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Guião – O modelado cársico do MCE

Tópicos:
 MCE
 O que é o modelado cársico? Como se forma?
 Tipos de formas que podem existir num modelado cársico (lapiás, grutas, …).
 Exemplos deste tipo de formações no MCE.

MCE
O maciço calcário extremenho é a maior formação calcária do jurássico médio em
Portugal e apresenta o melhor conjunto de geoformas típica do modelado cársico.

O que é o modelado cársico? Como se forma?


O modelado cársico é um exemplo de uma paisagem sedimentar, predominante em
regiões calcárias. Consiste num conjunto de geoformas que resultam de um processo
lento de meteorização química dos calcários – a dissolução.
Sendo um processo de meteorização, a dissolução fragiliza as rochas, através da reação
dos minerais das mesmas com um ácido. Neste caso ocorre a carbonatação – a água da
chuva, ao interagir com o dióxido-de-carbono presente na atmosfera e no solo,
enriquece em ácido carbónico; por isso, ao percolar as diáclases (previamente formadas
devido às mudanças de pressão a que as rochas estão sujeitas no afloramento), o ácido
carbónico reage com a calcite, formando diversas formações geológicas.
Tipos de formas que podem existir num modelado cársico
No contexto de um modelado cársico, existem várias formas geológicas que podemos
encontrar.
Dependendo da sua localização, podemos ter relevo cársico superficial (encontram-se
na superfície) e relevo cársico subterrâneo (são subterrâneos).
Revelo cársico superficial:
 Lapiás – Formas rendilhadas em que as rochas calcárias apresentam formas
muito diversas resultantes da sua dissolução diferenciada. Num campo de lapiás
podemos observar diferentes estruturas, por exemplo, dorsos, agulhas, pias,
blocos pedunculados, torres, arcos, corredores e blocos residuais.
 Dolinas – Depressões pouco profundas, mais ou menos circulares, com diâmetro
variando entre a dezena e a centena de metros. As dolinas podem ser dolinas de
dissolução, dolinas de depressão e dolinas causadas pela presença humana.
 Uvalas – Depressão resultante da junção de várias dolinas.
 Terra Rossa – Solo argiloso que resulta da erosão dos calcários. Normalmente é
encontrado no fundo das dolinas e das uvalas.
 Poljes – Grande depressão aplanada resultante de grandes abatimentos de
origem, em geral, tectónica. Durante as estações frias, é normal que se torne em
um lago devido à subida do nível das águas que circulam no solo.

Relevo cársico subterrâneo:


 Sumidouro – Ponto em que um curso de água superficial penetra no solo. Este
ponto pode ser permanente (quando pertencem a riachos ou rios), acidental
(quando pertence apenas a enchentes de drenagens superficiais) ou intermitente
(quando só aparece nas épocas de chuva).
 Galerias - Formação que resulta da dissolução da base da camada calcária na
horizontal.
 Poço – Formação que resulta da dissolução da diáclase da camada calcária na
vertical.
 Algares – Poço que contacta com a superfície, por vezes muito profundos, na
ordem da centena de metros na vertical, através dos quais as águas de
escorrência superficial descem para as camadas mais profundas, alimentando os
rios subterrâneos.
 Grutas – Cavernas subterrâneas resultantes da abertura de fendas que se vão
tornando cada vez maiores. Dentro de uma gruta podemos encontrar diversas
estruturas, como, por exemplo estalactites, estalagmites e colunas.
Exemplos deste tipo de formações no MCE.
Revelo cársico superficial:
 Lapiás – Megalapiás e de lapiás com pias de dissolução na depressão do Chão da
Serra, Chancelaria; Megalapiás do Pedrógão existentes no reverso da escarpa do
Arrife das Paredinhas; Lapiás da Chainça; Lapiás de Penedos Belos;
 Dolinas – Dolina da Mureta, visível a partir da estrada que liga o Covão do Feto
a Casais da Mureta; Dolina da Cova da Iria; Dolinas do Arrimal;
 Uvalas – Uvala de Chão das Pias;
 Terra Rossa –
 Poljes – Polje Mira-Minde; Polje dos Alvados; Polje da Mendiga;
Relevo cársico subterrâneo:
 Sumidouro – Sumidouro nos Olhos de Água;
 Galerias –
 Poço –
 Algares – Algar do Pena;
 Grutas – Grutas de Mira-de-Aire; Grutas da Serra de Santo António; Grutas do
Almonda;

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