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Resumo: Dados do PWC (2019) indicam que 90% das empresas brasileiras possuem perfil
familiar. Todavia, parte considerável dessas empresas não sobrevivem após a segunda e a
terceira geração o que é atribuído, fundamentalmente devido ao mal planejamento de seus
sucessores. Nesse sentido, o presente estudo tem como objetivo apresentar os desafios e a
relevância do planejamento do processo sucessório em empresas familiares.
Metodologicamente, a pesquisa se caracteriza como descritiva e utilizou como instrumento de
coleta de dados, a revisão bibliográfica. Como principais resultados, observou- a necessidade
quanto ao planejamento da sucessão familiar. Visto que, apenas 30% das empresas sobrevivem
à segunda geração e menos de 15% sobreviveram à terceira geração. Ademais, constatou-se
que 75% das empresas familiares encerram suas atividades após terem sua gerência sucedida
pelos seus herdeiros.
1 INTRODUÇÃO
No Brasil, foi registrado que existem entre de seis a oito milhões de empresas que
desempenham um papel significativo no desenvolvimento econômico, social e político. Desse
total, constatou-se que cerca de 90% das empresas são familiares, sendo que juntas, empregam
75% da mão-de-obra que atua no mercado de trabalho. Também realizam importantes
contribuições para o Produto Interno Brasileiro, chegando a apresentar participação de até 65%
(SEBRAE, 2015; PWC, 2019). As empresas são inicialmente constituídas dentro de um grupo
familiar, e tem como objetivo que a continuidade de seus empreendimentos seja bem sucedida
(COSTA e VALDISSER, 2017).
Entretanto, percebe-se que parte considerável dessas empresas não sobrevivem após a
segunda e a terceira geração devido ao mal planejamento de seus sucessores (CASILLAS,
VASQUEZ; DÍAZ, 2007). Isto posto, o presente estudo tem como objetivo apresentar os
desafios e a relevância do planejamento do processo sucessório em empresas familiares.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
A sucessão familiar pode ser considerada como um processo de transferência de poder
entre uma geração e outra (LODI, 1987). E tem como objetivo verificar qual a maneira de
preparar as etapas que levarão a continuidade dessas empresas (GOMES et al., 2015). Nesse
aspecto, destacam-se suas vantagens, a saber: a continuidade, a agilidade do sistema decisório,
o conhecimento como pessoa, a visão de longo prazo, a existência do espírito de família e a
facilidade de transferência de conhecimento e das experiências adquiridas para seus herdeiros
(OLIVEIRA, 2010). Apesar dessas vantagens, sem promover um adequado planejamento das
atividades empresariais não serão possibilitadas as condições adequadas de minimização de
risco de sua manutenção no mercado, diante das incertezas inerentes ao ambiente econômico.
3 METODOLOGIA
A pesquisa apresenta caráter descritivo. A técnica de coleta de dados adotada foi a de
revisão bibliográfica. Foram utilizados como base artigos, monografias e dissertações sobre as
empresas familiares e sucessão familiar.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dadas as contribuições que as empresas familiares tem apresentado para economia
brasileira, foi observada a necessidade tanto do planejamento da sucessão familiar quanto do
planejamento da gestão de negócios dessas organizações. Visto que, as empresas familiares não
tem sobrevivido a segunda e a terceira geração por não estarem preparadas para lidar com o
processo sucessório, devido à falta de planejamento. Nesse aspecto, as empresas devem realizar
um planejamento que envolva um conjunto de estratégias de médio a longo prazo que tenha
como escopo sua continuidade.
REFERÊNCIAS
ALCÂNTARA, N. B.; MACHADO FILHO, C. A. P. O processo de sucessão no controle de
empresas rurais brasileiras: um estudo multicasos. Organizações Rurais & Agroindustriais. v.
16, n. 1, p. 139-151, 2014
CASILLAS, J.C.; VÁZQUEZ, A.; DÍAZ, C. Gestão da empresa familiar: conceitos, casos
e soluções. São Paulo, Thomson Learning, Edições, 2007.
LEE, K., LIN, W.S.; LIN, G. H. Succession and Survival of Family Businesses.
Proceedings, 45º ICSB. Brisbane, 2000.
SEBRAE. Artigos para MPE's: No Brasil, 90% das empresas são familiares. Folha de
Londrina, 2015.
SOUSA, D. K. M. A.; OLIVEIRA, E. A. A. Q.; LIMA, C.S. T. de. A empresa familiar e suas
contribuições para o desenvolvimento regional. In: VIII Seminário Internacional sobre
Desenvolvimento Regional, Santa Cruz do Sul. Territórios, redes e Desenvolvimento
Regional: perspectivas e desafios, vol. 8, 2017.