Redação - O desafio do necessário isolamento social no Brasil em casos de pandemia:

Em casos de pandemia, uma das principais medidas preventivas que a

Organização mundial da Saúde (OMS) recomenda é o confinamento social, a fim de
amenizar o máximo possível a propagação de determinada doença. Entretanto, apesar
de substancial, o isolamento social enfrenta problemas na sua efetiva implementação,
seja por fatores econômicos ou pela falta de crença das pessoas na efetividade do
isolamento.
Primeiramente, é importante que os indivíduos tenham uma mínima
possibilidade de subsistência antes de pararem de trabalhar por tempo indeterminado.
Uma parcela das pessoas ainda consegue trabalhar a distância, mas não se trata de uma
maioria. Parte considerável da população trabalha informalmente, ou seja, sem direitos
trabalhistas. A partir do momento em que um país entra em estado de calamidade por
conta de uma pandemia e é requerido o isolamento social, esses trabalhadores
informais, na sua maioria, não conseguem se sustentar. A necessidade monetária faz
com que muitos trabalhadores não respeitem o confinamento.
Em segundo plano, é interessante ressaltar o crescente anticientificismo que
vem aumentando em vários aspectos da sociedade, sobretudo atualmente. A negação
de fatos comprovados cientificamente é vista bastante em movimentos como o
terraplanismo e o antivacina, e não foi diferente com o isolamento social. Muitas
pessoas simplesmente não creem na eficácia do isolamento, com isso, não o cumprem.
O anticientificismo, em partes, pode ser explicado por uma ineficiência no processo
educacional dos indivíduos.
Diante do exposto, medidas precisam ser tomadas para resolver esses impasses.
Cabe ao Governo Federal prever recursos mínimos para a sobrevivência dos
trabalhadores, não se tratando apenas de um auxílio emergencial equivalente a dois
terços de um salário mínimo, e sim de um montante que possa garantir a plena
sobrevivência daqueles que necessitariam de estar trabalhando para se manter. Para
tal, o uso de ferramentas digitais como a internet, a fim de consolidar o acesso a esse
recurso é substancial. Por outro lado, cabe ao Ministério da Educação revisar o plano de
ensino das escolas, modificando metodologias de ensino e despertando maior interesse
por conhecimento verídico nos alunos. Dessa forma, as pessoas deixariam de se basear
apenas nas suas opiniões e dariam mais valor à informação comprovada.

Marco Stálin Jardim Sena

Tamanho da redação: 30 linhas na folha de redação.