Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Figura 1: Templum Jani, URBS ROMA. (Adaptado ciberneticanebte de Von Franz Heinrich
Köhler).
CARMEN SALIARE
O Carmen Saliare são fragmentos em latim arcaico dos rituais realizados pelos
sacerdotes sálios, (também conhecidos como "sacerdotes saltitantes") que desempenharam um
papel importante na religiosidade da Roma Antiga.
Tab. 2. Readings of the second fragment of the Carmen Saliare (LL VII.27) in the 13
manuscripts and the editio princeps. 3
Se muitas são as variantes de escrita e leitura muitas mais ainda são as reconstruções
que foram propostas: elas divergem amplamente em pontos duvidosos e são todas apenas
tentativas.
Cozeiuod [Restaurando i para l : esta leitura é aceita tanto por Havet quanto por
Dirichs acima.] orieso. [A interpretação "Cozeiuod orieso" = "Conseuiod orieso" é de Dirich.
Havet lê: "Cozeui adoriose" = "Conseui gloriose "com base na glossa sv adoria de Paulus:
"louvor, glória derivada da abundância de espelta (longe)" p. 3, 22 l.] Omnia vortitod
[Capdeville segue L. Havet lendo um futuro imperativo de vorto ; cf. Ovid Fasti I pp. 119–
120: " Me penes est unum vasti custodia mundi,/ et ius vertendi cardinis omne meum est ", "É
apenas meu próprio poder a tutela do vasto universo, / o direito de girar sua dobradiça é toda
minha"] Patulti; oenus es
iancus (ou ianeus ), Iane, es, duonus Cerus es, duonus Ianus.
Veniet potissimum melios eum recum .
Diuum eum patrem (ou partem ) cante, diuum deo suplicate .
ianitos . [G Capdeville acima p. 405–406, seguindo em parte L. Havet " De Saturnio
Latinorum versu " em BEPHE 43 Paris 1880 p. 243–251. "Que comece do / com o Semeador.
Faça tudo girar, Patultius, Tu és o único / Porteiro, Janus, és Tu, bom criador és Tu, bom
3 Two Fragments of the Carmen Saliare and the Manuscript Tradition of Varro’s De Lingua Latina
Giulia Sarullo – Daniel J. Taylor.
Janus./ Que Ele venha, o mais poderoso de todos os reis./ Cante Ele o pai (ou parte) dos
deuses, implore ao deus dos deuses./ Porteiro].
Pomério (em latim: pomerium ou pomoerium, lit. "após o muro"), na Roma
Antiga, era uma designação para a fronteira simbólica da cidade de Roma.
O verbo latino eo tinha por infinitivo ire o que permitiria pressupor que tenha sido *io
em tempos idos.
Eanus < Ea-An-us > Eundo *Iundo > Jun-tu Jun-ush > Junus.
Mas, que tipo de deus devo dizer que você é, biforme Jano?
Pois, a Grécia não tem nenhum nume igual a Vós.
Considere imediatamente a causa, por que, dos celestiais,
Vós sois o único que vê o que está atrás e na frente?
Quando eu, pegando nas tabuinhas, cogitava na mente
A casa parecia mais iluminada do que antes.
Então, sagrado e admirável Jano de duplo aspecto
De repente, sua dupla face apareceu diante dos meus olhos.
Tive medo e com medo de me eriçar apalpei meus cabelos,
E por causa do frio repentino, o peito estava gelado.
Ele, tendo um cajado na mão direita e uma chave na mão esquerda,
tais vozes ele me disse com sua primeira boca.
"Você sabe, deixando o medo, vate trabalhador dos dias,
o que você ora, e minhas vozes percebem com sua mente.
Caos os antigos, porque eu sou uma coisa antiga, eles me chamavam:
Veja quanto tempo eu tenho para cantar minhas ações.
Este ar lúcido e os três corpos restantes,
fogo, água, terra, um único aglomerado era.
Quando de repente, devido a uma disputa por seus pertences, tal massa
Ele retirou e soltou. Ele foi para novas casas,
Ele estendeu a chama, tomou o lugar mais próximo no ar,
no meio da terra a terra e o mar posavam
Depois eu, que tinha sido um balão. e uma toupeira disforme,
na cara e digno de um deus voltei para os membros.
Ainda hoje, antiga nota obscura de minha figura confusa,
o que está em mim antes e atrás parece o mesmo.
Ouça qual é a outra causa da minha forma que você procura,
e isso, depois de conhecer meu escritório.
O que você vê em todos os lugares: céu, mar, terra, nuvens,
tudo se fecha e pela minha mão se abre.
Somente em meu poder do vasto mundo está a custódia,
e o meu está bem para girar os pólos.
Quando a paz me agradou enviar do plácido. telhados,
ela, livre, percorre seus caminhos perpétuos:
com sangue mortal todo o orbe seria misturado,
se parafusos duros não parassem as guerras.
Eu presido às portas do céu com horas pacíficas:
O próprio Júpiter para o meu dever vem e vai.
Daí me chamam de Jano: você vai rir dos nomes deste,
quando o padre põe pão, cereais e bolos
Misturado com sal: porque bem o próprio Patulcio
bem sou dito Clusio pela boca do ofertante.
Sem dúvida essa antiguidade inculta com um nome alternativo
ele quis dizer minhas diferentes acusações.
Minha força foi narrada: hoje é conhecida a causa de minha figura;
E, no entanto, você também o vê em algum lugar.
Cada porta daqui e dacolá tem duas frentes gémeas,
de quem está para a cidade, e olhe para o lar daquele.
E como, sentado perto das soleiras do telhado
Primeiro, seu porteiro vê entradas e saídas,
Assim contemplo, porteiro da sala de aula celeste,
ao mesmo tempo as auroras e as hesperias.
Vâ as faces de Hécate que giram em três partes,
porque em cada três caminhos as encruzilhadas guardam:
e a mim, para que os tempos não se percam com a torção do pescoço,
É lícito sem mover o corpo olhar para os dois lados."
Ele havia dito: e com a cara, se quisesse perguntar mais,
Eu havia confessado que ele não seria difícil para mim.
Respirei fundo e, sem medo, agradeci a Deus,
e olhando para o chão, muitas palavras eu disse:
"Diga, vamos, por que o ano novo começa no frio,
O qual devia começar melhor na primavera?
Tudo floresce então, e há uma nova era de tempo,
E uma nova gema brota de um botão carregado,
E então a árvore é coberta com folhas formadas,
e a grama semente do solo profundo sobe,
e o ar quente adoça os pássaros com seus acordes,
e entre os prados o rebanho brinca e se entristece.
Agradáveis sóis então, e nova andorinha aparece
e sob uma viga excelente seu trabalho de pregos de barro:
O agro sofre então colheitas e ao arar se renova.
Isso deveria ter sido chamado de novidade do ano por lei."
Ele havia pedido muito, senão muito, aquele, preso,
assim suas palavras foram sintetizadas em dois versos:
“O inverno é o primeiro, do novo sol, e o último, do velho”:
Febo e o ano adotam o mesmo princípio".
Eu me admirei depois disso, porque não foi sem litígio
o primeiro dia. Jano disse: "A causa escuta.
Inaugurei tempos nascentes para que as coisas sejam feitas,
Não foi por patrocínio, inerte o ano todo.
Por isso mesmo, para fazê-las, cada um gosta de suas artes
e não testemunha mais do que seu trabalho habitual".
Então eu: “por que, embora os numina de outros apazigue,
Jano, para você a primeira oferenda de incenso e vinho?”
"Para que tenham acesso por mim, que zelo
pelos limiares - disse ele - para quantos deuses você quiser."
"Mas, nas suas Calendas, por que são ditas palavras propícias,
e damos e recebemos orações alternativas?"
Descansando então no cajado que sua mão direita carregava,
O deus disse: "Os augúrios costumam estar no começo.
À primeira voz tímida virais os ouvidos,
e consultais o áugure pela ave avistada pela primeira vez.
Templos e ouvidos dos deuses são abertos, e preces caducam
nenhuma linguagem expressa: seus ditos têm peso".
Jano terminara. E não fiz longos silêncios,
mas brinquei com minhas vozes, as suas últimas vozes.
Eu disse: "O que significam então a tâmara e o figo enrugado,
e o mel cândido dado em um níveo vaso?
"Um presságio é a causa", disse ele, "de que esse sabor segue as coisas;
De que umano doce termina seu curso iniciado."
"Eu vejo por que os doces são dados: de moedas me diga a causa,
porque não perco uma parte da sua festa."
Ele riu e disse: "Oh, como seus séculos te enganam, se você julgar
aquele mel, que moeda recebida, é mais doce.
E quase não vi ninguém, Saturno reinando,
cujos lucros não eram doces para a sua alma.
Com o tempo cresceu o amor de ter, que hoje é o mais alto:
Ele mal tem onde mais progride.
Hoje as riquezas valem mais do que antigamente,
enquanto os pobres; enquanto era a nova Roma,
enquanto uma pequena cabana encerrava Quirino, filho de Marte,
e as ovas do rio deram-lhe leito escasso.
Júpiter quase não estava no santuário estreito,
e na mão direita de Júpiter o raio era feito de argila.
Os Capitólios, que hoje com pedras preciosas os adornavam com frondes,
e o próprio senador pastoreava as suas ovelhas;
e tinha modéstia por ter tido um sonho agradável na palha.
Não foi, nem abaixei a cabeça para ter colocado feno.
Há pouco deixou o arado, o pretor deu leis ao povo,
e de prata era uma leve folha de crime.
Mas depois que a fortuna do lugar levantou a cabeça
e Roma tocou o cume mais alto dos deuses de Roma,
e riquezas e mais riquezas aumentaram com louca ganância,
e quando possuem muito, pedem mais.
procurar consumir, esforçar-se para buscar consumido
e ela mesma. uituses são o alimento das voltas.
Adquirir gastando; tenta-se recomprar o que foi gasto;
e comida para vícios são essas mesmas voltas;
Assim, para quem a barriga inchou pela onda ingerida,
quanto mais eles bebem, mais sedento as águas os deixam.
Hoje a valorização está no preço: o censo dá honras;
o censo da amizade: os pobres mentem por toda parte.
Mas, se o patrocínio de dinheiro é útil, pergunte-me,
e por que suas mãos são como bronzes antigos.
Os bronzes outrora davam: hoje há um presságio melhor no ouro,
e derrotados cederam à nova a velha moeda.
Embora aprovemos os antigos, também gostamos
De templos de ouro: tal majestade convém a um deus.
Louvamos os velhos, mas: dos nossos anos usamos;
No entanto, ambos os usos são dignos
ao mesmo tempo de serem homenageados".
Findado tinha seu aviso. Tal, como antes, eu falo novamente
Eu mesmo com vozes plácidas ao deus clavígero:
verdade, aprendi muitas coisas: mas por que existe em bronze
gravada uma forma naval; dupla face na outra?
Ele disse: "porque você poderia me conhecer em dupla imagem,
se não - atenuar no mesmo dia o antigo trabalho.
Subtraia a causa do navio. Ele veio de navio para o rio etrusco,
tendo andado no orbe antes, o deus falcífero.
Lembro que Saturno foi recebido nesta região:
Júpiter o expulsou dos reinos celestiais.
Daí para a nação o nome de Saturnia permaneceu por muito tempo;
a terra, ocultou o deus, também chamado Lácio.
E testemunhando a atribuição do deus convidado, o bom
posteridade em bronze formava a popa.
Eu mesmo cultivei o solo, cujo lado sinistro
banha uma onda muito plácida do arenoso Tibre.
Aqui, onde hoje é Roma, uma floresta floresceu sem ser cortada,
e uma coisa tão grande era pasto para algumas vacas.
A colina era minha fortaleza, que o vulgo designa
com meu nome e chama, esta idade, Janiculo.
Eu então reinava, quando a terra sofria aos deuses,
e em sítios humanos os numenes foram misturados.
O crime mortal ainda não havia sido levado à Justiça:
último dos supernos ela foi deixada na terra:
Por medo e sem força, a modéstia governou o povo:
não era trabalho dar leis justas.
O deus havia fechado a boca. Então eu abri o meu,
fazendo minha voz de deus sair as vozes:
"Por que, tendo tantas passagens, você está consagrado em uma,
aqui onde seu templo, próximo a dois fóruns, você tem?"
O deus havia fechado a boca. Então eu abri a minha,
fazendo minha voz do deus sair as vozes:
"Por que, tendo tantas passagens, você está consagrado em uma,
aqui onde seu templo, próximo a dois fóruns, você tem?"
Ele com a mão alisando a barba que desce até o peito,
Ele imediatamente me contou sobre as armas de Tacio Ebalio,
e como a infiel guardiã, de braceletes prendadas,
guiou sabinos tácitos ao caminho do alto palácio.
"A partir de então, como é hoje, onde você desce
o vale, entre fóruns, uma encosta íngreme.
E já tinham batido à porta, cujo ferrolho
A insidiosa Saturnia desativada tinha.
Com medo de começar a luta com um numen tão grande
Eu mesmo, astuto, movi a obra de minha arte,
e abri as bocas das fontes, sou poderoso em tal ambiente,
e com força lancei as águas repentinas.
Antes, porém, derramei enxofre nas veias aquosas,
porque o líquido fervente fechou o caminho para Tácio.
Quando o benefício disso foi sentido,
os sabinos foram expulsos, a forma de antes
foi devolvida ao local seguro.
Um ara foi colocado ao lado do pequeno santuário:
arde em suas chamas, com o bolo, o trigo.
"Mas por que em paz você se esconde e em armas se mostra?"
O que o comoveu ao ponto da causa da pergunta que me deu:
"para que se abra o regresso ao povo que marchou para a guerra,
Removido o parafuso, toda a minha porta se abre.
Em paz fecho as portas, porque por nada posso sair;
e em nome de César ficarei preso por muito tempo".
Ele disse e, erguendo os olhos que veem diversos lugares,
ele examinou quanto o orbe inteiro tinha.
A paz existia; e para o seu triunfo, Germanico,
o Reno já entregou suas águas calmas para você.
Jano, faz a paz eterna e dá paz aos ministros,
e garante que o autor não abandone a sua obra.
Pela mesma pompa pude, porém, saber isto:
que dois templos foram consagrados neste dia.
[os pais receberam o filho de Phoebus e a ninfa Coronis
na ilha que o rio oprime com águas divididas.
Júpiter está em uma parte; ambos ocuparam um único lugar.
E tem o templo do neto ao lado do bisavô.
(...)
Mas com tudo (porque bobo da velha ordem não erra),
O mês de Jano, como é, também foi o primeiro antes.
O que segue Jano foi o último do ano velho:
Você também, Termo, foi o fim dos ritos.
É verdade, o mês de Jano é o primeiro, porque é a primeira porta:
Aquela que é sagrada para os Manes profundos foi a última.
Mais tarde, acredita-se que em tempos distantes por um longo período
cinco e cinco varões lhes deram continuidade.
(…)
Adicione quatro duetos por dia da Nona ordem;
Janus Agonal será louvado à luz.
o nome como ministro da causa pode ser abreviado,
uma hóstia celestial: quando tem sede, cai
quem vai tingir facas com manchas quentes de sangue
sempre pede e não age a menos que seja ordenado.
-- Ovidio Nasón, Publio - Fastorum libri I.
Figura 3: Templum Jani aberto em tempo de guerra, Peter Paul Rubens. The
Hermitage, St. Petersburg, Russia.
Por eso, Cornificio en el libro III de Etimologias dice, Ciceron no lo llama Jano, sino
Eano, de “eundo”, [12] De aqui, los fenicios al representar su imagen en las celebraciones
disenaron un Dragon que envuelve el orbe y que devora su propia cola, para que parezca que
no solo se nutre de si mismo, sino que gira sobre si mismo. [13] Por eso, tambien entre
nosotros dirige su mirada hacia cuatro partes, como demuestra la estatua que se acarrea en
Faleria 140. Gavio Baso141 en aquel libro que compuso Sobre los dioses dice que Jano fue
esculpido bifronte en calidad de portero de lo superior y lo inferior, y cuadriforme como si
abarcara con su majestad todos los puntos cardinales. [14] Incluso en los antiquisimos
canticos de los salios142 se le invoca como dios de dioses. Marco Mesala, colega de Gneo
Domicio en el consulado 143 y, a la vez, augur durante 55 anos, comienza asi al hablar sobre
Jano: “Quien todo lo modela y lo gobierna, la fuerza del agua y de la tierra, y la naturaleza
grave e inclinada que se precipita a las profundidades, la ligereza del fuego y del aire que se
eleva hacia la inmensidad sublime, las unio tras rodearlas con el cielo; esta fuerza maxima
del cielo coligo dos fuerzas dispares”. [15] En las celebraciones tambien invocamos a Jano
Gemino, Jano Padre, Jano Junonio, Jano Consivio, Jano Quirino, Jano Patulcio y Clusivio.
[16] Por que lo invocamos Gemino ya lo dijimos arriba, Padre como dios de dioses, Junonio
como si poseyera no solo la entrada del mes de enero, sino de todos los meses; por otra
parte, en la formula de Juno estan todas las calendas; incluso Varron en el libro V de sus
Antiguedades Divinas escribe que se dedicaron doce altares a Jano por el mismo numero de
meses; Consivio por entrelazar 144, esto es porque el linaje del genero humano tiene por
autor a Jano; Quirino como senor de las guerras, a partir de la lanza que los sabinos llaman
curin \ Patulcio y Clusivio porque en la guerra sus puertas se abren 145, en la paz se
cierran146.
Se atribuye esto a la siguiente razon. [17] Cuando en la Guerra Sabina, que se
emprendio a causa de las jovenes raptadas 147, los romanos se apresuraban a cerrar la
puerta que se ubicaba en las faldas de la colina Viminal (la que despues de este suceso
recibio el nombre de Janual), puesto que los enemigos caian sobre ella, despues que se cerro,
se abrio por si sola; y, cuando por segunda y tercera vez sucedio lo mismo, se colocaron ante
la puerta, puesto que no podian cerrarla, muchos guardianes armados; y, mientras se traba
un cruel combate en otro sector, se extiende el rumor de que repentinamente los nuestros han
sido dispersados por Tacio148. [18] Por esta razon los romanos que protegian la entrada
huyeron aterrados. Y al haber irrumpido los sabinos por la puerta abierta, se cuenta que
desde el templo de Jano se precipitaron por esta puerta grandes torrentes con olas que salian
a borbotones, y que muchos grupos de enemigos 149 perecieron ya abrasados por el ardiente
torbellino 150, ya devorados por su rapidez. En consecuencia, se decidio que en tiempo de
guerra, como si se hubiera traido al dios en auxilio de la ciudad, se abrieran las puertas.
Esto acerca de Jano. (…)
[6] Son fijas las comunes a todo el pueblo en dias y meses determinados y
preestablecidos, y que aparecen anotadas en los fastos con observaciones permanentes;
principalmente se observan Agonales *253, Carmentales 254 y Lupercales 255.
*253 Fiestas en honor del dios Jano o del dios Agonio, que los romanos tenian por
costumbre invocar antes de emprender cualquier tipo de accion. (…)
[42] Apelaron Pairoos a Apolo no por la devocion propia de un solo pueblo o de la
ciudad, sino como autor de todo lo que se ha de engendrar, puesto que el Sol, una vez secos
los humores, proporciono la ocasion a todo para procrear, segun dice Orfeo: teniendo la
inteligencia y la prudencia de un padre. Por ello, tambien nosotros llamamos padre a Jano,
venerando al Sol con esta advocacion. (…)
[64] Llaman a Apolo Didimeo [=gemelo], porque el muestra la doble naturaleza de
su divinidad al iluminar y dar forma a la luna. Efectivamente, a partir de una fuente de luz
producida por un doble astro ilumina los espacios del dia y de la noche. Por ello, los
romanos tambien veneran al Sol bajo el nombre y la forma de Jano con la advocacion de
Apolo Didimeo. (…)
[8] Ahora bien, quienes con mas diligencia indagan la verdad dijeron que los Penates
son aquellos gracias a los que respiramos profundamente [=penitus], gracias a los que
tenemos cuerpo, gracias a los que poseemos raciocinio: Jupiter esta en medio del cielo, pero
Juno en el fondo del cielo junto a la tierra, y Minerva es la parte mas alta del cielo. Utilizan
el argumento de que Tarquinio, hijo del corintio Demarato, imbuido en los misterios de los
rituales de Samotracia reunio en un solo templo y bajo el mismo techo a las deidades citadas
*522.
*522 Jupiter, Juno y Minerva constituian efectivamente la triada capitolina, cuyo
culto fue establecido por los etruscos en el siglo VI a.C. Con anterioridad la primera triada
agrupo a Jupiter, Marte y Jano como protectores de la nacion, siendo posteriormente
sustituido Jano por Quirino, quien terminaria identificandose con Romulo. -- Macróbio,
Saturnales. Edición de Juan Francisco Mesa Sanz.
De mensibus, de João Lídio
1. Já falei bastante sobre o fato de que o mês de Janeiro foi definido como o início do
calendário sacerdotal pelo rei Numa; nele, eles ofereceriam sacrifício aos [seres] acima da
lua, assim como em fevereiro [eles ofereceriam sacrifício] aos [seres] abaixo dela. E assim,
devo falar sobre Janus - quem ele é e que ideia os antigos tinham dele. Ora, Labeo diz que se
chama Janus Consivius, isto é, "do (bom) conselho / Senado" [boulaios]; Janus Cenulus e
Cibullius, isto é, "pertencentes ao banquete" - pois os romanos chamavam cibus à comida;
Patrício, isto é, "indígena"; Clusivius, significando "relativo a viagens" [hodiaios];
Junonius5, isto é, "aéreo"; Quirinus, significando "campeão / lutador da frente"; Patul-cius
e Clu-sius, isto é, "da porta"; Curiatius, como "supervisor dos nobres" - pois Horatius &
Curiatius são nomes da nobreza [romana]6. E alguns relatam que ele tem forma dupla, uma
vez segurando as chaves em sua mão direita como um porteiro, outras vezes contando 300
fichas em sua mão direita e 65 na outra, assim como [o número de dias em] o ano. A partir
disso, ele também é [dito ser] quádruplo em forma, das quatro "voltas" [isto é, os solstícios e
equinócios] - e uma estátua dele desse tipo é considerada preservada até agora no Fórum de
Nerva.
5 Não se entende porque Junonius < Jūnōnis há-de significar aéreo quando deveria significar (marido)
pertensente a Juno, sendo assim mais uma prova de que Jano era uma variante arcaica de Júpiter.
6 Horatii & Curiatii , nalenda romana, dois conjuntos de irmãos trigêmeos cuja história provavelmente foi
moldada para explicar práticas legais ou Rituais existentes. Os Horácios eram romanos e os Curiatii Albanos,
embora o historiador romano Lívio tenha escrito que alguns relatos anteriores haviam invertido essa ordem.
Durante uma guerra entre Roma eAlba Longano reinado de Túlio Hostilius (tradicionalmente 672-642 aC), foi
acordado que a solução da disputa deveria depender do resultado do combate entre os dois grupos de irmãos.
Na disputa, dois dos Horatii foram rapidamente mortos; mas o terceiro, fingindo fuga, conseguiu matar seus
perseguidores feridos um a um. Quando o sobrevivente entrou em Roma em triunfo, sua irmã reconheceu entre
seus troféus ummantoque ela havia feito para um dos Curiatii com quem era noiva. Ela não conseguiu esconder
sua dor e foi morta por seu irmão, que declarou: "Então pereça qualquer mulher romana que chore o inimigo".
Por este ato, Horácio foi condenado à morte, mas foi salvo por um apelo ao povo.
Mas Longinus veementemente tenta interpretá-lo como Aeonarius, como sendo o pai
de Aeon, (7) ou que [ele recebeu seu nome porque] os gregos chamavam o ano ( 8) de enos,
como Calímaco no primeiro livro da Aetia escreve: Filho [tetraenon] de quatro anos de
Damasus, Telestorides (9).
...Ou [ele foi nomeado] da palavra ia [usada às vezes] em vez de mia ["um"], de
acordo com os pitagóricos. (10)
Portanto, Messala considera este [Janus] como [o mesmo que] Aeon.(11)
Pois, de fato, os antigos celebravam um festival de Aeon no quinto [dia] deste mês. (12)
2. Eles dizem que 12 funcionários foram estabelecidos por Numa - os chamados Salii,
que cantam hinos para Janus - de acordo com o número dos meses latinos. E Varro, no 14º
livro Das Matérias [65] Divinas, diz que entre os etruscos ele é chamado de "céu" e
"supervisor de todas as ações" e Popano - devido ao fato de que bolos [popana] são
oferecidos [a ele] nas calendas. Fonteius, em sua obra Das Estátuas, pensa que é realmente o
superintendente do tempo como um todo, e assim, seu templo possui 12 altares, de acordo
com o número dos meses.18 Gavius Bassus, em sua obra Sobre os Deuses, o considera para
ser o daemon designado sobre o ar, e que através dele as orações humanas são transmitidas
até aos [deuses] maiores - assim, ele é dito ser duplo em forma, de seu olhar para nós e seu
olhar para os deuses. E em nossa Filadélfia até hoje, um traço de sua antiguidade é
preservado: Pois no dia das calendas, o próprio Janus (supostamente) sai, todo enfeitado,
com uma face de forma dupla; e eles o chamam de Saturno, isto é, Cronos. De fato, Lutatius
[diz que ele é] o Sol, por causa de seu governo sobre ambos os portões, leste e oeste. E eles
7 As Mastandrea, p. 32 n. 62, suggests, this is most likely a garbled explanation of the month's name
rather than the god's, i.e., Ianuarius = Aeonarius (so already Reitzenstein, Poimandres [Leipzig, 1904], p. 274).
Cf. also the detailed discussion in Männlein-Robert, pp. 369ff., who brings in also Tzetzes, Posthomerica 771-2,
equally attributing this equation to Longinus. For Aeon (Aiôn) in general, see LIMC 1: 399-411; G. Zuntz, Aion:
Gott des Römerreiches (Heidelberg, 1989)—with pp. 33-36 discussing the present passage; id., ΑΙΩΝ im
Römerreich: Die archäologische Zeugnisse (Heidelberg, 1991); id., Αἰών in der Literatur der Kaiserzeit
(Vienna, 1992); A. D. Nock, "A Vision of Mandulis Aion," Harvard Theological Review 27 (1934), pp. 53-104.
The word Aiôn, of course, could be understood as a common noun, "time / eternity." Börtzler, "Janus und sein
Deuter," Abhandlungen und Vorträgen, Bremer wissenschaftliche Gesellschaft 4.3-4 (1930), pp. 106-7, appeals
to that meaning in his attempt to reconstruct the text here: in his view, the explanation following the quotation of
Callimachus (ia = mia) was originally a marginal gloss, (rightly) presupposing ia + en(os) as the roots assumed
by Longinus for the interpretation of the month's name. For alternative traditions and associations of Aiôn with
the monad, see §17 below (with notes).
8 Gk. Eniautos.
9 *12 Fr. 33 Pfeiffer. Reitzenstein, p. 274, sees a further association here with the explanation of Janus' name as
being from the word "to go" (Lat. eo, ire), thus originally Eanus (Macrobius, Saturnalia 1.9.11; cf. Cicero, De
natura deorum 2.26.67). The multiple explanations advanced in Macrobius' text in 1.9.10-12 — he year, the act
of "going," and the endless cycle (of the universe) — are all arguably connected; John here naturally puts most
emphasis on the chronological connection. Note also the association of the ouroboros figure (cited by
Macrobius in 1.9.12) in regard to the year in 3.4 above, to the world and Agathos Daimon in §161 below — in
which connection too, it is presumably significant that Aeon (Plutonius) at Alexandria was identified with the
patron god Agathos Daimon (Ps.-Callisthenes, Historia Alexandri Magni 1.33 [p. 33 Kroll.
10 This etymology, for John, may indicate a connection with Helios / Apollo (cf. 2.4), which seems to be in the
background for cosmological associations of Janus elsewhere in the discussion as well. Reitzenstein, p. 274,
posits the intended etymological connection as ἴα ὤν ("being [m.] one [f.]") changing into αἰών.
11 For Messala, cf. the citation in Macrobius, Saturnalia 1.9.14; also see Zuntz, Aion: Gott des Römerreiches,
pp. 33-36, who critically analyzes the historical value of these references to Messala (M. Valerius Messala
Rufus, cos. 53 B.C.) in detail.
12 Probably a reference to the celebration of Aiôn's birth from Korê attested in Alexandria (Epiphanius,
Panarion 52.22); cf. Zuntz, Αἰών in der Literatur der Kaiserzeit, pp. 11-25; Nock, "Mandulis Aion," pp. 90-96.
Reitzenstein, p. 274 (following Plasberg), suggests that the date reference was meant to be the 5 th day before the
Ides, i.e., 9 Jan, with a reflection of the Agonalia held on that day (the theory is mentioned with some caution by
K. Latte, Römische Religionsgeschichte [Munich, 1960], p. 135 n. 1, and Degrassi, p. 391, with pp. 393-4 and
536 for Degrassi's further discussion of Agonalia); cf. §155 below with notes.
dizem que ele também é o supervisor daqueles que saem para a guerra, que em virtude disso
por um lado ele envia o exército e, por outro, ele os chama de volta. E Praetextatus, o
hierofante, que ajudou Sópater, o iniciador [sacerdote] e o imperador Constantino na
fundação desta cidade afortunada, pensa que ele é um certo daemon designado para ambas
as Ursas13 e que ele transporta as almas mais divinas ao coro lunar 14. Tais [são os pontos de
vista] dos hierofantes romanos; mas outro [escritor] diz que Janus foi um herói, e foi o
primeiro a estabelecer recintos sagrados e a apresentar honras aos deuses, e que ele foi
homenageado nos templos por esse motivo. De fato, Demófilo supõe que ele foi o primeiro a
construir casas e portais, e que Janeiro foi nomeado com base na [palavra] ianua - isto é,
"porta" - e também que ele tem uma irmã chamada Camasene. Ovídio, o Romano, descreve
alegoricamente Janus como sendo o Caos. Dio, o Romano diz que Janus [era] um certo
herói antigo, que, por causa da hospitalidade que deu a Cronus, recebeu o conhecimento do
futuro e do passado, e foi representado com duas faces por esta razão pelos romanos - e com
base nisso, o mês foi chamado de Janeiro, e o início do ano ocorre nesse mesmo mês. – De
mensibus, de João Lídio15.
Antiquitates rerum divinarum de Varrão
[(35) Romulus estabeleceu como deuses para os romanos: Ianus, Iupiter, Marte,
Picus, Faunus, Tiberino e Hércules.
(36) Titus Tatius adicionou Saturnus, Ops, Sol, Luna, Vulcanus, Lux (…) Cloacina.
(37) Numa adicionou tantas divindades masculinas quanto femininas.
(38) Durante o reinado de Numa, a religião ainda não consistia em imagens ou
templos com depois com os romanos. Uma piedade parcimoniosa, ritos pobres, nenhum
esplendor semelhante ao do Capitólio, mas altares temporários feitos de turfa e vasos
Samianos [ou seja, terracota], pois a cidade de Roma ainda não tinha sido inundada pela
engenhosidade dos gregos e dos etruscos para formar imagens. -- Antiquitates rerum
divinarum de Varrão segundo S. Agostinho.
É bem sabido que os romanos não representavam seus deuses por meio de
estátuas até um período comparativamente tardio de sua história. Diz-se que por mais
de cento e setenta anos eles não tiveram imagens de qualquer tipo. Esse estado de
coisas é atribuído a Numa, que, segundo a tradição, havia sido ensinado por Pitágoras
que era errado representar a divindade na forma de homem ou animal. (…). Suas
divindades impessoais, ou numina, eram dificilmente distinguíveis das coisas em que
habitavam e, para os adoradores primitivos, esses objetos eram símbolos suficientes da
presença divina. Depois de algum tempo, porém, em parte sob a influência dos gregos,
alguns desses numinas desenvolveram-se em verdadeiros deuses antropomórficos e
foram representados na arte. Mas Janus nunca foi adorado em forma humana.
Figura 5: Jano Geminus, o deus Bicéfalo das boas entradas e das melhores
saídas!
Até o fim da crença pagã, ele permaneceu uma porta, assim como Vesta
permaneceu "nada mais que fogo vivo". A evidência disso é o fato de que, enquanto
estátuas e estatuetas de outros deuses foram encontradas em grande número e são
mencionadas repetidas vezes na literatura, nem uma única estátua de Jano foi
desenterrada, e há referências em escritores latinos a somente três. Evidências podem
ser apresentadas para mostrar que pelo menos dois deles não eram representações de
Jano. – Janus in Roman life and cult, a study in Roman religions. By Burchett, Bessie
Rebecca 16.
16 It is well known that the Romans did not represent their gods by statues until a comparatively late period in
their history. It is said that for over a hundred and seventy years they had no images of any kind. This state of
affairs is attributed to Numa, who, according to the tradition, had been taught by Pythagoras that it was wrong
to represent the deity in the form of man or beast. (…) Their impersonal divinities, or numina, were hardly
distinguishable from the things in which they dwelt, and, to the primitive worshipers, these objects were
sufficient symbols of the divine presence. After a time, however, partly under the influence of the Greeks, some of
these numina developed into true anthropomorphic gods and were represented in art. But Janus was never
worshiped in human form. To the end of pagan belief he remained a door-way, just as Vesta remained "naught
else but living fire". The evidence for this is the fact that, whereas of other gods statues and statuettes have been
found in great numbers, and are mentioned again and again in literature, not a single statue of Janus has been
unearthed, and there are references in Latin writers to only three. Evidence can be presented to show that at
In the Saturnalia, Macrobius says that January is dedicated to Janus as
December is dedicated to Saturn, and so Janus is the new god who reigns at the end of
the Saturnalia. He also says that Janus is two-faced because he is a fusion of Artemis
and Apollo (i.e., Sun and Moon, Janus and Jana = Dianus and Diana); thus he
corresponds to the alchemical hermaphrodite (cf. also 0.Idiot).
Macrobius quotes Cicero (De Natura Deorum 2.27.67), who says Janus was
originally called Eanus, which is derived from eundo (going), because Janus, who is
the Universe, is always moving, whirling in a circle, like our dancer. This is the reason,
he says, that the Phoenicians represent Janus by the Ouroboros serpent. (This is
supported by modern etymologies, which derive Janus from Indo-European ia- from
ei-, to go.)
Macrobius also calls Janus the Doorkeeper of Heaven and Hell because he
looks to the four quarters of the World (as in this trump). (…)He cites Varro, who says
that there are twelve altars dedicated to Janus, one for each month; in 21.World they
are represented by the serpents' two fiery eyes and ten fiery spots. (Bonnefoy, REM 129;
Macrobius, Saturnalia I.7.23, 9.5, 11-14, 16)
There is an alchemical mystery in the nature of Janus, for the ancient physicists
said he comprises both Apollo and Diana (Sun and Moon). To see this it's necessary to
understand that by the laws of phonetic variation Diana, Jana and Iana are all
equivalent. Thus Varro (Rerum Rusticarum I.37.3) calls the moon "Iana Luna." So
also, Dianus, the solar counterpart of Diana, is the same as Janus and Ianus.
Further, Macrobius tells us, Janus, who is a guide on the roads, corresponds to
Apollo Agu-ieus, the Guardian of Streets, the counterpart of Diana Trivia, the
Guardian of the Crossroads. Thus we have the solar spirit of the straight path and the
lunar spirit of the fork in the road.
The two faces of Janus represent the two Gates of Heaven (the rising and
setting places of the sun), and as Gatekeeper of the Gods, he must allow entry of all
prayers and sacrifices. So also he is the Gatekeeper of both Heaven and Hell. Indeed
he is often portrayed Quadratus, with four faces looking to the Four Quarters of the
World (represented by the figures in the corners of 21.World). Janus Quadrifrons, the
Janus with four faces, perhaps originated with the Etruscans, who may have called him
Ani; his four faces represent the four quarters of the Heavens (cf. Mesopotamian
Anu/An = Heavens). 17
Fr. 33 Pfeiffer. Reitzenstein, p. 274, sees a further association here with the
explanation of Janus' name as being from the word "to go" (Lat. eo, ire), thus originally
Eanus (Macrobius, Saturnalia 1.9.11; cf. Cicero, De natura deorum 2.26.67). The
multiple explanations advanced in Macrobius' text in 1.9.10-12 — the year, the act of
"going," and the endless cycle (of the universe) — are all arguably connected; John
here naturally puts most emphasis on the chronological connection. Note also the
association of the ouroboros figure (cited by Macrobius in 1.9.12) in regard to the year
in 3.4 above, to the world and Agathos Daimon in §161 below — in which connection
too, it is presumably significant that Aeon (Plutonius) at Alexandria was identified with
the patron god Aga-thos Daimon (Ps.-Callisthenes, Historia Alexandri Magni 1.33 [p.
33 Kroll]). – De mensibus, de João Lídio.
No entanto, tal etimologia além de difícil de equacionar e “dura de roer” é, sobretudo,
imprópria por contrária às regras do protocolo reverencial mítico na medida em que o mais
provável seria supor que seria a semiologia da acção de “ir e andar” que deveria derivar da
O próprio nome da dimensão temporal do «ano» seria literalmente o seu nome, ainda
registado na Suméria como An ou Anu. Daí que, fosse quando fosse o começo das Calendas
esta eram sempre o registo duma anuidade de rituais devida aos deuses dos dias da corte
celeste de Anu. Como em linguagem etrusca o none de Jano era Iani que ressoaria a Anu,
cuja anuidade começaria com o solestício de inverno, é assim possível que fosse esta a razão
porque Jano já era o deus do começo do ano antes do ano começar em Janeiro
Ovid very clearly proves. The statement to which I refer is that in which Janus
"the god of gods," * from whom all the other gods had their origin, * is made to say of
himself: "The ancients....called me Chaos."
Se o deus das portas dos céus e dos infernos não era o próprio “deus pai” do céu Anu
seria o “deus filho” deste, Escur, o deus da escuridão dos infernos do Kur, ou seja, Lúcifer,
o deus que transporta a luz do “deus menino”, o Sol!
Janus | Quadri-frons = Quadra-tus < Qua-ter <
Côa-Ker = Kur-| Côa < Oco <= Kur-Caco (= «Caos») Escur!
JANULA
Esta duplicación de dioses, resultado de la fusión final de tribus emparentadas
que habían vivido mucho tiempo separadas, explicaría la aparición de Jano junto a
Júpiter y de Diana o Jana al lado de Juno en la religión romana. Por lo menos nos
parece ser ésta una teoría más probable que la opinión, que ha encontrado
mantenedores entre algunos investigadores modernos, de que originariamente Jano no
era más que el dios de las puertas. Que una deidad de su importancia y dignidad, a
quien los romanos reverenciaban como dios de dioses y padre de su pueblo, pudiera
haber empezado por humilde aunque respetable portero, parece poco probable. Tan
elevado final difícilmente casa con tan bajos principios. Es más probable que la
puerta (Janua) lleve su nombre por Jano: no que éste derive su nombre de aquélla. Tal
criterio se refuerza por el examen de la misma palabra Janua. La palabra corriente
para la puerta es la misma en todas las lenguas de la familia lingüística aria, desde la
India hasta Irlanda, en sáncrito es dur, en griego rhura, en alemán tur, en inglés door,
dorus en irlandés antiguo y foris en latín. Mas al lado de esta forma común para puerta
y que los latinos poseían conjuntamente con todos sus hermanos arios, también tenían
el nombre janua que no tiene término correspondiente en ninguna lengua indoeuropea.
La palabra tiene la apariencia de ser una forma adjetiva, derivada del nombre Jano. Y
conjeturamos que puede haber sido costumbre erigir una imagen o símbolo de Jano en
la puerta principal de la casa con objeto de colocar la entrada bajo la protección del
gran dios. Así guardada una puerta ésta podría haber sido conocida por una janua
foris, o sea puerta "'anuaria" y esta frase se acortaría con el tiempo en Janua
solamente, quedando el nombre foris sobreentendido pero no expresado. De esto al uso
de Janua para designar una puerta en general, ya guardada o no por una imagen de
Jano, habría una transición fácil y natural. -- Sir JAMES GEORGE FRAZER, LA
RAMA DORADA, Magia y religion.
Jano seria o deus das portas e janelas por mera magia simpática o que nos permite
algumas divagações a respeito da etimologia destes termos arquitectónicos prosaicos.
«Janela» < Lat. Janu-ella, lit. “pequena (filha) de Jano.
= Janu-la > Janua.
Jano, deus das «portas», e por isso mesmo também Portumno, de que teria derivado
o nome dos «portos».
Dois deuses do culto do estado romano guardavam as casas particulares do cidadão
romano. Um deles era Jano, o deus dos portais e começos. Era ele quem era visto como o
principal guardião da casa. Era dele o vão da passagem pela porta, ele estava dentro e fora
da casa ao mesmo tempo. Portanto, ele era seu guardião. E, no entanto, ele não seria o único
deus a cuidar da porta da casa de um romano. Havia Cardea, a deusa das dobradiças,
Forculus, deus das abas das portas, e Limentius, o deus da soleira da porta de entrada.
A segunda divindade oficial da casa, depois de Jano, era Vesta. Ela era a deusa da
lareira. Como a lareira era de importância prática (para cozinhar) e de significado espiritual
(sacrifícios), é bastante compreensível que Vesta fosse considerada de grande importância
para a casa de um romano. Todos os dias as orações seriam ditas a Vesta. Durante as
refeições, alguns alimentos podiam ser separados e passados para o fogo como oferenda à
deusa. -- 18
De facto, Portumnus / Portunus era, como Hermes / Mercúrio, um deus das
comunicações, «portas» e alpendres que aparece na Eneida. Variante de Janus, o deus da
duplicidade como Enki e Hermes.
O Janus Portunus que era adorado perto do Tibre como protetor dos grãos,
pode ser associado ao Janus do comércio inicial. Portuno é identificado em Paulus-
Festus com o Palaemon grego. O professor Fowler, argumentando a partir de uma
passagem obscura no Comentário Veronese sobre Vergil Aeneid 5, 241, chega à
conclusão de que Portunus não era originalmente um deus dos portos, mas que ele era
o guardião da porta do celeiro no Fórum Boarium. Esta teoria brilhante explica as
chaves que lhe são atribuídas. Mostra claramente, também, como ele se tornou um
ramo de Janus: ele era uma forma localizada do deus-porta. Ele se tornou patrono dos
portos, provavelmente porque seu protótipo, Jano, era um deus dos portos e em parte
porque o depósito que Portuno presidia ficava perto do Tibre. Quando o grão estava
sendo transportado pelo Tibre acima em tempos de escassez, a divindade que o
guardava no depósito provavelmente estendia sua proteção a ele quando estava no
porto próximo. Assim ele se tornou protetor do desembarque do barco. 19
(…)
As festas de Portunus e de Tiberinus caem em 17 de agosto, que também era o
dia da dedicação do templo de Janus construído por Duilius. A coincidência das datas
pode ser acidental. Mommsen, no entanto, identifica Portunus com Tiberinus. Além da
coincidência das datas da Portunália e da Tiberinália, o fato de as duas festas serem
realizadas na mesma parte da cidade, próximo ao Forum Boarium, pode ser
considerado um suporte para essa teoria.(...)
Para tornar o assunto ainda mais difícil de desvendar, existe ainda outra
divindade antiga, Volturnus, que também deve ter sido um deus do rio, pois o mesmo
nome Volturnus foi aplicado a um rio na Campânia, e os Fasti Vallenses têm uma nota
em 27 de agosto, Voltumi flumini sacrificium. Varro diz que a origem de Volturnus era
obscura, mas que ele tinha um flamen. Isso é sobre todas as informações que podem ser
obtidas sobre a divindade. Arnóbio representa Janus como o pai de Fons e o marido
18 Franco C., "Religion in the home", History Cooperative, October 18, 2021,
https://historycooperative.org/religion-in-the-home/. Accessed July 14, 2023
19 The Janus Portunus who was worshiped near the Tiber as a protector of grain, may be associated with the
Janus of early commerce. Portunus is identified in Paulus-Festus with the Greek Palaemon. Professor Fowler,
arguing from an obscure passage in the Veronese Commentary on Vergil Aeneid 5, 241, comes to the conclusion
that Portunus was not originally a god of harbors at all, but that he was guardian of the door to the granary in the
Forum Boarium. This brilliant theory explains the keys that are assigned to him. It shows clearly, also, how he
came to be an off-shoot of Janus: he was a localized form of the door-god. He became patron of harbors,
probably, because his prototype Janus was a god of harbors and partly because the storehouse over which
Portunus presided was near the Tiber. When grain was being transported up the Tiber in times of scarcity, the
deity who guarded it in the storehouse probably extended his protection to it as it lay in the harbor close by. Thus
he became protector of the boat landing. – Janus in Roman life and cult, a study in Roman religions. By
Burchett, Bessie Rebecca
de Juturna, que era filha de Volturnus. A explicação de tudo isso pode ser a seguinte:
Em tempos muito antigos, Volturnus era o deus do rio; (...).– Janus in Roman life and
cult, a study in Roman religions. By Burchett, Bessie Rebecca.20
> Ju-turna.
Volturno > *Vol-turna Ju- + | Turna < Taur-an > Tur-ana > Tur-an.
Ju + Anu > *Juanu > Jano > Jana
Juno <*Juanu > «João».
A gênese do nome Tibre provavelmente foi pré-latina, como o nome romano de
Tibur (atual Tivoli), e pode ser especificamente de origem itálica. A mesma raiz é
encontrada no nome de Tiberius. Além disso, como variantes etruscas deste pronome
temos Thefarie (emprestado de Faliscano *Tiferios, lit. “(O) do Tibre” < *Tiferis
eTeperie (através do hidrônimo latino).
Em boa verdade o Tibre era *Ti-Wer, ou seja, deus do Tibre é o deus caldeu Bel
(Marduque) > Wer < Ker > pher > per fer.
*Ti-Wer > Tibur > Tivoli.
«Tibre» < *Tiberis < *Ti-Wer > Faliscan. *Ti-fer-ios > Tiberius
*Ti-fer + Anus > Tifer(a)nus
> Tibério > Tiberino.
No entanto, o termo castelhano mais comum para janela é «ventana» que teria quase
tudo a ver com a etimologia do termo inglês homólogo a esta série. De facto, o termo
«ventana» está relacionado com «vento» de quem Chu, deus das tempestades e do ar, era
deus, ou seja, as portas do céu eram também as portas dos ventos!
«Window» = Middle English from Old Norse vindauga (as WIND1, EYE) <
Old English windan from Germanic: related to WANDER, WEND21
A ideia de fazer derivar as chamadas línguas germânicas dum mítico germânico antigo
é tão peregrina como derivar as línguas latinas exclusivamente do latim e do grego, como se
tais línguas fossem aotogeradas, sem etimologia anterior mais antiga. Mandaria a lógica do
senso comum que as civilizações mais desenvolvidas e mais antigas tivessem influenciado as
reconhecidamente posteriores e menos cultas. No caso, é obvio que o latim e o germânico
vieram depois das antigas e ricas civilizações orientais como foram as acádicas, anatólicas, as
do Egipto e do mar Egeu.
<= Wind < Wend < *Wentha Lat. Ventu > «Vento»!
Window < Old Nor. Vindauga < *Wentha-uka
> Danish. vindue *Wentha-ana > Esp. «Ventana».
Por outro lado,
*Wentha-ana > Dutch. Venster > Germ. (Bildschirm)fenster.
20 The Janus Portunus who was worshiped near the Tiber as a protector of grain, may be associated with the
Janus of early commerce. Portunus is identified in Paulus-Festus with the Greek Palaemon. Professor Fowler,
arguing from an obscure passage in the Veronese Commentary on Vergil Aeneid 5, 241, comes to the conclusion
that Portunus was not originally a god of harbors at all, but that he was guardian of the door to the granary in the
Forum Boarium. This brilliant theory explains the keys that are assigned to him. It shows clearly, also, how he
came to be an off-shoot of Janus: he was a localized form of the door-god. He became patron of harbors,
probably, because his prototype Janus was a god of harbors and partly because the storehouse over which
Portunus presided was near the Tiber. When grain was being transported up the Tiber in times of scarcity, the
deity who guarded it in the storehouse probably extended his protection to it as it lay in the harbor close by. Thus
he became protector of the boat landing. – Janus in Roman life and cult, a study in Roman religions. By
Burchett, Bessie Rebecca
21"wind2," Microsoft® Encarta® 99 Encyclopedia. The Concise® Oxford Dictionary, 9th Edition. (c)
© Oxford University Press. All rights reserved.
*Wentha-er < Phen-ter => Franc. fenêtre Suec. Fönster.
Ital. Finestra < *Kian-ter > Ter-kian > Esp. «Tarazon.».
> Centauro.
Claro que não é óbvia a relação do Centauro com as janelas mas, como toda esta
etimologia tema ver com os deuses “manda chuva”, das tempestades e dos ventos, ocorre-nos
que Centauro tenha sido um dos epítetos de Enki /Kian, enquanto deus do Kur, e por isso
mesmo ter dado origem a termos como dinger, panzer e Tanger, etc.
Diana < Thiana < Ki(ki)-An(u) > Chu-Anu(us) < *Chu-Han > Ju-An > Jan(us).
A Guerra Chu-Han ocorreu de 206 aC a 202 aC entre Xiang Yu e Liu Bang, os quais
tentaram reivindicar o poder após o colapso da Dinastia Qin. Ambos se rebelaram contra o
governo da Dinastia Qin no momento em que dois camponeses, Chen Sheng e Wu Guang, se
levantaram. Xiang Yu, por um lado, era neto de um general do estado de Chu, enquanto Liu
Bang era filho de um camponês que vivia na atual província de Jiangsu. (...)
Batalhas constantes ocorreram nos anos seguintes entre Liu Bang e Xiang Yu, com o
último levando vantagem no início. No entanto, Liu Bang conseguiu virar a maré contra seu
inimigo porque era bom em escolher a pessoa certa e estratégias militares eficazes para a
guerra. Conhecendo sua posição de derrota, Xiang Yu rapidamente propôs dividir o país em
dois com uma fronteira chamada Honggou. A parte ocidental de Honggou foi atribuída a Liu
Bang (Han) e a leste a ele mesmo (Chu).
Quer isto dizer que Janus, antes de se ter diferenciado em Anu, deus supremo do Céu,
distante e ocioso, como os deuses intemporais, arcaicos e esquecidos, teria sido literalmente o
Sr.(Anu) Chu, literalmente o filho de Ki, deus do céu, do ar e das chuvas, das tempestades
fertilizantes e das guerras cósmicas e terrenas, ou seja, Enki, por alguma razão identificado
com o arcaizante Hermes e com Crono.
He also corresponds to the androgynous Persian god Zurvan, representing Time
(cf. Kronos = Khronos), who gave birth to Ahura Mazda and Ahriman (the principles
of good and evil).
Like Phanes and Mithras, he is sometimes shown with a man's body, a lion's
head, eagle's wings and a snake coiled around him seven times (cf. the four animals of
the Tetramorph, discussed below). (Bonnefoy, REM 129-30; Larousse 323; Mercatante
s.v. Zurvan; Weinstock 128-9) .22
O deus persa Zurvan seria andrógino como Atum e como terão sido todos os deuses
primordiais e como em parte se espera da ambivalência dos gémeos. Foneticamente Zurvan
tem todo o aspecto de ser um deus arcaico. Na verdade:
> Kuruan > Kauran > Corno > Krono.
Zurvan < Chur-Wan < Kur-Kian, “a montanha da aurora primordial”!
= Ki-Kur-An > Saturno.
Jano = Sol-posto e Lua / Chuva e Água / Inverno e Janeiro / Aurora e Crepúsculo /
Ambiguidade e Gémeos / Segredo e Saber.
The cock which accompanies the herald is taken to be a symbol of vigilance,
since it heralds the coming of dawn. Likewise Hermes is the God who puts people to
22 http://opsopaus.com/OM/BA/PT/M21.html
sleep and wakes them at dawn, and so he is called the Light Bringer (Phosphoros,
Lucifer), as is the cock. (Hermes brings both obscurity and illumination, dreams and
clarity.) Finally, we must not forget that the cock is a sexual symbol (hence the slang),
due to his aggressiveness and eagerness to mate. (See Biedermann 288; Stassinopoulos
197) Hermes' erection recalls his most common representation: the ithyphallic herms
that stood outside almost every Athenian home. Mercury is the spiritus vegetivus, a
nature deity who is closely associated and sometimes identical with Venus (Jung, Sp.
Merc. 195-6, 202, 215-6, 226). 23
Janus is often seen with the Clavis et Virga (Key and Rod), which are his
emblems as Gatekeeper, for with the Rod he discourages those who are not allowed to
enter, and with the Key he opens the gate. Another common attribute of Janus is a pair
of keys, which is how he is shown in the Pythagorean Tarot. (Cirlot s.v. key; Larousse
200) More generally a key is a symbol of binding and loosing (claudet & aperit: it
closes and opens); specifically, the silver key loosens and the gold key binds; they are
the alchemical dissolution and coagulation. -- Pythagorean Tarot homepage. .24
«Galo» < Lat. gal | *Kar < Kur | -lu,
lit. “homem *Car-deo (o rei dos infernos!).
*Car-deo era, tal como Eros e Horus, era filho da Deusa Mãe Cardea, «Mater Deum
Magna Idaea».
*Kar / Eros era seguramente o filho de Cardea.
Esta foi identificada pelos romanos com Cíbele que, por ser também Magna
Magesta era Maia, a mãe de Hermes.
Figura 7: Jano lunar,
com a chave, a «verga» e o galo.
Este deus que guardava as
portas que separavam o céu dos
infernos em cujas arcas guardava a
sete chaves o secretismo do seu saber
que, por ser lunar, era hermético. Este
deus seria também, qual Lúcifer, um
deus matutino do começo do dia,
representada pelo «galo».
O Dançarino olha para os dois
lados
e segura as chaves
que mostram os vórtices
ascendentes e descendentes.
Sua dança se expande dentro do
mundo
e leva o mundo para dentro;
nela o mundo desperta.
As divisões irreais cedem às
unidades!
23 http://opsopaus.com/OM/BA/PT/M1.html
24 http://opsopaus.com/OM/BA/PT/M21.html
Virgo, ĭnis, f. [root varg-; Sanscr. ūrg, strength, ūrga-jami, nourish; Gr.
orgaô, to swell, orgê, impulse], a maid, maiden, virgin (cf. puella). Vesta = another
name for Ops, Cybele, Terra, the wife of Cœlus and mother of Saturn.
Virga opõe-se gramaticalmente a Virgo ainda que com géneros trocados. A razão de
tais trocas acaba por ser irrelevante sob o ponto de vista linguístico. O que importa aqui referir
é que a «verga» de Jano poderia derivar dum antigo epíteto de Jano, possivelmente enquanto
deus marinheiro que se servia da vara para tocar o barco.
«Verga» < provavelmente do proto-indo-europeu *wisgeh₂ (“vara ou bastão
flexível”). Compare espanhol verga, francês vergue, verge.
Lat. virga (“galho verde delgado, galho, bastão”) < Werka,
lit. “Wer, deus da vida (ka) e dos rebentos primaveris >
de que se faziam as varas e as «vergas».
Uma das identidades mitológicas da constelação da Virgem é Témis, deusa da
justiça, que, desgostosa com o comportamento humano, ascendeu aos céus. Em outras
versões é identificada com Astreia, filha de Zeus e Témis, que viveu entre os homens
durante a Idade de Ouro. Com a decadência da humanidade, retirou-se para os céus
onde foi transformada na constelação da Virgem. Um de seus atributos era a balança,
daí a proximidade de sua constelação com a constelação zodiacal da Libra.
Virga, o deus da «verga» seria esposa de Virgo, tal como Juno de Jano. De facto a
forma Jana deve ter sido tardia e por composição análoga clássica.
Nem por acaso, Virgo, se bem que deusa desconhecida dos romanos, aparece, com as
vestais, associada ao culto da virgem Mãe, ora Vesta, ora Atena ora Diana, Artemisa, etc.
Ainda que Vesta nada tenha tido a ver sexualmente com Jano foi, enquanto Saturnia, uma
variante da Virgem Mãe e mãe de Saturno, tal como Atena, de Eritónio, deus que em devido
local se identificou com Eros.
Quando Crono, deus do tempo, engoliu os seus filhos temendo ser destronado por
algum deles, Héstia foi a primeira a ser engolida pelo pai e a última a ser vomitada. Isso
permitiu a esta deusa familiarizar-se com o tempo que era seu pai. Usualmente, Héstia é a
parceira e amiga de Hermes embora nunca tenham sido um casal. A representação mais
primitiva de Hermes foi uma pedra em forma de pilar, chamado "Erma", colocado na entrada
da casa, guardando-a e protegendo-a porque nelas estava a representação de Héstia que era a
lareira circular no centro do lar.
Sur la base de la grande statue de Zeus, à Olympie, Phidias avait représenté les
Douze Dieux. Entre le Soleil (Hélios) et la Lune (Sélénè) les douze divinités, groupées
deux à deux, s'ordonnaient en six couples: un dieu-une déesse. Au centre de la frise, en
surnombre, les deux divinités (féminine et masculine) qui président aux unions:
Aphrodite et Éros25.. Dans cette série de huit couples divins, il en est un qui fait
problème: Hermès-Hestia. Pourquoi les apparier ? Rien dans leur généalogie ni dans
leur légende qui puisse justifier cette association. Ils ne sont pas mari et femme (comme
Zeus-Héra, Poséidon- Amphitrite, Héphaïstos-Charis), ni frère et soeur (comme
Apollon-Artémis, Hélios-Sélénè), ni mère et fils (comme Aphrodite-Éros), ni protectrice
et protégé (comme Athéna-Héraclès). Quel lien unissait donc, dans l'esprit de Phidias,
un dieu et une déesse qui semblent étrangers l'un à l'autre? On ne saurait alléguer une
fantaisie personnelle du sculpteur. Quand il exécute une oeuvre sacrée, l'artiste ancien
est tenu de se conformer à certains modèles : son initiative s'exerce dans le cadre des
schemes imposés par la tradition. Hestia — • nom propre d'une déesse mais aussi nom
commun désignant le foyer — se prêtait moins que les autres dieux grecs à la
25 Pausanias, 5, ii, 8.
représentation anthropomorphe. On la voit rarement figurée. Quand elle l'est, c'est
souvent, comme Phidias l'avait sculptée, faisant couple avec Hermès. De règle dans
l'art plastique, l'association. Hermès-Hestia revêt donc une signification proprement
religieuse. (…)
Le texte associe de la façon la plus étroite nos deux divinités. Il débute par six
vers d'invocation à Hestia; puis viennent, sans transition, six vers d'invocation à
Hermès dont on demande la protection «en accord avec la déesse vénérée qui lui est
chère (philè)»; l'hymne se termine par deux vers s' adressant conjointement à la déesse
et au dieu. A deux reprises, le poète insiste sur les sentiments d'amitié qu'Hermès et
Hestia nourrissent l'un pour l'autre. Cette mutuelle philia explique que Phidias ait pu
les placer, à côté des autres couples, sous le patronage d'Aphrodite et d'Éros.
Cependant cette affection réciproque n'est pas fondée sur les liens du sang, ni du
mariage, ni de la dépendance personnelle. Elle répond à une affinité de fonction, les
deux puissances divines, présentes aux mêmes lieux, y déployant côte à côte des
activités complémentaires. Ni parents, ni époux, ni amants, ni vassaux, — on pourrait
dire d'Hermès et d'Hestia qu'ils sont «voisins». Ils ont en effet l'un comme l'autre
rapport à l'étendue terrestre, à l'habitat d'une humanité sédentaire. «Tous deux,
explique l'Hymne, vous habitez dans les belles demeures des hommes qui vivent à la
surface de la terre (épichtonioi), avec des sentiments d'amitié mutuelle. (...)
S'ils font couple, pour la conscience religieuse des Grecs, c'est que les deux
divinités se situent sur un même plan, que leur action s'applique au même domaine du
réel, qu'ils assument des fonctions connexes. Or, au sujet d' Hestia, pas de doute
possible: sa signification est transparente, son rôle strictement défini. Parce que son lot
est de trôner, à jamais immobile, au centre de l'espace domestique, Hestia implique, en
solidarité et contraste avec elle, le dieu véloce qui règne sur l'étendue du voyageur. A
Hestia, le dedans, le clos, le fixe, le repli du groupe humain sur lui-même; à Hermès, le
dehors, l'ouverture, la mobilité, le contact avec l'autre que soi. On peut dire que le
couple Hermès-Hestia exprime, dans sa polarité, la tension qui se marque dans la
représentation archaïque de l'espace: l'espace exige un centre, un point fixe, à valeur
privilégiée, à partir duquel on puisse orienter et définir des directions, toutes différentes
qualitativement; mais l'espace se présente en même temps comme lieu du mouvement,
ce qui implique une possibilité de transition et de passage de n'importe quel point à un
autre. -- Vernant Jean-Pierre. Hestia-Hermès. Sur l'expression religieuse de l'espace
et du mouvement chez les Grecs.
Se o deus latino Jano era o mesmo que o etrusco Ani (< Anu) é porque existiu uma
correlação anterior entre ambos a qual só pode ter resultado a partir de An sumério. O deus
que emerge o Kur pode ser Iscur, o sol nascente.
Claro que existe outra possibilidade etimológica:
Janu > Iani > Ani.
Ane ou Ani "is God of Entries and Exits, Departures and Returns, Beginnings
and Endings. He protects Initiative in any activity, and helps Communication of all
kinds. The Etruscan sky god who lives in the highest heaven (in the north). He shows
many similarities with the Roman god Janus."26
O pavão pode ter sido ave totémica de Juno precisamente por estar relacionada
falicamente com o seu parédro masculino, o deus Tot e pelicano de pescoço de cobra
emplumada, a ave Anzu do Espírito Santo da sabedoria, Eia, altamente suspeito de ter tido
também o nome de *Kius.
Janus, whose key the Pope bears, was the god of doors and hinges, and was
called Patulcius, and Clusius "the opener and the shutter."
This had a blasphemous meaning, for he was worshipped at Rome as the grand
mediator. -- The Sovereign Pontiff The Two Babylons, Alexander Hislop.
Patulcius < | Phatur > Pater | < Sacer < -*Kius, lit. “sagrado pai *Kius”.
«Chave» < lat. Clavis < Clauis < | Cal < *Kar |-*Kius
> Claushius > Clusius. Como,
*Kius > Isku > Ishu > Ju + Anu | = Ani | > Jano, então
Pater-*Kius = Chu-pater > Júpiter = Jano
A etimologia destes teónimos de Jano permite compreender a estranha afirmação que
se segue:
Notar que «sénior & júnior» têm a mesma raiz etimológica a partir do nome de Enki
Anzu *Chuan Jano, que afinal este deus teria sido na origem:
> grec. Xeno > Juno.
«Sénior» < Xenu-(aur) < Chu-anu > Ju-Ani > Juni-(aur) > «júnior».
> Jainus > Janus.
A dualidade latina deste deus seria uma variante da trindade católica na medida em
que lhe falta o pássaro Anzu no papel de pomba do Espírito Santo.
It was this same god whose worship prevailed so exceedingly in Asia Minor at
the time when our Lord sent, by his servant John, the seven Apocalyptic messages to the
churches established in that region. And, therefore, in one of these messages we find
Him tacitly rebuking the profane ascription of His own peculiar dignity to that divinity,
and asserting His exclusive claim to the prerogative usually attributed to His rival.
Thus, Revelation 3:7 "And to the angel of the church in Philadelphia write: These
things saith he that is holy, he that is true, he that hath the key of David, he that
openeth, and no man shutteth; and shutteth, and no man openeth." Now, to this Janus, as
Mediator, worshipped in Asia Minor, and equally, from very early times, in Rome,
belonged the government of the world; and, "all power in heaven, in earth, and the
sea," according to Pagan ideas, was vested in him. In this character he was said to have
"jus vertendi cardinis" -- the "power of turning the hinge" -- of opening the doors of
heaven, or of opening or shutting the gates of peace or war upon earth. The Pope,
therefore, when he set up as the High-priest of Janus, assumed also the "jus vertendi
cardinis," "the power of turning the hinge,"--of opening and shutting in the blasphemous
Pagan sense. -- The Sovereign Pontiff The Two Babylons, Alexander Hislop.
Sendo Janus Patulcius = Pater *Kius = Júpiter, então
=> Jano = Júpiter.
26 21 - World (opsopaus.com)
Whatever important business
was in hand, whatever deity was to
be invoked, an invocation first of all
must be addressed to Janus, who was
recognised as the "God of gods," in
whose mysterious divinity the
characters of father and son were
combined, and without that no
prayer could be heard--the "door of
heaven" could not be opened.
Figura 9: Jano, o deus pai e
filho, «sénior & júnior»!
A coexistência do mesmo deus na forma de dois deuses diferentes no mesmo panteão
deve ter sido motivo de desconforto teológico e ter dado origem a muito misticismo e
esoterismo e tal facto só pode ter tido origem em tradições da mesma origem que, entretanto,
se desencontraram por motivos históricos desconhecidos.
St. Augustine was puzzled by the fact that Janus preceded Jupiter, although
Jupiter seemed to be the higher of the two deities; he attempted to explain this by
saying,
quoniam penes Ianum sunt prima, penes Iovem summa.
63 Servius thought that Janus was inventor of speech, and for this reason came
first in the prayers which men addressed to the gods.64 St. Augustine was apparently
much impressed by the possibility of drawing comparisons between Janus, the beginner,
and Terminus, the ender.65 This was reasonable, too, for surely the ending of any
undertaking is as important as the beginning, and, if one deity watched over the
commencement, another ought to guard the outcome. But the analogy does not work out
consistently. If Janus had been the beginning and Terminus the ending, then in prayers
where Janus comes first, Terminus ought to come last. Such is not the case: Vesta ends
the list, and Terminus never found a place on it at all. Cicero works out an analogy
making Vesta last:
Cumque in omnibus rebus vim haberent maximam prima et extrema, principem
in sacrificando lanum esse voluerunt....Vis autem eius (Vestae) ad aras et focos pertinet.
Itaque in ea dea, quod est rerum custos intimarum, omnis et precatio et sacrificatio
extrema est.27.
66 Here the positions of Janus and Vesta, at the door and in the interior of the
house respectively, correspond to their respective places at the beginning and the end of
the list of deities, but Cicero does not attempt to show that their functions were the
analogical ones of beginner and ender. These passages show how artificial such
explanations were. There is no reference in literature to an offering either to Vesta or to
Terminus as guardians of the ending of any undertaking, or to Janus as the patron of
the beginning of it. These functions of the deities are merely fanciful conceptions of
the rhetoricians and poets, and had no place in religion proper.
27 E quando em todas as coisas eles tinham o maior primeiro e último poder, eles escolheram Janus
para ser o chefe no sacrifício...Mas o poder dela (de Vesta) pertence aos altares e lares. Portanto, naquela deusa,
que é a guardiã das coisas íntimas, toda a oração e sacrifícios são extremos.
The reasons given by the Romans for making the month of Janus the beginning
of the year are equally various and inconsistent. Plutarch says that Numa named the
first month after Janus because he preferred to honor the god of agriculture and
peaceful government rather than the god of war.67 Varro believed it was because Janus
was patron of beginnings.68 Ovid says that it was because the first month resembled a
door:
Primus enim Iani mensis, quia ianua prima est.
Pois é o primeiro dia do mês de Janus, porque é a primeira porta.
Isidorus has much the same idea:
Ianuarius mensis a Iano dictus, cuius fuit a gentilibus consecratus: vel quia limes
et ianua sit anni; he then goes on to say that Janus was represented with two faces
because he was introitus…et exitus anni,
O mês de janeiro foi chamado por Janus, ao qual foi consagrado pelos gentios:
ou porque é o limiar ou a porta do ano;
ele então continua dizendo que Janus foi representado com duas faces porque
ele estava entrando (no novo)...e saindo do ano (velho).
70 which might imply that he was god of endings, as well as of beginnings.
Suidas makes him the door- keeper of the year. 71 Macrobius says that the month of the
two-faced god was the end of the old and the beginning of the new year. 72 Servius
makes him the god of the year.
73 Ausonius, spectans tempora Una simul,
74 has the same thought. From these passages it appears that most of the
reasons given by the Romans to explain why the month of Janus was first in the year
are analogical, and that the analogy most frequently employed was that of the
opening and closing door.
The place of Janus as god of beginnings may be summed up thus: After it
became the custom for magistrates to enter upon their office on the first of January and
this day became the first of the civil year, some honor was reflected to Janus from the
ceremonies then performed. Furthermore his name was often used as a synonym for his
month. In consequence of these two facts, he is often hailed as the beginning of time.
This title always means that he is the beginning of the secular year. But, as the Romans
became familiar with abstract ideas, some conception of beginning may have been
attached to Janus28.
Such a notion may have been strengthened by the fact that Janus was invoked in
prayers before the other gods and by such analogies as the following:
Ianua autem est primus domus ingressus, dicta quia Iano consecratum est omne
principium.
Agora a porta é a primeira entrada da casa, assim chamada porque todo começo
é consagrado a Janus.
75 It is to be noted, however, that this is the only one of the passages which
states definitely that Janus was god of beginnings. When philosophy brought to the
Romans nobler religious conceptions and caused them to raise their deities to a loftier
plane than that of the earlier numina, Janus, like Jupiter, became a cosmic deity. 76 He
28 The poet Martial thus described Janus as “the progenitor and father of the years”.
was the source of all things, 77 the generator of all life, 78 or the original chaos from
which all things evolved. 79 In this sense he was god of beginnings, but no more so than
Jupiter was. – Janus in Roman life and cult, a study in Roman religions. By Burchett,
Bessie Rebecca.
Pegando nas opiniões muito pessoais, apesar dos argumentos anteriores muito
objectivos, de que: quando a filosofia trouxe concepções religiosas mais nobres aos romanos
e os levou a elevar suas divindades a um plano mais alto do que o da numina anterior, Janus,
como Júpiter, tornou-se uma divindade cósmica. Ele era a fonte de todas as coisas, o gerador
de toda a vida, ou o caos original do qual todas as coisas evoluíram. Nesse sentido, ele era o
deus dos começos, mas não mais do que Júpiter. E não mais do que Júpiter porque
Jano era Jú-pater, ou seja, o pai *Ju-Ano, o senhor Xu, deus que no Egipto
sustentava o céu e por isso he guardava as portas e delas tinha as chaves. Assim
sendo, tal como “a identificação de Hermes com Mercúrio obscureceu a
associação inicial de Hermes com Janus” também a identificação de Júpiter
com Zeus fez desaparecer Jano, bem como a sua natural identificação com
Júpiter enquanto deus dos deuses.
Puede objetarse naturalmente a esta teoría que la consorte divina de Júpiter no
era Diana, sino Juno y que si Diana tenía marido, lo menos que podía esperarse es que
llevase el nombre no de Júpiter, sino de Diano o Jano, siendo este último solamente
una corrupción del pri-mero. Todo esto es verdad, mas la objeción puede
contrarrestarse obser-vando que las dos parejas divinas, Júpiter y Juno por un lado y
Diano y Diana o Jano y Jana por otro, son sencillamente duplicaciones una de la otra,
siendo sus nombres y sus funciones idénticos en substancia y origen. Respecto a los
nombres, los cuatro vienen de la raíz aria "di" que significa "brillante", como ocurre en
los nombres de las deidades griegas correspondientes, Zeus y su antigua consorte
Dione. En cuanto a sus funciones, Juno y Diana fueron ambas diosas de la fertilidad y
de los partos y ambas fueron más pronto o más tarde identificadas con la Luna. En
cuanto a la genuina naturaleza y funciones de Jano, los mismos antiguos estuvieron
embrollados y si ellos titubearon, no espera-remos nosotros decidir confiadamente.
Pero el concepto mencionado por Varrón,1 de ser Jano el dios del cielo, se basa no sólo
en la identidad etimológica de su nombre con el dios del cielo, Júpiter, sino tam-bién en
la relación que parece haber tenido Júpiter con dos cónyuges, Juno y Juturna. El
epíteto Junoniano concedido a Jano, señala una unión matrimonial entre las dos
deidades, y de acuerdo con una relación, Jano fue el marido de la ninfa acuática
Juturna, la que según otras, fue amada por Júpiter. Además, Jano, al igual que Jove,
fue invocado con frecuencia y de él se hablaba comúnmente bajo el título de padre.
Realmente Jano fue identificado con Júpiter no solamente por la lógica del erudito San
Agustín, sino también por la piedad de un adorador pagano que dedicó una ofrenda a
Júpiter Diano. Una huella de su relación con el roble puede en centrarse en el bosque
de robles del Janículo, colina de la orilla derecha del Tíber donde suponían que había
reinado Jano como monarca en las más remotas edades de la historia italiana. -- Sir
JAMES GEORGE FRAZER, LA RAMA DORADA, Magia y religion.
Figura 10: C. Fonteius. Denarius, Roma 114 or 113, AR 3.90 g. Description:
Laureate Janiform head of Dioscuri; on l., O and on r., Ý. Rev. Galley l.; above
C·FONT. Below, ROMA.
The coins bearing a Janus head often had on the reverse the representation of a
ship's prow. These asses must have been at one time quite common, for Macrobius says
that Roman boys in a game somewhat like "tossing pennies" called capita aut navia.
This circumstance Macrobius takes to be a proof of the antiquity of this sort of coinage.
Athenaeus says that Janus is represented on the as because it was he who invented the
art of stamping money; and that the ship appears because he invented navigation.
Servius makes the ship a representation of the one in which Janus came to Italy.
Macrobius, on the other hand, thinks that it was Saturn who came over the sea, and
that, being kindly received by Janus, who was king at that time, he rewarded the
friendly monarch by teaching him and his subjects the arts of civilization. In gratitude
for his practical education, Janus had Saturn's ship placed on the coins. Ovid gives
much the same account, but says that it was pious posterity which preserved the
memory of the ship by picturing it on coins. Plutarch asks the question, "How is it that
they imagine Janus to have had two faces?" and, in reply to his own query, he
conjectures, "Is it because he, being a Greek, came from Perrhaebia, as we learn from
historians; and passing forward into Italy, dwelt in that country among the barbarous
people who there lived, whose language and manner of life he changed?
[227] Eu realmente aprendi muito; mas por que a figura de um navio está estampada
em um lado da moeda de cobre e uma figura de duas cabeças no outro?' "Sob a imagem
dupla", disse ele, “você poderia ter me reconhecido, se o longo lapso de tempo não tivesse
desgastado o tipo. Agora, por causa do navio: Em um navio, o deus portador da foice veio ao
Toscano rio depois de vagar pelo mundo. Lembro-me de como Saturno foi recebido nesta
terra: ele havia sido expulso por Júpiter dos reinos celestiais. Desde então, o povo manteve
por muito tempo o nome Saturnino, e o país também foi chamado de Lácio, um esconderijo
(latente) do deus. Mas uma posteridade piedosa inscreveu um navio no dinheiro de cobre
para comemorar a vinda do deus estrangeiro. Eu mesmo habitei o solo cujo lado esquerdo é
banhado pela onda vítrea do Tibre arenoso. Aqui, onde agora está Roma, a floresta verde
permaneceu vazia, e toda esta poderosa região era apenas pasto para algumas vacas. Meu
castelo era a colina que a era atual está acostumada a chamar pelo meu nome apelidando-a
de Janiculum. Eu reinei nos dias em que a terra podia suportar deuses, e as divindades
moviam”.-se”. livremente nas moradas dos homens. O pecado dos mortais ainda não havia
colocado a Justiça em fuga (ela foi a última dos celestiais a abandonar a terra): a honra
pessoal, não o medo, governou o povo sem apelar para a força: labuta não havia ninguém
para expor o direito aos homens justos. Eu não tinha nada a ver com a guerra: eu era o
guardião da paz e das portas, e estas,' disse ele, mostrando a chave, 'estas são as armas que
eu carrego." -- Ovídio Fasti 1.
Or rather because he taught and persuaded them to live together after a civil
and honest sort, in husbandry and tilling the ground, whereas formerly their manners
were rude and their fashion savage without law or justice altogether." (…)
Although the Romans saw and handled constantly the coin having the double-
faced head of Janus, yet, in spite of all the nice analogies to be noted between a door
and such an image, and in spite of the prominence of the deity in worship, they were not
moved to make other representations of him in this form. This is significant of the fact
that the two-faced Janus was a god of coins only; that aside from these coins, he was
not thought of in this shape. Therefore Ovid's statement that Janus had no Greek
counterpart is true. The identity of the Greek Hermes and of the Janus of the same form
never occurred to the poet, partly, perhaps, because they were alike in so few
particulars, and partly because the identification of Hermes with Mercury had
obscured the early association of Hermes with Janus. – Janus in Roman life and cult,
a study in Roman religions. By Burchett, Bessie Rebecca.
“(...) a afirmação de Ovídio de que Janus não tinha contraparte grega é verdadeira”
mas apenas na medida em que poucos ou nenhum dos deuses chamados Di indigetes a tinha.
Por outro lado o facto de haver em ambos os panteões deuses com várias funções e vários
deuses com a mesma, tornava difícil a interpretatio graeca. No caso de Janus esta nunca foi
tentada porque, tendo este funções equivalente da Jú-pater que, por sua vez, foi confundido
com Aeneas Iuppiter Indiges, mais difícil seria a sua interpretatio graeca, que a ser feita teria
que ser sobretudo como Hermes e em parte com Zeus. Importa frisar que, contra a opinião de
Bessie Rebecca, Jano foi o deus supremo do calendário sacerdotal romano, que começava em
Janeiro, conforme o “De mensibus” de João Lídio:
Mas enquanto essas e todas as outras nações observavam um único ponto inicial do
ano, os romanos [observavam] três: um, "sacerdotal", um segundo, "ancestral" e outro,
"cíclico e cívico". O [início] sacerdotal é em janeiro, quando o sol, passando por
Capricórnio, causa um aumento do dia. O [início] ancestral é o que eles chamam de primeiro
dia do mês de março - quando é costume romano até hoje "sacudir as armas", do mês de
setembro, que os gregos chamam de "repartição" [epinemêsis], mas eles próprios chamam de
"indição". Pois indictio [é o que] os romanos chamam de declaração do ciclo anual em sua
língua ancestral. O "cívico" ou melhor, "cíclico" [início] é o primeiro dia do mês de
setembro, que os gregos chamam de "repartição" [epinemêsis], mas eles próprios chamam de
"indição". Pois, indictio [é o que] os romanos chamam de declaração do ciclo anual em sua
língua ancestral 29. -- De mensibus, João Lídio.
29 But while these and all the other nations observed one single starting point of the year, the Romans
[observed] three: one, "priestly," a second, "ancestral," and another [61], "cyclical and civic." The priestly
[beginning] is in January, when the sun, passing Capricorn, causes an increase of the day. The ancestral
[beginning] is what they call the first of the month of March—when it is the Roman custom even to this day to
"shake the weapons."147 The "civic" or rather "cyclical" [beginning] is the first of the month of September,
which the Greeks call "apportionment" [epinemêsis], but they themselves call "indiction." For indictio [is what]
the Romans call the declaration of the yearly cycle in their ancestral language.
De resto, sendo o arcaico panteão romano uma herança itálica quase
seguramente partilhada com os etruscos, natural seria suspeitar da relação de Jano
com os etruscos deuses supremos Tinia & Uni.
Aparentemente não se entende que possa Jano ter a ver com a dupla da
soberania etrusca, mas aceitando que a esposa de Jano poderia ter sido Jana Juno
e ambos pais de Ju-Turna fica a restar a relação de Jano com Tinia que embora não
pareça evidente está na cara.
Tin < Tin(i)s < Tinh(a) < Tina < Tinia < Ti-Anu *Dianus
Yi-ANE < Xu-Anu > Jano.
Jano Clusivio (Macrobius acima I 9, 15): > Κλουσί-βιον > Κλούσι-ον
Clusi-uius
Janus Clusi-vius faz a ligação de Jano ao etrusco Culśanś sobretudo na forma
Κλούσι-ον que é quase Culśanś.
Culśanś/Culśu- *Cul-Chu-An > *Su-An > Xuan > Jano.
Por outro lado Cul-śanś é literalmente Kul Kur, o santo. Ora, a raiz Kur
aparece nos epítetos de Jano Quirinus < Κυρ-ινον < Κου-ριάτιον.
Portanto, tal como Enki era deus do Kur também Culśanś e Jano Clusi-vius
eram deuses infernais.
ANE [Janus] is an Etruscan God of Entries and Exits, Departures and
Returns, Beginnings and Endings. He protects Initiative in any activity, and helps
Communication of all kinds.
Culsans (Culśanś) é uma divindade etrusca, conhecida por quatro inscrições e
uma variedade de material iconográfico que inclui moedas, estatuetas e um
sarcófago. Culśanś é geralmente representado como uma divindade masculina com
duas faces e pelo menos duas estatuetas representando-o foram encontradas em
estreita associação com os portões da cidade. Essas características sugerem que ele
era um protetor de portais, que podia vigiar o portão com dois pares de olhos.
Figura 11: Estatueta de bronze de Culsans de Cortona. Cortona, Museo
dell'Accademia Etrusca, ca. 300-250 aC.
Culśanś < Culśu + Anu < Culśu > Cluvio.
> Clusius > Clusi-vius < Clusium
> Etrusc. (clewsi) > > *Cliusu > Chiusi
> clusus < clūdō, clūdere, clūsī, clūsum
= claudo, claudere, clausī, clausum.
< ??? proto-itálico *klaudō, do proto-indo-europeu *kleh₂u- (“chave, gancho, prego”).
grego antigo κλείς (kleís, “barra, ferrolho, chave”), alto alemão antigo sliozan (“fechar,
concluir, trancar”), saxão antigo slūtan (“fechar, concluir, trancar”).
Suspeita-se que Techuva fosse um deus Egeu já existente na civilização minóica onde
seria também um deus taurino. Suspeita-se também que uma das variantes do seu nome seria
*Te-icheba que seria literalmente o filho da deusa mãe *Heba / «Eva», que ao casar com o
filho passou a Hebat / *Kikat / Hekate. Suspeita-se sobretudo que Techuva seria já uma
forma elíptica de *Te-Chu(r)-ka com o significado habitual de aquele que transporta a vida
(ka)! Ora, de *Te-Chu(r)-ka vai-se facilmente a Sum. Iskur Cret. *Kurijo.
Ahura (Mazda) < Hahur < Ka-Kur > Sakur > Sacher > Saturno.
Ashur < Hashur < Ka-Kur > Ka-Chur < Chu(r)-ka
Teshup < Teicheva < *Te-Chu(r)-ka
< Te-Kur-Sha < *Kurijo.
Culśu < Culśanś < Kur-Xu-Anu < Kur Jano > Welcheno
Kur-Xu-Anu = Kur Anzu
Culsu < Kulshu < *Kalisha < Ishkar > Ishtar / (H)eresh(kigal) A Deusa Demônio
dos Portais do Inferno, é uma Tutor Finium, e assim termina o Quadrante Sudoeste, que é
conhecido como Regiones Dirae [As Regiões Temerosas].
Clesis, Clisis, Cleusis, Clūsius msg (Clūsiī o Clūsī)
Clusio (Κλούσιος) é um río en Galia Transpadana que desemboca en Ollius,
agora Chiese.
O busilis de toda a questão relativa a etimologia tanto de Jano como de Jupiter está na
passagem de Iu-gis Iu-gus.
È obvia a relação de Iu-gus com o conceito prático evidente da balança oculto no
«jugo» Ζυγός (Zygós) e desta com o equilíbrio da boa ordem de Maat e a justiça de Metis ou
seja Iu-gis Iu-gus remete para a dicitomia Maat Metis. Portanto a relação teórica
abstrata do tempo eterno e utópica do motum peretuum Iu-gis e a realidade prática duma
longa vida saudável passava pela sujeição ao equilíbrio do Iu-gus num mundo caótico da
realidade. Esta ideia da justiça alçançada pela virtude implicava o conhecimento das leis da
vida que os sumérios apelidavam de «mês», conceito que não estava longe dos meses do
calendário latino a que Jano presidia. Por outro lado Jano / Hermes era Enki cujo vizir era o
deus Ismud, ou Muhra.
30 https://muse.jhu.edu/article/849264