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ATO NORMATIVO CONJUNTO N° 035, de 21 de setembro de 2021

O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, Desembargador LOURIVAL ALMEIDA TRINDADE, o CORREGEDOR-GERAL DA
JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, Desembargador JOSÉ ALFREDO CERQUEIRA DA SILVA, e o CORREGEDOR DAS COMARCAS DO INTERIOR DO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, Desembargador OSVALDO DE ALMEIDA BOMFIM, no uso de suas atribuições legais e regimentais,
conjuntamente, à vista do que consta do processo TJ-ADM-2021/26095, CONSIDERANDO os termos da Resolução CNJ nº 357, de 26 de novembro de
2020, que dispõe sobre a realização de audiências de custódia por videoconferência quando não for possível a realização, em 24 horas, de forma
presencial, durante a pandemia; CONSIDERANDO as orientações constantes da Recomendação CNJ nº 62, de 17 de março de 2020 suas alterações e da
Recomendação CNJ nº 91, de 15 de março de 2021; CONSIDERANDO os princípios da duração razoável do processo, celeridade (art. 5º, LXXVIII, da CF),
eficiência (art. 37, caput, da CF) e continuidade dos serviços públicos; CONSIDERANDO o quanto disposto na Resolução nº 322, do Conselho Nacional de
Justiça, de 01º de junho de 2020, alterada pela Resolução nº 397, de 09 de junho de 2021, que estabelece, no âmbito do Poder Judiciário, medidas para
retomada dos serviços presenciais, observadas as ações necessárias para prevenção de contágio pelo novo Coronavírus ? COVID-19, e dá outras
providências; CONSIDERANDO o teor do Decreto Judiciário nº 414, de 24 de julho de 2020, que estabelece as diretrizes de higiene e segurança, propostas
pelo Comitê Gestor Local de Atenção Integral à Saúde dos Magistrados e Servidores, a serem adotadas por todas as unidades judiciais e administrativas do
Tribunal de Justiça da Bahia; e CONSIDERANDO o teor do Ato Normativo Conjunto nº 20, de 15 de julho de 2021, da Mesa Diretora do Poder Judiciário do
Estado da Bahia, RESOLVEM Art. 1º Fica autorizada, no âmbito do Poder Judiciário do Estado da Bahia, a realização de audiência de custódia pelo
sistema de videoconferência, desde que não seja possível a realização na forma presencial, cabendo ao juiz responsável por presidir o ato processual
avaliar objetivamente as circunstâncias que impeçam ou dificultem a realização do ato. Art. 2º Decidindo o Juízo pela realização de audiência de custódia
pelo sistema de videoconferência, a pessoa presa em flagrante delito, por prática de fato definido como infração da competência da Justiça Estadual,
independentemente da motivação ou natureza do ato, será apresentada, em até 24 horas da comunicação do flagrante, à autoridade judicial, na sala de
audiência do Fórum ou em local definido pelo Juiz, observadas as normas de segurança e condições locais. § 1º Na hipótese de o Juiz optar pela realização
de audiência por videoconferência, nos termos do caput deste artigo, deverá adotar o procedimento previsto na Resolução CNJ nº 329/2020. § 2º O termo
inicial da contagem do prazo para a apresentação da pessoa presa será a hora do protocolo da comunicação. § 3º As audiências serão realizadas por meio
do aplicativo contratado pelo Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (Lifesize). § 4º As salas destinadas para a realização de atos processuais por sistema
de videoconferência poderão ser fiscalizadas pelas corregedorias e pelos juízes que presidirem as audiências. Art. 3º Na realização da Audiência de
Custódia, por videoconferência, será observado o seguinte: I - a realização da audiência virtual ocorrerá em horário a ser previamente definido pelo
Magistrado; II - o link da Sala de Audiência virtual será divulgado pelo Magistrado ou por servidor por ele autorizado, e deverá ser acessado pelo Ministério
Público, Defensor e autoridade responsável pela custódia, no horário indicado, quando houver preso a ser apresentado ao Juízo; III - o Auto de Prisão em
Flagrante deverá estar acompanhado de laudo de exame de corpo de delito ou justificativa de sua não realização; IV - será garantido o direito de entrevista
prévia e reservada entre o preso e advogado ou defensor, tanto presencialmente quanto por videoconferência, telefone ou qualquer outro meio de
comunicação; V - o preso deverá permanecer sozinho durante a realização de sua oitiva na sala em que se realizar audiência por videoconferência,
ressalvada a possibilidade de presença física de seu advogado ou defensor no ambiente, observadas as normas de segurança; VI - a condição exigida no
inciso V poderá ser certificada pelo próprio Juiz, Ministério Público e Defesa, por meio do uso concomitante de mais de uma câmera no ambiente ou de
câmeras 360 graus, de modo a permitir a visualização integral do espaço durante a realização do ato; VII - deverá haver também uma câmera externa a
monitorar a entrada do preso na sala e a porta desta; VIII - deverá a serventia encaminhar ao e-mail da Delegacia de Polícia Civil cópia da ata da audiência
realizada, para conhecimento e providências cabíveis. Art. 4º Havendo circunstância comprovadamente excepcional que impossibilite a pessoa presa de ser
apresentada ao juiz na Sala de Audiência virtual no prazo do art. 2°, a autoridade policial comunicará o fato ao juiz competente com antecedência de no
mínimo 3 horas para adoção das providências cabíveis. Art. 5º Os casos omissos serão resolvidos pela Corregedoria Geral de Justiça e/ou pela
Corregedoria das Comarcas do Interior, que ficam autorizadas a editar atos complementares, se necessário for, podendo, inclusive, estabelecer fluxo de
trabalho, a ser adotado pelos Magistrados nas audiências de custódia por videoconferência, observadas as peculiaridades locais. Art. 6º Este Ato Normativo
Conjunto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas disposições contrárias. Dado e passado nesta Cidade de Salvador, aos 21 dias do mês de
setembro, do ano de dois mil e vinte e um. Desembargador LOURIVAL ALMEIDA TRINDADE Presidente Desembargador JOSÉ ALFREDO CERQUEIRA
DA SILVA Corregedor-Geral da Justiça Desembargador OSVALDO DE ALMEIDA BOMFIM Corregedor das Comarcas do Interior

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