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Discussão dos resultados

Dos resultados apresentados, as situações de emergências identificadas no Serviço Nacional de


Salvação Pública vão ao encontro das situações de emergência atendidas pelos bombeiros citadas
por Forlin (2006), nomeadamente: Salvamento de pessoas e animais; Remoção de fonte de
perigo; Incêndio; Inundação e Desabamento; Deslizamento; Afogamento; Choque Eléctrico;
Queda e Acidente doméstico, ilustrando que a importância dos bombeiros, não é só no combate a
incêndios, mas, principalmente, como força avançada de intervenção nas situações de
emergência ou de catástrofe. No meio disto, verifica-se que das várias situações de emergência
identificadas no SENSAP, dá-se mais ênfase aos incêndios que segundo Tocantins (2015), é
primeira área de actuação desenvolvida pelos corpos de bombeiros.

No que diz respeito aos factores de desempenho que influênciam o SENSAP na preparação e
intervenção em incêndios urbanos, acidentes de viação e outras situações de emergência,
destaca-se a insuficiência de forças e meios, a formação e o treino. No que diz respeito ao treino,
Costa (2006) afirma que profissionais devidamente treinados têm a capacidade de detectar o
incêndio e outros acidentes e podem deixar de transformar-se em tragédia se forem evitados e
controlados com segurança e tranquilidade. No meio disto, a experiência é um factor decisivo
neste ambiente dinâmico e característico dos bombeiros, onde uma má decisão pode pôr em risco
vidas humanas. Segundo Klein (1998), os decisores experiêntes são aqueles que fazem opções de
alto risco. Baseiam-se na sua experiência para saber o que fazer. Logo, esta é por si só, um factor
que contribui no desempenho dos bombeiros vocacionada para a parte técnica, ou seja, no “saber
fazer”.

Também, a resposta das situações de emergência não é realizada devidamente e os incêndios não
são prontamente debelados pela falta de meios e insuficiência de forças na instituição. Segundo
Tocantins (2015), a insuficiência de forças e meios são os principais factores que causam
problemas de incapacidade e flexibilidade de qualquer tipo de actividade. Pois, quando se trata
de salvar vidas, cada minuto conta, e as equipas de resgate precisam de confiar nos seus veículos
que devem ser rápidos, robustos e fiáveis, e munidos de uma série de equipamentos de bordo que
são necessários para o combate de incêndios, o resgate, a protecção e a recuperação.

Não obstante, do que foi afirmado no parágrafo anterior, as condições instalações (quartel)
também são consideradas um factor preponderante na rapidez e eficiência na resposta das
chamadas em situações de emergência. Segundo Brasil (2012), a facilidade com que os
bombeiros se movimentam nas suas instalações é um factor crucial para sua rápida prontidão
para atender as diferentes chamadas de emergência.

Costa (2006), acrescenta que a facilidade com que os profissionais se movimentam nas
instalações no acto de preparação para atender as situações de emergência reduz o tempo de
resposta às ocorrências incluindo às entradas e saídas de emergência. Pois, treinados para
trabalhar em casos de emergência, os bombeiros devem estar sempre preparados para atender um
chamado.

Quanto a relação entre as situações de emergência e o ambiente de trabalho, percebe-se que as


situações de emergência expõem os bombeiros a inúmeros factores de risco ocupacionais,
capazes de originar acidentes de trabalho ou doenças profissionais relevantes tendo em conta que
eles (os bombeiros) actuam em funções que estão ligadas a situações de risco, como incêndios,
calamidades naturais entre outras. De acordo com Dejours (2011), o trabalho nunca é neutro,
pois ou joga a favor da saúde ou, pelo contrário, contribui para a sua desestabilização, levando o
sujeito à descompensação. Deste modo Matticks et al (1992) afirma que o ambiente de trabalho
dos bombeiros é diversificado e muitas vezes realizado em condições desfavoráveis, o que pode
implicar vários riscos à saúde, que vão desde leves ferimentos até mesmo a lesões fatais. Assim,
os bombeiros são expostos continuamente a riscos ocupacionais em seu ambiente de trabalho,
que culminam muitas vezes com a ocorrência de acidentes de variadas naturezas.

A autora desta pesquisa entende que o saneamento deficiente do meio escolar está relacionado,
por um lado com a insuficiência de recursos humanos naquela instituição de ensino, uma vez que
os 11 agentes de serviço não cobrem com as necessidades da escola nas actividades de apoio,
nomeadamente: limpeza, atendimento público, toque de sino e movimentação de expediente,
entre outras actividades. Por outro lado, a deficiente gestão do pessoal de apoio contribui
igualmente para este facto. Como se sabe, a actividade de limpeza, embora seja permanente, é
mais prioritária no período da manhã, altura que inclui a remoção dos resíduos sólidos em todo o
recinto escolar, enquanto nos turnos seguintes os alunos podiam apoiar na limpeza e gestão do
lixo, tanto no pátio, assim como nas salas de aula. Por outro lado, A escola não tem fornecido
com regularidade material auxiliar de limpeza, aliás ela disponibiliza apenas vassoura e baldes,
sendo o restante de difícil aquisição, devido, alegadamente a questões financeiras.

Situação anómala que a escola tem, refere-se com a não existência de sanitários para o uso da
comunidade escolar, pois toda instituição possui apenas uma única casa de banho para 112
professores de ambos os sexos. Este facto pode contribuir negativamente no decurso normal das
actividades da escola e, consequentemente no cumprimento dos programas de ensino, aliás não é
menos comum encontrar alguns funcionários esperando espaço nos sanitários. A piorar a
situação, o único sanitário serve para homens e mulheres, entre professores e pessoal de apoio.

O mais grave ainda, é o facto da escola não ter um único sanitário para os 5.450 alunos, os quais
fazem necessidades ao relento ou junto das árvores de sombra, situação muito fora do normal.
Este fenómeno e segundo constatou a autora desta pesquisa, traz consequências nefastas, tais
como:
a) Baixa qualidade do ambiente escolar devido a exposição de excretas ao relento, plantas
intoxicadas por urina e mau cheiro;
b) Violação do direito dos alunos fazerem suas necessidades biológicas em privado,
segundo o Jornal @ Verdade "Toda a criança tem direito à água potável, à educação
sanitária e a instalações sanitárias e higiene. "
c) Perturbação do decurso normal das actividades lectivas, aliás o intervalo entre as aulas
não tem sido suficiente para as crianças irem de um lado para o outro a procura de um
local para satisfazer suas necessidades biológicas. Durante esse período tem crescido o
movimento de vai e vem dos alunos, de e para fora do recinto escolar para fazer
necessidades maiores e menores, o que torna válida a hipótese seguinte:
 A falta de casas de banho provoca movimentação dos alunos para fora do recinto
escolar a procura de locais para fazer necessidades.

O lixo produzido pelos alunos e comunidade escolar durante o período de aulas é depositado ao
relento, fora do pátio escolar. Este fenómeno pode estar relacionado com a falta da
disponibilidade de material de limpeza como enxadas, ancinhos e pás, mas também a fraca
mobilização da direcção da escola para o envolvimento de toda a comunidade para o saneamento
do meio escolar, situação que contribui para a degradação do meio ambiente escolar e ainda traz
consigo mau aspecto, cujas consequências são a propagação de doenças e, principalmente a
formação deficiente dos alunos em matéria de educação ambiental. Assim, a autora considera
valida a hipótese seguinte:

 O lixo descontrolado altera o padrão normal do ecossistema escolar, pois é


acumulado ao relento, não nos aterros ou depósitos;

De acordo com MARTINHO (2000:108/110), “todas as casas produzem lixo, o lixo inclui
restos de comida, papel, plásticos, latas, etc. Onde há muito lixo existem moscas, baratas e ratos.
Estes podem provocar muitas doenças, incluindo diarreias, cólera e peste. Se as crianças tiverem
feridas e brincarem no lixo, podem ficar infectadas.

O melhor método para o tratamento do lixo é a construção de aterros sanitários. O aterro


sanitário é uma cova grande onde se deposita o lixo. O ideal é que cada casa tenha o seu próprio
aterro sanitário, mas também se pode construir aterros sanitários públicos, para uso da
comunidade.”

LOCATO (1976:12) afirma que "A educação sanitária compreende uma série de actividades
que visam proporcionar à criança e ao jovem, a aquisição de conhecimentos, hábitos e atitudes
positivas em relação à saúde.

A criança aos 7 anos, já superou a fase de adaptação familiar e inicia a etapa escolar, que é um
período de muita receptividade, para incorporar aos seus esquemas assimiladores, hábitos
higiénicos, que levará para a vida futura."

Assim, é validada a hipótese segundo a qual:

 O fraco saneamento escolar proporciona à criança e ao jovem, a aquisição de


conhecimentos, hábitos e atitudes negativas em relação a hábitos de higiene e saúde;

Todos os alunos questionados afirmaram ser comum sentirem mau cheiro no recinto escolar,
como resultado do lixo acumulado e degradado e ainda da urina espalhada pelo arredor do pátio,
situação piorada no período chuvoso, quando a decomposição dos resididos sólidos é acelerada
com a água de chuva. Portanto, a gestão deficiente dos resíduos sólidos e líquidos traz mau
cheiro no pátio escolar, o que, naturalmente pode perturbar o funcionamento normal das
actividades da instituição.

Segundo o Jornal @ Verdade o fraco saneamento do meio e o fecalismo a céu aberto tem como
consequência a poluição ambiental, nomeadamente do ar, da água, dos solos, o que reduz a
qualidade de vida das populações.

A defecação em lugares inapropriados contribui para o aumento de doenças tais como a cólera e
pode repelir os turistas e os banhistas das zonas onde ocorrerem, para além de poluir a águas.

De acordo com MARTINHO (2000:108/110), “todas as casas produzem lixo, o lixo inclui
restos de comida, papel, plásticos, latas, etc. Onde há muito lixo existem moscas, baratas e ratos.
Estes podem provocar muitas doenças, incluindo diarreias, cólera e peste. Se as crianças tiverem
feridas e brincarem no lixo, podem ficar infectadas.

O melhor método para o tratamento do lixo é a construção de aterros sanitários. O aterro


sanitário é uma cova grande onde se deposita o lixo. O ideal é que cada casa tenha o seu próprio
aterro sanitário, mas também se pode construir aterros sanitários públicos, para uso da
comunidade.” O autor acrescenta ainda que “o tratamento inadequado de excrementos humanos
contribui para a propagação de doenças, pois, se o solo estiver pesadamente carregado de
resíduos humanos e animais estes podem ser arrastados pela corrente de chuvas até as fontes de
água, principalmente poços a céu aberto contaminando-os.”

Desta forma é considerada válida a hipótese seguinte:

 Os resíduos sólidos degradados podem poluir o ar criando mau ambiente de


trabalho.

Por outro lado, a escola não possui água canalizada, nem para beber e muito menos para o uso na
única casa de banho, situação muito preocupante em matéria de saúde pública, com efeito,
PINTO (20005:12) afirma que "Tanto a higiene pessoal, das casas, dos alimentos e da água,
como a limpeza da comunidade em que vivemos são muito importantes, bem como lavar sempre
as mãos com água corrente e sabão (ou cinzas): antes de comer, de preparar alimentos e de dar
comida às crianças; bem como depois de utilizar a latrina, de defecar ou de limpar o rabo duma
criança. Não basta passar os dedos por água é necessário esfregar as duas mãos com sabão ou
com cinza. A falta de sabão não deve ser obstáculo para não lavar as mãos, porque muitas vezes
há soluções locais ou tradicionais que são boas alternativas.”

Ao longo do período lectivo, não é raro alguns meninos sentirem-se mal devido a problemas de
saúde, principalmente dores intestinais, dores de cabeça, febres, ataques epilépticos, entre outras.

Algumas destas enfermidades são causas directas do deficiente saneamento do meio ambiente,
na verdade, CAMPOS (2003:55), diz que “as diarreias resultam das infecções intestinais
causadas por numerosos micróbios cerca de 25 micróbios (bactérias, vibriões, e parasitas)
identificados como agentes etiológicos, causadores de infecções intestinais que provocam
diarreias. Mas os agentes mais perigosos e capazes de provocar graves epidemias são as bactérias
que causam a cólera (vibrião colérico) e a disenteria epidémica (Shigella dysenteriae). Desta
forma, a autora considera válida a hipótese seguinte:

 A falta de salubridade ambiental na escola cria condições para a propagação de


doenças diarreicas.

Durante o período de intervalo, a maioria dos alunos ou seja, 73,3% dos entrevistados compra
alimentos prontos para o consumo no recinto da escola, tais como bolos, pasteis, pão, maheu,
entre outros, alguns dos quais preparados, conservados e vendidos em más condições higiénicas.
Este facto, aliado ao deficiente saneamento do meio escolar influenciam, sobremaneira para o
surgimento de doenças, principalmente as diarreicas entre a população estudantil. Aliás, 60% dos
alunos entrevistados já apresentou ao longo do ano lectivo algum problema de saúde,
principalmente doenças de origem digestiva.

LOCATO (1979:12) afirma que "Os alunos podem apresentar: problemas de visão, audição,
lentidão na aprendizagem, desajustamentos emocionais e incoordenação motora; Verminoses,
desnutrição, doenças infecto-contagiosas, anomalias orgânicas, doenças crónicas, alergias, asma,
doenças parasitárias, gastroenterites e cáries dentárias.
O professor deve estar preparado e vigilante para observar esses desvios da normalidade,
procurando orientar e encaminhar os alunos para o sector de saúde, ajudando-os a vencer essas
dificuldades, em colaboração com os pais. Também deve orientar a conduta a seguir nas doenças
e também a sua prevenção.

Auxiliar o trabalho das Unidades Sanitárias, esclarecendo os alunos e familiares da importância


da imunização, e colaborar na divulgação das campanhas; encaminhar os estudantes para o Posto
de Saúde ou receber os vacinadores na escola.

O professor deve aproveitar da hora da merenda para esclarecer o valor da alimentação


adequada; a mastigação correcta e a higiene dos alimentos e das mãos e a limpeza dos locais de
refeição."

Uma vez que a escoa localiza-se a beira de uma estrada muito movimentada por viaturas, a
autora quis perceber o nível de poluição sonora na escola. Assim, 40% dos alunos participante na
pesquisa afirma que o ruído das viaturas perturba o curso normal das aulas e os restantes 60%,
diz que não.

Com estes dados, a autora entende que o nível de poluição sonora na escola é variável conforme
o período do dia, sendo mais intenso nas horas de ponta, principalmente nas primeiras horas da
manhã, reduzindo progressivamente com o passar do tempo.

Pelo facto da maioria dos nossos entrevistados possuir uma idade superior ao grupo alvo da
desparasitação, apenas 26.6% recebeu antibióticos desparasitantes, enquanto 73.3% não teve este
privilégio.

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