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APOLO

 
Hino a Apolo II, de Calímaco
Como se agita o rebento de loureiro de Apolo!
Como treme todo o templo! Fora, fora com os males!
Deve ser Febo que pontapeia a porta com o seu belo pé.
Não vedes? A palmeira de Delos acena levemente,
De repente; o cisne canta de modo belo no ar.
Trancas das portas, retirai-vos.
Chaves – abri as portas! Pois o Deus já não está longe.
(Callimachus, Hymns and Epigramns.Lycophrom. Aratus Loeb classical Library
volume 129, postado por Antonio)

Hino Homérico a Apolo Délio:


...e logo aos imortais disse Febo Apolo:
"Seja-me dada minha cítara querida e meu arco recurvo;
anunciarei por oráculo aos homens o desígnio infalível de Zeus."
Assim tendo falado, andou pela terra de largos caminhos
o arqueiro Febo de longos cabelos; então todas
as imortais o admiravam, e Delos inteira de ouro
se cobriu, contemplando o filho de Zeus e Leto,
com alegria porque o deus escolheu tomá-la para morada
e porque às ilhas e ao continente ele a preferiu de coração;
ela floriu, como o cimo de uma montanha na floração de seu bosque.

Peã a Apolo de Arístono


Residente eterno da pedra délfica, sede profética do oráculo pítico de sagrada
fundação,iê iê Peã, eu te invoco ó Apolo,venerável objeto de orgulho de Leto,
filha de Ceos, e pela vontade de Zeus, supremo entre os deuses,ô iê Peã.
Onde dos tripés forjados pelos deuses, brandindo galhos de loureiros recém-
colhidos, tu exerces a arte profética, iê iê Peã,daquela parte do templo que,sendo
a mais recôndita,inspira calafrio:leis pias que governam o futuro ao som de
oráculos e da voz da lira de língua melodiosa,ô iê Peã.
Purificado no vale de Tempe pela vontade de Zeus sublime, depois do que Palas
te conduziu a Pito, iê iê Peã, tu deténs a eterna sede perfumada após haver
persuadidoGaia nutriz de flores, e Têmis de bela cabeleira ,ô iê Peã.
Daí,retribuindo Tritogênia com recompensas imortais tu lhe conferes um local de
privilégio no limiar do teu templo sagrado,iê iê Peã; em gratidão a graças
passadas que tu sempre manténs na memória , a ela tu concedes sem cessar
honras sublimes,ô iê Peã.
Os deuses te dão presentes , Posêidon um terreno sagrado , as Ninfas uma gruta
corícia ,iê iê Peã,Dioniso folias à luz de tochas, e a venerável Ártemis patrulha a
região com a sua matilha de cães bem treinados, ô iê Peã.
Sendo assim, tu que adorna o teu corpo na torrente da castália que descem a
vertentes do Parnaso ,iê iê Peã, recebe esse nosso hino e nos dá para sempre
fortuna fundada no decoro, e também nos protege sem cessar, ô iê Peã.
(Furley-Breme, 2001, vol 2, tradução de José M. Macedo, enviado por Antonio)
 
Peã a Apolo e Asclépio, de Macedônico
Louvai em hino o délio filho de Zeus do arco de prata com corações alegres e
vozes de bom augúrio- iê Peã ! Ponde o ramo de súplica nas mãos,luzente
rebento da bela oliveira e do loureiro, jovens atenienses-iê Peã ! Jovens, que
ressoe o vosso impecável hino para o filho de Leto que atira longe, famoso líder
das Musas-iê Peã !- , o salvador que outrora gerou aquele que cura doenças e
misérias, Asclépio, deus jovem e alegre- iê ô iê Peã !-
(Inscrição encontrada no final do século XIX no Asclepiéion de Atenas. Edição
de Furley-Bremer (2001), vol. 2, 228-9. Tradução de José.M.Macedo. Enviado
por Antonio)
 
Hino Mágico a Apolo
Loureiro, planta do dom profético de Apolo, cujas folhas ele saboreou certa feita
e revelou canções- tu mesmo e ninguém mais, senhor que empunha o cetro, iêio,
nobre Pêan que habita colofonte, dá ouvidos à canção sagrada; vem rápido, baixa
do céu sobre a terra e junta-te a mim,põe- te ao meu lado e insufla-me canções da
tua boca imortal, tu mesmo e ninguém mais,senhor da canção,vem !,nobre senhor
da canção.
Escuta, bem- aventurado, deus de pesada fúria e espírito poderoso, escuta, Titã!
Não ignores agora a minha voz, ó deus imperecível!
Põe-te ao meu lado, declara a profecia de tua boca imortal ao teu suplicante,
rápido imaculado Apolo!
(Ελληνικοί Μαγικοί Πάπυροι, em - Preisendanz, K., Albert Henrichs (1974-
1974 second ed.) Papyri Graecae Magicae. Die Griechischen Zauberpapyri. (2
vols) Stuttgart: Teubner, em alemão. Tradução de José M. Macedo, enviado por
Antonio.)

Hino Órfico XXXIII - A Apolo, com fumigação de Maná:


Abençoado Peã, venha, propício à minha prece, ilustre poder, a quem as tribos de
Memphis reverenciam,
Assassino de Tityus, e Deus da saúde, Febo licoriano, fonte frutífera de
prosperidade.
Espermático, da lira dourada, os campos de ti recebem sua fertilidade rica e
constante.
Titânico, Gruniano, Sminthiano, a ti eu canto, destruidor de Python, consagrado,
rei délfico:
Rural, portador da luz, chefe das Musas, nobre e amável, armado com temíveis
flechas:
O que atira longe, Báquico, duplo, e divino, o poder difundido e o curso oblíquo
são teus.
Ó, rei Délio, cujo olho produtor de luz vê tudo o que há dentro e tudo abaixo do
céu:
Cujas mechas são douradas, cujos oráculos são certeiros, que revela bons
presságios e puros preceitos:
Ouça-me suplicante pela espécie humana, ouça, e esteja presente com mente
benigna;
Pois tu sobreviveste a todo esse ilimitado éter, e cada parte dessa esfera terrestre,
Abundante, abençoado; e tua visão penetrante se estende sob a noite silenciosa e
lúgubre;
Além da escuridão estrelada e profunda, o estábulo se enraiza, fixado fundo por
ti.
Os limites largos do mundo, todo-florescentes, são teus, a ti toda a fonte e
término divino:
A ti toda a música inspiradora da Natureza, com vários sons da harmoniosa lira;
Agora a última corda tu entoaste em um doce acorde, divinamente trinando o
acorde mais agudo;
A lira dourada imortal, agora tocada por ti, responde cedendo à melodia dórica.
Todas as tribos da Natureza a ti devem suas diferenças, e as mudanças de
estações fluem de tua música.
Assim, misturados por ti em partes iguais, avançam o verão e o inverno em dança
alternada;
Isto clama tanto a mais aguda quanto a mais grave corda, os tons de medida
dórica, a amável primavera.
Assim, pela humanidade, o divino Pã, nomeado de dois cornos, emite ventos
uivantes através da famosa Siringe;
Uma vez que, a teus cuidados, são consignados os selos figurados que estampam
o mundo com formas de todo o tipo.
Ouça-me, abençoado poder, e nestes ritos se rejubile, e salve teus místicos com
uma voz suplicante.
 

Hino Homérico XXI - A Apolo


Febo, a ti até os cisnes cantam com voz clara e batem suas asas quando se
deparam com a margem do turbilhante rio Peneus; e é a ti que o menestrel de
língua doce, segurando sua lira aguda, sempre canta tanto primeiro quanto por
último. E então saúdo a ti, ó deus! Busco o teu favor na minha canção.
 
Hino Homérico XXV - Para as Musas e Apolo
Eu começarei com as Musas e Apolo e Zeus; pois é por causa das Musas e de
Apolo que existem cantores na terra e tocadores de lira, mas os reis são de Zeus.
Feliz é quem as Musas amam: a doçura faz fluir discursos de seus lábios. Saúdo-
vos, filhas de Zeus! Honrem a minha canção! E agora me lembrarei de vós e de
outra canção também.
(traduções da Alexandra)

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