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Cópia de 5 de Outubro de 1910
Cópia de 5 de Outubro de 1910
5 de outubro de 1910
“A revolução foi proclamada por todo o povo antes ainda de decidida a última
acção, que daria origem ao 5 de Outubro de 1910, ou se saber quem
alcançaria a vitória; e, desde esse momento, a notícia transmitida para todas as
cidades e terras de Portugal, a adesão unânime à República foi
verdadeiramente um plebiscito de espontaneidade e entusiasmo, entrando logo
a vida portuguesa em normalidade.
“A Praça do Município regurgitava, cheia pela multidão que ali acorrera logo
depois de pacificada pela confraternização do Rossio. Foram proclamados os
membros do Governo Provisório: Presidente, Teófilo Braga; Interior, António
José de Almeida; Justiça, Afonso Costa; Finanças, Basílio Teles; Guerra,
Correia Barreto; Marinha, Amaro de Azevedo Gomes; Obras Públicas, António
Luís Gomes e Estrangeiros, Bernardino Machado. (…).”
Fonte: José Relvas, Memórias Políticas, Lisboa, Terra Livre, 1977, p.151.
Apesar disso, as mulheres não podiam votar. Criaram-se leis que conduziram à
reforma na educação com a intenção de alfabetizar a população. Foi criado o
ensino infantil e o ensino primário tornou-se obrigatório e gratuito;
construíram-se novos liceus e criaram-se escolas técnicas, para além das
Universidades de Lisboa e Porto. Socialmente, foram criadas leis de igualdade
de direitos. Foi instituído o divórcio e proteção tanto na velhice como na
doença. Financeiramente houve tentativas de acabar com o défice, com
resultados apenas em 1913 após restrições das despesas públicas. Para os
trabalhadores foi estabelecido o direito à greve, um dia de descanso semanal e
um horário de 48 horas semanais para a maior parte dos trabalhadores ou 42
horas para bancários e empregados de escritório. Criaram-se sindicatos e
Constituição de 1911
exigiu-se um seguro social aos trabalhadores.