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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE SONGO

CURSO DE ENGENHARIA HIDRÁULICA


(IV Nível)
TECNOLOGIA E ORGANIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO II

TÉCNICAS DE MEDIÇÃO E ORÇAMENTAÇÃO

Autor: Docentes:
MASSIMO, Milicinho Baptista MSc. Chume Peter Nhanombe
Eng0 . Adolfo Chauale Inácio

Songo, 29 de Outubro de 2022


TÉCNICAS DE MEDIÇÃO E ORÇAMENTAÇÃO

Autor: Docentes:
MSc. Chume Peter Nhanombe
Eng0 . Adolfo Chauale Inácio

MASSIMO, Milicinho Baptista

Trabalho submetido para sua aprovação


pelo MSc. Chume Nhanombe e Eng0 .
Adolfo Inácio docentes da cadeira, como
terceiro trabalho da disciplina Tecnologia e
Organização da Construção II.

Songo, 29 de Outubro de 2022


I

Copyright © 2021 Trabalho Individual


Impresso aos 29 de Outubro de 2022

O ISPSongo tem o direito, perpétuo e sem limites geográficos, de arquivar e pu-


blicar este Trabalho através de exemplares impressos reproduzidos em papel ou de
forma digital, ou por qualquer outro meio conhecido ou que venha a ser inventado, e
de a divulgar através de repositórios científicos e de admitir a sua cópia e distribui-
ção em objectivos educacionais ou de investigação, não comerciais, desde que sejam
dados créditos aos autores e editores.
Índice
Lista de Figuras III

Lista de Tabelas IV

1 INTRODUÇÃO 1
1.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Objectivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.3 Documentação consultada e Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.3.1 Bases para a Elaboração do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . 1

I REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2

2 TÉCNICAS DE MEDIÇÃO E ORÇAMENTAÇÃO 3


2.1 Principais itens presentes na orçamentação de uma obra. . . . . . 3
2.1.1 Orçamentação de uma obra. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2.1.2 Custos Directos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
2.1.3 Custos unitários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.1.4 Custos Indirectos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.1.5 BDI - Benefício e Despesas Indirectas . . . . . . . . . . . . . . 4
2.2 Tipos de estimativas de custos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.3 Estimativa de custo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.3.1 Composição de Preços . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.3.2 Composição de Mão-de-Obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.3.3 Composição de Equipamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.3.4 Composição de Materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.3.5 Composição de custos de subempreiteiros . . . . . . . . . . . . 7
2.3.6 Rendimentos ou produtividade da mão . . . . . . . . . . . . . . 7
2.3.7 Rendimento dos materiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.3.8 Rendimento dos equipamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
2.3.9 Procedimentos para realização de orçamento . . . . . . . . . . . 9
2.4 Métodos para classificação dos serviços . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.5 Cabeçalho tipo de um orçamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

II
T.O.C II §Índice

II MEDIÇÃO E ORÇAMENTAÇÃO DOS PROJECTOS PROPOS-


TOS 11

3 Medição e orçamentação do projecto para a construção da estrutura de


um quiosque 12
3.1 Descrição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
3.1.1 Cálculos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.1.2 Quantidade total de material . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.2 Custo de mão de obra CU (MO) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.2.1 Horas de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.3 Custo de equipamentos CU (EQ) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.3.1 Horas de trabalho da betoneira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

4 Medição e orçamentação do projecto para a construção de uma laje con-


tínua e vigas de betão armado de um pavimento de escritório. 22
4.1 Descrição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
4.1.1 Cálculos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
4.1.2 Quantidade total de material . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
4.2 Custo de mão de obra CU (MO) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
4.2.1 Horas de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
4.3 Custo de equipamentos CU (EQ) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
4.3.1 Horas de trabalho da betoneira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

5 Medição e orçamentação do projecto para a construção de uma parede


de 25 m de comprimento, 5 m de altura e 30 cm de espessura. 30
5.0.2 Quantidade total de material . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
5.1 Custo de mão de obra CU (MO) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
5.1.1 Horas de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
5.2 Custo de equipamentos CU (EQ) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

6 Medição e orçamentação do projecto de um painél de cofragem 35

7 CONCLUSÃO 39
7.1 Bibliografias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

MASSIMO,Milicinho Baptista ® III ISPSongo|2021


Lista de Figuras
3.1 Disposição das armaduras no Pilar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.2 Laje . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17

4.1 Desenho da Laje . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23


4.2 Disposição das armaduras na Viga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

5.1 Secção transversal da parede . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

6.1 Painél em Alçado (parte posterior) – 2,44 x 1,22 m Corte . . . . . . . . 36


6.2 Transversal do painél . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36

IV
Lista de Tabelas
2.1 Cabeçalho tipo de um orçamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10

3.1 Volume de betão e área da sapata. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16


3.2 Quantidade de material para 12,82 m3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

4.1 Peso dos varões por metro linear em kg. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24


4.2 Quantidade de material para 135,94 m3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
4.3 Rendimento da betoneira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

5.1 Quantidade de material para 37,5 m3 . de betão. . . . . . . . . . . . . . 32

V
1 INTRODUÇÃO
1.1 Introdução
Na conjuntura actual da economia, a utilização da engenharia de custos pelas em-
presas é de vital importância para a análise correta da viabilidade de um empreendi-
mento. A orçamentação se mal elaborada pode trazer informações incompletas sobre
todas as fases da obra tornando impossível que o empreendimento consiga estabele-
cer metas orçamentárias, quantificar serviço e materiais, fazendo com que em última
análise o empreendimento traga prejuízo para a empresa e para a incorporadora.

Com o orçamento bastante assertivo, o construtor consegue obter inúmeras van-


tagens para garantir o resultado da sua construção. Desse modo, é possível se ante-
cipar aos custos necessários para construir a edificação, auxilia o engenheiro a tomar
decisões com base no orçamento, permite o correcto dimensionamento das equipes
que executarão os serviços, controlar o consumo de materiais de modo que qualquer
desvio possa ser analisado e revertido através de planos de acção. Também podemos
garantir através da correta análise da engenharia de custos de um empreendimento
que o cronograma físico-financeiro da obra está seguindo o ritmo desejado pela em-
presa.
A previsão correta de todos os itens advindos da execução da obra, faz com que
o gestor consiga optimizar todo o processo de estimar os custos do empreendimento,
diminuindo muito os riscos futuros de gastos com itens não previstos inicialmente no
orçamento da obra.
Para eficiência e eficácia do trabalho este subdivide-se em sete capítulos, a desig-
nar: no Capítulo I, (1.0) Introdução; Capítulo II, (2.0) Técnicas de medição e orçamen-
tação; o Capítulo III, (3.0) Medição e orçamentação do projecto 01; o Capítulo IV, (4.0)
Medição e orçamentação do projecto 02; o Capítulo V, (5.0) Medição e orçamentação
do projecto 03; Capítulo VI, (6.0) Medição e orçamentação do projecto 04; o Capítulo
VII, (7.0) Conclusão, (7.1) Bibliografias.

1
T.O.C II §1.2. Objectivos

1.2 Objectivos
Objectivos 1.2.1 (Geral)

 Medição e orçamentação dos projectos propostos.

Objectivos 1.2.2 (Específicos)

 Determinar custo total direto, pra executar um pequeno projecto de construção


da estrutura de um quiosque;

 Calcular o custo directo da execução de uma laje contínua e vigas de betão


armado de um pavimento de escritório;

 Calcular o custo total de construção de uma parede.

 Determinação do custo relativo à sua fabricação, limpeza, lubrificação e coloca-


ção em obra de um painel de cofragem.

1.3 Documentação consultada e Metodologia


A elaboração do trabalho baseou-se em pesquisas bibliográficas e verificando-se
3 fases no seu desenvolvimento, nomeadamente:

 Colecta de dados;

 Revisão da matéria das aulas da cadeira de Tecnologia e Organização da Cons-


trução II;

 Análises, cálculos, composição e criação do presente trabalho.

Foram consultadas várias Bibliografias relacionadas à área de Medição e orçamen-


tação, bem como apostilas, manuais electrónicos, relatórios, aulas fornecida pelos
docentes.

1.3.1 Bases para a Elaboração do Trabalho


Como referência-chave, usou-se a aula 6 fornecida pelos docentes. Como ferra-
menta directiva na produção do presente texto, usou-se o guião de elaboração de
trabalhos académicos em vigor no Instituto Superior Politécnico de Songo.

MASSIMO,Milicinho Baptista ® 1 ISPSongo|2021


Parte I

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2
2 TÉCNICAS DE MEDIÇÃO E ORÇA-
MENTAÇÃO
2.1 Principais itens presentes na orçamentação de uma
obra.

2.1.1 Orçamentação de uma obra.


Segundo Vilela Dias (2004) o orçamento das construções ou dos serviços de en-
genharia civil é igual a soma do custo directo, do custo indirecto, das despesas, dos
impostos e do resultado estimado do contracto (lucro previsto). Temos, ainda, que a
soma do custo indirecto e do resultado geram o percentual de BDI – Benefício e Des-
pesas Indirectas (este termo originou-se do inglês Budget Diference Income), quando
se divide esta adição pelo custo total directo da obra.

2.1.2 Custos Directos


Segundo Tisaka (2006) são todos os custos directamente envolvidos na produção
da obra, que são os insumos constituídos por materiais, mão de obra e equipamentos
auxiliares, mais toda a infra-estrutura de apoio necessária para a sua execução no
ambiente da obra.

Estes custos directos são representados numa PLANILHA DE CUSTOS, em que


fazem parte:

• Quantitativos de todos os serviços e respectivos custos obtidos através da com-


posição de custos unitários;

• Custo de preparação do canteiro de obras, sua mobilização e desmobilização;

• Custos da administração local com previsão de gastos com o pessoal técnico


(encarregado, mestre, engenheiro, etc), administrativo (encarregado do escritó-
rio, de higiene e segurança, apontador, escriturário, motorista, vigia, porteiro,
etc.) e de apoio (almoxarife, mecânico de manutenção, enfermeiro, etc).

3
T.O.C II §2.2. Tipos de estimativas de custos

2.1.3 Custos unitários


Segundo Tisaka (2006) a quantidade de material, de horas de equipamento e o nú-
mero de horas de pessoal gastos para a execução de cada unidade desses serviços,
multiplicados respectivamente pelo custo dos materiais, do aluguel horário dos equipa-
mentos e pelo salário-hora dos trabalhadores, devidamente acrescidos dos encargos
sociais, são chamados de COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS UNITÁRIOS.

2.1.4 Custos Indirectos


Segundo Vilela Dias (2004) o custo indirecto é representado pelos itens de custo
que não são facilmente mensuráveis nas unidades de medição dos serviços, isto é,
veículos de passeio e de carga de apoio, contas das concessionárias (energia, água,
correio, telefone e etc) e outros, que são normalmente considerados por mês ou aque-
les calculados sobre o custo total ou sobre o preço final (facturamento), ou seja, admi-
nistração central.

2.1.5 BDI - Benefício e Despesas Indirectas


Segundo o cartilha CREA-ES (2008) é a parte do preço de cada serviço, expresso
em percentual, que não se designa ao custo directo ou que não está efectivamente
identificado como a produção directa do serviço ou produto. O BDI é a parte do preço
do serviço formado pela recompensa do empreendimento, chamado lucro estimado,
despesas financeiras, rateio do custo da administração central e por todos os impostos
sobre o facturamento, excepto leis sociais sobre a mão de obra utilizada no custo
directo.

2.2 Tipos de estimativas de custos


Existem vários tipos de estimativas de custo as quais dependem do propósito para
que se destinam e do nível de informação existente na altura em que são preparadas.
Por exemplo, os diferentes estágios do desenvolvimento do projecto de construção de-
signadamente o estudo prévio, o anteprojeto e o projecto executivo permitem estimar
os custos até um certo nível de acurácia da a quantidade e qualidade de dados a si
inerentes. Dentre as várias formas de estimativas existentes destacam-se as seguin-
tes:

• custo por-unidade

• custo por m3

MASSIMO,Milicinho Baptista ® 4 ISPSongo|2021


T.O.C II §2.3. Estimativa de custo

• custo por m2 da área bruta

• quantidades globais de trabalho

• custo detalhados.

2.3 Estimativa de custo

2.3.1 Composição de Preços


O preço na construção civil, geralmente, é definido pelo seguinte modelo em que:
CD- custo directos na execução dos serviços e IBDI, denominado de Índice dos
benefícios e Despesas indirectas, engloba os custos inderetos a serem suportados
por cada serviço.

P = CD · IBDI (2.1)

Composição de custos Unitários

A maioria dos orçamentos apresenta como parâmetro de orçamento do serviço.


Assim, o custo de cada serviço em que foi subdividido um projecto é composto se-
gundo a quantificação e os custos de mão-de-obra, dos insumos, dos equipamentos
e dos encargos sociais necessários a sua consecução.

X
CD = [MO + MT + EQ + ES] (2.2)

Os custos unitários, são determinados com relação as unidade de serviços tais


como: m2 , m3 , hectare, pontos elétricos, horas de mão-de-obra, ou equipamentos.

A composição de custo unitário geralmente tem os seguintes componentes:

• Índice ou coeficiente de aplicação de materiais;

• Índice ou coeficiente de produção ou de aplicação de mão-de-obra;

• Índice de aplicação de equipamentos com o seu custo horário;

• Preços unitários de materiais;

• Preços unitários de mão-de-obra;

• Taxas de encargos sociais;

• Benefícios e despesas indiretas ( BDI).

MASSIMO,Milicinho Baptista ® 5 ISPSongo|2021


T.O.C II §2.3. Estimativa de custo

2.3.2 Composição de Mão-de-Obra


O custo unitário da mão de obra é calculado em função da produtividade do profis-
sional envolvido e do custo horário desse profissional. O custo horário de mão-de-obra
é dado por:

CU (MO ) = ρ · PU (2.3)

O custo total da mão-de-obra, por sua vez, é função do custo unitário calculado e
da quantidade de serviço a realizar.

CT (MO ) = CU (MO ) · S (2.4)

Produtividade da Mão-de-obra

Recomenda-se cada empresa estabelecer, através de acompanhamento estatís-


tico a própria produtividade para cada serviço.
Produtividade, por sua vez, equivale a razão entre a quantidade de serviço a ser
realizado e o numero de horas necessário para realiza-lo.

Quantidade de serviço
ρ= (2.5)
Horas

2.3.3 Composição de Equipamentos


O orçamento dos custos desses serviços, basicamente, segue o mesmo modelo
da mão-de-obra, em que:
CU (EQ ) = πE · PUE (2.6)

πE - Produtividade do equipamento;

PUE - Composição do preço unitário.

A Produtividade do equipamento é fornecida pelo catalogo do fabricante. Porem


há que se considerar a queda de produtividade propiciada pela utilização do mesmo.
Em obras de grande duração, é recomendável apresentar ao cliente os preços de
operação considerando horas paradas e horas operantes. Isto porque, é comum o
equipamento ficar a disposição do cliente, parado.

2.3.4 Composição de Materiais


A composição do custo dos materiais é função direita do respectivo consumo unitá-
rio do material por unidade de serviço, tais como m/m, m2 /m2 , m3 /m3 . Este consumo

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T.O.C II §2.3. Estimativa de custo

unitário também é denominado de índice de consumo.

CU (MT ) = ρMT · PMT (2.7)

2.3.5 Composição de custos de subempreiteiros


Hoje em dia, contrariamente ao que era prática tempos atrás, existe uma tendência
das empresas de construção concentrarem a sua actuação em determinadas áreas
de construção e subcontratarem os outros tipos de trabalho.

A razão de principal desta opção é a flutuação da procura e a crescente contracção


do mercado de projectos de construção, fazendo com que a reengenharia de proces-
sos e o redimensionamento seja uma necessidade premente a fim de racionalizar os
custos. Por outro lado, a concentração em determinadas áreas permite que as empre-
sas criem capacidades excepcionais e desenvolvam padrões de qualidade elevados.

Em situações onde seja necessário contratar subempreiteiros para a execução de


algumas actividades dentro do projecto torna-se pertinente preparar devidamente os
pacotes das actividades, o escopo dos pacotes das actividades, os prazos requeridos,
as especificações técnicas dos trabalhos e dos materiais.

2.3.6 Rendimentos ou produtividade da mão


Os rendimentos ou produtividade da mão de obra representam a quantidade de
determinado trabalho que pode ser realizado num certo intervalo de tempo por deter-
minados indivíduos. Por exemplo:

• pode-se dizer dois carpinteiros necessitam de 8 horas para assentar 20 m2 de


aros de janelas;

• um pedreiro realiza1 m2 de reboco em parede em 0,2 horas.

Os rendimentos ou produtividade da mão de obra são normalmente expressos em


homens. hora (h.h) por unidade de trabalho. Um homem hora significa 1 homem a
trabalhar durante 1 hora, ou dois homens a trabalhar durante 0,5 horas.

2.3.7 Rendimento dos materiais


O rendimento dos materiais representam a quantidade de determinado trabalho
que é possível completar com uma certa quantidade de materiais. Por exemplo:

• 1 litro de tinta cobre 8 m2 de parede rebocada;

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T.O.C II §2.3. Estimativa de custo

• 13 blocos de cimento e areia cobrem 1, 0m2 de parede expressam rendimentos


da tinta e dos blocos respectivamente.

Portanto, os rendimentos dos materiais são expressos em termos de quantidade por


unidade de trabalho.

2.3.8 Rendimento dos equipamentos


O rendimento do equipamento representa a quantidade de trabalho que um deter-
minado tipo de equipamento pode realizar num intervalo de tempo. Por exemplo:

• uma betoneira específica prepara 1m3 em 0,3 horas é uma expressão do rendi-
mento dessa betoneira.

Hoje em dia existem tabelas que providenciam informação sobre os rendimentos


de mão de obra, materiais e equipamentos. É preciso notar a variabilidade associ-
ada aos rendimentos da mão de obra pelo facto de existirem muitos factores que os
influenciam.

• as condições de trabalho

• o grau de treinamento

• a qualidade de supervisão

• a localização geográfica

• a temperatura

• a humidade são alguns desses factores.

Por isso, é habitual as empresas constituírem bases de dados donde podem retirar os
dados relevantes a fim de preparar estimativas e os necessários ajustamentos para
atender à variabilidade.

Uma grande parte dos fabricantes de materiais e equipamentos fornecem dados


sobre os respectivos rendimentos para auxiliar os utilizadores. No caso dos equipa-
mentos, em particular, é comum utilizar-se catálogos com elementos técnicos detalha-
dos. É preciso notar, todavia, que os rendimentos de materiais e equipamentos não
são constantes e podem variar consoante as condições de aplicação.

MASSIMO,Milicinho Baptista ® 8 ISPSongo|2021


T.O.C II §2.4. Métodos para classificação dos serviços

2.3.9 Procedimentos para realização de orçamento


A realização de um orçamento segue a seguinte metodologia:

1. Projecto e suas especificações;

2. Quantificar os trabalhos por serviços, etapas ou elementos construtivos;

3. Relacionar as actividades á realização de cada serviço ou etapa construtiva com


base na tecnologia a ser adotada.

4. Definir e quantificar o custo dos insumos, equipamentos e mão-de-obra, a pro-


dutividade e os índices de produção;

5. Calcular o custo unitário de mão-de-obra aplicada a cada serviço, dos insumos


que dele participam e dos equipamentos necessário a sua consecução.

6. Calcular o índice de encargos sociais;

7. Definir o BDI;

8. Elaborar as planilhas de composição de custos;

9. Calcular os preços unitários e o preço global dos serviços.

2.4 Métodos para classificação dos serviços


É possível elaborar uma discriminação de serviços própria, baseada, intuitiva-
mente, na ordem cronológica da execução da construção, a qual poderá ser composta
dos seguintes serviços:

1. Serviços Preliminares – Neste item devem ser incluídas todas as despesas


com locação, fechamento e regularização do terreno, instalação de barracão,
demolição, locação de obra, etc..

2. Terraplenagem – devem ser considerados de escavação, cortes, aterros, reti-


rada de terra, compactação de solo, etc.

3. Fundações ( infraestruturas)- incluem serviços, murros de contenção ou ar-


rimo, fundações directas, cortinas, estacas e blocos, sapatas, etc.

4. Estrutura ( Superestrutura) – Abrange todos os serviços necessários á exe-


cução de estruturas de concreto, estruturas metálicas, estruturas de madeiras;
lajes, pilares, vigas.

MASSIMO,Milicinho Baptista ® 9 ISPSongo|2021


T.O.C II §2.5. Cabeçalho tipo de um orçamento

5. Elementos de Vedação - compreendendo paredes e divisórias, elementos de


composição e proteção, etc.

6. Cobertura - abrangendo telhados, tratamentos especiais externos, impermeabi-


lizações de terraços e outros.

7. Revestimentos – Incluem todos os revestimentos, internos e externos, de pa-


rede de ferros, de pisos, etc.. tais como rebocos, emboços, azulejos.

8. Instalações – Compreende os serviços, para realizar as instalações hidro-sanitárias,


instalações elétricas, telefónicas, etc..

9. Esquadriais – Todas as esquadriais metálicas e/ou de madeira como janelas,


portas, portões, produtos de serralharia, etc.

10. Vidros e Pintura – agrupam-se a colocação de qualquer tipo de vidros, boxes


de vidro para banheiro, todos os serviços de preparo e pintura de superfícies.

11. Serviços complementares – são considerados serviços de complementação


artísticas e paisagística, ligação final de agua, esgotos, luz, telefone e outras,
entre de obra, etc.

12. Instalações especiais- Situam-se os diversos serviços que por suas particu-
laridades não se enquadram em nenhuma das etapas anteriormente descritas,
como por exemplo instalações de alarme, elevadores, antenas, etc. As etapas
apresentadas ou sugeridas seguem a ordem de execução de uma obra.

2.5 Cabeçalho tipo de um orçamento


Cabeçalho tipo de um orçamento:

Tabela 2.1: Cabeçalho tipo de um orçamento

MASSIMO,Milicinho Baptista ® 10 ISPSongo|2021


Parte II

MEDIÇÃO E ORÇAMENTAÇÃO
DOS PROJECTOS PROPOSTOS

11
3 Medição e orçamentação do pro-
jecto para a construção da estru-
tura de um quiosque
3.1 Descrição
O Sr. Nélson foi encarregue de executar um pequeno projecto de construção da
estrutura de um quiosque. A estrutura consiste em quinze pilares 25 × 30 cm com 4
ferros de 12 mme estribos de 6 mm afastados de 15 cm. A altura total dos pilares é
de 3, 5 m. Cada pilar assenta numa sapata corrida de betão armado com 60 × 60 ×
20 cm. O quiosque tem uma cobertura em laje de betão armado com dimensões de
6, 0×7, 0m e espessura de 14 cm. A laje apoia diretamente nos pilares. O ferro da laje
é constituído por malha igual nas duas direções, malha quadrada, de ferros de 12 mm
afastados de 12 cm. Considerando um ambiente moderamente agressivo e o betão é
de traço 1 : 3 : 6 e o ferro a empregar é A500. Tome em conta os dados fornecidos:

• Salário do oficial pedreiro – 100 MT/h/oficial, com rendimento de 0, 55 H · h/m2

• Salário do oficial ferreiro – 100 MT/h/oficial, com rendimento de 0, 45 H · h/m2

• Salário do oficial carpinteiro – 100 MT/h/oficial, com rendimento de 0, 50 H · h/m2

• Salário do servente –75 MT/h/servente, com rendimento de 0, 35 H · h/m2

• Custo da betoneira – 800 MT/m3 .

• Preço de aquisição do ferro de 12 mm – 280 MT/ 6,0 m de varão

• Preço de aquisição do ferro de 6 mm – 180 MT/6,0 m de varão

• Preço de aquisição do cimento – 425 MT/saco

• Preço de aquisição da brita – 950 MT/m3

• Preço de aquisição da areia – 380 MT/m3

• Custo de cofragem e descoragem – 389 MT/m3

• Custo dos andaimes – 7.600 MT/mês

12
T.O.C II §3.1. Descrição

• Preço do ferro ø10 – 260 MT/6,0 m de varão

• Preço da água por m3 é de 65 Mtc, com A/c < 0,4 3

Pede-se determinar custo total direto do pequeno projecto do senhor Nelson. Assumir
os dados que achar relevantes para a resolução do problema, tendo sempre presente
a razoabilidade das estimativas, com coeficientes de Kft = Km = Ke = 20%.

3.1.1 Cálculos
Pilares

Figura 3.1: Disposição das armaduras no Pilar


Fonte: Autor

Dados

Área (Ap ) = 0, 25 · 0, 35 = 0, 075 m2 No de Pilares(Np ) = 15 pilares

Altura do Pilar(hp ) = 3, 5 m Ambiente moderamente agressivo segundo REBAP


artigo 780 o recobrimento é de 3 cm.

Armadura principal = 4 φ 12 mm Estribos φ = 6 mm Espaçamento = 0, 15 cm

Quantificação

Betão

Vbetão P = Ap · hp · Np = 0, 075 · 3, 5 · 15 = 3, 94 m3

MASSIMO,Milicinho Baptista ® 13 ISPSongo|2021


T.O.C II §3.1. Descrição

Aço Armadura principal φ12 mm

Armadura principal em metro linear = 4 · hp · Np = 4 · 3, 50 · 15 = 210 ml.


Por unidade de aço (6 m) temos:

210 ml
Quantidade de aço= = 35 varões
6 ml

Aço estribos φ6 mm

Comprimento do estribo (C) = (24 · 2 + 19 · 2 + 0, 045 · 2) = 95 cm

NB: Considerando gancho nos estribos, o artigo 81o do REBAP diz que este não
deve ser inferior que duas vezes o diâmetro da armadura principal, neste caso, não
deve ser inferior a 2,4 cm. Para o calculo o gancho é 4,5 cm.

hp
Número de estribo por pilar =
Espaçamento
hp 3, 50
   
Número de estribo para 15 pilares = ·Np = ·15 = 350 estribos
Espaçamento 0, 15

Armadura para estribos em metro linear = Número de estribo para 15 pilares ·C

Armadura para estribos em metro linear = 350 · 0, 95 = 332, 5 ml


Por unidade de aço (6 m) temos:

332, 5 ml
Quantidade de aço = = 55, 42 varões.
6 ml

Cofragem dos Pilares

NB: Será adicionado mais 2,5 cm nas faces das madeiras para questões de mon-
tagem das cofragem.

Areá de cofragem pilares (ACP ) = [(0, 275 · 3, 50 · 2) + (0, 325 · 3, 50 · 2)] · 15 = 63 cm2 .

Sapatas

Tratando se de sapata continua, para melhor compreender a geometria, carece de


um um desenho técnico para facilitar os cálculos e este foi possível com o auxilo do
Archicad 24.

MASSIMO,Milicinho Baptista ® 14 ISPSongo|2021


C=70 cm Direção X e Y
8

54

C=7,45 m Direção X
8

7,29

C=6,45 m Direção Y
8

6,29

COMPRIMENTO DOS FERROS


01 Escala: 1:50

7,35
60
6,35

5,15

60

60

6,15
60

7,00

PLANTA DE FUNDAÇÃO
02 Escala: 1:50

DESENHOU ESCALA DATA


MILICINHO BAPTISTA MASSIMO 1:50 05/09/2021
CONTEÚDO FOLHA

LEIAUTE DA SAPATA
ARQUIVO DIGITAL
toc.pln
01
T.O.C II §3.1. Descrição

Dados

h i h i
Comp. [m] Larg. [m] Esp. [m] No de Partes iguais Área m2 Volume m3

6,15 0,60 0,20 2 7,38 1,476

6,35 0,60 0,20 2 7,62 1,524

Total 15 3

Tabela 3.1: Volume de betão e área da sapata.


Fonte: Autor

NB: Verificar as dimensões em planta para melhor compreensão da tabela 3.1

Área (AS ) = C · L = 15 m2 Sapata Corrida

Espessura(e) = 0, 20 m Ambiente moderamente agressivo o recobrimento é de


3 cm.

Armadura principal = φ 10 mm

Quantificação

Betão

Vbetão S = AS · e = 3 m3

Aço Armadura φ10 mm

A sapata será armada em duas direções com espaçamento de 0,15 m entre as


armaduras.

Armadura nas sapatas φ10 mm na direção Y

Para L = 0,60 m

0, 60
No de varões = = 4φ10 Clinear = 4 · 6, 45 · 2 = 51, 60 ml É multiplicado
0, 15
por 2 tendo em conta os dois lados.

Para L = 6,15 m

6, 15
No de varões = = 41φ10 Clinear = 41 · 0, 70 · 2 = 57, 40 ml
0, 15

MASSIMO,Milicinho Baptista ® 16 ISPSongo|2021


T.O.C II §3.1. Descrição

Armadura nas sapatas φ10 mm na direção X

Para L = 0,60 m

0, 60
No de varões = = 4φ10 Clinear = 4 · 7, 45 · 2 = 59, 60 ml
0, 15

Para L = 5,15 m

5, 15
No de varões = = 34, 33φ10 Clinear = 34, 33 · 0, 70 · 2 = 48, 06 ml
0, 15
Clinear total = 51, 60 + 57, 40 + 59, 60 + 48, 06 = 216, 66 ml

Por unidade de aço (6 m) temos:

216, 66 ml
Quantidade de aço= = 36, 11 varões φ10 mm
6 ml

Laje

Figura 3.2: Laje


Fonte: Autor

Dados

Área (AL ) = 6 · 7 = 42 m2 Espessura(e) = 0, 14 m

Ambiente moderamente agressivo o recobrimento é de 3 cm.

MASSIMO,Milicinho Baptista ® 17 ISPSongo|2021


T.O.C II §3.1. Descrição

Armadura principal = φ 12 mm

Quantificação

Betão

Vbetão l = AL · e = 42 · 0, 14 = 5, 88 m3

Armadura principal φ12 mm na direção Y C = 6 m


L 7
Número de aço na direção Y = = = 58, 33 varões
Espaçamento 0, 12

Armadura principal em metro linear = Número de aço na direção Y ·C = 58, 33 · 6 =


349, 98 ml.

Armadura principal φ12 mm na direção X C = 7 m


L 6
Número de aço na direção X = = = 50 varões
Espaçamento 0, 12

Armadura principal em metro linear = Número de aço na direção Y ·C = 50 · 7 =


350 ml.
Total da armadura em laje = ASY + ASX = 349, 98 + 350 = 699, 98 ml.

Por unidade de aço (6 m) temos:

699, 98 ml
Quantidade de aço= = 116, 7 varões
6 ml

Cofragem da laje

NB: Será adicionado mais 10 cm de altura no cálculo das cofragem da laje.

Areá de cofragem laje (ACl ) = [(6 · 7 · 2) + (0, 24 · 7 · 2) + (0, 24 · 6 · 2)] = 48, 24 cm2 .

3.1.2 Quantidade total de material


Volume de betão = Vbetão L + Vbetão S + Vbetão P = 3, 94 + 5, 88 + 3, 00 = 12, 82 m3

Aço φ 12 mm = Aço para laje + Aço para pilar = 116, 7 + 35 = 151, 7 Varões

Aço φ 6 mm = 55, 42 Varões

Aço φ 10 mm = 36, 11 Varões

MASSIMO,Milicinho Baptista ® 18 ISPSongo|2021


T.O.C II §3.2. Custo de mão de obra CU (MO)

Traço 1:3:6

Material Quantidade 1 m3 Quantidade 12,82 m3

Cimento 220 kg = 0,18 m3 2820,40 kg = 56,10 sacos = 2,31 m3

Areia 0,545 m3 6,99 m3

Brita 1,09 m3 13,974 m3

Tabela 3.2: Quantidade de material para 12,82 m3 .

Quantidade de água

Relação água cimento: A/C < 0, 40 então A/C = 0, 35. assumindo betão de alta
resistência:
A = 0, 35 · C ⇒ A = 0, 35 · 2, 31 = 0, 81 m3

Considerando o tempo de cura dos elementos estruturais de 28 dias podemos mul-


tiplicar a quantidade de água para 28 dias e obtém se a quantidade de água para este
período. Então:

Água para rega A = 28 · 0, 81 = 22, 68 m3


Água Total: A = Água para rega + Água para produção do betão = 22, 68 + 0, 81 =
23, 49 m3 .

3.2 Custo de mão de obra CU(MO)


Área de cofragem = ACL + ACP = 48, 24 + 63 = 111, 24 m2
Área dos pilares = 0, 25 · 0, 30 · 15 = 1, 313 m2
Área das sapatas = 15 m2 .

Área para trabalho do pedreiro e ferreiro com os seus ajudantes respectivamente:


A = Área dos pilares+Área das sapatas+Área da laje = 1, 313+15+42 = 58, 313 m2 .

3.2.1 Horas de trabalho

Pedreiro Servente do pedreiro

hrt = ρ · A = 0, 55 · 58, 313 = 32, 1 hr. hrt = ρ · A = 0, 35 · 58, 313 = 20, 41 hr.

MASSIMO,Milicinho Baptista ® 19 ISPSongo|2021


T.O.C II §3.3. Custo de equipamentos CU (EQ)

Carpinteiro Ferreiro

hrt = ρ · AC = 0, 50 · 111, 24 = 55, 62 hr. hrt = ρ · A = 0, 45 · 58, 313 = 26, 24 hr.

Servente do carpinteiro Servente do ferreiro

hrt = ρ · AC = 0, 35 · 111, 24 = 38, 932 hr. hrt = ρ · A = 0, 35 · 58, 313 = 20, 41 hr.

3.3 Custo de equipamentos CU(EQ)

3.3.1 Horas de trabalho da betoneira


Betoneira

Vtrabalho = 12, 82 m3

Andaime

Considera se a duração do projecto de um mês.

Comentários: O custo é determinado pelo produto entre a quantidade majo-


rada e custo unitário do material, equipamento ou mão de obra.

A planilha abaixo foi obtido com o auxilo do programa Microsoft Exel

MASSIMO,Milicinho Baptista ® 20 ISPSongo|2021


PLANILHA DE ORÇAMENTO PARA A CONSTRUÇÃO DE UM QUIOSQUE
Item Descrição C. de Maj. Quant. Quant. Maj. Unidade Custo Un. Total (MT$)

Estimativa de custo da estrutura de um


0 CT = Cu (MA) + Cu (MO) + Cu (EQ) 219 971,17
quiosque

1 Custos de materiais Cu (MA) 175 854,19


1.1 Quntidade de materiais Betão 49 719,12
1.1.1 Cimento sacos de 50 kg 1,2 56,41 67,69 un 425,00 28 769,10
1.1.2 Brita 1,2 13,974 16,77 m³ 950,00 15 930,36
1.1.3 Areia 1,2 6,99 8,39 m³ 380,00 3 187,44
1.1.4 Água 1,2 23,49 28,19 m³ 65,00 1 832,22
1.2 Quantidade de Aço A500 74 208,24
1.2.1 Armaduras em pilares Ø 6 mm 1,2 55,42 66,50 un 180,00 11 970,72
1.2.2 Armaduras em Sapatas Ø 10 mm 1,2 36,11 43,33 un 260,00 11 266,32
1.2.3 Armaduras em Laje e Pilares Ø 12 mm 1,2 151,7 182,04 un 280,00 50 971,20
1.3 Quantidade de madeira - Cofragem 51 926,83
1.3.1 Cofragem em Pilares e Lajes 1,2 111,24 133,49 un 389,00 51 926,83

2 Custos de mão de obra Equipa de 7 Cu (MO) 22 689,78


2,1 Pedreiros 1,2 32,1 38,52 hr 100,00 3 852,00
2,2 Servente de Pedreiros 1,2 20,41 24,49 hr 75,00 1 836,90
2,3 Servente de Pedreiros 1,2 20,41 24,49 hr 75,00 1 836,90
2,4 Carpinteiro 1,2 55,62 66,74 hr 100,00 6 674,40
2,5 Servente de Carpinteiro 1,2 38,932 46,72 hr 75,00 3 503,88
2,6 Ferreiro 1,2 26,24 31,49 hr 100,00 3 148,80
2,7 Servente de Ferreiro 1,2 20,41 24,49 hr 75,00 1 836,90

3 Custo de Equipamentos Cu (EQ) 21 427,20


3,1 Betoneira 1,2 12,82 15,38 m³ 800,00 12 307,20
3,2 Andaimes 1,2 1,00 1,20 mês 7 600,00 9 120,00
4 Medição e orçamentação do pro-
jecto para a construção de uma laje
contínua e vigas de betão armado
de um pavimento de escritório.
4.1 Descrição
Calcular o custo directo da execução de uma laje contínua e vigas de betão armado
de um pavimento de escritório. A laje tem quatro vãos de 8, 0 m cada, 15, 0 m de
profundidade e apoia-se em 5 vigas. A espessura da laje é de 0, 25 m e as dimensões
da secção das vigas são de 60x25 cm, levando 8 varões de 16 mm e estribos de
6 mm espaçados de 15 cm. O pessoal terá a responsabilidade de fabricar e colocar o
betão na obra bem como pelos restantes trabalhos relevantes. Determinar também o
preço unitário do fornecimento e assentamento do ferro em obra. Considere os dados
seguintes:

• Oficial – 60MT/h/oficial de salário; rendimento – 0, 55 h · h/m2

• Servente – 45MT/h/servente de custo; rendimento – 0, 35 h.h/m2

• Betoneira com tremonha – 645 MT/h

• Ferro – 45 MT/kg

• Cimento – 8 MT/kg

• Brita – 650MT/m3

• Areia – 280MT/m3

• Traço do betão – 1:4:7 Ferro na laje – malha quadrada de varões de 12 mm


espaçados de 12 cm

• de cofragem (chapas e estrutura) – 230MT/m2

Assumir os dados que achar relevantes para a resolução do problema, tendo sempre
presente a razoabilidade da estimativa.
Assumindo:

22
T.O.C II §4.1. Descrição

• Recobrimento das vigas: 2 cm = 0, 02 m

• Km = 1,15

• Ke = 1,1

• Kft= 1,2

4.1.1 Cálculos
Laje

Figura 4.1: Desenho da Laje


Fonte: Autor

Dados

Área (AL ) = 15 · 33, 25 = 498, 75 m2 Espessura(e) = 0, 25 m

Armadura principal = φ 12 mm Espaçamento = 0, 12 m

Quantificação

Betão

Vbetão l = AL · e = 498, 75 · 0, 25 = 124, 69 m3

MASSIMO,Milicinho Baptista ® 23 ISPSongo|2021


T.O.C II §4.1. Descrição

Armadura principal φ12 mm na direção Y L = 33,25 m


L 33, 25
Número de aço na direção Y = = = 277, 083 varões
Espaçamento 0, 12

Armadura principal em metro linear = Número de aço na direção Y ·L = 277, 083 ·


15 = 4156, 25 ml.

Armadura principal φ12 mm na direção X L = 15 m


L 15
Número de aço na direção X = = = 125 varões
Espaçamento 0, 12

Armadura principal em metro linear = Número de aço na direção Y ·L = 125·33, 25 =


4156, 25 ml.
total da armadura em laje = ASY + ASX = 4156, 25 + 4156, 25 = 8312, 5 ml.

Por quilograma temos:

Diâmetro Massa kg/m

16 1,578

12 0,888

6 0,222

Tabela 4.1: Peso dos varões por metro linear em kg.

Quantidade de aço = 0, 888 · 8312, 5 = 7381, 5 kg.

Cofragem da laje

NB: Será adicionado mais 10 cm de altura no cálculo das cofragem da laje.

Areá de cofragem laje:


ACL = [(15 · 33, 25 · 2) + (0, 35 · 15 · 2) + (0, 35 · 33, 25 · 2)] = 532, 525 cm2 .

MASSIMO,Milicinho Baptista ® 24 ISPSongo|2021


T.O.C II §4.1. Descrição

Vigas

Figura 4.2: Disposição das armaduras na Viga


Fonte: Autor

Dados

Área (AV ) = 0, 25 · 0, 60 = 0, 15 m2 No de Vigas(NV ) = 5 Vigas

Comprimento da viga (C) = 15 m

Armadura principal = 8 φ 16 mm Estribos φ = 6 mm Espaçamento = 0, 15 cm


recobrimento = 0, 02 m.

Quantificação

Betão

Vbetão V = AV · C · NV = 0, 15 · 15 · 5 = 11, 25 m3

Aço Armadura principal φ16 mm

Armadura principal em metro linear = 8 · C · NV = 8 · 15 · 5 = 600 ml.


Por quilograma temos:

Quantidade de aço= 1, 578 · 600 = 946, 8 kg.

MASSIMO,Milicinho Baptista ® 25 ISPSongo|2021


T.O.C II §4.1. Descrição

Aço estribos φ6 mm

Comprimento do estribo (C) = (0, 56 · 2 + 0, 21 · 2 + 0, 05 · 2) = 1, 64 m

NB: Considerando gancho nos estribos, o artigo 81o do REBAP diz que este não
deve ser inferior que duas vezes o diâmetro da armadura principal, neste caso, não
deve ser inferior a 3,2 cm. Para o calculo o gancho é 5 cm.

C
Número de estribo por viga =
Espaçamento
C 15
   
Número de estribo para 5 vigas = · NV = · 5 = 500 estribos
Espaçamento 0, 15

Armadura para estribos em metro linear = Número de estribo para 5 vigas ·C

Armadura para estribos em metro linear = 500 · 1, 64 = 820 ml


Por quilograma temos:

Quantidade de aço = 0, 222 · 820 = 182, 04 kg.

Cofragem das vigas

NB: Será adicionado mais 5 cm nas faces das madeiras para questões de monta-
gem das cofragem.

Areá de cofragem vigas (ACV ) = [(0, 65 · 15 · 2) + (0, 25 · 15·)] · 5 = 116, 25 m2 .

4.1.2 Quantidade total de material


Volume de betão = Vbetão L + Vbetão V = 124, 69 + 11, 25 = 135, 94 m3

Aço φ 16 mm = 946, 8 kg

Aço φ 12 mm = 7381, 5 kg

Aço φ 6 mm = 182, 04 kg

MASSIMO,Milicinho Baptista ® 26 ISPSongo|2021


T.O.C II §4.2. Custo de mão de obra CU (MO)

Traço 1:4:7

Material Quantidade 1 m3 Quantidade 135,94 m3

Cimento 180 kg = 0,15 m3 24469,2 kg = 67,97 m3

Areia 0,605 m3 82,244 m3

Brita 1,06 m3 144,1 m3

Tabela 4.2: Quantidade de material para 135,94 m3 .

Quantidade de água

Relação água cimento: A/C < 0, 40 então A/C = 0, 35. assumindo betão de alta
resistência:
A = 0, 35 · C ⇒ A = 0, 35 · 67, 97 = 23, 79 m3

Considerando o tempo de cura dos elementos estruturais de 28 dias podemos mul-


tiplicar a quantidade de água para 28 dias e obtém se a quantidade de água para este
período. Então:

Água para rega A = 28 · 23, 79 = 666, 12 m3


Água Total: A = Água para rega + Água para produção do betão = 666, 12 + 23, 79 =
689, 91 m3 .

4.2 Custo de mão de obra CU(MO)


Área de cofragem = ACV + ACL = 116, 25 + 532, 525 = 648, 775 m2 .

Área da laje = 15 · 33, 25 = 498, 75 m2

Área das vigas = 0, 25 · 15 · 5 = 18, 75 m2

Área de trabalho para os oficiais e os serventes é:

A = Área das vigas + Área da laje = 18, 75 + 498, 75 = 517, 5 m2 .

MASSIMO,Milicinho Baptista ® 27 ISPSongo|2021


T.O.C II §4.3. Custo de equipamentos CU (EQ)

4.2.1 Horas de trabalho

Oficial Servente

hrt = ρ · A = 0, 55 · 517, 5 = 284, 63 hr. hrt = ρ · A = 0, 35 · 517, 5 = 181, 13 hr.

4.3 Custo de equipamentos CU(EQ)

4.3.1 Horas de trabalho da betoneira


Betoneira com tremonha

Tabela 4.3: Rendimento da betoneira

A betoneira com tremonha te um rendimento de 2, 73 H · h/m3 para uma equipa de


6 trabalhadores com seguinte composição da mistura um ligante e dois inertes.

V 135, 94
hrt = trabalho = = 49, 79 hr.
ρ 2, 73

Andaime

Consideramos a duração do projecto de um mês e 15 dias.

Comentários: O custo é determinado pelo produto entre a quantidade majo-


rada e custo unitário do material, equipamento ou mão de obra.

MASSIMO,Milicinho Baptista ® 28 ISPSongo|2021


PLANILHA DE ORÇAMENTO PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA LAJE DE ESCRITORIO
Item Descrição C. de Maj. Quant. Quant. Maj. Unidade Custo Un. Total (MT$)

Estimativa de custo de estrutura da laje de um


0 CT = Cu (MA) + Cu (MO) + Cu (EQ) 1 211 480,01
escritorio
1 Custos de materiais Cu (MA) 1 022 895,81
1.1 Quntidade de materiais Betão 410 884,73
1.1.1 Cimento 1,15 24 469,20 28 139,58 kg 8,00 225 116,64
1.1.2 Brita 1,15 144,1 165,72 m³ 650,00 107 714,75
1.1.3 Areia 1,15 82,244 94,58 m³ 280,00 26 482,57
1.1.4 Água 1,15 689,91 793,40 m³ 65,00 51 570,77
1.2 Quantidade de Aço A500 440 410,10
1.2.1 Armaduras em vigas Ø 16 mm 1,15 946,8 1 088,82 kg 45,00 48 996,90
1.2.2 Armaduras em lajes Ø 12 mm 1,15 7381,5 8 488,73 kg 45,00 381 992,63
1.2.3 Armaduras em vigas Ø 6 mm 1,15 182,04 209,35 kg 45,00 9 420,57
1.3 Quantidade Cofragem (chapas e estrutura) 171 600,99
1.3.1 Cofragem em Vigas e Lajes 1,15 648,775 746,09 m² 230,00 171 600,99
2 Custos de mão de obra Cu (MO) 140 714,64
2,1 Pedreiros 1,2 284,63 341,56 hr 60,00 20 493,36
2,2 Pedreiros 1,2 284,63 341,56 hr 60,00 20 493,36
2,3 Servente de Pedreiros 1,2 181,3 217,56 hr 45,00 9 790,20
2,4 Servente de Pedreiros 1,2 181,3 217,56 hr 45,00 9 790,20
2,5 Servente de Pedreiros 1,2 181,3 217,56 hr 45,00 9 790,20
2,6 Servente de Pedreiros 1,2 181,3 217,56 hr 45,00 9 790,20
2,7 Carpinteiro 1,2 284,63 341,56 hr 60,00 20 493,36
2,8 Servente de Carpinteiro 1,2 181,3 217,56 hr 45,00 9 790,20
2,9 Ferreiro 1,2 284,63 341,56 hr 60,00 20 493,36
2,10 Servente de Ferreiro 1,2 181,3 217,56 hr 45,00 9 790,20
3 Custo de Equipamentos Cu (EQ) 47 869,55
3,1 Betoneira 1,1 49,795 54,77 hr 645,00 35 329,55
3,2 Andaimes 1,1 1,50 1,65 mês 7 600,00 12 540,00
5 Medição e orçamentação do pro-
jecto para a construção de uma pa-
rede de 25 m de comprimento, 5 m
de altura e 30 cm de espessura.
Calcular o custo total de construção de uma parede de 25 m de comprimento, 5 m
de altura e 30 cm de espessura. Os ferros verticais e horizontais estão espaçados de
15 cm. Considere os seguintes dados:

• Classe do betão – B25

• Classe do ferro: A400

• Armaduras: ø12@15cm

• Preço unitário do betão: 5.000 Mt/m3

• Preço unitário do varão: 200Mt/varão

• Salário do oficial: 50Mt/h

• Salário do servente: 26Mt/h

• Custo de betoneira: 5.000 Mt/h

Assumir os dados que achar relevantes para a resolução do problema, tendo sem-
pre presente a razoabilidade da estimativa.

Dados adotados:

Kft=Km=Ke= 20%.

Elementos de cofragem (madeira) – 250MT/m3 .

Custo dos andaimes – 7000MT/mês

30
T.O.C II §

Parede

Figura 5.1: Secção transversal da parede


Fonte: Autor

Dados

Área (AP ) = 5 · 25 = 125 m2 Espessura(e) = 0, 30 m

Armadura principal = φ 12 mm Espaçamento = 0, 15 m

Quantificação

Betão

Vbetão P = AP · e = 125 · 0, 30 = 37, 50 m3

Armadura principal φ12 mm na direção Y C = 25 m


C 25
Número de aço na direção Y = = = 166, 67 varões
Espaçamento 0, 15

Armadura principal em metro linear = Número de aço na direção Y ·L = 166, 67 · 5 =


833, 33 ml.

MASSIMO,Milicinho Baptista ® 31 ISPSongo|2021


T.O.C II §

Armadura principal φ12 mm na direção X L = 5 m


L 5
Número de aço na direção X = = = 33, 33 varões
Espaçamento 0, 15

Armadura principal em metro linear = Número de aço na direção Y ·C = 33, 33 · 25 =


833, 33 ml.
Total da armadura na parede = ASY + ASX = 833, 33 + 833, 33 = 1666, 66 ml.

Por unidade de aço (5,5 m) temos:

1666, 66 ml
Quantidade de aço = = 303, 03 varões com 5, 5 m de comprimento.
5, 5 ml

Cofragem da Parede

NB: Será adicionado mais 10 cm de altura e 2,5 na face laterais das madeiras no
cálculo das cofragem.

Areá de cofragem da parede:

ACP = [(5, 10 · 30 · 2) + (0, 30 · 5, 10 · 2)] = 309, 06 m2 .

5.0.2 Quantidade total de material


Volume de betão = 37, 50 m3

Aço φ 12 mm = 303, 03 varões

Classe do betão B25 então Traço = 1:2:3

Material Quantidade 1 m3 Quantidade 37,50 m3

Cimento 310 kg = 0,255 m3 11625 kg = 9,563 m3

Areia 0,515 m3 19,3125 m3

Brita 0,770 m3 28,875m3

Tabela 5.1: Quantidade de material para 37,5 m3 . de betão.

MASSIMO,Milicinho Baptista ® 32 ISPSongo|2021


T.O.C II §5.1. Custo de mão de obra CU (MO)

5.1 Custo de mão de obra CU(MO)


Área de cofragem = 309, 06 m2 .

Área da parede = 125 m2

5.1.1 Horas de trabalho


Calculo do Rendimento Pedreiro e ferreiro

O projecto tem duração de 30 dias com 8 horas por dia e 6 dias uteis que prefaz
26 dias de trabalho, então temos 208 horas para os serventes.

Quantidade de serviço
ρ= (5.1)
horas
Rendimento pedreiro e servente Rendimento do carpinteiro e servente

125m2 309, 06m2


ρ= = 1, 30 m2 /h ρ= = 3, 21 m2 /h
96 h 96 h
O pedreiro e o servente irão trabalhar O Carpinteiro e o servente irão traba-
duas semanas que prefaz 14 dias com 12 lhar duas semanas que prefaz 14 dias
dias uteis e 8 horas por dia que prefaz 96 com 12 dias uteis e 8 horas por dia que
horas. prefaz 96 horas.

Rendimento do Ferreiro e servente uma semana que prefaz 7 dias com 6 dias
uteis e 8 horas por dia que prefaz 48 ho-
125m2
ρ= = 2, 60 m2 /h ras.
48 h
O ferreiro e o servente irão trabalhar

5.2 Custo de equipamentos CU(EQ)


Andaime

Consideramos a duração do projecto de um mês e uma semana.

Comentários: O custo é determinado pelo produto entre a quantidade majo-


rada e custo unitário do material, equipamento ou mão de obra.

MASSIMO,Milicinho Baptista ® 33 ISPSongo|2021


PLANILHA DE ORÇAMENTO PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA PAREDE DE BETAO ARMADO
Item Descrição C. de Maj. Quant. Quant. Maj. Unidade Custo Un. Total (MT$)

Estimativa de custo de uma parede de betão


0 CT = Cu (MA) + Cu (MO) + Cu (EQ) 422 665,20
armado

1 Custos de materiais Cu (MA) 390 445,20


1.1 Quntidade de materiais Betão 225 000,00
1.1.1 Betão B25 1,2 37,50 45,00 m³ 5 000,00 225 000,00
1.2 Quantidade de Aço A400 72 727,20
1.2.1 Armaduras na Parede Ø 12 mm 1,2 303,03 363,64 un 200,00 72 727,20
1.3 Quantidade de madeira - Cofragem 92 718,00
1.3.1 Cofragem em Paredes 1,2 309,06 370,87 m² 250,00 92 718,00

2 Custos de mão de obra Cu (MO) 21 888,00


2,1 Pedreiros 1,2 96 115,20 hr 50,00 5 760,00
2,2 Servente de Pedreiros 1,2 96 115,20 hr 26,00 2 995,20
2,3 Carpinteiro 1,2 96 115,20 hr 50,00 5 760,00
2,4 Servente de Carpinteiro 1,2 96 115,20 hr 26,00 2 995,20
2,5 Ferreiro 1,2 48 57,60 hr 50,00 2 880,00
2,6 Servente de Ferreiro 1,2 48 57,60 hr 26,00 1 497,60

3 Custo de Equipamentos Cu (EQ) 10 332,00


3,1 Andaimes 1,2 1,23 1,48 mês 7 000,00 10 332,00
6 Medição e orçamentação do pro-
jecto de um painél de cofragem
Tendo como base os dados da figura onde se apresenta um painél de cofragem
com dimensões de 2, 44x1, 22 m (comprimento e altura respectivamente), constituído
por pranchas de 20 mm de espessura e reforços verticais e horizontais de 10x5 cm
de secção pede-se a determinação do custo relativo à sua fabricação, limpeza, lu-
brificação e colocação em obra. Dados adicionais sobre o painél são fornecidos a
seguir

• Custo da Madeira para os elementos de reforço – 12.000, 0MT/m3

• Custo da prancha com 20 mm de espessura – 500, 0MT/m2

• Margem de perdas – 12%

• Custo aproximado dos pregos – 20, 0MT/m2

• Custo do carpinteiro – 30 MT/hora

• Custo da serventia – 15 MT/hora Trabalharão dois carpinteiros e dois servente

• Fabricação do painél – 1, 3 horas /m2

• Alinhamento e colocação do painél – 1,1 horas/painél

• Desmontagem do painél – 0,6 horas/painél

• Limpeza e lubrificação do painél – 0, 12 horas /m2

• Custo do óleo de lubrificação – 130,0 MT/litro Rendimento do óleo – 0, 40 litros/m2

Assumir os dados que achar relevantes para a resolução do problema, tendo sem-
pre presente a razoabilidade da estimativa.

35
T.O.C II §

Figura 6.1: Painél em Alçado (parte posterior) – 2,44 x 1,22 m Corte

Figura 6.2: Transversal do painél

Dados

Área (AP ) = 2, 44 · 1, 22 = 2, 977 m2 Espessura(e) = 0, 02 m

Secção transversal dos reforços verticais e horizontais = 0, 10 · 0, 05 = 0, 005 m2 .

Quantificação

Elemento de Reforço

Horizontais

Vmadeira H = A · C · No de reforço = 0, 005 · 2, 44 · 3 = 0, 0366 m3

Verticais

Vmadeira V = A · C · No de reforço = 0, 005 · 1, 22 · 5 = 0, 0671 m3

VTotal = A · C · Vmadeira H + Vmadeira V = 0, 0366 + 0, 035 = 0, 0752 m3

Horas de fabricação do painel

Horas de fabricação = Apainel · 1, 30 horas/m2 = 2, 977 · 1, 3 = 3, 8701 horas.

MASSIMO,Milicinho Baptista ® 36 ISPSongo|2021


T.O.C II §

Horas de alinhamento colocação do painel

NB:Temos apenas um pinel então:


Horas de colocação = No de painel · 1, 1 horas/painel = 1 · 1, 1 = 1, 1 horas.

Horas de Lubrificação e limpeza do painel

Horas de Lubrificação e limpeza = Apainel ·0, 12 horas/m2 = 2, 977·0, 12 = 0, 36 horas.

Horas de desmontagem do painel

Horas de desmontagem = No de painel · 0, 6 horas/painel = 1 · 0, 6 = 0, 6 horas.

Quantidade de óleo para lubrificação

Quantidade de óleo= Apainel · ρ = 2, 977 · 0, 40 = 1, 191 litros.

Comentários: O custo é determinado pelo produto entre a quantidade majo-


rada e custo unitário do material, equipamento ou mão de obra.

MASSIMO,Milicinho Baptista ® 37 ISPSongo|2021


PLANILHA DE ORÇAMENTO DE UM PAINÉL DE COFRAGEM
Item Descrição C. de Maj. Quant. Quant. Maj. Unidade Custo Un. Total (MT$)
Estimativa de custo para um painel de
0 CT = C (FA) + C (LLP) + C (CO)+ C (DO) 3 607,94
cofragem
1 Custo de Fabricação Cu (FA) Cu (MA) + Cu (MO) 3 134,60
1.1 Custos de materiais Cu (MA) 2 744,49
1.1.1 Prancha com 20 mm de espessura 1,12 2,9770 3,33 m² 500,00 1 667,12
1.1.2 Madeira para os elementos de reforço 1,12 0,0752 0,08 m³ 12 000,00 1 010,69
1.1.3 Pregos 1,12 2,9770 3,33 m² 20,00 66,68
1.2 Custos de mão de obra Cu (MO) 390,11
1.2.1 Carpinteiro 1,12 3,8701 4,33 hr 30,00 130,04
1.2.2 Carpinteiro 1,12 3,8701 4,33 hr 30,00 130,04
1.2.3 Servente 1,12 3,8701 4,33 hr 15,00 65,02
1.2.4 Servente 1,12 3,8701 4,33 hr 15,00 65,02
2 Custo de limpeza e l. do painél Cu (LLP) Cu (MA) + Cu (MO) 225,83
2.1 Custos de materiais Cu (MA) 173,41
2.1.1 óleo de lubrificação 1,12 1,1910 1,33 litros 130,00 173,41
2.2 Custos de mão de obra Cu (MO) 52,42
2.2.1 Carpinteiro 1,12 0,36 0,40 hr 50,00 20,16
2.2.2 Carpinteiro 1,12 0,36 0,40 hr 50,00 20,16
2.2.3 Servente 1,12 0,36 0,40 hr 15,00 6,05
2.2.4 Servente 1,12 0,36 0,40 hr 15,00 6,05
3 Custo de colocação em obra Cu (CO) Cu (MO) 160,16
3.1 Custos de mão de obra C (MO) 160,16
3.1.1 Carpinteiro 1,12 1,1 1,23 hr 50,00 61,60
3.1.2 Carpinteiro 1,12 1,1 1,23 hr 50,00 61,60
3.1.3 Servente 1,12 1,1 1,23 hr 15,00 18,48
3.1.4 Servente 1,12 1,1 1,23 hr 15,00 18,48
4 Custo de Desmontagem em obra Cu (DO) Cu (MO) 87,36
4.1 Custos de mão de obra Cu (MO) 87,36
4.1.1 Carpinteiro 1,12 0,6 0,67 hr 50,00 33,60
4.1.2 Carpinteiro 1,12 0,6 0,67 hr 50,00 33,60
4.1.3 Servente 1,12 0,6 0,67 hr 15,00 10,08
4.1.4 Servente 1,12 0,6 0,67 hr 15,00 10,08
7 CONCLUSÃO
Finalizados, o trabalho, apraz-me concluir que a medição de obras e serviços na
construção civil é uma tarefa que exige muita atenção e disciplina dos profissionais.
Por estar intimamente ligada ao orçamento e ao levantamento de quantitativos, a me-
dição é a principal ferramenta de controle de um projecto – e uma medição desleixada
ou ineficaz pode trazer grandes prejuízos para a empresa e até para a qualidade cons-
trutiva do empreendimento.

É de grande responsabilidade profissional a preparação correta de um orçamento,


uma vez que quanto mais competitiva se torna a área de engenharia civil, não só com
a redução de mercado, como também com o surgimento de novas empresas, bem
como, e principalmente, com a experiência que vem sendo obtida pelos contratantes
na apropriação de custos e elaboração de suas bases de orçamento, mais importante
se torna a aplicação consciente dos princípios da engenharia de custo. Pois, não
basta saber elaborar o orçamento, e sim, desenvolvê-lo em período curto, através de
métodos actuais de execução, mas, prioritariamente, conseguir preço competitivo e
mínimo.
Sub o ponto de vista de resultado, conclui se que: o projecto de construção da
estrutura de um quiosque na Sr. Nélson foi encarregue de executar tem o custo
total de 219.971,17 MT. Para o projecto referente a execução de uma laje contínua
e vigas de betão armado de um pavimento de escritório, tem o custo total de
1.211.480,01 MT. Para o projecto referente a construção de uma parede de betão
armado tem o custo total de 422.655,20 MT.
Para o projecto referente ao painél de cofragem tem os seguite custo : fabricação
3.134,60 MT; limpeza e lubrificação 225,83 MT; colocação em obra 160,16 MT e
desmontagem em obra 87,36 MT. Prefazendo um custo total de 3.607,94 MT.

39
T.O.C II §7.1. Bibliografias

7.1 Bibliografias
DIAS, Paulo Roberto Vilela. Engenharia de Custos: Estimativa de Custo de
Obras e Serviços de Engenharia. 1° Edição. Rio de Janeiro , 2004.

Notas da aula 6. Técnicas de medição e orçamentação: Tecnologia e organiza-


ção da construção II (ISPS).Songo, 2021.

TISAKA, Maçahiko. Orçamento na construção civil: consultoria, projeto e exe-


cução. São Paulo: Editora Pini, 2006.

MASSIMO,Milicinho Baptista ® 40 ISPSongo|2021

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