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Introdução
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Essa pesquisa é financiada pelo Programa de Institucional de Bolsa de Iniciação Científica (2013-2014)
CNPQ\FAPEAL\UFAL. E está vinculada ao Grupo de Estudos e Pesquisa em História, Sociedade e
Cultura (GEPHISC). Mais informações a respeito em: http://gephisc.blogspot.com.br/
administrativas adotadas pelo Anuário Estatístico do Estado (ALAGOAS, 2011, p.
459). E neste sentido, o trabalho relacionado às fontes orais revela significados
atinentes ao desenvolvimento de discussões da denominada história do tempo presente
(FERREIRA, 2003, RÉMOND, 2007).
Este fazer-se historiográfico em Alagoas tem sido balizado pelo alargamento
da compreensão acerca da noção de fonte histórica – pensada pela contribuição da
Escola dos Annales, segundo a qual fonte histórica é tudo aquilo que registra a ação
humana no tempo (BLOCH, 2003, p. 9) –, pelos estudos empreendidos pelo Instituto
Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL) – instituição fundada em 1868 –, pelos
cursos de História da Universidade Estadual de Alagoas (UNEAL) e pelo curso de
História da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) – este último, já contando com
um Programa de Pós-graduação e Pesquisa em História (PPGH/UFAL) –, e, por fim,
pelos horizontes de pesquisa que passam a ser fomentados pelo curso de História do
Campus do Sertão/UFAL, localizado no município de Delmiro Gouveia, no qual os
pesquisadores do projeto em exposição têm sua base de estudos através do Grupo de
Estudos e Pesquisa em História, Sociedade e Cultura (GEPHISC).
Em torno deste horizonte, em particular, do curso de História do Campus do
Sertão/UFAL, a necessidade de estimular a formação de professores, inclusive
qualificando-os no campo da pesquisa, enfrenta o habitual desafio dos historiadores e
demais pesquisadores, qual seja, o do acesso às fontes e aos seus respectivos centros de
documentação. No caso do Estado de Alagoas – exceto o Instituto Xingó/CHESF e um
ou outro arquivo cartorário, eclesiástico e administrativo, os principais acervos e fontes
de pesquisa encontram-se em Penedo e, sobretudo em Maceió. Além disso, no que tange
aos temas contemporâneos ou do chamado tempo presente, não obstante a proximidade
espaço-temporal, por vezes, o acesso às fontes e mesmo aos seus registros não são
objetos de políticas públicas que privilegiem o acesso à informação.
Dessa forma, debruça-se sobre a importância do levantamento, registro,
catalogação, arquivamento e análise de fontes escritas, visuais e, sobretudo, orais no
espaço de abrangência do Campus do Sertão/UFAL – experiência de interiorização do
ensino superior que tem se mostrado exitosa – aponta a necessidade de compreender o
Sertão como algo mais que uma divisão político-administrativa ou climática, mas
também como uma teia social e cultural tecida por homens e mulheres no seu fazer-se
cotidiano e transpassado por esquecimentos, sentimentos e lembranças de sujeitos
históricos que compartilham experiências de um passado próximo e, por vezes, presente
(PORTELLI, 1997).
Tecida essa justificativa, observa-se a necessidade de estruturar esse projeto de
estudos sobre as fontes contemporâneas sobre o Sertão de Alagoas, através do uso
metodológico da história oral, envolvendo pesquisadores e estudantes do curso de
História do Campus do Sertão/UFAL, do GEPHISC e do PPGH/UFAL. Além disso,
este projeto toma como referência o projeto “Fontes orais para história contemporânea
de Sergipe" (FREITAS, 2002). Experiência de pesquisa, na qual participamos como um
dos coordenadores, organizado entre 2001 e 2002, resultou na produção de quase 150
monografias e mais de 700 entrevistas envolvendo sujeitos, acontecimentos e práticas
sociais, políticas e culturais ocorridas em diferentes municípios do mencionado estado.
Este projeto, por sua vez, cujo foco encontra-se nas fontes orais sobre a história
contemporânea do Sertão Alagoano, justifica-se também pela necessidade de registrar
as experiências históricas de diferentes segmentos sociais de Alagoas, cujas lembranças
do passado fazem-se presentes na memória dos seus protagonistas. E, sobretudo, para
estimular novos pesquisadores a valorizarem o conhecimento histórico a respeito dos
municípios da região, em particular, através das memórias, recolhidas através das
entrevistas que serão realizadas, ou das análises de obras memorialistas a respeito da
região.
Revisão da literatura
Os caminhos metodológicos
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS