham que precisam vestir a roupa mais velha que
tem para poder dizer que são humildes, nada mais longe da verdade. Ha pessoas que são
muito humildes que se vestem bem, e pessoas muito orgulhosas que se vestem
relaxadamente.
Homens: Barba feita, se possível roupa social, camisa por dentro das calcas, unhas cortadas,
higiene bucal bem feita (pois no evangelismo pessoal você terá que conversar cara-a-cara
com a pessoa a ser evangelizada, creio que ninguém ira gostar de conversar com alguém
que solta bafo de cebola em seu rosto ou lhe mostre restos de alimento em seus dentes )
sapatos limpos, camisa com os botões fechados, não chupar balas ou chicletes quando
estiver conversando etc...
Mulheres: Cabelo preso, higiene feita, roupa decente e as demais regras gerais...
A Bíblia: A Bíblia de um evangelista tem que estar em condições de uso, não caindo aos
pedaços ou cheia de papeis que mal da’ para fechá-la! Se possível sublinhar os principais
versículos que tratam sobre a salvação, fé, pecado, amor de Deus etc... Ninguém consegue
guardar todos os versículos na mente por isso uma Bíblia sublinhada seria muito útil no
evangelismo.
Os folhetos: Uma das ferramentas que menos damos importância são os folhetos. A
literatura impressa é uma arma poderosa no evangelismo pessoal. Poderá ser que alguém
queira discutir com você, mas com um folheto ninguém discutira. Entretanto precisamos
tomar alguns cuidados com os folhetos.
(a) Ao sair para o evangelismo não amasse os folhetos, se possível ponha-o em uma pasta
onde eles poderão ficar sempre no estado em que você os comprou. Ninguém gosta de ler
um folheto todo amassado. É horrível!!
(b) Não deixe-os ficar molhados com o suor de suas mãos, sempre entregue-os em perfeito
estado ao pecador.
(c) Prefira folhetos coloridos, que chamam a atenção. Às vezes é preferível pagar um pouco
mais em um folheto atraente, do que em outro, mais barato, que ninguém irá se interessar.
Existem várias editoras no Brasil que possuem catálogos de folhetos, é sempre útil ao
evangelista possuir um ou mais catálogos para sempre se dispor de variedades.
(d) Entregue o folheto apropriado a pessoa certa. Por exemplo: a um jovem não entregue
um folheto que serviria para uma criança e vice-versa. Os folhetos são como remédios, para
cada tipo de enfermidade, um tipo de medicamento. Assim também são os folhetos. Para
um doente um folheto que fale sobre cura, a uma pessoa aflita, um folheto que fale sobre
esperança. O evangelista pessoal deve sempre ter em mãos vários tipos de folhetos
(e) Leia sempre a mensagem de todos eles, você precisa saber do que se trata para falar ao
pecador.
(f) O folheto deve sempre ter atrás, o carimbo da igreja com o endereço e dias de culto de
modo legível.
(a) Entregue o folheto sempre sorrindo. Um evangelista nunca irá conquistar uma alma
oferecendo-lhe um folheto com a cara fechada ou sem mesmo olhar na pessoa! Portanto,
seja jovial.
(b) Entregue o folheto debaixo de oração. Ora antes, durante e depois de entregá-lo. Os
demônios fazem de tudo para atrapalhar a obra de evangelização.
(c) Não force ninguém a pegar o folheto. Quando a pessoa rejeitar não tente forçá-la, isso
só piora a situação, mesmo por que, a pessoa esta no direito dela de rejeitá-lo. Nesse ínterim
agradeça de modo gentil e não a ameace com versículos bíblicos ou coisas do gênero.
Ha um grande inimigo da igreja que deseja ganhar almas! Ele não permite que seus
membros se disponham na obra do evangelismo pessoal, de maneira sistemática, continua
e primordial. Este inimigo é: atividades demais. Atividades demais é o maior problema na
igreja atual é a arma que o inimigo usa para barrar o crescimento da igreja. Algo que deveria
ser secundário na vida da igreja, tornou-se a coisa principal e o pior de tudo é que muitas
dessas atividades acabaram virando tradição no seio das igrejas, e não pretendem sair tão
fácil. Sim, louvar a Deus é bom, mas fomos chamados a ganharmos almas, Jesus não disse
“ide e louvai”, mas antes “ide e pregai o evangelho”.
Hoje muitos se escondem atrás da fachada de músicos, pregador, aliás, pregador de igrejas
é o que não falta, às paredes das igrejas são os locais mais evangelizados do mundo! Mas
ninguém quer ir lá fora no sol quente pescar; esperam que os peixes venham limpos!
Certamente que Deus deu dons a igreja como pastores, doutores, ajudadores, cantores
etc... Mas não encontramos nenhum apoio bíblico para que essas pessoas não evangelizem.
Antes de um pastor ser um pastor, ele tem que ser antes de tudo um evangelista pessoal
ganhador de almas, e o mesmo se aplica aos músicos e outros cargos dentro da igreja.
Enquanto não percebermos que a tarefa principal da igreja é ganhar almas, continuaremos
a contentarmos com uma igreja fraca e vazia, cheia de departamento de louvores, mas sem
nenhum pecador salvo, sendo que o maior louvor é quando uma alma se converte. Lc 15.7;
Apoc 5.9,10.
Se conseguir levar a igreja toda ao evangelismo, isto será maravilhoso, caso contrário terá
que usar o método que Deus mostrou a Gideão. Muitos dentro de nossas igrejas estão
dentro de uma dessas categorias descritas abaixo:
Categoria Tomé: São aquelas que duvidam de tudo, por isso não saem para evangelizar e não
conseguem crer que Deus poderá dar uma grande quantidade de peixes, mas estão
completamente enganadas. Lc 5.4,5,6.
Categoria do filho desobediente: São aqueles que se aprontam dão o nome, se entusiasmam,
mas nunca aparecem. Mt 21.28,29,30.
Categoria de Isaías: Estes sim estão prontos a fazerem a obra de Deus, pois sempre dirão: “Eis
me aqui Senhor, usa-me a mim”. Eles podem ser poucos, no entanto, são os que darão
resultado, pois estão dispostos, custe o que custar a fazer a obra de Deus.
Onde Evangelizar?
Alguns lugares: Como exemplos, relacionamos alguns lugares onde se pode anunciar o
Evangelho. Podendo ser por contato pessoal ou oferecendo literatura evangelística
(folhetos evangelísticos, evangelho, revistas bíblicas, Bíblias ): Nas filas: comércio, ônibus,
bancos, nas portas de bancos, de escolas, de feiras, de estádios, de estações, nas festas
religiosas, nos hospitais, nos presídios, etc.
Depois do Evangelismo: Depois de ganhar almas, não as deixe a mercê da sorte, mas crie
para elas um departamento de discipulado dentro da igreja. Onde poderão fazer perguntas
e ter a chance de se expressarem. Mas cuidado, não coloque qualquer pessoa para este
cargo, prefira pessoas que conheçam bem a Bíblia e que seja sábia no tratamento com tais
indivíduos. Geralmente, os pecadores vêem feridos (com traumas, preconceitos,
complexos, etc...) para o aprisco e é necessário que o pastor saiba aplicar os tipos certos de
remédios para cada tipo de ferimento. Uma vida vale todo investimento.
Confesso que tive de reconhecer meu erro e dar a mão à palmatória. Pedi perdão àquele
jovem e disse que iria providenciar o treinamento. Naquela época convidei a equipe da
Cruzada Estudantil e Profissional para Cristo para vir dar um treinamento de evangelização
e discipulado para a igreja; telefonei-lhes e perguntei se tinha um treinamento para a igreja.
Cada um que chegava perguntava: “O que aconteceu, pastor? Não haverá treinamento
hoje?” Logo explicávamos que iríamos fazer uma experiência e enviávamos pares a
evangelizar na praça; pedimos que voltassem ás 11h para darem testemunhos.
Lembro-me do testemunho de um diácono que falou com lágrimas nos olhos: “Pastor, sou
crente há mais de 30 anos e nunca alguém orou comigo entregando a vida a Cristo, mas
nesta manhã eu tive a alegria de ver alguém orando comigo, convidando Cristo para entrar
em sua vida. Aleluia!”.
A primeira e principal razão porque não evangelizamos é porque não fomos treinados para
isso. Não sabemos realmente o que dizer e como proceder. As tentativas mal sucedidas do
passado servem ainda de um grande bloqueio.
Muitos são demasiadamente tímidos e entram em pânico somente com a idéia de terem de
abordar alguém, mesmo que seja conhecido.
Qual a primeira idéia que vem na mente de um crente quando lhe falamos sobre
evangelismo? Alguns pensam na situação desagradável de ter de ficar de pé numa praça
gritando para pessoas desinteressadas. Outros se angustiam com a idéia de que devem
bater à porta de um desconhecido.
A maioria associa o evangelismo a algo desagradável, inconveniente e embaraçoso.
Podemos fazer cada uma dessas coisas, mas não temos necessariamente de fazê-las. Não
podemos levar a igreja a evangelizar a menos que os ajudemos nesses conceitos
exagerados.
Esse é certamente o principal equívoco, a idéia de que somente aqueles que possuem o
dom de evangelista podem realmente evangelizar com sucesso. Creio que a visão
departamental da Igreja tem contribuído para que a maioria dos crentes se sintam eximidos
de pregar por causa desse pensamento.
Existe uma mentira maligna de que precisamos ser mais santos que o anjo Gabriel para
podermos evangelizar. A idéia de que o testemunho é mais importante que as palavras tem
levado as pessoas ao extremo de se calarem. Por melhor que seja o nosso testemunho, as
pessoas somente serão salvas se ouvirem a mensagem do evangelho e aceitarem.
A igreja tem confundido separação com isolamento. Muitos crentes já não possuem amigos
incrédulos depois de alguns anos de conversão. Separação é a estratégia de Deus para a
nossa santificação, mas isolamento é a estratégia do diabo para impedir que influenciemos.
O barco deve estar no mar, mas o mar não pode estar nele. Isto é separação. Um barco que
nunca sai da areia da praia, porém, está isolado e fora do seu propósito.
Parece estranho, mas alguns confundem vergonha dos evangélicos com vergonha do
evangelho. Se não confessarmos o Senhor hoje ele não nos confessará naquele dia diante
do Pai. Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de
todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego. Rm 1.16.
Como afirmou o Pr. Antonio Gilberto, tendo em vista a obra de ganhar almas para Jesus, mediante
a evangelização pessoal, vamos considerar este assunto sob os cinco pontos seguintes:
Para muitos cristãos, Jesus é apenas o Salvador de suas almas, mas não Senhor e Rei de
suas vidas. O evangelho integral apresenta Jesus não só como Salvador, mas também como
Senhor. At 16.31. A ordem de evangelizar vem do Senhor para os seus súditos. Não é um
convite: é um mandamento do nosso Senhor. Mas não devemos evangelizar só porque é um
mandamento, mas porque amamos a Jesus e queremos ser-lhe gratos. Vejamos as descul-
pas mais comuns dos crentes quanto a esta ordem do Senhor:
"Estou muito ocupado"; "Não tenho tempo". Entretanto o Senhor Jesus não estava tão
ocupado a ponto de não poder vir morrer em nosso lugar. Aqui no mundo Ele sempre
cumpria na hora o programa do Pai, mesmo sabendo que o final seria o Calvário. Mt 26.45;
Lc 22.14; Jo 2.4; 13.1; 17.1. Ele não andava tão ocupado a ponto de não ouvir o clamor das
almas aflitas. Mc 5.30; Lc 18.40.
"Estou muito cansado". Jesus, no sol de meio-dia, junto à fonte de Jacó, não estava tão cansado
a ponto de não poder atender a samaritana perdida. Jo 4.6,7.
"Não tenho capacidade". Outros também já deram as mesmas desculpas, mas ao obedecerem
à ordem do Senhor, foram maravilhosamente usados por Ele. Estude os exemplos de:
Portanto, entregue ao Senhor o que você tem, irmão. Ele transformará o pouco no muito. Jo
6.9-13. Ele dará a capacidade necessária. Mt 4.19; II Co 3.5. A missão de evangelizar o
mundo, entregue por Jesus à sua Igreja, implica em dever e responsabilidade. Ez 33.8,9; Rm
1.14; I Co 9.16. Uma das razões da inatividade de muitas igrejas e crentes na obra de
evangelização vem do seu descuido quanto à vinda de Jesus. Os cristãos primitivos foram
ativos na evangelização, não só porque eram cheios do Espírito Santo, mas também porque
esperavam a volta de Jesus em seus dias.
Porque temos recebido de Deus talentos, e assim temos uma mordomia para dar conta.
Mt 25.14-30; Lc 16.2; 19.13. O dia da prestação de contas com o nosso Senhor está perto.
Rm 14.10; I Co 3.13-15; II Co 5.10.
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Porque Deus nos concedeu o privilégio de participar do seu trabalho: Servir ao Senhor não
é apenas um dever cristão, é também um grande privilégio. Deus podia usar outros meios
para levar a mensagem de salvação ao pecador. Ele assim faz quando lhe apraz, mas isto
não é regra geral; é exceção. Seu método é usar homens para falar a homens. O trabalho de
ganhar almas para Deus é um privilégio que Ele nos concede para obtermos galardão no dia
de Cristo. Fp 2.16. Há, neste sentido, uma solene declaração da Bíblia em Pv 11. 30. A
salvação é dádiva de Deus, mas galardão é recompensa que o crente obtém mediante sua
atividade na obra do Senhor.
Porque o pecador sem Jesus está perdido. Rm 5.12. A palavra perdido, significa perdido
mesmo, isto é, sem solução, desenganado, extraviado, desgarrado, arruinado. Jesus usou
esta palavra em Lucas 19.10. Precisamos compreender que esta é a situação atual do
pecador não-salvo. Jesus não usou termos menores, nem arrodeios.
Aqui, entre nós, quando desaparece um avião, um navio, uma expedição ou mesmo uma
pessoa, todos os recursos disponíveis são mobilizados para salvar o que está perdido. Vamos
nós fazer menos, ou cruzar os braços ante o perdido pecador, que se não aceitar Jesus como
seu Salvador, irá para o Inferno eterno? Se, como parte de um curso de evangelismo pessoal,
tivéssemos de passar 24 horas no Inferno, para ver o que se passa lá entre os perdidos, ao
voltarmos, toda nossa vida giraria em torno da obra de evangelizar e ganhar almas
perdidas, e também desviados, e jamais pôr tropeço na vida de alguém.
Uma alma vale mais do que todo o mundo. Mc 8.36,37. O amor que Jesus demonstrou por
nós no Calvário deve nos constranger. II Co 5.14. A visão deste sublime amor de Jesus torna-
se mais real quando meditamos a respeito do seu suor de sangue, da traição de Judas, das
vergastadas, do esbofeteamento, dos pregos nas mãos e nos pés; na sede, na zombaria; sim,
quando sentimos seu coração rasgado de dor; quando vemos seu rosto desfigurado pelos
maus-tratos; quando ouvimos seu brado pungente nas trevas e contemplamos a sua
cabeça pendente na cruz!
Na mensagem ao profeta Isaías, Deus dirige-se a todos nós: "A quem enviarei eu? E quem
irá por nós?". Is 6.8. O irmão já teve a visão horrível das almas condenadas caminhando
nas trevas para o abismo? Lembre-se de que está agora salvo porque alguém duma maneira
ou de outra o levou a Cristo, meu caro irmão! Queremos somente receber e não dar
também?
A única resposta é: Agora! Como os pecadores crerão agora, se eu não falar agora?. Ml 1.9; At
17.30; Hb 3.7. As almas precisam ser ganhas para Jesus agora, porque:
Agora é que estamos vivos. Em Lucas 16 temos a história de um homem que se interessou
pela salvação dos outros, mas só depois de morto, quando nada mais podia fazer.
Agora temos pouco tempo. Jesus não tarda a vir. Se no tempo do apóstolo João, sua vinda
já estava próxima (Ap 22.20), que diremos nós hoje? Urge atentar para Jo 9.4. Nosso
tempo também pode ser pouco no sentido de a liberdade religiosa ser cerceada ou mesmo
cassada, como já aconteceu e está acontecendo em certos países.
Quanto à idade daqueles a quem devemos evangelizar, a resposta sempre será - agora.
Crianças, jovens e velhos podem ser ganhos para Jesus agora. Na igreja, um dos grandes
setores de evangelização das crianças é a Escola Dominical, quando devidamente
aparelhada. Nela, o professor de crianças tanto pode levar as crianças a Cristo, como
ensiná-las a viver para Cristo. Quem ganha uma criança para Jesus salva uma vida inteira.
Quem ganha um adulto, salva apenas meia vida, pois a outra metade o mundo já levou.
Cuidado, pois! Uma oportunidade perdida pode nunca mais voltar. Um coração hoje aberto
pode amanhã estar fechado, e... para sempre.
Nem em todos os locais podemos fazer cultos de pregação, mas ganhar almas
individualmente, sim. Vejamos alguns locais onde isso pode suceder:
Nos Cultos: Os crentes ganhadores de almas devem ficar alerta nos cultos de pregação,
especialmente quando estes chegam ao término. Há pecadores que, mesmo depois de
convencidos pelo Espírito Santo, precisam de ajuda para fazer sua decisão. Muitos têm
dúvidas, temores e dificuldades internas. Nessas horas, uma palavra de encorajamento da
parte de Deus é decisiva. Há pessoas que nunca entraram num templo. Acham tudo
estranho. Uma voz amiga vence tais barreiras. Quantos milhares de pecadores fizeram sua
decisão porque alguém os conduziu à frente. Não convém insistir demais nem também
forçar. Deixe o Espírito Santo dirigir as coisas. Muitas almas se extraviam por falta de uma
palavra amiga, portanto, dê atenção pessoal a elas. Nos cultos ao ar livre, o trabalho pessoal
com os circunstantes é valiosíssimo. Muitos frutos têm sido colhidos assim.
Nos Lares: O lar pode ser o nosso. Muitas vezes o campo de trabalho não é o interior do
país nem o exterior, mas a nossa própria casa, isto é, pais, irmãos, filhos, parentes. Jesus
disse que o campo é o mundo. Mt 13.38; ora, o mundo começa à nossa porta. Os crentes
primitivos evangelizavam de casa em casa. Mc 5.19; At 5.42; 20.20. Muitas grandes igrejas
de hoje, começaram em casas particulares. O lar foi a primeira instituição divina, e Deus tem
em mira a salvação de todos no lar. Gn 19.12; Êx 12.3; Js 6.23-25; At 11.14; 16.31.
Em Público: Aqui, há muitos locais a considerar. O apóstolo Paulo pregou em praças. At 17.17.
À beira de rios. At 16.13. Na parábola das bodas, o Senhor Jesus fez menção disso. Lc 14.21.
Há pessoas de tal temperamento e formação; de tais superstições e preconceitos, que
jamais entrarão num templo evangélico. Muitas vezes há também proibição. Tais pessoas só
poderão ser atingidas pelo evangelismo pessoal em público. Evangelizar é ir ao encontro do
povo. Jesus não disse: "Venha todo o povo ouvir a pregação do Evangelho", mas, "Ide por
todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura".
"A única Bíblia que muitas pessoas lêem é a vida de um crente" (D.V. Hurst). É como se
fosse o "Evangelho Segundo Fulano de Tal". É preciso prudência para falar nos locais acima
mencionados, de modo que não haja violação de rotinas, quebra de instruções, etc. A hora
de almoço e. o tempo de descanso podem ser as ocasiões apropriadas. Não é preciso um
sermão. Muita gente pode ser alcançada em público: barbeiros, ascensoristas, engraxates,
comerciantes, comerciários, empregados em geral, balconistas etc. O irmão R.A. Torrey dava
cinco características de uma boa oportunidade em público. Ei-las:
Quando desocupada;
Nos transportes em geral (trens, navios, aviões, ônibus, etc): Em viagem, normalmente
as pessoas estão dispostas: gostam de conversar e ler. Outras ficam apreensivas. O
transporte em que viajamos diariamente pode ser o meio de ganharmos muitas almas para
o reino de Deus. Peça, irmão, ardentemente ao Senhor que o dirija a falar aos pecadores. Às
vezes, quando não é possível falar, podemos entregar um folheto apropriado.
Paulo ganhou o carcereiro dentro da prisão. At 16.23,24. Há pessoas que em são estado de
saúde e em plena liberdade, jamais ouviriam o Evangelho, mas nas instituições de
internamento podem ouvir de boa mente. O campo é vasto nas organizações deste tipo.
Milhares têm aceitado Cristo nas prisões, sanatórios, abrigos, etc. Outros estão a espera
que alguém lhes leve a mensagem da salvação. Hb 13.3.
O uso da Palavra de Deus e seu estudo constante. II Tm 2.15: Este é um dos fatores do
crescimento espiritual e da prática de ganhar almas. Estando nosso coração cheio da
Palavra de Deus, nossa boca falará dela. Mt 12.34. É evidente que o ganhador de almas
precisa de um conhecimento prático da Bíblia; conhecimento esse, não só quanto à
mensagem do Livro, mas também quanto ao volume em si, suas divisões, estrutura em
geral, etc. Sim, para ganhar almas é preciso "começar pela Escritura". At 8.35.
Aquilo que a eloqüência, o argumento e a persuasão humana não podem fazer, a Palavra
de Deus faz, quando apresentada sob a unção do Espírito Santo. Ela é qual espelho. Quando
você fala a Palavra, está pondo um espelho diante do homem. Deixe o pecador mirar-se
neste maravilhoso espelho! Assim fazendo, ele aborrecerá a si mesmo ao ver sua situação
deplorável.
Está escrito que "Pela lei vem o conhecimento do pecado". Rm 3.20. Através da poderosa
Palavra de Deus, o homem vê seu retrato sem qualquer retoque, conforme Is 1.6. No estudo
da obra de ganhar almas, há muito proveito no manuseio de livros bons e inspirados sobre
o assunto. Há livros deste tipo que focalizam métodos de ganhar almas; outros focalizam
experiências adquiridas, o desafio, o apelo e a paixão que deve haver no ministério em
apreço. A igreja de Éfeso foi profundamente espiritual pelo fato de Paulo ter ensinado a
Palavra ali durante três anos, expondo todo o conselho de Deus. At 20.27-31. Em Corinto ele
ensinou dezoito meses. At 18.11. Veja a diferença entre essas duas igrejas através do texto
das duas epístolas (Coríntios e Efésios).
Uma vida correta: Paulo evangelizando pessoalmente a Félix, o governador da Judéia, disse:
"Procuro sempre ter uma consciência sem ofensa, tanto para com Deus como para com os
homens". At 24.16. A consciência nos seus dois lados - para com Deus e para com os homens
- deve estar limpa. Muitos crentes têm sido desaprovados por Deus por falharem nesta
parte. Trabalham à toda força e frutos não há. Perguntam: "Por que não há frutos no meu
trabalho?" As Escrituras respondem em Is 52.11. Davi compreendia que o pecado é um
impedimento à conversão dos pecadores. Sl 51.2-13. Consideremos aqui os seguintes textos:
I Pe 1.15 - Aqui a santidade é requerida em todas as maneiras de viver.
Fp 1.27 - Mostra que a nossa conduta deve ser conforme o Evangelho.
Rm 12.1,2 - O ensino aqui é que não devemos ter uma vida conformada com o mundo.
O povo de Deus deve caminhar o mais possível distante do mundo.
Certo patrão estava examinando um grupo de motoristas, a fim de selecionar um deles para
ficar como empregado de sua firma. A certa altura do teste, surgiu a seguinte pergunta dele:
"Se vocês fossem por uma estrada, beirando um precipício, qual seria a menor distância a
que chegariam da beira do abismo, respeitando os limites de segurança?" Os motoristas
querendo demonstrar habilidade e experiência, foram dizendo: "um metro", "menos de um
metro", "meio metro".
Nenhuma resposta agradava o patrão até que um deles disse: "Eu caminharia tão longe
quanto possível do precipício". Este candidato foi aceito para o emprego. Assim deve ser
também na vida espiritual... O descrente não lê a Bíblia, mas lê a vida do crente, que de fato
deve ser uma Bíblia aberta!. II Co 3.2.
Em sacrifício, amor, serviço e métodos na obra de ganhar almas, Jesus é o nosso perfeito
exemplo. Entre os diversos casos de evangelização pessoal do Senhor Jesus, abordaremos
um - o da mulher samaritana, em João cap.4. Se seguirmos os passos de Jesus para ganhar
a samaritana, muito aprenderemos quanto à evangelização pessoal. Em seu ministério,
inúmeras vezes Jesus pregou a milhares de ouvintes; entretanto, um dos seus mais belos
sermões - o de João capitulo 4, foi proferido perante uma só alma. Isto revela também a
importância do testemunho pessoal. Noutra ocasião, Jesus dirigiu um extenso estudo
bíblico para dois discípulos. Lc 24.27. Sigamos, pois, os passos do Senhor ao ganhar a
samaritana:
Ter amor, espírito de sacrifício (vv. 4,6,8). O v.4 fala de sacrifício; o v.6, de cansaço; e v.8,
de necessidade (fome). Tudo por causa duma alma perdida. É interessante notar que Jesus
estava cansado da viagem (v.6), mas não do trabalho. O ganhador de almas deve estar
possuído de ardente amor e compaixão pelos perdidos. O apóstolo Paulo tinha a mesma
paixão. Rm 9.2,3.
Ir ao encontro do pecador ( v.5 ). Observe como o Senhor Jesus foi do geral ao particular:
primeiro, à província de Samaria ( v.4 ) , depois à cidade de Sicar ( v.5 ) , e por último à fonte de
Jacó, para onde a mulher deveria vir (v.6). Jamais deveremos esperar que os pecadores venham
ao nosso encontro. Jesus mostrou, em Mateus 4.19, que a obra de ganhar almas é comparada a
uma pescaria espiritual. O pescador tem de colocar-se no local da pesca, se quiser apanhar
peixes. Noutras passagens da Bíblia encontramos o mesmo ensino, como em Lc 15.4. O profeta
Ezequiel, conduzido pelo Espírito Santo, foi até os cativos do seu povo e sentou-se entre eles. Ez
3.14,15.
Entrar logo no assunto da salvação (v. 7). Há sempre uma porta aberta para se falar da
salvação. No caso da samaritana, o assunto do mo mento era água e sede, e logo Jesus falou da
água da vida que sacia a sede da alma. Vemos um caso idêntico em Atos capítulo 8. Aí o assunto
era leitura e logo o servo de Deus iniciou a conversa com uma pergunta também sobre leitura
( v.30 ) . Em João, capítulo 2, quando Jesus conversava com Nicodemos, talvez soprasse uma
brisa, e logo Ele usou o vento como figura (v.8).
Ficar a sós com quem está falando (v. 8). Quando alguém estiver falando com um peca-
dor a respeito da salvação, evite perturbá-lo, a menos que seja convidado.
Deixar os preconceitos raciais ou sociais (vv.9,10). Jesus veio desfazer todas as barreiras que
impedem a perfeita relação entre Deus e o homem, e entre este e seu semelhante. Os
preconceitos têm causado grandes males na sua ação destruidora de separar, ao passo que Jesus
veio unir. Ef 2.11-22.
Fazer ver ao ouvinte que ele é pecador (v.16). Jesus sabia que a samaritana não
tinha marido, mas para motivar uma declaração dela, disse-lhe: "Chama o teu
marido e vem cá". Muitos pecadores não se podem salvar porque não querem
reconhecer que são pecadores e muito menos perdidos.
Não atacar defeitos, nem condenar (v. 18). Isto não quer dizer que vamos bajular alguém
ou concordar com sua vida ímpia e pecaminosa.
Evitar discussão (vv.20-24). Não permitir que a conversa degenere em discussão. No v.20, a
mulher aponta o fato de os judeus desacreditarem na religião dos samaritanos. É costume
também o pecador apontar falhas nas igrejas e nas vidas de certas pessoas crentes. Isto
mostra que tais ouvintes, em lugar de olhar para Cristo, estão atrás de igrejas e pessoas.
O alvo perfeito é Cristo. Hb 12.2. Crentes errados darão conta de si mesmos. Rm 14.12.
Diz uma autoridade em Relações Humanas: "Você nunca vencerá uma discussão. Se perder,
perdeu mesmo, e se ganhar perdeu também, porque um homem convencido contra a
vontade, conserva sempre a opinião anterior. Quem perde numa discussão fica ferido no
seu amor próprio".
O sexo influi, às vezes (v.27). O ideal é falar com pessoas do mesmo sexo, sem contudo
fazer disso uma lei. É provável que se uma mulher falasse à samaritana, talvez não
prendesse tanto a sua atenção. Outros exemplos de Jesus evangelizando pessoalmente:
Ser cheio do Espírito Santo. Nos negócios puramente humanos, o homem pode ter êxito
e promover o progresso. Isto acontece nas construções, nas indústrias, no comércio, na arte,
nas ciências, etc, mas no tocante à obra de Deus, só pode de fato haver avanço quando
ela é acionada pelo Espírito de Deus. Ele é que comunica vida. Quando o trabalho do
Senhor passa a ser dirigido exclusivamente pelo homem, torna-se em organização
mecânica, fria e estéril. A Igreja de Deus, quando dinamizada pelo Espírito Santo, é de fato
um organismo vivo, que cresce sempre para a glória de Deus.
A ordem de Jesus à Igreja para pregar o Evangelho está intimamente ligada à ordem para
receber o poder do alto, como se vê em Lc 24.49; At 1.8. O poder de Deus faz a diferença.
O apóstolo Pedro, fraco e tímido antes do Pentecoste, tornou-se coluna, após o
revestimento de poder. Todo o crente nascido de novo tem em si o Espírito Santo (I Co 3.16),
mas o poder glorioso para o testemunho e serviço de Cristo, vem com toda plenitude aos
servos batizados com o Espírito Santo. At 1.4,5,8; 2.1-4. Após o crente ter sido cheio do
Espírito Santo é preciso permanecer cheio sempre. Ef 5.18. Aí não se trata de um convite
divino, mas de uma ordem.
É preciso orar sempre. Ef 6.18,19. A oração abre portas e remove barreiras. Ela é o meio
de comunicação com Deus. A Igreja nasceu quando em oração, e é nesse ambiente que ela
cresce e se desenvolve. At 1.14. Pedro estava orando quando Deus o usou para a salvação
de Cornélio, seus parentes e amigos. At 10; Sl 126.6; At 20.31. É mais fácil falar ao pecador
sobre Deus, depois que falamos com Deus sobre o pecador...
Fé na operação da Palavra de Deus. Quando falamos a Palavra de Deus, precisamos confiar
no seu autor. À nós crentes compete anunciar a Palavra; a Deus, operar. Aquele que disse
"Ide por todo o mundo", também disse "Eis que estou convosco". Devemos falar a Palavra
com plena convicção de que é o poder de Deus para salvação de todo o que crê. Is 55.11;
Rm 1.16. Há pecadores que aceitam a mensagem da salvação com toda a simplicidade,
outros não. Se o irmão está procurando levar uma alma a Cristo, nunca desanime.
Certo irmão sueco orou 50 anos para Jesus salvar determinada pessoa, e viu-a aceitar o
Salvador. O Dr. R. A. Torrey, célebre ganhador de almas, orou 15 anos por uma pessoa, e
esta veio a crer em Jesus. Os homens que conduziam o paralítico de Lucas cap. 5 só
conseguiram chegar à presença de Jesus, subindo ao eirado, o que não era muito fácil.
Mas não desanimaram. Isto é perseverança. Às vezes é preciso um esforço assim. Qualquer
caso, mesmo os piores, acham solução no Senhor Jesus. Para Deus nunca houve
impossíveis. Ele é especialista nisso! Portanto, é preciso anunciar a Palavra com plena
confiança na sua divina ação. Quando você estiver falando de Jesus, ore em espírito para que
Deus honre a Palavra dele e manifeste o seu poder salvador.
É preciso amor. Fé e amor andam juntos na evangelização. Quaisquer outros recursos
serão meros paliativos, como relações humanas, sociologia etc. Jesus foi a personificação do
amor. Ele salvou os pecadores amando-os até o fim. Jo 13.1. Sua posição ao morrer de braços
abertos na cruz é a expressão máxima do amor. Ali, num gesto de infinito alcance, Ele uniu
os dois povos com seus braços acolhedores (judeus e gentios).
A apresentação pessoal: Cuide disso. Sua aparência é importante, como é importante a
mensagem que você leva. Deus pode usar quem Ele quiser e o que Ele quiser, até uma
queixada de jumento, como no caso de Sansão, mas quanto à sua aparência pessoal, irmão,
fica a seu critério. Cuide de sua apresentação, mas sem exagero. O traje deve ser modesto,
decente e de bom gosto. Um traje mundano, imoral e indecente não é próprio do cristão;
pode atrair o povo, mas não para Cristo. Não permita que seu traje seja motivo de atração
para os ímpios, desviando, assim, a atenção a Cristo. Diz a Palavra de Deus no Sl 103.1: "Tudo
o que há em mim bendiga o seu santo nome". Portanto o Senhor Jesus constituiu a Igreja
como a única agência do Reino de Deus na terra encarregada de anunciar as boas novas de
salvação. É necessário, pois, a mobilização de toda a Igreja para que essas metas sejam
alcançadas. Cada crente dos dias apostólicos era um dedicado, fervoroso e próspero
ganhador de almas. At 8.4.
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O SEMEADOR
Ouvi: Eis que saiu o semeador a semear. E aconteceu que, semeando ele, uma
parte da semente caiu junto ao caminho, e vieram as aves do céu e a comeram. E
outra caiu sobre pedregais, onde não havia muita terra, e nasceu logo, porque
não tinha terra profunda. Mas, saindo o sol, queimou-se e, porque não tinha raiz,
secou-se. E outra caiu entre espinhos, e, crescendo os espinhos, a sufocaram, e
não deu fruto. E outra caiu em boa terra e deu fruto, que vingou e cresceu; e um
produziu trinta, outro, sessenta, e outro, cem. E disse-lhes: Quem tem ouvidos
para ouvir, que ouça. Marcos 4.3-9.
O povo hebraico utilizou a mesma palavra ("zera", traduzido geralmente na Bíblia por
descendência) para falar da semente das plantas e da "semente" que origina a vida humana
e animal, pois toda a semente vem do Senhor. Jr 31.27. Se a semente produz frutos, a ação
de semear origina a esperança de um fruto que ainda não se colheu, que passará por muitas
dificuldades, que pode aparecer impossível. A ação de semear contrapõe-se à alegria da
colheita. Sl 126.6.
A semente é sinal das bênçãos de Deus e para falar da fidelidade de Deus ao seu povo ou da
fidelidade do povo a Deus, os profetas usam o símbolo da semente. Is 30.23. Quando não
se pode semear ou se semeia e não há produção, significa qualquer maldição. Is 5.10. O
semear para ceifar é também símbolo da luta pela sobrevivência de cada dia. Mt
6.26. O gesto do semeador é dos mais belos e característicos da vida no campo, sendo
um símbolo do bem ou do mal praticados. Jo 4.8; Prov 11,18. Longe de Deus a sementeira
das obras humanas só produz espinhos. Jr 12.13. A semente é ainda símbolo da palavra de
Deus. Os três primeiros evangelistas insistem na comparação entre semente e Palavra de
Deus.
O cristão como semeador deve estar consciente de que possui não apenas uma boa
semente, mas, a melhor semente. É imprescindível acreditar naquilo que está nas suas
mãos. O budista, o islâmico, o mórmon, o católico, o espírita, divulgam a sua crença porque
crêem naquilo que professam e pregam. Se eles semeiam suas crenças por que crêem,
muito mais o cristão. Três coisas são necessárias para o bom semeador, a saber:
No primeiro caso ele deve levar "a preciosa semente", que é a Palavra de Deus. Sl 126.6; Lc
8.11. Isto porque o poder de fazer nascer e frutificar a semente não está no semeador, e,
sim, na própria semente. Há um provérbio que diz: "Se a semente é boa, ainda que a mão
do semeador seja torta, a planta nasce certa". No segundo, ele deve ter disposição para o
trabalho: "Eis que o semeador Saiu a semear." Mt 13.3. Isto significa que o semeador não
ficou em casa semeando apenas no seu quintal, ou em sua área de lazer. Não! " Ele saiu a
semear!". Eis a razão porque o Senhor Jesus disse: "Ide!". Aquele que já recebeu "Vinde" de
Jesus para a salvação Mt 11.28, deve também obedecer o seu "Ide" para proclamar o
Evangelho, Mc 16:15. Finalmente, no mesmo caso, o semeador deve ser persistente. Isso é
necessário, devido a desigualdade de terreno. Por isso, muitos trabalhos não prosperam de
acordo com o esperado. A culpa , porém, não está no semeador, e , sim, na qualidade do
terreno. Mt 13.4-6. O semeador da parábola realizou três trabalhos perdidos:
A semente a beira do caminho: Estes são aqueles que tem prazer apenas em ouvir a
pregação da palavra e isto não é suficiente, como conseqüência não compreendem a
palavra, Mt 13.19, se transformam em presas fácil do adversário, Mt 13:15 e seu coração
permanece endurecido, isto é, um coração duro é como uma terra ressecada e marcada
pelos pés dos homens. Este tipo de terreno não é apenas dos ímpios, mas dos indiferentes
que não deixam a semente penetrar. At 26.28; Lc 18.22.
A semente sobre os pedregais: Os que residem em áreas rurais conhecem bem o que
significa semear em terreno pedregoso. Como nascem depressa as sementes que caem em
terra sobre rocha, porque não há profundidade de solo; assim também é o coração de
algumas pessoas; "O que foi semeado em pedregais é o que ouve a palavra e logo a recebe
com grande alegria. Mt 13.20". Aceitam a palavra apenas de forma superficial. Este tipo de
coração é atraído pela glória da vida cristã, chegam com alegria, mas não tem coragem de
romper com seus vícios, nem com seus amigos que amam o mundo, e este abandono é
fundamental na vida cristã, I Jo 2.15, isto é, para se ganhar na vida cristã e preciso perder.
Jo 12.25. Infelizmente, na vida cristã seguem a Cristo movidos por sentimentos ou comoção.
Mt 8.21,22. Em algumas reuniões extravasam os sentimentos de alegrias e lágrimas, todavia
são incapazes de viver o dia-a-dia em amor e fervor. Hb 12.16,17.
Outros são excessivamente sensíveis. Não estando muito bem edificados em Cristo, sentem
demasiadamente toda a censura da parte do próximo, cedem a ciladas de sentimentalismo
causando efeito de amargura. Hb 12.15. Todos os defeitos dos irmãos lhe servem como
pedra de tropeço, II Co 11.23-33. Se alguém anda de alguma outra maneira a que ele
entende ser a correta, logo se entristece porque falta raiz, (Lc 8.13), e morrem
espiritualmente por causa das tribulações.
A semente em boa terra: Os que receberam a semente em boa terra são os que tem seus
corações arados pelo Senhor. Os espinhos foram arrancados e as pedras removidas. Estes
são os que ouvem a Palavra e praticam. Tg 1.19; Apoc 1.3. São os que compreendem a
Palavra - para que haja a compreensão das escrituras é preciso estar com o coração
preparado. At 32.1.
O Semeador
Saiu o Semeador a semear.
De norte a sul. De leste a oeste.
Pelos quatro cantos da Terra.
Faça Sol ou faça chuva,
ele sempre semeou.
Tempo bom ou ruim,
não importa, lá estava ele.
Não escolheu terreno bom..
Nem fez distinção de lugares especiais.
Nas cidades e nos campos.
Nas vilas e no deserto..
No calor do dia e no brilho das estrelas.
Sua semente sempre lançou.
Semeou sem esperar pela colheita.
Semeou porque assim estava escrito.
Desde que aqui pisou, já sabia a que vinha.
E até hoje, tantos séculos depois..
Ainda tem sementes que continuam dormindo.
Portanto, o grande alvo do semeador é que as sementes caiam em boa terra, e produzam
frutos abundantes. Mt 13.23. Jesus começou esta parábola dizendo que o "semeador saiu"
mas não disse que ele voltou. Isto significa que a semeadura continua através da igreja até
que Ele venha, quando então receberemos o galardão pelo que tivermos feito. II Co 5.10.
Independentemente do tipo de solo (solo duro, cheio de pedras, infestados de espinhos ou
boa terra) somos responsáveis pela semeadura.
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O Faraó do tempo do Êxodo é o exemplo típico do homem que põe sua confiança no dia de
amanhã, Ex 8.9,10. Nunca devemos deixar a obra da evangelização para o dia seguinte.
"Não dizeis: ainda há quatro meses até a ceifa? Eu vos digo: Erguei os vossos olhos, e
vede os campos! Já estão brancos para a ceifa". João 4. As palavras do Senhor Jesus têm
poder permanente e alcançam todos os crentes de todas as épocas em todas as
circunstâncias. Quando os discípulos perguntaram a Cristo sobre a questão do tempo para
se fazer algo, a resposta foi franca e direta; sempre é tempo. O tempo é agora. Jesus disse
que os campos estão prontos.
O tom do verso indica que os campos estão prontos e sempre estarão. Que maravilhosa
palavra! Somos enriquecidos sabendo disto. Alguns crentes estão sempre esperando
confirmações especiais para fazerem algo relacionado com o evangelismo. Sempre dizem:
não sei se estou pronto. Não sei se é o tempo, e assim, estão sempre à procura de uma
confirmação especial para se, porém a obedecer. Esta teologia equivocada tem sido a razão
direta da inércia de muitas Igrejas e da falta de entusiasmo na proclamação da mensagem
de Salvação.
Não espere confirmações especiais para sair e ir aos campos brancos. Esta confirmação já
recebemos. Foi dada a nós há dois mil anos atrás. Jesus disse: Ide. Nada nos foi dito para
esperar algum toque especial. Ao contrário, foi nos dada uma ordem seguida de uma
gloriosa promessa da presença e dos sinais que nos acompanhariam. Além de tudo, se nos
faltassem garantias temos aquela que nos diz que o Evangelho é o poder de Deus. Então,
vá. Obedeça a Cristo. Levante-se! Corra! Alcance! Sempre é tempo de pregar! Erga-se a
altura de sua missão!
Como será o homem de amanhã? Antes de olhar para o futuro e fazer conjecturas sobre
como serão e como viverão os homens amanhã, deveríamos olhar para o agora, e verificar
como são e como vivem as crianças de hoje.
Hoje, infelizmente, está difícil olhar para as crianças e observar a inocência, a pureza, a
ingenuidade, a beleza, o sorriso, as brincadeiras, as cantigas, a felicidade na escola, no lar e
a própria esperança.
Outras, embora de condição social bem elevada, são mantidas o dia todo fora de casa, em
colégios e em aulas de música, de ginástica, de inglês, de judô, etc. Quando estão na rua,
estão dentro de um automóvel e, quando em casa, estão diante de um computador. Outras
ainda, que raramente vêem seus pais, pois ambos trabalham fora, passam a maior parte do
tempo diante da televisão e se alimentam de espetáculos de violência, de intrigas, de cenas
sexuais.
Diante deste quadro, perguntamos: “O que virá a ser, pois, este menino?”. Lc 1.66. Existem
milhões de crianças sem Cristo. O que acontecerá amanhã com o menino de rua? Com o
menino da vila? Com aquele cujos pais se separaram? Com o menino do asilo ou casas de
internos? Com as crianças que são deficientes?
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O que acontecerá amanhã com o menino que convive com as guerras e rumores de guerras
que acontecem em todos os continentes? Quantas crianças cujas famílias desapareceram,
ou que estão em campos de refugiados, ou que procuram no lixo algo para comer. Que tipo
de homens estas crianças serão amanhã?
As crianças são importantes para Deus. Elas têm uma alma imortal e uma vida inteira pela
frente. Elas ouvem e atendem à mensagem do Evangelho mais prontamente do que
qualquer outro grupo de pessoas. Os homens incrédulos de hoje, em sua grande maioria,
não ouviram de Cristo na infância. Pensemos em alguns homens famosos da história
recente. Você certamente já ouviu falar de Hitler, Stalin, Mao Tse-Tung e Billy Graham. Por
causa das decisões que Hitler tomou, morreram 55 milhões de pessoas na Europa. Por causa
das decisões de Stalin, morreram 30 milhões de pessoas na Rússia. Por causa das decisões
de Mao Tse-Tung, morreram 25 milhões de pessoas na China. Por intermédio do ministério
de Billy Graham, muitos milhares de pessoas vieram a Cristo em todo o mundo.
Billy Graham, o maior evangelista de todos os tempos, recebeu a Cristo como seu Salvador
quando ainda era criança. A História teria sido muito diferente se Hitler, Stalin ou Mao Tse-
Tung, tivessem sido levados a ter uma relação pessoal com Jesus Cristo na infância.
D. L. Moody disse: "Eu creio que, se as crianças têm idade suficiente para vir à Escola
Dominical, elas têm idade suficiente para vir ao Calvário. Vamos abrir nossas mentes e que
Deus nos ajude a ganhar as crianças para Cristo."
Certa ocasião, Jesus Cristo teve uma contenda com os Seus discípulos, porque estes
impediam que as crianças se aproximassem dEle. O Senhor ficou indignado e disse-lhes:
“Deixai vir a Mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus. Em
verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira
nenhuma entrará nele”. Mc 10.14,15.
Pode-se provar, sem sombra de dúvida, que 85% dos atuais cristãos receberam a Cristo
quando ainda eram crianças, antes dos 15 anos de idade. 10% o fizeram dos 15 aos 30 anos
e 5% só tomaram esta decisão após os 30 anos. E mesmo assim, há muito tropeço para
impedir que as crianças venham a Cristo. Muitos trabalhos com crianças se resumem em
contar historinhas, cantar musiquinhas, fazer oraçõezinhas, preparar programinhas, sem
nenhuma preocupação em mostrar a realidade do pecado e como uma criança pode receber
a Cristo como seu Salvador Pessoal.
A tarefa missionária não é nova quando a Igreja nasce no dia de Pentecostes. Já fazia parte
da chamada a Abraão e ao povo de Israel a tarefa de abençoar as nações. Gn 12.1-3.
A história do povo israelita, no entanto, não contém grandes feitos na área de divulgação
dos planos divinos, com raras exceções. Segundo J. Blauw, Israel foi comissionado, tanto
para uma obra centrípeta - ser um ambiente de atração onde Deus pudesse ser adorado,
como centrífuga - espalhar o conhecimento acerca de Deus para outras nações. No primeiro
aspecto, o povo eleito foi um pouco mais feliz, mas no segundo, houve um fracasso quase
que total. Entretanto, a preocupação divina com a humanidade como um todo e a expansão
do Reino a todos os povos existem claramente afirmadas nas páginas do Antigo Testamento.
Por isso, missões é também um cumprimento das profecias. At 26.22,23.
Proselitismo judaico
Após o exílio na Babilônia e a volta de parte do povo de Judá à Palestina, o Judaísmo começa
a se estruturar tal como se apresenta na época do Novo Testamento. Jerusalém é,
naturalmente, o grande centro de culto ao Senhor, mas sinagogas surgem em diferentes
pontos do Império Grego, e mais tarde do Império Romano, onde havia um número
suficiente de judeus.
Elementos de contribuição: A época escolhida por Deus para enviar seu Filho Jesus e para
implantar a Igreja na terra, não poderia ter sido mais acertada. Soberano e Senhor da
história, o seu planejamento é perfeito e coincide com, até então, a melhor situação para o
“lançamento” do desafio missionário. Podemos destacar três elementos decisivos, cada um
representando uma cultura:
Primeiro: A Diáspora - o elemento judaico. Nem todos os judeus voltaram à Palestina após
a libertação do exílio babilônico. Muitos ficaram e outros se espalharam pelas terras ao
redor do Mar Mediterrâneo. Onde se fixaram, estabeleceram sinagogas e tentaram guardar
as tradições de seu povo.
Nas sinagogas se reuniam, tanto judeus, como prosélitos e os “tementes a Deus”. Este último
era um grupo formado por gentios que não queriam assumir completamente os costumes
judaicos, mas estavam interessados na fé num único Deus.
Terceiro: A Pax Romana - o elemento romano. O Império Romano tinha na época relativa
paz - chamada pax romana. Havia forte comércio entre as diferentes partes do Império e
comunicações bem estabelecidas. A unidade política dava condições de se viajar de uma
região para outra, principalmente para um cidadão romano como Paulo.
Outro aspecto relacionado, tanto com a cultura romana, como a grega, era a fraqueza
espiritual das religiões pagãs que dominavam estas culturas e o declínio moral resultante. O
evangelho encontrou um povo sedento e cansado de falsidade, ilusão e imoralidade.
Naturalmente, o próprio Mestre Jesus Cristo faz parte da história de Missões. Afinal, ele foi
o maior de todos os missionários, enviado por seu Pai para resgatar a humanidade. Sua
tarefa, no entanto, era mais restrita ao povo de Israel, mantendo-se dentro dos limites da
Palestina. Encontrou pessoas também de outras culturas e mostrou aos discípulos que, por
exemplo, os samaritanos também necessitavam das boas novas.
Os apóstolos missionários
As ordens missionárias de Jesus são suficientemente claras, mas parece que os discípulos e
a Igreja em Jerusalém tiveram certa dificuldade em obedecê-las no início. Com a ajuda do
Espírito Santo e a contribuição das perseguições, a Igreja foi obrigada a se espalhar.
Segundo a tradição cristã, com base principalmente no historiador Eusébio (cerca de 260 a
340), os apóstolos fundaram igrejas em:
1. João - na Ásia
2. Pedro - em Ponto, Galácia, Bitínia e Capadócia
3. André - na Cítia
4. Mateus - em outras nações após ter escrito o evangelho
5. Bartolomeu - na Índia
6. Tomé - entre os partos (Irá, Iraque, Paquistão) e Índia
7. Marcos - no Egito, fundando Igreja em Alexandria
8. Simão, o zelote - na Pérsia
9. Tiago, o grande - na Espanha
10. Tiago, o justo - na Arábia
11. Filipe - na Frígia.
Estes dados não podem ser comprovados inteiramente, mas nos dão uma boa idéia de como
a Igreja se espalha no primeiro século, chegando aos mais remotos rincões do Império e até
além.
As viagens missionárias dos apóstolos como vimos, se deram depois que o apóstolo Paulo
já tinha iniciado sua carreira de pregador. Pelo menos na sua maioria, os apóstolos se man
tinham em Jerusalém. At 8.1.
Várias formas de propagação do Evangelho contribuíram para a expansão nos dois primeiros
séculos da era cristã:
Havia um forte entusiasmo por parte dos primeiros cristãos em levar a mensagem de Cristo
a outros e em relatar sua experiência pessoal. Os imperadores romanos podiam impedir
reuniões em massa, mas o testemunho pessoal dado no dia a dia era impossível de
controlar.
Com o aumento do número de adeptos da fé cristã, a Igreja começou a ser incômoda para
os governantes do Império. Perseguições foram as armas imperiais para liquidar com os
cristãos. Paulo e Pedro sentiram o poder da perseguição já nos anos 64-67 quando foram
martirizados. No ano de 81, sob o domínio de Dominicano, as perseguições se agravaram e
perduraram por mais de dois séculos.
Imperadores como Décio, que reinou entre 249 e 251, e Diocleciano (284-305), fizeram
tentativas de eliminar a Igreja de uma vez por todas. Mas, no meio de todas as perseguições,
a Igreja cresceu e chegou, como citamos no capítulo anterior, a 8 milhões de adeptos em
torno do ano 300.
Numa Igreja que se expandia fortemente e que estava ainda em fase de estruturação,
líderes de diversos tipos foram surgindo. As idéias sobre o Cânon Bíblico, especialmente o
do Novo Testamento, ou sobre aspectos de liturgia, administração da Igreja, hierarquia
eclesiástica, etc, divergiam. Centros teológicos se estabeleceram em alguns pontos do
Império e, geralmente, tinham sua linha a defender. As divergências entre o lado ocidental
e o lado oriental se agravaram e levaram a uma divisão. Para tentar manter um padrão
apostólico quanto aos ensinamentos básicos da Igreja, refutando hereges como Ano
(faleceu cerca de 335) e antes dele Marcião (faleceu cerca de 160), concílios e sínodos eram
organizados. Dois importantes concílios foram: Nicéia em 325 e Constantinopla em 381.
Personagens de destaque
Bispo em Esmirna, discípulo de João, teve um ministério de cerca de 50 anos como bispo.
Foi martirizado, queimado numa estaca no ano de 156.
Um dos maiores missionários da Igreja Primitiva. Trabalhou entre os godos (atual Romênia)
durante 40 anos. Traduziu a Bíblia para a língua nativa dos godos tendo que, primeiramente,
montar um alfabeto. Era ariano e deixou de incluir alguns livros do Antigo Testamento, mas
deixou um importante testemunho de coragem e persistência.
Nascido na Escócia, filho de um sacerdote celta. Foi feito escravo quando tinha 16 anos de
idade e levado à Irlanda. Escapou após 6 anos e passou 10 anos com sua família, sendo
novamente aprisionado e levado à França. Recuperou sua liberdade e voltou aos seus, mas
desejou Fogo voltar aos “pagãos” para evangelizá-los. Preparou-se na França para depois
viajar de novo à Irlanda. Ficou conhecido como o apóstolo da Irlanda onde fundou, calcula-
se, 200 igrejas com mais de cem mil convertidos.
Nascido na Irlanda, foi um dos mais famosos missionários celtas. Não deve ser confundido
com outro Columba, mais frequentemente chamado Columbano, que viveu alguns anos
mais tarde.
Columba estabeleceu um centro celta na ilha de lona, no litoral da Escócia, do qual fez sua
base de trabalho. Além da vida monástica praticada em seu mosteiro com alto grau de
piedade, ele primava pelo preparo de evangelistas que eram enviados para a Escócia a fim
de pregarem o evangelho, construírem igrejas e estabelecerem novos mosteiros. O trabalho
se estendeu por todo o país e posteriormente, também para outros países europeus.
6. O monasticismo e os celtas
Reforma e Missões
O Grande Século Missionário, período que compreende os anos de 1792 a 1914, pertence
às épocas mais brilhantes da história da Igreja e especialmente da história de missões. Um
movimento missionário sem igual, desde os tempos dos apóstolos, caracterizou estes 122
anos onde a determinação, a coragem, a fé e o sucesso acompanharam a maioria dos
pioneiros e seus sucessores.
Inglês, chamado o “pai das missões modernas”. Foi sapateiro dos 16 aos 28 anos de idade.
Converteu-se na adolescência e pertencia a um grupo de batistas. Dedicava-se ao estudo
nas horas de folga e assumiu o primeiro pastorado em 1785. Publicou em 1792 um livro de
87 páginas com o título: ”Uma Inquirição sobre a Responsabilidade dos Cristãos em Usarem
Meios para a Conversão dos Pagãos”. Já demonstrava uma forte preocupação missionária e
um profundo desejo de se envolver diretamente.
Inglês, filho de um farmacêutico e pregador metodista leigo. Converteu-se aos 17 anos, mas
desde criança queria ser missionário. Em 1853 viajou para a China onde mais tarde fundou
a “Missão para o interior da China”. Em sua estratégia de trabalho, destaca-se seu desejo de
identificação com o povo chinês. Vestiu-se como os chineses igualando-se a eles o máximo
possível, inclusive quanto ao cabelo e às unhas. Recebeu, por isto, muitas críticas de seus
colegas missionários, com os quais teve um relacionamento difícil.
Escocês, quem sabe o mais famoso de todos os missionários do período. Estudou medicina
e teologia, finalizando os estudos em 1840, sendo enviado no mesmo ano para a África, pela
Sociedade Missionária Londrina. Foi um grande desbravador do interior africano,
contribuindo, tanto para a divulgação do Evangelho, como para a exploração do continente.
Poderá haver outro Homero, poderá haver outro Virgílio, poderá haver outro Dante, poderá
haver outro Milton, mas jamais haverá outro Jesus. Sejam quais forem as surpresas que
possam estar reservadas para o mundo, Jesus jamais será ultrapassado. Ele é o alvo de toda
bondade, o ápice de todo o pensamento, a coroa de todo o caráter e a perfeição de toda a
beleza. Ele é a encarnação de toda a ternura, a focalização do vigor, a manifestação da força,
a personificação do poder, a concentração do caráter, a materialização do pensamento e a
ilustração viva de toda a verdade. Ele é a profecia da possibilidade do homem.
Nós olhamos para ele e vemos nele a realização de todas as expectativas humanas, um líder
maior do que Moisés, um sacerdote maior do que Arão, um rei maior do que Davi, um
comandante maior do que Josué, um filósofo maior do que Salomão e um profeta maior do
que Elias. Ele anda como um homem. Fala como Deus. Suas palavras são oráculos. Seus atos,
milagres. A coroa da divindade repousa em sua fronte. O cetro do domínio universal está
firme em sua mão; o brilho da eternidade, em seus olhos. A retidão eterna está escrita em
sua face; o sorriso de Jeová transforma sua aparência.
Ele é a imagem expressa de seu Pai. As criança se agrupam aos seus pais. Os ventos lhe
obedecem. Um olhar seu e as águas cristalinas se transformam em vinho cor de âmbar. Os
mortos esquecem-se de si mesmo e vivem. Os cochos pulam de alegria. Ouvidos que nunca
ouviram anseiam pelo próprio som de sua voz e os olhos sem visão negam seu passado e
descerraram suas pálpebras abatidas para a beleza de sua presença. A dor se desvanece
sobre seu toque.
O nome de Jesus permanece sozinho. Deus lhe deu um nome que está acima de todo nome.
Nenhum credo pode contender, nenhum catecismo pode explica-lo, carne de nossa carne,
o próprio Deus do nosso Deus.
H. Bender escreveu sobre Jesus: Em meio à história do mundo encontra-se uma figura,
inserida nessa história em todos os seus aspectos, mas que a tudo sobrepuja. É Jesus Cristo.
Ele é completamente diferente, Ele é singular. Ele é o único que podia ousar colocar-se
diante de uma multidão hostil e fazer-lhe a pergunta: "Quem dentre vós me convence de
pecado"? A única resposta foi o silêncio da platéia, uma resposta eloqüente. Sua vontade
estava plenamente inserida na vontade de Deus. Sua postura era completamente dirigida
por Deus e direcionada para Deus. Nele não havia discrepância, não havia imperfeição
alguma. Jesus é Inigualável.
Para o Cego, Jesus é Luz.
Para o Faminto, Jesus é o Pão.
Para o Sedento, Jesus é a Fonte.
Para o Morto, Jesus é a Vida.
Para o Enfermo, Jesus é a Cura.
Para o Prisioneiro, Jesus é a Liberdade.
Para o Solitário, Jesus é o Companheiro.
Para o Mentiroso, Jesus é a Verdade.
Para o Viajante, Jesus é o Caminho.
Para o Visitante, Jesus é a Porta.
Para o Sábio, Jesus é a Sabedoria.
Para a Medicina, Jesus é o Médico dos Médicos.
Para o Réu, Jesus é o Advogado.
Para o Advogado, Jesus é o Juiz.
Para o Juiz, Jesus é a Justiça.
Para o Triste, Jesus é a Alegria.
Para o Pobre, Jesus é o Tesouro.
Para o Devedor, Jesus é o Perdão.
Para o Fraco, Jesus é a Força.
Para o Forte, Jesus é o Vigor.
Para o Inquilino, Jesus é a Morada.
Para o Fugitivo, Jesus é o Esconderijo.
Para a Ovelha, Jesus é o Bom Pastor.
Para o Problemático, Jesus é a Solução.
Para os Magos, Jesus é a Estrela do Oriente.
Para o Mundo, Jesus é o Salvador.
Para os Demônios, Jesus é o Santo de Deus.
Para Deus, Jesus é o Filho Amado.
Para o Tempo, Jesus é o Relógio de Deus.
Para o Relógio, Jesus é a Última Hora.
Para Israel, Jesus é o Messias.
Para as Nações, Jesus é o Desejado.
Para a Igreja, Jesus é o Noivo Amado.
Para o Vencedor, Jesus é a Coroa.
Para a Gramática, Jesus é o Verbo.
Jesus Cristo é inteiramente diferente, singular. Movimentou o mundo como ninguém antes
ou depois dEle. A Encyclopaedia Britannica utiliza 20.000 palavras para descrever a pessoa
de Jesus. Sua descrição ocupa mais espaço que as biografias de Aristóteles, Cícero,
Alexandre Magno, Júlio César, Buda, Confúcio, Maomé ou Napoleão Bonaparte.
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O homem Jesus tornou-se o maior tema da história mundial. Sobre nenhum outro se
escreveu mais do que sobre Ele. A respeito de ninguém se discutiu tanto quanto sobre Jesus.
Ninguém foi mais odiado, mas também mais amado; combatido, mas também mais louvado.
Sobre nenhum outro foram feitas tantas obras de arte, hinos, poemas, discursos, e
compêndios do que sobre Cristo. Diante dEle dividem-se as opiniões – uns gostariam de
amaldiçoá-lO, outros testemunham que sua vida foi radicalmente mudada por Jesus e
enchida de esperança. Não é possível imaginar a história humana sem Jesus.
Um desses autores que tem batido recordes de vendas é a escritora K. Armstrong, ela afirma
o seguinte sobre a existência de Jesus: "Sabemos muito pouco sobre Jesus. O primeiro relato
mais abrangente sobre sua vida aparece no evangelho segundo Marcos, que só foi escrito
por volta do ano 70, cerca de 40 anos depois de sua morte. Aquela altura, os fatos históricos
achavam-se misturados a elementos míticos... É esse significado, basicamente, que o
evangelista nos apresenta, e não uma descrição direta e confiável".
O Prof. João Flávio Martinez, neste artigo mostra a historicidade de Cristo, utilizando fontes
não só de autores cristãos, mas principalmente de autores seculares e de credibilidade, além
de documentos reconhecidos como provas comprobatórias disponíveis em grandes
bibliotecas.
A atuação de Jesus deu-se na Palestina, pequena faixa de terra com área de 20 mil
quilômetros quadrados, dividida de alto a baixo por uma cadeia de montanhas. A cidade de
Jerusalém contava com aproximadamente 50 mil habitantes. Por ocasião das grandes festas
religiosas, chegava a receber 180 mil peregrinos. A economia centrava-se na agricultura,
pecuária, pesca e artesanato. O poder efetivo sobre a região estava nas mãos dos romanos,
que respeitavam a autonomia interna das regiões dominadas. O centro do poder político
interno localizava-se no Templo de Jerusalém. Assessorado por 71 membros do Sinédrio
(tribunal criminal, político e religioso), o sumo sacerdote exercia grande influência sobre os
judeus, mesmo os que viviam fora da Palestina. Para o Templo e as sinagogas convergia a
vida dos judeus. E foi nesta realidade que Jesus apareceu na História dessa região.
Acontece que estão cheios de pormenores acerca das cidades e aldeias do tempo, das
maneiras de viver, de falar, acerca das personagens oficiais. A história e a arqueologia
confirmam que todos estes elementos são exatos, verídicos.
Aliás, certos pormenores não podiam ter sido inventados ou escritos mais tarde porque
certas instituições, certas práticas tinham mudado pouco tempo depois da morte de Jesus,
particularmente no ano 70, ano da destruição de Jerusalém. 1900 anos depois dos
acontecimentos, descobre-se que os Evangelhos é que tinham razão ao contrário do que,
durante muito tempo, os historiadores julgaram que estava errado, precisamente em
algumas das suas passagens: por exemplo, no Evangelho segundo S. João, considerado o
mais espiritual e, portanto, o menos concreto, menos preciso, mais afastado dos tempos e
dos locais, encontramos o nome de mais vinte localidades concretas do que nos outros três
evangelistas.
O historiador Josefo que viveu ainda no primeiro século (nasceu no ano 37 ou 38 e participou
da guerra contra os romanos no ano 70, escreveu em seu livro Antiguidades Judaicas ):
"O sumo sacerdote Hanan reúne o Sinedrim em conselho judiciário e faz comparecer
perante ele o irmão de Jesus cognominado Cristo (Tiago era o nome dele) com alguns
outros" (Flavio Josefo, Antiguidades Judaicas, XX, p.1, apud Suma Católica contra os sem
Deus, dirigida por Ivan Kologrivof. Ed José Olympio, Rio de Janeiro 1939, p. 254 ). E mais
adiante, no mesmo livro, escreveu Flávio Josefo:
"Foi naquele tempo (por ocasião da sublevação contra Pilatos que queria servir-se do
tesouro do Templo para aduzir a Jerusalém a água de um manancial longínquo ), que
apareceu Jesus, homem sábio, se é que, falando dele, podemos usar este termo - homem.
Pois ele fez coisas maravilhosas, e, para os que aceitam a verdade com prazer, foi um
mestre. Atraiu a si muitos judeus, e também muitos gregos. Foi ele o Messias esperado; e
quando Pilatos, por denúncia dos notáveis de nossa nação, o condenou a ser crucificado, os
que antes o haviam amado durante a vida persistiram nesse amor, pois Ele lhes apareceu
vivo de novo no terceiro dia, tal como haviam predito os divinos profetas, que tinham
predito também outras coisas maravilhosas a respeito dele; e a espécie de gente que tira
dele o nome de cristãos subsiste ainda em nossos dias". (Flávio Josefo, História dos Hebreus,
Antiguidades Judaicas, XVIII, III, 3 , ed. cit. p. 254). (1, pg. 311 e 3).
Tácito, historiador romano, também fala de Jesus. "Para destruir o boato (que o acusava do
incêndio de Roma), Nero supôs culpados e infringiu tormentos requintadíssimos àqueles
cujas abominações os faziam detestar, e a quem a multidão chamava cristãos. Este nome
lhes vem de Cristo, que, sob o principado de Tibério, o procurador Pôncio Pilatos entregara
ao suplício. Reprimida incontinenti, essa detestável superstição repontava de novo, não
mais somente na Judéia, onde nascera o mal, mas anda em Roma, pra onde tudo quanto há
de horroroso e de vergonhoso no mundo aflui e acha numerosa clientela" (Tácito, Anais ,
XV, 44 trad.) (1 pg. 311; 3)
Suetônio, na Vida dos Doze Césares, publicada nos anos 119-122, diz que o imperador
Cláudio "expulsou os judeus de Roma, tornados sob o impulso de Chrestos, uma causa de
desordem"; e, na vida de Nero, que sucedeu a Cláudio, acrescenta: "Os cristãos, espécie de
gente dada a uma superstição nova e perigosa, foram destinados ao suplício" (Suetônio,
Vida dos doze Césares, n. 25, apud Suma Católica contra os sem Deus, p. 256-257). (1 pg.
311; 3)
Plínio, o moço, em carta ao imperador Trajano (Epist. lib. X, 96), nos anos 111 - 113, pede
instrução a respeito dos cristãos, que se reuniam de manhã para cantar louvores a Cristo.
(4, pg. 106).
Escritor latino. Seus escritos constituem importantes documentos para a compreensão dos
primeiros séculos do cristianismo. Ele escreveu: "Portanto, naqueles dias em que o nome
cristão começou a se tornar conhecido no mundo, Tibério, tendo ele mesmo recebido
informações sobre a verdade da divindade de Cristo, trouxe a questão perante o Senado,
tendo já se decidido a favor de Cristo...".
Os Talmudes Judeus:
Para o leitor ter uma idéia do quanto à existência de Cristo é rica em suas fontes, analisemos
analogamente a biografia de Alexandre (o Grande) e Jesus. As duas biografias mais antigas
sobre a vida de Alexandre foram escritas por Adriano e Plutarco depois de mais de 400 anos
da morte de Alexandre, ocorrida em 323 a.C. e mesmo assim os historiadores as consideram
muito confiáveis. Para a maioria dos historiadores, nos primeiros 500 anos, a história de
Alexandre ficou quase intacta.
Embora as palavras de Maomé (570-632 d.C.) estejam registradas no Alcorão, sua biografia
só foi escrita em 767 d.C., mais de um século depois de sua morte. Portanto, o caso de Jesus
não tem paralelo, e é impressionante o quanto podemos aprender sobre ele fora do Novo
Testamento... Ainda que não tivéssemos nenhum dos escritos do Novo Testamento e
nenhum outro livro cristão, poderíamos ter um prisma nítido do homem que viveu na Judéia
no século I.
Saberíamos, em primeiro lugar, que Jesus era um professor judeu; segundo, muitas pessoas
acreditavam que ele curava e fazia exorcismos; terceiro, algumas acreditavam que ele era o
Messias; quarto, ele foi rejeitado pelos líderes judeus; quinto, foi crucificado por ordem de
Pöncio Pilatos durante o reinado de Tibério; sexto, apesar de sua morte infame, seus
seguidores, que ainda acreditavam que ele estivesse vivo, deixaram a Palestina e se
espalharam, assim é que havia muitos deles em Roma por volta de 64 d.C.; sétimo, todo tipo
de gente, da cidade e do campo, homens e mulheres, escravos e livres, o adoravam como
se ele fosse Deus. Sem dúvida a quantidade de provas corroborativas extrabíblicas é muito
grande. Com elas, podemos não somente reconstruir a vida de Jesus sem termos de recorrer
à Bíblia como também ter acesso à informação sobre Cristo por meio de um material mais
antigo do que os próprios evangelhos. (Adaptado de 7 pg. 113 e 114).
As provas existem, mas quem quiser escapar a elas, escapa. Como se, afinal de contas, Jesus
nos quisesse deixar a decisão de lhe conceder um lugar na história, na nossa história.
Recordemos quando Ele devolveu a pergunta aos apóstolos: "E vós, quem dizeis que eu
sou?". Os homens daquela época viam Jesus como sendo o João Batista que havia
ressuscitado, outros diziam que Jesus era o Elias, aquele que foi o mais respeitado de todos
os profetas; outros diziam que Jesus era o profeta Jeremias. Vemos que nivelavam Jesus aos
profetas, nivelavam Jesus aos homens mais proeminentes daquele tempo, respeitando
assim os homens e não a Jesus... Mas, a pergunta continua: “vós quem dizeis que Eu Sou?”
Napoleão I (1769-1821), imperador da França, teve muito tempo para pensar a respeito da
maior prova da realidade divina quando se encontrava deportado na ilha da Elba. Certo dia,
durante um passeio, Napoleão parou de repente, virou-se para Montholon, que o
acompanhava, e perguntou-lhe: “Que pensais vós de Cristo?” O mesmo ficou confuso com
a pergunta e disse-lhe: “Senhor, eu tenho de confessar que nunca pensei sobre esse assunto
em profundidade e não tenho opinião formada sobre Jesus Cristo.” Pior para vós!.
Respondeu o imperador, e enquanto prosseguia em sua caminhada, foi expressando os seus
pensamentos a respeito de Jesus Cristo.
"Conheço os homens, e os digo isto: Jesus não é um homem. Manda-nos que creiamos e
para isso não dá outra razão senão sua palavra, Eu Sou Deus. Os filósofos procuram solver
os ministérios do universo com suas dissertações vãs! Tolos: são como as crianças que
choram pedindo a luz para com ela brincar. Cristo jamais hesita. Fala com autoridade. Sua
religião é um mistério, porém subsiste por sua própria força. Procura e requer de modo
absoluto o amor dos homens, a coisa, neste mundo, mais difícil de se conseguir Alexandre,
César, Aníbal conquistaram o mundo, mas não tiveram amigos. Talvez seja eu a única pessoa
da atualidade que ame Alexandre, César, Aníbal. Carlos Magno e eu mesmo fundamos
impérios; mas sobre o quê? Sobre a força.
Jesus fundou seu império sobre o Amor; e nesta hora milhões morriam por Ele. Eu próprio
tenho inspirado a multidões tamanha aflição que elas morriam por mim. Mas a minha
presença era necessária. Agora que estou em Sta. Helena, onde estão meus amigos? Estou
esquecido, para voltar em breve à terra e tornar-me pasto de vermes . Que abismo entre a
minha miséria e o reino eterno de Cristo que é proclamado amado, adorado e que se vai
estendendo por todo o mundo. Isso é morte? Digo-vos, a morte de Cristo é a morte de um
Deus. Eu vos digo, Jesus Cristo é Deus."
Eis aqui o conquistador que realmente unifica, que não une uma nação apenas, mas toda a
humanidade. Que milagre! A alma humana com todas as suas capacidades sente-se ligada
à existência de Jesus Cristo. E como? Através de um milagre que supera todos os outros
milagres. Cristo quer o amor das pessoas, e isso é o mais difícil de se conseguir. Ele exige o
coração. Isso é tudo o que Ele quer, e Ele o recebe. Portanto, “Se a importância histórica for
medida pelo impacto no maior número de pessoas, pode-se afirmar com certeza que
nenhum evento isolado, nos tempos antigos, e em toda a História humana, foi tão
importante como o nascimento do homem que passou para a História com o nome de
Jesus... Desde então toda a História da humanidade comprova a sua importância,
simplesmente porque aqueles que mais tarde se intitularam cristãos, seguidores de Jesus,
mudariam a História de todo o globo.”
MISSÕES NO SÉCULO XX
A iniciativa missionária tem passado por diferentes fases ao longo dos anos:
A primeira fase encontramos na Palestina com o envio dos apóstolos pelo próprio Mestre
e o trabalho realizado por Paulo.
A segunda fase foi na Europa no século XIX com o surgimento das missões modernas, mas
com antecedentes desde a Idade Média.
A terceira fase coube à América do Norte que “invadiu” o mundo com seus missionários
durante este século.
A quarta fase e quem sabe a última fase, é de responsabilidade do Terceiro Mundo (ou 2/3
do mundo como vem sendo chamado). O número de missionários dos antigos países
receptores vem aumentando e existe a perspectiva que dentro de alguns anos iguale ao
número de missionários do Primeiro Mundo.
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TIPOS DE MISSÕES
MISSÕES: Deus inventou isto, Jesus morreu por isto, Paulo viveu isto, Alguém reiniciou
isto, Você está disposto a terminar isto?
1. Missões Urbanas
2. Missões Nacionais
3. Missões transculturais
O profeta Jonas foi designado por Deus para fazer missões. Deus queria fazer uma grande
obra de salvação por intermédio de Jonas e lhe contou seu plano de salvar os moradores de
uma cidade chamada Nínive. Porém se recusou sistematicamente ao chamado divino e
tentou fugir para Tarsis.
Nínive estava com os dias contados para enfrentar um temível juízo divino. O fundador de
Nínive, (Ninrode), era tão mal que matou seu pai, cohabitou com sua própria mãe e teve
filhos com ela. Queria também fazer um caminho que chegasse mais perto de Deus. "O único
caminho que nos leva á Deus, é o caminho da humilhação!".
Ninrode, seduziu as pessoas á ajudá-lo a construir uma torre chamada Babel. O nome Babel
quer dizer confusão. Deus então confundiu a língua do povo e, eles se separaram.
Ninrode foi para um lugar onde construiu uma cidade chamada Nínive, que fica localizada
na margem oriental do rio Tigre, a mais de 800 KM da Palestina. O nome Jonas, quer dizer
"Pombo". Os pombos foram muito usados como pombos-correio, transmitindo mensagens
importantes.
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Jonas tinha a incumbência de levar a mensagem de Deus á cidade de Nínive. Era uma cidade
temida. As pessoas que passavam por alí, eram roubadas, espancadas, saqueadas e até
mortas e decapitadas! Eles matavam os profetas e dependuravam suas cabeças na entrada
da cidade exibindo-as como um troféu. Jonas, então, fugiu, descendo á Jope, onde comprou
uma passagem de navio para Társis, localizada ao sul da Espanha, próximo á gibraltar, 3.200
KM, a Oeste da Palestina. "seja qual for a distância ou lugar, ninguém pode se esconder do
olhos de Deus".
O profeta estava determinado, inflexível. Recusou-se a entregar a mensagem de Deus à
Nínive, porque receava que os seus habitantes se arrependessem e se livrassem da
destruição iminente. Jn 4.1,2. Jonas não queria que o Senhor tivesse misericórdia de
nenhuma nação, exceto Israel, e sobretudo que não tivesse compaixão da Assíria. Jonas se
esquecera de que o propósito supremo de Deus para com Israel era que este fosse uma
bênção para os gentios. Gn 12.3 Is 49.6.
O coração de Jonas estava tão obstinado e endurecido que mesmo tendo conhecimento da
vontade divina em perdoar o povo de Nínive, ele nutria a esperança de Deus mudar de idéia
e destruir a cidade. Jn 4.5. A característica principal do coração impiedoso de Jonas era o
egoísmo, pois ele estava mais interessado em seu próprio conforto do que na salvação de
milhares de pessoas. Jn 4.9-11. Mas Deus não desiste dos seus planos e enviou um enorme
peixe que engoliu Jonas e ele esteve três dias e três noites dentro da barriga do peixe. Nesse
período o profeta reconheceu o seu erro, orou e se dispôs a obedecer a ordem que o Senhor
lhe havia dado. Assim, Deus fez o enorme peixe vomitar Jonas em terra.
O Senhor, então, lhe deu uma grande lição de amor. Fez nascer, próximo à barraca de Jonas
uma árvore que cresceu rapidamente e dava sombra sobre a cabeça de Jonas. Aparecendo
o sol, o Senhor mandou um bicho que matou a árvore e ela secou. Ao nascer o sol,
novamente, seus raios queimavam a cabeça de Jonas e ele novamente se irou com Deus,
desejando morrer porque a sua árvore havia morrido. Disse o Senhor a Jonas: Tu estás assim
por causa de uma árvore, que tu não plantastes e nem cuidastes, que nasceu numa noite e
na outra morreu? Em Nínive há mais de 120 mil pessoas que ainda não têm discernimento
das coisas. Não havia Eu de ter compaixão delas?. Jn 4.10,11.
Jonas foi o único pregador que ficou profundamente frustrado com o seu sucesso. Ele
quis morrer porque os ninivitas receberam vida. Jonas fazia do seu nacionalismo
extremado uma bandeira maior do que a obra missionária. Tinha prazer de pregar
condenação aos pagãos, mas não se alegrava com sua salvação.
Onde você anda se escondendo de Deus? Hoje Deus te convida a sair do seu esconderijo,
obedecer e aceitar o Seu chamado!
Jesus Cristo foi o Maior Missionário que este Mundo jamais viu
Jesus é o nosso modelo e padrão de missionário, pois da mesma forma como Ele foi enviado
pelo Pai Ele também nos enviou. Jo 17.18,20. Ele organiza um movimento que divulga o
Reino. Primeiro, envolvendo os doze. Mt 10.5-8. Depois, numa segunda etapa, envolvendo
setenta. Lc 10.1. Em etapa última, o envio não é mais de um grupo, mas de toda a
comunidade dos salvos. Mc 16.15 Mt 28.18-20. Um chamado para dar continuidade ao
ministério missionário de Jesus. At 1.1 Hb 2.3,4. Para continuarmos a obra missionária que
Jesus iniciou. Jo 14.12
A Igreja primitiva entendeu que sua missão era mundial: ”(…) ser-me-eis testemunhas,
tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra”. At 1.8.
Primeiro ela se dirigiu aos judeus. Lc 24.47 At 13.46. Não só porque os judeus tinham as
promessas (Rm 9.4,5), mas porque a própria Igreja era composta por elementos de cultura
judaica.
A Igreja, enfim, rompe com o judaísmo e perde sua visão exclusivista. Foi, porém, um
rompimento custoso. Havia um preconceito muito forte contra os gentios arraigado na
mente dos judeus. Em Atos 10.9-23 tomamos conhecimento do trabalho que Deus precisou
desenvolver com Pedro para direcioná-lo à casa de Cornélio.
Foi preciso que por três vezes uma voz do céu, que Pedro identificou como sendo de Deus,
lhe dissesse: “não chames tu comum ao que Deus purificou” (comum, aqui, está associado
a imundo, impuro, do ponto de vista ritual, diferente de algo que um judeu poderia tocar).
Pedro reconhece que o evangelho não é uma mensagem de propriedade exclusiva dos
judeus. At 10.34,35; 15.6-11.
A vinda do Espírito Santo sobre os gentios produziu um grande espanto nos cristãos de
origem judaica. At 10.45. Isso porque, no Antigo Testamento, o Espírito não era de todos,
mas de uma elite “espiritual”, e eles não podiam imaginar que algo tão precioso fosse
derramado sobre gentios, a escória do mundo, segundo pensavam. À luz desse fato, de o
Espírito vir sobre os gentios, é que decidiram balizá-los, aceitando-os como membros da
Igreja. At 10.46,47.
Somente após a explicação de Pedro (At 11.4-17) é que os primeiros cristãos entenderam
que o evangelho era de alcance mundial: “Ouvindo eles estas coisas, apaziguaram-se e
glorificaram a Deus, dizendo: Assim, pois, Deus concedeu também aos gentios o
arrependimento para a vida”. At 11.18.
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A história da vida de Paulo como missionário é um exemplo excepcional. Nele vemos uma
pessoa que pela operação do Espírito Santo dedicou-se inteiramente ao chamado do
Senhor. At 13.2.
O Espírito Santo capacitou Paulo para dar sua vida em sacrifício vivo a Deus. Ele chegou à
situação de poder dizer “e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim”. Gl 2.20. Para Paulo,
a sua vida era Cristo, e seu intenso desejo era que Cristo fosse engrandecido no seu corpo,
fosse pela vida, fosse pela morte. Fp 1.20-21.
O Espírito Santo operou poderosamente na vida de Paulo. O poder de Deus operava por
meio do ministério de Paulo como um arado, abrindo profundos sulcos no coração do povo,
preparando os corações para receberem a semeadura da Palavra. At 19.11,12 Rm 15.18,19.
O Espírito Santo operou na vida de Paulo uma total dependência de Deus. Paulo entendia
que tudo o que havia sido feito através de seu ministério era uma operação da graça divina.
I Co 15.10. Ele conhecia a sua grande limitação a ponto de dizer: “Não que sejamos capazes,
por nós, de pensar alguma coisa, como de nós mesmos, mas a nossa capacidade vem de
Deus, o qual nos fez também capazes de ser ministros…”. II Co 3.5,6.
O Espírito Santo deu a Paulo a visão da vitória que sempre acompanha o evangelho. Ele
pregava com muita ousadia o evangelho de Cristo, que é “o poder de Deus para salvação de
todo aquele que crê”. Rm 1.16. A sede de ganhar almas para o Senhor, o impelia sempre
para frente. Fp 3.13,14.
Cristo também confiou a igreja uma tarefa missionária maior do que a de Jonas – pregar o
evangelho ao mundo todo, entretanto, tal como Jonas, muitas igrejas pouco ou nada se
interessam pela obra missionária. É a missão da Igreja proclamar o Reino de Deus e chamar
ao arrependimento o mundo perdido. Partidos políticos não podem fazer isso. O governo
não pode fazê-lo. O que o evangelho pode fazer pelos homens nenhuma ideologia política
o pode, nem filosofia humana. Só o evangelho. Nós o temos. Nós o professamos como
verdade e como poder de Deus para salvação de todo aquele que crê. Nós somos a Igreja
de Cristo. Esta tarefa é nossa e de mais ninguém. Se não a fizermos, ninguém mais a fará.
Vamos fazê-la. Sejamos conscientes de nossa vocação missionária. Perder esta consciência,
abafar essa vocação, é negar nossa razão de ser.
1. Fazer missões é uma obra que exige urgência - O trabalho missionário não pode esperar.
A seara é grande, os trabalhadores são poucos e o tempo urge. Não há esperança para os
pecadores fora de Cristo. Não há salvação senão no evangelho da graça.
Ninguém pode ser reconciliado com Deus por meio das obras, da religião ou dos sacrifícios.
Somente Cristo é o caminho para Deus. Somente ele é a porta do céu. Só ele é o mediador
entre Deus e os homens. Qualquer outra mensagem é inútil. Qualquer outro atalho somente
conduzirá os homens à desilusão e à perdição eterna. A evangelização dos povos é uma
tarefa impostergável. Deve ser a prioridade absoluta da nossa agenda. É tempo de sermos
luz para as nações. É tempo de investirmos o melhor dos recursos que Deus nos tem dado
na obra missionária.
2. Fazer missões é uma obra que exige envolvimento de todos - O privilégio de fazer missões
não é apenas para aqueles que têm o chamado de sair de sua cultura e ir além fronteiras.
Todos nós podemos orar por missões. Todos nós devemos contribuir com missões. Todos
nós precisamos fazer missões. Toda a igreja deve estar engajada nesse projeto de
conseqüências eternas. A obra missionária não deve ser apenas um apêndice na agenda da
igreja, mas uma frente de ação em que todos os crentes estejam envolvidos.
3. Fazer missões é uma obra que exige os melhores investimentos - Não podemos cumprir
a agenda estabelecida por Cristo de ir por todo o mundo e fazer discípulos de todas as
nações sem fazer investimentos financeiros na obra. Somente uma igreja fiel na mordomia
dos bens pode ser missionária. Somente uma igreja generosa no ofertar pode ser luz para
as nações. O melhor e mais duradouro investimento que fazemos é na salvação de vidas.
A Bíblia diz que quem ganha almas é sábio. O dinheiro que investimos em missões é uma
semente que se multiplica e produz frutos para a vida eterna. Mas, não é suficiente apenas
investimentos de recursos financeiros; precisamos também de investimento de vida. Deus
chama uns para ir; outros para ficar. Uns devem estar numa ponta da corda, descendo aos
lugares sombrios para resgatar as ovelhas errantes; outros devem estar na outra
extremidade da corda para sustentar aqueles que descem com a provisão necessária.
Missões não é trabalho de um missionário visionário e aventureiro que deixa sua terra, sua
cultura e embrenha-se no meio de tribos e povos ignotos para levar-lhes a luz do evangelho.
Missões é um trabalho planejado, onde a igreja toda se dispõe a fazer seus melhores
investimentos para que mais pessoas sejam alcançadas e salvas pelo evangelho de Cristo.
Esta igreja tem o privilégio de ser uma agência do Reino de Deus nesta cidade, neste Estado,
neste País e, também, no mundo inteiro. Cumpramos nossa missão enquanto é tempo!.
"Cada coração com Deus, um missionário. Cada coração sem Deus um campo
missionário!".
3. Individualismo: Muitos estão salvos, mas não se preocupam pelos outros. Falta amor
pelas almas.
4. Vidas cristãs inexpressivas: Crentes que não tenham vida de profunda intimidade com
Cristo não sentem disposição para a evangelização. Sem ter certeza da salvação e uma vida
espiritual profunda não podem ganhar almas.
6. Falta de conhecimento: Muitos cristãos não sabem o que falar para evangelizar, nem
mesmo como começar uma conversa evangelística. Outros pensam que evangelizar é
apenas trabalho para o pastor e o ministério. Isto é muito prejudicial ä grande missão da
Igreja.
8. Evangelho por prestações: “Venha para igreja com está e continue do mesmo jeito”,
“Cristo só que o coração”, etc. Ou pregamos a mensagem viva e transformadora ou nada
acontecerá.
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Primeira: Conta-se que certa vez um menino ouvira uma mensagem sobre o trabalho
missionário entre os pagãos. Pelas necessidades daqueles povos que vivem nas trevas, o
menino procurou a esposa do pastor e entregou-lhe uma moeda de pouco valor. Aquela
senhora estava fazendo um embrulho com roupas, remédios e alimentos para enviar ao
oriente. Ela comprou um folheto com aquela pequena moeda e colocou-o dentro do pacote.
O folheto caiu nas mãos de um dos chefes da Birmânia, que por meio de sua leitura
converteu-se ao evangelho. Mais tarde esse chefe, depois de haver experimentado as
alegrias da salvação, falou da sua regeneração a seus amigos. Ao ouvirem seu testemunho,
muitos deles também se converteram. Depois, foi organizada uma igreja que por sua vez,
solicitou um missionário. Como fruto desse trabalho, quinze mil pessoas, direta ou
indiretamente, foram atingidas pelo evangelho. E tudo isso devido a uma pequena moeda!
Segunda: Outro dia estava lendo uma tirinha de jornal bastante curiosa: Um crente norte-
americano deixou seu país e foi para a África evangelizar uma tribo. O primeiro convertido
desta tribo, muito agradecido, disse ao missionário norte-americano: "Obrigado por viajar
quilômetros para pregar o evangelho para nossa tribo... agora estou indo como missionário
para os Estados Unidos! Ouvi dizer que há uma grande necessidade lá...".
Terceira: Dez ambiciosos missionários colocaram suas vidas em risco: Um parou para
calcular o custo; e então sobraram nove. Nove missionários em potencial, preocupados com
o destino do mundo: Um achou que era velho demais; e então restaram oito. Oito
missionários estudiosos aprenderam a pregar sobre o céu: Um preferiu ser fazendeiro; e
então ficaram sete. Sete sinceros missionários partiram em direção ao arado: Um não
conseguiu apoio; e então ficaram seis. Seis ansiosos missionários desejando muito chegar:
Um cansou de esperar, pelo visto, e então ficaram cinco. Cinco missionários idealistas
chegaram ao solo estrangeiro: Um sofreu "choque cultural"; e então ficaram quatro. Quatro
sérios missionários, tão ocupados quanto possível: Um não manteve o casamento; e então
ficaram três. Três missionários cansados tentando não ficar tristes: Um não voltou das férias;
e então ficaram dois. Dois missionários maduros louvaram a Deus pelo que tinham feito:
Um foi chamado à glória, e então só resta um. Um missionário idoso fazendo o que pode
fazer. Mas o trabalho é muito grande. Quem irá ajudá-lo? Será você?
Quarta: O missionário Guilherme Carey, tinha vários filhos também missionários. Quando
um deles, Félix, começou a pregar, Carey escreveu com satisfação em seu Diário de Vida:
"Meu filho, Félix, respondeu ao chamado de pregar o evangelho". Anos mais tarde, quando
esse mesmo filho aceitou o cargo de embaixador da Grã Bretanha, Carey, desiludido e
angustiado, escreveu a um amigo: "Félix se rebaixou ao tornar-se um embaixador!" Carey
tinha uma correta visão do valor que as coisas tem para Deus. E é assim também que temos
de ver a suprema vocação que temos em Jesus Cristo.
Quinta: Um dia uma mulher criticou o grande evangelista do século XIX, D.L. Moody pelos
seus métodos de evangelismo no intuito de ganhar pessoas para Cristo. Moody respondeu,
"Concordo com você, eu não gosto do jeito com que faço isso também. Diga-me, como fazê-
lo?" A mulher respondeu, "Eu não sei fazer isso!" Moody então disse," Então eu gosto do
meu jeito de fazer isso melhor que o seu jeito de não fazê-lo!".
Sexta: O falecido pastor Oswald Smith, da Igreja do Povo em Toronto, Canadá, contou a
seguinte história, a respeito de um cristão na China: João Chinês estava ao lado de um ateu
que lhe perguntou: Qual será a primeira coisa que você fará quando chegar ao céu? Ele
respondeu: Vou percorrer as ruas de ouro até encontrar o Salvador Jesus e me prostrarei
perante Ele para adorá-Lo pela minha salvação. Ótimo, disse o ateu zombando. E então,
João Chinês, o que fará em seguida? Ah! Percorrerei as ruas do céu até encontrar o
missionário que veio ao meu país trazendo o evangelho. Tomarei sua mão e lhe agradecerei
pelo seu papel em minha salvação. E o que fará em seguida, João Chinês? Inquiriu o ateu.
Então continuarei até encontrar o homem ou a mulher que tornou possível ao missionário
vir à China, sustentando-o com orações e dinheiro e também agradecerei pelo seu trabalho
e pela sua contribuição na minha salvação.
Sétima: Uma menina de 11 anos chegou ao púlpito e sob o olhar de quase 8 mil pessoas
que participam de uma das assembléias da Convenção Batista Brasileira, contou sua
história. Órfã de mãe, pai incrédulo, mas ela uma crente fiel e dedicada. Vocacionada para
a obra de missões fez um apelo que calou todo o auditório: "Mande um pastor para nossa
igreja. Eu quero ser missionária, mas precisamos de um pastor em nossa igreja".
Oitava: "E chamando ele os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta pobre viúva deu mais do
que todos os que deitavam ofertas no cofre; porque todos deram daquilo que lhes sobrava; mas esta, da sua
pobreza, deu tudo o que tinha mesmo todo o seu sustento". Mt 12.43,44. Conta-se que uma senhora estava
enchendo uma caixa que seria mandada para a Índia quando um filho trouxe uma pequena
moeda para que fosse enviada também para a obra missionária. Com a moeda a mãe
comprou um folheto bíblico e colocou na caixa. O folheto foi entregue a um chefe birmanês
que, após ler o folheto, entregou sua vida a Cristo. Logo o chefe quis contar a história de seu
novo Deus e da sua felicidade para todos os amigos. Eles também creram e abriram o
coração para o Salvador. Uma igreja foi construída no local e um missionário enviado para
ensinar-lhes a Palavra de Deus. Cerca de 1.500 pessoas tiveram as vidas transformadas
apenas porque uma criança ofereceu sua moeda para Deus.
Muitas vezes nos omitimos em ajudar na obra missionária porque achamos que o que temos
é muito pouco e nada acrescentará no trabalho de Deus. Mas temos o exemplo daquela
pobre senhora que foi vista pelo Senhor Jesus oferecendo algumas moedas. Seu exemplo é
citado até hoje, dois mil anos depois, como gesto de fidelidade a Deus. Não é o valor de
nossa oferta que conta para o Senhor, mas o desejo de compartilhar o que temos com os
mais necessitados.
Se queres ter algo bonito, para ser por 1 dia lembrado. Crie uma borboleta em casa. Ela
ficará em sua casa um dia, e com sua beleza iluminará toda sua casa, mas é passageira, ficará
em sua casa só um dia e talvez não mais será lembrada.Se queres ter algo bonito para ser
lembrado por mais de 1 mês. Plante em seu quintal uma muda de rosa, q se transformará
em uma roseira, seu perfume espargirá por todo seu quintal e ficará bonita por algum
tempo, mas ela não terá mais vida e pode ser esquecida. Se queres ter algo bonito, para ser
lembrado por mais de 1 ano. Plante um ipê amarelo, onde você plantar, ele ficará ali
plantado por muito tempo, e se você se mudar, poderá ser lembrado um dia por outra
pessoa, mas o ipê ficará ali e não será eterno. Se queres ter algo bonito, para ser lembrado
por toda a vida. Faça a obra missionária, ganhe uma alma, porque quando seu nome for
esquecido na terra, será lembrado no céu.
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Muitos querem viver a sombra da igreja, eu quero uma missão de resgate a um metro do inferno . Jonh Wesley
Quando Jesus diz: "Vinde" - Ele vem nos encontrar. Quando Ele diz: "Ide" - Ele vai conosco. Walter B. Knight
Muitos crentes consagrados jamais atingirão os campos missionários com os seus próprios pés, mas poderão
alcançá-los com os seus joelhos. Adoniran Judson
Por que alguém deveria ouvir do evangelho duas vezes, quando há pessoas que não ouviram nenhuma
vez. Oswald Smith
Contribua de acordo com a sua renda para que Deus não transforme a sua renda de acordo com a sua
contribuição. Peter Marshall
Coloque missões em primeiro lugar e Deus dará as coisas necessárias. Edison Queiróz
Nós somos imortais até que cumpramos a tarefa a nós encomendada. James Frazer
É raro ver o sustento de pastores locais ser cortado ou diminuído, mas isto é comum na vida de
missionários. É isto justo? David Botelho
É inconcebível imaginar que pastores locais devem ser desafiados para missões transculturais quando
isto é ordem de nosso Senhor Jesus. David Botelho
Quem não ama missões transculturais deve começar a duvidar de sua salvação, pois é o diabo que
odeia o término da tarefa da evangelização mundial, pois isso significaria o fim de sua obra na terra.
David Botelho
Uma igreja não existe para si mesma, mas sim para o mundo. George Carey
Uma igreja que não prega e envia pessoas para missões transculturais não está cumprindo plenamente
o Evangelho de Jesus. Fred Nuckley
Obediência parcial às palavras de Jesus ainda é desobediência – precisamos ir nós mesmos ou então
enviar pessoas para os "confins da Terra". Fred Nuckley
Eu o desafio para adquirir a visão da "Grande Colheita" e ver como Jesus poderá mudar sua
cosmovisão e o futuro dos povos. Fred Nuckley
Vida com Jesus é eterna e cheia de felicidade, mas vida sem Jesus é morte e sofrimento – que direito
você tem de guardar esse dom para si mesmo diante de 96% da população mundial que ainda não O
conhece? Fred Nuckley
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