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Teologia Bíblica do Antigo Testamento

Estrutura e versões do AT

Os livros do AT foram escritos em hebraico, língua do povo de Israel,


com exceção de pequeníssimos trechos em aramaico (língua que suplantou o
hebraico na Palestina alguns séculos antes de Jesus). Obviamente, a primeira
coleção de livros foi a dos cinco livros atribuídos a Moisés, conhecidos como
Torá.

A mensagem geral do AT

De qualquer forma, alguns conceitos são comuns em todas estas


propostas, pois descrevem a essência da mensagem do AT:

 Javé é o Deus Criador e soberano sobre todo o universo.

 Deus voluntariamente entra em aliança com o ser humano, fazendo-lhe


promessas.

 Nesta aliança, Deus governa seu reino pela mediação do ser humano.

 O objetivo desta aliança é que o ser humano viva na presença de seu


Criador.

 O ser humano prefere se rebelar contra esta comunhão com Deus

 Deus provê meios de reconciliação para que o ser humano volte para
seu Criador.

 Deus forma um povo para viver em aliança com ele e com a missão
especial de proclamar às nações a graciosa soberania do Criador.

A Torá - (Pentateuco).

Os cinco primeiros livros da Bíblia são atribuídos a Moisés em diversos


pontos das Escrituras (Êx17:14; Nm 33:1-2; Dt 31:9; 2Rs 21:8; Mt 19:7). São
usualmente chamados de Pentateuco, que significa “cinco tomos”, pois era um
único rolo contendo os cinco livros.
Assim, o propósito da Torá é servir como direção básica para a vida
daquele que quer se relacionar com o Criador. Não são exigências estáticas ou
regras demarcando limites; antes, a Torá aponta um caminho, um estilo de vida
(como bem nos lembram os livros de sabedoria).

Assim, o Pentateuco apresenta a base da fé e as regras do


relacionamento do homem com Deus; enfatiza o crer em Deus (Gn 15.6; Êx
4.5; 14.31; Nm 14.11; 20.12; Dt 1.32; 9.23). É o prelúdio para todo o AT e para
o Evangelho. A história subsequente das Escrituras e da Igreja seria
ininteligível sem as informações destes livros, pois estes são a base para toda
a posterior revelação de Deus.

O Pentateuco como um todo apresenta a história de como Javé


escolheu um povo, livrou os graciosamente, conduziu-os à terra prometida e
fez uma aliança com eles para guardarem sua lei e viverem na sua presença.
Estes são os temas importantes da Torá: escolha, livramento, terra, promessa,
aliança, lei e presença.

Sem esquecer os fundamentais eventos da Criação e da Queda,


podemos afirmar que o evento essencial do Pentateuco é Israel no Sinai. O
momento diante do Sinai abrange 1/3 do Pentateuco (de Ex 19 a Nm 10, com
Lv no centro!), com 1/3 antes e 1/3 depois. Tendo sido criado para viver na
presença do Criador no Éden, o ser humano se rebelou contra sua missão

Deus se tornou de difícil acesso (elusivo) devido ao nosso pecado. Mas


o ser humano recebe nova chance ao ser chamado como povo a viver na
presença do Criador num espaço/tempo especial criado pela graça redentora
divina. O tabernáculo (e mais tarde o templo) vai solidificar este conceito por
ser o espaço onde o Deus santo vive no meio do seu povo.

Assim, podemos resumir a teologia do Pentateuco como uma jornada do


jardim (Éden) à montanha (Sinai), em busca da perdida presença de Deus, e
da montanha (Sinai) à terra do descanso (Canaã), para viver em santidade e
alegria na presença de Deus. A piedade da Torá se fundamenta no viver diante
do santo Deus Criador, o qual é o personagem principal deste enredo.
Introdução aos livros de Êxodo e Gênesis

Gênesis

Gênesis é o livro da origem de todas as coisas. Abrange a história geral


do mundo, na qual narra o surgimento da raça humana, sua queda e o anúncio
da graça divina que repara o erro humano. Abrange também a história especial
da formação do povo de Deus, pelo chamado a Abraão e escolha de sua
descendência para anunciar o propósito gracioso de Deus.

Estrutura e conteúdo

Propósito e mensagem

 Identidade e propósito de Deus: o livro apresenta o Deus Criador como


todo-poderoso e único, justo e gracioso. Deus permite o mal, mas julga o
pecado. Ao mesmo tempo, ele graciosamente elege alguns, os livra do
juízo e os faz benção para todos. Seu propósito é o de relacionar-se
com os seres humanos como Rei soberano e amoroso.

 Identidade e propósito do ser humano: o ser humano foi criado à


imagem de Deus para refleti-lo em seu domínio e em seu serviço ao
mundo. Deus estabelece um reino e coloca o ser humano como seu
representante fiel (Gn 2). Contudo, o ser humano se rebelou contra seu
Criador, rompendo a comunhão que havia (Gn 3). Pela graça divina, o
ser humano é chamado novamente para andar com Deus e abençoar os
outros (Gn 12.3).

 Relacionamento entre Deus e ser humano: Deus toma a iniciativa de


fazer alianças com os seres humanos (Gn 6.18; 9.9-17). A aliança com
Abraão (Gn 12.1-3) é tema essencial que percorre toda a Bíblia. Ela é
repetida aos seus filhos, e renovada em diversas ocasiões posteriores
(Gn 15.18; 17.6-8,19; 35.11-12; Êx 6.2-8) até ser expandida em uma
Nova Aliança (Jr 31).

 A aliança feita com Abraão inclui três elementos importantes: a


posteridade (descendência numerosa; citado 20x),10 a terra (descanso;
repete-se 15x)11 e a bênção (presença de Deus ou relacionamento
especial com Deus; repete-se 15x).12 A narrativa de Gn 12-50 enfatiza o
aspecto da posteridade (obter uma descendência para Abraão). Livros
posteriores enfatizam a terra (Números e Deuteronômio) e a bênção da
vida diante de Deus (Êxodo e Levítico).

 Bênção e maldição: Deus abençoa os seres criados capacitando-os a


alcançar o que lhes foi ordenado e prometido (Gn 1.22,28). Os termos
“bênção” e “abençoar” ocorrem 88 vezes em Gênesis, mais que em
qualquer outro livro bíblico. A maldição também está presente e gera
separação do lugar da bênção ou da presença dos abençoados (Gn
3.14,17,24; 4.11; 8.21). Mas é a bênção que prevalece, restaurando em
Abraão a ênfase abençoadora do Criador (5x em Gn 12.1-3, contra 5x
“maldito” em Gn 1‒11).

 Deus não está desistindo das nações rebeldes (Gn 1‒11), mas inicia sua
redenção por meio de um povo que ele está formando em Abraão.
Obviamente, esta bênção a Abraão que atingirá “todas as famílias da
terra” (Gn 12.3) é essencial na compreensão do plano redentor divino,
pois é em Cristo que ela se cumpre. A bênção é repetida aos patriarcas
inúmeras vezes (Gn 13.14-18; 15.4-5,13-21; 17.4-8; 18.17-19; 22.15-18;
26.4,24; 28.13-15; 35.11-12; 46.3).

 Eleição de um povo: essencial para o Israel posterior é sua identidade


como povo eleito por Deus (embora se esqueçam de sua missão). Para
a formação deste povo, Deus escolhe pessoas improváveis e rejeitadas
e as capacita graciosamente para sua missão.

 O relato salienta continuamente a ameaça de descontinuidade da


linhagem dos justos (aqueles que escolhem obedecer ao Criador):
morte, esterilidade e fome se levantam como obstáculos (Gn 4.8; 11.30;
25.21; 29.31; 42.2).
Êxodo

O segundo livro da Bíblia retoma a história da família de Jacó/Israel, que


descera ao Egito 400 anos antes. Esta família cresceu e se tornou um grande
povo, e se tornaram escravos no Egito. O livro relata a libertação que Deus
provê ao seu povo por meio de Moisés e o caminho cheio de eventos
sobrenaturais até a chegada aos pés do monte Sinai, onde se encontram com
o próprio Javé.

Propósito e mensagem

 Redenção: tema capital do livro, a libertação de Israel se torna evento


formador de sua identidade como povo. Israel se reconhece dependente
de Deus, e Deus se revela como o gracioso e soberano redentor da
opressão. O Cordeiro pascal ensina que há um preço de sangue para
toda redenção.

 Revelação divina: Javé se revela progressivamente a Moisés e o


capacita para a missão de libertação de seu povo e de condução deste
povo até sua presença. Deus é o grande “Eu Sou”, eternamente
autossuficiente. É o Deus poderoso que desafia os deuses egípcios e os
vence em suas áreas de atuação. É o Deus santo que exige obediência
aos seus mandamentos, mas é misericordioso face à intercessão de
seus servos.

 Presença divina: Javé se faz presente no meio de seu povo como pilar
de fogo ou nuvem, na aparição no Sinai, no passar de sua glória, e no
tabernáculo. O povo é liberto para estar na presença de Deus e ali viver.
O ponto culminante do livro é seu final, quando a glória de Deus passa a
habitar no meio do seu povo.

 Propriedade: Deus declara que Israel é propriedade exclusiva dele (Êx


19:5), condicionalmente à obediência aos seus mandamentos. Deus é
zeloso pelo seu povo e deseja um relacionamento contínuo; não apenas
em ocasiões de aperto. Esta ideia se repete em pela Bíblia: “eu serei
seu Deus e vocês serão meu povo” (Êx 6:7; 29:45; Lv 26:12).
 Missão: assim como a escolha de Abraão foi para abençoar as famílias
da terra, também a redenção de Israel foi com um propósito missional.
Ao viver a experiência do reino de Deus na terra, o povo de Deus
testemunha às nações sobre a graça divina que transforma e dá vida
abundante.

Introdução aos livros de Levítico, Números e Deuteronômio.

Levítico

O terceiro livro atribuído a Moisés continua a narrativa de Êxodo, pois o


povo permanece aos pés do monte Sinai. No Pentateuco, Levítico é o livro do
centro (que está no meio) e, ao mesmo tempo, o livro central (principal).

Estrutura e conteúdo

Embora pareça uma mistura de leis, há coerência na exposição delas.


Uma possível estrutura é Sacrifício (1-16) e Santificação (17-27). Ao final do
livro do Êxodo vemos que agora a glória de Deus habita no tabernáculo no
meio do povo. Para continuar rumo à Terra Prometida, o povo precisa
permanecer santo em meio às práticas das nações ao seu redor. Só assim
podem se tornar bênção para eles.

Propósito e mensagem

 Santidade: tema central do livro (11:44-45; 19:2; 20:7-8,26), que indica


o estar separado de impurezas para um propósito especial (fora do
contexto comum, profano da vida cotidiana).
 Deus é transcendente e não convive com o nosso normal. As
diversas instruções apresentadas propiciam um ambiente onde o Deus
imanente habita com seu povo, na expectativa de que neste convívio
seu povo imite o seu caráter santo.

 Graça: o sistema de sacrifícios é crítico para o culto israelita. Devido à


presença do pecado que destrói a santidade, são necessários sacrifícios
que restaurem o acesso à presença divina. Esta restauração acontece
pelo derramamento de sangue (17:11) do animal (sem defeito) que
substitui o ofertante.
O sacrifício não outorga perdão automático, mas visa demonstrar
a Deus arrependimento e pedido de perdão. O perdão divino é gratuito,
mas é prerrogativa do Senhor que conhece a motivação do ofertante. O
perdão não é barato, pois envolve uma morte substitutiva.

 Celebração: as festas religiosas de Israel (Lv 23) visam levar o povo a


reconhecer e celebrar diferentes aspectos do Senhor. O descanso
sabático está fortemente enraizado no calendário litúrgico de Israel.

 Mediação: a função do sacerdote é fazer o meio-de-campo entre Deus


e o ofertante, ajudando este a se reconciliar com o Senhor. Não é uma
função derivada das qualidades pessoais do sacerdote, mas da escolha
graciosa de Deus.
Enquanto o sumo sacerdote israelita tipifica Jesus, nosso sumo
sacerdote (conforme Hebreus), o sacerdócio é uma função atribuída
hoje a todo o povo de Deus (1Pe 2:9).

Números

O quarto livro da Bíblia relata a peregrinação de Israel do Sinai até a


entrada de Canaã. Um trajeto não tão extenso, mas que se prolongou devido à
murmuração e à obstinação dos israelitas. Em um crescente nível de
reclamações, o povo se recusou a acreditar que o poderoso Deus que os
livrara das mãos do Egito, a superpotência da época, agora pudesse os livrar
dos gigantes e cidades fortificadas encontrados em Canaã.

Propósito e mensagem

O livro visa registrar a caminhada do Sinai até à entrada de Canaã,


enfatizando a dificuldade do povo em seguir o viver santo proposto aos pés do
Sinai.
 Perseverança: a mensagem principal do livro é a de que precisamos
perseverar em nossa confiança em Deus quando encontramos
dificuldades em nossa caminhada. Apenas duas pessoas de todas que
saíram do Egito entraram na Terra Prometida! O texto indica também a
perseverança de Deus, que não abandona seu povo mesmo quando
este o rejeita abertamente.

 Disciplina: os inúmeros juízos corretivos de Deus demonstram seu zelo


contra a rebeldia e a murmuração. Também demonstram seu amor e
paciência em disciplinar seu povo para que aprendam o caminho certo.
Tais experiências de juízo servem como ilustração para Paulo da
bondade e da severidade divina (Rm 11:20-22).

 Gerenciamento de crises: a ação do livro revolve em torno de sete


grandes crises nesta caminhada em várias áreas (liderança, fé,
impaciência, desvios do programa, guerra, idolatria). As crises suscitam
reações diferentes de cada pessoa e manifestam mais fortemente o que
se passa no interior do coração.

 Providência: mesmo em meio às murmurações, percebe-se que Deus


cuida de seu povo e provê para suas necessidades físicas, emocionais e
espirituais. Ele também protege o povo de maldições de estrangeiros.
Além disso, Deus está atento à intercessão de seus líderes, e os
defende ativamente contra ataques.

Deuteronômio

A nova geração do povo está agora na fronteira de Canaã. Assim, o


último livro do Pentateuco faz uma revisão da aliança, por meio de quatro
discursos de Moisés. Tudo no livro se passa em cerca de 40 dias. Do 1º
discurso de Moisés (1:3) à entrada em Canaã (Js 4:19) passaram-se 70 dias.
Chegou o momento em que Moisés tem que passar o bastão da liderança a
Josué.

Além de um novo líder, há agora um novo povo que não vivenciou tudo
que Moisés aprendeu e ensinou. Este novo líder e o novo povo enfrentarão
uma nova realidade e novos desafios em Canaã. Antes de entregar o posto,
pois, Moisés faz uma retrospectiva da caminhada do povo de Deus até aqui e
fornece diversas instruções para o viver fiel na Terra Prometida.

Propósito e mensagem

O propósito de Deuteronômio é incentivar a internalização da Torá e


motivar o povo a viver de acordo com os mandamentos recebidos. Longe de
gerar legalismo, sua mensagem é de que devemos amar ao único Deus com
toda intensidade (10:12-13), o que inevitavelmente irá exigir de nós obediência
às instruções divinas e submissão à sua vontade. Outros temas importantes.

 Vida plena: quem salva é Deus, o Redentor, mas a obediência à Torá


modela a vida liberta recebida de Deus. A obediência gera vida
abundante, enquanto a rebeldia gera a disciplina corretiva de Deus. Em
outras palavras, obedecer não é uma condição para salvação (para
entrar no povo), mas é condição para desfrutar a vida plena que Deus
nos oferece.

 Identidade de Deus e do povo: Moisés relembra que Javé é o único


verdadeiro Deus (6:4; 4:35,39) e é poderoso (10:17). Ele é
misericordioso e fiel (4:31). Ele escolheu Israel para ser um povo
especial entre as nações (7:6) e em relacionamento com ele (29:13).

 Profeta: Deus promete que enviará um profeta como Moisés (18:14-22),


algo que se cumpre somente com a encarnação de Jesus.

Introdução aos livros Históricos, Profetas Anteriores, Histórias


Cronistas.

Os livros históricos

Na organização grega dos livros do AT, como vimos antes, os quatro


livros dos Profetas Anteriores (Josué, Juízes, Samuel e Reis) foram
classificados como livros históricos. A esta divisão se acrescentaram os livros
históricos dos Escritos (Esdras-Neemias e Crônicas), e os livros de Rute e
Ester. Vários destes livros foram divididos em dois volumes. Desta forma, esta
subdivisão que tinha quatro livros passou a ter doze!

Este discurso histórico compila o material disponível de forma a alcançar


o sentido desejado. O narrador tem uma mensagem a comunicar e usa
palavras e metáforas que sejam culturalmente relevantes à sua época.

No caso do Israel deste tempo, o idioma dominante é o da realeza. Esta


mensagem não visa conhecimento intelectual, mas convoca sua audiência (o
povo de Deus) a participar desta história e se engajar no estabelecimento do
reino de Deus aqui na terra. O texto bíblico não almeja mudar só o indivíduo,
mas é também comunitário e para mudar a comunidade.

Para memorizar fácil a sequência dos livros históricos, divida-os em 3


grupos: 3 pré-monárquicos: Josué, Juízes e Rute 3 monárquicos: Samuel,
Reis e Crônicas 3 pós-monárquicos: Esdras, Neemias e Ester

Outro modo de dividi-los segue mais de perto a antiga divisão hebraica:


de Josué a Reis, e de Crônicas a Ester. Usaremos esta divisão abaixo.

Profetas Anteriores

Os estudiosos denominam a sequência de livros de Josué a Reis (que


são os Profetas Anteriores na Bíblia Hebraica) como a “História
Deuteronomista”, devido às fortes conexões teológicas entre suas narrativas e
o livro de Deuteronômio.

Embora toda a Torá sirva como parâmetro para a avaliação do


historiador, são as palavras finais de Moisés em Dt 28-30 que dão o tom da
análise teológica subsequente feita nestes livros.

História do Cronista

A sequência de livros de Crônicas e Esdras-Neemias são chamadas de


“História do Cronista”, pois originalmente remontavam a um volume único (veja
como o final de 2Cr se repete no começo de Ed). A história do cronista é a
“História Secundária” da Bíblia, segundo os estudiosos.
Ela abrange desde Adão até o retorno do exílio, ou seja, desde o estar
na presença de Deus no Éden até o retorno ao local de adoração de Deus
(Jerusalém). Acrescenta-se o livro de Ester ao lado de Neemias por retratar a
mesma época cronológica.

Deus está com os exilados na Babilônia. O cronista ensina que a


presença de Deus não foi embora de Israel, apenas sua manifestação histórica
vinculada a um lugar. Embora sem falar diretamente de Deus, Ester também
traz o mesmo ensino. Nada (terra, templo, circuncisão, ou status) importa mais
do viver na presença de Deus e confiar na sua providência.

Conteúdo

Deus está com os exilados na Babilônia. O cronista ensina que a


presença de Deus não foi embora de Israel, apenas sua manifestação histórica
vinculada a um lugar. Embora sem falar diretamente de Deus, Ester também
traz o mesmo ensino. Nada (terra, templo, circuncisão, ou status) importa mais
do viver na presença de Deus e confiar na sua providência.

Os livros históricos registram, obviamente, a história de Israel desde sua


entrada em Canaã (com Josué) até seu retorno a esta mesma terra após o
exílio babilônico (com Neemias). Deuteronômio termina com a morte de
Moisés e a passagem do bastão a Josué. Este lidera o povo na conquista da
terra prometida, Canaã.

Terra é assunto importante no livro de Josué, pois ela é um presente


gracioso do Senhor para que seu povo ali estabeleça o reino de Deus. A posse
da terra não é o objetivo final, e sim obter um lugar onde seja possível viver
com fidelidade na presença do Senhor e com descanso de todos os inimigos.

Propósito e mensagem

 Descanso: A terra é o lugar de descanso dos inimigos (Dt 6 e 8; cf. Hb


4), para viver sem tentação ou ameaças na presença de Deus. O
Pentateuco aponta para uma futura terra. Nos livros históricos esta
promessa ainda não é cumprida, pois o descanso não é alcançado
completamente: os inimigos ainda estão lá e a desobediência continua.
Somos um povo a caminho, em busca da realização da promessa divina
de descanso, e usufruindo da presença divina enquanto no caminho.

 Culto central: enfatiza-se o culto em Jerusalém (Dt 12) contra o culto


rival preparado por Jeroboão no reino do Norte (1Re 12:25-30). Para a
teologia judaica, o maior pecado não foi o do Éden, mas sim a idolatria
de adorar ao bezerro de ouro (Ex 32) enquanto deviam estar
desfrutando da presença de Deus! Assim agrava-se a adoração a Javé
proposta por Jeroboão, pois é um desvio do que foi ordenado por Deus.

 Monarquia: embora o Senhor também tenha sido rejeitado no processo


de escolha de um rei, ele se adapta às estruturas criadas pelo homem e
glorifica seu nome nelas. O problema não está nas instituições
humanas, mas na motivação pela qual são construídas. Na monarquia,
Deus se revela como o grande Rei que domina o universo. O rei de
Israel é apenas um rei vassalo subordinado à lei de Deus.

 Restauração: a história deuteronomista não ensina apenas que o exílio


foi a disciplina merecida devido à desobediência de Israel. Ela também
nutre nos leitores a esperança da restauração prometida a Davi. Ao
mencionar o perdão a Joaquim, no final de 2Re (25:27-30), o texto
aponta para um novo começo entre Deus e seu povo. Há sempre lugar
para confissão de culpa e arrependimento diante de Deus, o que leva a
uma renovação do compromisso de obediência. O tema do “retorno”
(arrependimento) é constante em toda a história deuteronomista.

 Expectativa messiânica: o rei é o ungido do Senhor.15 É ele quem


deve produzir as vitórias contra os inimigos e liderar seu povo na
adoração a Deus. Com a falha constante dos reis nestes aspectos, o
povo começa a olhar para o futuro, na expectativa de que um dia virá
este rei perfeito. Assim se forma a esperança pelo Rei justo que virá (a
qual será alimentada pelos profetas), um evento que só se cumprirá no
Novo Testamento.

 Violência: Como reconciliar a busca do “shalom” (paz, prosperidade e


bem-estar) com a violência necessária para tomar a terra? É como o
corpo humano. Para trazê-lo de volta ao estado de bem-estar quando
tem uma infecção ou tumor, é necessária violência (cirurgia ou
tratamento). Deus não toma o que é de outros, mas retoma o que é seu
porque a terra está infeccionada com o pecado (chegou ao limite).

Introdução aos livros proféticos

Se o AT é complicado nas partes narrativas, parece ser ainda mais difícil


compreender os livros proféticos. Embora sua poesia use simbolismos vívidos
que despertam a imaginação e as emoções, seu texto desafia o leitor devido à
economia de expressões, rápidas mudanças de modo, e até mesmo alusões
desconhecidas. Contudo, sua mensagem é atual e relevante para nós hoje,
como veremos.

Introdução geral aos livros

Assim, esta subdivisão da Bíblia moderna chamada “Profetas” contém


um total de 17 livros. Estes são, então, classificados nos tempos atuais em
Profetas Maiores e Profetas Menores.

Propósito e mensagem

Abaixo segue uma tabela com uma descrição sumária do tema de cada livro
profético:
Isaias

Ele presenciou a queda do reino de Israel em 722, e exerceu papel


fundamental no cerco de Jerusalém pelos assírios em 701. Tinha uma esposa
profetisa (8:3) e deu nomes simbólicos aos seus filhos (7:3; 8:3): Shear-iashub
(Um-resto-volverá) e Maher-shalal-hash-bas (Rápidodespojo-presa-segura).
Foi contemporâneo dos profetas Miquéias (que pregou na parte rural de Judá)
e Oséias (que pregou em Israel, o reino do norte).

Propósito e mensagem

 Confiança em Deus: em meio à tendência humana de confiar em forças


humanas, Isaías enfatiza que Javé é a única fonte de segurança e de
esperança para seu povo.
 Anúncio do Messias: o livro de Isaías é às vezes denominado de “Quinto
Evangelho”, pois anuncia a vinda do Servo do Senhor de maneira muito
clara. Este Servo personifica o Israel ideal, tudo aquilo que o povo de
Deus deveria ter sido.

 Deus como Senhor da história: Isaías anuncia que Deus é o soberano


senhor sobre tudo o que acontece.

 Monoteísmo absoluto: Javé é o único deus e os demais são falsos. Ele é


o Criador do universo, e seu único e supremo governante.

 Restauração dos infiéis: o povo de Israel é descrito como tendo se


afastado do Senhor (capítulos 1, 5 e 54), mas Deus irá graciosamente
trazê-los de volta à sua presença.

 Reino futuro: Isaías aponta para o final dos tempos quando Javé reinará
sobre seu povo e será a glória de Jerusalém.

 Justiça e juízo: Isaías enfatizou a justiça social procedente de corações


retos, e denunciou a opressão e a maldade em vigor em seus dias.

Jeremias

Jeremias é o maior livro da Bíblia em termos de espaço ocupado. Foi um


livro escrito por Baruque, escriba que registrou as profecias de Jeremias (36:1-
4) e lhes acrescentou seções biográficas (textos que se referem a Jeremias na
terceira pessoa).

Jeremias, filho de Hilquias (bisavô de Esdras), era sacerdote e profetizou


de 627 a 585 AC, nos reinados de Josias, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias
(1:1-3; 2Re 22-25). Depois profetizou mais uns cinco anos no Egito (Jr 43-44).

Propósito e mensagem

 Soberania de Javé sobre a história: como Isaías, Jeremias também


afirma que a política humana só é bem sucedida quanto concorda com a
vontade soberana de Deus. 4. Balança das nações: Jeremias expõe a
política do Senhor quanto às nações em 18:7
 Religião não salva do juízo: enquanto Isaías incentivou o povo a confiar
em Deus e resistir ao inimigo, Jeremias pregava a submissão aos
babilônios como sinal de que o povo aceitava a merecida disciplina de
Deus. Fica implícito aqui que isto talvez pudesse aliviar a intensidade ou
tempo da disciplina (cf. 2Sm 24).

 Ouvir e obedecer: Judá quebrou a aliança, não ouve mais a voz de


Deus (6:10,17-19; 7:13,23-28; 11:1-10; 13:8-10; 22:21; 25:1-8; 26:1-8).
Eles querem o apoio de Deus, mas não o compromisso de serem
obedientes!

Ezequiel

Ezequiel, filho de Buzi, também era sacerdote e foi deportado junto com
seu povo para a Babilônia (2Re 24:10-17). Passou a viver numa colônia perto
do canal Quebar, 80km a sudeste da Babilônia (3:15). Ele profetizou de 592 a
572 AC, para os judeus cativos no exílio, durante o reinado de Zedequias e
após a destruição de Jerusalém em 586 AC. Seu nome significa “Deus
fortalece”. Foi contemporâneo de Daniel e Jeremias.

Propósito e mensagem

 Afastamento da glória: Ezequiel demonstra claramente que nosso


pecado acaba por afastar a presença de Deus (9-11). Ela só retorna no
novo templo (43:2-5), no qual o próprio Javé habitará (48:35).

 “Eu sou Javé”: o livro reafirma constantemente (60x) que Javé é Deus e
Senhor e poderoso para cumprir sua palavra. Os sinais e profecias são
dados para que o nome de Javé se torne conhecido e glorificado (6:7,14;
7:4,27; etc), em vista da derrota de seu povo.

 Graça: Deus age com seu povo graciosamente “por amor de seu nome”
(20:1-44; 36:22) e não pela fidelidade do povo, que nunca existiu
(mesmo no tempo do Egito). A disciplina do exílio visa curá-los desta
idolatria persistente.

 Oportunidade: Ezequiel deixa claro que o destino dos exilados não está
selado por causa dos erros dos antepassados.32 Aquele que pecar,
esse morrerá (18:1-32). Não é tarde para mudar e abandonar a rebeldia.
Portanto, cada um tem responsabilidade de se converter ao Deus
verdadeiro e viver!

Daniel

Daniel é um livro bem conhecido por suas histórias miraculosas. Narra a


história de um jovem israelita (e seus amigos) que foi deportado para a
Babilônia em 605 AC para ser treinado no serviço ao rei. Deus o abençoou e
ele logo foi promovido, tornando-se um oficial de alta posição no governo. Sua
reputação era tão sólida que se manteve no cargo mesmo após a queda do
Império Babilônico, sendo nomeado como um dos três ministros subordinados
apenas ao rei medo-persa.

Propósito e mensagem

 Reino de Deus: Daniel anuncia que o auge do plano de Deus para seu
povo é a inauguração do seu reino, que será governado pelo “Filho do
Homem” (2:44; 7:9-14). Os demais reinos são descritos como
temporários e limitados em seus domínios.

 Juízo sobre o orgulho: os reis Nabucodonosor (3) e Belsazar (5) são


punidos por sua soberba. O mesmo acontece com elementos presentes
nas visões posteriores. O orgulho equivale à rebeldia e traz sobre o
orgulhoso a ira de Deus.

 Inclusão dos gentios: Daniel inova ao enfatizar mais os reinos gentios


do que o próprio povo de Israel. Ele inclui estes reinos debaixo do
governo de Deus, e prepara o terreno para o anúncio de que todas as
nações estarão juntas no reino de Deus.

 Chamado ao arrependimento: ao examinar a profecia de Jeremias,


Daniel entende que o juízo de Deus foi necessário devido ao pecado do
seu povo. Ele também percebe que não houve durante este tempo o
devido arrependimento, humilhação e confissão de pecados (9:11-14).
Há aqui um chamado implícito para que o povo volte para Deus.
 Fidelidade sob pressão: os inúmeros relatos sobre Daniel e seus amigos
recebendo livramento divino diante da adversidade buscam incentivar o
povo exilado a perseverar fielmente na adoração única a Javé, sem
ceder à idolatria reinante ao seu redor.

PENTAEUCO

(Gênesis / Êxodo/Levítico/Números/Deuteronômio)
O Pentateuco descreve a criação do mundo e o inicio da história humana, e em
sua maior parte tem como foco Deus, como o criador e Aquele que lida e
conduz Israel.

Gênesis
Autoria: Atribuído a Moisés

Data: 1450 – 1410 a. C

Títulos: Grego – Gênesis (Origem, princípio).

Hebraico – Bereshit (‫)ְּבראִׁש ית‬


ֵ – No princípio.

Divisão do livro

Origens.

Mundo (1.1 -25)

Homem (1.26 – 2:25)

Pecado (3:1 – 7)

Promessa (3:8 – 24)

Vida Familiar (4: 1 – 25)

Civilizações (4:16 – 9:29)


Nações (10:11)

Israel (12 – 50)

Mensagem do livro;

 Identidade e propósito de Deus: o livro apresenta o Deus Criador


como todo-poderoso e único, justo e gracioso.
 Identidade e propósito do ser humano: Deus estabelece um reino e
coloca o ser humano como seu representante fiel (Gn 2). Contudo, o ser
humano se rebelou contra seu Criador, rompendo a comunhão que
havia (Gn 3). Pela graça divina, o ser humano é chamado novamente
para andar com Deus e abençoar os outros (Gn 12.3).
 Relacionamento entre Deus e ser humano: A aliança com Abraão (Gn
12.1-3) é tema essencial que percorre toda a Bíblia. Ela é repetida aos
seus filhos, e renovada em diversas ocasiões posteriores (Gn 15.18;
17.6-8,19; 35.11-12; Êx 6.2-8) até ser expandida em uma Nova Aliança
(Jr 31).
 Bênção e maldição: Os termos “bênção” e “abençoar” ocorrem 88
vezes em Gênesis, mais que em qualquer outro livro bíblico. A maldição
também está presente e gera separação do lugar da bênção ou da
presença dos abençoados (Gn 3.14,17,24; 4.11; 8.21).

 Os elementos da aliança feita a Abraão;

I - A posteridade (descendência numerosa; citado 20x).

II - A terra (descanso; repete-se 15x).

III - E a bênção (presença de Deus ou relacionamento especial com


Deus; repete-se 15x).

Êxodo
O segundo livro da Bíblia retoma a história da família de Jacó/Israel, que

Descera ao Egito 400 anos antes. Esta família cresceu e se tornou um grande
povo, e se tornaram escravos no Egito. O livro relata a libertação que Deus
provê ao seu povo por meio de Moisés e o caminho cheio de eventos
sobrenaturais até a chegada aos pés do monte Sinai, onde se encontram com
o próprio Javé. Ali recebem as instruções de Deus (sua Torá) e fazem uma
aliança com ele para andar em sua presença e obedecer aos seus
mandamentos. Tornam-se um povo santo e sacerdotes às nações.

Divisão do livro

Título:

We’elleh Hassemôt (hebraico) = São estes os nomes, (Gn 46:8) devem ser
compreendidos como continuação da “saga de Gênesis

Êxodos (LXX) = Saída

Autor:

Moisés, assim como em Gênesis, ele se coloca no centro da narrativa (17:14;


24:4; 25:9; 36:1)

Data:

1440 a.C., durante a peregrinação pelo deserto de Cades Barnéia

Faraó era um dos Hicsos

 Hatshepsut (filha de Faráo, esposa de Tutmoses II) (1502-1480)


 Amenófis II (1448-1422)
 Tutmoses IV (1422-1413) não era filho de Amenófis

Frase Chave e Tema Central: Saindo do Egito (redenção)

Tema/mensagem: Redenção e organização de Israel como povo da Aliança. A


fidelidade à Aliança de Deus manifesta na redenção de Seu povo do Egito; a
exigência de obediência do povo à aliança.

Propósito: Escrito para descrever o nascimento da nação de Israel que


eventualmente traria a bênção ao mundo, para combater a idolatria e revelar a
identidade do Senhor. 19: 4-6 Nação Santa que cumprirá a Aliança Abraâmica
de alcançar o mundo.

Fatos Interessantes: População israelita de mais ou menos 2 milhões de


pessoas.

A vida de Moisés pode ser dividida em três períodos de 40 anos cada (Egito,
deserto, Êxodo).

Ponto Notável: Êxodo começa onde Gênesis terminou, a primeira palavra do


livro é a conjunção “e” em hebraico. A chegada de Deus para “morar” com seu
povo é o ponto chave deste livro, Levítico vem justamente responder a
pergunta que fica no final deste livro: “Como o povo pode viver na presença de
Deus?”

Problemas de interpretação em Êxodo:

O Nome de Deus: Deus não revela o Seu nome, mas a Sua essência, (DIDA
JYA DIDA), essa é uma expressão da contínua e variada representação de
Deus na história.

O endurecimento de Faraó: Deus disse para Moisés que endureceria o


coração de Faraó, mas Deus não faz isso contra a vontade de Faraó. Nas
cinco primeiras pragas o endurecimento de Faraó é voluntário, isso mostras
que o coração de Faraó era naturalmente levado a esse endurecimento, por
isso é responsabilidade de Faraó e não de Deus o endurecimento do seu
coração.
A Função da Lei?

 Servia para indicar a escravidão da vontade humana ao seu egoísmo e


interesse próprio.
 Servia para demonstrar que o homem precisava de Deus para sua
salvação.
 O aspecto moral da lei apontava a necessidade do homem, enquanto
que o aspecto cerimonial apontava a graça de Deus para o homem.
 A lei não foi dada com o propósito de salvar a humanidade, mas de
apontar a transgressão, por isso os cristãos não estão debaixo da Lei
Mosaica.

Levítico

No Pentateuco, Levítico é o livro do centro (que está no meio) e, ao mesmo


tempo, o livro central (principal). Ao final do livro do Êxodo vemos que agora a
glória de Deus habita no tabernáculo no meio do povo. Para continuar rumo à
Terra Prometida, o povo precisa permanecer santo em meio às práticas das
nações ao seu redor. Só assim podem se tornar bênção para eles.

Título:

Wayyiqra (hebraico) = E Ele Chamou

Leuitikon (LXX) = Pertinente aos levitas

Autor:

Moisés

Continuidade natural ao final de Êxodo (tabernáculo)

A única sessão histórica (8:1-10:20) segue logicamente a cerimônia de


consagração de Êxodo 40

Mt8:4; Mc1:44

Tema/ Mensagem:

Santidade
A necessidade da purificação e da santidade para aproximar-se de Deus.

Divisão do livro

Propósito:

 Foi escrito para revelar que a presença do Deus santo entre o Seu povo
exige uma aproximação baseada em sacrifícios e a separação nacional
de toda contaminação.
 Convocar o povo para a santidade pessoal. Os muitos rituais são usados
como auxiliares visuais para retratar o Senhor como o Deus Santo e
para enfatizar que a comunhão com o Senhor deve ser na base da
expiação pelo pecado e vida obediente.
 Deus exige nada menos que o melhor.
 Antes de enfrentar luta armada com o inimigo, precisavam de uma
comunhão especial com o Senhor dos Exércitos.

Fatos Interessantes

 Deus “antecipou” ciência/medicina em muitos pontos da Lei. (porco,


circuncisão, etc.)
 De todos os livros do Antigo Testamento, Levítico é o que encontra
maior correspondência tipológica com o Novo testamento.

Deus decretou vários feriados para o povo de Israel: três feriados anuais e um
ano de férias a cada sete, e, uma vez na vida, o ano de jubileu!
Pontos Notáveis:

 É bem possível que Levítico fosse um manual de instrução para os


sacerdotes.
 Palavras importantes:
 Santo (codesh) = 93x reservado/separado para o Senhor

 Expiar (kaphar) = 51x cobrir

 Sangue = 93x

A – mostra o horror do pecado

B – faz expiação pelo pecado

C – mulher com menstruação não podia entrar

D – parto de menina: 80 dias de reserva

E – único sangue que era aceito era o da expiação

Números

O quarto livro da Bíblia relata a peregrinação de Israel do Sinai até a entrada


de Canaã. Um trajeto não tão extenso, mas que se prolongou devido à
murmuração e à obstinação dos israelitas.

Em um crescente nível de reclamações, o povo se recusou a acreditar que o


poderoso Deus que os livrará das mãos do Egito, a superpotência da época,
agora pudesse os livrar dos gigantes e cidades fortificadas encontrados em
Canaã.
O livro visa registrar a caminhada do Sinai até à entrada de Canaã, enfatizando
a dificuldade do povo em seguir o viver santo proposto aos pés do Sinai.

 Perseverança: a mensagem principal do livro é a de que precisamos


perseverar em nossa confiança em Deus quando encontramos
dificuldades em nossa caminhada. Apenas duas pessoas de todas que
saíram do Egito entraram na Terra Prometida.

 Disciplina: os inúmeros juízos corretivos de Deus demonstram seu zelo


contra a rebeldia e a murmuração. Também demonstram seu amor e
paciência em disciplinar seu povo para que aprendam o caminho certo.

 Gerenciamento de crises: a ação do livro gira em torno de sete


grandes crises nesta caminhada em várias áreas (liderança, fé,
impaciência, desvios do programa, guerra, idolatria). As crises suscitam
reações diferentes de cada pessoa e manifestam mais fortemente o que
se passa no interior do coração.

 Providência: mesmo em meio às murmurações, percebe-se que Deus


cuida de seu povo e provê para suas necessidades físicas, emocionais e
espirituais. Ele também protege o povo de maldições de estrangeiros.
Além disso, Deus está atento à intercessão de seus líderes, e os
defende ativamente contra ataques.

Deuteronômio

O propósito de Deuteronômio é incentivar a internalização da Torá e motivar o


povo a viver de acordo com os mandamentos recebidos. Longe de gerar
legalismo, sua mensagem é de que devemos amar ao único Deus com toda
intensidade (10:12-13), o que inevitavelmente irá exigir de nós obediência às
instruções divinas e submissão à sua vontade.

Título: Elleh haddebarim Estas são as palavras – hebraico Deuteros Nomos –


A Segunda Lei (equívoco de 17:18)

Autor: Moisés

Data: 1405 a.C.


Versículo Chave: 6:4-5 (30:19-20; 10: 12-13)

Tema/Mensagem:

Fidelidade à Aliança de Deus Ame, confie e obedeça!

Propósito:

Relembrar e motivar uma nova geração (pronta para entrar na Terra prometida)
a importância de amar a Deus e obedecer a Aliança Mosaica para receber a
benção.

Contribuição ao Cânon:

Revela o amor de Deus no Antigo testamento

Fatos Interessantes: Em nenhum outro lugar do Pentateuco lemos a respeito


do amor de Deus (4:37; 7:7-8; 10:15) Moisés não entrou na Terra Prometida.
Foi o livro mais citado por Jesus. É o livro do Antigo Testamento mais citado no
Novo testamento (200 vezes). As profecias deste livro são bem específicas
(17:14... e 31:29)

Pontos Notáveis: O Decálogo é repetido para a nova geração. Deuteronômio


segue a forma dos tratados da época, mostrando que o Senhor era o Rei do
povo de Israel.

Livros Históricos

(Josué / Juízes / Rute/ I e II Samuel / I e II Reis/ I e II


Crônicas/Esdras/Neemias/Ester)

Cronologia

Os livros históricos abrangem o período que vai de 1400 a.C, ou seja, um


milênio completo da história dos hebreus que pode ser dividido em três
grandes eras: O período Teocrático (1405-1043), o período

Monárquico (1043- 586 a. C, ou desde Saul até a destruição de Jerusalém) e o


período da restauração (536- a.C. a 420 a.C).
Josué

Esboço do livro

Autoria: Anônimo (atribuição a Josué).

Data: 1400 e 1350 a. C.

I – A conquista da terra prometida. (Caps. 1-12).

Preparação para entrada na terra (Caps. 1-5).

A conquista da terra (Caps. 6-12).

II – A ocupação da terra prometida (Caps. 13-24).

A divisão da terra (caps. 13-22).

A despedida de Josué (caps. 23-24).

O livro começa com a morte de Moisés e sua sucessão por Josué, líder Militar
e espiritual. Josué desafia os israelitas não apenas a conquistar a Palestina,
mas também a seguir Senhor.

A primeira metade do livro relata a conquista da terra prometida, enquanto a


segunda registra os detalhes da divisão da terra entre as doze tribos de Israel.
Ruben, Simeão, Judá, Dã, Naftali, Gade, Asser, Issacar, Zebulom, Manasses, 
Efraim e Benjamim.

 O conteúdo do livro, que se limita à liderança de Josué, reforça a opinião


de que tenha sido escrito pelo sucessor de Moisés e no seu próprio
tempo.

 Josué talvez tenha sido o descendente mais ilustre de José. Era da tribo
especialmente abençoada por Jacó (Gn. 48.10). Do mesmo momento
que José foi o “salvador” dos seus irmãos no Egito, Josué conduziu o
povo para o livramento e descanso.

Cenário Histórico

Data de escrita – 1405 – 1375 a.C.


Admitindo que Josué tivesse a mesma idade de Calebe (40 anos quando
espiaram Canaã, Josué 14.7), é possível que tenha começado a comandar a
Israel com 79 anos. Visto ter morrido com 110, a sua liderança durou 39 anos
(24.29). A conquista inicial durou 7 anos.

Estado em que se achava a nação

 A liderança da nação tinha sido transferida a Josué por ocasião da morte


de Moisés. A travessia do Jordão teve lugar um pouco antes da páscoa,
época em que o Jordão inundou as margens

 Toda a população (cerca de 2 milhões e meio) estava decidida a invadir


Canaã. Apesar de duas tribos e meia terem negociado com Moisés a
permanência na Transjordânia, eles enviaram 40.000 homens para
conquistar Canaã.

Objetivo do Livro

Preservar a história da conquista de Canaã e a divisão da terra em tribos. A


história revela a fidelidade do Senhor com o Deus observador da aliança
(Josué 1.2-6).

Demonstra também à posteridade de Israel a grande vitória que o povo pode


alcançar se tão somente seguir a liderança Teocrática do senhor, em vez de
recorrer à força humana.

Contribuições singulares de Josué

 Cumprimento da promessa de Deus a Abraão.

 A invasão de Josué cumpriu o segundo aspecto da aliança do Senhor


com Abraão: a entrega da terra prometida.

Juízes

Introdução

O livro descreve uma série de quedas do povo de Deus na idolatria e


prostituição seguidas por invasões da Terra Prometida e servidões aseus
inimigos. E Deus começa a levantar os juízes (Homens e mulheres) para liderar
o povo israelita, pois eles tinham a necessidade de um líder após a morte de
Josué.

No livro de Juízes a geração posterior a Josué não consegue completar a


conquista de Canaã, e um longo período de infidelidade religiosa e
instabilidade política se segue. Líderes surgem (os juízes), mas trazem alívio
apenas temporário. E o livro termina sem que Israel tenha a posse completa da
terra prometida.

Contextos Históricos

Depois da morte de Josué, a nova geração de Israelitas fez aliança com as


nações que a antiga geração havia deixado na terra (aliança com o inimigo),
atitude que resultou em idolatria e imoralidade. Isto trouxe o juízo de Deus
sobre eles na forma de servidão àquelas nações, voltaram a ser escravos...
Clamaram a Deus e Ele enviou libertadores: Os Juízes de Israel. Através deles
Deus dava vitórias temporárias ao seu povo.

A Bíblia apresenta-nos 13 juízes nesse período libertadores de

Israel: Juizes

1. Otniel, de Quiriate Sefer,Judá

2. Eúde, de Benjamim

3. Sangar

4. Débora, de Efraim; e Baraque, de Neftali

5. Gideão, de Manassés

6. Abimeleque, de Manassés

7. Tola, de Issacar

8. Jair, de Gileade (Manassés)

9. Jefté, de Gileade (Manassés)

10. Ibsã, de Belém,Judá


11. Elom, de Zebulom

12. Abdom, de Efraim

13. Sansão, de Dã

Soberania de Deus.

1. Disciplinando Crentes – Jz.2:14,15 2.

2. Dirigindo Descrentes – Jz.3:12,13 3.

3. Dirigindo o Mal – Jz.9:22,23

Depravação Humana.

1. Trevas espirituais – 2:10

2. Afastamento espiritual – 2:11-13

3. Desobediência Espiritual – 21:25

Rute

É um livro situado no período dos juízes.

Rute, uma mulher de Moabe, se liga a uma família israelita, trazendo bênçãos
a ela e a outros.

Ela é ancestral de Davi, e se colocou na linhagem do Senhor. E é uma história


de um resgate que prefigura o maior de todos os resgates!

Autoria

O nome “Rute” significa “amizade”, uma característica verdadeira daquela que


deu nome ao livro. É um dos 6 livros históricos que levam o nome das
principais figuras de ação e vida descritas neles (Josué, Rute, Samuel, Esdras,
Neemias e Ester).

Um dos 2 livros bíblicos que levam o nome de uma mulher: Rute, a gentia que
se casou com um rico judeu de linhagem real da promessa. Ester, a judia que
se casou com um rei gentio.
Samuel, provavelmente, pode ter também escrito Rute.

Muitos classificam esse livro como um apêndice a Juízes 1-16, que proporciona
uma agradável suavidade de fé e amor numa época de infidelidade, idolatria e
violência.

O livro foi provavelmente escrito depois de Davi ser ungido rei, mas antes dele
subir ao trono, ou antes, de Salomão.

Cenário Histórico

Data dos acontecimentos – 1340 a.C. Embora os acontecimentos do livro de


Rute sejam datados de 1100 a.C., aproximadamente, colocando assim Boaz na
condição de bisavô de Davi.

Contexto Histórico

O livro começa com a circunstância não muito comum de que havia fome em
Belém (cujo nome significa “casa de pão”).

Assim como aconteceu com José no Egito, o Senhor usou a fome para trazer
salvação e bênção espiritual através dos fiéis.

A história apresenta a característica irônica de uma mulher virtuosa, que veio


de um povo nascido de incesto (Ló e sua filha).

Os moabitas, ancestrais de Rute, tinham atraído Israel para a idolatria e a


imoralidade (Gn. 19.37; Nm. 25.1), mas agora ela estava influenciando Israel
com o seu amor e virtude.

Objetivo do Livro

Retratar o ânimo religioso e o amor de duas mulheres de países diferentes


numa época de rivalidade inter-racial, violência e idolatria. 

Significado do casamento levirato em Rute

 Significado: “Levirato” era o casamento de uma viúva com o irmão do


seu marido, no caso do cunhado morar na casa do pai (ou seja, o irmão
mais moço ainda não casado).
 Objetivo: Preservar o nome e a linhagem familiar do irmão falecido e
prover sustento para a sua viúva.

 Textos: Gn. 38.8 – Afirmado e ilustrado o princípio original

 Dt. 25.5-6 – Sancionado por Deus o princípio Mosaico.

 Lv. 25.25-28 – Formulado o relacionamento do resgatador com o


parente.

Aplicações do livro de Rute:

 Noemi e Rute eram viúvas necessitadas de resgate e proteção para


preservar a linhagem de Elimeleque e Malom.

 Somente Boaz estava qualificado a ser o parente-resgatador, pelo seu


parentesco e pela sua capacidade de resgatar apropriadamente.

 O casamento de Boaz e Rute preservou a linhagem de Elimeleque e


também originou a linhagem real do reinado de Israel.

I Samuel

Os livros de Samuel Estabelecimento de Israel como reino Teocrático

Autoria

Devido à 1ª figura humana de destaque neles, Samuel, palavra que significa


“nome de Deus” ou possivelmente uma abreviatura de “pedido a Deus”.
Originalmente, no cânon hebraico, os dois livros formavam um só volume,“O
Livro de Samuel”, mas foram divididos em dois pelos tradutores
gregos(Septuaginta) que os chamaram de “1 e 2 Reis”.

Os livro que chamamos de 1 e 2 Reis tinham o nome de 3 e 4 Reis. Estes


livros, como a maioria dos livros históricos, são anônimos. O profeta Samuel é
geralmente considerado o autor de 1 Samuel 1-24, e Natã e Gade os autores
da parte restante. As descrições sugerem que os autores foram testemunhas
oculares dos acontecimentos.
Cenário Histórico

Datas envolvidas – 1100 a 970 a.C., aproximadamente.

Os acontecimentos relatados nos dois livros cobrem o período do nascimento


de Samuel até o fim do reinado de Davi. Supondo que Samuel tivesse 30 anos
aproximadamente quando começou a sua liderança em 1070 (5 anos após a
morte de Eli). O período de tempo para os livros é de cerca de 130 anos.

Antes da liderança de Samuel, diversos juízes governaram Israel. Sansão, a


sudeste governou Judá e Dã; Jefté governou Manassés e Efraim Oriental;
Ibsão, Elom e Abdom, julgaram outras partes de Israel, enquanto Samuel
crescia em Silo.

Cenário Religioso em que se achava a nação

 O período começou com a idolatria e a imoralidade ainda predominante


em Israel (1 Sm. 7.3).

 Embora Eli fosse fiel como sacerdote, ele deixou de honrar a Deus por
não disciplinar seus filhos (1 Sm. 2.29) que serviam no tabernáculo de
Silo com flagrante de imoralidade e cobiça.

 Por este motivo, o Senhor proferiu julgamento contra a casa de Eli,


dizendo que seria afastado do sacerdócio.

O Tabernáculo e a arca tinham estado em Silo (14km ao norte de Betel) desde


os tempos de Josué até os de Eli. Quando na ocasião da morte de Eli a arca foi
roubada, esses dois itens principais do sistema religioso de Israel ficaram
separados e assim permaneceram durante 75 anos até que Davi fez com que a
arca voltasse em 1000 a.C.

Cenário Político da União

Divisões internas. Foi uma época de lideranças divididas e anarquia geral.


Desde a morte de Josué, a nação vinha sem liderança central, mas nas
emergências as tribos eram julgadas por juízes indicados por Deus e, às vezes,
por governantes sacerdotes (Finéias e Eli).
Opressões externas. Os filisteus do sudeste fizeram nessa época a maior
oposição a Israel, embora outros povos fizessem ataques esporádicos. Os
filisteus tomaram-lhe não somente a arca; toda a Jordânia ocidental foi várias
vezes quase toda tomada por eles.

Sob o reinado de Davi, os problemas de anarquia interna e opressão externa


foram resolvidos aos poucos. Sob sua liderança os filisteus foram expulsos;
Edom, Moabe, Amom e Síria tornaram se vassalos de Israel, e conclui se um
tratado de paz com a Fenícia.

II Samuel

Autor do livro

Gade e Natã Supõe-se que Samuel escreveu os primeiros 24 capítulos do


primeiro livro. O restante foi escrito pelos profetas Natã e Gade, biógrafos do
Rei Davi (I Cr.29:29). Originalmente I e II Samuel era um livro só. Os tradutores
da Septuaginta que fez a divisão entre I e II Samuel.

Propósito do livro

 Este livro se concentra inteiramente em torno da pessoa de Davi,

 O grande rei de Israel,

 E o grande ancestral do Senhor Jesus.

 Davi começou reinando sobre Judá,

 E, tendo unificado a nação, reinou sobre todo o Israel. Conquistou e


estabeleceu sua capital, Jerusalém.

 Subjugou os inimigos.

 Expandiu o território nacional.

 Mas, acima de seus feitos gloriosos, o livro nos apresenta a vida deste
homem, tal qual ele a viveu.
Esboço do livro

Conteúdo do livro

A Elevação de Davi – 1-10

- A Morte de Saul:

- Davi é Rei sobre todo o Israel: 2-5

- A Arca da Aliança é trazida para Jerusalém: 6

- O Pacto de Davi: 7 - As Conquistas de Davi: 8-10

A Queda de Davi – 11-20

- O Grande pecado de Davi: 11,12

- As Consequências de seu pecado: A rebelião de Absalão: 13-20

- Salmo. 51- O arrependimento sincero de Davi.

História do livro

 Após a morte de Saul, Davi, com 30 anos de idade, reinou sobre a tribo
de Judá (com sede do governo em Hebrom) por um período de sete
anos e meio.

 Nesse período, Is-Bosete, filho de Saul, reinou como "fantoche" sobre as


demais tribos. Só depois é que Davi passou a reinar sobre todo o Israel,
o que fez por 33anos.
 II Samuel apresenta Davi como homem e I Crônicas vai tratá-lo como
Rei.

I Reis

Autor:

Seu autor é desconhecido, porém supõe-se que Jeremias escreveu este livro,
conforme a tradição dos rabinos. Acredita se que Jeremias tenha compilado os
registros de Natã e Gade, biógrafos do Rei Davi (I Cr.29:29).

Propósito do livro

 Este livro mostra-nos a história do povo eleito sob a liderança dos reis
por ele "exigidos" do SENHOR.

 Nele aprendemos que, apesar de governarem alguns reis de caráter


reto, a maioria deles vivia em iniquidade, levando a nação à miséria.

 O fato mais destacado é que o bem estar da nação depende da


fidelidade do rei e do povo à Aliança feita com o SENHOR.

 A vida do primeiro rei apresentado - Salomão - é uma clara


demonstração desta verdade: enquanto Salomão foi fiel à Aliança, o
reino cresceu; quando ele se desviou, abriu as portas para a sua divisão
e enfraquecimento.

Esboço do livro
Conteúdo do livro

1- Salomão é estabelecido Rei do Israel - Cap. 1- 2

- A Conspiração de Adonias – 1: 1-38

- Salomão Nomeado por Davi – 1: 39-53

- A morte de Davi – 2:1-11 Salomão sobe ao trono de Davi – 2:12-46 Salomão


foi ungido rei a mando de Davi: 1:32 – 34.

2 - O reinado de - Cap. 3- 11

- A sabedoria de Salomão – 1: 3,4 (3:5-9)

- A construção do templo e do palácio – 5-7

- A dedicação do templo – 8

- A glória e a fama de Salomão – 9,10

- A queda de Salomão – 11 (idolatria)

- A morte de Salomão – 11:41-43 Fim dos bons tempos em Israel

3 - A Divisão e declínio do reino – 12-22

- Roboão, filho de Salomão, reina em Israel – 12.

- Jeroboão, divide o reino – 12: 16-20 Reino do Sul (Judá) Reino do Norte.

II Reis

Autor:
Seu autor é desconhecido, porém supõe-se que Jeremias escreveu este livro,
conforme a tradição dos rabinos. Acredita se que Jeremias tenha compilado os
registros de Natã e Gade, biógrafos do Rei Davi (I Cr.29:29).

Propósito do livro

Apresentar a continuação da história de Judá e de Israel, através de narrativas


paralelas do que ocorria nos dois reinos, culminando com o fato de que ambos
foram levados ao cativeiro. Na verdade, o livro traz a história da miséria gerada
pela apostasia e idolatria.

Conteúdo do livro

• O final do ministério de Elias (1-2.13);

• Eliseu (2.14-13.21)

• Declínio e queda do reino do Norte (Israel) (13.22-17.41)

• Declínio e queda do reino do Sul (Judá) (18-25)

Contexto histórico

Cativeiro Babilônico: já o reino do Sul (Judá) foi destruído 136 anos depois,
pelos babilônios, cuja cidade principal era Babilônia. A conquista de

Judá ocorreu em quatro estágios: 606 a.C. Nabucodonozor aprisionou


Jeoaquim, levou alguns dos tesouros do Templo, e também levou cativos
alguns judeus, dentre os quais Daniel - 2 Cr 36.5-8; Dn 1.1-3; 596 a.C. ele
voltou, levando o restante dos tesouros do Templo, o rei Joaquim, e cerca de
10.000 pessoas (a "nata" da sociedade) - 24.14-16;

Em 586 a.C., depois de 18 meses de cerco, Jerusalém foi totalmente destruída,


os olhos do rei Zedequias foram vazados, e ele foi levado cativo juntamente
com 832 pessoas, ficando na terra somente os pobres. 25.8-12; Jr 52.28-30;
Em 581 a.C., depois de terem queimado Jerusalém, os babilônios voltaram e
levaram mais 745 cativos (Jr 52.30). Um grupo considerável havia fugido para
o Egito (inclusive o profeta Jeremias, conforme Jr 43).

Cativeiro Assírio : É muito importante observarmos que o reino do


Norte (Israel) foi destruído pelos assírios, cuja cidade principal era Nínive. Por
volta de 885 a.C. tornou-se um império fortíssimo, com domínio mundial. Eram
grandes guerreiros. Saqueavam tudo. Terrivelmente cruéis. (E sua estratégia
consistia em deportar os povos das nações conquistadas, com o fim de destruir
o seu senso de nacionalismo, o que os tornava mais vulneráveis).

I Crônicas

Autoria

Escrito por Esdras, o Sacerdote.

• Entre 450 e 430 a.C.,

• Este livro foi dirigido aos exilados que retornavam do Cativeiro da Babilônia

• Um livro Eclesiástico e sacerdotal – Exortativo.

Propósito do livro 

 Crônicas, foi dirigido aos exilados que retornavam do Cativeiro.

 Para mostrando-lhes o passado de seu povo sob a perspectiva do agir


de Deus.

 Com vistas a encorajá-los e também lembrá- los de que precisavam ser


fiéis à Aliança.

 A fim de que, como povo de Deus, voltassem a experimentar a glória


dos dias de Davi.

 Assim, iniciando com a apresentação da genealogia do grande rei de


Israel, 1 Crônicas mostra-nos o significado espiritual do reinado do justo
rei Davi, e suas consequências – Esperança Messiânica!

 I e II Crônicas traz um foco diferente da História do povo de Deus, após


a experiência do cativeiro;

 A História sob a perspectiva da ação de Deus.


Esboço do livro

Conteúdo do livro

Um Quadro Geral:

 1 e 2 Crônicas (originalmente, um só livro - a divisão ocorreu com a


tradução da Septuaginta) cobrem o mesmo período histórico
apresentado desde 2 Samuel até 2 Reis. O que os caracteriza é o
fato de tratarem do mesmo assunto sob perspectiva diferente.
 Os livros de Crônicas apresentam a dinastia davídica do ponto de
vista espiritual. Os outros livros narram a história do ponto de vista
político, além de apresentarem também a história do reino do Norte
(as Crônicas só apresentam a história do reino do Sul, ou reino de
Judá).

Conteúdo do livro
II Crônicas

Autor do livro

Escrito por Esdras, o Sacerdote

• Entre os anos 450 e 400 a.C.,

• Marca o período de restauração e reconstrução de Jerusalém, após 70 anos


de cativeiro na Babilônia;

• Este livro foi dirigido aos exilados que retornavam do Cativeiro da Babilônia,
um resumo histórico dos reis de Judá.

Propósito do livro

• Em estreita conexão com o propósito do primeiro livro, 2 Crônicas ignora


grandemente as atividades do reino do Norte (Israel),

• Apresenta a história do reino do Sul (Judá),

• Assegura que Deus estava com o seu povo, conforme a aliança feita com
Abraão;

• Em estreita conexão com o propósito do primeiro livro, 2 Crônicas ignora


grandemente as atividades do reino do Norte (Israel),

• Apresenta a história do reino do Sul (Judá),

• Assegura que Deus steava com o seu povo, conforme a aliança feita com
Abraão;

• Dá ênfase à vida dos reis piedosos e reformadores como:

• Asa, Josafá, Joás, Ezequias e Josias,

• Que seguiram os passos do rei Davi, andando humildemente diante do


SENHOR, e atraindo, consequentemente, Suas bênçãos sobre o povo.

• Ensina que a obediência, a piedade e a humildade são bênçãos que geram


bênçãos.
Esboço do livro

Conteúdo do livro

Quando os profetas não são ouvidos

A profecia de Jeremias (36.21 / Jr 29.10) de que haveria um cativeiro de 70


anos, cumpre-se de maneira dupla:

1 - Cativeiro político - Jerusalém é "destronada" - 605 a 536 a.C.;

2 - Cativeiro espiritual - o Templo é destruído em 586 a.C. e só vai ser


completamente reconstruído em 516 a.C.

A Palavra do SENHOR por boca dos Seus servos cumpriu-se cabalmente!


Aliás, Sua Palavra sempre irá cumprir-se.

Lição espiritual do livro


• 2 Crônicas termina com uma lição tremenda - leia 36.17-23. o retorno do povo
de Deus do cativeiro.

• O SENHOR pune severamente, em cumprimento à Sua Palavra e


satisfazendo a Sua justiça e santidade.

• Todavia, Sua misericórdia é sem fim, e Ele sempre estende a mão para
restaurar e abençoar a Sua herança.

Esdras

Autor:

O Livro De Esdras Palavra-chave: “Reconstrução” “Restauração” Escrita pelo


próprio Esdras entre os anos (536 a 457 a.C.).

Propósito do livro

• O livro de Esdras inicia com os mesmos dois versículos com que 2 Crônicas é
finalizado, o que indica continuidade da narrativa.

• Aliás, os livros de Esdras, Neemias e Ester encerram o relato da história do


povo de Deus no Velho Testamento. Cerca do ano 400 a.C.

• Esdras, particularmente, tem como propósito mostrar como o SENHOR


cumpriu a Sua promessa feita através do profeta Jeremias (Jr 29.10-14),

• De que traria o Seu povo de volta à terra, após 70 anos de exílio,


reconstruindo o Templo, a cidade de Jerusalém, e o Seu povo.

Esboço do livro
Cronologia do cativeiro

Resumo histórico

• A volta do exílio babilônico, também chamada de o segundo êxodo, é menos


impressionante que o êxodo (propriamente dito), em que o povo de Israel saiu
inteiro do Egito, rumando para a Terra Prometida.

• É provável que mais de um milhão de judeus residissem na Babilônia nesta


época. Todavia, somente um grupo de cerca de 50 mil pessoas voltou.

• Somente um remanescente fiel decidiu abandonar a estabilidade do seu


status quo para enfrentar a dureza de uma viagem de 1600 km rumo a uma
terra onde tudo estava por se reconstruído! Resumo Histórico.

• Esdras relata a história do retorno do povo com Zorobabel, que teve como
objetivo principal a reconstrução do Templo (capítulos 1 a 6).

• E relata o retorno de um segundo grupo, sob sua liderança, que teve como
missão principal levar o povo a uma renovação em sua vida espiritual
(capítulos 7 a 10).

• Entre essas duas etapas, passaram-se 81 anos! E, nesse período,


aconteceram os fatos narrados no livro de Ester. Depois disso, veio Neemias.
Resumo Histórico.
• Ciro, o persa, venceu os babilônios em 539 a.C. Já no ano seguinte, baixou
um decreto permitindo aos judeus a volta à sua terra.

• Zorobabel liderou o primeiro grupo que, em 536 a.C. deu início à reconstrução
do Templo.

• Dois anos depois, essa obra de reconstrução foi interrompida, e somente 14


anos mais tarde (em 520 a.C.) é que, sob a influência do ministério de Ageu e
Zacarias, foi reiniciada.

• A reconstrução do Templo foi terminada em 515 a.C. Resumo Histórico.

Livros Históricos

Neemias

Cronologia

Neemias provavelmente escreveu o livro pouco tempo depois dos


acontecimentos narrados, C. 430 a. C. , durante o reinado de Artaxerxes I (464
– 424 a. C).

O Livro de Neemias Palavra-chave: “Reconstrução” Escrito pelo próprio


Neemias, é considerado uma autobiografia.

Propósito do livro

• Zorobabel reconstruiu o Templo.

• Oitenta anos depois, Esdras iniciou a restauração do povo em sua vida


espiritual.

• Treze anos mais tarde, Neemias chegou a Jerusalém para ajudar Esdras em
seu ministério, tendo como prioridade a restauração política e geográfica do
reino.

• Jerusalém, era a capital política e espiritual do povo judeu.

• E estava desprotegida, à mercê do inimigo que a circundava.


• Neemias chegou para restaurá-la como cidade, restabelecendo a sua
autoridade civil, dando-lhe "status" de cidade forte e bem firmada, por ter uma
Aliança irrevogável com o SENHOR.

• Essa obra iria também influir na restauração espiritual do povo.

Principal tema do livro

O Livro gira em torno do trabalho e da liderança de Neemias. É uma


autobiografia de um homem que, seguindo a orientação de seu Deus,
sacrificou uma vida de luxo e prazeres palacianos para ajudar a sua povo, o
povo da aliança, que estava em profunda pobreza e miséria em Jerusalém; Um
homem/líder - de oração e trabalho.

 Não fez pacto com inimigos de seu povo – nem externo e nem interno.

 Humilde e espiritual, atribuiu todo o sucesso de seu trabalho ao Deus de


Israel e para a glória de Deus.

 Deixou uma lição de vida de oração e perseverança como requisito para


quem confia no Senhor e quer vencer os obstáculos.

Esboço do livro
A Cronologia do retorno do Cativeiro

Resumo Histórico

A) Reconstrução dos muros de Jerusalém Capítulos

De 1 a 6 a.

I- Oração e a comissão de Neemias Caps. 1,2.

II - Os reconstrutores do muro Cap.3.

III - A oposição dos Samaritanos Cap.4.

IV - Os nobres repreendidos por oprimir o povo Cap.5.

V - O término da reconstrução do muro Cap.6.

B) O avivamento da religião e a Restauração do culto Capítulos 7 a 12 b.

I- A leitura da Lei Cap.8.

II - O arrependimento e a consagração do povo Cap.9,10.

III - Jerusalém novamente habitada Cap.11.

IV - A dedicação do muro e a restauração do serviço do templo Cap.12.


A correção dos abusos Capítulo 13

I. A violação da santidade do templo 13:4-9

II. A violação da lei referente aos levitas 13:10-14

III. A violação do descanso do sábado 13:15-22

IV. A violação da lei da separação 13:23-31

Ester

Introdução.

De acordo com Carl Armerding;

“O livro de Ester apresenta uma parte da história dos Judeus que não aparece
em nenhum outro texto da Bíblia. Por exemplo, com base nessa história,
aprendemos sobre a origem da festa de Purin, a qual, como todos sabem, o
povo judaico celebra até os dias de hoje”.

Propósito do livro

 Narrando a história de como uma obscura jovem judia tornou-se esposa


do rei da Pérsia e foi instrumento de Deus para a preservação do seu
povo,
 O livro de Ester (ao lado de Rute, únicos livros da Bíblia com nome de
mulher)
 Tem como propósito mostrar-nos os caminhos da providência de Deus
em favor dos Seus escolhidos.

 Narra a história da tentativa de extermínio do povo judeu durante o


cativeiro da Babilônia no tempo dos persas, quando Assuero (Xerxes I)
era rei dos persas;

 Mostra como a providencia de Deus frustrou os planos perversos do


amalequita Hamã de derramar o sangue de seus arqui-inimigos Judeus;

 Também explica a origem da festa do Purim;

Principal tema do livro


O livro gira em torno da providencia de Deus com o seu povo é a história de
uma jovem simples do povo que se tornou rainha, pela providencia divina, para
salvar o seu povo; Tem o caráter de um romance histórico.

Esboço do Livro

Capítulos 1 a 4 capítulos 5 a 10 a oposição aos judeus a vitória dos judeus

I. A Festa de Assuero Caps. 1,2.

II. A Festa de Ester Caps. 3 a 7.

III. A Festa de Purim Caps. 8 a 10.

A Festa de Assuero.

1. A desobediência de Vasti – Cap.1 Vasti se recusou a se expor de forma


indecente diante dos principais do reino, a mando de Assuero, todos
bêbados. Era costumes dos Persas que as rainhas não se expunham
em público.
2. A coroação de Ester – Cap.2 Escolhida pelo critério de beleza, mas era
também uma jovem muita sábia.
3. Mordecai salva a vida do Rei – Cap.3 Deus usa Mordecai para salvar a
vida do Rei de terrível conspiração.

A Festa de Ester

1. A conspiração de Hamã contra os judeus – cap.3 Hamã queria que


todos se prostrassem diante dele. Mordecai recusou-se. Mais tarde os
cristãos fizeram o mesmo.
2. A lamentação dos judeus – cap.4 .
3. A petição de Ester – cap.5 4. A elevação de Mordecai – cap.6 5. A morte
de Hamã – cap.7.

A Festa do Purim

1. O decreto do Rei permitindo que os judeus se defendessem. Foram salvos.


Cap.9.

2. A vingança dos judeus Cap.9


3. A Instituição da festa do Purim Cap.9

4. A Grandeza de Mordecai Cap.10 Os judeus passaram momentos de duras


provas no cativeiro A Face oculta de Deus, mesmo não registrando o seu nome
Ele estava presente e em defesa de seu povo.

Sendo, pela boa e providencial mão do SENHOR, desmascarado, Hamã foi


morto, e o seu "dia de sorte" transformou-se num dia de festa para os judeus,
seus inimigos! 

Livros Poéticos

(Jó/Salmos/Provérbios/Eclesiastes/Cantares de Salomão)

Livros Poéticos – 5. Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares de


Salomão. Estes cinco livros que ficam no meio dos livros históricos e proféticos
são muitos diferentes do que aqueles que vêm antes ou depois deles.

Os livros poéticos não tratam da nação de Israel, mas tratam de assuntos


individuais do coração. Os livros poéticos falam de indivíduos como tais, do
coração humano. Os livros poéticos não são a única poesia encontrada no
Velho Testamento. Estes livros são o grupo poético de livros. Os Livros
poéticos falam das experiências da vida, da relação do coração com Deus e da
intimidade que o salvo tem com Deus.

Introdução

Considerado o livro mais antigo da Bíblia, uma vez que não apresenta
nenhuma referência à lei. Por meio de diálogos comoventes, o sofredor, porém
íntegro Jó discute com seus amigos as razões de sua desgraça. Ao final,
aprende, por meio de contato pessoal com o Senhor, a aceitar a soberania e
vontade divina sobre sua vida.

Jó usa a poesia (enquadrada em um início e fim em prosa) para desafiar a


noção comum de que o sofrimento é sempre decorrente do pecado e da
disciplina divina.
De acordo com Thomas Carlyle;

“Jó apresenta o mais antigo e fundamental questionamento do homem sobre o


interminável problema: o destino do homem e a forma com que Deus o trata
neste planeta [...]. Tristeza e reconciliação sublimes, melodias tão antigas
quanto a alma da humanidade, tão suaves e formidáveis como o sol da meia-
noite e o mundo com seus mares e estrelas! Acredito que não haja na Bíblia,
ou fora dela, literatura de mérito comparável”.

Pensamento-chave: O sofrimento é uma ferramenta de aproximação de Deus


e produção de crescimento espiritual.

C.S Lewis diz: “O sofrimento é o megafone de Deus para um mundo


ensurdecido”.

Introdução (1.1-2.13).

I. Diálogo entre Jó e os seus três amigos (3.1-26.1).

II. Discurso final de Jó (27.1 – 31.40).

III. Eliú desafia Jó (32.1-37.24).

IV. Deus responde de um remoinho (38.1-41.34)

V. A resposta de Jó (42.1-6).

VI. Parte histórica final (42.7-17).

A situação de Jó.

1. Toda a pele (2.7)

2. Prurido (2.8)

3. Dor intensa (2.13)

4. Putrefação (7.5)

5. Vermes na pele (7.5, 30.30)

6. Febre (30.17,30)
7. Dor nos ossos (33.19)

Os “amigos” de Jó. Por que Jó sofre?

Elifaz, Bildade, Zofar e Eliú.

Chorai com os que choram (2.12).

Às vezes é melhor ficar calado (2.13).


Propósito e mensagem

1.Deus é maior que nossa compreensão: o Senhor se revela a Jó como o


Criador do universo, alguém que ultrapassa o sistema teológico defendido por
Jó e seus amigos. Podemos afirmar sobre Deus aquilo que ele decidiu nos
revelar, mas não podemos inferir que sabemos quais são seus limites e razões.

2. Deus é justo: o livro demonstra que o sofrimento imerecido não é motivo


para desconfiar da justiça divina. O sofrimento, ainda que incompreendido,
pode servir a propósitos maiores do que os que conseguimos enxergar no
momento.

3. Deus ama suas criaturas: o mesmo Deus Criador que cuidou dos detalhes
da criação descritos em seu discurso no livro é o Deus que nos criou e que
está atento às minúcias da nossa vida.

4. Sofrimento: às vezes inocentes sofrem, mas não os ímpios. A reação correta


diante do sofrimento não é questionar seus porquês mas é nos voltarmos a
quem pode nos socorrer e consolar.

5. Prosperidade e bênção: o livro derruba por terra a falsa noção de que só


prospera na vida quem é abençoado por Deus. Prosperidade pode, sim, vir de
Deus, mas também pode ser originada de outras fontes ilícitas.37 O justo é
aquele que vive na dependência de Deus, tanto no tempo da prosperidade
quanto no tempo das adversidades.
Lições Bíblicas

Os Salmos

Introdução

O livro de Salmos ocupa o lugar inicial nos Escritos da Bíblia Hebraica. Por
isso, Jesus se refere ao conjunto como “Lei, Profetas e Salmos” (Lc 24:44); ele
está falando de todo o AT, pois “Salmos” representa nesta expressão todos os
livros da divisão dos Escritos. O “Saltério”, como também é chamado este livro,
é uma coleção de salmos. Por sua vez, estes são definidos como cânticos de
louvor acompanhados de instrumentos musicais.

De acordo com João Calvino;

“Posso, com toda a sinceridade, chamar este livro de anatomia de todas as


partes da alma, pois não há movimento do espírito que não se encontre
refletido em seu espelho. Salmos registra de modo vívido todas as tristezas,
dificuldades, medos, dúvidas, esperanças, dores, perplexidades e tempestades
que agitam o coração dos homens”.

Data

Os Salmos abrangem um período de aproximadamente mil anos, desde Moisés


até Esdras (c. 1400-400 a. C). A maioria deles, porém, foi redigida nos
trezentos anos entre Davi e Ezequias (c. 1000-700 a.C). Portanto, o Saltério
corresponde ao mesmo período de todo o AT (é possível, contudo, que Jó seja
anterior a Moisés).

Autores do livro

 O livro dos Salmos não foi escrito de uma vez só nem por um autor só.
Observe os autores dos Salmos.

 Davi escreveu 73.

 Asafe escreveu 12 (50, 73, 74, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83).

 Os filhos de Core escreveram 11 (42, 44, 45, 46, 47, 48, 49, 84, 85, 87,
88).

 Salomão escreveu, 2 (72, 127).

 Hemã escreveu, 1 (88).

 Etã escreveu, 1 (89).

 Moisés escreveu, 1 (90).

 Anônimos, 49.

Quem organizou tudo num livro só?

Esdras Escriba, intérprete da lei, sacerdote e amava a Palavra De Deus (Ed


7.10).

Organização do livro:

O livro de Salmos é dividido em 5 livros. Alguns estudiosos afirmam que esses


livros têm um tema comum e uma relação com o tema principal de um dos
livros do Pentateuco.

 Primeiro - Salmos 1-41.

 Segundo - Salmos 42-72.

 Terceiro - Salmos 73-89.


 Quarto - Salmos 90-106.

 Quinto - Salmos 107-150.

O Pentateuco são os cinco livros da lei de Deus. Os Salmos são os cinco livros
de réplicas do coração à lei de Deus.

Classificação dos Salmos.

1. Os Salmos dos Degraus. 120-134.

2. Os Salmos Imprecatórios. 35, 58, 59, 69, 83, 109, 137.

3. Os Salmos das Aleluias. 111-118, 146-150.

4. Os Salmos de Caráter. 1, 15, 24, 50, 75, 82, 101, 112, 127,128, 131, 133.

5. O Salmo de Moisés. 90. A Brevidade da Vida.

6. Os Salmos de Adoração. 26, 73, 84, 100, 116, 122.

7. Os Salmos de Arrependimento. 6, 25, 32, 38, 39, 40, 51, 102, 130.

8. Os Salmos acerca da Palavra de Deus. 19:7-14, 119

9. Os Salmos Messiânicos.

Propósito e mensagem

Javé é Criador: uma ênfase do salmista é apresentar a autoridade suprema de


Javé sobre sua criação e a história da humanidade (8; 19; 24; 104; 139).
Javé é Redentor: há também o reconhecimento de que foi o Senhor quem
redimiu e formou Israel como um povo (74:12-17; 78; 95:1-5; 105; 114).

Javé é Rei: outro aspecto fundamental dos salmos é o reconhecimento de que


o Senhor é Rei sobre Israel e sobre todas as nações. Dentre os aspectos do
governo de Javé, o salmista o louva porque ele é juiz justo (33; 96; 97; 99; 113;
146), pastor cuidadoso (23; 46; 80), guerreiro poderoso (18; 29; 35; 44; 48;
144; 149), e fiel em sua aliança (89; 105; 132; 136).

 . Reino mediatório: o rei israelita é o Ungido de Deus para representá-


lo com justiça e retidão diante do seu povo e das nações (2; 110).
Contudo, às vezes seus representantes falham (82). Fica no ar a
esperança pelo Ungido que não falhará.

 . Lamento: os salmos ensinam que o lamento é parte fundamental da


vida do fiel diante de Deus. A dificuldade moderna em admitir a dor gera
completa omissão deste aspecto da vida religiosa. Isto ocasiona uma
falsa ideia de que o cristão deve sempre estar sorrindo e expressando
alegria, ou que deve aceitar passivamente todas as circunstâncias da
vida. O lamento declara que algo está errado em nossas vidas, que não
há Shalom (paz e prosperidade) devido às adversidades encontradas. O
lamento pede a intervenção divina para resolver a questão da injustiça e
da violência entre os homens.

 . Louvor: associada à questão de admitir a dor e apresentá-la diante de


Deus, esta é a necessidade de exaltarmos a Deus em nossas orações
como o único capaz de resolver nossos problemas. O louvor deve vir
tanto em meio ao lamento (aqui expresso pela afirmação da nossa
confiança no Senhor) quanto diante das bênçãos recebidas.

Salmos de Súplica

 Confiança em Deus .

 Perigo de morte (102.25; 55.24). O AT não tinha uma ideia precisa


sobre o pós-morte (corpo/alma) e o Xeol é o lugar da escuridão e do
esquecimento (88.12)
 Doença. Iahweh dá a doença e é ele que deve curá-la. Vem quase
sempre pelo castigo dos pecados (38.4; 41.5).

 Calúnia. Ricos/pobres (122.5), Iahweh é o melhor testemunho


(107.31). Os falsos testemunhos eram chamados de caçadores (7.16;
35.7; 57.7; 64.6; 140.6); salteadores (17.9-12;56.7); leões (7.3;17.12);
cães 59.15s; cobras 58.5s. Dias de oração e penitência de Israel.
Decretados por ocasião de calamidades nacionais: guerra, derrota, seca
e pestes.

 Reunião no templo (1Rs 8.33-40). As penitências (vestido de saco e


cobertos de cinzas)(Jl 1.13s).

 Iahweh: esta é sua causa (44.13;74.2;79.1;80.16).

Agradecimento Individual a Iahweh.

Alguns mencionam essa reunião litúrgica (40.10s; 107.32; 116.18s) e tudo se


concluía com o oferecimento do sacrifício.

 Festas de caráter nacional:

Por vitória, fartura ou libertação dos perigos (65; 66; 67; 124; 129).

 Agradecimento nacional:

Reconhecimento da bondade de Deus.

 Hinos de Louvor

 Primórdios da história de Israel onde se celebrava de forma espontânea


o poder libertador de Deus (Ex 15.1-18, 21).
 Foi no Sinai que Israel teve a consciência de ser povo da aliança.
 É no quadro das festas de Israel (136; 118.2-4; 135.19s e 150)
 Gestos: mãos, gritos, inclinação, joelhos.

Salmos de Sião

 Davi fez de Jerusalém o santuário religioso.

 Salomão construiu ali o templo.


 Ali é o lugar de Iahweh (78.68s; 68.17).

 Sião tornou-se centro das esperanças messiânicas.

 Salmos: Antes e depois do cativeiro.

 Peregrinos – Páscoa, Pentecostes e tabernáculo. O judeu da diáspora


fazia um esforço para visitar Jerusalém uma vez por ano (15; 24;
84;87;122).

Realeza de Iahweh

 Deus é o verdadeiro rei de Israel (Sl 18. 11).

 Iahweh foi invisivelmente entronizado sobre a Arca (Sl 132.7; 99.5).

 Festas litúrgicas de Israel: entronização de Iahweh com intenção de


exaltar o reino universal.

Provérbios

Introdução

Provérbios é um livro moderno, pois trata de problemas que todos nós


enfrentamos na vida. Além disso, dentre todos os livros da Bíblia, foi escrito
especialmente pensando nos jovens.

De acordo com Derek Kinder;

“Provérbios não é u autorretrato, nem um livro de etiqueta. Na verdade, contém


a chave da vida. Os exemplos de comportamento apresentados no texto são
analisados com base em um único critério, resumindo na seguinte pergunta:
Isso é sabedoria ou insensatez?”.

Data

Provérbios 25:1 informa que os homens de Ezequias transcreveram parte dos


Provérbios de Salomão. Neste caso, o formato final do livro deve ter surgido
pelos menos antes de 700 a. C. Os textos originais de Salomão datariam de
900 a.C. Caso agur e Lemuel não sejam nomes poéticos de Salomão e tenham
vividos antes de 900 a. C ou depois de 700 a. C., isso expandiria ainda mais a
abrangência do período de compilação.

O fundamento da sabedoria: Pv 1.7

O temor do Senhor é o princípio do saber, mas os loucos desprezam a


sabedoria e o ensino. Para ser sábio, é preciso primeiro temer a Deus, o
Senhor. Os tolos desprezam a sabedoria e não querem aprender.

O temor do Senhor é a única base do conhecimento.

A sabedoria de Provérbios pressupõe e edifica-se na revelação especial de


Deus na Lei. Os sábios hebreus supunham que, dada à inteligência humana e
o dom da sabedoria de Deus, em sua autorrevelação, o povo de Deus aprende
a discernir a ordem e os relacionamentos que produzem uma vida significativa
e produtiva.

Escopo do Livro de Provérbios

A maior parte do livro não se refere a temas propriamente religiosos. Refere-se,


muito mais, aos temas que são específicos da existência humana, seja na sua
dimensão pessoal (o indivíduo) ou coletiva (a família e a sociedade em geral).
Refere-se, muito mais, aos temas que são específicos da existência humana,
seja na sua dimensão pessoal (o indivíduo) ou coletiva (a família e a sociedade
em geral).

 A educação (13.24).
 A família (12.4; 19.14; 21.9; ).
 O adultério (6.24; 23.27).
 O relacionamento entre pais e filhos (10.1; 28.24; 30.17).
 O relacionamento entre o rei e os seus súditos (14.35; 22.29; 25.6; cf ).
 A honradez nos negócios (11.1; 20.10,23).
 Em alguns textos, se colocam questões gerais de moral (cf ; 15.21), e
em outros são propostas regras de urbanidade e conduta social (23.1-3;
25.17; 27.1).

Estrutura do livro
As recompensas da vida reta e da vida má Pv. 10.1-32

 O preguiçoso fica pobre, mas quem se esforça no trabalho enriquece.

 A pessoa honesta anda em paz e segurança, mas a desonesta será


desmascarada.

 O trabalho dos bons produz vida, mas o resultado do pecado é somente


mais pecado.

Alguns aspectos da iniquidade Pv 11.1-31

 No Dia do Julgamento, as riquezas não adiantam nada, mas a


honestidade livra da morte.

 A honestidade livra o homem correto, mas o desonesto é apanhado na


armadilha da sua própria ganância.

 O Senhor Deus detesta quem tem coração perverso, mas se alegra com
as pessoas corretas.

Contrastes na conduta Pv 12.1-28

 Aquele que quer aprender gosta que lhe digam quando está errado; só o
tolo não gosta de ser corrigido.

 A mentira tem vida curta, mas a verdade vive para sempre.

 O Senhor Deus detesta os mentirosos, porém ama os que dizem a


verdade.

Vida e disciplina Pv 13.1-25

 Por mais que o preguiçoso deseje alguma coisa, ele não conseguirá,
mas a pessoa esforçada consegue o que deseja.

 Quem despreza os bons conselhos acabará mal, mas quem os segue


será recompensado.

 A riqueza que é fácil de ganhar é fácil de perder; quanto mais difícil for
para ganhar, mais você terá.
A vida e o temor do Senhor Pv. 14.1-35

 Quem é honesto mostra que teme o Senhor, mas a pessoa que se


desvia dos caminhos do Senhor o está desprezando.

 No temor ao Senhor, o homem encontra um forte apoio e também


segurança para a sua família.

 O temor ao Senhor é uma fonte de vida e ajuda a evitar as armadilhas


da morte.

A vereda de vida e os segredos de um coração animado Pv 15.1-35

 O Senhor Deus vê o que acontece em toda parte; ele está observando


todos, tanto os bons como os maus.

 O Senhor detesta os sacrifícios que os maus lhe oferecem, porém se


alegra com a oração dos bons.

 É melhor ser pobre e temer a Deus, o Senhor, do que ser rico e infeliz.

A vigilância do Senhor sobre a vida Pv 16.1-33

 Pensamentos e planos sábios vêm de Deus. Um homem pode ficar


satisfeito com sua justiça própria, mas Deus é o juiz final sobre isso.

 Você pode pensar que tudo o que faz é certo, mas o Senhor julga as
suas intenções.

 A pessoa faz os seus planos, mas quem dirige a sua vida é Deus, o

Senhor.

 Quem presta atenção no que lhe ensinam terá sucesso; quem confia no
Senhor será feliz.

Homens maus e tolos Pv 17.1-28

 O ouro e a prata são provados pelo fogo, mas é o Senhor Deus quem
mostra o que as pessoas realmente são.
 Quem tem juízo aprende mais com uma repreensão do que o tolo, com
cem chicotadas.

 É melhor encontrar uma ursa da qual roubaram os filhotes do que um


homem sem juízo, ocupado com as suas tolices.

Alguns perigos e bênçãos da vida Pv 18.1-24

 O individualista egoísta

 O tolo exibicionista

 O arremedo da justiça

 A linguagem rixosa e maldosa, o fuxico

 O indivíduo indolente

 A fé

 A justiça

 O espírito animado

 Uma boa esposa

 Um legítimo amigo

 Riquezas legítimas

 A linguagem humana é profunda como o mar, e as palavras dos sábios


são como os rios que nunca secam.

 O nome do Senhor é como uma torre forte para onde as pessoas


direitas vão e ficam em segurança.

 A vontade de viver mantém a vida de um doente, mas, se ele desanima,


não existe mais esperança.

Reação na vida à lei de Deus Pv 21.1-31

 Se você pensa que tudo o que faz é certo, lembre que o Senhor julga as
suas intenções.
 A sabedoria, a inteligência e o entendimento das pessoas não são nada
na presença do Senhor.

 Os homens aprontam os cavalos para a batalha, mas quem dá a vitória


é Deus, o Senhor.

Causa e efeito no terreno espiritual Pv 22.1-16

 Eduque a criança no caminho em que deve andar e até o fim da vida


não se desviará dele.

 Quem é bondoso será abençoado porque reparte a sua comida com os


pobres.

 O Senhor Deus está alerta para defender a verdade e atrapalhar os


planos dos mentirosos.

Eclesiastes

Introdução

Objetivo do livro é mostrar a extrema falácia contida na afirmação de que os


pecados, os prazeres e as atividades terrenas são o principal objetivo da vida e
a fonte da felicidade; e mostra a conclusão final da vida, que é: temer a Deus e
guardar seus mandamentos, para quem deseja viver para sempre com Ele. Ou
seja, a verdadeira religião é o principal na vida e a única coisa que traz
recompensa eterna.

De acordo com E. C. Stedman;

“Não conheço outra obra que investigue de maneira tão apaixonada a dor e o
prazer, o fracasso e sucesso; nenhuma outra que demonstre tristeza tão nobre
como esse poema insuperável em iluminação espiritual”.

Data

Se considerarmos o rei Salomão o autor do livro, a data de autoria dever ser


situada em torno de 930 a. C, presumindo que tenha escrito o livro durante a
velhice, época em que desiludiu com sua investigação sobre a vida.

Autor:
O Livro de Eclesiastes foi escrito pelo Rei de Israel que mais adquiriu fama,
riqueza e sabedoria e conhecimento literário; - Notável em como pensador
original e crítico; - “Filho de Davi, Rei de Israel” – 1:1 - Não há dúvida de que
Salomão é o autor de Eclesiastes; - Salomão reinou em Israel de 970 a 930
a.C.

Data e Ocasião: A tradição dos judeus afirma que Salomão teria escrito:

 Cantares durante a sua juventude;

 Provérbios em sua maturidade;

 Eclesiastes no final de sua vida, tentando externar sua tristeza pelo


tempo perdido, principalmente com a carnalidade e idolatria a que se
havia entregado.

Características do livro

O nome Eclesiastes vem da língua grega, e significa Pregador, Orador, pessoa


encarregada de convocar um auditório e dirigir-lhe a palavra para reflexão da
vida;

Curiosidade.

A palavra "vaidade" aparece 37 vezes no livro.

Propósito do livro

 Mostrar o vazio que resulta de procurar ser feliz longe de Deus. •

 O ceticismo e o desespero tomam conta, e a pessoa perde


completamente a razão de viver, ainda que lute muito, procurando
encontrar um sentido para a vida! •

 Aliás, este livro mostra a luta de um homem procurando encontrar o


sentido da vida!

Mensagem do livro
 Os limites humanos: não podemos mudar o curso da história, nem
compreender por que a vida é deste jeito. Devemos reconhecer nossas
limitações e confiar em nosso soberano Deus.

 A ansiedade humana: de nada adianta nossa preocupação e ansiedade,


pois o Senhor conhece e controla tudo o que acontece.

 Alegria de viver: contra as amarras do ascetismo religioso, o livro nos


ensina que podemos desfrutar a vida plenamente, desde que o façamos
na presença de Deus e com temor.

Cantares

Introdução

O título “Cântico dos Cânticos” é uma expressão idiomática do hebraico que


significa o Cântico mais primoroso. Objetivo do livro não é mostrar uma inter-
relação entre Cristo e a igreja por meio de um texto de significado místicos,
mas ensinar determinadas lições que inspiram pureza e outras virtudes. Entre
os livros da Bíblia, o Cântico dos Cânticos de Salomão é um dos menores,
mais difíceis, e, contudo um dos mais populares livros tanto para os judeus,
quanto para os cristãos.

De acordo com George Burrowebs;

“No templo glorioso da revelação, onde o Senhor, nosso Deus escolheu fazer
habitar seu nome em glória muito maior que a do templo do mundo material,
esse livro de destaca como um dos compartimentos do templo; no monte Sião:
pequeno, porém primorosamente decorado, com paredes e teto fabricados em
material mais precioso que o cedro, mais valioso que o brilho do marfim,
quando revestido de safiras, repleto de verdades trazidas do céu pelo Espírito
Santo, depositadas ali para consolo e deleite daqueles que amam e habitam na
casa de Deus, onde reside sua glória”.

O Cântico dos Cânticos é difícil e popular porque aguça a curiosidade que os


seres humanos têm sobre a sexualidade, e ao mesmo tempo desafia os
valores sexuais do lar, da Igreja e da sociedade em geral.
O Cântico dos Cânticos pode ser usado para ilustrar o amor entre Jesus e a
Igreja, mas é, acima de tudo, a história de amor de Salomão e de Sulamita.

Em linguagem bela e sensual, este cântico de amor descreve a expressão ideal


do sexo no casamento. Este amor expressado em cantares não é julgar Deus
ao permitir que tal escritura chegasse até nós providenciou como sempre um
propósito para nossa sexualidade.

Propósito do livro.

O amor sexual celebra o compromisso Ct 2.16;6.3;7.10

 A característica que define o amor sexual (não a lascívia) é o exclusivo


compromisso de um com o outro. Vez após vez a Sulamita exulta:

 "O meu amado é meu, e eu sou dele!" Esta unidade, é uma


interdependência mútua que liga o coração de um ao outro.

 Neste contexto da exclusividade, um casal cresce em confiança,


tolerância e apreciação.

Concretizando este lindo propósito, o casal no casamento.

 Traz satisfação ao coração de Deus.

 O amor sexual celebra e sustenta esse compromisso exclusivo.

 Sem esse compromisso de cumplicidade o ato sexual é egoísta,


egocêntrico, e não só é autodestrutivo como destrói o cônjuge.

O amor sexual celebra os atrativos físicos Ct 4.1-7;5.10-16

 Cantares de Salomão é o livro mais sensual da Bíblia. O casal no texto


está encantado com a aparência um do outro.

 O cabelo, os dentes, os lábios, o pescoço e os seios dela são venerados


por ele, que fica encantado por ela, dos pés à cabeça.

 O cabelo, os olhos, os lábios, a face, os braços, as pernas e o torso dele


capturam a imaginação dela.
 Essa linguagem é inspirada pelo Espírito Santo

É uma linguagem de amor, um eco da declaração de Deus a;

  Adão e Eva onde tudo era "muito bom" – Gn 1.31Embora não seja o
foco principal do casamento duradouro, a atração física é um
componente desejável.

 "A beleza está nos olhos de quem a contempla" e é parte do que atrai os
seres humanos um ao outro.

 Quando os casais expressam e elogiam a beleza e apreciação que


encontram um no outro, fortalecem seu relacionamento e aumentam a
alegria de sua união sexual.

O amor sexual celebra a satisfação mutua Ct1.3;6.9;7.6;8.10

 Um casal feliz no casamento festeja de contentamento um com o outro.

 Estar presente um na vida do outro é uma imensa satisfação.

 Seu relacionamento é como estar em campos verdejantes, junto as


águas tranquilas.

 Os cônjuges têm prazer um no outro. Estão satisfeitos com o papel a ser


desempenhado como esposo e esposa.

O amor sexual celebra a coragem Ct 5.2-6.13;8.6-7

 Todos os relacionamentos têm seus tempos de crises, altos e baixos.

 É preciso coragem para lutar. E vale a pena fazê-lo. É preciso ter


determinação.

 De acordo com Thurber, “o amor são as experiências pelas quais você


passou junto com a outra pessoa”.

 Alguém graceja: "O casamento não é para os fracos”!

 Por alguma razão desconhecida houve uma crise entre Sulamita e


Salomão.
Profetas Maiores

(Isaias/Ezequiel/Jeremias/Lamentações/Daniel)

Isaias

Introdução

O Livro de Isaías é um dos livros mais amados da Bíblia, é talvez o mais


conhecido dos livros proféticos.

Isaías atravessou o palco da história mais ou menos à metade do caminho


entre Moisés e Cristo.

Ele viveu durante os dias do poderoso Império Assírio. Ele antecipou a queda
desse império e a ascensão de seus dois sucessores, os caldeus e os persas.

Este profeta foi central na ênfase teológica. Ele proclamou em Judá os grandes
princípios da salvação pela fé, a expiação substitutiva, o reino e a ressurreição.
Isaías é citado diretamente no Novo Testamento em torno de 65 vezes, muito
mais do que qualquer outro profeta do Antigo Testamento, além de ser
mencionado pelo nome, cerca de 20 vezes.

O autor

“Isaías” significa “O Senhor é salvação”, e a palavra salvação é repetida muitas


vezes no livro. Ainda que se saiba mais sobre Isaías do que a maioria dos
outros profetas, as informações sobre ele ainda são escassas.

Provavelmente, Isaías residia em Jerusalém, e teve acesso à corte real.


Segundo a tradição, ele era primo do rei Uzias, mas não existe nenhuma
evidência sólida quanto a isso. Ele teve contato pessoal com pelo menos dois
dos reis de Judá: Acaz e Ezequias (7.3, 38.1, 39.3).

Isaías era filho de Amoz, mas não deve ser confundido com o profeta Amós.
Ele era casado, mas o nome de sua esposa não é conhecido. Ela é
simplesmente chamada de “a profetisa” (8.3)

Seus filhos receberam nomes simbólicos: Sear-Jasube (7.3) significa “Um-


Resto-Volverá”. O segundo filho, Maer-Salal-Hás-Baz (8.1), que significa
“Rápido Despojo-Presa-Segura”.

Isaías começou o seu ministério perto do fim do reinado de Uzias, cerca de 758
a.C. Seu ministério estendeu-se por cerca de sessenta anos, através dos
reinados de Jotão, Acaz e Ezequias. Segundo a tradição Isaías morreu como
um mártir, cerca de 680 a.C., no início do reinado do ímpio Manassés.

Diz à lenda que ele foi serrado por este rei (cf. Hb 11.37).

A mensagem do livro

O tema de Isaías é o mesmo do significado do seu nome: “O Senhor é a


salvação”. O objetivo imediato do livro era ensinar a verdade de que a salvação
é pela graça.

Muitos estudiosos modernos dividem o livro em duas ou mais partes e dizem


que cada parte possui um autor diferente. No entanto, de acordo com a
tradição judaica e cristã, o livro tem apenas um autor.
Assim, o livro de Isaías divide-se em duas seções, capítulos 1-39 e capítulos
40- 66.8. A primeira seção adverte os judeus sobre a invasão assíria iminente,
enquanto a segunda seção encoraja os cativos a retornarem da Babilônia.

O tema principal da primeira seção é o castigo de Judá por seus pecados,


enquanto o tema principal da segunda seção é a consolação dos cativos após
o seu sofrimento.

Na primeira seção, Assíria era o principal inimigo, na última seção, o inimigo é


a Babilônia.

Em última análise, a redenção para Israel deve vir do “Servo ideal”, o Messias,
que realizará o que o servo - nação não pode fazer.

O livro também enfatiza a soberania de Deus sobre as nações. Ele levantou a


Assíria e a Babilônia como instrumentos para punir o Seu povo rebelde, mas
também disciplinou tanto a Assíria quanto a Babilônia por causa da arrogância
e crueldade.

O Livro de Isaías é o primeiro dos 17 livros proféticos do Antigo Testamento


não porque seja o mais antigo, mas porque é o mais completo em conteúdo.

Contexto histórico

A nação de Israel foi dividida após a morte de Salomão, as dez tribos do norte
foram organizadas como Israel, e as duas tribos do sul como Judá (1Rs 11.9-
13, 43).

Depois da morte do rei Uzias (c. 790-739 a.C.), seu filho Jotão (c. 750-731
a.C.) teve que assumir as responsabilidades do reino. Durante o seu reinado
(2Rs 15.19), a Assíria começava a emergir como uma nova grande potência
internacional sob a liderança de Tiglate-Pileser (c. 745-727 a.C.).

Nesse tempo, Judá começou a enfrentar também a oposição de Israel e da


Síria nas fronteiras do norte (2Rs 15.37). Durante os últimos doze anos do
reinado de Jotão, seu filho Acaz serviu como corregente.

Acaz tinha 25 anos quando começou a reinar em Judá e reinou até os 41 anos
(2Cr 28.1-8; c. 735-715 a.C.).
Nesse tempo, a Síria e Israel fizeram uma aliança para combater a emergente
Assíria, que ameaçava pelo leste, mas Acaz recusou-se a participar (2Rs 16.5;
Is 7.6). Por causa disso, seu vizinho do norte queria destroná-lo, o que resultou
em guerra (734 a.C.).

Em vez de confiar no Senhor (Is 7.10-16), o rei Acaz pediu ajuda ao rei da
Assíria (2Rs 16.7), que lhe respondeu de bom grado.

Como consequência da aliança de Acaz com a Assíria, ele construiu um altar


pagão no templo de Salomão (2Rs 16.10-16; 2Cr 28.3). Durante o seu reinado
(722 a.C.), a Assíria tomou Samaria, capital do Reino do Norte e levou muitas
pessoas de Israel para o cativeiro (2Rs 17.6, 24).

Depois da morte de Acaz, Ezequias, seu filho, reinou em seu lugar. Ezequias
reinou durante 42 anos e foi um dos maiores reis de Judá (2Rs 18-20; 2Cr 29-
32).

Ezequias confiou no Senhor. Ele se prostrou diante de Deus em oração,


apresentou-lhe seu problema, e confiou nas palavras que Deus proferiu através
de Isaías (Is 37.14-35). Com o encorajamento de Isaías, Ezequias se recusou
a render-se e o exército de Senaqueribe caiu diante do Senhor.

O Anjo do Senhor feriu no arraial dos assírios, cento e oitenta e cinco mil
soldados; e, quando os restantes se levantaram pela manhã, eis que todos
estes eram cadáveres (2Rs 19.35). Senaqueribe retonou para Nínive e nunca
mais ameaçou Judá.

Cristo em Isaías

Em Isaías encontramos um rico quadro profético a respeito de Jesus Cristo.

 A pedra de tropeço (Is 8.14 e 28.16; Rm 9.32-33 e 10.11; 1Pe 2.6);

 O ministério de Cristo aos gentios (Is 49.6; Lc 2.32; At 13.47; Mt 4.15-


16);

 O sofrimento e a morte de Cristo (52.13-53.12);

 Sua ressurreição (Is 55.3; At 13.34; 45.23; Fp 2.10-11 e Rm 14.11);


 A vinda do Rei (Is 9.6 -7, 11.1; 32.1-2; 59.20-21; Rm 11.26-27; 63.2-3;
Ap 19.13-15).

 Vemos o Seu nascimento (Is 9.6, 7.14; Mt 1.23),

 O ministério de João Batista (Is 40.3-6; Mt 3.1);

 Cristo ungido pelo Espírito (Is 61.1-2; Lc 4.17-19);

 Cristo Servo (Is 42.1-4; Mt 12.17-21);

 A rejeição de Israel contra Cristo (Is 6.9-11; Jo 12.38; Mt 13.10-15; At


28.26- 27; Rm 11.8);

Esboço geral

Isaías começa com uma série de sermões denunciando o pecado: Os pecados


pessoais dos indivíduos (capítulos 1-6) e os pecados nacionais dos líderes
(capítulos 7- 12). Ele adverte sobre o julgamento e clama por arrependimento.

Nos capítulos (13-23), Isaías denuncia as nações por seus pecados e adverte
sobre o julgamento de Deus. Tanto Israel quanto Judá haviam pecado contra a
Lei de Deus e foram ainda mais culpados do que os seus vizinhos.
Ao estudar o Livro de Isaías, é possível observar que o profeta intercala
mensagens de esperança com palavras de julgamento.

Por exemplo, Isaías 24-27 são “cânticos de esperança” que descrevem a glória
do reino futuro. Isaías vê um dia em que os dois reinos (Israel e Judá) voltarão
para a terra e entrarão nas bênçãos do reino prometido.

Os capítulos 28-35 focalizam a invasão iminente da Assíria contra Israel e


Judá. O reino do norte (Israel) será destruído e as dez tribos dominadas pelo
Império Assírio. (Esta é a origem dos samaritanos, que eram parte judeus e
parte gentios).

Neste ponto, Isaías passa da profecia para a história e focaliza dois principais
eventos que ocorreram durante o reinado de Ezequias: o livramento miraculoso
de Jerusalém (capítulos 36-37), e a cooperação tola de Ezequias com os
babilônios (capítulos 38-39).

Esta seção faz uma transição entre a Assíria e a Babilônia. Já os últimos vinte

e sete capítulos olham para o retorno do remanescente judeu do cativeiro b


Isaías 40-66 é chamado de “O Livro da Consolação”. Dividido em três seções,
cada um se concentra em uma pessoa diferente da Divindade.

 Os capítulos 40-48 exaltam a grandeza de Deus, o Pai;

 Os capítulos 49-57, a graça de Deus, o Filho, Servo Sofredor de Deus;

 Os capítulos 58-66, a glória do reino futuro, quando o Espírito será


derramado sobre o povo de Deus (59.19 e 21; 61.l, e 63.10-11 e 14).
Babilônico.

Mas a maior mensagem de Isaías é a sua palavra de salvação, anunciando a


vinda do Messias, o Servo do Senhor, que morreria pelos pecadores e um dia
retornará para estabelecer o Seu reino glorioso (Is 53). Isaías é conhecido
como “profeta evangélico”, ele falou muito a respeito da graça de Deus para
com Israel, especialmente nos últimos 27 capítulos.
Curiosidades do livro

 É chamado o "Quinto Evangelista" por causa de tantas referências ao


Cristo, Sua Pessoa (9.6), atributos (7.14; 11.1-5), sofrimentos (53.1-12)
e salvação (55.1-9);

 É também chamado de “o São Paulo do AT”, pois ocu-pa-se de quase


todas as doutrinas teológicas importantes;

 Tem mais citações no Novo Testamento (95) de Isaías de que qualquer


outro profeta.

Abrangência Profética

Livro de grande abrangência profética, pois fala:

• do passado longínquo (queda de lúcifer);

• do presente em seus dias;

• do futuro próximo (invasão babilônica – 150 anos à frente – retorno do


cativeiro – 70 anos após);

• do futuro médio (vinda do Messias – 600 anos à frente);

• do futuro longínquo (milênio) e ainda

• da criação de novo céu e nova terra

Jeremias

Tema: Servi ao Senhor!

Tempo: 625 – 586 a.C

Autor: Jeremias, cujo nome significa “O Senhor designa ou estabelece ”


A chamada: Foi chamado por Deus ainda jovem e inexperiente (20 anos).
Relutou muito, dava desculpa pela fala (assim como Moisés) mas aceitou
quando viu que Deus o havia escolhido antes de nascer:

“Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e, antes que


saísses da madre, te consagrei, e te constituí profeta às nações” (Jr 1:5)

Propósito do Livro

 Sua mensagem anunciava o agir de Deus sobre a dura cerviz do Seu


povo através da Babilônia.

 Em sua época, o Reino do Norte já havia caído, e quase todo Judá


também. Jerusalém estava praticamente sozinha, mas continuava
rebelde aos preceitos do SENHOR.

 Jeremias apela ao povo que se arrependa, e anuncia o perigo do juízo


de Deus. Ao mesmo tempo, apresenta o SENHOR como Deus paciente.

 Apresenta o último apelo do SENHOR, na tentativa de salvar Jerusalém


da destruição.

Estende-se desde o ano 13 do Reinado de Josias até a primeira parte do


cativeiro da Babilônia; cobre um período de mais ou menos 40 ANOS.

Esboço do livro

I. O chamado e a comissão de Jeremias (cap. 1);

II. Mensagem geral de repreensão a Judá (caps. 2-25);

III. Mensagens mais detalhadas de repreensão, de juízo e de restauração


(caps. 26-39);

IV. Mensagens depois do cativeiro (caps. 40-45) V. Profecias referentes às


nações (caps.46-51);

V. Retrospecto: O cativeiro de Judá (cap. 52);


Contexto histórico

 627. Jeremias é chamado para ser profeta de Deus. Morte de


Assurbanipal, último grande rei da Assíria.

 621. Descoberta do livro da Lei. Início da grande reforma do rei Josias.

 609. Nínive, capital da Assíria, é tomada pelos babilônicos.

 605. O exército egípcio é fragorosamente derrotado em Carquemis por


Nabucodonosor, rei da Babilônia.

 604. Nabucodonosor subjuga a Síria, Judá e cidades dos filisteus.

 598. Aliança com o Egito traz o exército babilônico de volta a Judá.

 597. Morre o rei Jeoaquim, e Jerusalém é derrotada pelos babilônicos,


após um cerco de dois meses. O novo rei, Joaquim, é deportado com
outros para a Babilônia. Seu tio, Zedequias, é colocado no Trono.
 588. Sob pressão do partido pró-Egito, Zedequias se rebela contra a
Babilônia. Jerusalém é sitiada por 18 meses.

 587. O exército babilônico entra em Jerusalém. O povo é deportado; a


cidade, saqueada e queimada; o templo, destruído. Três meses depois,
o governador Gedalias é assassinado. Jeremias é levado ao Egito.

 Em três etapas (anos 7º., 18º. e 23º. do seu reinado) Nabucodonosor


levou cativo grande parte do povo, especialmente os sacerdotes, os
ricos e a nobreza de Judá. Jeremias foi deixado com o povo, sob
proteção da guarda.

 O dia 09 de Av (07 de agosto) é especial para os judeus, pois nesse dia,


em épocas diferentes, várias desgraças caíram sobre a nação:

 No ano 586 a.C. o Templo em Jerusalém foi completamente destruído


pelas tropas de Nabucodonosor;

 No ano 70 d.C. o mesmo Templo, reconstruído por Esdras e reformado


e ampliado por Herodes, o Grande, durante 46 anos, foi destruído pela

Mensagem central

 O amor imutável de Deus ao seu povo apóstata e sua tristeza pela


condição dele é o tema deste livro. • Jeremias apresenta o último apelo
do SENHOR, na tentativa de salvar Jerusalém da destruição. • A
centralidade da fé em Deus.

 Mostra a descentralização do templo, onde Deus escreveria no coração


do remanescente as Palavras d’Ele.

 O avivamento fácil e superficial não dura muito tempo.

 2ª vez, pelas tropas do General Tito, de Roma;

Fases do ministério de Jeremias

1ª - de 627 a 606 a.C. - fase da denúncia. Época em que ele chama a


atenção do povo, apelando a que se arrependa. Neste período, Josias
era rei de Judá.
2ª - de 606 a 596 a.C. - fase da visitação de Deus. Época em que o
profeta anuncia com veemência o juízo de Deus. Nesse período,
Jerusalém é atacada e destruída pelos babilônios. Nessa ocasião, foram
reis de Judá: Jeoacaz, Jeoaquim, e Joaquim.

3ª - de 596 a 580 a.C. - fase do convite. Época em que Jeremias


ministra ao povo em Jerusalém e, posteriormente, no Egito. O juízo de
Deus já se fizera executar sobre todos, mas Suas misericórdias
continuavam renovando-se a cada manhã! Zedequias foi o rei de Judá
nesse período.

1 – (12.1-4) temos a exteriorização de uma luta [íntima] enfrentada pelo


profeta, e da qual todos nós, em algum momento da vida, também
participamos: a questão do bem-estar e prosperidade dos ímpios, enquanto,
muitas vezes, os justos lutam com grandes dificuldades. Compare com o Sl 73.

2 - na resposta do Senhor ao questionamento acima apresentado, aprendemos


uma lição profunda: o nosso momento atual pode ser de um sofrimento
"infantil", à vista do sofrimento de outras pessoas, ou do sofrimento que nós
mesmos iremos experimentar no futuro! Hb 12.3-5.

É mais sábio aprendermos e aceitarmos o sofrimento presente, armazenando,


por seu intermédio, forças para o futuro, do que abrir a boca para reclamar!

Propósito do Livro:

 Alertar o povo quanto ao juízo vindouro sob os caldeus (babilônios).

 Enquanto o povo obedecia, eram abençoados. Quando o povo


desobedecia, eram castigados. A maior parte do livro trata com a
desobediência do povo.

 A mensagem era que só podiam ser aceitos por Deus se fossem


redimidos por Cristo (Messias) que viria no Novo Testamento.

 É a mesma mensagem de hoje: arrependimento!

Jeremias como Profeta


 Chamado de Profeta chorão, Jeremias não esconde suas fragilidades e
seus conflitos interiores:

 Era atormentado por complexo de inferioridade, por dúvidas e falta de


esperança;

 Lamenta a traição de seus amigos e familiares;

 Fazia indagações acerca do propósito de seu ministério, pois sua


mensagem era tida pelo povo como amarga;

 Impacientava-se aguardando o cumprimento da Palavra de Deus;

 Pediu que o Senhor se vingasse por ele dos seus oponentes;

 Queixou-se até de ter sido iludido por Deus;

 Amaldiçoou o dia em que nasceu. Em Jeremias, temos um


extraordinário exemplo de que Deus não usa modelos tão elevados de
homens que nós não possamos alcançá-los.

Lições práticas

3 - (17) homens são homens. Por melhores que sejam. Por mais crentes. Por
mais exemplares. Continuam sendo homens. Herdeiros do sangue de Adão. E,
portanto, indignos da nossa confiança completa.

Podem causar-nos decepções. Podem orientar-nos erradamente. Podem


equivocar-se. Nunca se esqueça desta grande verdade: homens são apenas
homens. Por isso mesmo, não confiemos nem em nosso próprio coração. Só o
Senhor é digno de completa confiança!

4 – (18.4) o tempo da graça tem o seu final. Na vida da humanidade como um


todo, e na vida de cada pessoa, individualmente. Esta lição fica bem clara
neste livro! No capítulo 18.4, aprendemos que um vaso pode ser remodelado,
enquanto o barro ainda está molhado.

Todavia, depois de seco, só presta para ser quebrado e enterrado (19.10,11).


Aproveitemos o tempo da graça, enquanto podemos ser remodelados. Haverá
um tempo quando isso não mais será possível! Tomemos como exemplo a
experiência de Esaú: Hb 12.16,17.

5 - A mensagem que Deus dá aos Seus servos, muitas vezes é "contraditória,


incoerente, inaceitável". Vejamos: a Jeremias foi dado dizer ao povo que se
rendesse aos babilônios. Isso era, literalmente, entregar-se ao inimigo!

A loucura de Deus é muito mais sábia, coerente e inteligente do que os mais


elaborados raciocínios humanos.

Nunca nos esqueçamos disso! Portanto, abracemos os princípios do


Evangelho - tomar a cruz, negarmo-nos a nós mesmos, etc - sem medo.
Parece loucura. Nossa sociedade jamais irá aceitá-los. São a "traição ao
próprio eu".

Todavia, em Sua "loucura", Deus é muito, infinitamente mais sábio do que o


mais sábio dos homens. E Seus seguidores, também.

Lamentações

Introdução

Tema: Os sofrimentos de Jerusalém em 586 a.C.

Tempo: 588 a.C.

O livro descreve a angústia que o pecado traz, em cinco lamentações. O crente


tem, neste livro, a linguagem da sua própria confissão: auto humilhação e
invocação para perdão.

Escritor: JEREMIAS

Título: LAMENTAÇÕES

Qrh'noi - Threnoi (LAMENTAÇÕES)

h'kyea - Eikhah (Ai)(LAMENTAÇÕES)

Estrutura Literária

 Os cinco poemas que compõem o livro de Lamentações são também


chamados de “Pentateuco da dor”;
 Os poemas foram escritos de forma simétrica dentro da língua hebraica,
formando cada capítulo com 22 versículos , de acordo com as letras do
alfabeto hebraico;

 A exceção é o capítulo 3, que é composto de 66 versículos, que destina


3 versos para cada letra do alfabeto;

 O capítulo 5 não forma acróstico, provavelmente para dar maior


liberdade ao profeta de expressar-se a Deus em oração;

Sofrimento em lamentações

O sofrimento em lamentações era resultado pelo de seus próprios pecados.


1:5; 2:14; 3:42; 4:13; 5:16. Neste sentido, até os babilônicos reconheciam isso
Jr 40:3.

Lições deste livro

I – A rebeldia trará maldição;

II – O arrependimento trará restauração;

III – Não importa o que aconteça, a obediência ao Senhor é o melhor caminho;

IV – A nossa mensagem deve ser: Audível, visível e impactante;

V – Não importa se temos poucos amigos, a mensagem fiel deve ser


proclamada;

VI – A mensagem da salvação está associada com a fidelidade a palavra de


Deus;

VII – Aqueles que são designados ao chamado de Deus devem estar pronto
ara suportar oposição, espancamentos, prisão, proibições, destruição e a até
mesmo a morte.

Ezequiel

Introdução

 A Época. Os fatos contidos no livro de Ezequiel situam o ministério do


profeta no começo do exílio babilônico.
 O profeta Ezequiel, fazendo da Babilônia o seu palco de
acontecimentos, analisou a queda e a restauração da casa de Israel;

 Enquanto que seu contemporâneo mais velho, Jeremias, em Jerusalém,


observou de perto os últimos suspiros do reino de Judá (Jr. 1:1-3).

 Durante grande parte dos séculos oito e sete A. C., o cruel poder assírio
perturbou os reinas de Israel e Judá.

 O reino do norte caíra em 721 A.C.; mas Judá, embora seriamente


enfraquecido, conseguiu sobreviver ao seu opressor.

 Como reinado de Assurbanipal (669-633 A.C.), o império assírio


começou a declinar.

Autor: Escrito pelo próprio Ezequiel na Babilônia.

Tema: Sabeis que eu sou o Senhor.

Tempo: 570 a.C.

O Livro: O nome Ezequiel significa "Deus fortalece“ e não aparece em


nenhum outro lugar do Velho Testamento. À semelhança de Jeremias,
Ezequiel também era sacerdote.

Passou os vinte e cinco primeiros anos da sua vida em Jerusalém. Estava


se preparando para o trabalho sacerdotal do templo quando foi levado
prisioneiro à Babilônia em 597 a.C.

Propósito do livro

Utilizando parábolas, sinais e símbolos, Ezequiel anuncia a palavra


profética do SENHOR aos exilados na Babilônia, mostrando que o
julgamento atual de Deus sobre os Seus será seguido por um futuro
promissor - embora no presente sejam como ossos secos, os judeus hão de
receber vida da parte do SENHOR, e seu futuro será glorioso!

Esboço do livro

Esboço do Livro Este livro, assim como Daniel e Apocalipse, em termos


literários, pertence ao gênero "escritos apocalípticos".
Divididos em quatro seções:

 O chamado de Ezequiel - caps. 1 a 3;

 O julgamento de Judá - caps. 4 a 24;

 O julgamento dos gentios - caps. 25 a 32;

 A restauração de Israel - caps. 33 a 48.

Contexto histórico

Nos primeiros anos do exílio babilônico (593-571 a.C.). Nabucodonosor levou


cativos os judeus de Jerusalém para a Babilônia em três etapas:

1) Em 605 a.C., jovens judeus escolhidos foram deportados para Babilônia,


entre eles Daniel e seus três amigos;

2) Em 597 a.C., 10.000 cativos foram levados à Babilônia, estando


Ezequiel entre eles;

3) Em 586 a.C. as forças de Nabucodonosor destruíram totalmente a


cidade e o templo, e a maioria dos sobreviventes foi transportada à
Babilônia.

O ministério profético de Ezequiel ocorreu durante a hora mais tenebrosa da


história do AT: os sete anos que precederam a destruição, em 586 a.C. quando
morreu sua esposa(24:15-18)(593- 586 a.C.), e os quinze anos seguintes (586-
571 a.C.). O livro provavelmente completou-se cerca de 570 a.C.

O conteúdo do livro

Alguns temas são usados com frequência em Ezequiel:

 A Santidade e a transcendência de Deus - Deus santo. O pecado é


uma afronta a Sua santidade e deve ser julgado. Israel é uma nação
rebelde, porém o exílio tem o propósito de produzir uma nação
purificada. (6:8, 9:8, 11:12,13, 12:16)

 A graça e misericórdia de Deus - O Julgamento de Deus sobre judá


não frustra o seu propósito quanto a eleição de Israel. Eles voltarão à
sua terra . Deus estará novamente entre eles e dará ao seu povo um
coração novo e um espírito novo. (36:24- 28).

 A soberania de Deus. Deus dirige as nações e o destino não só de


Israel, mas também de todas as demais nações(25-32). As palavras que
Deus proferiu através do profeta se cumprirão.

 A responsabilidade Individual. O exílio tinha acontecido, em parte,


como resultado da culpa acumulada por gerações de israelitas que
tinham se rebelado contra Deus e sua lei. Mesmo que a culpa tenha
uma dimensão corporativa, Ezequiel enfatizou as consequências
individuais da desobediência e da transgressão. (18:1-32, 33:1-20).

Cristologia do Livro

 A grande mensagem messiânica deste livro está na visão escatológica


que Ezequiel tem a respeito da restauração de Israel. Também a própria
pessoa do profeta constitui-se num tipo do Senhor Jesus, o Messias.

 Ezequiel se auto intitula "filho do homem", título este que o próprio


Senhor Jesus utiliza para referir-Se a Si mesmo;

 -Ezequiel recebeu poder para anunciar a mensagem de Deus quando o


Espírito do SENHOR "caiu" sobre ele (11.5). Da mesma forma, o Senhor
Jesus iniciou o Seu ministério de pregação após a descida do Espírito
Santo sobre Ele (Lc 4.18,19).

 Cristologia do Livro No capítulo 37 também vemos uma passagem


messiânica, pois foi o Senhor Jesus quem veio trazer vida aos que
estavam mortos em seus delitos e pecados (Ef 2:1).

 A igreja de Cristo é um numeroso exército (37:10). Um dia nós também


deixaremos nosso exílio e estaremos na pátria que Jesus nos preparou
(Jo 14, Fp 3:20,21).

Daniel

Introdução
Autor: Daniel, Da tribo de Judá e membro da família real, deportado para
Babilônia em 605 a.C.,

O nome significa: "o SENHOR é o meu juiz", profetizou durante o exílio, tendo
sido contemporâneo de Jeremias, Ezequiel, Habacuque e Obadias. Logo no
princípio de seu cativeiro, tornou- se membro do conselho de ministros de
Nabucodonosor.

A Estrutura do Livro de Daniel.

 É o 27 º livro da Bíblia contém doze capítulos e 357 versículos. O livro


de Daniel foi escrito em hebraico, com algumas partes em aramaico.

 As passagens nos capítulos 1.1-2.4a e 8.1-12.13 estão em hebraico. As


passagens em aramaico se encontram nos capítulos 2.4b até 7.28.

O livro pode ser dividido em duas partes. A primeira é considerada histórica,


abrangendo os capítulos (1 até 6) , e a segunda parte considerada profética,
abrangendo os capítulos ( 7 até 12).

Esboço do livro

Dividido em 2 blocos;
Esfera de ação do livro

 Desde Nabucodonosor até Ciro,

 Abrangendo um período de cerca de 71 anos, desde 605 a 534 a.C.

 Sua profecia vai muito além do seu tempo e ultrapassa o nascimento de


Jesus.

 Uma história profética dos poderes gentílicos mundiais desde


Nabucodonosor até a vinda de Cristo. 

O propósito do livro

Este livro, que é chamado de "o Apocalipse do Velho Testamento",

 Foi escrito para encorajar os judeus exilados, e tem como propósito


máximo apresentar o controle soberano de Deus sobre os
acontecimentos da História.

 Após escrever o capítulo introdutório do livro em hebraico, Daniel muda


para o aramaico e, nos capítulos 2.4 a 7.28, fala sobre o futuro dos
poderes do mundo gentílico.

 Os babilônios, persas, gregos, romanos teriam (como, de fato, tiveram)


seu tempo de esplendor e glória, porém passariam;
 Deus estabeleceria o Seu reino eterno por meio dos Seus redimidos;

Esboço do Livro pode dividir este livro em três seções:

1 - A história pessoal de Daniel - cap. 1;

II - O plano profético do SENHOR para os gentios - caps. 2 a 7;

III - O plano profético do SENHOR para os judeus - caps. 8 a 12;

Principais Temas.

 Soberania de Deus: Os fatos narrados em Daniel enfatizam a fidelidade


de Deus e sua autonomia absoluta sobre a história mundial (2.47;
3.17,18; 4.28-37; 5.18-31).

Deus está no controle dos acontecimentos, reinos e governos globais.

 Fidelidade de Deus: Deus recompensa os que são fiéis a ele e o


reconhecem (1.8 ; 2.17- 18; 3.12,16-18 ; 5.16-18; 6.7-12; 6.19-24).

O livro revela que é possível ao oprimido povo de Deus sobreviver e até


mesmo prosperar numa cultura hostil à sua fé.

 Profecias de acontecimentos futuros: As visões de Daniel encorajam


o fiel povo de Deus que está vivendo debaixo da opressão e da
perseguição, oferecendo uma perspectiva divina sobre a realidade que
difere do puramente visível:

Deus vencerá no final, assim os cristãos de qualquer época podem viver a


expectativa do triunfo definitivo (2.44; 7.27; Ap11.15).

O Sonho de Nabucodonosor.

A primeira profecia de Daniel tratava da interpretação de um sonho do monarca


de Babilônia (Dn 2.1).

No segundo ano do reinado de Nabucodonosor, teve este um sonho no qual


via uma colossal estátua que possuía feições humanas e era composta por:
ouro, prata, cobre, ferro e barro, e que por fim, era destruída por uma pedra
cortada, sem mão, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro.
Através do sonho, Deus revelou a Nabucodonosor o fim do poder Babilônico e
a sequência dos impérios que se seguiriam.

Nesta revelação Deus faz um resumo da ascensão e o declínio de poderes


mundiais, nações gentílicas que dominariam sobre a terra por tempo
determinado até a vinda do Reino Eterno do Senhor.

O Significado do Sonho.

Pelo profeta Daniel, o rei obteve a exata interpretação do sonho que o


perturbou (Dn 2.1).

 A cabeça de ouro representa o monarca Nabucodonosor e o reino da


Babilônia (Dn2.37;38). Durou de 636 a.C - 539 a.C.

 O peito e os braços de prata representam o reino Medo-Persa (539 a.C -


330 a.C). O império medo-persa conquistou a Babilônia em
aproximadamente 539 a.C (Dn5.30.31).

 O ventre e os quadris de bronze representa o reino da Grécia (330 a.C –


63 a.C). Alexandre o Grande teve o maior império da antiguidade.
Porém faleceu em 323 a.C.

 As pernas e os pés de ferro e barro representam o império Romano (63


a.C – 476 a.C) . O ferro representa a força, porém o barro a fragilidade.
Cada perna simboliza à divisão do império - Ocidental e Oriental.

 Os dez dedos dos pés representam a forma final do poder gentílico.


Trata-se de um poder político que terá a sua atuação na tribulação. “...
são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas receberão o poder
como reis por uma hora, juntamente com a besta”. (Ap17.12).

 A pedra cortada sem mãos refere-se à Cristo que, na segunda vinda em


glória, esmagará o reino do anticristo e estabelecerá o seu governo
sobre toda a Terra, o Reino Milenial.

 A estátua do sonho de Nabucodonosor refere-se aquilo que Jesus


descreveu como “os tempos dos gentios” (Lc 21.24), um período
definido por Deus, em que, Jerusalém estaria sobre o domínio dos
gentios.

 Este período teve seu início com o cativeiro de Judá, sob


Nabucodonosor e terminará quando Cristo voltar para estabelecer o seu
Reino.

Profetas Menores

(Oséias/Joel/Amós/Obadias/Jonas/Miqueias/Naum/Haba-
cuque/Sofonias/Ageu/Zacarias/Malaquias)

Oséias

Introdução

Autor : O Profeta Oséias, filho de Beeri (1.1).

 Nativo do Reino do Norte, onde foi profeta (as dez tribos)

 Contemporâneo de: Amós (em Israel) e de Isaías e Miquéias (em Judá).

 Viveu cerca de 200 anos após a divisão do Reino (Israel/Judá).

 Os nomes Oséias, Josué e Jesus são derivados da mesma raiz na


língua hebraica. Oséias significa SALVAÇÃO, ao passo que os nomes
Josué e Jesus significam O SENHOR.

Esfera de ação

 Ele profetizou por um período de cerca de 60 anos – desde 785 a. C.


até o tempo do cativeiro das dez tribos

 Durante o exercício de seu ministério o rei mais importante foi Jeroboão


II (o filho de Joás).

 O Reino do Norte experimentou grande prosperidade em termos


materiais.
 Enquanto isto em Judá (ou Reino do Sul) reinaram: Uzias, Jotão, Acaz
e Ezequias (1.1).

 Mas seu trabalho está completamente voltado para o Reino do Norte.

 Muitas vezes no livro aparece o Reino de Israel como Efraim, isto por
ser a tribo de Efraim a maior dentre as dez.

Propósito do livro

 Trazer a Israel a visão clara da sua condição espiritual, e a visão da


posição do SENHOR diante dessa realidade.

 É uma grande exortação ao arrependimento dirigida as dez tribos,


durante 60 anos antes do cativeiro destas.

 Mostrar que Israel, a esposa infiel, abandona seu esposo (Deus)


compassivo, que a acolhe novamente.

Esboço do livro  

 Separação: Israel, a esposa infiel de Deus (1-3);

 Condenação: Israel, a nação pecaminosa (4-13.8);

 Reconciliação: Israel, a nação restaurada (13.9-14.9);

Mensagem central

 O SENHOR detesta o pecado do Seu povo

 O SENHOR trará juízo sobre o Seu povo

 O SENHOR ama com toda a fidelidade o Seu povo, apesar de toda a


infidelidade deste.

Lições do livro

 (4.11) “A sensualidade do vinho e o mosto tiram entendimento”. Assim


acontece com aquele que é dominado pelo vinho ou pelo mosto (vinho
novo). Torna-se incapaz de raciocinar com clareza. Perde a sobriedade.
 (6.4) "...porque o vosso amor é como a nuvem da manhã, e como o
orvalho da madrugada, que cedo passa". Como é o seu amor por
Jesus? Frágil? Tênue? Momentâneo? Dependente de circunstâncias?

Cristologia do livro

 A primeira delas, citada por Mateus (2.15), está no capítulo 11.1 - "...do
Egito chamei o meu filho". Com Mateus aprendemos que a saída de
Israel do Egito foi um tipo profético do Messias que, em Sua infância, e
tendo-Se refugiado naquele país (à semelhança de Israel) seria
chamado a voltar para a Terra Prometida.

 A própria pessoa do profeta, resgatando uma esposa escrava do


pecado e tomando-a para si, é um tipo precioso dAquele que resgatou
Sua noiva da escravidão de toda sorte de pecado, "para a apresentar a
si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem cousa
semelhante.

Joel

Introdução

 Joel = O Senhor é Deus = Jeová é Deus

 Filho de Petuel

 Profeta que viveu, provavelmente, entre os sacerdotes, devido a seu


conhecimento das liturgias e das profecias.

 Divisão e composição do livro mostra erudição e cuidado artístico.

Cronologia

 Não se sabe ao certo quando foi escrito.

 Problema: não há dados históricos e arqueológicos a respeito do livro.

 800 a.C – Não cita os babilônios e persas, reinos que se tornaram


potências e dominaram Judá.
 300 a.C – Citações de vários profetas, incluindo Daniel, que viveu no
cativeiro; citação dos jônios, ou gregos, povo mais conhecido somente
no Século IV a.C.

Texto Principal:

Rasguem o coração, e não as vestes. Voltem-se para o Senhor, para o seu


Deus, pois ele é misericordioso e compassivo, muito paciente e cheio de amor;
arrepende-se, e não envia a desgraça. Joel 2:13

Tema do Livro:

Necessidade de Avivamento e Relacionamento com Deus

Esboço geral:

Praga dos Gafanhotos 1.1 a 1.12

Revoada de gafanhotos como acontece até o dia de hoje em determinados


locais.

1.4 – NVI – Cortador, peregrino, devastador e devorador. ARA – Cortador,


voador, devastador e devorador. ACF – Lagarta, gafanhoto, locusta e pulgão.

1.10-12 – Problemas em: campos, terra, trigo, parreiras (vinho), oliveiras


(azeite), cevada, romãzeiras, palmeiras, macieiras – ALEGRIA (12).

Chamado ao Arrependimento 1.13-20 1.14

 Necessidade de um arrependimento coletivo e unido 1.16-17.


 Problemas afetam o culto 1.19-20.

 Joel clama ao Senhor e diz que até os animais clamam a Ele.

Dia do Senhor:

Juízo 2.1-11

 Joel descreve o que se viu durante a praga: trevas causadas pelo


número de gafanhotos (2); destruição (3); barulho (5); nuvem
indestrutível (7- 9).

 2.11 – Entende que o Senhor enviou os gafanhotos sobre Judá.

Novo Arrependimento 2.12-17 2.12-13

 Deixar as aparências e se converter verdadeiramente. 2.15-16;

 Arrependimento coletivo. 2.17;

 Espera-se arrependimento dos líderes espirituais de Judá;

Resposta do Senhor 2.18-27 2.18-19

 Mostrou zelo, teve piedade, respondeu 2.23;

 Dá chuva conforme a sua justiça 2.25;

 Admissão de que a praga foi enviada pelo Senhor como juízo 2.27;

 Propósito: mostrar que o Senhor é Deus (nome de Joel);

A Considerar Joel prediz o derramamento do Espírito Santo e o princípio da


comunhão pessoal com Deus.

Dia do Senhor:

Bênção 2.28-32 2.28-29

 Bênçãos espirituais 2.32

 Salvação ao que clamar

A Considerar:
A salvação está no Senhor. Como conciliar com a verdade de que também
devemos implantar o Reino de Deus neste mundo?

Julgamento das Nações 3.1-21 3.3

 Desrespeito a direitos básicos 3.5-6;

 O tesouro valioso de Deus é o seu povo 3.12;

 Contraste com Isaías 3.13;

Amós

Introdução

Autor

Como sucessor de Joel e antecessor de Oséias e Isaías, Amós entregou sua


mensagem por volta de 755 a.C., cerca de trinta anos antes da queda de Israel.
A história de um jovem simples e valente.

Buscar a Deus é coisa para gente desgarrada de influências do meio em que


vive. Amós foi um homem do seu tempo (e suportou as pressões do seu
tempo). Seu nome significa "carregador de fardo“ Arrancava uma existência
sofrida e sacrificada naquele sertão seco da Judéia. Ali, aquele jovem vaqueiro,
convivia com a fome, a sede e o cansaço.

Conteúdo do livro

O livro pode ser dividido em quatro partes;


Quem foi amós?

 Amós nasceu num lar humilde de Judá

 Era natural da pobre aldeia de Tecoa (1:1) Sertão seco da Judéia, região
do Neguebe, próximo do Mar Morto;

 Colhia sicômoro para a sua sobrevivência

 Era boieiro (Boiadeiro/vaqueiro).

Sua descoberta

Um dia cuidando das vacas nas montanhas de Tecoa, viu subir uma caravana
vindo do Egito pomposa e rica, levando produtos importados para Samaria –
coisas finas (perfumes, jóias, iguarias, figos secos, etc).

Ficou revoltado quando soube da vida mansa na capital de Israel em contraste


com a vida sofrida que levava no interior.

Descobriu que em Samaria a luxúria era total

• Que ninguém mais guardava a lei de Moisés

• Que a vida era só nos prazeres e na luxúria

• Que o Rei Jeroboão II era homem soberbo e arrogante, que só pensava


prosperidade material ali.

Seu chamado

 De repente, Amós começou a ter uma inquietação interna e algumas


visões celestiais.

 Era Deus chamando aquele vaqueiro para ir a Samaria e levar uma


mensagem aquele povo distraído na luxúria.

 Corria o ano 755 a.C e o povo de Israel havia se afastado da presença


de Deus e Deus traria um juízo terrível sobre aquele povo e Amós
deveria avisá-los disso.
Deus é cheio de Misericórdia

 O profeta Amós foi capacitado pelo SENHOR para enxergar que, por
trás do luxo e do poderio militar existente, campeavam:

 A imoralidade, a injustiça, a opressão, o roubo, a violência, a idolatria, a


arrogância e a hipocrisia.

 O ministério de Elias e Eliseu ficara para trás, e a nação só fazia por


atrair sobre si o peso da mão de Deus.

 O SENHOR, porém, em Seu amor infinito, e mantendo-Se fiel à Aliança,


levantou Amós para alertar o povo, denunciar seu pecado, e chamá-lo
ao arrependimento, como que numa tentativa final de evitar a destruição
iminente.

Tema central de sua mensagem

 Tema central de sua profecia: "BUSCAI-ME, E VIVEI“.

 Versículo-Chave: "Buscai ao SENHOR, e vivei, para que não irrompa


na casa de José como um fogo que a consuma, e não haja em Betel
quem o apague" (5.6).

Amós deveria conclamar esse povo a buscar a Deus se quisesse viver

Mensagem Cantada

 Mensagem entregue em forma de repente, canções:

 Amós começou a cantar na praça de Samaria e o povo começou a


gostar:

“Por três transgressões de Damasco e por quatro não suscitarei o castigo,


porque trilharam gileade com trilhos de ferro; Por isso meterei fogo à casa
de Hazael ... Que consumirá os castelos de Bem-Hadade...”

Obadias

Introdução

Autor e data
 Seu nome significa “Servo do Senhor” ou “adorador do Senhor”.

 Mas não há nas Escrituras nenhuma outra informação a respeito dele.

 Nem o nome do pai é mencionado no título do livro

 É o menor livro do AT, 21 vs, sendo o mais breve dos escritos proféticos.

 Sem dúvida, foi escrito após a queda de Jerusalém, sob


Nabucodonozor, em 587 a.C., E antes da destruição de Edom, cinco
anos mais tarde, o que lhe dá uma data aproximada de 585 a.C. 
Jonas

Introdução

Autor e data:

 Seu nome significa “pomba”.


 Filho de Amitai (1.1).De Gate-Hefer (cidade próxima a Nazaré,na
Galiléia).

 Proclamador da graça de Deus para o reino do Norte de Israel;

 Profetizou durante o reinado de Jeroboão II (790-749 a.C.), dias de


grande prosperidade.

Divisão do Livro

1. O Primeiro Comissionamento de Jonas – caps. 1 e 2

2. O Segundo Comissionamento de Jonas – caps. 3 e 4

O livro

 O livro de Jonas distingue-se dos demais livros do Velho Testamento por


ser o único a concentrar-se exclusivamente em torno de uma nação
gentílica!

 Jesus afirmou a historicidade deste livro: (Mt 12:39-41), de modo que a


mente espiritual jamais poderá questioná-la. (Nota: a palavra "peixe",
erroneamente interpretada por alguns como "baleia", significa, na
verdade, "grande peixe", ou "monstro marinho"). Nos oceanos, há peixes
com tamanho suficiente para engolir um ser humano.
Miquéias

Introdução

Autor e data:

 Miquéias foi um dos profetas do século VIII a.C. Os outros profetas


deste século foram Oséias, Amós, Isaías e Jona.

 SOBRE O PROFETA • Morastita – da vila de Moresete- Gate, 32 Km ao


Sudoeste de Jerusalém; região agrícola; • Seu nome significa: “Quem é
como Javé”.
Sobre o profeta

 • Miquéias tinha profunda consciência e convicção do chamado divino, a


ponto de fazer a seguinte declaração:

 • "Eu, porém, estou cheio do poder do Espírito do SENHOR, cheio de


juízo e de força, para declarar a Jacó a sua transgressão e a Israel o seu
pecado" (3.8).

 • Pregou no período dos Reis de Judá: (Reino do Sul) - Jotão (750-735


a.C.); - Acaz (735-715 a.C.); - Ezequias (715-686 a.C.);

 • Recebeu grande influência do Profeta Isaías; • Seu estilo é simples e


elegante. • Baseou sua confiança na força e no caráter de Deus.

CONTEXTO HISTÓRICO

• Miquéias tenha exercido o seu ministério por uns 30 anos, tendo visto
cumprir-se ao menos uma de suas profecias:

• A da queda do Reino do Norte, em 722 a.C. (Leia 1.6,7).

• Judá seguia os maus exemplos de Israel


• Jotão não removeu a idolatria de Judá; Acaz foi um rei ímpio; • Ezequias foi
um rei temente ao Senhor, mas o povo não se voltou totalmente; • Insegurança
em Judá por causa de Israel.
Naum

Introdução

Sobre o profeta Naum

• Pouco se sabe sobre Naum

• Elcosita – Natural de Elcos, região de Cafarnaum - Galiléia

• Naum – “Consolação”

• Proferiu sentença contra Nínive

• Viveu cem anos depois das pregações de Jonas em Nínive

Sobre Nínive

• Quando o profeta Jonas pregou em Nínive ela se converteu de sua maldade;

• Logo voltou para a idolatria de sempre, a crueldade, a opressão e a


arrogância;
• No reinado de Assurbanípal (669- 633 a.C.) a cidade atingiu seu esplendor
máximo, tornando-se a mais importante do mundo.

• Cercada por muralhas altas (30 mts de altura), torres e canais, parecia ser
imbatível, com capacidade para sobreviver a um cerco durante 20 anos!

• Era a capital da poderosa e arrogante Assíria.

• Amedrontava os vizinhos (brutalidade).

Contexto histórico

• A cidade de Nínive foi fundada por Ninrode, após o dilúvio (Gn 10. 8-12),
situava-se na parte Norte do grande vale do Eufrates, enquanto sua inimiga
Babilônia situava-se a 540 km, na parte Sul do mesmo vale.

• Em cumprimento à profecia do SENHOR foi de tal maneira destruída que sua


localização permaneceu desconhecida de 612 a.C. (quando ocorreu sua
destruição pelos babilônios após dois anos de cerco) até o ano de 1845 d.C.

• Em 722 A.C, cumprindo as profecias de Isaías, Oséias e Amós, Israel foi


tomada pelos Assírios e desapareceu como Nação, ninguém conseguia resistir
este império, sua crueldade era temida pelos vizinhos.
O Propósito da Profecia

Nos dias de Naum Judá estava novamente ameaçada pelos Assírios, por volta
de 650 aC, e acuada, pela nova embaixada militar de conquistas por eles
iniciada; Naum se levantou em nome de Deus para defender Judá, o povo de
Deus E proferiu a sentença fatal contra Nínive 1.1.

Divisão do livro

1. O decreto da destruição de Nínive - cap. 1

2. 2. A descrição da destruição de Nínive - cap. 2

3. A extensão da destruição de Nínive - cap. 3

Habacuque

Introdução
Propósito do livro

• O propósito de Habacuque é trazer uma resposta ao coração humano quando


este questiona a Deus em Seus caminhos;

• Esta resposta é: "o justo vive pela fé"!

• você já questionou os caminhos de Deus, Seu modo de agir, Sua justiça?

• Creio que, de um modo ou de outro, todos nós, em algum momento de


nossas vidas, o tenhamos feito.

• O livro de Habacuque apresenta- nos um profeta em crise, seus


questionamentos, e também as conclusões a que chegou! Propósito do Livro.

• Habacuque questiona a demora de Deus em agir com relação a Judá, que


obstinadamente mantinha-se rebelde.

• Habacuque mostra-se atônito diante do fato de o SENHOR mostrar-lhe que


usaria a Babilônia para punir Judá - como Deus poderia usar alguém que vivia
em situação pior, para punir os Seus filhos?! Propósito do Livro Mensagem
Messiânica: creio que a mensagem mais marcantemente messiânica deste
livro esteja em 2.14 - "Pois a terra se encherá do conhecimento”.

Habacuque aprende que os caminhos do SENHOR são mais altos que os


nossos, e só há uma maneira de os compreendermos: pela fé!

• Por mais tenebroso que seja o mal e o momento, o justo não deve julgar pela
aparência, mas pela Palavra de Deus!!! Propósito do Livro Mensagem
Messiânica: creio que a mensagem mais marcantemente messiânica deste
livro esteja em 2.14 - "Pois a terra se encherá do conhecimento”.

Sobre o profeta Habacuque

 O seu livro não nos informa a sua terra de origem e nem a sua família.

 Alguns estudiosos dizem com base em 3.19 que ele era da tribo de Levi.
Improvável.

 Profetizou a invasão de Judá e a queda do império Caldeu.


 Habacuque, cujo nome bastante incomum significa "aquele que abraça"
deve ter profetizado durante o período "agonizante" do reino do Sul,
entre a morte do rei Josias na batalha de Megido (609 a.C.) e o início do
cativeiro babilônico (605 a.C.). Sendo assim, terá sido contemporâneo
de Jeremias e de Sofonias.

Situação religiosa e política

 Com a queda de Nínive em 612, época em que Josias governava Judá,


o rei se sentiu mais em paz para empreender suas reformas religiosas.

 Josias foi sucedido por reis perversos que haviam acendido a ira de
Deus contra Judá. Fizeram o que era mau:

 Depois de Ezequias a ordem é a seguinte:

 Manassés reinou 5 anos ( fez mau ) – 2 Cr 33.1,6,10,13,17.

 Amom reinou 2 anos ( fez mau ) – 2 Cr 33.1,2.

 - Josias reinou 30 anos ( fez o que era reto ) – 2 Cr 34.2. Morreu em 609
a.C.

Sofonias

Introdução
Propósito do livro

Sofonias profetizou nos dias do piedoso rei Josias e, conclui-se que sua
mensagem tenha sido usada por Deus para trazer o grande avivamento
ocorrido em Judá entre 630 e 620 a.C.

Nascido ao final do reinado de Manasses, e mui provavelmente de linhagem


real (1.1), Sofonias profetizou nos dias do piedoso rei Josias e, conclui-se:
nascido ao final do reinado de Manasses, e mui provavelmente de linhagem
real (1.1), Sofonias profetizou nos dias do piedoso rei Josias.

Seguindo a linha profética de:

a) Denunciar o pecado,

b) Anunciar o juízo de Deus, e

c) Proclamar restauração, Sofonias declara a proximidade do "dia do


SENHOR", - expressão que indica - em todos os escritos proféticos - o
período de manifestação do juízo de Deus sobre o Seu povo e/ou sobre
todas as nações.
O Profeta Sofonias

 • nascido ao final do reinado de Manassés, um rei perverso, idólatra e


cruel,

 • mui provavelmente de linhagem real (1.1),

 • Sofonias profetizou nos dias do piedoso rei Josias, um tempo de


avivamento em Judá.

 Durante o reinado de Josias ocorreram duas reformas religiosas de


grande importância em Judá:

 1 - 628 a.C. - grande combate à idolatria, destruição de altares, etc.

 2 Cr 34.3-7 2 - 622 a.C. - grande avivamento, após Hilquias ter


encontrado o Livro da Lei no Templo (2 Cr.34:14-18) O Profeta Sofonias.

 O nome Sofonias significa "o SENHOR esconde",

 Em 2.3, onde somos chamados a buscar o SENHOR a fim de


encontrarmos esconderijo no dia da Sua ira!

Situação religiosa e política

 Para compreender Sofonias e sua mensagem temos que voltar no


tempo alguns anos:

 Jerusalém era a capital política e religiosa de Judá;

 O Rei Ezequias era um homem piedoso, mas quando avisado que ia


morrer, levantou-se e lutou por não morrer; Deus lhe concedeu mais 15
anos de vida; Nasceu Manassés.

 Manassés, filho de Ezequias reinou 55 anos em Jerusalém.

 Manassés era um homem vil – Abandonou os caminhos do Senhor e se


entregou à idolatria pesada – construiu um “poste-ídolo” – símbolo
sexual de culto pagão à fertilidade dos cananeus; Milcom

 Manassés ainda ergueu imagens de divindades pagãs nas praças de


Jerusalém; Fez altar aos exércitos dos céus – o Sol, a lua e as
estrelas;Tornou-se adepto do espiritismo, médiuns, sinais do Zodíaco e
bruxaria

 Escândalo maior foi quando ele introduziu no santo templo do Senhor


um enorme símbolo sexual do machismo e queimou seu próprio filho em
sacrifício – 2 Reis 21: 3-7.
Ageu

Introdução
Propósito do Livro:

 O reino de Judá fora conquistado pelos babilônios.


 Entre 606 e 586 a.C, o Templo foi arrasado,Jerusalém queimada,e os
judeus são levados em massa para o cativeiro:
 Após 70 anos no exílio, na Babilônia, por ordem de Ciro, o Persa, cerca
de 50 mil judeus voltam para a sua terra (536 a.C.). Jeremias e Daniel
profetizaram os 70 anos (Jr. 25.11; 29.10; Comp. Dn 9.1,2.).

1.  A primeira leva de judeus para o cativeiro – ano 605 a.C.


Nabucodonosor reivindicou tesouros e reféns. Ele levou os tesouros da
casa do Senhor e dentre os reféns, Daniel e seus companheiros e outros
nobres do povo, Dn 1.1,2.

2. A segunda leva de Judeus para o cativeiro foi em 586 a.C. Jerusalém foi
invadida e destruída por Nabucadonosor. O Templo de Salomão caiu
finalmente e foi destruído. 

 O primeiro passo para que se firme a restauração nacional é a


reconstrução do Templo.
 Os fundamentos são lançados, mas... a obra para.
 Muita perseguição dos vizinhos (Os samaritanos fazem forte
oposição à reconstrução do Templo).

 Durante 15 anos, o povo distraiu, preocupou-se em construir suas


próprias casas e em cuidar de seus interesses pessoais.

 É aí que o SENHOR levanta Seu servo Ageu, para questionar as


prioridades escolhidas pelos judeus, chamando-os a dedicarem-se à
obra de reconstrução da Casa do SENHOR.

O Profeta Ageu

 O nome Ageu, de origem incerta, deve significar "festivo", e nos


remete à idéia de que ele viveu dias festivos, pois contemplou a volta
dos judeus desde o cativeiro, e participou da reconstrução do
Templo, em Jerusalém.
 Isso, sem contar a mensagem gloriosa e festiva que anunciou,
proclamando a vitória final do SENHOR e do Seu povo, quando
"encherei de glória esta casa".

No livro de Esdras, referências ao profeta Ageu mostram-nos ter sido ele


contemporâneo de Zacarias. Ambos trabalharam juntos, visando o mesmo
objetivo.

 “Ora os profetas Ageu e Zacarias, filho de Ido, profetizaram aos


judeus que estavam em Judá e em Jerusalém, em nome do Deus de
Israel, cujo Espírito estava neles”. (Ed 5.1,2; 6.14).

Mensagem do Livro

A reconstrução do Templo do Senhor.

1. Uns 18 anos depois que fecharam os muros de Jerusalém, eles


continuavam adorando no altar que fora construído quando chegaram e
o Templo do Senhor ficou só no alicerce.

2. Eles estavam dizendo como registra o v.2 que não veio ainda o tempo
em que a casa do Senhor deve ser edificada. Uma Justificativa para o
pecado de negligencia

Zacarias

Introdução
Propósito do Livro

Companheiro do profeta Ageu, do governador Zorobabel, e do sumo sacerdote


Josué, Zacarias (profeta de linhagem sacerdotal) também exorta o povo a
dedicar-se à reconstrução do Templo.

Um argumento muito especial e atraente: o Templo precisa ser reconstruído,


uma vez que, algum dia, a glória do Messias manifestar-se-á nele!

 Assim, nessa obra não se está construindo simplesmente um edifício,


mas o próprio futuro!
 E o Espírito leva Zacarias a ensinar que o futuro reservava glória e
alegria para o povo de Deus.
 “Vamos reconstruir Jerusalém para receber o Messias”.
 Esta cidade hoje arruinada será cheia de glória e majestade!

O Profeta Zacarias

 O nome Zacarias significa "o SENHOR Se lembra". - (bastante comum a


personagens do Velho Testamento, onde há 29 deles!).
 Era um profeta idealista, visionário e eloquente;
 Destaca-se dos demais PM pelo seu estilo apocalíptico, linguagem
utilizada por João para escrever o apocalipse:
 Quatro Cavalos.
 O candelabro de ouro;
 Os sete olhos do Espirito de Deus;
 Os anjos que lhe revela a visão.
 Sua Trombeta profética foi: “O triunfo do Senhor na terra é
absolutamente certo”, alegre- se povo de Deus! (Semelhante ao
Apocalipse de João)
 Filho de Berequias e neto Ido, da linhagem Sacerdotal.
 Falou aos judeus tristes e desanimados que voltavam do cativeiro para
reconstruir Jerusalém.
 Seu livro é considerado um tratado de consolação e esperança –
arrependimento e renovo.
O Messias prometido

Nenhum dos doze oferece tantas profecias detalhadas sobre o Messias, como
Zacarias.

Prometeu um Messias que seria:

 Bom Pastor
 Traído por trinta moedas de prata
 Rejeitado por Israel
 Tornar-se-ia fonte para a purificação de pecado
 Seria morto pela permissão do Pai, a fim de receber um reino eterno.

Malaquias

Introdução

Malaquias o último porta voz do messias sentença do senhor deus, o todo


poderoso!

Versículo chave
"Enfadais o SENHOR com vossas palavras; e ainda dizeis: Em que o
enfadamos? Nisto que pensais: Qualquer que faz o mal passa por bom aos
olhos do SENHOR, e desses é que ele se agrada; ou: Onde está o Deus do
juízo?" (2.17).

Palavra-Chave:

"Cinismo" Estava faltando sinceridade de coração na religião de Israel

Propósito do Livro

 Último profeta do Velho Testamento,


 Malaquias convive com uma sociedade egressa do cativeiro, a quem
dirige uma palavra de exortação e juízo, uma vez que seus sacerdotes
são corruptos, há um cinismo generalizado com relação a Deus (Sua
pessoa, palavra e obra).
 O pecado é cometido "livremente" porque as pessoas sentem-se
seguras de que não serão punidas.

 A palavra de Deus parece já não mais causar impacto nos corações das
novas gerações, tal a sua insensibilidade espiritual.

 Propósito do Livro E Deus vão ficar em silêncio nos próximos 400 anos,
sem comunicar-Se com Seu povo através de profetas.

O Profeta Malaquias

 Profetizou em Jerusalém entre 450 a 400 anos A.C.


 Seu Nome significa: “Meu Mensageiro”.
 Falou a uma nova geração de Judeus, de filhos e netos dos que
voltaram do cativeiro da Babilônia.

Sua profecia foi uma: “sentença do Senhor contra Israel”

O povo e os sacerdotes haviam esfriado na fé e transformado a obediência a


Deus em algo mecânico e rotineiro.

1. O povo e os sacerdotes haviam esfriado na fé e transformado a


obediência a Deus em algo mecânico e rotineiro
2. Relapsos na Adoração – 1.7
3. Negligentes quanto aos dízimos – 3.8
4. Insatisfeitos na Comunhão com Deus – 1.2
5. A desobediência provocou neles muitas dúvidas:

 27 perguntas em todo o Livro questionando a Deus e seus atos! 


Cap.3 O Juízo de Deus

A Negligência para com a Palavra de Deus – 3.7 – Crente que não consulta a
Palavra, peca!

 Eles ainda roubavam a Deus – 3.8 – e perguntavam: “Em que te


roubamos?”.
 Os Judeus sabiam que os dízimos eram do Senhor.
 O não dar o dízimo é tratado como roubo, pois, ele pertence ao Senhor
e não ao homem. • Estavam tirando do Senhor para eles!!!

 O Dízimo é parte do culto a Deus, é comunhão com Deus.

 Deus queria abençoar o seu povo e não amaldiçoá-lo – 3.9,10

 A Negligência nos dízimos é porque achavam que Deus estava lhes


dando pouca benção material – tinha ímpios melhores que eles - 3.14,15
(era rebeldia)

 Muitos crentes só dizimam sob promessas de bênçãos materiais, como


nos dias de Malaquias! – isso é uma tragédia!

 Só o dia do Juízo revelará quem foi fiel ao Senhor! – 3.18.

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