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DISCENTE: Victória Natielly de Oliveira Souza TE11

No final de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recebeu um alerta da


cidade de Wuhan, localizada na província de Hubei, República Popular da China,
sobre o surgimento de vários casos de pneumonia. O vírus causador da doença, até
então desconhecido, foi denominado novo coronavírus (SARS-CoV-2), causador da
COVID-19(4). Porém, diferentemente de outros coronavírus respiratórios humanos,
esse tem a capacidade de transmissão a partir de casos assintomáticos, sendo esse
fato um dos que afetam a capacidade de contenção da propagação da doença.

Embora tenha tido tecnologias disponíveis, no início da pandemia, para frear a


disseminação do vírus e interromper a cadeia de transmissão, como: medidas de
proteção individual, o distanciamento social e a testagem para identificar novos casos
e, assim, promover o isolamento durante o período de transmissibilidade da doença,
não foram e não são suficientes, para a disseminação da doença.

Nessa perspectiva, o estudo aborda trabalhadores de enfermagem que estavam


atuando em unidades de saúde de alta, média ou baixa complexidade, que atendiam
casos de infecções por coronavírus. Com o objetivo de todos trabalharem com
proteção, estabeleceu-se medidas de biossegurança, porém, com a escassez mundial
de insumos, juntamente com as dificuldades na distribuição e disponibilidade de
testagem em larga escala, criou-se alguns desafios, contribuindo para o aumento de
riscos de adoecimento, afastamentos e mortes desses profissionais.

Ficou claro, através do estudo, que os profissionais não se sentem protegidos e nem
100% capacitados para atenderem dentro de uma pandemia. Faz se necessário
treinamento constante da equipe de enfermagem, disponibilidade de recursos
estruturais e materiais de qualidade e em quantidade que garantam a biossegurança
de cada um. Além disso, é preciso uma reorganização na triagem dos pacientes,
separando aqueles com sintomas específicos e pesados, daqueles com sintomas
leves, também requer um cuidado maior na hora dos testes pois, os profissionais ficam
muito expostos.

Vale lembrar, que também estamos lidando com humanos e com humanos que tem
famílias, o desgaste físico, emocional e psicológico também tem sido absurdo. Muitos
profissionais de linha de frente desenvolveram crises de ansiedade, ataque de pânico,
problemas de autoconfiança, além do medo de ir trabalhar e acabar se tornando um
paciente. Em todo o mundo, mais de 260 profissionais de enfermagem já morreram e
90 mil estão infectados com a doença. No Brasil, dos 98 profissionais de enfermagem
mortos pela COVID-19, 25 eram enfermeiros, 56 técnicos e 17 auxiliares de
enfermagem.

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