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Curso Nutrição

Disciplina - Tecnologia de Alimentos


Docente – Flávia Martins.

ATIVIDADE – As equipes deverão desenvolver um projeto de desenvolvimento de


um novo produto. Baseado na escolha de uma matéria prima regional. Segue
escopo da escrita do projeto.

ESCOPO DO PROJETO

Tema.

Farofa de Proteína texturizada de soja

Problematização.

“A proteína texturizada de soja é um resíduo obtido na produção do óleo de soja.


Por ser produzida industrialmente, é apenas possível comprá-la em mercados ou em
fábricas. Ela pode ser encontrada vindo de dois processos diferentes:
1) Fiação: na qual chega a apresentar 90% de proteína em sua composição; 

2) Extrusão termoplástica: a mais comum de ser encontrada no comércio,


composta por cerca de 50% de proteína.
Vale ressaltar que em ambos os processos a PTS possui índices
proteicos maiores que a carne de origem animal, além de possuir maiores valores
nutricionais como fibras, ferro, cálcio e ômega 3. 
Outras vantagens que a proteína de soja proporciona é a redução do LDL
(colesterol ruim), combate à diabetes e redução da possibilidade do desenvolvimento de
câncer do endométrio e da mama em mulheres.
Dessa forma, é visível que a proteína texturizada de soja é um alimento o qual
tem tendência a ser procurado pelo público não só vegetariano e vegano, mas também
por quem procura alternativas mais saudáveis em sua alimentação” (Hospital Alemão
Oswaldo Cruz, 2018).

Objetivo Geral.

Seu objetivo, portanto, é avaliar a proteína texturizada da soja como um bom


alimento.

Justificativa.

Este trabalho se justifica pela necessidade de avaliar artigos científicos que


buscam comprovar eficiência da soja como um bom composto alimentar, além de
contextualizar com a atualidade, buscando assim incentivar o consumo do nutriente
levando conhecimento e desmistificando antigas crenças.

Hipóteses

Acredita-se que a isoflavona esteja relacionada à redução da mortalidade pelo


câncer de mama observada principalmente em mulheres, porém há pouca aceitabilidade
com a soja como alimento por conta do seu sabor característico, sendo assim, a melhor
forma de proporcionar uma maior ingestão desse nutriente, principalmente pela
população feminina não vegetariana, seria trabalhando na melhoria desse sabor com
algumas iniciativas como, por exemplo, a adoção da prática de uma gastronomia
especializada, que busque o aprimoramento da textura e adição de alguns condimentos
que otimizem sua palatabilidade.

Fundamentação teórica/revisão da literatura.

Verifica-se que uma abordagem pontuada do problema se faz necessário, como


método para uma melhor compreensão acerca da aceitabilidade da soja como um
alimento funcional, a fim de se instruir da melhor forma a adoção do alimento na dieta
diária, melhorando assim o valor nutricional do cardápio e reduzindo sintomas da
menopausa, TPM, além da prevenção ao câncer de mama.
“A primeira referência à soja como alimento data de mais de 5.000 anos. O grão
foi citado e descrito pelo imperador chinês Shen-nung, considerado o “pai” da
agricultura chinesa, que deu início ao cultivo de grãos como alternativa ao abate de
animais” (APROSOJA, 2021).
“Os produtos alimentares circulam de há muito pelo mundo, integram-
se nas culturas alimentares de forma diferenciada, recorrendo a
múltiplos significados, assim acontece com a soja. Em países
subdesenvolvidos, a questão da insegurança alimentar e nutricional é
um recurso discursivo significativo para desencadear maior aceitação
de um produto, quer no que diz respeito ao incentivo à sua plantação,
quer em termos da sua promoção para consumo humano” (CALADO,
V.H; 2018).

Algumas pessoas têm preocupações com a soja. Como mencionado, a


proteína de soja contém ácido fítico, também conhecido como
antinutriente. Isso reduz a disponibilidade de ferro e zinco na proteína
da soja. No entanto, os fitatos não afetam adversamente a saúde, a
menos que sua dieta esteja severamente desequilibrada e você confie
na carne de soja como fonte de ferro e zinco. Há também preocupação
de que o consumo de soja possa afetar a função tireoidiana de uma
pessoa. As isoflavonas da soja funcionam como goitrógenos que
podem interferir na função da tireóide e na produção de hormônios.
No entanto, existem vários estudos que mostram que a soja não tem
ou tem um efeito muito leve na função da tireoide em humanos
(LEGNAIOLI, S. 2021).

No entanto, os fitatos não afetam adversamente a saúde, a menos que


sua dieta esteja severamente desequilibrada e você confie na carne de
soja como fonte de ferro e zinco. Há também preocupação de que o
consumo de soja possa afetar a função tireoidiana de uma pessoa. As
isoflavonas da soja funcionam como goitrógenos que podem interferir
na função da tireóide e na produção de hormônios. No entanto,
existem vários estudos que mostram que a soja não tem ou tem um
efeito muito leve na função da tireoide em humanos (LEGNAIOLI, S.
2021).

Metodologia.

Trata-se de uma revisão da literatura e para tanto foi utilizado o banco de dados
da Scientific Electronic Library Online – SciELO, Google Acadêmico, Literatura
Internacional em Ciências da Saúde – MEDLINE, Literatura Latino Americana e do
Caribe em Ciências da Saúde – LILACS) Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), para
seleção de artigos publicados nos últimos dez anos, com abordagem do tema “A soja
como alimento funcional de prevenção para o câncer de mama”.
As buscas foram realizadas utilizando-se as palavras-chaves “soja”, “alimentos
funcionais”, “isoflavonas” e em variadas combinações como, “soja”, “soja como
alimento funcional”, objetivando uma abrangência maior da busca.

Custos.

400g da proteína texturizada de soja está custando no mercado de R$3,65 a


R$10,00 dependendo da marca que for adquirir, porém com essa quantidade é possível
realizar a preparação de uma enorme quantidade da farofa sugerida. O mesmo se aplica
a manteiga, com 500g custando R$9,21 e a farinha de mandioca (ou a que preferir,
sendo de aveia ou arroz, entre outras diversas opções).

Cronograma.

A receita sugerida possui um tempo de preparo de cinco minutos e seu nível de


dificuldade é “fácil”:

 Doura o alho a cebola, na manteiga,


 Adiciona a proteína texturizada de soja e vai mexendo até mudar de cor
completamente.
 Adiciona mais um pouco de manteiga e coloca a farinha, deixar torrar um
pouco e está pronta

Referências.

APROSOJA Brasil, Associação brasileira dos produtores de soja, a soja, Brasília, 2021.
Acesso em: 23 de abril de 2022
Disponível em: <https://aprosojabrasil.com.br/a-soja/>

CALADO, V.H; Entre abundância e insegurança alimentar: soja e processos de


globalização, Trabalhos de Antropologia e Etnologia, Lisboa, 2018.
Acesso em: 23 de abril de 2022
Disponível em: <http://aleph20.letras.up.pt/index.php/tae/article/view/10002/9176>

Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Homens Não Devem Consumir? Saiba O Que É Mito
E Verdade Sobre A Soja, Oswaldo Cruz, São Paulo, 2018
Acesso em: 23 de abril de 2022
Disponível em: <https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/imprensa/noticias/homens-
nao-devem-consumir-saiba-o-que-e-mito-e-verdade-sobre-soja/>
LEGNAIOLI, S. Carne de soja: conheça vantagens e desvantagens, eCycle, São Paulo,
2021.
Acesso em: 23 de abril de 2022
Disponível em: <https://www.ecycle.com.br/carne-de-soja/>

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