Este documento resume os principais resultados de um relatório sobre as práticas profissionais de sociólogos em Portugal. Mostra que a maioria dos sociólogos são mulheres com 45 anos trabalhando em Lisboa, principalmente para o governo. Embora menos da metade tenha sido contratada como sociólogos, a maioria sente que seu trabalho é valorizado e reconhecido. Os sociólogos ajudam a sociedade principalmente na educação e desenvolvimento pessoal através de análises e intervenções sociais.
Este documento resume os principais resultados de um relatório sobre as práticas profissionais de sociólogos em Portugal. Mostra que a maioria dos sociólogos são mulheres com 45 anos trabalhando em Lisboa, principalmente para o governo. Embora menos da metade tenha sido contratada como sociólogos, a maioria sente que seu trabalho é valorizado e reconhecido. Os sociólogos ajudam a sociedade principalmente na educação e desenvolvimento pessoal através de análises e intervenções sociais.
Este documento resume os principais resultados de um relatório sobre as práticas profissionais de sociólogos em Portugal. Mostra que a maioria dos sociólogos são mulheres com 45 anos trabalhando em Lisboa, principalmente para o governo. Embora menos da metade tenha sido contratada como sociólogos, a maioria sente que seu trabalho é valorizado e reconhecido. Os sociólogos ajudam a sociedade principalmente na educação e desenvolvimento pessoal através de análises e intervenções sociais.
Nesta síntese vou usar o relatório publicado pela APS
https://drive.google.com/file/d/1ryqAxao1U7eCo9x4uXps7HB-z36u8plG/view para especificar o papel do sociólogo. Assim, procuro responder à questão “O que é um sociólogo, o que faz e o que o distingue?” através das respostas de sociólogos. Através da amostra recolhida (873 diplomados), observamos uma predominância de indivíduos do sexo feminino, da área metropolitana de Lisboa com uma idade média de 45,1 anos. Em questão de formação, o ISCTE destaca-se (26,3% dos licenciados), seguido da Universidade Nova de Lisboa (13,2% dos licenciados) e da Universidade de Coimbra (11,3% dos licenciados). Após a formação, 80% dos licenciados prosseguiram com o mestrado. A sociologia conta com uma elevada taxa de empregabilidade, sendo que 95,2 dos inquiridos está ou já esteve empregado. O contrato de trabalho mais frequente é o contrato de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado (antiga nomeação definitiva). A maioria dos trabalhadores trabalha a tempo inteiro (85,9%) e por conta de outrem (86,5%). O tipo de empresa ou organização mais frequente é o organismo de administração pública central (31,7%), seguido da administração pública local/regional (18,7%). Relativamente ao grupo profissional mais representado destacam-se os especialistas de atividades intelectuais e científicas (54,3%), e de seguida os técnicos e profissões de nível intermédio (27%). Dentro das organizações, menos de 50%, mais especificamente 46,7%, dos inquiridos foram admitidos para um lugar de sociólogo. Pode-se considerar que os hierárquicos das organizações, na sua maioria (72%), reconhecem o contributo específico dos sociólogos para a organização. A maioria daqueles que foram admitidos para um lugar de sociólogo consideram que o seu trabalho é valorizado (87,4% dos admitidos como sociólogos) e reconhecido pelos colegas de outras formações académicas (71,3% dos admitidos como sociólogos). Nestas organizações o perfil profissional mais comum é como técnico superior (37,6% dos sociólogos, da amostra, que trabalham em organizações). As três principais funções desempenhadas são a intervenção social direta, a investigação e a docência. O grau de satisfação com as três principais funções realizadas é satisfatório. A quase totalidade dos inquiridos (98%) consideram a intervenção profissional dos sociólogos como importante para as diferentes aéreas na sociedade portuguesa, principalmente na educação, na intervenção/ desenvolvimento pessoal, na saúde, entre outras. As razões mais apresentadas para os benefícios desta intervenção são as competências e conhecimentos específicos de um sociólogo, o olhar diferente e holístico sobre os fenómenos e a capacidade de análise e reflexão critica. Aqueles que não consideram a intervenção profissional dos sociólogos como uma mais- valia nas organizações, apresentam como principais razões o facto das funções exercidas não terem ligação à sua formação base (40,2%), à falta de reconhecimento na instituição (22,5%) e à falta de validação em comparação com outras formações (11,8%). Existe uma percentagem significante de sociólogos que considera que o seu desempenho profissional poderia ser realizado por um profissional de outra formação, especialmente no grupo em que o desempenho profissional não está ligado à formação base (88,1%). Em relação à pergunta “o que é um sociólogo?”, a resposta mais comum é um profissional instrumental/ interventivo. Generalizando, uma resposta comum à questão da função de um sociólogo é alguém que analisa, compreende, observa, intervém e explica o modo como a sociedade age. No fundo um sociólogo é um analista social abstrato e um agente de mudança social. Dos diplomados em sociologia, 69% considera-se como sociólogo. Dos restantes 31% as profissões mais comuns pelas quais se identificam são funcionário público/ técnico superior, outra profissão ligada às CS e docente/professor. Uma grande parte dos diplomados (76%) mantêm contacto com outros sociólogos, e 58% manteve contacto, nos 3 últimos anos anteriores ao inquérito, com a instituição onde se formou em sociologia, especialmente através de conferências e debates. 25% dos diplomados inquiridos consultam livros e/ou revistas de sociologia praticamente diariamente, 18,3% pelo menos uma vez por semana e 21% uma ou duas vezes por mês. Dos 48% de diplomados que estão filiados em alguma associação profissional, 77,6 pertencem à APS. Poucos são aqueles que estão afiliados à APSIOT devido ao cariz muito específico da associação. Aqueles que não estão filiados a nenhuma associação profissional justificam- -no especialmente pela falta de informação e a consideração de não trazer benefícios. Os associados da APS, na sua maioria, estão satisfeitos com as seguintes atividades desenvolvidas pela associação: dinamização da comunicação e debate científicos, na promoção e desenvolvimento da sociologia em Portugal e articulação da área com outras acadêmicas ou não e na divulgação do trabalho dos sociólogos sobre a realidade portuguesa. No entanto, no que toca à promoção de formação para os associados existe uma grande insatisfação. Felizmente, a atividade considerada mais importante, promoção e desenvolvimento da sociologia em Portugal e articulação da área com outras acadêmicas ou não, é satisfatória para a maioria (70,1%) dos associados. Os associados da APSIOT consideram, das atividades desenvolvidas pela associação, a realização dos encontros nacionais como mais satisfatória e também como a mais importante empatada com a realização de encontros internacionais.