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O patrimônio histórico e as articulações com o ensino de História Local1

Mestrando Prof. João Maria Cardoso e Andrade


(PROFHISTÓRIA/UFPB)2

Resumo

O presente trabalho visa refletir sobre a importancia da temática da história


local e regional para um melhor entendimento sobre a relação entre o ensino de
história a partir do uso das fontes disponíveis pelo patrimônio histórico, buscando
pensar as articulações possíveis entre o patrimônio e a história local dentro da
perspectiva de que estes possam compor o conjunto de temas disponíveis e
necessários ao próprio ensino de História.

Palavras chave: Patrimonio Histórico, História Local e Regional, Ensino de


Historia.

1 Paper apresentado na junto à diciplina “História Local: Usos e Potencialidades Pedagógicas”,


ministrada no Programa de Mestrado – PROFHISTÓRIA – UNIFESSPA a cargo do Prof. Dr. Davison
Hugo Rocha Alves.
2 Mestrando pelo PROFHistória/UFPB. Especialista em Fundamentos da Educação - UEPB/SEE

Especialista em Direitos Fundamentais e Democracia – UEPB. Historiador pela UEPB Professor de


História - Rede Estadual de Ensino da Paraíba. Contato: joaoandradedh@gmail.com
Introdução

O meio no qual vivemos traz as marcas do presente e de tempos


passados. Nele encontramos vestígios, monumentos, objetos,
imagens de grande valor para a compreensão do imediato, do próximo
e do distante. O local e o cotidiano como locais de memória são
constitutivos, ricos de possibilidades educativas, formativas.
(FONSECA, 2006, p.127)

Pensar as articulações possíveis entre o patrimônio e a história local dentro da


perspectiva de que estes possam compor o conjunto de temas disponíveis e
necessários ao ensino de História, nos leva a concordar com a autora Selva
Guimarães Fonseca, quando propõe que o meio em que vivemos, sendo ricamente
marcado pelas temporalidades do presente e do passado, apresentam possibilidades
educativas e formativas para o trabalho do professor e dos estudantes. Muito embora
seja, como dito acima, um espaço rico de possibilidades, é um espaço também em
disputa dentro do bojo das lutas de classe, tendo como objetivo dessa querela a busca
de sedimentação de um argumento de autoridade que conceda legitimidade da
identidade e do poder social.
Sabemos que o processo de contrução da identidade, seja ela coletiva ou
individual, é bastane complexo e encerra dentro de si um grande número de questões
que interferem direta e indiretamente na sua constitução. Ao considerarmos o
processo de construção identitária do Brasil enquanto nação percebemos que,
historicamente, a sua vastidão territorial tem sido a principal razão para existencia de
condições identitárias que podemos caracterizar como contraditórias e
complementares, de forma concomitante.
A grande diversidade cultural que se pode presenciar em todo país, mesmo
desde os tempos da existência apenas dos povos originários nestas terras, delineia o
atributo da complementariedade da identidade brasileira, formada como uma grande
“colcha de retalhos” ao logo do tempo, acolhendo contribuições de povos das mais
diversas origens, muito embora não sem suas cargas de conflito e disputa, o que nos
leva à condição contraditória do processo identitário no Brasil que, a despeito da
grande diversidade cultural, planta no âmago dessa construção a titânica disputa
sobre o sentido de legitimação das bases do que se quer definir como história oficial.
Nesse jogo social de construção e constituição dessa história oficial podemos
observar a autação de poderes que degladiam em busca de ditar o que deverá se
registrado, preservado ou memoralizado, a partir dos prismas estabelecidos no
processo de luta de classes, prevalecendo dessa maneira as versões da elite
dominante, ou ao menos é o que esta intenciona definir.
A busca pelo estabelecimento dessa “história oficial” está, então, no lastro da
legitimação dos discursos políticos que justificam o exercício do poder dentro da
sociedade. Mas, em se tratando de um país com vastidão territorial e a diversidade
cultural do Brasil, a definição da “história oficial” sofreu sempre uma enorme pressão
das elites que têm forçado ao máximo para que o “ponto de partida” e a referencia
principal devam ser suas próprias vivências e seus próprios centros de poder, que
passam a ser alvo dos processos de patrimonialização com o claro objetivo de buscar
preservar essas vivências e seus vestígios como aqueles verdadeiramente legítimos.
Nesse pequeno ensaio buscaremos refletir sobre a produção dos espaços do
patrimônio histórico e as articulações possíveis com os processo de ensino de história
e suas articulações com a temática da história local.

Reflexões sobre Ensino de História Local e Patrimônio Histórico.

A escolha pela história dos centros de poder das elites historicamente


dominantes no Brasil, para serem difundidas como “história oficial” levou,
consequentemente, à uma grave distorção: o eclipsamento, invisibilização e até
mesmo o diluimento dos mais diversos aspectos políticos, econômicos e sociais de
um sem-número de comunidades e estruturas sociais locais e regionais, pelo contexto
maior dessa história generalizada. Esse movimento de construção da “história oficial”,
fez (e faz) uso da escola, como aparelho ideológico de Estado, para reproduzir sua
memória como legítima, como podemos perceber na fala de Fonseca (2009),

Durante muito tempo os anos iniciais do ensino fundamental da


educação escolar brasileira constituíram, em primeira mão, um lugar
privilegiado para a difusão de uma dada memória, uma história
marcada por preconceitos, estereótipos e mitos políticos
conservadores. As intenções das elites dominantes, controladoras da
difusão do conhecimento oficial, sobretudo nos períodos ditatoriais no
Brasil, eram explícitas nos currículos e materiais educativos.
(FONSECA, 2009, p. 114)

No que tange a dinâmica do ensino de História, a carência de identificação


causada pelo afastamento dos temas locais e regionais nos estudantes, aparece
como resultado imediato dessa construção narrativa sobre um história nacional
definida em outros lugares e vivida por outras pessoas que não compartilharam o
convívio nem as vivências das comunidades locais. Esse estranhamento afasta,
ainda, o entendimento do sentido de porque a História deve compor o conjunto de
disciplinas a serem “ensinadas” no espaço escolar.
Como se pode perceber, a disputa entre o “nacional” e o “regional e local” está
posta dentro do processo da produção historiográfica, não apenas em nosso país,
mas que tem no surgirmento do movimento da “Nova História”3, na França, a
construção de uma reação voltada à valorização dos estudos locais e regionais
oportunizando, por sua vez, a abertura de uma vastidão de objetos, fontes e
metodologias, develando ainda a necessidade de um novo pensar e repensar o campo
teórico-conceitual. No Brasil, conforme nos assinala Bittencourt (2005) essa reação
também passará a ocorrer nessa mesma temporalidade, em decorrência do
esgotamento das macroabordagens, que resaltavam as análises mais gerais e não se
detinham aos estudos mais particulares, segundo a autora,

A história regional passou a ser valorizada em virtude da possibilidade


de fornecimento de explicações na configuração, transformação e
representação social do espaço nacional, uma vez que a historiografia
nacional ressalta as semelhanças, enquanto a regional trata das
diferenças e da multiplicidade. A história regional proporciona, na
dimensão do estudo do singular, um aprofundamento do
conhecimento sobre a história nacional, ao estabelecer relações entre
as situações históricas diversas que constituem a nação
(BITTENCOURT, 2005, p. 161).

Historicamente o Brasil nasce com um aspecto que congrega duas


características, que são ao mesmo tempo contraditórias e complementares, de sua
identidade: trata-se de sua vastidão territorial. A grande diversidade cultural que se
pode presenciar em todo país, mesmo desde os tempos da existência apenas dos
povos originários nestas terras, define a característica da complementariedade de

3 A Nova história (do francês “Nouvelle Histoire”) é uma corrente historiográfica surgida da década de
de 1970, correspondendo à terceira geração da chamada Escola dos Annales(École des Annalles).
Seu nome derivou da publicação da obra "Fazer a História", em três volumes, organizada pelos
historiadores Jacques Le Goff e Pierre Nora, seus principais expoentes na França.
nossa identidade nacional, formada como uma grande “colcha de retalhos” ao logo do
tempo.
De outro lado, a característica contraditória da identidade histórica do Brasil
está na disputa que se vai instalar no sentido da legitimação da bases da “verdadeira
história nacional”. Isto pode ser observado em decorrencia da formação de um Estado
Nacional brasileiro que carece, entre outras coisas, de parâmetros para a definição da
identidade nacional – coletiva, e que possibilitem, ao mesmo tempo, a conformação
das identidades individuais de suas cidadãs e seus cidadãos.
A busca pelo estabelecimento de uma “história nacional” está, também, no
lastro da legitimação dos discursos políticos que justificam o exercício do poder dentro
da sociedade. Mas, em se tratando de um país com vastidão territorial como o Brasil,
a escolha pela história dos centros de poder para serem difundidas como “história
nacional” levou, consequentemente, à uma grave distorção: o eclipsamento,
invisibilização ou mesmo o diluimento dos mais diversos aspectos políticos,
econômicos e sociais de um sem-número de comunidades e estruturas sociais locais
e regionais, pelo contexto maior dessa história generalizada. Como podemos perceber
na fala de Fonseca (2009),

Durante muito tempo os anos iniciais do ensino fundamental da


educação escolar brasileira constituíram, em primeira mão, um lugar
privilegiado para a difusão de uma dada memória, uma história
marcada por preconceitos, estereótipos e mitos políticos
conservadores. As intenções das elites dominantes, controladoras da
difusão do conhecimento oficial, sobretudo nos períodos ditatoriais no
Brasil, eram explícitas nos currículos e materiais educativos. (SELVA,
2009, p, 114)

No que tange a dinâmica do ensino de História, a carência de identificação


causada pelo afastamento dos temas locais e regionais nos estudantes, aparece
como resultado imediato dessa construção narrativa sobre um história nacional
definida em outros lugares e vivida por outras pessoas que não compartilharam o
convívio nem as vivências das comunidades locais. Esse estranhamento afasta,
ainda, o entendimento do sentido de porque a História deve compor o conjunto de
disciplinas a serem “ensinadas” no espaço escolar.
Como se pode perceber, a disputa entre o “nacional” e o “regional e local” está
posta dentro do processo da produção historiográfica, não apenas em nosso país,
mas que tem no surgirmento do movimento da “Nova História”4, na França, a
construção de uma reação voltada à valorização dos estudos locais e regionais
oportunizando, por sua vez, a abertura de uma vastidão de objetos, fontes e
metodologias, develando ainda a necessidade de um novo pensar e repensar o campo
teórico- conceitual. No Brasil, conforme nos assinala Bittencourt (2005) essa reação
também passará a ocorrer nessa mesma temporalidade, em decorrência do
esgotamento das macroabordagens, que resaltavam as análises mais gerais e não se
detinham aos estudos mais particulares, segundo a autora,

A história regional passou a ser valorizada em virtude da possibilidade


de fornecimento de explicações na configuração, transformação e
representação social do espaço nacional, uma vez que a historiografia
nacional ressalta as semelhanças, enquanto a regional trata das
diferenças e da multiplicidade. A história regional proporciona, na
dimensão do estudo do singular, um aprofundamento do
conhecimento sobre a história nacional, ao estabelecer relações entre
as situações históricas diversas que constituem a nação
(BITTENCOURT, 2005, p. 161).

Ainda conforme podemos identificar no pensamento de Bittencourt (2005), ao


direcionarmos o foco de observação e discução à História local, nos defrontamos com
a possibilidade de aprofunamentos sobre o que a autora designa como “história
nacional”. Esse movimento também irá se refletir no campo do Ensino da História,
especialmente no ensino básico, onde o trabalho de diversos pesquisadores e
pesquisadoras têm apresentado várias possibilidades de estudo: seja da história, seja
da arte ou da cultura, em dimensões que abarcam o lugar social das pessoas, o estado
ou a cidade onde vivem.
Outro importante aspecto a considerar nessa reflexão sobre a confrontação da
“história oficial”, são justamene os ocultamentos provocados pelos centros de poder
que tem eminente interesse em manter sua própria “versão dos fatos históricos”. À
mote de exemplos desta questão podemos observar temas amplamente conhecidos
e constantes dos currículos da disciplina de história por todo o país como, por
exemplo, a “economia açucareira”, fenômeno que não foi percebido em todas as
regiões, ou mesmo a “industrialização do Brasil”, fato que, da maneira que nos é
apresentado nos materiais didáticos, pode claramente ser denominado como

4 A Nova história (do francês “Nouvelle Histoire”) é uma corrente historiográfica surgida da década de
de 1970, correspondendo à terceira geração da chamada Escola dos Annales(École des Annalles).
Seu nome derivou da publicação da obra "Fazer a História", em três volumes, organizada pelos
historiadores Jacques Le Goff e Pierre Nora, seus principais expoentes na França.
“industrialização de São Paulo” ou, no máximo, a “industrialização do sudeste
brasileiro”, tendo em consideração que os estudos e abordagens concentram-se
majoritariamente nos processos de urbanização e formação de uma classe industrial
e operária ocorrida no estado de São Paulo. O contraponto à esta prática oportuniza
a atuação dos estudos regionais, como esclarece o professor Luís Carlos Borges da
Silva:

A História Regional e Local se configura como um valioso instrumento


metodológico para o professor de História, pois a abordagem de conteúdos
voltados para o local e o regional possibilita a elaboração de um olhar
diferenciado acerca do saber histórico, capaz de acusar uma visão crítica
entre os educandos, bem como, permite a efetivação da noção de cidadania
no ambiente escolar, uma vez que o objeto de estudo se apresenta como
familiar a realidade de vida dos estudantes (SILVA. p. 10, 2013).

E possivel percerber, através das afirmações do autor, que a inclusão da


temática que aborda o universo do lugar e da região no âmbito dos planejamentos das
aulas de História apresenta um grande avanço e grandes vantagens para o processo
de ensino-aprendizagem da disciplina, uma vez que pode ser fundamentalmente
caracterizada pela proximidade dos conteúdos com os estudante.
No entanto, é preciso entender quais motivações levam o historiador a escolher
temas voltados para o local ou regional e para quais definições desses universos as
inquietações ou a própria experiência se orientam. Não obstante percebemos que as
fortes pressões exercidas pelos grupos de poder de cada lugar, sobre as definições
acerca da história local e regional, e isso ocorre, como já temos apresentado, pela
busca por legitimação de seus próprios discursos políticos hegemônicos.
Neste ponto conseguimos identificar uma interessante característica dessa
temática de estudo: por estar intimamente ligada com o dia-a-dia de todos envolvidos,
muitos interesses e questões disputam o espaço de validação de suas verdades,
ideias, memórias e discursos.
Sendo este espaço de validação, uma arena de disputas, se faz necessário ter
uma visão mais clara o possível das motivaçãos que levam o historiador a escolher
as temáticas locais, ou qual a definição de local e regional este acolheu na sua
pesquisa e na sua vivência, que levam inevitavelmente a reflexos no ensino de História
da escola básica.
É preciso ter a percepção de que a escrita historiográfica, como temos visto,
sofre poderosas pressões para que assuma propósitos de criação de uma dada
memória e legitimação de poder sobre um espaço ou território ou que, feita sem a
devida reflexão, pode acabar por simplesmente reproduzir tais discursos. Desse modo
observamos que por um lado o estudo do local e regional se mostra mais ligado ao
dia a dia das pessoas, por outro há de pensar se as referências para contituir as
definições de local e regional tem servido, tão somente, como legitimação dos
discursos políticos hegemônicos dos grupos de poder de cada região.
Ao considerarmos uma maior profundidade sobre o que realmente é local ou
regional, nos deparamos com a necessidade da compreensão da origem do termo
“região”. Uma definição etimológica possível apresenta a tese de que o termo “região”
se origina do vocábulo da lingua latina “regere”, cuja signifcação aproximada inclui as
ideias de controlar, dominar, reger, governar. Tais conceitos delinearam também o
termo com o qual se refere ao poder dos reis ou regentes. Diante disso, vemos que
uma região se configura como um espaço que possui relativa unidade ou identidade
interna que não se mantem sem o exercício de poder.
Compreendemos então que, ao falarmos de identidade regional, não nos
acostamos meramente aos sentidos de aspecto físicos, geográficos ou espontâneos,
mas alicerçamos nossas reflexões nos conceitos sobre a memória coletiva e social,
o que nos conduz ao entendimento de que o sentimento de regionalidade apresenta
um modo constituinte e estruturante à identidade, e isso quando estivermos levando
em conta uma região pelo viés do oficial e governamental, ou seja, a regionalidade
surge a partir de um esforço de construção.
Dessa forma, as reflexões sobre História local e regional tem de ser feita
deixando-se bem claro que região é um termo referente ao território espaço de luta e
disputas políticas. A necessidade de assentimento de uma postura crítica ao
documento oficial, em se tratando de investigar espaços de divisão territorial e as
identidades que se querem negar ou admitir em determinado espaço é levantada por
Durval Muniz de Albuquerque Junior no texto Um Quase Objeto: algumas reflexões
em torno da relação história e região (2015).

Quando o historiador consulta a documentação oficial e assume


acriticamente a divisão territorial, as identidades espaciais que a organizam
e atribui a ela dados sentidos, como, por exemplo, a de serem expressões de
identidade nacional, regional ou local, o historiador pode estar se deixando
capturar pela rede de poderes e de interesses que levantaram à guarda e à
organização daquela documentação a partir de uma dada divisão espacial,
quando esta pode ser apenas aquela divisão que os grupos sociais
dominantes naquele momento quiseram impor como sendo a divisão espacial
de fato e de direito, divisão que poderia ter sido, naquele momento, objeto de
questionamento por outras forças sociais (ALBUQUERQUE JUNIOR, pag.
47- 48, 2015).
Para o autor, a região é um objeto em fuga, que se busca capturar e definir
infinitamente. Fazem parte da necessidade humana, pelo menos na cultura ocidental
de possuir, limitar e controlar a terra. A região é inventada e reinventada como parte
da necessidade utópica de criar a identidade e a diferença. Uma invenção que se
apoia em várias outras manifestações de aspecto cultural, sendo a própria cultura
arquitetada e sustentada, de acordo por um conjunto de símbolos e significados
coletivos que reproduzimos para sermos aceitos no grupo social, estando o homem
assim preso a esta teia de significados que ele mesmo ajudou a tecer.

CONCLUSÕES.

As reflexões que aqui colacionamos acerca, essenciamente dos conceitos que


dizem repeito à história regional, compõe parte de nosso percuso de pesquisa que
inclui a aplicação das metodologias da Educação Patrimonial no Ensino de História.
Tal caminho nos obriga a uma melhor percepção de como se deslinda a temática que
enseja a história local e regional, pois concordamos com Martins (2013), quando
salienta que
“os professores de história, para levar às salas de aula a História Regional e
Local, terão que virar pesquisadores. Ensino e pesquisa, teoria e prática terão
que ser definitivamente associados, respeitando-se, é claro, as situações
concretas vividas pelos profissionais de História. O que não se poderá fazer
é ficar de braços cruzados, à espera de que alguma universidade ou algum
pesquisador consagrado produza material didático suficiente para antender
as demandas dos professores espalhados pelo Brasil, país tão grande quanto
multifacetado” (MARTINS, 2013, p 146)

Assim, ao pesquisar sobre a temática da História Local e Regional pudemos


ampliar nosso escopo teórico, enriquecendo, assim também os procedimentos
metodológicos de criação e reflexão sobre o produto pedagogico que será resultado
de nossos trabalhos.
REFERENCIAS

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