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CPO

CURSO PREPARATÓRIO PARA OBREIROS

“PREPARANDO OBREIROS APROVADOS”


”Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se
envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”.
( II Tm 2.15)
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SUMÁRIO
 INTRODUÇÃO_________________________________________03
 DEDICATORIA_________________________________________04
 BIBLIOLOGIA__________________________________________05
 ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL__________________________16
 TEÓLOGIA DO OBREIRO________________________________28
 MISSÕES E EVANGELISMO______________________________64
 RELIGIÕES SEITAS E HERESIAS_________________________81
 HISTÓRIA DA ASSEMBLEIA DE DEUS MINISTERIO DE
MADUREIRA__________________________________________103
 BIBLIOGRAFIA_________________________________________110
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INTRODUÇÃO
Vamos iniciar este Curso Preparató rio para obreiros citando
II Tm 2.15 ( Versã o Bíblia Viva) “ Trabalhe arduamente, para que Deus
possa dizer-lhe: “ Muito Bem”. Seja um bom obreiro, um obreiro que nã o
precisa ficar envergonhado quando Deus examina o seu trabalho. Saiba o
que a sua palavra diz e o que ela significa.” Se existe alguém que precisa
estar preparado esse alguém é o obreiro, preparado em tudo,
principalmente no manejo da palavra, hoje em dia muitos querem
ensinar mas poucos querem aprender por preguiça, descuido, falta de
humildade e relaxo quanto as coisas de Deus, minha pergunta é se Deus
examinasse hoje o que temos feito para ele na obra o que ele diria a nosso
respeito? e a qualidade do trabalho que prestamos para ele? Tem
obreiros que quando fala-se em Curso Preparató rio se zanga se
embrutece e até critica, mas digo a todos precisamos nos apresentar a
Deus aprovados como obreiros que nã o tem do que se envergonhar, é
triste vermos dentro das igrejas Obreiros relaxados, sem compromisso
com a palavra de Deus, a Bíblia diz “ Conheçamos e prossigamos em
conhecer o Senhor... Os 6.3, Paulo disse a Timó teo “ Persiste em Ler,
exortar e ensinar, até que eu vá . I Tm 4.13, o problema é que tem muitos
obreiros que nã o gostam de ler muito menos de estudar, e o resultado
sã o obreiros despreparados, incapacitados, relaxados mas a cobrança de
Deus em cima destes será severa, Jr. 48.10, o melhor seria é que os tais
entregassem suas credenciais e voltassem a qualidade de membros, mas
quem tem convicçã o da chamada de Deus em sua vida nã o perde a
oportunidade de aprender e investir no seu ministério, portanto
parabéns você esta investindo em sua chamada.

DEDICATÓRIA
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Ao Deus todo poderoso, por ter nos dado o dom da vida, e o


privilegio de poder servi-lo e adora-lo. A ele toda honra e toda a gló ria e
adoraçã o. Ao meu Presidente Pr. Gearton Machado Teixeira, Presidente
do CADEJA- CAMPO DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS DE JACUNDA NAÇÃ O
MADUREIRA, SUPERVISOR DA IX MACRO REGIÃ O “VIDA “ DA CONEMAD-
PA E SECRETARIO EXECUTIVO DA CONEMAD-PA, mentor e idealizador
desse projeto, pelo incentivo e apoio ao nosso ministério, aos nossos
obreiros. Ao corpo ministerial do CADEJA pelo o apoio, incentivo e
oraçõ es.
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BIBLIOLOGIA
“ Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar,
para redarguir, para corrigir, para instruir em Justiça; Para que o
Homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa
Obra.” ( II Tm 3. 16-17)

Disse certo estadista de renome: “ O mundo declara que a Bíblia nã o é nada


mais, que obra de homem, que foi escrita sob limitaçõ es do raciocínio humano. Segue,
portanto, conforme esse modo de pensar, que os homens, se nã o degenerarem em
habilidade e nã o decaírem em sabedoria, podem atualmente produzir um livro igual a
Bíblia. Por que nã o o faz? Porque nã o escolhem um grupo entre os melhores
diplomados das suas universidades, para viajar em todo o mundo; para consultar as
melhores bibliotecas ; para respingar os campos da teologia, da botâ nica, da
astronomia, da biologia e da zoologia; para fazer pesquisas em todos os ramos da
ciência; para empregar os meios ao dispor da civilizaçã o moderna? E depois de esgotar
toda a fonte porque nã o engloba a melhor parte em um livro e a oferece ao mundo,
como um substituto por nossa Bíblia”.

Nã o fazem porque nã o podem é o que ela mesma afirma centenas de vezes “


A PALAVRA DE DEUS” Ao tomar Bíblia na mã o, convém-nos lembrar de que é o livro
que tem Deus, que tem vida.
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O MUNDO SEM A BIBLIA


Durante os primeiros tempos, nã o havia revelaçã o escrita nã o se registra quaisquer
escritos inspirados antes dos dias de Moisés.
Apesar de existirem homens santos naqueles dias primitivos, com os quais Deus tinha
frequentes comunicaçõ es verbais, mesmo assim, nã o encontramos escritos quaisquer
deles fossem inspirados para escrever a “ PALAVRA DE DEUS” ou coloca-la em forma
escrita. Nos dias primitivos, quando Deus queria fazer sua vontade conhecida, era feito
verbalmente, de maneira direta e pessoal, podemos mencionar como exemplo, com fez
com Adã o ( Gn. 2.24 ), com Caim (Gn.4.6), Noé ( Gn. 6.13 ), Abraã o ( Gn.12.1), Isaque
( Gn. 26.24 ), Jacó ( Gn. 28.13) e entre outros exemplos encontram no livro de JÓ 40.1-
2. Por meio verbal, Deus instrui o homem a cerca de muitas leis, que futuramente
foram incorporadas por Moisés ao pentateuco, como o sá bado ( Gn. 2.3 ), o casamento
( Gn. 2.24 ). Assim observamos que, mesmo sem escrita, o homem teve conhecimento
de Deus e suas leis.
NASCE A BIBLIA

Cerca de 500 anos apó s a chamada de Abraã o (1.500 A.C.), veio o tempo para
cumprir, em forma escrita, a revelaçã o de Deus que era incorporar à historia
precedente dos 2.500 anos anteriores, incluindo o relato da criaçã o, junto com as leis
de Deus, os preceitos, as promessas, as profecias, etc. foi para este propó sito que
Moisés foi preparado de uma maneira sobresselente ( At. 7.22; Hb. 11.24-27).

A primeira referencia sobre escrita na Bíblia está em Ê xodo 17.14, onde o


Senhor ordena a Moisés para escrever a peleja com Amaleque, num livro
provavelmente, foi no cume do monte Sinai que a Bíblia foi iniciada, Profetas, Reis,
Apó stolos e outros homens santos de Deus continuaram as obras iniciadas por Moisés,
movidas pelo o Espirito Santo, de tempo a tempo, até que o volume do livro ficou
completo.

Cerca de 40 escritores de diversas profissõ es, estiveram empenhado nos escritos


destes orá culos, trabalho que abrangeu um período de mais ou menos 1.600 anos de
1.500 a.C., quando Moisés começou a escrever o Pentateuco no meio do trovã o do
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monte Sinai, até 97 d.C., quando o Apó stolo Joã o, um filho do Trovã o ( Mc. 3.17 ),
escreveu o Evangelho na Á sia menor.

O QUE É A BIBLIA

A palavra Bíblia deriva do Grego e significa etimologicamente “ coleçã o de pequenos


livros”. Lemos sobre o “ rolo do livro” em Sl. 40.7 e Hb. 10.7. Este nome encontramos
somente na capa da Bíblia. Foi primeiramente aplicado as escrituras por Joã o
Crisó stomo, reformador e patriarca de Constantinopla ( 398 e 404 d.C)

HISTORIA DA BIBLIA
4.1- MATERIAIS EM QUE A BIBLIA FOI ORIGINALMENTE ESCRITA

Os primeiros foram dois: Papiros e pergaminhos


O Papiro era extraído de uma planta aquá tica desse mesmo nome. Há
varias mençõ es dele na Bíblia como por exe.: Jó 8.11; Jó 2.3; Is 18.2 II Jo v 12. De
papiro deriva o termo papel. Seu uso na escrita vem de 3.000 a.C., no Egito.
O Pergaminho é a pele de animais, curtida preparada para a escrita. É
material superior ao papiro, porém de uso mais recente. Teve seu uso generalizado, a
partir do inicio do século I, na Á sia Menor. É também citado na Bíblia, exe.: II Tm. 4.13.

4.2- FORMATOS PRIMITIVOS DA BÍBLIA

Foram dois: Rolo e Códices


Rolo era um rolo de fato, feito de papiro ou pergaminho.
Era preso a dois cabos de madeira para facilidade de manuseio. Cada livro da Bíblia era
um rolo separado. Naquele tempo ninguém podia conduzir pessoalmente como
fazemos hoje. O que tornou isso possível daí a invençã o do papel no século II pelos os
chineses, e a do prelo de tipos d mó veis pelo o alemã o Gutenberg em 1.450 A.D,
possibilitando os formatos dos livros atuais.
Códice é a obra no formato de livro de grandes proporçõ es.
Nosso vocá bulo LIVRO vem do líber, que significou primeiramente casca de árvore,
depois livro.
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4.3- TIPO DE ESCRITA PRIMITIVA DA BIBLIA

Era manuscrito, tudo era feito pelos os escribas


de modo laborioso lento e oneroso de duas formas:
UNCIAL é o manuscrito que contém só maiú scula
CURSIVO, que contém só minú sculas.

Desse tempo para cá , Deus tem abençoado maravilhosamente a difusã o de


seu livro, de modo que hoje em dia milhõ es e milhõ es de exemplares sã o impressos em
muitos pontos do globo terrestre com rapidez e facilidade em modernas impressoras.

4.4- IDIOMAS ORIGINAIS

Os principais sã o dois: HEBRAICO, para o Antigo Testamento e o


GREGO, para o Novo Testamento. As traduçõ es para outros idiomas só conservam a
inspiraçã o quando reproduzem fielmente o original.

4.5- MANUSCRITOS E COPIAS ORIGINAIS NA BÍBLIA

Manuscritos Originais, saídos diretamente das mã os dos escritores, nã o


existem nenhum, isso foi uma providencia de Deus, objetivando evitar a idolatria que
certamente existiria. Como no da serpente de metal ( Nm. 21. 8-9 ), que depois foi
idolatrado ( II Rs. 18.4 ). Também para evitar a idolatria que o diabo tinha interesse,
Deus ocultou o local do corpo de Moisés ( Dt. 34.5-6; Jd. Vs 9). Outras consideraçõ es 1°-
Os Judeus tinham por costume enterrar os manuscritos estragados, para evitar, a
multiplicaçã o espú ria; 2°- Os reis idó latras e ímpios de Israel podem ter destruído ou
contribuído para isso veja Jr.36.20-32; 3°- O rei da Síria Antió co Epifanes ( 175-164
a.C ), Dominou sobre a Palestina, quando decidiu exterminar a religiã o Judaica. Assolou
Jerusalém em 168 a.C., profanou o templo e destruiu as copias que achou das
escrituras; 4°- O imperador Diocleciano ( 284-305 d.C ), durante 10 anos, mandou
devassar o império à procura dos escritos para destruir, chegou a crer que tivesse
destruído tudo, mandando cunhar uma moeda comemorando tal vitó ria.

Có pias dos manuscritos originais existem inú meras, as três principais sã o:


MS-MANUSCRITO VATICANO; MS-MANUSCRITO SINAÍTICO, DE LONDRES E O MS-
MANUSCRITO ALEXANDRINO, TAMBÉ M DE LONDRES.
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4.6- OS CUIDADOS DOS ESCRIBAS NAS CÓPIAS DOS MANUSCRITOS

 Os pergaminhos tinha que ser feito de peles de animais limpos


 Cada palavra era contada e o mesmo cada letra
 A folha era destruída imediatamente se um erro fosse encontrado
 Cada có pia precisava ser feita de um manuscrito autentico
 A escrita era feita com tinta negra, preparada por receita especial
 Era necessá rio que os escribas pronunciassem cada palavra em alta voz,
antes de escreve-la e , em caso algum, podiam escrever de memoria;
 Os escribas precisavam limpar suas canetas antes de escrever os nomes de
Deus e banhar o corpo inteiro antes de escrever “ JEOVÁ”

( Temos uma divida de gratidã o para com os Judeus, pelo o extremo cuidado que
tiveram na preparaçã o dos manuscritos Cristo aprovou as três divisõ es das
escrituras, veja Lc. 24. 27-44; Jo 12.14,15).

4.7-AS PRIMEIRAS TRADUÇÕES


A) A SEPTUAGINTA- Foi à primeira traduçã o em Alexandria, no Egito, cerca de
285 d.C., do Hebraico para o Grego; foi a BÍBLIA que Jesus e os Apó stolos
usaram; a copia mais antiga da septuaginta está no Vaticano data de 325 d.C.

B) A VULGATA- É Uma traduçã o da Bíblia toda, por Jerô nimo, concluída em


405 d.C., em Belém ( PALESTINA), do hebraico para o Latim versã o da Igreja
Romana desde o concilio de Trento, 1.546 d.C.

C) A VERSÃO AUTORIZADA OU VERSÃO DO REI TIAGO- Em 1.611 d.C. a


predileta dos povos de fala inglesa.

D) TRADUÇÃO DA BÍBLIA ATÉ AGORA- A Bíblia toda, ou em partes, acha-se


traduzida em cerca de 1.650 línguas e dialetos.

4.8- A BÍBLIA EM PORTUGUÊS

A primeira traduçã o da Bíblia em Português foi feita pelo o


Pastor Joã o Ferreira de Almeida em Batá via, ilha de Java no Oceano Índico, hoje essa
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cidade chama-se Djacarta, capital da Indonésia. Almeida foi ministro do Evangelho da


Igreja reformada Holandesa, no século XVII. Nascido em Torre de Tavares, em
Portugal, em 1628. A Igreja cató lica, nã o podendo queima-lo vivo, queimou-o em
está tua em Goa, antiga possessã o portuguesa da Índia.

a) A Versão de Almeida- Almeida traduziu primeiro o NT, publicado em


1681, em Amsterdã , Holanda. Na Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro
existe um exemplar da 3ª ediçã o, feita em 1712. O AT, Almeida traduziu até
o livro de Ezequiel 48.21, Quando Deus o chamou para o lar celeste em 6
de Agosto de 1691, amigos seus, também ministros do Evangelho, terminou
o trabalho, publicado em 1753.
b) Versão ARC ( ALMEIDA REVISTA E CORRIGIDA)- A Imprensa Bíblica
Brasileira publicou em 1951.
c) VERSÃO ARA ( ALMEIDA REVISTA E ATUALIZADA)- Uma comissã o de
especialistas brasileiros, trabalhando de 1946 a 1956, preparam essa
ediçã o.
d) ANTÕNIO PEREIRA DE FIGUEIREDO- Padre Cató lico Romano editou o NT,
em 1778 e o AT. Em 1790, traduçã o feita em Portugal.

TRADUÇÃO BRASILEIRA- Feita por uma comissã o de


Teó logos brasileiros e estrangeiros. NT publicado em 1910 e o AT em 405 d.C ,
em Belém ( Palestina ), do Hebraico para o latim, versã o da Igreja Romana
desde o concilio de Trento, 1.546 d. C.

e) Humberto Rhoden- ( Só o NT ) Padre Brasileiro de Santa Catarina,


publicado em 1953 ( esse padre deixou a igreja Romana esgotada).
f) Matos Soares- Também padre brasileiro traduziu a vulgata foi
publicada no Brasil em 1946. Já o era em Portugal desde 1933.
g) A Versão Imprensa Bíblica Brasileira- a IBB lançou em 1968 uma
versão em Português, concluída como VIBB, baseada na tradução de
Almeida, ótima versão.
Outras Versões: A Igreja católica tem publicado mais edições dos
evangelhos, e Novo Testamento. Os itálicos, notas e apêndices, conduzem
à doutrinas daquela igreja. As testemunhas de Jeová publicam uma
versão falsificada de toda a Bíblia, a “ TRADUÇÃO NOVO MUNDO”.

1- OS LIVROS APÓCRIFOS
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Sã o sete os livros apó crifos palavra que no sentido religioso significa “ não
genuíno”, “ espúrio” sã o os livros nã o inspirados por Deus, inseridos no
AT. A aprovaçã o deles foi feita pela a igreja cató lica no concilio de Trento
em 1546. Seus títulos sã o: Tobias; Judite; Sabedoria; Eclesiá stico; ( Nã o
confundir com Eclesiastes ), Baruque; I Macabeus e II Macabeus. Além
desses livros, as Bíblias de ediçã o Romana têm mais quatro acréscimos aos
livros Canô nicos, que sã o:
 Ester n-( ao livro de Ester)
 Câ ntico dos três santos ( ao livro de Daniel )
 Historia de Suzana ( ao livro de Daniel)
 Bel e o Dragã o ( ao livro de Daniel )
As Bíblias cató licas apresentam nomes diferentes de alguns livros da bíblia
protestante, conforme quadro demonstrativo abaixo:

Bíblia Protestante Bíblia Catolica


I E II Samuel I e II Reis
I E II Reis III e IV Reis
I E II Cró nicas I e II P aralipô menos
Esdras e Neemias I e II Esdras

Observam-se também variaçõ es na numeraçã o dos Salmos:

Bíblia Protestante Bíblia Cató lica


Salmos 9 Salmos 9 e 10
Salmos 10 a 112 Salmos 11 a 113
Salmos 114 a 115 Salmos 116
Salmos 116 a 145 Salmos 117 a 146
Salmos 146 a 147 Salmos 147

Conclusã o: Eliminando os livros apó crifos, as Bíblias cató licas e Protestantes sã o


substancialmente idênticas. Apresentam naturalmente variaçõ es na linguagem e
até mesmo de sentido, o que é inevitá vel em qualquer obra de traduçã o.

A Bíblia Hebraica
Consiste apenas o AT., essa é a Bíblia dos Judeus. O arranjo dos livros é diferente,
num total de 24 em vez de 39, sendo vá rios grupos de livros contados como só
um, porém o texto é o mesmo. Sã o classificados em TRÊ S grupos, e que Jesus
referiu em Lc. 24.44, Leis, Profetas e Escritos.
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DIVISÃO DA BÍBLIA EM LIVROS, CAPÍTULOS, VERSÍCULOS E PARÁGRAFOS


Essa Divisã o nada tem a ver com a inspiraçã o, e nã o sã o dos tempos em que a
bíblia foi escrita.
a)- Os Livros sã o 39 no AT, 27 no NT, 66 ao todo, e nã o se encontram arranjados
em ordem cronoló gica
b)- Os capítulos no ano de 1250, a Bíblia foi dividida em capítulos pelo o Cardeal
Hugo de Saint Cler, Sã o 1.189 capítulos, sendo 929 no AT e 260 no NT, maior
Salmo é o Salmo 119 e o menor é o Salmo 117.
c)- Os versículos- Divisã o feita 300 anos depois da divisã o em capítulos sã o
31.173 versículos em toda a Bíblia, sendo 23.214 no AT e 7.959 no NT. O Maior
versículo está em Ester 8.9 e o menor em Ê xodo 20.13, Isso na ARC, na ARA o
menor versículo está em Jó 3.2. Como se vê, depende da versã o. Em outras variam
também, essa divisã o foi feita em duas etapas o AT em 1445 pelo o Rabi Nathan, o
NT em 1551 por Robert Stevens o qual publicou a primeira Bíblia dividida em
capítulos e versículos em 1555.
d) Os pará grafos- Em 1885, uma revisã o atualizada ( EM INGLÊ S) foi publicada e
os revisores adotaram o sistema de pará grafos, o qual foi muito ú til, exceto com
livros poéticos. Levou 15 anos para se essa revisã o quase 100 homens dos mais
eruditos de varias denominaçõ es da Inglaterra e Estados Unidos, estiveram
empenhados nessa obra.

NOTA IMPORTANTE- Para ler a Bíblia toda em um ano basta ler 5 capítulos aos
domingos e 3 nos demais dias da Semana.

A ESTRUTURA DA BÍBLIA
a)- A divisão em partes principais: Sã o duas: Antigo Testamento e Novo
Testamento;
b)- Composição quanto aos Livros: Sã o 66 livros, sendo 39 no AT e 27 no NT, o
maior é o livro dos Salmos e o menor é a II Carta do Apó stolo Joã o.
c) – Composição quanto aos capítulos: Sã o 1.189, sendo 929 no AT e 260 no
NT, o maior em Ester 8.9 e o menor em Ê xodo 20.13 na versã o ARC e na versã o
ARA o menor versículo está em JÓ 3.2.
d)- Classificação dos Livros: Sã o 66 livros, estã o classificados por assuntos sem
ordem cronoló gica.
e)- O Antigo Testamento- 39 livros divididos em 4 classes:
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1°- LEIS: 5 LIVROS, DE GÊ NESIS A DEUTERONÔ MIO CHAMADO DE


PENTATEUCO.
2° - HISTÓRICOS: 12 LIVROS, DE JOSUÉ A ESTER.
3°- POÉTICOS: 5 LIVROS DE JÓ A CANTARES DE SALOMÃ O
4°- PROFÉ TICOS: 17 LIVROS, DE OSEÍAS A MALAQUIAS, SUBDIVIDOS EM DOIS
GRUPOS:
a) Profetas Maiores- 5 Livros de Isaias a Daniel;
Profetas Menores- 12 livros de Oseías a Malaquias

NOTA IMPORTANTE: Os nomes “ Maiores” e “ Menores” dá -se devido ao


volume da matéria contida nos livros e extensã o do ministério profético.

2°- O NOVO TESTAMENTO- 27 livros, também divididos em 4 classes:


1ª- Biografia ou Evangelhos- 4 livros de Mateus a Joã o.
2ª-Histó rico- 1 livro Atos dos Apó stolos
3ª-Doutrina- 21 livros chamados de “ Epistolas” ou “Cartas” de Romanos a
Judas.
4ª- Profétco-1 livro, Apocalipse, que significa Revelaçã o.

TEMA CENTRAL DE TODOS OS LIVROS DA BÍBLIA

O tema central da Bíblia é JESUS CRISTO. Ele mesmo no-lo declarou em Lc.
24.27-44 e Jo. 5.39. Considerando isto, podemos resumir os 66 livros em 5
palavras, referentes a Cristo, da seguinte maneira:

1. –PREPARAÇÃO- Todo o AT trata da preparaçã o do mundo para o


advento de Cristo.
2. –MANIFESTAÇÃO- Os Evangelhos tratam da manifestaçã o de Cristo ao
mundo como redentor.
3. PROPAGAÇÃO- Os atos dos Apó stolos tratam da propagaçã o de Cristo
por meio da Igreja.
4. EXPLANAÇÃO- As Epistolas tratam da explanaçã o de Cristo. Sã o
detalhes da Doutrina.
5. –CONSUMAÇÃO- O Apocalipse trata de Cristo consumando todas as
coisas.
Podemos ainda resumir o AT em uma frase “ JESUS VIRÁ” e o NT noutra
frase “ JESUS JÁ VEIO” ( como redentor ).
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Assim sendo, as escrituras, sem a pessoa de Jesus, é como a física


sem a matéria ou a matemá tica sem os nú meros.

JESUS É O TEMA CENTRAL DA BÍBLIA

 GÊNESIS- A semente da Mulher


 ÊXODO- O cordeiro Pascoal
 LEVITICO- O sacrifício Expiató rio
 NÚMEROS- A Rocha Ferida de Meribá
 DEUTERONÔMIO- O Profeta maior que Moisés
 JOSUÉ- O nosso Capitã o
 JUIZES- É o libertador
 RUTE- O parente Divino
 SAMUEL, REIS E CRÕNICAS- O Rei Prometido
 ESDRAS- O seguidor e Estabelecedor das Leis Divinas
 NEEMIAS- Reedificador das Muralhas Divinas
 ESTER- O nosso Intercessor
 JÓ- O nosso Redentor que Vive
 SALMOS- É o Nosso Pastor
 PROVÉRBIOS- A nossa Sabedoria
 ECLESIASTES- É o alvo Verdadeiro
 CANTARES- É o nosso Amado
 NOS PROFETAS- É o Messias Prometido
 ISAIAS- O Deus que virá
 JEREMIAS- O Renovo de Davi
 DANIEL- O Quarto homem da fornalha de fogo Ardente
 OSÉIAS- O ú nico Deus que salva
 JONAS- O Deus de Misericó rdia
 ZACARIAS- O Renovo
 MALAQUIAS- O que repreende o Devorador e faz prosperar o fiel
 MATEUS- O Rei prometido e o Renovo de Davi
 MARCOS- O Poderoso Obreiro
 LUCAS- O Filho do Homem
 JOÃO- O cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo
 ATOS- Juiz dos vivos e dos Mortos, O cooperador da Igreja
 NAS EPISTOLAS- O cabeça da Igreja
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NO APOCALIPSE- Está Escrito na sua Coxa “ Rei dos Reis e Senhor dos
Senhores”.

CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS SOBRE A BÍBLIA

A Bíblia é a revelaçã o de Deus à humanidade. Seu Autor é o Senhor nosso


Deus. Seu real interprete é o Espirito Santo. Seu assunto central é o Senhor
Jesus Cristo. Esta atitude para com a Bíblia é de capital importâ ncia para o
êxito do seu estudo. Nossa atitude para com a Bíblia mostra nossa atitude para
com Deus. Sendo a Bíblia a revelaçã o de Deus, ela expressa a vontade de Deus.
Ignorar a Bíblia é ignorar essa vontade. Certo autor anô nimo corretamente
declarou: “ A Bíblia é Deus falando ao homem; É Deus falando através do
homem; é Deus falando como homem; É Deus falando a favor do Homem; mas
é sempre Deus falando.”

PORQUE DEVEMOS ESTUDAR A BÍBLIA?


1. –Porque ilumina o caminho do homem para Deus
2. –Porque ela é alimento espiritual para o crescimento de todos ( Jr.
15.16;I Pe.2.12)
3. –Porque ela é o instrumento que o Espirito Santo usa na sua operaçã o.

COMO DEVEMOS ESTUDAR A BÍBLIA?

1. Leia a Bíblia Conhecendo o seu autor, Deus- Jr. 1.12; 34.16; pois ele
mesmo no-la revela, Lc. 24.45; I Co.2.10,12; Pv.1.23.
2. Leia a Bíblia Diariamente- Dt. 17.19
3. Leia a Bíblia com oraçã o- Ef.16.17; Sl.119.18.
4. Leia a Bíblia Aplicando-a a si pró prio
5. Leia a Bíblia toda.
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A HISTÓRIA DA ESCOLA DOMINICAL


INTRODUÇÃO
A exata conceituação de “Escola Dominical”.
A Escola Dominical é a escola de ensino Bíblico da igreja, que evangeliza enquanto
ensina, conjugando assim os dois lados da comissã o de Jesus à Igreja, conforme Mateus
28.20 e Marcos 16.15. Ela nã o é uma parte da Igreja; é a pró pria Igreja ministrando
ensino Bíblico metó dico. A escola Dominical é um ministério pessoal para alcançar
crianças, jovens, adultos, a família, a comunidade inteira, tal como fazia a Igreja dos dias
Apostó licos . Ê ela a ú nica escola de educaçã o religiosa popular que a Igreja Dispõ e. A
escola Dominical devidamente funcionando, é o povo do Senhor, no dia do Senhor,
estudando a Palavra do Senhor, na casa do Senhor.

 A Escola Dominical existe para ministrar há pequenos e grandes grupos, ensino


religioso segundo a Palavra de Deus, e isto de maneira pedagó gica e metó dica,
como é de se esperar de uma organizaçã o que leva o nome de Escola. Sendo o
ensino da Escola Dominical um ministério pessoal, o verdadeiro professor de
classe sempre mais chegado aos seus alunos na Igreja, do que qualquer outro
obreiro da mesma, inclusive o Pastor.
 O Ensino das doutrinas e verdades eternas da Bíblia, na Escola Dominical, deve ser
pedagó gico de metó dico como numa escola, sem contudo deixar de ser
profundamente espiritual.
 A Escola Dominical também coopera eficazmente com o lar na formaçã o dos
há bitos legítimos e cristã os, praticas e deveres sociais e Bíblicos, resultando daí a
formaçã o do cará ter ideal segundo os princípios do genuíno cristianismo.
 A Escola secular instrui e contribui para a formaçã o de bons há bitos, mas nã o
promove a educaçã o do cará ter genuinamente cristã o. Ela visa com prioridade o
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intelecto do aluno. Já a Escola Dominical, sendo genuinamente Bíblica, educa e


instrui, mediante o ensino da Palavra de Deus, visando prioritariamente o coraçã o
do aluno.
 A Escola Dominical é de fato a agência de formaçã o religiosa popular das Igrejas
Evangélicas. É ai que as crianças desde a mais nova idade, os adolescentes e os
adultos, ao receberem o ensino sadio e inspirador das Escrituras, sã o todos
beneficiado: as crianças recebem formaçã o moral e espiritual, os adolescentes
formam sua personalidade cristã e os adultos renovam suas forças morais e
espirituais para uma vida cristã sempre frutífera e abundante.

A ESCOLA DOMINICAL
A Escola Dominical tal como a temos hoje é uma instituiçã o moderna, mas tem
suas raízes aprofundadas na antiguidade do Velho Testamento, nas prescriçõ es
dadas por Deus aos patriarcas ao povo de Israel. A Escola Dominical como se tem
hoje nã o havia entã o, mas havia o principio fundamental- o do ensino bíblico
determinado por Deus aos fiéis e aos estranhos ao seu redor. Sempre pesou sobre o
povo de Deus a responsabilidade de ensinar a lei divina. A Escola Dominical é a fase
presente da instituiçã o bíblica milenar que sempre caracterizou o povo de Deus.
Estudemos em resuma, como se desenvolveu a instruçã o religiosa nos tempos
bíblicos e nos tempos modernos.

NOS DIAS DE MOISÉS


Examinando o Pentateuco, vemos que no principio, entre o povo de Deus,
eram os pró prios pais os responsá veis pelo o ensino da revelaçã o Divina no Lar. O
Lar, entã o era de fato uma escola onde os filhos aprendiam a temer e amar a Deus
( Dt 6.7;11.18-19).
Havia também reuniõ es pú blicas que participavam homens, mulheres e crianças,
aprendendo a lei divina ( Dt. 31.12,13).

NA ÉPOCA DOS SACERDOTES, REIS E PROFETAS DE


ISRAEL
Os Sacerdotes, além do culto divino, tinham o encargo do ensino da lei ( Dt.
24.8; I Sm.12.23; II Cr. 15.3;Jr.18.18).
Os Sacerdotes eram intermediá rios entre o povo e Deus, e assim como os profetas
eram intermediá rios entre Deus e o Povo.
P á g i n a | 18

Os Reis de Judá , quando piedosos, aliavam-se aos sacerdotes na promoçã o do


ensino Bíblico. Temos disto um exemplo no bom Rei Josafá que enviou Líderes
levitas e sacerdotes por toda a terra de Judá para ensinarem ao povo a lei do
Senhor( II Cr17. 7-9).

DURANTE O CATIVEIRO BABILÕNICO


Nessa época, os Judeus no exílio, privados de seu grandioso templo em
Jerusalém, instituíram as Sinagogas tã o mencionadas no NT. A sinagoga era usada
como Escola bíblica, casa de culto e escola pú blica. O Filó sofo Judeu, Philo de
Alexandria, falecido em 50 d.C., com seu testemunho insuspeito, afirma que “ As
sinagogas eram casas de ensino, tanto para crianças como para adultos” Na
sinagoga a criança recebia instruçã o religiosa dos 5 aos 10 anos de idade; dos 10
aos 15 anos, continuava a instruçã o religiosa, agora com o auxílio dos comentá rios
e tradiçõ es dos Rabinos. Aos Sá bados, a principal reuniã o era matutina, incluindo
Jovens e adultos.

NO PÓS- CATIVEIRO
Nos dias de Esdras e Neemias, lemos que quando o povo voltou do cativeiro,
um grande avivamento espiritual teve lugar entre os Israelitas. Esse
Despertamento teve origem numa intensa disseminaçã o da Palavra de Deus e
incluiu um vigoroso ministério de ensino bíblico. É dessa época que temos o relato
do primeiro movimento de ensino Bíblico metó dico popular similar ao da nossa
Escola Dominical de hoje. O capítulo 8 do Livro de Neemias dá um relato de como
era a escola dominical popular de entã o- ou como chamamos hoje: ESCOLA
DOMINICAL. Esdras era o Superintendente ( Ne 8.2); o livro texto era a Bíblia ( vs
3); os alunos eram homens, mulheres e crianças ( Ne 12.43). Treze Auxiliares
ajudavam a Esdras na direçã o dos trabalhos ( vs 4) e outros treze serviam como
professores ministrando o ensino ( vs.7,8). O horá rio ia da manhã ao meio dia ( vs
3). Afirma o versículo 8 que os professores liam a Palavra de Deus e explicavam o
sentido para que o povo entendesse. É certo que ai há um problema linguístico
envolvido ( o povo falando aramaico ao tornar do exilio), mas o que sobressai
mesmo é o ensino da Palavra patente em todo o capitulo O resultado desse
movimento de ensino da palavra foi a operaçã o do Espirito Santo em profundidade
no meio do povo, conforme atesta todo o capítulo 9 e os subsequentes do livro de
Neemias. É o cumprimento da promessa de Deus em Isaias 55.11.
P á g i n a | 19

NOS DIAS DE JESUS


Jesus foi um grande mestre, glorificando assim a missã o de ensinar. Das 90 vezes
que alguém se dirigiu a Jesus nos Evangelhos, 60 vezes ele é chamado de “Mestre”.
Grande parte do ministério de nosso Senhor foi ocupado com o ensino.( Mt
4.23;9.35;Lc 20.1). Sua ú ltima comissã o à igreja foi “Ide e ensinai”, ( Mt 28.19-20).
Sua ordem é clara.

A- quem e onde Jesus ensinava?

 Nas sinagogas ( Mc 6.2)


 Em casas particulares ( Mc 2.1; Lc 5.17)
 No templo ( Mc 12.35)
 Nas aldeias ( Mc 6.6)
 À s Multidõ es ( Mc 6.34 )
 Há pequenos grupos e individualmente ( Lc 24.27; Jo cap-3 e 4)

B- O Ministério de Jesus era Tríplice: Ele pregava, ensinava e curava. Era, pois
um ministério de poder, de milagres. Pela a pregaçã o ele anunciava as boas Novas
de Salvaçã o; pelo o ensino, edificava a fé dos que criam, e pelo os milagres,
manifestava seu poder, sua divindade e glorificava ao Pai. Esse mesmo tríplice
Ministério foi ordenado e confiado à Igreja ( Mt 28.19; Mc 16.15-18)

C- Seus Apóstolos também ensinavam ( Mc 6.30b; At 5.21)

NOS DIAS DA IGREJA


A- Após a ascensão do Senhor, os discípulos continuaram a ensinar. A Igreja
primitiva dava muita importâ ncia a esse ministério( At 5. 41-42).

B- O Apóstolo Paulo foi um grande mestre, foi maravilhosamente usado por


Deus nesse mister. Ali tanto há alimento para adultos como para criancinhas
espirituais. Ele e Barnabé, por exemplo, passaram uma ano ensinando na igreja
de Antioquia ( At. 20.20,31). Em Corinto, ficou um ano e seis meses ( At 18.11).

C- Mais tarde vemos que a marcha do ensino Bíblico na igreja sofreu solução
de continuidade, devido a males que penetraram no seio da mesma. Houve
calmaria. A igreja ficou estacioná ria. Ganhou fama, mas perdeu poder.
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Abandonou o método prescrito por Jesus: o de pregar e ensinar. Sobrevieram a


seguir as densas trevas espirituais da IDADE MEDIA. Muito século depois veio a
REFORMA RELIGIOSA e com ela a imperiosa necessidade de ensino Bíblico
para instruir os crentes, consolidar o movimento e garantir sua prossecuçã o. Os
Líderes da Reforma Religiosa dedicaram especial atençã o ao preparo de livros
de instruçã o religiosa, bem como reuniõ es destinadas a esse mister. Eles sabiam
que o trabalho nã o consistia somente em pregar, mas também em instruir
espiritualmente.

D- Tanto o pregador como o professor usam a palavra de Deus, mas os


ministérios são diferentes. O pregador anuncia ou expõ e o Evangelho, a
palavra de Deus. Assim fazendo, ele lança a rede e as almas perdidas sã o ganhas
por Jesus. Já o professor, sua missã o é instruir, simplificar as verdades bíblicas,
ilustra-las, dessecar o texto bíblico e repetir sempre até que todos entendam as
verdades que desejam transmitir. O professor Escola Dominical deve lembrar-se
que ensinar nã o é pregar. Diante de sua classe, ele nã o é orador, sim professor.

E- A Igreja de hoje nunca deverá esquecer a amarga experiência resultante do


descuido e abandono da instruçã o religiosa das crianças nos tempos que
precederam a tenebrosa IDADE MEDIA.

A ESCOLA DOMINICAL MODERNA


O movimento religioso que nos deu a Escola Dominical como a temos hoje,
começou em 1780, na cidade de Gloucester no Sul da Inglaterra. O fundador foi o
Jornalista Evangélico ( Episcopal) Robert Raikes, de 44 anos, redator do “
Gloucester Jornal”. Raikes foi inspirado a fundar a Escola Dominical ao sentir
compaixã o pelas as crianças de sua cidade, perambulando pelas as ruas, entregues
à delinquência , pilhagem, ociosidade e ao vicio sem qualquer orientaçã o espiritual.
Ele, que já há quinze anos trabalhava entre os detentos das prisõ es da cidade,
pensou no futuro daquelas crianças e decidiu fazer algo em seu favor, a fim de que
mais tarde nã o fossem parar na cadeia. Procurava crianças em plena rua , fazendo-
lhes apelos para que todos os domingos estivessem ali reunidos. O inicio do
trabalho nã o foi fá cil. Outro grande promotor da Escola Dominical entã o incipiente
foi o batista Willian Fox, trabalhando harmonicamente com Raikes. De acordo com
as diretrizes de Raikes, nas reuniõ es dominicais além do ensino das Escrituras,
eram também ministrados à s crianças rudimentos de linguagem, aritmética e
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instruçã o moral e cívica. O ensino das Escrituras constituía quase sempre de leitura
e recitaçã o. Em seguida, teve inicio a pratica de comentar os versículos lidos. Muito
depois é que surgiu a revista da Escola Dominical, com liçõ es seguidas e
apropriada.

RAIKES ENFRENTOU OPOSIÇÃO- As Igrejas da época encararam o surgimento da


Escola Dominical como uma inovaçã o e coisa desnecessá ria. Os mais zelosos (?)
acusavam Raikes de “ profanador do Domingo”. Diziam os seus oponentes que
reuniõ es de crianças mal comportadas, no templo, era uma profanaçã o. Raikes nã
tomava conhecimento disso e a obra tomava vulto. O jornal do qual era redator foi
uma coluna forte na defesa e apoio da novel constituiçã o, publicando extensa série
de artigos sob o titulo A ESCOLA DOMINICAL, reproduzidos nos jornais londrinos.
Foi assim o começo da Escola Dominical- o começo de um dos mais poderosos
movimentos da historia da igreja.

ALGUNS FATOS HISTÓRICOS


Ao fundar a primeira Escola Dominical em 20 de Julho de 1780, Raikes
estabeleceu o seguinte: Desenvolver inicialmente uma fase experimental de três
anos de trabalho. Apó s isso, conforme os frutos produzidos, ele divulgaria ao
mundo tudo sobre o trabalho em andamento. Mal sabia Raikes que estava lançando
os fundamentos de uma obra espiritual que atravessaria os séculos abarcaria o
globo, chegando até nó s, a ponto de ter hoje dezenas de milhõ es de alunos e
professores, sendo a maior a mais poderosa agencia de ensino da Palavra de Deus
de que a igreja dispõ e. Na fase experimental ( 1780-1783), Raikes fundou 7 escolas
Dominicais somente em Glaucester, tendo cada uma 30 alunos em média. Os
abençoados frutos do trabalho logo surgiram entre as crianças, refletindo isso
profundamente nos pró prios pais. Estava dando certo a experiência com a palavra
de Deus!” O que pode fazer a fé em Deus e o amor a ele e ao próximo! “

Foi no dia 3 de Novembro de 1783 em que Raikes, triunfantemente publicou


em seu jornal a transformação ocorrida na vida de duas crianças. Até hoje, 3/11/1783 é
considerado como o dia natalício da ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL.
Os benditos frutos e abundantes resultados causaram tal impacto no
modo de vida da sociedade, que um ano apó s (1784) Raikes era o homem mais
popular da Inglaterra. No ano seguinte (1785), ele organizou a primeira Uniã o de
Escola Dominical, em Glaucester.
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Agora as igrejas passaram a dar apoio ao trabalho de Raikes. A Escola Dominical, é


evidente passou das casas populares para os templos, os quais passaram a encher-
se de crianças
Antes de Raikes já havia reuniõ es similares de instruçã o bíblica, é evidente mas foi
ele quem, usado por Deus popularizou e dinamizou o movimento. Na linguagem
dos comerciantes, foi ele quem pô s a mercadoria na praça. Por sua vez, o atual
sistema de escola pú blica gratuitas inspirou-se no movimento da Escola Dominical.

Apó s o dealbar do século XIX, muitos outros países adotaram a Escola Dominical,
sempre com excelentes resultados. A pró pria Inglaterra reconhece que foi
preservado de movimentos políticos extremistas e radicais, como a Revoluçã o
Francesa de 1789, graças ao despertamento espiritual através de Wesley e
Whitefield, e a educaçã o religiosa provida pela a Escola Dominical.

Durante muito tempo, só crianças frequentavam a Escola Dominical. Os adultos


ingressaram depois. Hoje, em inú meros lugares, ocorre o inverso: quase só adultos
sã o beneficiados, ficando as crianças em ú ltimo plano...

Em 1784, Isto é, quatro anos depois do inicio, a Escola Dominical já


contava com 250 mil alunos matriculados.
A escola Dominical é hoje um dos fatores de promoçã o do reino de Deus
e do destino do mundo, através do cidadã o nela formados. Até os anos 1995, o
nú mero de alunos em todo o mundo era estimado em 120 milhõ es, com cerca de 2
milhõ es de escola e 8 milhõ es de professores.
Quem diria que um começo tã o humilde como aquele de 1780, através do
irmã o Raikes, chegasse a tã o elevado dividendo? Está escrito em Zacarias 4.10 “...
Quem desprezará o dia das coisas pequenas?”

A ESCOLA DOMINICAL NO BRASIL


A Escola Bíblica Dominical teve seu inicio entre nó s em 19 de Agosto de
1855 na cidade de Petró polis, Estado do Rio de Janeiro. O fundador foi o
Missioná rio Robert Kaley e sua esposa Sarah Kaley, da igreja Congregacional. Eram
escoceses. Ele fora em medico ateu. Depois foi salvo sob circunstâ ncias especiais, e
chamado por Deus, entregou-se à obra Missioná ria. Na primeira reuniã o, na data
acima, a frequência foi de 5 crianças.. Essa mesma Escola Dominical, deu origem a
Igreja Congregacional no Brasil. Desde entã o, o crescimento da Escola Dominical
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antes de 1855, no Rio de Janeiro, porém, em cará ter interno e no idioma inglês,
entre os membros da comunidade Americana.
Remontando ao passado, as primeiras reuniõ es de instituiçã o Bíblica no
Brasil, do ponto de vista evangélico, ocorreram durante a permanência aqui dos
crentes calvinistas que desembarcaram em Guanabara em 1557. Nessa ocasiã o
realizaram o primeiro culto evangélico em terra do continente americano, em 10
de março do mesmo ano.
A segunda fase de tais reuniõ es deu-se durante o domínio holandês no
Nordeste, a partir de 1630, por crentes da Igreja Reformada Holandesa, quando
vá rios nú cleos evangélicos foram estabelecidos naquela regiã o. Na mesma época
foram realizados cultos na Bahia, por ocasiã o holandesa. Tudo isso cessou com o
fim dos mencionados domínios e a feroz campanha movida pela Igreja Romana de
entã o.
Mas em 1855, a Escola Dominical veio pra ficar. E ficou! E avançou como fogo
em campo aberto, impelida pelo o zelo de milhares de obreiros, inflamados pelo o
Espirito Santo. Sim, desde entã o , vem a Escola Dominical crescendo sempre entre
todas as denominaçõ es, e onde quer que estas cheguem, a Escola Dominical é logo
implantada, produzindo sem demora seus resultados na vida dos alunos. Na Igreja,
no Lar, na comunidade, e refletindo tudo isso na naçã o inteira. Foi assim o começo
da Escola Dominical- começo de um dos mais poderosos avivamentos da historia
da Igreja.
Lembremo-nos, a Escola Dominical nasceu como um movimento entre as
crianças. Depois os adultos ingressaram. Lembremo-nos ainda que a ordem de
Jesus é “ Ide a toda criatura”, inclui as crianças que sã o pequenas criaturas.
A posiçã o de Jesus quanto a criança, ele deixou- a bem claro.” No meio dos
discípulos” ( Mc 9.36), no meio, portanto da igreja”. Noutras palavras: no centro de
sua atençã o, interesse e cuidado. Enquanto Jesus fez assim, em muitas Igrejas hoje
a criança é ignorada ou fica por ú ltimo. Aprendemos com Jesus. O plano divino no
Antigo Testamento incluía também a criança ( Dt 31.12;Ne 12.43).
O Brasil enfrenta hoje muitos problemas espirituais, sociais e morais, idênticos
aos que precederam a fundaçã o da Escola Dominical na Inglaterra, mormente no
que tange a delinquência juvenil e a desagregaçã o da família. A soluçã o cabal para
esses males que tanto preocupam o governo e as autoridades em geral está na
regeneraçã o espiritual preconizada na Palavra de Deus, através da Escola
Dominical, a Igreja de Deus precisa, pois, explorar todo o potencial da Escola
Dominical, como agencia de ensino da Palavra de Deus e evangelizaçã o em geral.
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OS OBJETIVOS DA ESCOLA DOMINICAL


A Escola Dominical é a escola de ensino bíblico da igreja, que evangeliza
enquanto ensina a Palavra de Deus. Ela conjuga os dois lados da comissã o de Jesus
Cristo à Igreja. A escola Dominical tem três objetivos definidos para atingir. Nã o se
trata apenas de uma reuniã o domingueira comum, ou um culto a mais. Esses
objetivos sã o três, a saber:

1° GANHAR ALMAS PARA JESUS


A Escola Dominical como irá mostrar depois, pode tornar-se num dos mais
eficientes meios de evangelizaçã o.
a- O primeiro grande dever do professor da Escola Dominical é agir e orar
diante de Deus no sentido de que todos os seus alunos aceitem a Jesus
como salvador e o sigam como seu Senhor e Mestre. Há professores que
ensinam a verdade bíblica durante anos sem nunca verem um aluno
convertido, talvez porque nunca os levaram a aceitar a Cristo na pró pria
sala de aula. O meio certo de levar almas a Cristo é usar a Palavra de
Deus e confiar na operação do Espirito Santo( Jo 3.5;16.8; I Pe 1.23).
O Professor nã o pode salvar seus alunos, mas pode leva-los a Cristo, o
Salvador, como fez André ( Jo 1.42).” A Bíblia nã o diz: Ensina a criança no
caminho em que ela vai andar, ou quer andar”, mas: “ no caminho em que
ela deve andar” ( Pv 22.6)”. O Salmo 51.13 mostra que o ensino da palavra
de Deus conduz à conversã o dos pecadores.
b- APLICAÇÃ O- Temos lido de Escolas Dominicais, cujo relató rio nacional
registra 80 mil conversõ es em um ano, evangelizando enquanto ensina
nas classes, bem como noutra atividades programadas pela escola.

2° DESENVOLVER A ESPIRITUALIDADE DOS ALUNOS E


O CARÁTER CRISTÃO
A- O ensino da Palavra de Deus é uma obra espiritual, significa
a cultura da alma. Ganhar o aluno para Cristo é apenas o inicio da obra:
é mister cuidar em seguida da formaçã o dos há bitos cristã os, os quais
resultarã o num cará ter ideal modelado pela a palavra de Deus. Sã o os
há bitos que forma o cará ter: e este influi no destino da pessoa. Afirma
a psicologia: O pensamento conduz ao ato, o ato conduz ao há bito, o
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há bito conduz ao cará ter, o cará ter conduz ao destino da pessoa. Isso
humanamente falando.
B- Em toda parte vê-se crescente interesse no campo da
instruçã o secular, notadamente no que tange à influência. Com o
devido respeito à essa instruçã o que temos por indispensá vel para o
progresso e a sobrevivência de um povo, queremos afirmar que a
Escola provê apenas instruçã o, mas nã o provê educaçã o. Esta tem que
vir do Lar e da Igreja, se esta for Bíblica fundamentalmente. Deixe a
criança sem instruçã o e veja o resultado... O mesmo acontece
espiritualmente ao novo convertido, seja criança, jovem, adulto ou
velho.
C- Uma Escola Dominical dotada de obreiros treinados e cheios
do Espírito Santo pode contribuir eficazmente para a implantaçã o da
santíssima fé cristã entre os homens. Nã o podemos esperar isso da
Escola pú blica. É a igreja Evangélica que tem de cuidar disso por meio
de sua agência de ensino que é a Escola Dominical.
O futuro do novo convertido ( infante ou adulto) depende do
que lhe for ensinado agora. Nesse sentido, o alvo do professor deve ser de
ajudar cada aluno convertido a viver uma vida verdadeiramente cristã ,
em inteira consagraçã o a Deus, sendo cheio do Espírito Santo.

Um dos intuitos, pois da Escola Dominical é de fazer seus


alunos, homens e mulheres, verdadeiros cristã os, cujas vidas se
assemelhem em palavras e obras ao ideal apresentado em Jesus Cristo,
conforme lemos em Romanos 8.20. Vê-se, portanto, que a tarefa do
professor da Escola Dominical é da má xima importâ ncia e do maior
alcance, precisando nã o somente de conhecimentos da matéria e a da arte
e ensinar ( Pedagogia) mas também de influenciar e orientar o
pensamento do aluno, resultando em continua moldagem do cará ter
cristã o ideal, no sentido moral e espiritual.

3° TREINAR O CRISTÃO PARA O SERVIÇO DO MESTRE


A- Ao prover treinamento espiritual, a Escola Dominical apresenta ao
aluno oportunidades ilimitadas de servir ao divino mestre. Inú meros
obreiros de nossas Igrejas saíram da Escola Dominical. Talvez o leitor
seja um deles. Grande fruto tem produzido a Escola Dominical. O
famoso e sempre lembrado Evangelista D.L. MOODY foi um deles. Esse
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serviço tanto pode ser na igreja local, como em qualquer parte do país,
ou onde o Senhor enviar.
B- O Privilegio de contribuir para a causa de Cristo e o dever de
empreender alguma espécie de atividade cristã , sã o coisas que devem
ser traduzidas à consciência dos alunos da escola com oraçã o.
C- O lema da Escola completa deve ser:
 Cada aluno um crente salvo;
 Cada salvo, bem treinado;
 Cada aluno treinado, um obreiro ativo, diligente, dinâ mico.
Assim, o tríplice objetivo pode ser resumido em três frases:
Aceitar a Jesus, Crescer em Jesus; Servir a Jesus.
O Tríplice alvo da Escola Dominical que acabamos de expor,
pode ser plenamente atingido, pois trata-se do trabalho do
Senhor Jesus. O que se requer é obreiros cheios do Espírito
Santo e de Fé na Palavra de Deus, e treinados para o
desempenho de tã o elevado ministério. O mandamento divino é
que falemos a palavra ( II Tm 4.2 ). Sabemos que ela é poderosa
tanto para operar na esfera da mente, como no coraçã o das
criancinhas, adultos e encanecidos.
D- O alvo da Escola Dominical é nobre e elevado em todos os
pontos de vista. Ela, na Igreja, cuida das vidas em formaçã o, seja no
sentido social ou espiritual. Coopera eficazmente com o lar na
formação moral de crianças e adolescentes, instilando neles os
há bitos, ideais e princípios cristã os segundo as Santas Escrituras. Nelas
também os adultos vã o encontrar horas de prazer no estudo bíblico.
Mas para que a Escola Dominical alcance seu objetivo é preciso
empregar meios e métodos eficazes, sem jamais afastar-se duma
genuinamente espiritual.
E- As Assembleias de Deus no Brasil, sendo como é sabido, o maior
movimento pentecostal em todo o mundo, nã o tem explorado todo o
terreno ou potencial da Escola Dominical, nem lançado mã o de todos
os seus recursos. O descuido nessa parte reflete diretamente nas
crianças de hoje e nos jovens de amanhã . A orientaçã o e formaçã o de
professores, especialmente no setor infantil, é uma premente
necessidade. No descuido quanto ao ensino, o mais prejudicados sã o as
crianças. Conforme II Reis 4.38-41, podemos pagar muito caro por uma
só ignorâ ncia espiritual, se assim aplicarmos aquele incidente. Nossas
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crianças levam em média 400 a 500 horas anuais na escola de


instruçã o secular, preparando-se para uma vida tã o curta. Nã o podem
elas passar pelo o menos 52 horas na Escola Dominical, preparando-se
para outra vida, que é eterna? Um aluno que sempre frequentou a
Escola Dominical, aos 18 anos terá tido umas 166 horas/ aulas. No
mesmo período, numa escola secular, ele terá 11.000 horas/Aulas.

Fiquemos certos que o Diabo nã o dorme quando os trabalhadores


cruzam os braços ( Mt 13.25). Uma das Atividades predileta é a de
roubar a Palavra de Deus. E isso ele faz de muitas maneiras, até nos
pú lpitos onde muitas vezes o tempo é desperdiçado com coisas vã s,
sem qualquer edificaçã o ( Lc 8.12). De nossas observaçõ es através do
vasto Brasil, verificamos que inú meras escolas sã o dirigidas sem muita
ou nenhuma preocupaçã o de alvo definido, como acabamos de
esboçar.
F- Está sua Escola Dominical atingindo em cheio o alvo que lhe está
proposto? Se nã o, ore, aja, coopere! Faça alguma coisa agora neste
sentido!
É Tempo de explorarmos o ilimitado potencial latente no vasto campo
da Escola Dominical entre nó s.
G- O tríplice alvo da Escola Dominical pode ser plenamente atingido,
pois a obra pertence a Deus, pela qual ele vela com insondá vel amor. O
que se requer é obreiros cheios do Espírito Santo e de fé na Palavra de
Deus, e treinados para o desempenho de tã o elevado mister, como já
dissemos.
H- Pelo testemunho da histó ria, por seus objetivos e pelos frutos
alcançados, a Escola Dominical é a melhor escola do mundo. Eis o
porquê dessa primazia:
 Seu livro-Texto é o melhor do mundo: a Palavra de Deus, o
mapa que nos guia ao céu.
 Seu supremo dirigente é o Deus vivo. Todo poderoso e amoroso,
que criou os mundos.
 Seu alcance é o mais vasto do mundo: vai do bebê ao anciã o
mais idoso.
 Seu aluno é o melhor povo do mundo: os que conhecem e amam
a Deus e sua Palavra.
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 Seus resultados sã o os melhores do mundo, porque sã o


infalíveis, materiais, espirituais e eternos.

TEÓLOGIA DO OBREIRO
OS OBREIROS E SUAS FUNÇÕES-
“O TIPO DE OBREIRO QUE DEUS PROCURA”
EZ.22.30

INTRODUÇÃO: Em Ezequiel 22.30 diz: “ E busquei dentre eles um homem


que estivesse tapando o muro e estivesse na brecha perante mim por esta terra,
para que eu não a destruísse; porém a ninguém achei. Amados o muro aqui
mencionado não é feito de pedras, mas de pessoas fiéis unidas em seus
esforços para resistir ao mal. Este muro estava dilapidado, porque não havia
quem pudesse levar o povo de volta a Deus. As débeis tentativas de reparar as
brechas, por meio de cerimônias religiosas ou mensagens baseadas em
opiniões, não na vontade de Deus, eram tão inúteis quanto a caiação, ( ou seja
pintar com tinta a base de cal) pois somente encobriam os problemas. O que
as pessoas realmente precisavam era de total reconstrução espiritual!
Quando damos a impressão de amar a Deus, mas não vivemos conforme a sua
vontade, encobrimos pecados que nos causarão danos profundos. Não use a
religião como uma caiação; conserte sua vida, aplicando os princípios da
palavra de Deus. Então, você poderá unir-se aos outros para tomar posição
“na Brecha” e fazer a diferença neste mundo de acordo com a palavra de
Deus.
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Nesse tempo do fim, Deus conta com obreiros fiéis e comprometidos com a
obra dele nesta terra,( I Co 4.2), Obreiros que sejam dedicados, obedientes,
mansos e humildes na função que Deus o designou.
Um dos grandes problemas que enfrentamos nos dias atuais é a falta de
obreiros comprometidos com o reino de Deus que estejam dispostos a pagar o
preço em prol do reino de Deus na terra, obreiros que não sejam interessados
somente na ascendência ministerial mas que procure agradar a Deus em
todas as áreas de sua vida, pois função eclesiástica não salva ninguém mas
sim uma vida de obediência ao pai celestial ( Mt 7.21 ), seja auxiliar,
Diácono, Presbítero, Evangelista, Missionário, Missionaria, Pastora ou Pastor
é necessário viver uma vida de obediência a Deus.

QUALIDADES DO BOM OBREIRO


O que é um Obreiro?
- É aquele que coopera no desenvolvimento de um trabalho, igreja, empresa,
de uma ideia...
Como deve ser um Obreiro?
-II Tm 2.14-16. Lembra-lhes estas coisas, conjurando-os diante de Deus
que não tenham contendas de palavras, que para nada aproveitam, senão para
subverter os ouvintes. R. Procura apresentar-te diante de Deus aprovado
como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a
palavra da verdade. Mas evita as conversas vãs e profanas; porque os que
delas usam passarão a impiedade ainda maior.
Precisamos olhar para nós mesmos antes qualquer atitude:
- I Co 8.1-3. Ora, no tocante às coisas sacrificadas aos ídolos, sabemos que
todos temos ciência. A ciência incha, mas o amor edifica. Se alguém cuida
saber alguma coisa, ainda não sabe nada como convém saber. Mas, se alguém
ama a Deus, esse é conhecido dele.
Devemos ser sábios, honestos e hospitaleiros.
Êx. 18. 21-22. Além disso, procurarás dentre todo o povo homens de
capacidade, tementes a Deus, homens verazes, que aborreçam a avareza, e os
porás sobre eles por chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinquenta e
chefes de dez; E julguem eles o povo em todo o tempo. Que a ti tragam toda
causa grave, mas toda causa pequena eles mesmos a julguem; assim a te
mesmo te aliviarás da carga, e eles a levarão contigo.
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CUIDADOS E ATITUDES DO BOM OBREIRO


QUE DEUS PROCURA
1- Deve sempre melhorar:- Na escolaridade, na cultura, no preparo, no
desempenho da obra ( dedicação) em geral na vida Espiritual.
a) I Co 12.31 “ E eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente”.
b) Fp 3. 13-14 “ E avançando para as que estão diante de mim,
prossigo para o alvo”.
c) Jr 3.15 “ Pastores que vos apascentem com ciência e com
inteligência”.
2- O Obreiro que não se interessa pela a sua educação Bíblica e secular.
Deixa de aprender e estaciona no tempo e no espaço. Mas também e
nada adianta ter somente o “ Bastão de Eliseu” nas mãos de Geazi sem
a poderosa unção de Deus ( II Re 4. 29-31) .
3- Jesus não disse: “ Antes de qualquer coisa, recebereis um curso, um
diploma, um titulo, uma graduação, uma licenciatura, uma formatura”,
mas “ recebereis poder, ao descer sobre vós o Espirito Santo” ( Atos
1.8). Tudo isso acima é muito importante para o bom desempenho do
ministério, mas se estiver precedido do poder do alto.
4- Como o Obreiro pode continuar a melhorar?
a) Ler muito: Todo obreiro deve ler muito, leitura seleta. Jornais,
revistas, comentários, livros evangélicos e seculares etc.
b) Cursar formalmente e continuar sendo um bom estudante e
autodidata: Cursos Bíblicos e Seculares também.
 At 7.22. Moisés perante a corte de Faraó, o país mais
avançado da época.
 At 17.19-20: Paulo em Atenas, o maior centro cultural da
época.
 At 18.24-25: Apolo, eloquente e poderoso nas escrituras (...)
falava e ensinava.
c- Fazer sua constante auto avaliação e autocrítica:
IMPORTANTISSIMO!
d- Procurar viver com pessoas cultas, através de contato pessoal, de
livros, da mídia, Sermões, gravações, artigos.
 -Procurar frequentar ambientes desenvolvidos e culturalmente
seletos.
 -Há obreiros que são limitados em sua cultura bíblica e secular,
ainda se isolam.
P á g i n a | 31

 - O obreiro deve frequentar também conferências, e outras


reuniões para pastores, escolas bíblicas, bibliotecas polivalentes
etc.
e- Cuidar da Aparência pessoal, compostura e postura pessoal: auto
avaliação da sua aparência física e postura pessoal. Higiene pessoal.
Saúde cuidada. Banho, unhas, cabelo, barba, dentes, hálito, narinas,
olhos, óculos, alimentação, roupa que combine bem, odores do corpo:
( Axilas, pés etc.). “Tem cuidado de ti mesmo” ( I Tm 4.16; Gn
41.14).
f- Ser um bom observador, POSITIVAMENTE: Sempre atento para
aprender as lições da “ Escola da Vida”. Aprender com os bons
obreiros, inclusive, pela observação, as lições boas e praticas. “ O
verdadeiro sábio é aquele que não aprende com os próprios erros, mas
aprende com os erros dos outros”, Paulo em Atenas enquanto
aguardava a chegada de Silas e Timóteo( At 17.15,16.23).
g- Aproveitar as oportunidades: Um pouco de boa experiência vale mais
do que um montão de simples teoria. I Co 7.21: “Aproveita as
oportunidades”. Colocar-se sempre á disposição da liderança da
Igreja. Jz 20.16. A incrível perícia dos benjamitas, certamente fruto
da persistência, perseverança e pratica continua.
h- Estudar MESMO a palavra de Deus, e não apenas lê-la ou consulta-la.
A Igreja esta se enchendo de obreiros e de leigos que estudam e
conhecem Teologia, sem estudarem mesmo a Bíblia, isto é, a Bíblia
mesmo. Primeiro estudam e consultam outros livros, e depois a
Bíblia!
i- Buscar sempre a gloria de Deus: Jamais gloria para nós. Tudo para
ele, pois só ele é digno!
j- Ser humilde de espirito e não somente de aparência. O obreiro
humilde aprende mais; aprende mais depressa; aprende para nunca
esquecer. O crente Humilde de espirito é mais receptivo ao ensino; é
mais sensível espiritualmente ( Pv 11.2)
k- Orar, Orar mais e orar muito mais. A oração além de outras coisas
maravilhosas na vida do crente é uma das escolas do Senhor para o
crente. Há muita coisa no exercer do santo ministério que o obreiro só
aprende na escola da oração-Ele mesmo orando a Deus. Clamar e
esperar por grandes respostas e providencias ( Jr. 33.3). Nos Salmos,
“ Ensina-me” é a oração constante do Salmista, para que Deus o
ensine através da oração.
P á g i n a | 32

O MINSTÉRIO É DOM, E NÃO CARGO


1- O ministério não é primeiramente um cargo para ser ocupado, mas
um dom divino para ser exercido.
2- Um cargo Ministerial ( como fazer parte da diretoria da Igreja,
líder de Departamento) é temporário. Ao passo que o dom
ministerial que é concedido por Deus, é permanente ( Ef
3.7;4.11)

DIGNIDADE É O VALOR DO MINISTÉRIO


EVANGÉLICO
1- Humanamente falando, uma Igreja será o que o seu obreiro for.
“ Tal obreiro, Tal Igreja”. A igreja é o retrato do Pastor.
2- Não existe igreja ruim: Existe obreiro ruim que conduz a sua
igreja de modo impróprio, falho, omisso desleixado.
3- Não existe igreja sem decência e ordem: Isto é, Igreja
desorganizada, desordenada, sem compostura no culto, na
administração, na doutrina e nos costumes. Os maus obreiros
contribuem para tudo isso.
4- Uma igreja não promove divisão: São os maus obreiros que
fazem isso em nome da Igreja.
5- Não existe igreja inculta: São os obreiros despreparados,
imaturos, sem liderança espiritual que não cuidam dela.
6- Não existe igreja difícil: Existe Obreiro difícil, enigmático,
isolado, esquisito, que suscita dificuldades para a igreja.
Esses tipos de obreiros dão mal exemplo à Igreja do Senhor.
Obs.: Não foram as ovelhas de Abraão e Ló que brigaram,
foram os pastores das ovelhas entre si ( Gn 13.7).

PERIGOS, DIFICULDADES E TENTAÇÕES


NA VIDA DO OBREIRO
“ Tem cuidado de ti mesmo” ( I Tm 4.16), “ Olhai, pois por vós” (At
20.28), são advertências da Palavra de Deus a todos aqueles que militam
nessa obra, pois existem situações que requer redobrado cuidado vigilância
e sabedoria.
1- A POPULARIDADE E A FAMA.
*Para quem não está preparado, a fama “ anestesia” a pessoa.
P á g i n a | 33

*Devemos saber como manusear o sucesso ministerial ( Que não é


pecado), seja ele qual for, de modo que a honra e a gloria sejam sempre
de Deus ( Pv 18.12; 27.21; I Ts 2.6).

2- A GANÂNCIA
A ganância está ligada principalmente ao dinheiro: Ao ganho
desonesto sem merecer, sem fazer jus. A ganância tem tem levado
muitos obreiros à ruina ministerial. A torpe ganância ( I Tm 3.3-8; Tt1.
7,11).
3- A AMBIÇÃO POR POSIÇÃO E POR CARGO
( Mt 20.25-28.3.9): A degeneração vem aumentando nesse sentido no
ministério.
4- RELACIONAMENTO INCOVENIENTE COM O SEXO
OPOSTO
Isso leva à cobiça carnal, e por fim, à consumação do pecado. Há casos
“ repentinos”, como o de Davi ( II Sm 11.2). Há casos “Lentos”, como
o de Sansão, em Gaza, em que adormeceu aos poucos espiritualmente
( Jz 16.14,19,20). Dos pecados sexuais, a Bíblia diz aqui “ Foge” ( I Co
6.18). Isto é, sai de perto; sai do local; larga a pessoa ( Ne 13.26; I Ts
5.22).
5- TRANSIGÊNCIA COM O ERRO, COM O MAL
É a tolerância pecaminosa com o erro, com o mal com o pecado. É o
caso da disciplina Bíblica na Igreja.
a- Abolição da Disciplina Bíblica e Cristã
b- Cada um faz o que quer e fica por isso mesmo, como se a igreja e o
mundo fossem uma coisa só.
c- Liderança Cristã omissa, fraca ou inexistente na igreja local.
É o caso do liberalismo Anti-bíblico e anticristão no culto:
Liberalismo no culto congregacional, sem dosagem de suas partes,
sem equilíbrio, seriedade, espiritualidade, sem reverencia, culto
vulgar, culto inferior, como se a igreja não tivesse Dirigente.
6- ORGULHO DO OBREIRO
O Orgulho, a arrogância e a vaidade num obreiro, enfraquecem
a sua resistência. Todo obreiro deve tomar muito cuidado com o
orgulho, a vangloria e a presunção ( Pv 11.2; 16.5, I Tm 3.6)
7- O CHAMADO” COMPLEXO MESSIANICO”
É uma forma do complexo de superioridade. O obreiro julga-se dono
exclusivo da verdade. Ele acha que Deus só fala por meio dele. Quando
P á g i n a | 34

ele se ausenta da igreja, ele acha que não haverá bênçãos sobre o
trabalho. Ele acha que se eles se transferir se jubilar, ou vier a morrer, a
obra do Senhor vai se acabar, e as coisas vão parar.
8- O CHAMADO “COMPLEXO DO GAFANHOTO”
É uma forma do complexo de inferioridade. “ E éramos aos nossos
próprios olhos como gafanhotos” ( Nm 13.33). “Pela fé, da fraqueza
tiraram forças” ( Hb 11. 32-34).

O OBREIRO É RESPONSÁVEL PELA A


AMPLIAÇÃO DA VISÃO MISSIONÁRIA
“ Amplia o lugar da tua tenda, e as cortinas das tuas habitações se
estendam, não o”. Impeças; alongam as tuas cordas, e firma bem as tuas
estacas. “Porque transbordarás” ( Is 54.2,3).
A obra missionária é mesmo a tarefa primeira da Igreja do Senhor Jesus
( At 1.8), que envolve não apenas a pregação do evangelho, mas
também o ensino do mesmo. É certo que esta tarefa será executada por
toda a igreja, mas tão somente se os lideres que nela foram postos
tenham a disponibilidade de despertarem esse desejo nas pessoas, já
que um povo liderado é reflexo de sua liderança.

CAPITULO V DO ESTATUTO DO CADEJA


DO ORGÃO DELIBERATIVO E ADMINISTRATIVO

Seção 1
DO ORGÃO DELIBERATIVO
Art.46. Constitui-se órgão deliberativo o Corpo Ministerial do Campo
das Assembleias de Deus de Jacundá- (CADEJA), formado do
Colegiado de Ministros ( Pastores e Evangelistas), Missionários e
Missionárias, vocacionados para o exercício do Santo Ministério, sendo
consagrados ordenados e credenciados pela a CONAMAD e
CONEMAD-PA; e oficiais ( Presbíteros, Diáconos e Diaconisas,
Auxiliares e Cooperadoras), sendo consagrados, separados, ordenados
e credenciados pelo o Campo das Assembleias de Deus de Jacundá
( CADEJA) com o objetivo precípuo de auxiliar o Pastor Presidente no
exercício do Santo Ministério
P á g i n a | 35

Art.47. São requisitos essenciais exigidos para compor o Corpo


Ministerial, além dos exigidos pela a membresia, especialmente os
seguintes:
I- Ser batizado com o Espirito Santo, com evidencia de falar em
Línguas estranhas;
II- Ter as características espirituais descritas para os obreiros, de
acordo com a Bíblia Sagrada, segundo interpretação das Assembleias
de Deus filiadas a CONAMAD e CONEMAD-PA.
III- Aceitar e cumprir plenamente as normas estatutárias e decisões
das Assembleias Gerais
IV- Ser membro da Igreja há pelo menos 1(um) ano ininterruptos;
salvo, oriundo por admissão de outra Assembleia de Deus ou outra
denominação, ficando a critério do Ministério através do Conselho
Ministerial
V- Ser Dizimista fiel
VI- Ser aluno assíduo da Escola Bíblica Dominical; Salvo, por motivo
justo.

CAPITULO I

1- O AUXILIAR E SEU MINISTERIO

Auxiliar significa AJUDAR, PRESTAR AUXILIO, SOCORRO, PRESTAR


ASSISTENCIA, é aquele que fortifica a alma do próximo para operar ou
praticar o bem que se inclinou.

No contexto eclesiástico, é aquele que se dispõe a servir o corpo ministerial


da igreja e não somente o ministério, como a própria igreja do Senhor Jesus
Cristo.

Estes, já devem ter tido experiências o suficiente, para que possam


dignamente assumir o cargo, pois são pessoas que já cooperam como:
Porteiros, Professores da EBD, no Departamento de Mocidade, Adolescentes
e Crianças. São pessoas que não estão totalmente alheios aos trabalhos do
Senhor. Estes já tiveram uma experiência e agora, foram escolhidos para
seguirem carreira ministerial, pois já estás no terceiro degrau para o
ministério.
1°- É se converter a Cristo. ( acredito já ter feito)
P á g i n a | 36

2° É tornar-se membro da igreja a qual serve como cooperador assíduo.


3° Escolhido para o Corpo de Auxiliar da Igreja.
4° Separado ao Diaconato.
O Presbitério já é o Episcopado. Etc.
As qualidades do Auxiliar, não devem ser mais ou menos que as dos demais
Obreiros do Ministério, pois o Auxiliar ocupa muitas das vezes cargos de
Dirigente de Congregação, Superintendência da EBD, Líder de Mocidade e de
Adolescente e etc. Portanto, deve se exigir as mesmas qualidades exigidas dos
demais obreiros.

É indispensável destes obreiros:


 A educação
 O autocontrole
 A amizade constante
 A atenção a quem lhe fala
 A sabedoria

Sem estes requisitos é impossível se fazer a escolha de homens para o tão


almejado ofício.

O líder, Pastor que observa o Obreiro e apresenta ao corpo de Auxiliares, tem


o dever de observar se o irmão tem as qualidades apresentadas por Paulo
quando dizia:

” Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, a angustia, a perseguição, a


fome, a nudez, o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti somos entregues
á morte todo o dia: Fomos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas
estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou. Rm. 8. 35-37.

Neste texto citado pelo o mais experiente no assunto, Paulo, revela que o
Obreiro deve ser experimentado nas aflições, perseguições, sofrimentos e
vocações. Quando passamos por isso, estamos nos qualificando como um
atleta que todos os dias exercita seu corpo físico para se qualificar e vencer
seu adversário.( Rm. 8.30)

Paulo nos orienta e sermos experientes quando diz:


“ E não somente isso, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação
produz a paciência; e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança. E a esperança
não traz confusão...Rm 5. 3-5.
P á g i n a | 37

Os Deveres dos Auxiliares

 ( Se Homem casado) , marido de uma só mulher


 (Se mulher casada) Esposa de um só marido
 Que governe bem a sua casa
 Que seja hospitaleiro
 Não maldizente
 Não murmurador
 Não dado ao vinho
 Não cobiçoso de torpe ganancia
 Que ajude o Pastor nas disciplinas eclesiásticas dando exemplo aos
outros
 Que saiba recepcionar os visitantes
 Que goste de visitar: Os hospitais, as prisões, os desviados, as viúvas,
os órfãos e etc.
 Que seja manso e humilde de coração
 Não briguento
 Que saiba pelo menos dirigir culto público e de oração
 Que nos cultos, seja bem atencioso (a) as necessidades da ocasião
 Que já saiba pregar
 Que seja zeloso (a) com o patrimônio da igreja, etc
 E que seja altamente respeitador

Ser auxiliar da obra de Deus é uma honra para o homem que Deus
procura, seja um Auxiliar fiel e comprometido com o reino de Deus, e
serás vaso de honra nas mãos de Deus, seja obediente a Deus e a sua
liderança.

A Cooperadora
O vocábulo “ Cooperador” em ( Fp 4.3; Rm 16.3 nas versões
ARC e ARA) não denota no original, uma categoria de obreiros na
Igreja. A igreja designa, sim, certos obreiros, inclusive iniciantes, como
Auxiliares e Cooperadoras.
P á g i n a | 38

Existiu e existirá sempre a Cooperadora ou o Auxiliar que


vão se destacar por trabalhos prestados na Igreja cuja função é ajudar
o Pastor Presidente no Exercício da sua função.
Ainda hoje temos algumas Cooperadoras que muito
contribuem com a boa ordem na Igreja. E há até Cooperadoras que
dirigem cultos ou pontos de pregação temporariamente até serem
levadas a uma posição ministerial reconhecida.

CAPITULO II

Diáconos e Diaconisas
Em Fp 1.1 é aquele que serve, e suas principais funções eram de
cuidar das necessidades físicas da Congregação, especialmente cuidar
das viúvas, da boa ordem interna da Igreja e outras tarefas gerais. Hoje
existe a posição de Diácono ou Diaconisa como oficial da Igreja. É um
dos dois tipos de ministros ou servos da Igreja. O texto de Filipenses
narra que “ Paulo e Timóteo, servos (Escravos) de Jesus Cristo, a todos os
santos em Cristo Jesus, que estão em Filipos, com os bispos( Pastores) e
Diáconos.”

Já em I Tm 3.8, as qualificações de um Diácono assemelham-se dos


Presbíteros da Igreja. Paulo diz que os vocacionados para o Diaconato devem
primeiro ser testados antes de serem chamados para servir.

Conforme At 6.1-6, a instituição dos Diáconos se deu em função do


crescimento da Igreja, pois os lideres passaram a acumular muitas tarefas em
seu ministério e precisavam de Auxiliares que cuidassem dos assuntos de
ordem material e física.

2- O Diácono e seu Ministério


O estabelecimento de alguns critérios auxilia a igreja na escolha de
seus obreiros. Já o insigne sábio advertia: “ Quando não há sabia
direção, o povo cai; mas na multidão de conselheiros há segurança” .(
Pv. 11.14).
P á g i n a | 39

Todo o obreiro deve ser um líder, e como tal deve ser um crente
criativo, espiritual, deve ser um bom mordomo de sua vida e de seus
talentos. O Obreiro deve ser leal à igreja, ao Pastor, aos companheiros,
à denominação a qual pertence.

1.1-As Qualificações do Diácono que Deus procura


O Diácono veio a existir diante da necessidade que surgiu na Igreja
primitiva a causa do crescimento da obra que tomava o precioso
tempo dos Apóstolos que as vezes deixavam de cuidar da oração e da
pregação da Palavra para cuidar de atividades assistenciais. Só que a
luz da Bíblia esta nobre missão exigia umas qualidades espirituais que
deviam estar presentes no candidato para a tal função.
Deviam ser de boa reputação, cheios do Espirito Santo e de sabedoria.
“ Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação,
cheios do Espirito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos
sobre este importante negócio”. (Atos 6.3)

1.1.1-BOA REPUTAÇÃO: No dicionário Grego do NT- esta palavra


quer significar “ pessoas de quem os homens falam somente coisas
boas”. Não importa o que a pessoa possa dizer de si mesma; o que vai
pesar na balança é o que os de fora da igreja dizem dele, o testemunho
externo.

1.1.2- CHEIOS DO ESPIRITO SANTO- Esta palavra não se refere a


ser cheio do Espirito e vivendo apenas os dons espirituais, mas sim
vivendo os frutos- qualidades como: espirito de sinceridade e zelo. O
vocábulo grego que se traduz por “cheio” (pleres) significa coberto
inteiramente, permeado total cmente por alguma coisa, completo, não
faltando em nada. Significa, portanto, sinceridade absoluta, dedicação,
de corpo e alma. Nota-se que é um chamado para grandes ações. Não
deve meter-se na obra quem tiver idéias tacanhas e erradas sobre esse
ofício ou quem tiver visão espiritual curta, ou falta de dedicação
pessoal, Fé pequena, espírito-curto, e sabedoria-rasa serão sempre
obreiros manquitolas ( pessoa coxa), para consagrar Diáconos ele
P á g i n a | 40

precisa ser batizado com Espirito Santo para desempenhar seu oficio
conforme exige a palavra de Deus.

1.1.3- CHEIOS DE SABEDORIA- Os obreiros precisam ser pessoas


cheias de sabedoria. Este vocábulo não exclui o senso comum. Tanto
um como o outro, são necessários, mas o espiritual é o mais
importante. N a verdade isto vem de uma relação entre o obreiro e
Deus, pois os homens escolhem e agem bem somente quando são
dirigidos. A sabedoria aqui não significa que o obreiro tem que ser
obreiro letrado. Os homens de muitas de muitas letras nem sempre são
homens sábios. É certo que a vida e ministério de qualquer pessoa de
fato poderão ser mais ricos, de maior êxito, quando há uma
preparação. Porém a sabedoria aqui exigida é essencialmente da
elevada ordem espiritual. Graças a Deus que ele mesmo se abra para
nos revestir com a sabedoria que precisamos para fazer a sua obra. Em
Tiago 1.5 encontramos o conforto que nos diz: “ Se alguém necessita
de sabedoria, peça a Deus que a todos dá liberalmente.”

Precisamos a cada dia crescer na graça e no conhecimento, precisamos


ser obreiros que gostem de estudar, ser assíduo na escola dominical
que é um verdadeiro seminário precisamos adquirir a sabedoria.

1.1.4- CHEIOS DE FÉ- Os diáconos devem ser homens de fé. Vemos


que isso não se exigiu de modo direto, mas quando lemos que
escolheram Estevão porque era homem cheio de fé. Tornando também
uma qualidade importante na vida de um obreiro. Dá-se a entender
que Estevão possuía uma fé mais esclarecida e mais poderosa do que
qualquer outra pessoa naqueles dias. Assim como o fiel diácono
Estevão precisamos cultivar a fé em nossa vida para vencermos as
batalhas na vida. Um diácono devidamente equipado com o Espirito
de Deus e que conhece bem o seu programa e propósito é força
reconhecida por todos.

Se todos os diáconos de nossas igrejas estiverem firmemente


convencidos de que Deus tem um serviço determinado para eles, bem
como uma mensagem a transmitir ao povo; se tiverem verdadeira
P á g i n a | 41

visão de suas responsabilidades para enfrentar os problemas de suas


comunidades; e, se sentirem que são homens da hora de Deus,
certamente a igreja avançará vitoriosamente.

1.1.5- HOMENS DE NEGÓCIOS- Os diáconos devem possuir certas


qualificações seculares. Esta parte recebe um menor tratamento pelas
as escrituras. Não obstante, pela a natureza dos trabalhos que os
diáconos têm a desempenhar, admite-se que são homens de liderança
mais firme e segura. A orientação para a escolha dos primeiros sete diz
que seriam pelos os Apóstolos constituídos sobre aquele importante
NEGÓCIO. Ao analisarmos a palavra grega para negócios- chreia-
que fundamentalmente significa necessidades. Esta é a única vez em
que se traduziu por negócio. Isto não dá ideia de que os diáconos
devem decidir sobre as finanças da igreja. Mas o diácono é um servo
da igreja por isso tem ele que emparelhar sua vida com as
necessidades dos membros da comunidade. Assim é até desejável e
vantajoso que ele possua habilidades diretoras e uma técnica eficiente.

1.1.6- OUTRAS QUALDADES IMPORTANTES:


Em I Tm 3. 1-13 vemos uma lista de qualidades exigidas para o
diaconato. Convém observar que as virtudes exigidas dos pregadores
vêm em primeiro lugar, assim dando forma e ênfase a lista de
qualidades requeridas do diaconato. Cada ministro e cada diácono
deve mirar-se nesse espelho e procurar ver onde pode melhorar-se.

Também em Tito 1. 6-9 encontramos algumas recomendações para os


obreiros:
 Ser irrepreensível
 Marido de uma só mulher
 Temperante
 Sóbrio
 Ordeiro
 Hospitaleiro
 Apto para ensinar
 Não dado ao vinho
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 Não espancador, mas moderado


E também estes sejam primeiro provados, depois exercitem o
diaconato, se forem irrepreensíveis; Da mesma sorte as mulheres
sejam serias, não maldizentes, temperantes, e fiéis em tudo; Os
diáconos sejam maridos de uma só mulher, e governe bem a seus
filhos e suas próprias casas; Porque os que servirem bem como
diáconos, adquirirão para si um lugar honroso e muita confiança na fé
que há em Cristo Jesus.
Os sete cristãos foram eleitos e separados para realizar em sua igreja
um tipo de serviço que ainda hoje se faz necessário em nossos dias.
VEJA:
a)- DEIXAR DESEMBARAÇADO OS MINISTROS- Foram eles
chamados para que se permitisse aos Apóstolos dedicarem-se à oração
e ao ministério da palavra.
b)-PROMOVER A PAZ NAS IGREJAS- Havia necessidades na igreja
e algumas pessoas descontentes e dando espaço para a murmuração,
mas os diáconos constituíram a resposta divina e, de fato eles curaram
a ferida e restauraram a harmonia. Não devemos esquecer o que os
sete conseguiram. Infelizmente, nem sempre os diáconos agem assim
dentro das igrejas, pois não poucas vezes, os partidos em algumas
Igrejas aparecem encabeçados por diáconos.
c)-PROMOVER O BEM ESTAR DOS CRENTES- Tinham que
promover e ajudar o ministro com o seu tipo especial de atividade. As
igrejas de hoje apresentam um número tão elevado de necessidades,
que muitas vezes, o pastor não pode atender a todos e nem lhe sobram
energias físicas para tanto. É então aí que os diáconos podem ajuda-lo
muito. Pode também ajudar na secretaria da instituição para que no
rol da igreja ninguém seja esquecido. Não deve ser esquecido o nome
de ninguém, e os diáconos podem detectar aqueles que estão passando
necessidades e apresentar a ajudar em nome da igreja.
d)- PARA FORTALECER A LIDERANÇA- A maior justificativa para
a criação do diaconato está no fato de contribuir no sentido de
fortalecer a liderança. Muitas igrejas têm perdido muito de sua
eficiência pela a ausência de bons diáconos, pois não há quem
recepcione os convidados, os visitantes, quem, sem o pastor mandar, já
P á g i n a | 43

está atento para suprir qualquer necessidade no culto; o que mostra


uma igreja eficiente com uma liderança a postos.

1.1.7- A IDONEIDADE DO DIÁCONO NO ZELO DOS BENS


MATERIAIS
Diácono- a palavra no grego quer dizer, Servo, Assistente, Servente.
Nos textos de Mateus 23.11, Marcos 10.44 e João 12.26 estão traduzidos
como servos. Biblicamente são oficiais da igreja, escolhidos por esta
para o ministério da benevolência. Sua área de ação se circunscreve à
sua igreja.
Em Atos 6. 1-6 vemos que: Os diáconos devem ser moralmente
equipados ( de boa reputação) ; Os diáconos devem ser
espiritualmente equipados( cheios do Espirito Santo); Os diáconos
devem ser mentalmente equipados ( cheios de Sabedoria)
Outras qualificações segundo o texto de I Tm 3. 8-13; Honesto e sábio
nas decisões; Não de língua dobre; Temperante; bom mordomo das
possessões; Deve ser provado primeiro para depois receber o cargo;
Deve ser homem de fé; Irrepreensível; Monógamo; Deve governar
bem seus filhos e sua própria casa.

1.1.8- OS DEVERES DOS DIÁCONOS QUE DEUS PROCURA


Servir as mesas:
a)- DO SENHOR: A eles está a responsabilidade de funcionar na
preparação e na distribuição da CEIA DO SENHOR. Não há ordem
especifica a este respeito no Novo Testamento, mas a prática já
consagrou esse costume. Isto no entanto não impede que o pastor
escolha um outro membro da congregação que goze de simpatia da
mesma para realizar esta tarefa.
b)-DO PASTOR: Tratar do sustento do pastoral é um dos deveres
mais honrosos do diácono. O pastor, por uma questão de escrúpulo,
não se dirige à Igreja para dizer o que necessita. Aos diáconos compete
fazer um estudo minucioso das condições econômicas e das
necessidades do ministro para manter-se condignamente na função
ministerial- “ com alegria, e não gemendo”.( Hb. 13.17). Infelizmente,
tem havido diáconos que têm sido pedra no sapato do Pastor, dando
trabalho ao mesmo, e desonrando assim sua chamada dada por Deus.
P á g i n a | 44

c)- DOS NECESSITADOS: O problema social e filantrópico de certas


igrejas absorve muitíssimo o tempo do pastor. Por isso a igreja, a
exemplo do que fizeram os crentes primitivos, elege homens de sua
congregação para “ Servirem a mesa” ( Atos 6.2); a fim de que os
pastores não fiquem sobrecarregados e possam dedicar-se mais ao
ministério da Palavra de Deus.
Grandes ministérios realizam os diáconos que reconhecem sua
verdadeira função.
1.1.9- RESPONSABILIDADES QUE OS DIÁCONOS DEVEM
PREENCHER
A)- Ajudar a igreja no levantamento das finanças
B)- Ajudar o pastor nas Visitações
C)-Ajudar o pastor na disciplina eclesiástica
D)- Visitar os neoconversos e os doentes nos hospitais
E)- Se o pastor não estiver presente e não hã outro obreiro escalado, ele
pode dirigir o culto;
F)- Os diáconos devem estar à disposição durante o trabalho para agir
em qualquer serviço.
Ser Diácono na casa do Senhor é uma tarefa de relevada importância,
portanto deve ser feito com fidelidade e diligencia.
CAPITULO III

3- O PRESBITÉRIO E O PRESBÍTERO

O PRESBITÉRIO:
No Antigo Testamento, os anciãos de Israel, do povo, ou da
congregação, são frequentemente mencionados. As sinagogas dos
Judeus eram normalmente governadas por um concílio de anciãos, sob
a presidência de um “ diretor da sinagoga”, cujo oficio talvez fosse
transmitido em rodízio; e o povo judeu inteiro estava sujeito ao
Sinédrio, composto de setenta e um (71) membros, no que tange às
questões religiosas. Durante o período do Novo Testamento, o sumo
Sacerdote era o presidente ex oficio do Sinédrio. Uma organização
semelhante foi naturalmente seguida pela a igreja cristã, e o zãqëm
( Ancião) do Antigo Testamento se tornou presbyteros ( na vulgata,
sênior ) do Novo Testamento.
P á g i n a | 45

Porém, embora o nome continuasse o mesmo, o conteúdo do ofício foi


alterado. A visitação pastoral aos enfermos ( Tg. 5.14) é uma nova
característica notabilíssima dos deveres do ancião cristão. Além disso,
embora os anciãos judeus não fossem necessariamente pregadores,
alguns de seus equivalentes cristãos labutavam na pregação da
palavra e do ensino da doutrina ( I Tm 5.17). A supervisão geral da
congregação permaneceu como sua tarefa primária, e o verbo
episkopein é empregado para descrever essa função em I Pe. 5.2. Os
anciãos da igreja de Jerusalém recebiam dons em favor da comunidade
( Atos 11.30) e participavam de concílios juntamente com os Apóstolos
( Atos 15.4, 6.23; 16.4). Paulo e Barnabé ordenaram anciãos em todas as
igrejas da Ásia ( Atos 14.23); Paulo exortou a Tito para que fizesse
outro tanto em Creta ( Tt 1.5); e os anciãos de Éfeso ( Atos 20. 17,28)
também são chamados como episkopol ou supervisores, pelo que se
torna evidente que os nomes “ presbítero” e “ bispo” são
intercambiáveis no uso do Novo Testamento.

Todos os anciãos evidentemente tinham a mesma posição, embora a


ancião de 2 Jo 1 e de 3 apareça com alguma preeminência em virtude
de sua idade avançada em contraste com os outros. Se o autor dessas
Epístolas foi o apóstolo João, então estava meramente seguindo a
prática de I Pe 5.1, onde Pedro igualmente se denomina de ancião. O
presbitério cristão agia como uma corporação, e a palavra
presbyterion ( presbitério), é empregada (I Tm 4.14) a fim de
descrever o conjunto dos anciãos que ordenaram a Timóteo, onde
Paulo, pelo menos nessa ocasião, deve ter ocupado a presidência ( cf. II
Tm 1.6). A mesma palavra é empregada( Lc. 22.66; Atos 22.5) a fim de
denotar o sinédrio judaico.

O PRESBÍTERO
A palavra presbítero ou bispo- significa supervisor, ou o que
serve de superintendente.
No Novo Testamento este termo designa um oficial da igreja que
presidia suas assembleias. E no contexto das Assembleias de Deus no
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Brasil designa a classe de obreiros mais próxima ao Pastor, ou seja,


seus auxiliares diretos.
Consagrados ao Santo ministério, na prática exercem as mesmas
funções do Pastor, quando por este autorizados, e na ausência de
Evangelistas ou Missionários.
Por isso, a escolha destes obreiros não deve ser impensada, nem
precipitada, mas analisada e sob orientação do Espirito Santo.
Destaquemos aqui, algumas funções do Presbítero na área prática da
igreja hoje a saber:

a)- Celebrar a Santa Ceia;


b)- Ungir os enfermos ( Tg. 4.7);
c)-Dirigir as Congregações;
d)-Aconselhamentos;
e)-Ensino da Palavra, etc.

No contexto bíblico, a função do Presbítero é relacionada com o lado


espiritual da obra.
Ao examinarmos especificamente o que deve caracterizar o estilo de
vida de um Presbítero, é importante compreender o seu papel. A
Bíblia ensina com clareza que ele tinha pelo menos três funções na
igreja neotestamentária. Embora se sobreponha e se entrelacem, estas
funções podem também ser apresentadas individualmente.

1°- O PRESBÍTERO DEVE SER UM PASTOR

Paulo deixou claro ao encontrar-se com os presbíteros efésios em


Mileto.
“ Atendei por vós e por todo o rebanho... para pastoreardes a Igreja
de Deus” ( Atos 20: 17,28). Pedro, também, deu ênfase a esta função
quando escreveu: “ Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu,
presbítero como eles... Pastoreai o rebanho de Deus que há entre
vós.” ( I Pe. 5: 1,2)
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O Presbítero que Deus procura para usar, deve cuidar do povo de


Deus assim como um fiel Pastor cuida de suas ovelhas- guardando-as,
protegendo-as e alimentando-as. Em Creta, muitos crentes eram como
ovelhas no meio de lobos. Falsos mestres encontravam-se em toda a
parte, dispersando as ovelhas do Senhor e destruindo a obra que Paulo
e Tito haviam fielmente estabelecido. Nos dias atuais não é diferente
tem muitos lobos por ai vestidos de ovelhas, destruindo o trabalho
dos fieis Pastores que dão a vida pelas as ovelhas de Cristo, cabe ao
ministério local de obreiros ter muito cuidado na consagração de
novos Presbíteros dado que esse é um santo oficio concedido por
Deus a sua igreja, tem muitos pastores homens de Deus que estão
sofrendo por consagrar homens que parecem ovelhas mas
verdadeiramente são lobos devoradores, o ministério deve levantar a
origem do candidato ao Presbitério, se é assíduo na Escola Bíblica
Dominical, se é fiel dizimista, procurar saber que igreja ele procede,
quais princípios são a base da sua vida e assim por diante, não se
deve colocar precipitadamente as mãos sobre a cabeça de homens
cuja a vida ninguém conhece, um dos maiores problemas das igrejas
nos dias atuais é que muitos pastores no afã de crescer a igreja,
recebem todos os tipos de obreiros das mais diversas ramificações
isso não é crescimento é inchaço e devemos ter cuidado com isso,
para depois não passarmos vergonha junto a sociedade com a
procedência desses obreiros, feitos da noite para o dia.( nota do
autor)

A solução de Paulo para solucionar o problema foi nomear


PRESBÍTEROS em cada cidade que pudessem pastorear estes fieis
crentes, mas é importante salientar que antes dessa nomeação foi feita
algumas recomendações a estes homens que iriam assumir tamanha
responsabilidade em I Tm. 3 podemos listar ali algumas das exigências
para desempenhar tamanha função, se os tais não atendessem as
recomendações não estavam aptos para serem consagrados ao santo
ministério.

2°-O PRESBÍTERO DEVE SER UM MESTRE


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Paulo, escrevendo a Timóteo acerca da nomeação de presbíteros,


especificamente determinou que o presbítero fosse “ apto para
ensinar” ( I Tm 3:2). Em sua Segunda carta a Timóteo , Paulo
claramente definiu o que ele tinha em mente ao fazer essa afirmativa. “
Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim,
deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente;
disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que
Deus lhes conceda não só arrependimento para conhecerem
plenamente a verdade,” ( II Tm 2:24,25)

O Presbítero que Deus procura tem a responsabilidade de comunicar a


verdade de Deus aos crentes. É por isso que Paulo escreveu a Tito,
especificando que o Presbítero fosse “ a palavra fiel que é segundo a
doutrina, de modo que tenha poder, assim como exortar pelo o reto
ensino como para convencer os que contradizem. (Tito 1.9)

Assim Paulo delineou o que deve ser feito. Quando escreveu a


Timóteo ele claramente explicou como isto devia ser feito. Em ambas
as passagens, porém, uma coisa é clara- deve ser feito! O presbítero
deve ensinar a Palavra de Deus! E para isso ele precisa ser amante da
leitura, gostar de aprender, como o presbítero vai ensinar se ele não
aprender? Para ele ensinar precisa aprender ou então não estará apto
para exercer o presbitério, tem muitos obreiros hoje em dia que não
se preocupam em aprender, acham que o que já tem é o suficiente,
rejeitam fazer cursos, não leem, não estudam a Bíblia e por ai vai,
Deus não se agrada de obreiro relaxado.( Jr 48.10ª) ( grifo do autor)

3°- O PRESBÍTERO DEVE SER UM ADMINISTRADOR

Deve-se novamente ressaltar que estas três funções ( pastorear,


ensinar e administrar) sobrepõem-se e se entrelaçam. Mas cada uma
delas é uma função única.
1°-Pastorear exemplifica a direção e proteção.
2°-Ensinar relaciona-se com alimentação e conservação.
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3°-Administrar é mais inclusivo, cobrindo todas as facetas do


ministério.
Isto fica bem claro na afirmativa de Paulo em sua primeira carta a
Timóteo. “ Devem ser considerados merecedores de dobrados
honorários os presbíteros que presidem ( administram) bem, com
especialidade os que se afadigam na palavra e no ensino” ( I Tm
5.17) Aqui Paulo inclui o “ ENSINO” como parte distinta do processo
de administrar ou presidir.

QUALIFICAÇÕES BASICAS QUE O PRESBÍTERO QUE DEUS


PROCURA PRECISA TER

Três são os requisitos básicos para a qualificação de um PRESBÍTERO.

A)- SER IRREPREENSÍVEL= No rol de qualificações apontado por


Paulo uma característica geral e indispensável, sem a qual as demais
são nulas: ser irrepreensível. É obvio que ele não se referia a “
Perfeição”, porque homem algum nesta terra , com exceção de Jesus
Cristo, levou uma vida perfeita. Antes o Apóstolo falava de ter “ boa
reputação” ou estar acima de qualquer suspeita.

Timóteo sobressai-se como exemplo vivido desta qualidade. Quando


Paulo chegou a listra pouco antes do inicio de sua segunda viagem
missionária, vários irmãos falavam de um jovem dinâmico chamado
Timóteo. Para ser especifico, Lucas registra que os crentes de Listra e
Icõnio “ dele davam bom testemunho” ( Atos 16.2) Em outras
palavras, Timóteo gozava de boa reputação como crente. Ele era”
irrepreensível “ aos olhos da comunidade cristã. Não havia falhas
especificas em sua vida de Crente que trouxesse vergonha a causa de
Jesus Cristo, será que a sociedade atual ver as mesmas características
em nós como crentes? Como tens vivido? Tua vida é um exemplo a ser
seguido? Ou temos envergonhado a causa de Cristo com nossa má
procedência. Tito é outro exemplo. Maduro espiritual e
psicologicamente, mantendo motivos puros, dando mostras de
compaixão e interesse pelas as pessoas, demonstrando uma atitude
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positiva para com o ministério e sempre permanecendo firme no que


era certo. Não há melhor maneira de desenvolver boa reputação no
mundo cristão e no mundo secular.

B)- MARIDO DE UMA SÓ MULHER: Como é que o crente,


particularmente o crente casado- cria boa reputação? Paulo concentra-
se em duas características fundamentais. A primeira é a ser “ marido
de uma só mulher’.

Há entre os evangélicos discussão considerável sobre o que Paulo quis


dizer com esta qualificação. Na verdade o significado mais geral da
língua original simplesmente refere-se a “ um homem de uma só
mulher”. Existe certa ambiguidade gramatical que deve ser
interpretada à luz do contexto.

C)- TER UMA FAMÍLIA OBEDIENTE- Outra qualificação


fundamental e imperiosa que constrói a reputação do PRESBÍTERO na
comunidade é um lar bem organizado. O PRESBÍTERO deve ser um
homem cujos os filhos sejam “ crentes que não são acusados de
dissolução, nem são insubordinados.” ( Tt. 1.6) E conforme ensina
Paulo, deve o PRESBÍTERO ser um homem que “ governe bem a sua
própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito”
( I Tm.3.4).
Muitos crentes tem lutado na tentativa de determinar o que Paulo
quer dizer com esta qualificação. Significa ela que o homem que não
for casado não deve servir como PRESBÍTERO? Não! Seria muito
estranho que Paulo, que nos parece jamais ter sido casado,
estabelecesse essa qualificação para o oficio. Além do mais, inexiste
qualquer prova que Tito ou Timóteo fossem casados. O que o
Apóstolo parece estar dizendo aqui é que o proceder dos filhos é um
reflexo importante da maturidade e capacidade do Líder, pois, como
nos ensina a palavra “ se alguém não sabe governar a própria casa,
como cuidará da igreja de Deus? ( I Tm. 3.5)

O lar do PRESBÍTERO lhe oferece um campo de provas para o


exercício de seus deveres de liderança na igreja. O respeito, a
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dignidade e a seriedade são a demonstração de que o líder, ao


disciplinar e controlar os filhos, está demonstrando saber também
conduzir a Igreja.

SER PRESBÍTERO DA CASA DO SENHOR É UMA TAREFA ARDUA


E DE GRANDE RESPONSABILIDADE, QUE PRECISA DE HOMENS
DE DEUS, DISPOSTOS A SEREM USADOS POR ELE NOS DIAS
ATUAIS, NÃO ADIANTA APENAS QUERER, PRECISA MAIS DO
QUE ISSO, É NECESSARIO TER CERTEZA DA CHAMADA E
FIDELIDADE NO DESEMPENHO DA MESMA!

 A FUNÇÃO DE UM EVANGELISTA NA IGREJA...


 
Definição. “O dom ministerial do evangelista é a capacidade dada por Deus a
alguns membros do corpo de Cristo para expor o evangelho de tal forma aos
não-cristãos, que esses aceitem a Cristo e se tornem discípulos e membros
responsáveis do Corpo de Cristo, e também treinar a igreja para que ela
desenvolva o ministério de reconciliação”.
Explicação. Todo crente verdadeiro é uma testemunha de Jesus Cristo, sem
importar se tal crente possui ou não o dom de evangelismo. Todo crente
precisa estar preparado para compartilhar de sua fé com os incrédulos,
conduzindo-os aos pés de Cristo sempre que se apresente uma oportunidade,
esse é o papel cristão de todos os crentes verdadeiros que correspondem a
esse dom. Mas apesar disso, nem todos os crentes receberam o dom de
evangelista. Quem tem esse dom tem a habilidade sobrenatural dada por Deus
para conduzir pessoas não crentes a Cristo, pois esse dom é primário na
igreja, ele visa o crescimento da igreja.

Referências Bíblicas.

1. Efésios 4.11 - “E ele mesmo deu uns para... evangelistas...”.


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2. II Timóteo 4.5 – “Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a


obra de um evangelista, cumpre o teu ministério”.

3. Atos 8.5-6 – “E, descendo Filipe à acidade de Samaria, lhes pregava a


Cristo. E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia,
porque ouvia e via os sinais que ele fazia”.

4. Atos 21.8 – “No dia seguinte, partindo dali Paulo e nós que com ele
estávamos, chegamos a cesáreia; e, entrando na casa de Filipe, o evangelista,
que era um dos sete, ficamos com ele”.

5. Romanos 10.14-15 – “Como, pois, invocarão aquele a quem não creram? E


como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem
pregue? E como pregarão, se não foram enviados? Como esta escrito: Quão
formosos os pés dos que anunciam a paz, dos que anunciam coisas boas”.

A palavra grega que é traduzida por "evangelista" nesses versículos é


"euaggelistes" que significa literalmente "um bom mensageiro”, ou
"mensageiro do bem”, ou "boas novas”. Desde o início ela foi usada em
referência àqueles que pregavam o evangelho. Nesse sentido, todos os
apóstolos foram também evangelistas. Apesar disso, essa era somente uma de
suas muitas obrigações. Havia aqueles cujos ministérios eram totalmente
voltados a pregar o evangelho para trazer a oportunidade de salvação aos não-
salvos. Filipe, que foi nomeado com Estevão como um dos sete diáconos em
Jerusalém, é um exemplo que temos desse ministério no Novo Testamento.
 
Desde Atos oito, o vemos operando, e seu ministério foi conduzir as pessoas à
salvação. Nós então vemos no apogeu desse avivamento na cidade, Filipe
sendo levado a pregar o evangelho a somente um homem no deserto. Isso
requereria uma notável sensibilidade e obediência ao Espírito, assim como
uma submissão ao ministério que Deus havia dado a outros, isto é, aos
apóstolos.
 
Filipe obviamente não foi possessivo em seu trabalho e reconheceu suas
próprias limitações. É digno de nota que estudos mostraram que cerca de 95%
daqueles que vêm a salvação o fazem através do testemunho de um amigo ou
parente. Isso significa que menos de 5% estão vindo a Jesus através de
cruzadas, programas de televisão, de rádios, e todas as outras formas de
evangelismo combinadas. Isso nos mostra que o trabalho do evangelista é
duplo:

Primeiro. O evangelista foi chamado e capacitado por Deus para trabalhar


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com os não crentes, ganhá-los para Jesus Cristo, trazê-los para a igreja para
serem discipulados.

Segundo. O evangelista tem a responsabilidade principal de equipar os santos


para fazer o trabalho do ministério, treinar os crentes para que esses trabalhem
testemunhando e ganhando para Jesus Cristo as pessoas do círculo da sua
amizade. Às vezes pensamos que o evangelista foi dado para trabalhar
somente com os perdidos, mas a Bíblia diz que Deus deu ao evangelista a
responsabilidade de falar a igreja. Esse falar a igreja não significa falar de
salvação, pois a igreja já é salva - “E ele mesmo deu uns para...
evangelistas..., querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do
ministério, para a edificação do corpo de Cristo”. (Efésios 4.11-12). Observe
que a Bíblia fala que esse ministério foi dado para capacitar, treinar os crentes
para que esses desempenhem o ministério de cada um. Qual o ministério, ou o
serviço de cada crente que precisa ser capacitado pelos evangelistas? O
ministério de reconciliação!

Ministério de Reconciliação. O evangelista deve treinar os crentes para que


eles desenvolvam o ministério da reconciliação – “Mas todas as coisas
provêm de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Cristo, e nos
confiou o ministério da reconciliação; pois que Deus estava em Cristo
reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas
transgressões; e nos encarregou da palavra da reconciliação. De sorte que
somos embaixadores por Cristo, como se Deus por nós vos exortasse.
Rogamos-vos, pois, por Cristo que vos reconcilieis com Deus”. (II Coríntios
5.18-20).

O evangelista traz uma revelação de Jesus como salvador e inspira os crentes


a ganhar as almas, ele ministra, treina os santos, aperfeiçoa-os para a obra do
ministério de reconciliação. O ministério de evangelista é necessário para
aperfeiçoar os santos, é responsável em ajudar os crentes, o evangelista tem
assim como os outros quatro ministérios, o oficio de construtor. Deus o
estabeleceu na igreja e ele é necessário para a construção do templo.

 
A função especial do evangelista,

Além de estar envolvido no trabalho de ganhar os perdidos para Cristo, é


compartilhar com a igreja um amor pelo mundo perdido, e uma paixão por
encontrar os perdidos. O fato que 95% daqueles que vem a Cristo o faz
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através de testemunho de crentes individuais está correto, e nos leva a


considerar a importância do trabalho do evangelista com a igreja, também nos
mostra que a maior parte dos que se convertem, 95%, se convertem através de
relacionamentos, primeiro se faz um amigo, depois se faz um irmão – “Em
todo o tempo ama o amigo, e na angústia se faz irmão”. (Provérbios 17.17).
Se uma igreja está crescendo em números isso se deve ao testemunho do
sucesso dos evangelistas na igreja hoje, e um dos elementos mais cruciais
para fazer evangelismo é uma igreja encorajada por evangelistas avivados e
cheios do Espirito Santo de Deus.

O Ministério do Pastor
“Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas ” (Jo 10.11).
De todos os dons ministeriais, certamente o dom de pastor é o mais difícil de
ser exercitado. Ao mesmo tempo, é o mais desejado por aqueles que almejam
exercer o ministério, na Igreja do Senhor Jesus. Em todos os tempos, a função
pastoral foi complexa e alvo das forças contrárias ao rebanho espiritual,
constituído dos salvos por Cristo. Sem dúvida alguma, nos dias presentes, em
pleno século XXI, ser pastor não é missão fácil, não obstante os recursos
existentes, em termos humanos, técnicos e financeiros.
Os primeiros pastores, no Novo Testamento, em geral, pagaram com a vida
pelo fato de representarem a Igreja de Jesus. As forças infernais, usando os
sistemas religiosos, políticos, econômicos e sociais, investiram pesadamente
contra os que foram levantados como líderes, nos primórdios da Igreja. Tiago,
“irmão de João”, foi morto por Herodes, para satisfazer a sede de sangue dos
judeus fanáticos, que não entenderam a missão de Cristo e de seus seguidores.
Pedro foi preso com o mesmo destino, para ser morto, num espetáculo
macabro, que agradaria aos inimigos do evangelho de Cristo. Mas foi
poderosamente liberto do cárcere, por intervenção direta de Deus, que enviou
seu anjo para salvá-lo da morte programada e continuar sua missão (At
12.11).
Eles eram pastores, apóstolos, evangelistas e líderes da Igreja, em seus
primeiros dias, após a Ascensão de Jesus. Pedro e João foram presos por
terem sido instrumentos de Deus para a cura de um coxo de nascença, posto à
porta do templo. E foram libertos para proclamarem
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o evangelho de Jesus (At 3.1-6; 4.1-21). De modo geral, segundo a tradição e


a história da Igreja, somente João Evangelista teve morte natural, alcançando
extrema velhice, após passar por sofrimentos atrozes. Os demais apóstolos de
Jesus tiveram morte trágica, nas mãos dos sanguinários inimigos da fé.
Nos primeiros séculos, a perseguição aos servos de Deus foi cruel. “As
perseguições só cessaram, quando Constantino (272-337 d.C.), imperador de
Roma, tornou-se cristão. Seguiu-se uma era de crescimento numérico do
Cristianismo, embora, nem sempre, acompanhado de autenticidade e genuíno
testemunho cristão. A mistura entre a Igreja e o Estado trouxe enormes
prejuízos à ortodoxia neotestamentária”.1
Os regimes ditatoriais do nazismo, do fascismo e do comunismo, sempre
procuraram destruir os pastores das igrejas cristãs. Cientes de que, mortos os
líderes, os fiéis sempre se dispersariam e abandonariam sua fé. Mas
cometeram grave engano. Quanto mais os cristãos foram mortos, mais seu
sangue serviu para regar a sementeira do evangelho. Jesus disse que “as
portas do inferno” não prevaleceriam contra a sua Igreja (Mt 16.18). Pastores
foram presos, torturados e mortos. Mas a Igreja de Jesus segue sua marcha
triunfal, em direção ao seu destino, que é chegar aos céus, na vinda de Jesus, e
reinar com Ele sobre as tribos de Israel (Mt 19.28) e sobre as nações (Ap
20.6).
Nos dias atuais, ser pastor não é absolutamente tarefa fácil, para quem deseja
exercer o ministério com fidelidade e sacrifício. As oposições externas e
internas, muitas vezes, perturbam as atividades do pastor. Dessa forma, o dom
ministerial de pastor precisa muito da graça e da unção de Deus para que seus
detentores não fracassem espiritual, emocional ou fisicamente. Necessitam
muito das orações, da compreensão, do apoio e do amor dos crentes em Jesus.
Vamos refletir sobre a função pastoral, com base no que a Palavra de Deus
nos revela sobre essa importante missão.

I - O Sumo pastor

1. JESUS É O PASTOR SUPREMO


O Pastor dos pastores. O escritor aos Hebreus denomina Jesus Cristo de “o
grande Pastor das ovelhas” (Hb 13.20). Só ele merece a qualificação de
“grande”. No seu nascimento, marcado pela humildade e despojamento de sua
glória, Jesus foi chamado de “grande”, na mensagem do anjo a Maria (Lc
1.32). Nenhum pastor, nas igrejas locais, deve aceitar o título de “grande”,
pois só Jesus o merece. Ele é grande em todos os aspectos que se possam
considerar em relação à sua pessoa. Podemos refletir sobre o porquê Ele é
chamado “grande”.
Primeiramente, porque Ele é Deus! Todos os fundadores de religiões
pereceram e seus restos mortais jazem sob a tumba fria. Em seus túmulos
consta a inscrição “aqui jaz” fulano ou sicrano. No túmulo de Jesus, há uma
inscrição diferente e gloriosa: “Ele não está aqui porque ressuscitou” (Mt
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28.6; Mc 16.6). Se Jesus houvesse sido um homem comum, mortal, jazeria no


túmulo como Buda, Maomé, Alan Kardec e outros fundadores de religiões ou
de seitas. Mas Jesus é Deus. Como tal, venceu todos os poderes cósmicos,
espirituais, humanos e físicos. E, por fim, vitorioso, venceu a morte!

2. ELE É A PORTA DAS OVELHAS


Em segundo lugar, Jesus é o grande pastor das ovelhas, porque ele é “a porta
das ovelhas” (Jo 10.7). Em termos espirituais, as ovelhas ou os salvos em
Cristo só podem chegar ao céu, na presença de Deus, através de Cristo, de
seus ensinos, de seu exemplo marcante, que deixou para todos os pastores e
crentes de todas as idades. Ele disse que era “o Bom Pastor”, que dá a vida
por suas ovelhas e as conhece pelo nome (Jo 10.11, 14).
Para entrar no seu redil, o pecador tem que arrepender-se, crer em sua
Palavra, e segui-lo (Jo 10.9). Não pode entrar, saltando os muros. O
Adversário é “ladrão e salteador”, porque não entra pela porta das ovelhas.
Ele, e somente Ele, dá acesso ao homem à presença de Deus. Jesus é ao
mesmo tempo, “a porta”, “o caminho e a verdade e a vida”. E declarou:
“Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6).

3. JESUS CONHECE SUAS OVELHAS


Ele disse: “Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas
sou conhecido” (Jo 10.14). Jesus cuida de seus servos, como um bom pastor
cuida de suas ovelhas. Ele não vê apenas o “rebanho”, ou a Igreja, que é
predestinada, coletivamente, para a salvação (1 Jo 1.5,11). Ele vê cada um dos
seus servos, sabe o nome de cada um, ainda que sejam milhões e milhões, em
todo o mundo, ao longo da História. Ele sabe o que cada um pensa ou diz (SI
139.1-4).
As ovelhas de Jesus o conhecem. No relacionamento espiritual entre os
crentes e o Senhor Jesus, através da comunhão constante, o servo de Deus não
se engana com a voz do seu Pastor.

4. O PASTOR QUE DEU A VIDA PELAS OVELHAS


Na vida pastoril, nos campos, os pastores cuidam das ovelhas para obterem
delas o sustento para suas vidas. Eles não morrem pelas ovelhas. Mas Jesus, o
Sumo Pastor, deu a sua vida pelos que nEle creem (Jo 10.1, 15). Na sua
morte, aparentemente, o seu rebanho estaria destinado a ficar sem pastor.
Mas, contrariando a lógica humana, Ele ressuscitou ao terceiro dia, vitorioso
sobre a morte, sobre o inferno, sobre o Diabo e sobre todos os poderes do
universo. Ele proclamou aos discípulos a sua onipotência: “É-me dado todo o
poder no céu e na terra” (Mt 28.18).

5. O PASTOR QUE CUIDA DAS OVELHAS


O salmista Davi escreveu certamente o mais belo texto sobre a figura de Deus
como nosso Pastor, o “Jeová Raá”, que, ao mesmo tempo, é o “Jeová-Jirê\ o
Senhor que provê todas as coisas necessárias a seu povo. Ele se referia ao
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Deus Pai. E falava da ovelha que confia no seu Pastor. Porém todas as
características do pastor do Salmo 23 aplicam-se a Jesus Cristo, “o bom
Pastor” (Jo 10.11,14).
1) Não nos deixa faltar nada. No seu cuidado, Jesus não nos deixa faltar
nada que seja essencial ou indispensável à nossa vida. O crente fiel sabe
contentar-se com o que Deus lhe concede por sua infinita bondade (Fp 4.11-
13). O que lhe falta, o Senhor lhe dá graciosamente, por sua bondade e por
seu amor.
2) Os “verdes pastos” (SI 23. 2). São a figura do alimento espiritual que
Jesus propicia à sua Igreja, através da ministração sadia da sua palavra. Os
pastores verdadeiros alimentam a Igreja com a sã doutrina. As “águas
tranquilas” falam da paz interior, que o Senhor concede aos que nele confiam.
E a paz que Ele deixou para seus servos (Sl 23.2b; Jo 14.27); é a paz “que
excede todo o entendimento” (l;p 4.7).
3) O refrigério da alma. Lembra o conforto que a presença de Deus nos
concede, através do Espírito Santo, nosso “Consolador” (Sl 23.3; Jo 14.16,
17). Nas horas mais difíceis, quando não liá solução humana, o Bom Pastor
nos conforta com sua graça e seu poder.
4) As “veredas da justiça”. São o caminhar reto e hei do crente salvo em
Jesus (Sl 23.3b; Rm 5.19; 1 Pe 3.12), Quando o crente anda, seguindo o
pastor Fiel, não comete injustiças.
5) A segurança da ovelha. Mesmo passando pelo “vaie da sombra da morte”
(Sl 23.4), a presença do pastor dá segurança: “porque tu estás comigo” (Sl
23.4b). Jesus assegurou que estaria com seus servos, ainda que sejam “dois ou
três” (Mt 18.20).
6) A mesa perante os inimigos. A mesa preparada para a ovelha, perante os
inimigos e a unção com óleo (Sl 23.5), nos remetem à unção do Espírito Santo
na vida do crente fiel (1 Jo 2.20, 27; Ef 5.18), concedendo-nos vitória sobre os
inimigos que se levantam contra a nossa fé.
7) Bondade e misericórdia todos os dias. O Pastor do Salmo 23 concede
“bondade e misericórdia” para que o crente fiel habite na casa do Senhor
“todos os dias” da sua vida (Sl 23.6). Cristo nos faz ser “templo do Espírito
Santo” (1 Co 6.19,20). Por todos esses paralelos de Cristo em relação a nós e
o descrito no Salmo 23, podemos concluir que Jesus é o nosso Pastor por
excelência.

II - As Características do Verdadeiro Pastor

Neste tópico, enfatizamos as características do verdadeiro pastor, no sentido


humano, daquele que tem o chamado de Deus para ser um guia de parte do
rebanho do Sumo Pastor. E o que tem o dom ministerial de pastor. Não é
qualquer pessoa que tem condições de receber esse dom, ainda que seja o
mais procurado pelos aspirantes ao ministério eclesiástico. Paulo ensina que é
Deus quem dá pastores às igrejas (Ef 4.1): “Os pastores são aqueles que
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dirigem a congregação local e cuidam das suas necessidades espirituais.


Também são chamados “presbíteros” (At 20.17; Tt 1.5) e “bispos” ou
supervisores (lTm 3.1; Tt 1.7)”.2
O pastor de uma igreja deve espelhar-se nas características do “Sumo Pastor”
(1 Pe 5.4). E deve possuir qualificações que o credenciem para tão importante
missão. O pastor verdadeiro é dado por Deus à igreja. Ele não dá a igreja ao
pastor (Ef 4.11); a igreja, mesmo no sentido local, não pertence ao pastor. O
pastor deve ser um servo da igreja local, e não seu mandatário ou proprietário.
A seguir, algumas dessas qualificações, conforme 1 Timóteo 3.1-7 e Tito 1.7,
relativas ao bispo, que é sinônimo de pastor:

1) Irrepreensibilidade moral. Refere-se a uma vida de integridade, de que


não tenha de que se envergonhar ou causar escândalo.

2) Vida conjugal ajustada (“marido de uma mulher”). Note-se que é


prioridade o cuidado com a vida conjugal; no Novo Testamento, não é
prevista a tolerância com a bigamia ou a poligamia; a regra é a monogamia,
como plano original de Deus para o matrimônio; e o pastor como esposo deve
ser exemplo para os demais esposos, na igreja, amando sua esposa e cuidando
dela (Ef 5.25).

3) Vigilante. O pastor é o guarda do rebanho. Deve estar atento ao que se


passa ao seu redor; vigiando, primeiro, a sua vida pessoal e ministerial (1 Tm
4.16). Depois, vigiando o rebanho para alertar e livrar dos “lobos
devoradores”; Ser vigilante significa ser “atento, cauteloso, cuidadoso,
precavido” quanto aos perigos que o rodeiam. Para assumir a função de
liderança, na igreja local, o obreiro deve ser muito cuidadoso quanto à sua
vida espiritual, moral, social, familiar e em todos os aspectos. Isso porque o
Diabo “anda rugindo como leão, buscando a quem possa tragar” (1 Pe 5.7). O
presbítero, bispo ou pastor deve obedecer o que Jesus disse: “Vigiai e orai,
para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a
carne é fraca” (Mt 26.41). Ele precisa ser “exemplo dos fiéis” (1 Tm 4.12; 1
Pe 5.3).

4) Sóbrio (simples, moderado). O pastor ou bispo deve zelar pela


simplicidade, no ministério; o luxo, a ostentação material, a exibição de
riqueza não convém a um homem de Deus; Jesus disse: “sede símplices como
as pombas” (Mt 10.16).

5) Honesto. Tem o significado de ser “honrado, digno, correto, íntegro;


decoroso, decente, puro, virtuoso”. Todas essas qualificações podem resumir-
se numa expressão: ser “santo em toda a maneira de ver” (1 Pe 1.15). O
homem de Deus não é perfeito em si mesmo, por mais que se esforce para ser
santo. Mas, cuidando de sua vida pessoal, ministerial e como cidadão, pode
ser muito bem visto pelos crentes como uma pessoa honesta. O seu falar deve
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ser “sim, sim; não, não” (Mt 5.37). Honestidade é sinônimo de integridade. O
pastor ou bispo deve ser uma pessoa assim, fiel, sincera, verdadeira. Deve ser
alguém que vive o que prega ou ensina (Tg 2.12).

6) Hospitaleiro. Esta palavra vem de hospital, na sua origem. Não havia


casas de saúde como hoje. Uma hospedaria era um hospital, um lugar onde os
viandantes podiam pousar, e também os enfermos, uma hospedaria ou
estalagem (Lc 10. 34,45). Mas o pastor não tem obrigação de transformar sua
casa em hospedaria. No sentido do texto, hospitaleiro é sinônimo de
acolhedor, que sabe tratar bem as pessoas, sem fazer acepção de ninguém; é
pecado (Dt 16.19; Ml 2.9; 1 Tm 2.11;Tg2.9).

7) Apto a ensinar. Como o pastor é o que alimenta ou apascenta o rebanho, o


pastor deve saber fazer uso da Palavra de Deus, ministrando mensagens,
estudos e reflexões que edifiquem o rebanho sob seus cuidados. Se não tiver
essa aptidão, deve estar no lugar errado (2 Tm 2.15).

8) Não dado ao vinho”. Nos tempos de Paulo, o vinho era já uma bebida
alcoólica que podia causar dependência química ou psicológica. Seria uma
tristeza um pastor ficar embriagado pelo uso constante do vinho. Se tosse
escrito hoje, o texto talvez dissesse: “não dado à cerveja, à champanhe, ao
licor ou a outra bebida alcoólica”. O pastor ou bispo deve dar exemplo de
abstinência desse tipo de bebida para o seu bem, de sua família e do rebanho
sob seus cuidados.

9) Ordeiro (“não espancador”). Por que Paulo fez referência a esse tipo de
comportamento? Sem dúvida, porque observou que algum obreiro tinha o
costume de “espancar” as pessoas a seu redor. Sempre houve pastores
grosseiros, prepotentes, alguns que cometeram “assédio moral” contra pessoas
a seu redor. Isso é reprovável sob todos os aspectos. O pastor deve ser
ordeiro, humilde, de bom trato para com todos, não cobiçoso nem ganancioso.
Ordeiro quer dizer que mantém a ordem, na casa de Deus.

10) Moderado- É sinônimo de suave, brando, comedido, prudente, contido. É


qualidade sem a qual o pastor pode sofrer sérios revezes em sua vida, no
relacionamento com outras pessoas, em seus hábitos, costumes, etc. Ele não
pode ser um desequilibrado mental, sem controle de suas emoções. Para ser
moderado, precisa ter o fruto da temperança e da longanimidade (cf. G1 5.22).

11) Não contencioso. O pastor ou bispo não deve viver em contenda, nem
com a família, nem com os crentes, nem. com os de fora. Contenda é o
mesmo que porfia, dissensão, peleja, que são “obras da carne” (G1 5.2,1). Diz
um ditado: a melhor maneira de ganhar uma contenda é evitá-la. Cora oração
e vigilância é possível viver em paz.
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12) Não avarento. Quer dizer que o pastor ou bispo não deve ser sovino,
mesquinho, e não deve ter amor ao dinheiro (avareza), que é “a raiz de toda
espécie de males” (1 Tm 6,10). O pastor não deve viver em função de
dinheiro ou de bens materiais. Sua missão é elevadíssima, e deve focar-se no
amor às almas ganhas para Cristo, que ficarão aos seus cuidados ministeriais.

13) Que governe bem a sua casa. Esta é uma qualificação de grande
importância, pois a.s pessoas ouvem as mensagens dos pastores, mas olham
para ele e como se relaciona com a família, notadamente com os filhos. Ele é
o cabeça (líder) da esposa e do lar (Ef 5.22). Ao lado da esposa, que também
governa a casa (1 Tm 5.14), deve criar seus filhos “com sujeição” (1 Tm 3.4).
Porque, diz Paulo: “se alguém não sabe governar a sua. própria casa, terá
cuidado da igreja de Deus? (1 Tm 3.5).

14) Experiente (“não neófito”). Nem todo presbítero {ancião) é pastor. Mas
todo pastor deve ser presbítero. Pedro, um dos pastores líderes da Igreja
Primitiva, exortou aos colegas de ministério, sobre como liderar a igreja local,
dizendo: “Aos presbíteros que estão entre vós, admoesto eu, que sou também
presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da
glória que se há de revelar...” (1 Pe 5.1). Aqui, temos base para dizer que
presbítero é termo equivalente a pastor ou bispo. Assim, o pastor não deve ser
um obreiro muito novo (neófito), pois, a missão de pastor exige capacidade
para aconselhar em situações que só a experiência mostra as lições a serem
indicadas.

15) De bom testemunho perante os descrentes (“bom testemunho dos que


estão de fora”). O pastor deve ser um proclamador do evangelho
transformador de Cristo. Seu testemunho deve ser uma pregação viva de que
jesus converte e transforma o pecador. Esse testemunho deve ser
demonstrado, primeiramente, em sua vida pessoal; depois, em sua casa, na
igreja e, por fim, perante todas as pessoas que o conhecerem.

1. O SIGNIFICADO DE PASTOR

A palavra pastor vem do latim, pastor, com o significado de “aquele que


guarda as ovelhas”, “o que cuida das ovelhas”. Na língua original do Novo
Testamento, pastor (gr. poimen), de acordo com Vine, é “... aquele que cuida
de rebanhos (não meramente aquele que os alimenta), é usado
metaforicamente acerca dos ‘pastores’ cristãos (Ef 4.11)”.3 Em termos
ministeriais, o pastor é aquele que tem esse dom ministerial, e é encarregado
de cuidar da vida espiritual dos que aceitam a Cristo e ficam sob seus
cuidados, numa igreja ou congregação local. Pastor é um termo de cuidado,
de zelo, de ternura, para com as ovelhas de Jesus.

2. A MISSÃO DO PASTOR
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A principal missão do pastor é cuidar das ovelhas de Cristo, que lhe são
confiadas. A ele cabe apascentar (gr. poimanô) as ovelhas, dando-lhes o
alimento espiritual, através do ensino fundamentado (doutrina) da Palavra de
Deus. No Salmo 23, Davi mostra o cuidado do pastor. Ele leva as ovelhas a
deitar-se “em verdes pastos”. O pastor fiel leva as ovelhas de Jesus a
alimentar-se do “pasto verde”, que nutre a alma e o espírito, fortalecendo-as,
para que cresçam na graça e conhecimento do Senhor Jesus Cristo (2 Pe
3.18).
Sua missão é múltipla ou polivalente. Um pastor de verdade tem que agir
como ensinador, conselheiro, pregador, evangelizador, missionário, profeta,
juiz de causas complexas, fazer as vezes de psicólogo, conciliador,
administrador eclesiástico dos bens espirituais e de recursos humanos sob
seus cuidados, na igreja local; é administrador de bens materiais ou
patrimoniais; gestor de finanças e recursos monetários, da igreja local, além
de outras tarefas como pai, esposo, e dono de casa, como pastor de sua
família.
A atividade pastoral genuína é tão importante, que o profeta Isaías, falando ao
povo de Israel, acerca do livramento que lhe seria dado, usa a figura do
pastor, aplicando-a ao próprio Deus (Is 40.11). O verdadeiro pastor cuida bem
das ovelhas: recolhe os cordeirinhos (os mais fracos, mais novos) entre os
braços; leva-os no regaço; aos novos convertidos, os “amamenta”, como a
“bebês espirituais” e os guia mansamente.

3. O PASTOR — UM CONTRADITADO

Muitos obreiros, principalmente os mais jovens, aspiram ao pastorado. Não é


errado ter essa aspiração. Paulo escreveu ao jovem obreiro Timóteo:
 “Esta é uma palavra fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente obra
deseja” (1 Tm 3.1). Mas os candidatos ao episcopado (pastorado) devem ter
consciência de que um pastor é alvo de grandes contradições e oposições, a
despeito de sua honrosa missão. A lista de contradições sobre o que as
pessoas pensam do pastor, é ampla e variada. Alguém já escreveu diversas
listas sobre isso. A seguir, resumimos uma delas:
Se o pastor é ativo, é ambicioso; se é calmo, é preguiçoso; se o pastor é
exigente, é intolerante; se não exige, é displicente; se fica com os jovens, é
imaturo; se fica com os adultos, é antiquado; se procura atualizar-se, é
mundano; se não se atualiza, é de mente fechada, retrógrado, ultrapassado; se
prega muito, é prolixo, cansativo; se prega pouco, é que não tem mensagem;
se veste-se bem, é vaidoso; se veste-se mal, é relaxado; se o pastor sorri, é
irreverente; se não sorri, é cara dura. O que o pastor fizer, alguém pensa que
faria melhor. Pode parecer algo hilário ou grotesco, mas reflete um pouco a
visão que muitas pessoas têm do pastor de uma igreja local . Aliás, alguém já
escreveu, dizendo que “pastor é uma espécie em extinção”.
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Mas tais contradições não devem ser motivo para desânimo ou desinteresse
pelo ministério pastoral. O Sumo Pastor, Jesus Cristo, foi alvo de piores
referências a seu respeito, mesmo demonstrando que era um ser especial,
humano e divino, que só fazia o bem. Seus opositores o acusaram de ser
“comilão e bebedor” (Mt 11.19); de ter demônio (Jo 8. 52); de ser
endemoninhado e expulsar demônio pelo príncipe dos demônios (Mc 3-22); e
de tramar contra o governo da época, justificando sua condenação (Lc 23.2;
Jo 19.12). Mas Jesus não desistiu. Foi até ao fim, entregando sua vida em
lugar dos pecadores. E cumpriu a sua missão (Jo 19.30).

4. CUIDADOS COM OS FALSOS PASTORES

Lamentavelmente, existem falsos pastores. Deus mandou o profeta Ezequiel


repreender os pastores infiéis de Israel. Em suas qualificações negativas,
podemos entender o que faz um falso pastor, nos dias atuais.
1) Eles não cuidam do rebanho. Mas aproveitam-se do pastorado para
“apascentarem a si mesmos” (Ez 34.2 c). São oportunistas. Aproveitam-se das
ovelhas para angariarem glórias para si.
2) Eles enriquecem às custas das ovelhas. Diz o texto: “Comeis a gordura, e
vos vestis da lã, e degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas” (Êx
34.3). Há casos de pastores que se tornam milionários, com fazendas, aviões,
e muito dinheiro, aproveitando-se das necessidades e carências dos crentes.
3) Eles não têm amor às ovelhas. Pouco lhes importa a situação espiritual
dos crentes. Só pensam em se aproveitar do pastorado (Ex 34.4). Nas igrejas
dos falsos pastores, não há ensino, doutrina e cuidado com os novos
convertidos; nem com os desviados e os crentes fracos.
4) Eles dispersam as ovelhas. Por não terem cuidado das fracas, das doentes,
das quebradas e das desgarradas, elas se dispersam e são vítimas das “feras do
campo”, que são inimigos do rebanho. “Assim, se espalharam, por não haver
pastor, e ficaram para pasto de todas as feras do campo, porquanto se
espalharam. As minhas ovelhas andam desgarradas por todos os montes e por
todo o alto outeiro; sim, as minhas ovelhas andam espalhadas por toda a face
da terra, sem haver quem as procure, nem quem as busque” (Ez 34.5,6).
5) Deus é contra tais pastores. Em Ezequiel 34.8-10, diante de tão grande
calamidade espiritual, perpetrada por falsos pastores, O Senhor mandou dizer
pelo profeta que Ele próprio cuidaria de suas ovelhas (Ez 43.11, 12). Que
Deus nos guarde desses pastores, reprovados pelo Sumo Pastor.

5. O GALARDÃO DO PASTOR

Jesus ensinou que quem dá ao menos “um copo de água fria” a um dos seus
discípulos não ficará sem seu galardão (Mt 10.42). O pastor de uma igreja
local cuida dos discípulos de Jesus, dando-lhe não só um copo de água fria,
mas, muito mais, alimentando-os com a Palavra de Deus (Hb 13.13); guiando-
os pelo caminho da justiça; velando por suas almas (Hb 13.17). O apóstolo
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Pedro, ensinando aos presbíteros, como pastor (e presbítero), lhes assegurou


que teriam o seu galardão, quando Jesus voltar para buscar a sua Igreja: “E,
quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa de glória"
(1 Pe 5.4).
É certamente um galardão diferenciado do que os crentes em geral irão
receber. A “coroa da vida” será dada a todos os que forem fiéis (Ap 2.10);
mas a “incorruptível coroa de glória” está reservada aos pastores que cuidam
das ovelhas de Jesus.
Conclusão
O dom ministerial de pastor só c concedido àqueles a quem Deus escolhe para
liderarem parte do seu grande rebanho, que é a Igreja de Jesus. Em todos os
lugares, estão espalhadas igrejas locais e congregações, que reúnem os
crentes, que aceitam a Cristo. Ali, estão sob os cuidados de pastores ou
líderes, que lhes alimentam espiritualmente com a Palavra de Deus,
ensinando-lhes a servir a Deus, crescendo na graça e no conhecimento do
Senhor Jesus (2 Pe 3.18). É gloriosa a missão do pastor, e muito espinhosa.
Na igreja, ele é o mais visado pelos adversários. Mas, com a graça de Deus e
o apoio dos crentes, pode cumprir sua missão, da qual um dia prestará contas
ao Supremo Pastor.
                                           
CONCLUSÃO

Queridos irmãos, a tarefa que desempenha um obreiro na casa de


Deus, é a tarefa mais alta que um ser humano pode desempenhar na
terra, mas é necessário que façamos como disse o Apóstolo Paulo em
Atos 20.24, “ Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto
que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do
Senhor Jesus, para dar testemunho do Evangelho da graça de Deus.”
Devemos cumprir com alegria a nossa chamada, sendo fiel ao Senhor
da Seara até o fim! Que Deus te abençoe e parabéns!
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EVANGELISMO E MISSÕES
Se puderes, salva os condenados à morte; ajuda os que são levados para o
suplício. Provérbios 24:11.

INTRODUÇÃO. O verdadeiro evangelismo brota espontaneamente de um


coração regenerado pelo poder do Espírito Santo. A minha filosofia a este
respeito, é a seguinte: “Quem não evangeliza precisa urgentemente ser
evangelizado”. Não existe cristão sem missão, assim como não há corpo sem
coração.
            Como disse João Wesley: “Tua incumbência única sobre a terra é salvar
almas”. Mas, no entanto, segundo o que sabemos a grande maioria dos cristãos
nunca levaram uma única alma a Cristo. O doutor Bily Grahm disse certa vez que
um cristão que nunca levou uma alma a Cristo tem uma grande possibilidade de
nunca ter nascido de novo.
            Segundo o Rev. Lázaro Soares de Assis, em sua apostila sobre
evangelismo,  o crente não regenerado manifesta os seguintes sintomas:
a) Marasmo espiritual;
b) A indisposição para com a evangelização;
c) E quando se preocupa com evangelizar é com o objetivo de:
 defender seu ponto de vista;
 de disputar;
 cumprir uma obrigação ( sem compromisso sério);
 de exaltar sua denominação;
            Como disse o Rev. Alcindo numa de suas mensagens acerca da
evangelização: “A teologia da evangelização é está: O Filho veio para glorificar o
Pai, O Espírito veio para glorificar o Filho; de forma que quem está cheio do
Espírito fala do filho”
O crente cheio do Espírito sente-se molestado pela consciência de que
muitos estão indo para o castigo eterno, e por isto ele evangeliza.
O que vamos estudar aqui tem haver com a evangelização, numa
perspectiva nova e atuante que em nome de Jesus trará resultados.

Instrumentos da evangelização

            Ninguém mais tem dúvida quanto ao fato de que se tem que evangelizar,
mais muitos ainda não sabem quais os instrumentos que devem ser  usados
nesta tarefa. E tais, como trabalhadores sem ferramentas, Nunca começam a
obra; Vejamos quais são nossas ferramentas:

O primeiro instrumento é a PALAVRA DE DEUS


            É inconcebível a ideia de se evangelizar sem se conhecer a Palavra, é
obrigação daquele que trabalha na obra manejá-la bem( 2 Tm 2.15), pois o campo
é grande e ela é a semente( Lc 8.11). Devemos estar cheios dela (Cl3.16) para
saber dar razão de nossa fé.
            Evangelizar sem a Palavra, não é evangelizar e sim ideologizar. A
exposição da Palavra do evangelho é o poder de Deus para Salvação.
           
O segundo instrumento é a Oração
            A igreja primitiva cresceu tanto, porque sabia orar. A oração é a respiração
da alma bem como da Igreja do Senhor Jesus.
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I – PORQUE A IGREJA DEVE EVANGELIZAR

Entre tantas outras razões, o crente deve evangelizar devido:

1-    Ao grande propósito da vida do Senhor Jesus (Jo 3:16)

2 - À importância do trabalho a nós confiado (II Co 5:18-20)


1- Um mandamento que o Senhor nos deu (Mt 28:19,20; Mc 16:15-18)
2- Uma obrigação de todo salvo (I Co 9:16)
3- Um dever de todo cristão (II Tm 7:1,2)
4- Um privilégio de cada salvo (Mt 10:32)
5- Uma responsabilidade de cada crente (I Tm 2:4)
6- Um desafio para o ganhador de almas (Sl 126:5,6; At 13:8,12; 17:32-34)
7- Uma prova de que temos a natureza de Deus (I Jo 4:8; Jo 4:34; 10:15,16)
8- Uma dívida de todo cristão (Rm 1:14,15; 13:8)
9- Um sinal de que somos salvos (Jo 4:39; Lc 19:8,9; Jo 1:39-43)
10- Uma necessidade do batismo com o Espírito Santo (At 1:8; 2;1-4)
11- A confiança fora o crescimento da Igreja (Rm 10:14,17s; Ez 37:1-11)

3.    Ao fato de que somente o Evangelho de Cristo tem poder para a salvação do
mundo (Rm 1:16; I Co 2:2; Hb 4:12; II Tm 1:10; Ef 1:13; I Rs 15:1,2)

4- À situação espiritual dos perdidos (At 16:9; I Jo 5:19; II Co 4:4; Jo 14:30;


16:11; II Tm 2:26; Ef 2:2,3; Rm 1:24,26,28-31)

Observação
A situação do pecador é tão crítica, que, biblicamente, podemos apresentá-los
das seguintes maneiras:
a) Com a Bíblia na mão, sem entendê-la, e esperando que alguém ensine (At
8:31; I Jo 2:20,21).
b) Com fome, sem Ter o que comer, esperando de alguém o pão espiritual (Mc
6:35-37; Jo 6:35).
c) Caído na estrada, como morto, esperando que alguém o ajude (Rm 3:23; Lc
10:30-35).
d) No charco de lodo, sem poder sair, esperando que alguém o retire (Sl 40:2; II
Tm 2:26; Jo 8:34; Sl 40:2; Cl 1:13; I Pe 2:9).
e) Levado pela matança, sem poder sair, esperando que alguém o livre (Pv
24:11,12).
f) Sem refúgio esperando alguém cuidar da sua alma (Sl 142:4).

5- Ao fato de que o mundo é uma seara madura para a colheita (Jo 4:35; Mt


9:37; Jl 3:13).

6- Ao fato de que a salvação é um banquete para todos os homens (Êx 5:1;


Sl 23:5; Lc 14:21,22; 15: 24,25).

7- À situação crítica mundial (Tm 3:13)


a) Crises (diversas)
b) Doenças
8- À liberdade total para pregar o evangelho (At 28:31)
Analisando estas razões concluímos que, termos de pregar o evangelho significa:
- Arrancar almas do fogo da condenação (Jd 23);
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- Arrancar as almas da boca do leão (Salomão – Am 3:12);


- Jogar o salva-vidas divino para o náufrago no mar da perdição (Cl 1:13);
- Despertar os que estão prestes a cair no abismo da condenação (Ef 5:14; II Tm
2:23);
- Mostrar a doença, mas apontar o remédio (Nm 21:4-9);
- Mostrar a nudez espiritual do pecador, mas indicar-lhe a que veste a alma (Lc
8:27-35).

II – COMO EVANGELIZAR

Se observarmos na Bíblia, como começar a tarefa de evangelização, podemos


enumerar várias maneiras de alcançar as almas. Porém, sintetizando-as,
podemos alcançar as almas da seguinte maneira:

1- Utilizando métodos específicos


a) Método direto (At 8:30-35; Mt 16:13,15; 21:40)
b) Método indireto (At 3:1-26; 17:15-34)
c) Método da literatura
d) Métodos diversos (Jo 3:1-21)

2- Apresentando a mensagem de maneira apropriada


a) Aproximar-se das pessoas no plano que se encontram
b) Ser atencioso (Jo 4:18)
c) Usar o tato (I Co 9:19-22)
d) Falar com convicção (At 27:25; II Tm 1:12; Jo 9:25)
e) Nunca discutir (II Tm 2:24,25)
f) Ser positivo (At 16:31)
g) Usar sabedoria (Pv 11:30; Dn 12:3)
- Devemos usar a sabedoria divina:
Na aproximação das pessoas (Rm 10:8,9)
Nas palavras a pronunciar (Mt 10:16)
Nos métodos a utilizar (Tg 1:5,6)
h) Dar ênfase ao Senhor e nunca à Igreja (At 9:12; Jo 14:6)
i) Ter conhecimento da Palavra de Deus (II Tm 2:15; 3:15)
j) Ter vida vitoriosa (Rm 12:1,2; I Jo 5:4; Gl 2:20)
k) Fazer diagnóstico e aplicar o remédio Mc 10:17-21)
l) Ter perseverança (Ec 11:6; Tg 5:6)
m) Depender totalmente do Espírito Santo (At 1:8)
n) Enfatizar a maior necessidade (Jo 3:1-3,5)

3- Cooperando de diversas maneiras


a) Orando (Ef 6:19; Cl 4:3; II Ts 3:1)
b) Contribuindo (II Co 9:6-11; I Co 9:7-14; Ml 3:10)
c) Propagando este trabalho
d) Incentivando os que já fazem este trabalho (II Tm 4:5)
e) Incentivando os que não fazem a fazerem este trabalho (I Pe 2:9)
f) Elaborando e selecionando literatura apropriada (I Co 7:7; I Pe 4:10)
g) Traduzindo línguas e dialetos (Mc 13:10; Mt 9:35; Mc 16:15).

       4- Cuidados que precisamos ter quando estivermos evangelizando:


a)    Hospitais
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  Não der palpite médico ou passe remédio para o enfermo;


  Ainda que você ore e o enfermo seja curado, não der alta ao doente, deixe isso
para o médico;
  Não faça discursos prolongados e com alta voz. O hospital é um ambiente que
necessita de muito silêncio.
  Peça permissão à direção do hospital para que você tenha liberdade de fazer suas
visitas.
  Não extrapole o horário da visita. Os parentes e amigos querem visitar o doente.

b)    Presídio
  Não acuse o preso, pois não é este o seu papel;
  Não o jogue contra as autoridades policiais e vice-versa;

c)    Lares
  Bata palmas para que a pessoa venha lhe atender;
  Não entre sem permissão;
  Não tome o tempo todo da pessoa, pois ela tem atividades para cumprir;

d)    Rua
  Não fique brincando;
  Evite discussões;
  Esteja orando em espírito;
  Tenha sempre um sorriso;
  Evite comer, tomar sorvete, distrair-se com algo ou tomar qualquer uma atitude
que indique displicência.

DICAS PARA O EVANGELISMO PESSOAL

1. Ore e peça que Deus lhe dê as palavras certas (Colossenses 4: 2-4)


 2. Mostre amor, quando falar (1Corintios 13:1)
3. Seja sensível e autêntico (1 Tessalonicenses 2:8)
4. Memorize alguns versículos principais (2 Timóteo 2:15).
5. Faça uma apresentação simples (2 Coríntios 11:3).
6. Lembre-se de que Deus vai usar suas palavras (1 Tessalonicenses 1: 5 a ).
7. Aproveite todas as oportunidades para falar de Jesus. (Colossenses 4:5).
8. Fale com convicção e de forma agradável (Provérbios 16:21).

III – ONDE EVANGELIZAR

Disse Jesus "... ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a


Judéia e Samaria, e até aos confins da terra" (At 1:8). Com base neste texto
bíblico, podemos identificar e situar o campo do ganhador de almas nos seguintes
lugares:
1- Para o crente em particular – "Jerusalém"
a) A casa onde reside Evangelização de familiares
b) A rua onde mora Evangelização de vizinhos
c) O transporte que utiliza Evangelização de passageiros
d) O local onde trabalha Evangelização de companheiros
e) A escola onde estuda Evangelização de colegas
f) O local onde faz suas compras Evangelização de conhecidos
P á g i n a | 68

g) As visitas que faz Evangelização de parentes, colegas...

2- Para a Igreja local- "Jerusalém, Judéia e Samaria"


a) O bairro onde se localiza
b) A cidade onde se situa
c) Os locais circunvizinhos
d) Os locais de aglomeração
e) Os estabelecimentos de ensino
f) As casas de saúde
g) Os locais de diversão
h) Presídios e casas de detenção
i) Religiões e seitas
j) Grupos étnicos diversos
k) Os desviados
l) Os grupos abastados
m) Áreas carentes de nossa pátria

3- Para a Igreja universal – "Confins da terra"


a) Todo o mundo (Mc 16:15)
b) Todas as nações (Mt 28:19)
c) Toda a criatura (Mc 16:15)
d) Todas as gentes e raças (Mc 13:10)
e) Todas as aldeias (Mt 9:35)
f) Em todo o lugar (At 17:30)
g) Confins da terra (At 1:8)

4- Resumindo, o crente pode ganhar almas


a) Em sua casa (I Tm 5:8)
b) Entre familiares (Lc 8:39)
c) Entre colegas (Jo 1:41-45)
d) Nas conduções (At 8:27,31)
e) Nas praças (At 17:17)
f) De casa em casa (At 20:20)
g) Em todo lugar (At 17:30)

      O campo do ganhador de almas é o mundo (Jo 4:35; Lc 8:4-15).


IV – QUEM PODE EVANGELIZAR
1-    Anjos não podem (I Pe 1:12; Hb 1:14)

2- Todos os salvos, obreiros ou não, foram chamados para esse trabalho


a) obreiros – I Co 9:19-22; At 10:34,35; 7:1-60; 8:4-13
b) Crentes em geral – At 8:1-4; 11:19-21

3- Fomos chamados para essa tarefa (I Pe 2:9; Jo 15:16; Sl 126:6)


- A tarefa de evangelizar é:
Importante (Pv 24:11)
Sublime (Mt 4:19)
Espiritual (II Co 5:20; At 28:31)
Urgente (Jo 9:4)

4- Somente o cristão poderá fazer esta obra (Mt 10:8; Lc 9:13)


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- O salvo tem plena condição de pregar, pois está experimentando diariamente o


efeito da salvação da sua alma no tríplice aspecto apresentado pela Bíblia:
Salvação no passado (Rm 6:23)
Salvação no presente (Rm 6:14)
Salvação no futuro (I Co 15:52-54)
5- O amor de Cristo constrange o cristão a ganhar almas (Jo 3:16; I Jo 3:1;
Ap 1:5; Rm 5:9; At 5:41; 21:13)

      Só a Igreja do Senhor, que é constituída do seu corpo, é quem pode reagir a
tarefa da Evangelização. E cada membro desse corpo é responsável pela triste
situação do mundo, que desconhece a convicção do senhorio de Cristo como
Salvador e Libertador da humanidade, sendo o único mediador entre Deus e o
homem.
Que a Igreja, em cada cristão, possa através do poder de Cristo Jesus, assumir
sua posição da Grande Comissão, nestes últimos dias, na terra, conscientes da
sua responsabilidade e para com o Reino de Deus.

V – QUALIFICAÇÕES PARA QUEM VAI EVANGELIZAR


Mencionamos algumas das condições necessárias para ser um próspero
ganhador de almas:

1.    Ser convertido (Lc 22:32; At 16:21)


2-    Ter bom testemunho (I Tm 3:7)
3.    Ter conhecimento pessoal do Salvador (Jo 3:11; At 22:15)
4- Ter ardente amor pelas almas (I Co 9:21)
O amor no coração de alguns servos de Deuis, na história:
* Henrique Martin – "Agora deixem-me consumir por Deus".
* Whitefield – "Se não queres dar-me almas, retira a minha".
* Hyde – "Pai, dar-me almas ou eu morro".
5- Ter profundo amor a Jesus (At 21:13; 5:41; II Co 5:11-14)
6- Ter conhecimento da palavra de Deus (II Tm 2:15; At 8:35)
7- Ter convicção da salvação (Rm 8:16: Jo 6:69)
8- Ser cheio do Espírito Santo (Zc 4:6)
9- Viver o que prega (Rm 2:21,22)
10- Ser irrepreensível para não ficar reprovado (I Co 9:25-27; Is 52:11)
11- Ser exemplo para ganhar almas sem pregar (I Pe 3:1,2) – Eliseu (II Re 4:9),
Abraão (Gn 23:6).
12- Ser um vaso santificado (II Tm 2:21; I Ts 4:4; Sl 51:7,10,13; Is 52:11; Ef 4:1)
13- Ter a palavra de Deus no coração (Mt 12:34; Lc 6:45; Rm 10:8)
14- Ter sabedoria (Rm 11:30; Dn 12:3)
15- Ser crente de oração (Lc 18:1; Mt 26:41)

      Quando um crente vive uma vida de acordo com os padrões bíblicos, o seu
trabalho tem êxito. Pois, os padrões bíblicos qualificam o crente, fazendo dele um
cristão, pronto para atender o apelo da Grande Comissão – que é obedecer a
Cristo, na evangelização do mundo.

VI – QUANDO EVANGELIZAR
P á g i n a | 70

A Bíblia diz que "... há tempo para todo o propósito debaixo do céu" (Ec 3:1); mas,
quando se trata de ganhar almas o cristão deve testificar:
1-    Agora (II Co 6:6)
2- Tempo e fora de tempo (II Tm 4:2)
3- Quer ouçam quer deixem de ouvir (At 7:54,56; 7:57)
4- De madrugada (Mt 20:1)
5- De manhã (hora terceira – 9 horas) (Mt 20:3)
6- Na hora do almoço (hora sexta e nona – 12 e 15 horas) (Mt 20:5)
7- À tarde (hora undécima – 17 horas) (Mt 20:6)
8- À noite (At 16:31,33)
9- Hoje (Hb 3:15; II Co 6:2)
10- Enquanto é dia (Ec 11:4; Jo 9:4)

VII. A Experiência do Espírito Santo e a Evangelização


Texto: João 20.19-23 e Atos 2.1-4

1. Enviados por Cristo:


    Ao lermos o evangelho de João, podemos verificar que, antes de sua
ascensão, Jesus visita os seus discípulos, que após os acontecimentos da
crucificação, eram homens amedrontados.
    Medo é o que os qualifica, fechados dentro da casa, recolhidos em receios e
inseguranças. Jesus aparece ressuscitado diante deles e pronuncia a sua
saudação: Paz seja convosco! Seguindo esta saudação, Jesus pronuncia o envio:
Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio. Homens inseguros,
medrosos, escondidos, refugiados no receio da morte; Jesus aparece diante deles
e lhes diz: Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio.
     Após a ressurreição, essa missão, é a única palavra que Jesus dirige aos
discípulos; ela nos diz tudo: "eu vos envio"!!!

2. Fortalecidos pelo Espírito:

     Logo adiante os discípulos iriam provar da perseguição e do martírio, porque o


mundo reage assim, como reagiu diante de Jesus; do mesmo modo reagiria
diante dos seus enviados, porque lhes opõe o testemunho que dão. Se o mundo
não os enfrentasse, seriam ainda os continuadores de Jesus Cristo?

    A missão deve suscitar essa oposição, porque ela não pode deixar de descobrir
a mentira, o homicídio, o ódio que procedem do pai das mentiras e escravizam o
mundo. Deixar o mundo na sua escravidão não é cumprir a missão delegada por
Jesus Cristo.

   Eis o desafio da missão em todos os tempos. A tentação do silêncio é grande.


Não faltam motivos e justificativas. A própria preocupação pelo porvir da Igreja
seria a tentação mais insidiosa. Para reservar à Igreja suas possibilidades futuras,
prefere-se ficar calado no presente. A defesa da institucionalização da palavra de
Deus faz com que essa palavra não seja pronunciada. Guardam-na com tantos
cuidados e tanta proteção que essa palavra não ressoa no mundo, ou ela é
recitada de modo puramente ritual ou formal, de tal sorte que não atinge nada
nem a ninguém.

   A história nos mostrou isso: enquanto a Igreja estava debaixo da perseguição
romana dos primeiros séculos ela avançava corajosamente. Quando em 311 o
P á g i n a | 71

imperador romano Valério proclama o Édito de Tolerância ao cristianismo e dois


anos mais tarde, em 313, o Édito de Milão, pelo imperador Constantino, que havia
se convertido ao cristianismo, inicia-se um período que os historiadores chamam
de "a institucionalização da Igreja" ou a "constantinização do cristianismo" - agora
o cristianismo é a religião oficial do império; aí se iniciou um período de calmaria e
a Igreja deixou de avançar no mesmo ritmo missionário.

    Vejam bem: Não estou fazendo apologia da perseguição ou do sofrimento, não!


Estou tentando demonstrar que, surpreendentemente, no tempo de dor, de medo
e perseguição a Igreja dava sinais de maior coragem missionária, impulsionada
pelo Espírito, e no tempo de calmaria, dava sinais de acomodação ao status.

    O que fez diferença naquele primeiro momento de coragem e ímpeto


missionário? Afinal eram homens que estavam trancados em seus medos e
frustrações. O que transformou estes homens? O que lhes atribuiu ímpeto?

3. No Cumprimento da missão

    Diz-nos a sequência do texto de João, que, "...havendo dito isto ( Assim como o
Pai me enviou, eu também vos envio), soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o
Espírito Santo" (v 22). Aqui havia uma diferença, Jesus encorajava aqueles
homens com a sua própria presença, com o seu sopro de vida e coragem, com a
presença do Espírito Santo. Eles não estavam sós!
    O Evangelho de Mateus, ao se referir a este último encontro de Jesus com
seus discípulos, atribui a Jesus a seguinte promessa: "E eis que estou convosco
todos os dias até à consumação do século." (Mt 28.20b) A presença de Jesus e
do Espírito Santo, a presença de Deus Pai, Filho e Espírito Santo, em todas as
suas múltiplas expressões, faz a diferença necessária para o cumprimento da
missão.

M  I  S  S  I  O  L  O  G  I  
A
 
1.    Conceitos

MISSIOLOGIA: Ciência que tem por objetivo o estudo do cumprimento da


Grande Comissão que o Senhor Jesus entregou à sua igreja. A missiologia
dedica-se, principalmente ao caráter transcultural da tarefa evangelizadora.

MISSÃO: Até o século XVI o termo “Missão” era utilizado exclusivamente


com referência a Doutrina da Trindade.

    O Pai enviou                  


P á g i n a | 72

                                               O Filho                     

                                                                       Ambos enviaram o Espírito Santo

Desde a década de 1950 o sentido de “Missão” aumentou:


a) Mandar missionários a um território designado.
b) As atividades realizadas por missionários.
c) Uma área geográfica receptora da atividade missionária.
d) Uma agência missionária.
e) O mundo não cristão “campo missionário”.
f) A sede de uma missão.
g) Uma congregação local sem pastor próprio e dependente da igreja mãe.
h) Uma campanha evangelística em um lugar cheio de cristãos nominais.

Um enfoque mais teológico de “Missão”:


            a) A Propagação da fé.
            b) A expansão do Reino de Deus.
            c) A implantação de novas igrejas.

     O termo missão vem do latim, portanto, não aparece na Bíblia , mas
encontramos a ação missionária de gênesis a apocalipse. Missão é a transmissão
consciente e planejada das boas novas de Cristo além das fronteiras nacionais e
culturais. Missão é o ato de enviar alguém com autoridade para realizar um
trabalho.
     Dizem que não deveríamos fazer distinções entre evangelismo e missões. Mas
as distinções existem na extensão e nos objetivos. Evangelismo é restrito,
missões é abrangente. Evangelismo é restrito porque se prende a pregação do
evangelho. Missões é abrangente porque inclui a organização e estruturação de
igrejas, preparo e desenvolvimento de obreiros e, também é essencialmente a
evangelização.

Tipos de Missões
a. Local – está relacionada às localidades municipais e adjacentes à igreja local.
b. Regional- Corresponde as regiões do Estado. Esta relacionada as mais diversas
regiões do estado onde encontra-se a Igreja Local.
b.    Nacional – engloba o país inteiro. Envolve também os aspectos culturais. Alguns
estados brasileiros têm costumes diferentes (hábitos alimentares     , vestuários,
palavras regionais, especialmente entre tribos indígenas).
c.    Transcultural
                 O QUE É MISSÃO TRANSCULTURAL
       Quando falamos de missão transcultural, estamos falando do esforço da
Igreja em cruzar qualquer fronteira que separe o missionário de seu público alvo.
Para se engajar na missão transcultural, você não tem que, prioritariamente
cruzar barreiras político-geográficas. Porém, em nosso caso teremos que
necessariamente cruzar barreiras mais conhecidas como a da linguística, dos
costumes, das etnias, das religiões, além das sociais, morais e etc.
P á g i n a | 73

           Missão transcultural e/ou a evangelização transcultural deve ser a mais


alta prioridade no evangelismo, hoje. Precisamos alcançar estes 1,5 bilhões de
pessoas que estão distantes culturalmente de nós e que nunca ouviram as boas
novas de salvação em Cristo Jesus. Tornar a igreja acessível para cada um
desses povos e permitir que eles entendam claramente a mensagem e tenham
condição de respondê-la positivamente é nossa missão.
    O Deus da Bíblia é o Deus da História. Ele tem um propósito para ela. A Bíblia
toda é clara quanto a isso e descreve este propósito do inicio ao fim. Se cremos
que a Bíblia é a Palavra de Deus devemos crer necessariamente que missões
transculturais é o programa de Deus, visto que de Gênesis ao Apocalipse ela nos
revela o amor de Deus pelas nações da terra. (Gn.12:3b; Is.49:6; Apoc.5:9)

     Alguns obstáculos a Missão Transcultural:

A. GEOGRAFIA
    Muitos dos que necessitam de evangelização estão longe de nossa casa.
O alvo então deve ser duplicado. Deve-se enviar alguém disponível para ir a
esse lugar e também devemos nos esforçar para conquistar o nosso país,
assim partiremos para o mundo. Precisamos de uma estratégia definida de
conquista da nação para Cristo.
    O desafio geográfico só é vencido através de pessoas que saiam de seu
lugar de origem e se dirijam aos lugares remotos. Contudo, a permanência
de alguém de fora em um determinado país vai acarretar custos de
transporte, sustento e preparo para o retorno.
    Quem sai de sua casa para pregar o evangelho, deixa para trás todo um
alicerce de vida que é impossível levar consigo. Por isso, a igreja deve ter
atitudes que diminuam ao máximo essa separação.

     Um grande desafio para a evangelização é a JANELA 10/40. É a região


onde habita 66% da população mundial, e ocupa 33% da área total do
planeta, compreende 62 países. Essa região estende-se desde o oeste da
África até ao leste da Ásia, e é compara a uma janela retangular, encontrada
entre os 10 e 40 graus ao norte da linha do Equador. Todas as terras bíblicas
encontram-se nessa janela, aqui predomina os seguidores do Islamismo,
induísmo e budismo. A janela 10/40 é conhecida como o cinturão; nelas se
encontram as fortalezas de Satanás, pois 37 dos 50 menos alcançados do
mundo localizam-se nessa região.
 
     No Brasil, há lugares acessíveis apenas por barcos e após longas horas,
ou dias, de uma cidade. Isso implica em abandono de toda sorte de
saneamento básico, eletrificação, assistência hospitalar, meios de
comunicação, etc... Mas lá há vidas pelas quais Jesus morreu.

B. FINANÇAS
    A maior barreira é converter o bolso do crente. Hoje só se investe naquilo
que é palpável. Poucos querem investir em algo que não poderão mensurar,
e nem que seja a longo prazo.
A melhor estratégia é sustentar o autóctone (nacional) para que ele
evangelize.
    Uma igreja consciente de sua missão, estará preocupada em providenciar
um sustento digno para o missionário, para que ele não seja envergonhado
P á g i n a | 74

diante daqueles a quem pretende evangelizar. Além disso, deve-se preparar-


se para emergências de saúde, viagens e para o retorno definitivo do
missionário (tipo aposentadoria digna, uma casa, etc...)

C. CULTURA
    Muitos vão ao campo missionário levando sua bagagem cultural como
correta e vão encontrar muitos obstáculos. O livro “Costumes e Culturas”
de Bárbara Burns dá alguns exemplos dessa barreira e o livro “Tochas de
Júbilo” demonstra que esse desafio não é exclusivo do homem branco.

    O grande desafio é identificar o que é pecado e o que é característica


cultural. Por ex.: o jeitinho brasileiro é característica cultural ou mentira
disfarçada?

D. AMARRAS
     Muitas coisas têm amarrado nossas vidas, nos impedindo de obedecer
ao chamado de Jesus:
CARNE – que não quer sofrer, quer ter sempre mais benefícios e facilidades,
quer ter lazer e descanso, não quer passar fome, quer ter medicamentos a
mão e transporte fácil.
MUNDO – que nos atrai e nos enche de desejos ambiciosos, nos fazendo
crer que necessitamos de todas as novidades tecnológicas. O mundo nos
invade alterando nossa mente para justificar-se diante da omissão
missionária, por ex.: alguém irá em meu lugar; Deus me chamou só para
orar; eu já sou dizimista; quando meus filhos casarem eu vou; quando me
aposentar irei; hoje o evangelho está disponível a todos pela tv; etc... Rm
12:1-2 para eles
DIABO – que não quer ver uma igreja fora das 4 paredes. Precisamos ver
que muitas das coisas que têm acontecido que julgamos ser Deus dizendo
que não é para irmos na verdade são armadilhas do diabo para nos impedir
de ir (II Tm 2:26; Cl 4:3-5; Rm 1:13; 15:22; I Ts 2:18; Ef 6:11)

2.    História de Missões

    A história do cumprimento do mandato de Jesus de se fazer discípulos de


todas as nações confunde-se com a história do Cristianismo. Como não poderia
deixar de ser, ao fazer missões, a Igreja cresce.
Ao logo da história, tivemos vários períodos distintos, e muitos nomes se
destacaram como homens e mulheres de valor. O Pr. Bertil Ekström, em seu livro
“História de Missões” nos cita uma longa lista deles. Também, segundo Bertil, os
discípulos de Jesus tomaram o seguinte rumo:
João - na Ásia
Pedro - em Ponto, Galácia, Bitínia e Capadócia
Mateus - outras nações
Bartolomeu – Índia
Tomé - entre os partos (Iran, Iraque, Paquistão), Índia
Marcos - no Egito
Simão, o zelote - na Pérsia
Tiago, o grande - na Espanha
Tiago, o justo - na Arábia
Filipe - na Frígia”
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      Após a Reforma Religiosa de Martinho Lutero, surgiram alguns grupos que


tentaram reiniciar missões protestantes:

1.    OS PURITANOS - o nome é originado da vontade de purificar-se dos resquício


católicos romanos. A ideia puritana expandiu-se também para a purificação da
sociedade por parte dos seus seguidores. Um dos mais famosos puritanos é John
Bunyan, autor de “O Peregrino”. Em termos missionários, apenas a influência
puritana deixada a algumas Igrejas foi contribuição dos puritanos. Este movimento
surgiu no século XVII.

2.    PIETISMO - Originou-se no meio da Igreja Luterana, no final de 1600, e propunha


reformas à tradição protestante que já se acomodava. Phillip J. Spener (1631 -
1705) é considerado o Pai do Pietismo. Os pietistas influenciaram grandemente o
trabalho missionário de sua época.

3.    A MISSÃO HALLE - Esta foi a primeira missão europeia as enviar missionários.
Nasceu de uma união com o governo dinamarquês e os pietistas.

4.    OS MORÁVIOS - Talvez sejam os mais exemplares dos movimentos missionários


até hoje. De cada 60 membros, 1 era missionário, que foram enviados a todos os
cinco continentes. Seu Líder era o Conde Nicolau Ludwing Zanzerdof (1700 -
1760).

     Ao longo dos 1600 anos seguintes, a Igreja passou por muitas transformações,
mas a partir do ano 1750, tem-se início o período de Missões Modernas, que
resumimos assim: Os dois nomes mais famosos destas era, também chamada de
1º era de missões modernas são Willian Carey e Hudson Taylor.

    Carey é conhecido com o pai das missões modernas. Em 1792 publicou um


livro, “Uma inquisição sobre a responsabilidade dos cristãos usarem meios para a
conversão dos pagãos”, que influencia vários líderes posteriormente. Foi ele que
disse: “espere grandes coisas de Deus; tente grandes coisas para Deus”. Ele
fundou a Sociedade Missionária Batista e seguiu para a Índia. Desenvolveu um
dos mais expressivos ministérios missionários.

    Hudson Taylor (1832-1905) - Filho de um farmacêutico, ainda na Inglaterra


abdicou do conforto e, em 1853 viajou para China. Foi o pioneiro nas “missões de
fé”. Organizou a Missão para o Interior da China. Taylor mudou dois conceitos até
então não percebidos por seus antecessores: as necessidades dos povos no
interior dos países e não apenas missões no litoral e, a vida pela fé no ministério.
Destacou-se também pelo grande amor aos chineses e o intenso desejo de se
identificar culturalmente com o povo. Outros nomes importantes são:

 Adoniram Judson (1788 - 1850) - Missionário nas Índia e na Birmânia.


 Robert Moffat ( 1795 - 1883) - Pioneiro em missões na África do Sul.
 David Livingstone (1813 - 1873) - Um dos mais famosos missionários ao
interior da África.
 Robert Morrison (1782 - 1834) - Na China, foi o primeiro a traduzir a Bíblia
para Chinês.
 John Paton (1824 - 1907) - Desenvolveu um belíssimo trabalho nas Ilhas
do Pacífico.
P á g i n a | 76

    É importante destacar o trabalho dos jovens em missões em cerca de 200


anos, desde Zinzerdof até o Movimento Voluntário Estudantil.

    Zinzerdof, líder dos Morávios foi aluno da Escola Paedagogium, em Halle,


Alemanha. Lá organizou a Ordem Do Grão Mostarda, junto com os outros cinco
jovens. Como resultado, em 1732, foram enviados os dois primeiros missionários
morávios para a Ilha São Tomé, nas Antilhas.

     Charles Wesley entrou para faculdade da Igreja de Cristo em 1726, onde seu
irmão, John, formara-se no ano anterior. Ele organizou o “Clube do Santos” e
oravam sobre as oportunidades para operações missionárias. Como
consequência, John viajou para a colônia da Geórgia (atual estado da Geórgia no
E.U.A) para evangelizar os índios.
Charles Simeon foi outro estudante a organizar grupos com motivação a
atividades missionárias na Universidade de Cambridge.

    Samuel Mills foi o fundador de um dos mais expressivos movimentos do séc.


XIX. A história formada por Mills tem sua origem no que ficou conhecido de “a
oração do monte de feno”. Em 1806, Mills e mais quatro colegas foram orar, como
de costume, quando foram pegos de surpresa por uma tempestade. Esconderam-
se debaixo de um monte de feno e enquanto aguardavam a chuva passar, oraram
ardentemente por um despertamento no interesse dos trabalhos missionários
entre os estudantes. “ Foi a partir desta reunião do monte de feno que o
movimento de missões estrangeira das Igrejas dos EUA tiveram seu impulso
inicial” Ralph Winter - Missões Transculturais - vol III).

    O Movimento Voluntário Estudantil - MVE tem suas raízes na oração do monte
de feno, realizada no Willians College. Em 1886, 251 estudantes reuniram-se no
Monte Hermon para uma série de estudos. Como consequência cem alunos se
voluntariaram para missões no exterior. Durante os dois anos seguintes, Robert
G. Wilder e John Forman visitaram 167 escolas e faculdades divulgando a visão
do MVE, conseguindo sensibilizar 2106 estudantes que se decidiram com
missionários. Cinco anos depois, os números eram: 6200 estudantes voluntários
de 352 escolas ; 321 voluntários partiram para o exterior; 40 faculdades e 32
seminários participavam do sustento dos voluntários.

     Por que não falarmos de Gunnar Vingren e Daniel Berg, missionários suecos,
que vieram para o Brasil em 1910 e que através de suas vidas começa o
Movimento Pentecostal, que deu origem as Assembleias de Deus no Brasil em
18 de junho de 1911, na cidade de Belém do Pará. As Assembleias de Deus,
hoje, é a maior denominação evangélica do país, graças a missões.  

História das Missões na Igreja Brasileira do Século XX


     Por muito tempo, o Brasil foi apenas um campo missionário de
organizações estrangeiras. As igrejas brasileiras demoraram a despertar para a
sua responsabilidade missionária junto a outras culturas e povos. Algumas
razões para isso são as seguintes:
1. A maioria dos missionários estrangeiros não ensinou aos membros
das igrejas brasileiras o imperativo da Grande Comissão.
P á g i n a | 77

2. As missões transculturais eram vistas – a continuam sendo para


muitos – como um trabalho para estrangeiros, pessoas com mais
dinheiro ou líderes de missões em outros países.
3. A ideia de “destino” ou de que Deus vai dar uma solução para os
povos que não conhecem o evangelho, tem levado as igrejas brasileiras
a se acomodarem quanto ao trabalho missionário no próprio Brasil e no
restante do mundo.
4. Muitos acham que não se deve “sacrificar” os obreiros brasileiros,
enviando-o a outras terras. O Brasil precisa deles, pois ainda não está
evangelizado.
5. Finalmente, muitos argumentam que não temos condições nem
preparo.
     Para este estudo, é importante traçar as distinções entre alguns tipos de
missões. Primeiramente, existem as missões nacionais e estrangeiras. Em
segundo lugar, existem missões monoculturais e transculturais. Estas últimas
são as que visam transpor barreiras culturais para evangelizar e plantar
igrejas. É o caso dos que trabalham com grupos étnicos no Brasil, como os
indígenas, ou com os povos de outros países. Há também aqueles que se
especializam no trabalho com subgrupos ou subculturas, como viciados em
drogas, presidiários, homossexuais, prostitutas (exemplo de jovens que
evangelizam “garotas de programa” em São Paulo). Por outro lado, é possível
fazer missão monocultural em outros países, como junto aos brasileiros que
residem nos Estados Unidos.
     As igrejas evangélicas do Brasil são fruto do trabalho de igrejas e
organizações missionárias norte-americanas e europeias. Na primeira metade
do século XIX, surgiram as igrejas protestantes compostas de imigrantes
(anglicanos e luteranos). Em seguida, na segunda metade do século, as
principais denominações históricas iniciaram suas atividades entre os
brasileiros (congregacionais, presbiterianos, metodistas, batistas e episcopais).
No início do século XX, o pentecostalismo também começou a implantar-se
firmemente em solo brasileiro. Alguns missionários de destaque foram:
Daniel P. Kidder, Robert e Sarah Kalley, Ashbel G. Simonton, Anna e
William Bagby, e Gunnar Vingren e Daniel Berg.
     Foi somente no início do século XX que as igrejas evangélicas brasileiras
começaram a envolver-se em missões transculturais, no Brasil e em outras
terras.
3.    COMO FAZER MISSÕES?
A implantação de igrejas deve obedecer no mínimo, quatro aspectos
fundamentais:

ASPECTO JURÍDICO:

    Ainda hoje, a maioria das igrejas continua a fazer missões mais na base da
emoção e improvisação, do sendo com razão e organização. Muitos missionários
passam por problemas que poderiam ser evitados se pequenas e simples
providências preliminares, quanto ao aspecto jurídico do estabelecimento primeiro
P á g i n a | 78

de uma pessoa ao família em outro país, assim como do trabalho em si, fossem
adotadas (antes) do obreiro sair do país. A maioria das igrejas (missionárias),
preocupa-se mais com o culto de despedida, do que com a fixação do obreiro no
lugar onde vai. O aspecto jurídico envolve todas as providências de natureza legal
e organizacional que devem ser adotadas para que o enviado possa estabelecer-
se em outro lugar, com reais possibilidades de sucesso.

Exemplo 1- Quais as exigências que o pais "A" faz para admitir um


estrangeiro, quanto a vistos etç. ? É possível entrar no pais "A" como
missionário cristão?
Exemplo 2 - Qual a moeda em vigor no pais "A" ? De quanto precisa para
manter uma família e um trabalho em si ? É possível fazer remessas de
dinheiro ?
Exemplo 3 - Escolas nacionais aceitam alunos estrangeiros ? Sob que
condições ? Qual é a equivalência escolar seguida ?
Exemplo 4 - É possível estabelecer-se um trabalho evangelístico ou é
necessário usar outra estratégia ? Filantropia, etç.?
Exemplo 5 - Quais as exigências legais para registrar-se uma igreja, um
ministério ou outro tipo de organização naquele pais ?
     Estas perguntas se respondidas adequadamente antes do missionário e sua
família saírem para o campo, evitarão problemas e muitas decepções.

ASPECTO CULTURAL

    O aspecto cultural diz respeito a cultura de cada povo ou grupo social, com o
qual se pretende trabalhar. O respeito a cultura pode conduzir a um sucesso mas
rápido e um alcance mais abrangente. Não respeitar os valores culturais de um
povo ou grupo social, reduzem as possibilidades de sucesso, o alcance do
trabalho e quase sempre conduzem o obreiro ao fracasso.

IMPORTANTE: Não confundir cultura com tradição, nem aceitar como valor
cultural aquilo que a Bíblia Sagrada, declara ser pecado contra Deus.

MISSÃO TRANSCULTURAL
    Em rápida análise, nada mais é do que evitar aculturar-se, isto é: assimilar a
cultura do povo para onde vai, assim como evitar impingir, forçar há culturas
avançadas ou atrasadas, todas elas são iguais. O grande objetivo do missionário
no estrangeiro, depois de ganhar as pessoas para Cristo, é transferir para elas
uma cultura bíblica, cristã, substituindo os valores culturais que contrariam a
Palavra de Deus, pelo seguir a Cristo como um valor e objetivo melhor.
     Ex. As tradições da África quanto ao casamento, esposas, trajes etç.
As tradições culturais de outros povos quanto aos usos e costumes, assim como
ao uso moderado de bebidas, charutos etc.

IMPORTANTE: Cada país tem uma cultura eclesiástica diferente, relativa a


ordem do culto, uso de véu, joias, e adereços, roupas etç. Muitos por não
respeitarem isso entram em choque com as lideranças locais, em valores
que poderiam ser perfeitamente compreendidos, devido as diferenças
culturais.

O QUE A BÍBLIA FALA SOBRE ISSO ?


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Gn. 24 ( a história de Isaque e Rebeca, especialmente no princípio e no fim )Gn.


46:33,34 ; 1Cor. 11:13-16; 1Tim. 3:3-8, etç. etç.

ASPÉCTO ÉTICO

     O aspecto ético diz respeito a ética bíblica e ministerial que deve ser
obedecida quando alguém decide abrir um trabalho, implantar uma igreja etc.
     Uma vez li a seguinte frase; A ÉTICA ESTÁ MORRENDO! Pode aparecer
exagerada, no entanto não é. Esta frase infelizmente a dada dia que passa torna-
se mais próxima da realidade. O desrespeito a ética ministerial e
consequentemente a ética bíblica é maior e mais frequente a cada dia. Seja por
parte de obreiros que invejam, desejam e querem tornar mesmo usando de
métodos anti-bíblicos o lugar de outros. Seja aqueles que se aproximam de uma
igreja já estabelecida ( e quase sempre caminhando bem) com ar de coitadinho,
pedindo ajuda, para logo em seguida, por em dúvida a autoridade do pastor local,
drenar finanças e muitas vezes dividir o trabalho.

COMO FAZER PARA EVITAR ISSO ?


    Primeiro, ter convicção do seu chamado para o ministério em estrita obediência
a vontade de Deus. Ter em mente que sucesso não se mede por uma grande
igreja, mas sim por viver e trabalhar no centro da vontade de Deus.
Finalmente, obedecendo princípios bíblicos fundamentais para a ordenação de
obreiros, prova de chamada, preparação e envio para local determinado por
Deus. Exemplo Lc.24:47-49 ; At.1:8; 6:3; 8:26, 13:1-3; Fp.2:25-27; 1Tm.3:1-
12;Tt.1:5.

ASPÉCTO ESPIRITUAL

    Diz respeito à chamada do obreiro, sua motivação, preparação, envio,


necessidades da obra, qualificações seculares e eclesiásticas etç., etc. Não se
ordena um obreiro por se gostar dele, ou por grau de parentesco, ou pelo mesmo
ter um curso superior ou grau teológico etç, mas sim por indicação e chamada
divina. A razão de muitos fracassos está nas origens da inclusão da pessoa na
condição de obreiro. É isso que muitos líderes deveriam obedecer antes de
indicarem e / ou porem as mãos sobre alguém, consagrando-o para a obra de
Deus. Dt. 31:7,8,23; 34:9; Js. 1:1-3; Exemplo 1Reis 19:16-21; 2Reis
2:2,4,6,9,13,14; At.6:3; 13:1-3.
     O aspecto espiritual foi colocado propositalmente no final desta dissertação,
para mostrar que todos são interdependentes, seguir um e abandonar o outro,
pode significar fracasso. Rejeitar qualquer um deles é erro que pode custar o
preço de muitas vidas, famílias, obreiros, recursos etç. Segui-los é simples,
objetivo, bíblico e divino, pois o nosso Deus é Deus de ordem, métodos, razão,
disciplina, organização etc.

4.    A missão da Igreja é Missões

     Quando pensamos porque a igreja existe, logo nos vem ao pensamento a


palavra de Pedro: "a fim de proclamardes as virtudes daquele que nos
chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" (1 Pe. 2.9). A primeira frase
diz o propósito de Deus para nós. “Afim de” significa finalidade, objetivo, razão de
existir.
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    Alguém perguntaria “porque Deus nos salva e logo nos envia a testemunhar
aos outros?” A Bíblia diz que Ele nos salvou para sermos uma nação santa, povo
de propriedade exclusiva Dele, ou seja, ministros, embaixadores (representantes)
do Reino de Deus e nos envia para alcançar os outros. Ele os ama e quer chamá-
los também para o seu Reino. E nós — e não os anjos — temos o privilégio de
sermos "mensageiros de Deus", representantes do Reino (nação) celestial.

EXPRESSÃO DO AMOR DE DEUS


1) – Missões é expressão do amor de Deus. A essência de Deus é amor. O maior
ato de amor é dar a sua vida pelo outro. O amor move os nossos corações pelos
outros para ajudá-los, através de atos concretos e interesses genuínos, a
compreender o amor de Deus.

AMOR
2) - A fé opera pelo amor (Gal 5.6). Essa afirmação das Escrituras explica o
principio ativo (eficaz) de missões. Quando amamos de verdade algo misterioso é
comunicado ao coração do outro e aí então acontece a conversão, vontade de
servir, de imitar a fé do outro, de viver para Cristo. A fé meramente intelectual é
fria, não gera vidas transformadas, apenas convence a mente. Não muda
radicalmente o coração. A tendência é tornar-se morta. Ser reformado é bom,
mas ser transformado é melhor. Amar o próximo agrada mais a Deus.

RELACIONAMENTO AMOROSO
3) - Missões não é estratégia. É relacionamento amoroso. Muitos leem livros
sobre evangelismo, métodos e técnicas mas são pouco eficazes na
evangelização. Outros nunca leram um só livro sobre o assunto mas são frutíferos
porque os seus corações estão cheios de amor fraternal e prontos a suprir certas
necessidades. O que está no coração transborda para o outro. Amor é o melhor
método evangelístico. O amor é mais forte que o poder das trevas.

ESTILO DE VIDA
4) - Missões não é programa. E estilo de vida. Não estamos falando de missões
porque recentemente tivemos um mês (agosto) dedicado a isso. Queremos viver
missões. Para isso, precisamos pedir a Deus um coração e uma mente
missionária para imitar o que Paulo viveu: “Porque sendo livre de todos, fiz-me
escravo de todos a fim de ganhar o maior número possível...fiz-me tudo para
todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns. Tudo faço por causa do
evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele". (1 Co. 9.19,22-23) É isso
que Jesus espera de nós, viver para Ele.

GLÓRIA DE DEUS
5) - Missões é para manifestar a Glória de Deus. Não estamos buscando adeptos
para a nossa religião. Não estamos querendo ser a maior e a mais importante
igreja da cidade, nem estamos a procura de poder ou prestígio. Queremos
obedecer a Palavra de Deus: "Portanto quer comais, quer bebais ou façais outra
coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus, não vos torneis causa de tropeço
nem para os judeus nem para os gentios, nem tampouco para a igreja de Deus”
(1 Co. 10.31-32). Missões é a razão de existirmos, de vivermos em Cristo.
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CONCLUSÃO. Quando amamos uns aos outros, isso transborda para o mundo
perdido. Se amarmos os perdidos, eles "sentirão" o amor de Deus e virão a
Cristo.
Precisamos ter a doutrina correta e o coração sensível ao mundo perdido. Quem
não está se esforçando para ganhar outros, está desobedecendo ao Senhor.
Faça de seu trabalho, estudo, lazer, uma ponte evangelística.

RELIGIÕES, SEITAS E HERESIAS


Introdução

Heresia deriva da palavra grega háiresis e significa: "escolha", "seleção",


"preferência". Daí surgiu a palavra seita, por efeito de semântica.
Do ponto de vista cristão, heresia é o ato de um indivíduo ou de um grupo
afastar-se do ensino da Palavra de Deus e adotar e divulgar suas próprias
ideias, ou as ideias de outrem, em matéria de religião. Em resumo, é o
abandono da verdade.
O termo háiresis aparece no original em Atos 5.17; 15.5; 24.5; 26.5; 28.22.
Por sua vez, "heresia" aparece em Atos 24.11; 1 Coríntios 11.9; Gálatas 5.20
e 2 Pedro 2.1.
O estudo da heresiologia é importante, sobretudo pelo fato de os ensinos
heréticos e o surgimento das seitas falsas serem parte da escatologia, isto é,
um dos sinais dos tempos sobre os quais falaram Jesus e seus apóstolos.
O apóstolo Paulo, por exemplo, nos dois primeiros versículos do capítulo
quatro da sua primeira epístola a Timóteo, escreve:
"Mas o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos alguns
apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de
demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras, e que têm cauterizada a
própria consciência".
O apóstolo Pedro escreve também:
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"Assim como no meio do povo surgiram falsos profetas, assim também


haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão dissimuladamente
heresias destruidoras, até ao ponto de negarem o Soberano Senhor que os
resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguirão as
suas práticas libertinas, e, por causa deles, será infamado o caminho da
verdade; também, movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras
fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua
destruição não dorme" (2 Pe 2.1-3).
Uma seita é identificada, em geral, por aquilo que ela prega a respeito dos
seguintes assuntos:

1. A Bíblia Sagrada
2. A Pessoa de Deus
3. A queda do homem e o pecado
4. A Pessoa e a obra de Cristo
5. A salvação
6. O porvir

Se o que uma seita ensina sobre estes assuntos não se coaduna com as
Escrituras, podemos estar certos de que estamos diante duma seita herética.
Entre as muitas razões para o surgimento de seitas falsas no mundo, hoje,
destacam-se as seguintes:

1. A ação diabólica no mundo (2 Co 4.4).


2. A ação diabólica contra a Igreja (Mt 13.25).
3. A ação diabólica contra a Palavra de Deus (Mt 13.19).
4. O descuido da Igreja em pregar o Evangelho completo (Mt 13.25).
5. A falsa hermenêutica (2 Pe 3.16).
6. A falta de conhecimento da verdade bíblica (1 Tm 2.4).
7. A falta de maturidade espiritual (Ef 4.14).
Esperamos, pois, que a leitura desta matéria possa de alguma forma ajudar
àqueles que estão à procura da verdade libertadora, Jesus Cristo (Jo 8.38).
Como identificar e refutar as Seitas e
Heresias?
O cristão e principalmente o obreiro deve estar atento acerca de
inovações, modismos, novas unções, novas revelações sem qualquer
fundamentação Bíblica, e também deve ter cuidado com a
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interpretação equivocada da palavra de Deus, pois aí estão as fontes


de muitas heresias.
IDENTIFICANDO AS SEITAS E HERESIAS
Estes termos são definidos pelo o Dicionário Aurélio do seguinte
modo: “Seita- Doutrina ou sistema que diverge da opinião geral”,
“Heresia- Doutrina contrária ao que foi definido pela a igreja em
matéria de fé”. No Grego Bíblico ( Ou Koiné), é empregada a palavra “
hairesis” com dois sentidos principais: Seita- no sentido de facção ou
partido, um corpo de partidários de determinadas doutrinas( At 5.17;
15.5;24.5;28.22); e a opinião contrária à doutrina prevalecente, de cujo
ponto de vista é considerado Heresia ( II Pe 2.1)
Surgimento das Seitas e Heresias- A Historia registra que desde os
tempos mais remotos, os desvios doutrinários e os falsos ensinos
existem: Cultos pagãos ( Jr 13.10); Sacrifícios de seres humanos ( II Rs
16.3- na Versão Atualizada); Sodomitas no templo( II Rs 23.7). A igreja
primitiva enfrentou as mesmas dificuldades com grupos que
disseminavam ensinos contrários aos princípios dos preceitos
ministrados por Jesus. Dai, uma das principais necessidades das
Cartas dos Apóstolos, pois foram escritas também para combater as
heresias, que nos primórdios da Igreja, sofria com a existência dos
falsos mestres e seus ensinos ( Cl 2.18). Aliás, nos dias de Jesus, não
foram diferentes. Os grandes opositores, em termos de doutrinas,
foram os “ doutores da lei”, que tentavam enquadrar Jesus em suas
interpretações da Lei Mosaica ( I Jo 5.18).
O Histórico dos fundadores das Seitas- Geralmente, os fundadores
das Seitas têm um passado nada digno de ser seguido. Conforme o
Apóstolo Pedro alerta, são movidos pela ganância e pelo o fingimento,
com o intento de fazer da fé um NEGÓCIO ( 2 Pe 2.3). Homens e
Mulheres insubmissos à liderança, com olhos cheios de adultério e
insaciáveis no pecar com a intenção de enganar as pessoas ( II Pe 2.14;
Mt 28.19,20; Gl 3.3).
Os adeptos das Seitas- Os Membros das Seitas são, na sua grande
maioria, pessoas que deixaram a fé genuína e muitos deles pertenciam
a uma denominação evangélica. Pessoas que deixam a verdade e
enveredam por caminhos contrários a Palavra de Deus, cometendo
blasfêmias ( II Pe 2.2). Preferem dar ouvidos aos ensinos de Balaão ( II
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Pe 2.15) a ouvirem seus pastores. Pessoas que, via de regra, não


frequentam os cultos de ensino e muito menos a Escola Bíblica
Dominical.
CARACTERISTICAS DAS SEITAS E HERESIAS
Em geral, minimizam ou desvalorizam a pessoa de Cristo e deturpam
ou rejeitam as principais doutrinas da Bíblia Sagrada.
Alegam ter uma Revelação Especial- Os fundadores das Seitas alegam
terem recebido de Deus uma revelação especial, reivindicando para
tais revelações uma posição igual ou superior a Bíblia. Estes escritos
são seguidos e venerados em detrimento aos textos inspirados das
Escrituras Sagradas. Prática esta já conhecida pelo o Apóstolo Paulo,
que alerta: “Porque, se alguém vem e vos prega outro Jesus” ou “
Outro Evangelho”, é uma tática de Satanás para enganar “assim como
a serpente enganou a Eva com a astucia” ( II Co 11.3,4).
Interpretam os textos bíblicos desprezando as regras da
Hermenêutica-Ignorando ou violando os princípios da hermenêutica,
os hereges alegam suposto apoio e nefastos erros nas escrituras para
muitos. Os falsos mestres torcem os textos sagrados, e, por conta dessa
prática, há tantas religiões e seitas falsas. Ignoram a correta
interpretação das Escrituras, conforme as regras da Hermenêutica
Bíblica ( ESTUDO METÓDICO DOS PRINCIPIOS E REGRAS DE
INTERPRETAÇÃO DAS SAGRADAS ESCRITURAS). Os enganosos
mestres deixam de lado a regra fundamental da hermenêutica: a
Bíblia interpreta a própria Bíblia.
Negam a divindade de Jesus Cristo- A maioria das Seitas nega a
absoluta divindade de Cristo. As seitas muitas vezes ensinam que
Jesus era apenas um grande homem, um mestre maravilhoso e um
grande profeta. Porém, a Bíblia ensina e dá evidencias provando que
Jesus é Deus ( I Jo 5.20). É Importante entender que Jesus quando
“achado na forma de homem” (Fp 2.8),não deixou de ser divino; era
“Deus conosco” ( Mt 1.23). A Bíblia apresenta Jesus como sendo cem
por cento Deus e cem por cento homem ( Jo 1.14).
3-COMBATENDO AS SEITAS E HERESIAS
A melhor ferramenta para combater as seitas e heresias é o ensino
sistemático e constante da genuína Palavra de Deus ministrada aos
membros da igreja ( II Tm 4.2). É Fundamental capacitar os membros
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a responder com argumentos bíblicos qualquer tentativa de corromper


a fé e as doutrinas das sagradas Escrituras ( I Pe 3.15). Jesus Cristo
disse:” Errais, não sabendo as Escrituras, nem o poder de Deus” ( Mt
22.29).Por isso é importante irmão Cursos preparatórios como este,
ainda tem obreiros dentro da Igreja que são contra a realização de
cursos na igreja, obreiros que não gostam de aprender vira presa
fácil para seitas e heresias, cuidado companheiro vigia! ( nota do
autor)
Tenha a Bíblia como única regra de Doutrina e fé- O Apóstolo Paulo
em (II Co 11.4) refuta todo e qualquer ensino que apresenta outro
salvador e outro evangelho. Nenhuma outra escritura, revelação ou
experiências pessoais devem ser regras de fé para o cristão. Pelo
contrário, toda e qualquer experiência pessoal, deve ser balizada pela a
Palavra de Deus ( At 17.10,11). A origem das heresias e fanatismo
religioso, às vezes , até dentro de algumas igrejas ditas cristãs, surgem
por falta de obediência deste principio básico fundamental: A Bíblia é
a única e insubstituível Palavra de Deus ( Lc 21.33)
Conheça as regras fundamentais para interpretação correta da Bíblia
Sagrada- É fundamental, para aqueles que querem refutar as heresias
conhecer as regras formais da hermenêutica Bíblica: 1°- Enquanto for
possível, é necessário tomar as palavras no seu sentido usual e
comum; 2° - É absolutamente necessário tomar as palavras no sentido
que indica o conjunto da da frase ( algumas palavras cuja definição
varia de acordo com o conjunto da frase); 3°- É necessário tomar as
palavras no sentido que indica o contexto; 4°- É preciso tomar em
consideração o desígnio ou objetivo do livro ou passagem em que
ocorrem as palavras ou expressões de difícil entendimento; 5°- É
indispensável consultar as passagens paralelas; 6°- Um texto não pode
significar aquilo que nunca poderia ter significado para seu autor ou
seus leitores.
As heresias devem ser constantemente refutadas- Não há livro no NT
que não revele esse combate. Judas diz que pretendia escrever sobre
salvação comum, mas, em virtude das crescentes heresias, ele
resolveu, pela a direção do Espirito Santo, travar essa batalha contra
elas ( Jd. 3,4). O conteúdo da Segunda carta de Paulo aos Coríntios,
Gálatas e II Pedro é uma luta continua contra as heresias, para a
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preservação da pureza do Evangelho de Jesus. O tema central de


Colossenses é a defesa da Divindade de Cristo, posto que alguns
introduziram o “ Culto dos Anjos” ( Cl 2.18). Portanto, é tarefa da
igreja atual “ Batalhar pela a fé que uma vez foi dada aos santos”
( Jd1.3), para manter os cristãos “Na doutrina dos Apóstolos” ( At 2.42)
Amados irmãos e irmãs em Cristo é importante salientar que esse
hereges se dedicam ao máximo, em seus estudos, para depois ensinar
a outros. Eles não medem esforços para aprender e para disseminar
suas heresias. Vão diariamente de porta em porta, levando suas
heresias, tentando e até com certo êxito, convencer pessoas a seguir
sua seita. Infelizmente, alguns evangélicos não valorizam como
deveriam os momentos como esse dedicado ao verdadeiro ensino da
Palavra de Deus. Há Obreiros, coordenadores de Departamentos e
lideres de mocidade e de Senhoras e é triste falar isso, que
simplesmente não frequentam a Escola Dominical, não participam
de Cursos preparatórios para a obra. Assim, não é de admirar que
constantemente eles não tenham argumentos para refutar as
heresias. Como ensinar; se primeiro não aprender? Como refutar
uma falsa doutrina sem primeiro conhece-la?
Portanto vamos conhecer as principais Seitas e Heresias, para termos
como defender a nossa fé dos ataques terríveis dos Hereges!

O CATOLICISMO ROMANO
Seguindo suas próprias tradições e não a Palavra de Deus, a Igreja
Católica Romana se desviou das verdades Bíblicas. Adoração às
imagens, veneração a Maria, instituição do papado e inserção de
outras heresias em suas doutrinas. Este capitulo da apostila refutará as
principais heresias do CATOLICISMO ROMANO.
OS PRIMÓRDIOS DA IGREJA CATÓLICA
Católico ( do grego katholikos), com o significado de “geral” ou
“universal”; Apostólica porque ela teve em seu comando inicial os
Apóstolos de Jesus Cristo; e Romana, por ter conquistado o título de
Igreja oficial do “Santo Império Romano”
A Romanização da Igreja- Após vitória sobre seus opositores, vitória
esta atribuída ao Deus cristão, Constantino se torna Imperador do
Império Romano. Grato a Deus ,Constantino supostamente se converte
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ao cristianismo, instituindo em 313 d.C. o “ Edito de Milão”, que


oficializava o fim das perseguições aos seguidores de Cristo. A partir
deste edito, a Igreja passou a gozar dos favores do Império. Em 380
d.C. A Igreja Católica Apostólica se romanizou, tornando a igreja
oficial do Império Romano. Uma Igreja que, de perseguida passa a ser
grande perseguidora de seus opositores. Uma igreja totalmente
descaracterizada, pois, a partir deste título, seu único objetivo era se
firmar como a única Igreja de Jesus Cristo, e a única permitida pelo o
Império Romano. Mesmo que isso significasse matar pessoas, como
está registrado na história da santa inquisição. Santa inquisição que só
foi possível, por ser a Igreja Oficial do Império Romano, gozando de
poderes e privilégios sem limites, que com um falso “ combate as
heresias”, fizeram uma verdadeira caçada aos seus opositores,
praticando barbaridades indescritíveis, contrariando orientações da
Bíblia Sagrada ( Tt 3.2)
A apostasia dos sucessores dos Apóstolos –Nos primeiros anos do
cristianismo, a igreja por estar sediada na capital do Império Romano,
tornou-se a mais importante do mundo cristão, e consequentemente o
seu Bispo o mais influente. Assim conquistou primazia dos demais,
culminando com a instituição do Papado. Os ocupantes do cargo de
Papa, segundo o catolicismo, são os sucessores de Pedro, e vigário de
Cristo; o escolhido para ser mediador entre Deus e os homens, pois
“estão abaixo de Deus, mas, além dos homens”, afirmam. Porém,
tanto a Historia da Igreja como a Historia secular registram fatos e
comportamentos daquelas lideranças católicas, nada dignas para um
líder cristão. Homens que, através da simonia ( ou seja derivado do
nome Simão, era o ato de pagar por cargos eclesiásticos ou posições
na Hierarquia da Igreja), conquistavam o direito de ser papa ou uma
liderança católica. A Bíblia ensina diferente Jesus é o único Mediador
entre Deus e os Homens ( I Tm 2.5 ). Portanto, o “ Papa”, não é
mediador entre Deus e os Homens.
O Protestantismo e a Reforma da Igreja Católica Romana- Como
descrevemos nos pontos a e b desta apostila, a igreja que começou em
Jerusalém estava totalmente afastada dos princípios ensinados pelo o
Senhor Jesus. Após um período de intensa luta para retomar os rumos
da Igreja, em 1529, a Igreja Católica se declara a única instituição
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religiosa (ou cristã) possível de existir. Diante da situação caótica em


que se encontrava a própria igreja, e o sentimento reformista os
príncipes germânicos fizeram um “protesto”, contra tal declaração. A
partir desta ato, surge um grupo então chamado de “
PROTESTANTES”, culminando com as ações de um líder católico por
nome Martinho Lutero, que liderou um movimento, reivindicando
modificações na Igreja Católica Romana, dando origem à reforma,
ocorrida em 31 de Outubro de 1517, abrindo portas para o surgimento
das Igrejas Protestantes em todo o mundo.

O CATOLICISMO ROMANO E A IDOLATRIA


Maria, mãe de Jesus, os apóstolos e outras personagens não são apenas
exemplos para os católicos Romanos, vão além deste entendimento;
são objetos de cultos e verdadeira adoração.
A MARIOLATRIA- Maria é digna do nosso respeito, não significando,
com isso, tê-la como mediadora entre Deus e os homens ou como
objeto de adoração, como ensina o Catolicismo Romano. Maria não é
imaculada pois todos pecaram ( Sl 51.5; Rm 3.23); não permaneceu
virgem, pois José não coabitou com ela só “ enquanto ela não deu à
luz” ( Mt 1.25) tendo filhos e filhas após o nascimento de Cristo,
lembrando que se trata de filhos de Maria e irmãos de Jesus, no
sentido físico, pois o texto faz referencia ao pai ( Mt 13.55,56); não é a
mãe de Deus, visto que Deus é eterno ( Sl 90.2 ); Não é portadora da
graça, mas agraciada ou abençoada por ser escolhida para trazer Jesus
a sua tabernaculação humana ( Lc 1.28; Jo 1.14 ). Portanto Maria é um
belo exemplo a ser seguido, mas não pode ser objeto de culto ou
adoração.
CULTO AOS SANTOS- “ Deve-se orar aos santos que estão no céu,
porque eles intercedem junto de Deus por nós”, afirma a igreja
católica Romana. A escritura ensina que se deve dirigir em oração a
Deus ( Fp 4.6 ), e que todas as vezes que orar a ele deve fazê-lo em
nome de Jesus Cristo ( Jo 14.13; 16.23,24). Portanto é contrario à sã
doutrina recorrer aos mortos como intercessores junto a Deus ( Ec 9.5; I
Tm 2.5).
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AS IMAGENS DE ESCULTURA- Em Ex 25.18, Deus dá a Moisés o


modelo do propiciatório, ordenando que deveria ser “ uma só peça”
( Ex 25.19 ), referindo-se à figura dos dois querubins e a parte que
cobria a “ Arca do Concerto”. Tais figuras deveriam ficar dentro dos
Santo dos Santos, restrito à visitação uma vez ao ano e somente pelo
Sumo Sacerdote, que no momento de ele entrar, o local ficava coberto
por uma nuvem de fumaça do incenso, cobrindo assim, a visão das
figuras ( Lv 16.13 ). Fica claro que a figura não tinha como objetivo a
adoração ou veneração como argumentam os católicos Romanos, visto
que o propiciatório não foi colocado em lugar de acesso público. A
ordem Divina não deixa dúvidas: “ Não farás para ti imagem”, Não te
encurvarás diante delas” ( Ex 20.4,5; Dt 5. 8,9; Ex 32.1,2).

AS PRINCIPAIS HERESIAS DO CATOLICISMO ROMANO- A


Igreja Católica, através de suas tradições, aprova práticas sem
fundamentação bíblica, cometendo um verdadeiro desvio doutrinário,
tais como:
O BATISMO DE CRIANÇAS- Citando os batismos realizados nas
casas de Lidia ( At 16. 14,15) e do carcereiro ( At 16.33) o catolicismo
defende o batismo de infantes, argumentando que, conforme relatos
nesses textos, e em outros da Bíblia, o batismo alcançou “todos da
casa” ,incluindo assim as crianças. Acontece que o texto ao citar todos,
não dá o direito de supor a existência de crianças. Para o cristão o
batismo nas águas é a identificação com Cristo em: Sua Morte ( Rm
6.3); Seu sepultamento ( Rm 6.3 ); Em sua ressurreição( Rm 6.5). Jesus
Cristo, o nosso exemplo e modelo, foi apresentado no templo com oito
dias de vida ( Lc 2.21), e batizado já adulto ( Mt 3.16).
A INSTITUIÇÃO DO PURGATÓRIO- Esta heresia afirma que aquelas
almas que não apresentam a pureza necessária para poderem ser
admitidas no céu, devem descer ao lugar da purificação chamado de
purgatório. Para isto baseiam-se em Mateus 5.26, utilizando a
expressão: não sairás dali “ enquanto não pagares”. Porem , para a
interpretação correta desta parábola, precisa ser lembrado que Jesus
sempre utilizou exemplos do cotidiano das pessoas para ilustrar as
verdades espirituais. Então, pelo o contexto Jesus estava contando
uma “historia humana” onde a punição não tinha caráter eterno, e sim
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passageiro, visto que, nas leis vigentes nos dias de Jesus, o Pagamento
da divida devolvia ao acusado o perdão da dívida. Assim, para que a
historia fosse coerente, Jesus se refere a uma ação habitual e permitida
pela a lei.
A ORAÇÃO PELOS OS MORTOS- Baseados principalmente em I Tm
2.1, a doutrina católica defende a oração em favor dos mortos. Estão
equivocados, pois nesta referência e também em outras nas escrituras
sagradas ensinam que a oração deve ser dirigida em favor de pessoas
vivas. Após uma vírgula do versículo 1 ( I Tm 2.1) e no versículo 2 ( I
Tm 2.2), Paulo diz quem são os alvos das orações: “ Pelos os que
exercem autoridade”. Não existe reinado e muito menos autoridade
sob a responsabilidade de mortos. Aqui vale lembrar mais uma vez o
texto de Hb 9.27.

CONCLUSÃO- Não. É a resposta para a pergunta, que muitos fazem,


se a igreja católica é atualmente a igreja que Jesus instituiu. Pois
mesmo sendo iniciada pelos os apóstolos escolhidos e comissionados
por Jesus, hoje está totalmente fora dos preceitos bíblicos, conforme
alguns exemplos estudados nesta apostila. A igreja de Jesus Cristo é
aquela que segue fielmente a sua palavra.

A CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL- CCB


INTRODUÇÃO- Denominação fundada pelo o ítalo-americano Louis
Francescon. Louis nasceu na Itália em 1866, converteu ao cristianismo
em 1891 quando morava em CHICAGO, EUA. No ano seguinte, na
mesma cidade, foi criada a Igreja Presbiteriana Italiana. Nesta igreja
Francescon foi eleito Diácono e depois de alguns anos, ancião. Em
1907, Francescon passou a frequentar a Missão Americana, onde
começou a pastorear uma igreja pentecostal. Em 08 de Março de 1910,
chegou à cidade de São Paulo, no Bairro do Brás, onde começou a
pregar o evangelho, vindo a fundar a Igreja Pentecostal Italiana
( Primeiro nome da Congregação Cristã no Brasil). Francescon faleceu
em 07 de Setembro de 1964, aos 98 anos de idade.

PRATICAS ANTI-BÍBLICAS DA CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO


BRASIL
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Algumas práticas são defendidas pelos os adeptos desta seita, sem


qualquer base bíblica.
SÃO CONTRA O MINISTÉRIO PASTORAL
O ensino de que a Igreja não deve ter nenhum pastor além de Jesus
Cristo não harmoniza com o ensino Bíblico, que afirma, em vários
textos a existência do ministério pastoral. Em Efésios 4.7,8,11-14, o
Apóstolo Paulo ensina que: 1°) O Pastor é um dom de Deus à sua
Igreja ( Ef 4.8); 2º) O ministério Pastoral tem propósitos específicos
dentro do reino de Deus, cooperando com o aperfeiçoamento dos
santos, edificando o corpo de Cristo. O exemplo da Igreja primitiva
quanto ao ministério é uma forte base para que a função pastoral fosse
implantada, haja vista a citação de vários pastores de igrejas no Novo
Testamento, tais como: Timóteo, Tito, Pedro e Tiago ,sendo Tiago o
primeiro pastor da Igreja de Jerusalém. O Apóstolo Pedro afirma em I
Pe 5.2,3 essa verdade.
SÃO CONTRA O SUSTENTO PASTORAL
O sustento Pastoral é uma recomendação Bíblica. Senão vejamos: 1)
Paulo recebeu salário das Igrejas ( II Co 11.8); 2) O Pastor é digno do
seu salário ( I Tm 5.18 ); 3) Paulo ensinou à igreja de Corinto a
sustentar pregadores do Evangelho ( I Co 9. 4-14). Alegar que não
deve se sustentar os obreiros da Seara do Mestre é negar as evidencias
Bíblicas. Jesus disse que os trabalhadores são dignos de seu salário ( Lc
10.7). Paulo repetiu esse pensamento e exortou a igreja a não deixar de
pagar seus obreiros cristãos. Temos a responsabilidade de cuidar dos
nossos pastores, ensinadores e outros lideres espirituais. É nosso
dever nos certificarmos de que aqueles que nos servem no ministério
sejam suficiente e adequadamente recompensados ( Gl 6.6)
SÃO CONTRA O ESTUDO DA BÍBLIA SAGRADA- A Congregação
Cristã no Brasil ensina que o pregador não deve buscar maiores
conhecimentos, pois o Espirito Santo colocará na boca s palavras certas
no momento certo. Esse ensino é oriundo de uma interpretação
equivocada por parte dessa seita, pois o que Jesus ensinou tem outro
sentido. Em Mt 10.19,20, Jesus se refere à maneira como o crente deve
se comportar diante da provação, no caso de vir ser conduzido aos
tribunais, governadores e reis, pela a causa de Cristo. Há muitas
referências bíblicas mostrando a necessidade do crente buscar maior
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conhecimento através da leitura, do estudo e de outras formas de


ensino ( I Tm 4.13; Jo 14.26). Só é possível lembrar-se do que se sabe.

TEXTOS BÍBLICOS MAL INTERPRETADOS PELA A


CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL- Alguns ensinos da
Congregação Cristã no Brasil são fundamentados em versículos
isolados das escrituras.
O USO DO VÉU NOS CULTOS
As mulheres, no momento do culto da Congregação Cristã no Brasil,
usam o véu para cobrir a cabeça, conforme a interpretação equivocada
de I Co 11.4-15. A prática do véu instituída por Paulo, foi aplicada
somente para os coríntios, como substituição aos cabelos, para as
mulheres que anteriormente haviam sido sacerdotisas da deusa
Afrodite, pois elas raspavam a cabeça para cumprir essa função. O uso
do véu em si não é uma prática sustentada pelas as escrituras, pois não
existem referências, além desta especificamente. Ao contrário, Paulo
ensina que: “ Pois a cabeleira lhe foi dada em lugar de véu” ( I Co
11.15b).
O USO DO “ ÓSCULO SANTO” NOS CULTOS
O texto de Romanos 16.16 é mais uma interpretação errada, visto que
esta saudação, “ Ósculo Santo”- O popular beijo- é praticado por eles
somente nos cultos. Acontece que o ósculo é um costume entre os
orientais ( At 20.37), utilizado tanto no momento da chegada como na
despedida entre as pessoas, costume que existe até hoje. Como
exemplo, no Brasil, usa-se o aperto de mão na saudação; da mesma
forma o ósculo santo, apenas um costume cultural e não uma doutrina.
Porque eles não “beijam” uns aos outros fora de seus templos?
ORAM SOMENTE AJOELHADOS
Os membros da Congregação Cristã no Brasil só oram ajoelhados. Na
Bíblia há relatos de orações feitas em prisões, montes , em pés,
deitados, amarrados, em covas, com posturas e em locais diferentes.
Ezequias quando orou a Deus pedindo a cura, ele não estava no
templo ( II Rs 20.1-3; Is 38.1-8). Em que posição Jonas orou no ventre
do peixe? ( Jn 2.1). O próprio Jesus não seguia a regra de orar somente
ajoelhado, Jesus orou diante do túmulo de Lázaro ( Jo 11.41). Jesus
orou pendurado na cruz ( Lc 23.46). O cego de Jericó orou na “ beira
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da estrada” e recebeu o milagre ( Mc 10.46-54). Paulo e Silas oraram na


prisão ( At 16.25). Oração é falar com Deus, e para conversar com o
pai, não importa a posição corporal, o que importa é a comunhão com
ele.

DOUTRINAS DA CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL –


Ensinos de suma importância para a vida cristã não são interpretados
corretamente como descritos a seguir
O BATISMO NAS ÁGUAS COMO “ ATO REGENERADOR”- A
Congregação Cristã no Brasil utiliza o texto de Atos 2.38 para afirmar
que as águas do batismo têm a finalidade de purificar pecados. A
salvação é u favor de Deus aos homens ( Ef 2. 8,9 ); é uma dadiva de
Deus ( Tt 2.11). A regeneração é obra do Espirito Santo ( Tt 3.5 );
enquanto que o batismo em águas é um sinal, um testemunho público,
do arrependimento que acontece no ato da conversão a Jesus Cristo
como Senhor e Salvador.
A DOUTRINA DA TRANSUBSTANCIAÇÃO
Esta denominação prega a heresia católica da transubstanciação. Há
pelo menos três doutrinas concernentes aos elementos da santa ceia:
1º) Transubstanciação- Ensina que os elementos da Santa Ceia, no ato
da consagração transformam-se literalmente em carne e sangue de
Jesus Cristo; 2°) Consubstanciação- Ensina que as substâncias dos
elementos do corpo e do sangue de Jesus Cristo se unem a substância
dos elementos da Ceia, no instante que são consagrados; 3°)
Substanciação- Ensina que a substância dos elementos da Ceia
continuam sem alteração, apenas simbolizando o corpo e o sangue de
Cristo. A Doutrina ensinando que os elementos são símbolos, é que
tem apoio bíblico ( I Co 11. 23-26). A Congregação Cristã no Brasil
ensina a doutrina da Transubstanciação baseados em uma
interpretação literal de João 6.53. Eles se esquecem que Jesus sempre
utilizou em seus discursos metáforas e figuras de linguagem. Seria
Jesus literalmente uma porta, conforme afirmação em João 10.9? Seria
Jesus uma “Videira”, segundo João 15.1? Quando os discípulos de
Jesus participaram da Ceia, não comeram o “ pedaço do corpo de
Jesus” e sim um símbolo do corpo de Jesus visto que Jesus ainda
estava presente, fisicamente, no momento da celebração da referida
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ceia. E de acordo com as leis levíticas, a carne humana não poderia ser
consumida. Portanto essa doutrina da Transubstanciação não tem
respaldo Bíblico.

O ENSINO CONCERNENTE AO DÍZIMO


Esta seita Herética ensina que o Dízimo foi uma pratica restrita ao
tempo da lei, portanto, nada tendo a ver com os crentes da atualidade.
É mais uma erro gravíssimo de interpretação desta seita, visto que,
como pode ser constatado em Gn 14.20 e Gn 28.22, a prática do Dízimo
é bem antes da instituição da Lei Mosaica. Em Mt 23.23, Jesus confirma
o dever de dizimar.

CONCLUSÃO- Pelo o ensino de várias heresias, mesmo tendo como


livro sagrado e manual de doutrinas a Bíblia, é que esta denominação
é classificada como uma Seita Herética, eles negam verdades bíblicas,
interpretam erradamente vários textos das escrituras Sagradas,
torcendo Doutrinas de Cunho fundamental de uma igreja
verdadeiramente cristã.

AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ
INTRODUÇÃO- As Testemunhas de Jeová são uma seita que se
destaca pela boa organização e excelente estrutura. Outra marca forte
deles é a maneira de fazer o proselitismo; através de incansáveis
visitas de casa em casa e os treinamentos especiais para os adeptos,
com o objetivo de formar seus apologistas e discípulos.

O SURGIMENTO DO RUSSELISMO
Charles Taze Russell (1852-1916), inicialmente membro da Igreja
Congregacional e depois da Igreja Adventista do Sétimo Dia, filho de
pais presbiterianos, em 1872 funda formalmente o movimento
Russelita, nome inicial dessa seita. Em 1884, o movimento mudou de
nome que passou a ser chamado de Sociedade Torre de Vigília de Sião
de Bíblias e Tratado ( Retirou a palavra Sião). A partir de 1886, Russell
publicou vários livros, dentre eles “ Aurora do Milênio”. Ainda na
gestão de Russell, por volta de 1900, essa seita chegou a Inglaterra e
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Austrália. Atualmente contam com seis milhões de adeptos, em mais


de 230 países.

AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ NO BRASIL


As Testemunhas de Jeová chegaram ao Brasil através de oito marujos,
em 1920, que se converteram em New York. Em 1922, a igreja das
Testemunhas de Jeová estabelecida na América do Norte, enviou ao
Brasil seu primeiro representante, especificamente à cidade do Rio de
Janeiro, onde foi realizada a primeira reunião pública, no auditório do
Automóvel Clube do Brasil. De um pequeno grupo formado no final
do século dezenove, até nossos dias, gerou-se uma vasta corporação,
com um formidável patrimônio formado por parques gráficos,
fazendas “do Reino”, conjunto de edifícios, etc. O Brasil é, atualmente
um dos países com maior número de Testemunhas de Jeová. Em 2011,
conforme dados deles, forma feitos 27.425 batismos no país; no evento
da “ comemoração da morte de Cristo”, estiveram presentes 1.748.226
pessoas; foram realizados 801.007 estudos bíblicos pelas as
Testemunhas de Jeová no Brasil; foram dedicadas 145.889.031 horas de
pregação das doutrinas Russelitas no país.

FALSAS PROFECIAS DE RUSSELL


Russell, após alguns cálculos baseados no livro do profeta Daniel,
profetizou que a vinda de Jesus ocorreria em 1914. Mas
posteriormente, ao refazer os cálculos, marcou para o ano de 1915 e
depois para 1918. Nada aconteceu como das vezes anteriores.
Profetizou que até 1914 viria um tempo de tribulação para que fosse
estabelecido o Reino de Deus na Terra.
FALSAS PROFECIAS DOS SUCESSORES DE RUSSELL
Com a morte de Russell em 1916, Joseph Franklin Rutherford assume a
liderança da seita, dando outro nome para o movimento Russelita: As
Testemunhas de Jeová. Sob essa nova liderança, a marca registrada
desta Seita continua, ou seja, falsas profecias. Rutherford também refez
o cálculo e estabeleceu o ano de 1925 como o inicio do milênio. Isso
também não se cumpriu.

A “TRADUÇÃO NOVO MUNDO” DA BÍBLIA


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Em 1942, com a morte de Joseph Franklin Rutherford, assume a


presidência Nathan Homer Knorr. Foi nesta gestão, em 1961, que
publicaram a primeira edição completa da “ Tradução Novo Mundo”
da Bíblia Sagrada ( na língua inglesa)
MODIFICAÇÃO NOS TEXTOS DE JOÃO 1.1,2 NA TRADUÇÃO
NOVO MUNDO
“ No princípio era a palavra, e a palavra era (um) deus. Este estava no
princípio com o Deus”( Jo 1.1,2- Tradução Novo Mundo). Como ser
visto no versículo de Jo 1.1, adicionaram o artigo indefinido antes do
substantivo Deus, que por sua vez está em minúsculo: “um deus”.
Acrescentaram também no versículo seguinte ( Jo 1.2), um artigo
definido: com “o” Deus. Este é um dos versículos mais importantes na
defesa da doutrina da Santíssima Trindade, doutrina esta que as
testemunhas de Jeová rejeitam. Ao traduzir “era Deus” por: “um
deus”, nega que Jesus é a segunda pessoa da Trindade. Isto mesmo
“adulteraram” o texto Bíblico, contrariando todas as demais traduções,
para não admitir a Divindade de Jesus. Negar que Jesus é Deus, é
anular a mensagem Cristocêntrica da Bíblia Sagrada ( I Jo 5.20 )
A AUSÊNCIA DO TEXTO DE ATOS 8.37 NA TRADUÇÃO NOVO
MUNDO.
Na tradução “ Novo Mundo” aparece um traço em At 8.37. O referido
Texto registra “ E disse Filipe: É Lícito, se crês de todo o coração. E,
respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o filho de Deus”
( Almeida Corrigida ). Querem, com ausência do texto deste versículo ,
negar que o meio para o ser humano ser salvo, é crendo em Jesus
Cristo, e isso significa não aceitar a divindade de Jesus.
A AUSÊNCIA DO TEXTO DE MARCOS 9. 44,46 NA “ TRADUÇÃO
NOVO MUNDO” Nesta referência, também aparece apenas um traço,
ao invés de: “ Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga”
( Almeida Corrigida). Porque não acreditam no inferno, tiveram que “
arrancar”, literalmente, o texto sagrado, pois, o mesmo é mais uma
prova do castigo dos não salvos. Três palavras são utilizadas na
Bíblia: SHEOL ( Hebraico ) que significa “ Tumulo”, “Cova”; GEENA
(Hebraico ) que significa “vale de Hinom”, local de um antigo Lixão
em Jerusalém; HADES ( Grego) que significa “ Lugar invisível”. Neste
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ultimo lugar, atribuído por Jesus como local onde estão aguardando o
julgamento, os mortos sem Cristo ( Lc 16.23).
FALSOS ENSINAMENTOS DAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ
As Testemunhas de Jeová, ao longo dos anos, constituíram-se em uma
das maiores divulgadoras de Heresias, devido a sua vasta literatura e
o seu método agressivo de propagação de seus falsos ensinos,
executados através de visitas de casa em casa.
AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ NEGAM A DOUTRINA DA
TRINDADE
O fato de não conter a palavra Trindade nas sagradas Escrituras não
significa que a doutrina não exista. Como exemplo na Velho
Testamento, observe o texto em Gn 1.26,27. Esta Seita argumenta que o
pronome “nossa”, encontrado no verso 26, Deus diz: “ Façamos o
homem a nossa a nossa imagem”, e o verso 27 deixa claro: “ E criou
Deus o homem à imagem de Deus o criou” a imagem é a de Deus, e
não à imagem de anjos. Assim, termos no plural como “façamos”,
“nossa”, é a expressão do Deus Trino. No Novo Testamento, temos
claramente várias evidências que comprovam a existência da
Trindade. Como exemplos: Mt 3.16,17; II Co 13.13;I Pe 1.2.
AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ E OS 144.000 SALVOS
As Testemunhas de Jeová usam o texto de Apocalipse 7.4, para afirmar
que somente 144.000 habitarão no Céu. Esse número de pessoas,
segundo eles, seria o pequeno rebanho que Jesus cita em Lucas 12.32.
O que o texto traz, literalmente, é uma referência às 12.000 pessoas de
cada uma das doze tribos de cada uma das doze tribos de Israel,
totalizando 144.000, que “ foram assinalados com o selo”( Ap 7.4). Em
toda a Bíblia, a palavra “ tribo” faz referência a um grupo étnico, e,
nesse caso específico, aos Judeus. Como comprovação disso, é a
citação, nome por nome das doze tribos de Israel. No referido texto,
aparecem todos os nomes dos filhos de Jacó, inclusive Levi e José, ( e
não Manassés e Efraim, netos de Jacó), ( Ap 7.5-8). A verdade bíblica é
outra, pois a Bíblia afirma que todos aqueles que crêem em Jesus
Cristo terão um destino celestial, e não um seleto grupo de 144.000
pessoas ( Jo 10.16)
AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ E O PARAÍSO NA TERRA
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As Testemunhas de Jeová pregam que, exceto os 144.000 que reinarão


com Jesus nos Céus, todos demais salvos ficarão aqui na Terra para
sempre. É mais uma heresia, pois apoiam em textos bíblicos que não
fazem alusão a uma morada para os salvos aqui na terra, mas se
referem ao milênio ( Sl 72.8-14; Is 11.6-8; Mt 5.5). O que de fato a Bíblia
registra sobre este assunto é diferente( Fp 3.20)

CONCLUSÃO: Os membros desta seita são treinados especialmente


para confrontar os ensinos da palavra de Deus, e para confundir os
desavisados, usam sua própria Tradução Novo Mundo. É bom
lembrar aos cristãos a recomendação feita pelo o Apóstolo João, que é
de bom alvitre em relação a esta seita Herética nociva e perigosa.

O ADVENTISMO DO SÉTIMO DIA


INTRODUÇÃO- A guarda do Sábado é doutrina mais conhecida do
Adventismo. Porém há outras heresias graves que são difundidas por
esta seita. Dentre elas, a aceitação como inspirados os escritos de Ellen
G White, colocados em pé de igualdade com as Escrituras. Este
capitulo da apostila apresenta os principais ensinos dos Adventistas
do Sétimo Dia, com a devida refutação Bíblica.
A HISTÓRIA DO ADVENTISMO
A Igreja Adventista do Sétimo Dia tem como fundador um pregador
leigo, que era membro da Igreja Batista, Willian Guilherme Miller.
Miller nasceu Pittisfield Massachusetts ( E.U.A), em 15 de Fevereiro de
1782. Miller morreu em 20 de Dezembro de 1849.
O DIA DO DESAPONTAMENTO
Ao Ler o Texto de Daniel 8.13,14, Miller fez alguns cálculos e chegou à
seguinte conclusão “ Jesus Voltará no dia 23 de Março de 1843”. No
dia definido por Miller para a volta de Jesus nada aconteceu. Então
usou outro calendário, desta vez o romano e não mais o calendário
hebraico, e remarcou a data da vinda de Jesus para 22 de Outubro de
1844. Mais uma vez não aconteceu. Depois de duas previsões mal
sucedidas, Miller é obrigado a fugir de uma multidão enfurecida, que
havia vendido propriedades, deixado emprego e famílias. Esta última
data foi chamada de “ O dia do Grande Desapontamento”, referindo-
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se á grande decepção e revolta que todos sentiram ao descobrir que


foram enganados pelos cálculos de Miller.
A PURIFICAÇÃO DO SANTUÁRIO – Depois da Decepção causada
pelas as suas previsões equivocadas, Miller volta atrás e admite seus
erros. Porém esse fato não finalizou as heresias, pois Hiran Edson,
seguidor de Miller, afirmou que a data prevista por Miller estava certa,
o que estava errado era o lugar, afirmando que, de fato, Jesus entrou
no Santuário celestial para purifica-lo, na data prevista por Miller. Ou
seja, criando uma Heresia ainda maior. Nesta época, surgem outros
líderes tais como Joseph Bates, que instituiu a guarda do Sábado, o
casal James Ellen G White, exercendo forte influência através de
Profecias e, mais tarde, através de seus escritos, que são considerados
pelos adventistas como inspirados por Deus. Com a união destes e
mais alguns líderes, em 1860, fundaram a Igreja Adventista Do Sétimo
Dia.
SIGNIFICADO DO NOME “ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA”
O termo Adventismo deriva do latim, “ Adventus”, significa VINDA.
Faz Alusão ao fato que originou a denominação, ou seja, à previsão da
Vinda de Jesus, conforme previu e falhou o fundador da Seita, Willian
Guilherme Miller. Após a instituição da Guarda do Sábado pelos os
primeiros seguidores de Miller, fizeram a fusão dos termos, conforme
seus credos, surgindo então o nome da Seita: Adventista do Sétimo
Dia. Ou seja, a Igreja que prega a vinda de Jesus e guarda o Sábado.
A GUARDA DO SÁBADO
A guarda do Sábado foi instituída após o fracasso das previsões de
Miller. Esta Heresia ganhou relevância após uma suposta visão de
Ellen G. White, que afirmou ter visto dentro da arca da aliança o
quarto mandamento em destaque, nas tábuas da lei mosaica.
O QUARTO MANDAMENTO NÃO FOI RATIFICADO PELO O
NOVO TESTAMENTO
Há registros no Novo Testamento ratificando nove dos dez
mandamentos ( Ex 20. 3-17): 1º” Não terás outros deuses diante de
mim” (v3)- (Mt 4.10); 2º “ Não farás para ti imagem de escultura”(v4)-
(I Jo 5.21); 3° “ Não tomarás o nome do Senhor em vão” (v7)-( Tg 5.12);
4º “ Lembra-te do dia do Sábado para o santificar”(v8)- Sem ratificação
no no N.T; 5º “ Honra teu pai e a tua Mãe”(v12)- ( Ef 6.1); 6º “ Não
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matarás”(v13)- ( Rm 13.9); 7º “ Não adulterarás” (v14)-( Rm 13.9);8º “


Não furtarás” (v15)- ( Rm 13.9); 9° “ Não dirás falso testemunho”
(v16)- “ Não mintais uns aos outros” ( Cl 3.9); 10º “ Não
cobiçarás”(v17)-( Rm 13.9). A nova aliança não indica um dia especial
da semana para o descanso. O evangelho de Jesus segundo escreveu
Marcos diz: O Sábado foi feito por causa do homem, e não o homem
por causa do Sábado. Pelo o que o até do Sábado é Senhor” ( Mc 2.
27,28). Evidenciar o Sábado como condição para a salvação é anular a
morte vicária de Cristo.
JESUS NÃO GUARDOU O SABADO
Conforme vários relatos do ministério de Jesus, ele não observava a
guarda do Sábado ( Mt 12.11-14; Jo 5.16;Lc 13.10-17). Pelo o contrario,
ele sempre fazia questão de realizar algo que, para os Judeus, era
proibido, pois significava quebrar o quarto mandamento. Não há
registro nos Evangelhos onde Jesus recomenda este mandamento em
particular.
A TRANSIÇÃO DO SÁBADO JUDAICO PARA O DOMINGO
CRISTÃO
Os Primeiros cristãos adotaram o domingo como dia de descanso,
recolhimento espiritual e adoração a Deus, e chamaram-no de “ O dia
do Senhor” ( At 20.7; I Co 16.1,2; Ap 1.10. A Bíblia registra vários
acontecimentos de fundamental importância para o cristianismo no
Domingo, e não há narrativas de fatos significativos no Sábado: Jesus
ressuscitou no Domingo ( Jo 20.1); A segunda aparição de Jesus se deu
no Domingo ( Jo 20.19); A Igreja primitiva celebrava a ceia no
Domingo ( At 20.7); As contribuições solicitadas por Paulo teria que
ser recolhidas nos cultos de Domingo( I Co 16.2).

ALGUMAS HERESIAS PERIGOSAS DO ADVENTISMO DO


SÉTIMO DIA
Além da questão do Sábado, há outras graves e perigosas heresias que
são disseminadas pelos os Adventistas. As principais são:
O DESTINO FINAL DOS IMPIOS
Os Adventistas creem que os ímpios, após um período de sofrimento,
serão destruídos para sempre. Não acreditam que sofrerão
eternamente no fogo do inferno, onde o fogo nunca se apaga e o bicho
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nunca morre( Mc 9. 43,44). A Escrituras Sagradas afirmam que haverá


castigo eterno para os que não forem salvos, e não “
ANIQUILAMENTO ETERNO” como ensinam ( Mt 25.46; II Ts 1.8,9;
Ap 14.11)
O JUIZ INVESTIGATIVO
O Juiz investigativo é uma das maiores aberrações nas interpretações
bíblicas. Este ensino Adventista afirma que Jesus não concretizou a
obra salvífica na Cruz. Afirmam que só em 1844, Jesus entrou no
Santuário para purifica-lo, e assim concretizar sua obra salvadora. Ao
fazer esta afirmação, negam que o sacrifício de Jesus NA CRUZ foi
criada por Hiran Edson, para justificar o erro grosseiro Miller, que, ao
prever a vinda de Jesus para 1844, não aconteceu. Bem antes de 1844, o
escritor do livro de Hebreus afirmou, no capitulo nove verso doze, que
“entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna
redenção”.
E mais, “para agora comparecer por nós perante a face de Deus” ( Hb
9.24). Esta palavra em especial,” agora”, prova que no momento em
que o escritor, inspirado por Deus, fez esta afirmação, Jesus já se
encontrava a destra do Pai( At 7.55).
O SONO DA ALMA
Outra Heresia Adventista afirma que o ser humano, ao morrer, a sua
alma fica “ dormindo”, ficando em um estado de completa inatividade
e sem consciência. Para Sustentar esta Heresia, tomam como base o
texto bíblico registrado em Eclesiastes 9.5. Conforme interpretação fiel
ao texto, o escritor está se referindo ao corpo físico, que será
despertado no dia da Ressurreição. Como exemplo de que a alma não
fica em estado de inconsciência, Jesus conta a parábola ( para muitos
teólogos não pode ser considerada uma parábola , mas uma historia
real), de Lázaro e um homem identificado no texto como um Homem
Rico ( Lc 16.19-31). Nesse texto, existe o registro de um diálogo entre
Abraão e o homem rico, provando que não estavam dormindo ou
inconscientes. Em Apocalipse, temos o registro do “ Clamor” dos
mártires por Justiça ( Ap 6.9,10). Ora, quem tem condições de “clamar”
não está em estado de sono; mais uma prova de que não há base
bíblica para sustentar esta heresia.
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CONCLUSÃO:
Como detalhado neste capitulo da Apostila, estas doutrinas
Adventistas não tem fundamentação bíblica. Apesar das Contradições
doutrinarias, os Adventistas insistem em afirmar que seus ensinos
encontram apoio nas escrituras e afirmam que a bíblia é o principal
manual de regra e fé para eles. No entanto é a própria Bíblia que os
desmentem.

Missionário Pioneiro fundador da


Assembleia de Deus no Brasil,
consagrou ao santo ministério da
Palavra o Pr. Paulo Leivas Macalão

HISTORIA DAS ASSEMBLÉIAS DE DEUS NO


BRASIL MINISTERIO DE MADUREIRA
A origem da Assembleia de Deus- Ministério de Madureira se confunde
com a própria origem das Assembleias de Deus no Brasil, haja vista a
participação fundamental de Paulo Leivas Macalão, na fixação do
trabalho na capital do País, quando através de informações trazidas por
Heráclito Menezes, que transferido do Pará para o Rio de Janeiro-RJ, foi
congregar na “ Igreja do Orfanato”, na rua São Luís Gonzaga, em São
Cristóvão- RJ, que funcionava na casa da família Brito, relatou para
aquela para aquela pequena congregação, onde Paulo Leivas Macalão era
recém convertido, do grande avivamento pentecostal que inflamava a
cidade de Belém no Pará, ensejando através do mesmo, uma carta
solicitando ao missionário Gunnar Vingren o estabelecimento da
Assembleia de Deus no então Distrito Federal em 1924, sendo o próprio
P á g i n a | 103

Paulo Leivas Macalão, o segundo membro batizado por Vingren e o


primeiro Secretario da recém fundada igreja. ( História das Assembleias de
Deus no Brasil-CPAD pág. 60-61). Por orientação do Missionário Gunnar
Vingren, Paulo Leivas Macalão inicia a evangelização dos subúrbios da
Central do Brasil logo no inicio de sua fé, começando por Realengo,
Bangu, Santa Cruz, etc., sendo que em Madureira, no salão da Rua João
Vicente,7, o trabalho veio a estabelecer-se como sede dado ao seu
vertiginoso crescimento, tendo sido fundado em 15 de Novembro de 1929.
( História das Assembleias de Deus no Brasil- pág. 220-2221).Em 1930,
aproveitando a presença do grande líder pentecostal da Suécia
Missionário Lewi Petrus, e sentindo convicção da chamada de Deus ao
jovem Paulo Leivas Macalão, o Missionário Gunnar Vingren o separa
ao pastorado em 17 de Agosto de 1930, dando maior impulso a seu
trabalho evangelístico, tendo o mesmo a alegria e privilegio de inaugurar
em Bangu a 1 de Janeiro de 1933 o primeiro Templo das Assembleias de
Deus no Distrito Federal, Sudeste e Sul do país, incrementando a
evangelização em vários Municípios do Estado do Rio de Janeiro, São
Paulo, Minas Gerais, Goiás e posteriormente o Distrito Federal, onde a
hegemonia e predominância do Ministério de Madureira é fato notório e
espantoso, tendo dentro desta sua visão missionaria, enviado os primeiros
pregadores pentecostais para o Sul Fluminense, começando o trabalho das
Assembleias de Deus nesta região do estado em Resende, Piraí, Barra do
Piraí, estendendo-se posteriormente a Barra Mansa e Volta Redonda, onde
o crescimento foi tão extraordinário que a igreja neste Município tornou-se
a sede Regional do Ministério de Madureira no Sul Fluminense.

Catedral das Assembleias de Deus em


Madureira-RJ sede Espiritual do Ministério de Madureira
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inaugurada em 1 de Maio de 1953 pelo o Pr. Paulo Leivas


Macalão.

A CONSTRUÇÃO DA SEDE NACIONAL DAS


ASSEMBLÉIAS DE DEUS MINISTERÍO DE
MADUREIRA 1953-2003- JUBILEU DE OURO
Dentro deste contexto de fé e dinamismo, um novo projeto nasce no
coração de Paulo Leivas Macalão: construir em Madureira, um grande
templo para a gloria de Deus, para sediar o trabalho que se espalhava por
todo o país; sendo a primeiro de maio de 1953 concretizado este alvo, com
a inauguração do belíssimo templo da Assembleia de Deus em Madureira,
primeira Catedral das Assembleias de Deus na América Latina, impar em
sua beleza de estilo gótico e linhas suaves que em tudo exalta o glorioso
Nome de Jesus. Com igrejas espalhadas em todo o território nacional,
mantendo um vinculo fraterno e peculiar de unidade entre as mesmas, o
pastor Paulo Macalão funda em 1958 a Convenção Nacional de Madureira,
para assegurar a unidade do trabalho, haja vista a fragmentação que ocorria
em outros ministérios, tornando com este ato o Ministério de Madureira
ainda mais unido e coeso, organizando convenções regionais nos estados e
regiões do país, o Livro Historia das Assembleias de Deus no Brasil-
CPAD- pág. 224 dá uma ideia do que já representava o ministério de
Madureira na época de sua edição em 1979. Com a fundação da
Convenção Nacional de Madureira o patriarca, cercado de seus fieis
colaboradores, cria o instrumento que asseguraria a estabilidade da Igreja,
que antes sofria com os reveses causados por homens “amantes de si
mesmos”, que se rebelavam e dividiam a Igreja, criando o famoso Estatuto
Padrão, para todas as Igrejas filiadas a Madureira, garantindo a comunhão
perpétua fraternal, espiritual, doutrinaria e patrimonial, fazendo do
Ministério de Madureira o maior Ministério Evangelístico Pentecostal
coeso do planeta. Nos principais acontecimentos das Assembleias de Deus
no Brasil, o ministério de Madureira sempre esteve na vanguarda, dado ao
grande prestigio e consideração a Paulo Leivas Macalão, como expoente
da fé pentecostal no Brasil, sendo por isto mesmo escolhido para presidir o
comitê nacional da oitava Conferência Mundial Pentecostal, mobilizando
milhares de crentes que superlotaram o maior estádio esportivo do mundo
em seu encerramento, o Maracanã-RJ; passando a fazer parte permanente
do comitê da aludida Conferência, sendo seu exemplo seguido pelas as
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lideranças por ele formadas mantendo a tradição de comparecer as


Conferências Mundiais com grandes representações da Assembleia de
Deus- Ministério de Madureira. Mesmo entre os crentes e obreiros de
outros ministérios e até outras denominações o nome de Paulo Leivas
Macalão, patriarca das Assembleias de Deus no Brasil e fundador do
Ministério de Madureira é sempre lembrado com respeito e carinho , não
só pelos ensinos ministrados no decorrer dos 52 anos de Pastorado, mas
principalmente pelos os Hinos de sua autoria, cerca de 50 % do maior
Hinário pentecostal do País- HARPA CRISTÃ- utilizada pelos os milhões
de crentes no Brasil, patrimônio histórico das Assembleias de Deus-
Ministério de Madureira.

PASTOR PAULO LEIVAS MACALÃO É ELEITO


“APÓSTOLO DO SÉCULO XX”.
Pr. Paulo Leivas Macalão, foi considerado o “Apóstolo do século XX”
para o Brasil, sendo respeitado e recepcionado pelas as mais significativas
lideranças evangélicas do mundo, também recebendo por diversas vezes
estas lideranças em Madureira a exemplo do Rev. Tommas Zimmerman
Presidente do Comitê Central da Conferência Mundial Pentecostal,
Presidente das Assembleias de Deus nos EUA, e seu particular amigo
entre outras. Também teve o reconhecimento das autoridades do país,
sendo recebido por Presidentes, Governadores e Prefeitos em diversas
ocasiões, também tendo recebido varias autoridades na Catedral em
Madureira, recebendo inúmeros títulos e comendas.
Bispo Primaz Dr Manoel Ferreira
atual Presidente Mundial da
CONAMAD- CONVENÇÃO
NACIONAL DAS ASSEMBLEIAS DE
DEUS NO BRASIL MINISTERIO DE
MADUREIRA.
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CRESCIMENTO VERTIGINOSO DAS


ASSEMBLÉIAS DE DEUS- MINISTÉRIO DE
MADUREIRA
Com a partida do Pastor Paulo Leivas Macalão para a glória, muitos pensavam
que seria o fim ou diluição do Ministério de Madureira, mas ao contrario, em Janeiro de
1983, cinco meses após seu falecimento, Madureira elege a diretoria da Convenção Geral
das Assembleias de Deus no Brasil, sendo eleito o Pr. Dr. Manoel Ferreira como
Presidente e o Pr. Lupércio Vergniano como Vice- Presidente, ambos lideres expressivos
do Ministério de Madureira, ao comando das Assembleias de Deus no Brasil, conduzindo a
denominação com paz e harmonia progressos tremendos em todas as áreas. Esta harmonia
perdurou por oito abençoados anos, até que em 1988, um movimento interno nascido
dentro da CGADB, tentou interferir no processo de crescimento do ministério de
Madureira, que assustava por sua coesão em todo o território nacional, culminando na
exigência absurda de que a mesma deveria diluir-se, o que obviamente não pode ser aceito,
acontecendo assim à separação administrativa da Convenção de Madureira, da CGADB,
sem, contudo perder as características das Assembleias de Deus, que por direito lhe são
conferidas histórica e estruturalmente, pelo o contrário, acrescendo-lhe novo ímpeto de
expansão e crescimento, criando a sua própria editora “ a editora Betel”, que hoje imprime
450.000 exemplares e vários títulos editados e outros em preparo.

A VISÃO MISSIONÁRIA DAS ASSEMBLÉIAS DE DEUS-


MINISTÉRIO DE MADUREIRA
Sob a liderança do Pr. Dr. Manoel Ferreira a Convenção de Madureira, tem se
projetado cada vez mais no panorama do Evangelismo pátrio, crescendo não só dentro do
pais, mas dinamizando a Secretaria de Missões da Convenção, tem alcançado várias nações
como: Bolívia – Com a realização de um grande trabalho missionário, sob a
responsabilidade do Pr. João Nunes, Presidente da Assembleia de Deus em Nova Iguaçu,
Membro da Mesa da Convenção Estadual e da Junta Conciliadora-RJ, Itália( fundado em
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1993 pelo o Pr. Nicodemos Loureiro) e mais recentemente em Portugal-existindo desde


1997 o Centro Missionário Pentecostal e Europeu- Ministério de Madureira- implantado
pelo o Pr. David Cabral, o CEMIPE para ser o braço missionário da Convenção Nacional
das Assembleias de Deus- Ministério de Madureira, que brevemente será instalada
oficialmente em Roma, através da Sucursal da CONAMAD- já em fase final de
regularização, tendo a finalidade precípua de , em primeiro lugar preservar os marcos
lançados pelos os pioneiros deste ministério, onde quer que o mesmo se estabeleça e
também dar apoio logístico a Missionários de todas as Igrejas que com seriedade e
igualdade de princípios sintam a chamada para evangelizar a Europa.

O Pr. David Cabral foi designado pastor presidente da Catedral das Assembleias
de Deus em Volta Redonda e Sul Fluminense, substituindo o pastor Nicodemos José
Loureiro a quem sempre honrou de forma pública e notória, por sua atuação ao longo dos
anos no ministério de Madureira, sendo também designado pelo o Presidente da
CONAMAD- Bp. Dr. Manoel Ferreira em 1993, Presidente da Junta Conciliadora das
Assembleias de Deus- ministério de Madureira no Rio de Janeiro e membro do Conselho
Administrativo da Editora Betel, da Convenção Nacional e e Vice Presidente da
CONEMAD-RJ- CONVENÇÃO ESTADUAL DOS MINISTROS EVANGÉLICOS DAS
ASSEMBLEIAS DE DEUS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO- MINISTÉRIO DE
MADUREIRA, seguindo sempre a visão de seus lideres, trabalha incansavelmente pela a
unidade da Igreja. ( Fundou com o total apoio do Bp. Dr. Manoel Ferreira o já tradicional
Congresso de Missões em Julho de 1996, sendo em tudo submisso a Deus e a seus lideres
desde a sua consagração pelo o Pr. Paulo Leivas Macalão em maio de 1978). O Bp. Dr.
Manoel Ferreira tem estendido sua mão também para o Paraguai, Uruguai, Argentina,
México, EUA África, Espanha e principalmente na Rússia, onde o mesmo, numa atitude
inédita, estabeleceu um convênio espiritual e social com os líderes daquela nação que por
anos viveram isolados do resto do mundo, comprando em Moscou, um prédio de três
andares, primeira propriedade de uma igreja pentecostal em Moscou, onde já está
funcionando uma escola Bíblica para treinamento de obreiros nacionais, que evangelizarão
não só a Rússia, mas todo o leste europeu, tendo sido inaugurado com presença de líderes
cristãos de vários países do leste europeu, pelo o Bp. Manoel Ferreira, por solicitação dos
lideres russos: Bp. Wladimir Mouzar e Pr. Alexander Pourshaga, que também aproveitou
o ensejo da presença do Pr. Manoel Ferreira para lançar a pedra fundamental do primeiro
templo pentecostal da Rússia, nos jardins da antiga KJB, com muita alegria para todos os
presentes, inclusive a caravana de 114 pastores liderados pelo o Pr. Manoel Ferreira, que
adotaram a visão missionaria de seu líder para a construção deste magnifico templo. Em
Dezembro de 1996, o Senhor recolhe à gloria o Bispo Felipe, que na inauguração mostrou
as marcas do sofrimento que lhe foi imposto ao longo de 25 anos nas prisões comunistas,
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sensibilizando a todos os presentes com a sua alegria contagiante, e suas palavras imitando
Simeão: “ Agora Senhor despede o teu Servo em paz, pois os meus olhos já viram a tua
salvação”- Deus havia lhe falado que não morreria antes de ver as portas da Rússia abertas
para o evangelho. Dois meses depois deste memorável dia o Senhor o chama de “ Volta
para casa”, Lc. 1.23, e igreja na Rússia, que tem um modelo administrativo diferente do
nosso ( 12 Bispos presidem o Conselho Nacional de Pastores), escolhe para substituir o
Bispo Felipe, o Pastor Manoel Ferreira como forma de honra-lo e a Igreja no Brasil, pelo o
estender das mãos para ajuda-los na tarefa de evangelização daquele país, conferindo-lhe o
título de Bispo, que embora incomum entre os Assembleianos no Brasil, foi reconhecido
em caráter excepcional pela CONAMAD, pois é uma honra que alcança não apenas seu
presidente, mas a todos os seus ministros, obreiros e membros das igrejas filiadas. Hoje a
Madureira glorifica ao Senhor, que é o dono da obra e supridor da mesma. Paulo Macalão
lançou as bases deste gigantesco edifício, e o Espirito Santo levantou o Bispo. Manoel
Ferreira, capacitando-o para prosseguir o projeto de Deus, para este ministério . Foi
também Presidente do CADSA-Conferência das Assembleias de Deus Sul- Americanas
em 1983, tendo realizado no ano seguinte-1984- a grande Conferência Pentecostal Sul-
Americana, reunindo uma multidão de aproximadamente 20.000 pessoas no ginásio do
Ibirapuera em São Paulo. Outras grandes realizações tem sido levadas a efeito como a
mobilização incumbida ao Pr. Manoel Ferreira para a concretização do “ Celebrando a
Deus com o planeta terra” onde 500.000 pessoas adoram a Deus na Cinelândia, quando da
realização da “ECO 92” no Rio de Janeiro com a presença de representantes de todo o
planeta, ou no evento “ Uma tarde com Deus”, no aterro do Flamengo, com a presença de
um milhão de pessoas e a grande Cruzada “ Brasil ainda há Esperança” no Maracanã, onde
só as igrejas filiadas a esta convenção mobilizaram 1600 Ônibus, chegando a reunir cerca
de 100.000 pessoas. Isto é parte do que representa hoje as Assembleias de Deus- Ministério
de Madureira, legitima continuadora da obra dos pioneiros pentecostais: Gunnar Vingren,
Daniel Berg e Paulo Leivas Macalão, de mãos dadas com “ aqueles que com um coração
puro invocam o Senhor”, trabalhando irmanados com as principais lideranças evangélicas
do país, que apoiaram inclusive a iniciativa do Bp. Manoel Ferreira na criação de um
Conselho Nacional de Pastores do Brasil- CNPB- para representar os interesses dos
evangélicos, participando da diretoria do mesmo os principais representantes das diversas
denominações como: Rev. Nilson do Amaral Fanini-Presidente da Aliança Batista
Nacional, na condição de Vice-Presidente, Rev. Isaías de Sousa Maciel como conselheiro
do referido conselho não obstante o mesmo ser membro também da OMEB- ORDEM DOS
MINISTROS EVANGÉLICOS DO BRASIL, ficando demonstrada a unidade de
propósitos, Rev. Doriel de Oliveira, DD Presidente da Igreja Casa da Benção( IN
MEMORIAN) entre outros, conta ainda com o apoio de uma plêiade de lideres, as saber:
Rev Guilhermino Cunha, DD Presidente da Catedral Presbiteriana do Rio de Janeiro, Rev.
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Paulo Lokmam, DD Bispo Geral da Igreja metodista do Brasil, Rev. David Gomes, DD,
Diretor da Escola Bíblica do Ar e ainda muitos expoentes da fé cristã desta nação. Em
decorrência de sua atuação como líder inconteste á frente da CONAMAD- CONVENÇÃO
NACIONAL DAS ASSEMBLÉIAS DE DEUS NO BRASIL MINISTÉRIO DE
MADUREIRA, Conseguiu não só a organização deste conselho, como o seu
reconhecimento pelo o poder executivo da Nação, quando de sua fundação em Abril de
1994, em Taguatinga-DF, o Exmo. Sr. Presidente da República Federativa do Brasil, Dr.
Itamar Franco se fez representar na pessoa do Dr. Maurício Correia, Exmo. Ministro da
Justiça da República, que enalteceu em seu discurso esta digna iniciativa preenchendo
assim uma lacuna até então existente.( Livro: Assembleias de Deus- A Outra face da
História-Autor: David Cabral, Editora Betel, 3ª edição.). Todos os Presidentes da
República a partir de então têm procurado ouvi-lo e apreciar suas observações de interesse
não apenas das Assembleias de Deus no Brasil, mas de todos os segmentos carentes de
uma presença maior do Estado para suprir-lhes as necessidades básicas a que têm legítimo
direito como cidadãos, sendo a Igreja Evangélica uma instituição reconhecida e respeitada
pelo o poder público, pelo o desprendimento e amplitude de suas ações sociais em todo o
território nacional, a exemplo do Exmo. Sr. Fernando Henrique Cardoso, Por diversas
ocasiões, e mais recentemente já no inicio de seu mandato o Exmo. Sr. Luís Inácio Lula da
Silva, hoje o então Presidente da Republica Michel Temer reconhece de forma inconteste a
expressiva contribuição que o Ministério de Madureira tem dado ao Brasil através do seu
Líder Mundial Bispo Primaz Dr. Manoel Ferreira .

BIBLIOGRAFIA
 Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal- CPAD
 Apostila O Pastor e seus Oficiais- Pr. Ezequiel Gouveia
 Apostila Teologia do Obreiro- Pr. João Alberto-ITAV
 Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa
 SITE: CONAMAD ( História das Assembleias de Deus Ministério de Madureira no Brasil)
 Apostila do CPO-CIMADECANC 2012- Pr. Baltazar Taveira
 Livro Seitas e Heresias- CPAD- Raimundo de Oliveira
 Revista EBD-BETEL 1° Trimestre de 2014, Religiões, Seitas e Heresias-Pr. Joabes Rodrigues do
Rosário.
  LIMA, Elinaldo Renovato de. Perigos da pós-modernidade, p. 121.
  CPAD. Bíblia de estudo pentecostal. Estudo sobre os Dons Ministeriais.
  VINE, W. E. et al. Dicionário Vine, p. 404.
 Apostila de História das Assembleias de Deus no Brasil – SEIFA.

 CD–ROOM: Coletânea de Conhecimentos 3.0.

 Apostila de Missiologia – SETADI.

 Apostila de Noções de Evangelismo Pessoal – Pb.Martinho Damião Soares.
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 BÍCEGO, Valdir. Manual de Evangelismo. Rio de Janeiro: CPAD, 1990.

FIM!
Parabéns amado Obreiro!

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