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DEIXANDO A ARCA DA ALIANÇA PARA TRÁS.

Em meios as minhas pesquisas pelos sites de busca na internet, revela que existem mais de
mil sites dedicados ao estudo sobre a Arca da Aliança. Os locais variam de fervorosos crentes e
ateus. Você vai encontrar reivindicações, como os de Ron Wyatt, por exemplo; dizendo que a arca
pode ser encontrada em uma caverna debaixo do Gólgota. Outros afirmam que a arca está na
Etiópia, enquanto os mórmons alegam que a arca está em Utah. Entre outros.

A Palavra de Deus sobre a Arca.

A Arca da Aliança desempenhou um papel fundamental na história de Israel. Era por meio
dela que Deus se comunicava com o seu povo (Êxodo 25:10-22. Também farão uma arca de
madeira de acácia; de dois côvados e meio será o seu comprimento, de um côvado e meio, a largura,
e de um côvado e meio, a altura. De ouro puro a cobrirás; por dentro e por fora a cobrirás e farás
sobre ela uma bordadura de ouro ao redor. Fundirás para ela quatro argolas de ouro e as porás nos
quatro cantos da arca: duas argolas num lado dela e duas argolas noutro lado. Farás também varais
de madeira de acácia e os cobrirás de ouro; meterás os varais nas argolas aos lados da arca, para se
levar por meio deles a arca. Os varais ficarão nas argolas da arca e não se tirarão dela. E porás na
arca o Testemunho, que eu te darei. Farás também um propiciatório de ouro puro; de dois côvados e
meio será o seu comprimento, e a largura, de um côvado e meio. Farás dois querubins de ouro; de
ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório; um querubim, na extremidade de uma
parte, e o outro, na extremidade da outra parte; de uma só peça com o propiciatório fareis os
querubins nas duas extremidades dele. Os querubins estenderão as asas por cima, cobrindo com elas
o propiciatório; estarão eles de faces voltadas uma para a outra, olhando para o propiciatório. Porás
o propiciatório em cima da arca; e dentro dela porás o Testemunho, que eu te darei. Ali, virei a ti e,
de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins que estão sobre a arca do Testemunho, falarei
contigo acerca de tudo o que eu te ordenar para os filhos de Israel ), era a presença de Deus no
tabernáculo e depois no Templo. Ela também garantiu várias vitórias para o povo Hebreu por
exemplo em Josué 6, como não o fez outras ocasiões, Devido ao pecado de Israel (1 Samuel 5).

Por um período de tempo a Arca não tinha um local permanente até que Davi finalmente
conseguiu trazer a Arca para Jerusalém, onde Salomão construiu um templo fantástico, a Arca foi
trazida com grande pompa e ali ficou oficialmente (2 Crônicas 5). Nos dias de Jeremias, os
babilônicos estavam prestes a invadir e destruir Jerusalém, o Templo iria sofrer um destino
semelhante, e isso significava que a Arca da Aliança também estava em iminente perigo. O que
estava a acontecer com esse símbolo sagrado da presença de Deus? Em uma notável profecia que
lamentavelmente é ignorada em grandes partes dos estudos, Jeremias faz uma promessa que diz o
seguinte: “Convertei-vos, ó filhos rebeldes, diz o Senhor; porque eu sou o vosso esposo e vos
tomarei, um de cada cidade e dois de cada família, e vos levarei a Sião. Dar-vos-ei pastores segundo
o meu coração, que vos apascentem com conhecimento e com inteligência. Sucederá que, quando
vos multiplicardes e vos tornardes fecundos na terra, então, diz o Senhor, nunca mais se exclamará:
A arca da Aliança do Senhor! Ela não lhes virá à mente, não se lembrarão dela nem dela sentirão
falta; e não se fará outra. Naquele tempo, chamarão a Jerusalém de Trono do Senhor; nela se
reunirão todas as nações em nome do Senhor e já não andarão segundo a dureza do seu coração
maligno. Naqueles dias, andará a casa de Judá com a casa de Israel, e virão juntas da terra do Norte
para a terra que dei em herança a vossos pais. (Jeremias 3:14-18).

Há diversos elementos constitutivos desta profecia.


Primeiramente, esta é uma profecia messiânica, uma vez que fala da época em que Judá e
Israel seriam reunidos e restaurados.

Em segundo lugar, a profecia diz enfaticamente que o tempo previsto era uma época em que
Jerusalém não seria mais a "capital-centro do mundo", pois, Homens deixariam de viajar para
Jerusalém em busca de adorar a Deus no templo.

Terceiro, não somente os homens deixariam de viajar a Jerusalém para adorar, como eles
também iriam esquecer a Arca da Aliança, como o foco de sua Devoção! Na verdade, não somente
os homens iriam esquecer "a Arca”, mais que ela nunca seria vista novamente! A importância desta
profecia para o paradigma milenar dificilmente pode ser demasiadamente enfatizada.

O argumento fundamental do dispensacionalísmo sobre isso é que no futuro milenar, o


Templo será reconstruído, a Arca da Aliança seria restaurada, e Jerusalém voltaria a ser a capital do
mundo.

Vamos dar uma olhada em algumas das questões em jogo aqui.

Jerusalém Esquecida e Jerusalém Glorificada: Um enigma Ignorado Jeremias nos apresenta


uma aparente contradição. Por um lado, ele diz que no tempo previsto, homens deixariam de ir a
Jerusalém para adoração, e que a Arca da Aliança, “não seria vista”, recordou. Este é um conceito
tão revolucionário que é preciso ser lembrado de que a Arca fora por muito tempo o batimento
cardíaco de Israel, e agora Jeremias vem profetizando que o tempo estava chegando quando,
Jerusalém e a Arca ficaria esquecida! Realmente é uma profecia absolutamente incrível! No
entanto, não é a primeira vez que tal previsão foi feita.

Em Isaías 66:1 Deus desafiou Israel " Assim diz o Senhor: O céu é o meu trono, e a terra, o
estrado dos meus pés; que casa me edificareis vós? E qual é o lugar do meu repouso?" Este desafio
a Israel devia fazer Israel perceber que seu templo, não importa o quão glorioso que tinha sido, ou
haveria de Tornar-se um dia, não seria determinante no propósito de Deus. A arca no templo era na
verdade uma sombra das melhores coisas que haveria de ser. Mas, tragicamente, Israel preferiu
pendurar-se no visível, o tangível, como sombras. Quando Estevão se atreveu citar as palavras de
Deus de Isaías 66, enquanto em pé na presença do magnífico templo de Herodes, os Judeus não
Poderiam suportá-lo. Eles mataram Estevão por citar as palavras do próprio Deus! (Atos 6 e 7).

O ponto principal disso tudo é que, quando Jeremias predisse o tempo em que Jerusalém e o
templo viria a ser removido, ele não foi o primeiro a fazê-lo e, no entanto, os nossos amigos hoje
dispensacionalistas, assim como os Judeus de outrora, insistem em uma reconstrução do que Deus
nunca designou a ser permanente.

Mas ainda estamos apresentando com uma aparente contradição. Como poderia Jeremias
Prever uma predição de glória para Jerusalém, enquanto que ao mesmo tempo, estava prevendo a
ruina de Jerusalém? Essa contradição é apenas aparente, pois é compreendido através da predição
conforme vemos abaixo: (Isaías 2-4 Ele julgará entre os povos e corrigirá muitas nações; estas
converterão as suas espadas em relhas de arados e suas lanças, em podadeiras; uma nação não
levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra). Por um lado, "a lei sairá de
Jerusalém" (Isaías 2:3. Irão muitas nações e dirão: Vinde, e subamos ao monte do Senhor e à casa
do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos pelas suas veredas; porque de
Sião sairá a lei, e a palavra do Senhor, de Jerusalém ), mas por outro lado, os homens de Israel iriam
cair "pelo fio da espada" (Isaías 3:25. Os teus homens cairão à espada, e os teus valentes, na
guerra), quando a fome e a peste Ultrapassar a cidade (Isaías 3:1. Porque eis que o Senhor, o Senhor
dos Exércitos, tira de Jerusalém e de Judá o sustento e o apoio, todo sustento de pão e todo sustento
de água;).

Isaías capitulo 24 e capitulo 29. A "cidade da confusão" ( Isaías 29:1. Ai da Lareira de Deus,
cidade-lareira de Deus, em que Davi assentou o seu arraial! Acrescentai ano a ano, deixai as festas
que completem o seu ciclo), seria destruída (Isaías 24:10. Demolida está a cidade caótica, todas as
casas estão fechadas, ninguém já pode entrar).

Agora, se esta é uma previsão da destruição literal do céu e da terra (Isaías 24:3, 19 A terra
será de todo devastada e totalmente saqueada, porque o Senhor é quem proferiu esta palavra. A terra
pranteia e se murcha; o mundo enfraquece e se murcha; enlanguescem os mais altos do povo da
terra. Na verdade, a terra está contaminada por causa dos seus moradores, porquanto transgridem as
leis, violam os estatutos e quebram a aliança eterna. Por isso, a maldição consome a terra, e os que
habitam nela se tornam culpados; por isso, serão queimados os moradores da terra, e poucos
homens restarão. Pranteia o vinho, enlanguesce a vide, e gemem todos os que estavam de coração
alegre. Cessou o folguedo dos tamboris, acabou o ruído dos que exultam, e descansou a alegria da
harpa. Já não se bebe vinho entre canções; a bebida forte é amarga para os que a bebem. Demolida
está a cidade caótica, todas as casas estão fechadas, ninguém já pode entrar. Gritam por vinho nas
ruas, fez-se noite para toda alegria, foi banido da terra o prazer. Na cidade, reina a desolação, e a
porta está reduzida a ruínas. Porque será na terra, no meio destes povos, como o varejar da oliveira
e como o rebuscar, quando está acabada a vindima. Eles levantam a voz e cantam com alegria; por
causa da glória do Senhor, exultam desde o mar. Por isso, glorificai ao Senhor no Oriente e, nas
terras do mar, ao nome do Senhor, Deus de Israel. Dos confins da terra ouvimos cantar: Glória ao
Justo! Mas eu digo: definho, definho, ai de mim! Os pérfidos tratam perfidamente; sim, os pérfidos
tratam mui perfidamente. Terror, cova e laço vêm sobre ti, ó morador da terra. E será que aquele
que fugir da voz do terror cairá na cova, e, se sair da cova, o laço o prenderá; porque as represas do
alto se abrem, e tremem os fundamentos da terra. A terra será de todo quebrantada, ela totalmente se
romperá, a terra violentamente se moverá), e Sião literal seria totalmente aniquilada, como seria
Possível para o Senhor governar em Sião literal?

Isaías 65:12-13, também vos destinarei à espada, e todos vos encurvareis à matança;
porquanto chamei, e não respondestes, falei, e não atendestes; mas fizestes o que é mau perante
mim e escolhestes aquilo em que eu não tinha prazer. Pelo que assim diz o Senhor Deus: Eis que os
meus servos comerão, mas vós padecereis fome; os meus servos beberão, mas vós tereis sede; os
meus servos se alegrarão, mas vós vos envergonhareis. Deus prometeu "o senhor vai matar todos, e
chamar o seu povo por um novo nome”. No entanto, "Eu crio para Jerusalém uma alegria". (v17.
Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais
haverá memória delas. v18. Mas vós folgareis e exultareis perpetuamente no que eu crio; porque eis
que crio para Jerusalém alegria e para o seu povo, regozijo).

Zacarias 12-14 Todas as mais famílias, cada família à parte, e suas mulheres à parte .
Zacarias apresenta o que é considerado por alguns um depoimento confuso sobre o destino de
Israel.

Por um lado, Jerusalém seria destruída (Zacarias 14:1. Eis que vem o Dia do Senhor, em que
os teus despojos se repartirão no meio de ti ). Por outro lado, o Senhor seria rei sobre toda terra
(Zacarias 12:9. Naquele dia, procurarei destruir todas as nações que vierem contra Jerusalém); fluxo
de águas vivas sairia de Jerusalém, após sua destruição (Zacarias 14:8. Naquele dia, também
sucederá que correrão de Jerusalém águas vivas, metade delas para o mar oriental, e a outra metade,
até ao mar ocidental; no verão e no inverno, sucederá isto).

Existem outros exemplos do Antigo Testamento deste cenário. O Novo Testamento não é.

Na verdade, os escritores do Novo Testamento nos dizem repetidamente, tudo aquilo que
foram manifestos aos profetas, que Jerusalém seria destruída e que ao mesmo tempo ela seria
reedificada. Levando a uma esperança daquilo que seria perdido.

(Atos 24:14 Porém confesso-te que, segundo o Caminho, a que chamam seita, assim eu
sirvo ao Deus de nossos pais, acreditando em todas as coisas que estejam de acordo com a lei e nos
escritos dos profetas; 2 Pedro 3: 1. Amados, esta é, agora, a segunda epístola que vos escrevo; em
ambas, procuro despertar com lembranças a vossa mente esclarecida).

Então, de alguma forma, de alguma maneira, a esperança escatológica de Israel envolveu a


sua destruição final da Velha cidade e a revelação e a glorificação da Nova cidade. “Em Gálatas
4:22 Pois está escrito que Abraão teve dois filhos, um da mulher escrava e outro da livre . Paulo fala
de “Jerusalém” e agora é que está em escravidão com seus filhos “, em contraste com uma”
Jerusalém que está acima, que é a mãe de todos nós ".

Filipenses 3. Paulo contrasta a cidadania "(literalmente cidade “casa”) que está no céu, com
as coisas da Antiga Aliança de Israel.

Hebreus. No capítulo 12 e capitulo 13, o autor contrasta a antiga glória do Pacto de Israel,
em seguida, Apresentar a nova Jerusalém. Ele lembrou a seus leitores que eles não haviam subido
ao Monte Sinai, mas Sião, a Jerusalém celeste, e, temos aqui nenhuma cidade permanente, mas
aguardamos ansiosamente o que está para vir" (Hebreus 12:18 Ora, não tendes chegado ao fogo
palpável e ardente, e à escuridão, e às trevas, e à tempestade , Hebreus 13:20. Ora, o Deus da paz,
que tornou a trazer dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor, o grande Pastor das ovelhas, pelo
sangue da eterna aliança).

Revelação é o conto de duas cidades.

Como você pode ver, há um contraste entre a escritura da Cidade na Velha Aliança que
estava a perecer, e a cidade da Nova Aliança, que é triunfante, revelada como a verdadeira Cidade
de Deus. Esta é a única explicação plausível, sustentável para Jeremias 3. Jeremias foi por um lado,
prenunciando o momento em que Jerusalém, o Templo e a Arca perderiam suas centralidades. No
entanto, a Jerusalém celeste seria revelada e glorificada. Este contraste entre as cidades é realçado
ainda mais com o que diz Jeremias.

Para visitar ou não visitar? Perceba que Jeremias disse que no dia em que Jerusalém foi
glorificada, e isso seria quando Judá e Israel seriam reunidos, os homens deixarão de viajar para
Jerusalém para adorar. Agora, já que esta é definitivamente uma profecia messiânica, esta previsão
representa um desafio muito sério para uma exibição milenar. Deve ser lembrado que, no paradigma
milenar, Baseada em uma interpretação incorreta de Zacarias 14, todos os homens, gentios e Judeus,
deveriam viajar a Jerusalém para adorar Cristo. A viagem para participar no culto do templo era
preciso a todas as nações, pois se não fizessem isso morreriam.
Então, aqui está o dilema. Os amilenistas aplicam a profecia de Jeremias 3 a um milênio. No
entanto, Jeremias 3 retrata de um momento em que os homens já não irão a Jerusalém para
adoração, pois a Arca da Aliança foi teologicamente insignificante! Isto contradiz a visão milenar
de curso, por milenarismo porque, se todas as nações não viajar a Jerusalém para adorar, com a
Arca da Aliança, como parte dessa devoção, eles vão morrer.

Assim, a pergunta é a vista. Qual é o certo? Os homens vão a Jerusalém para adorar e
honrar a Arca da Aliança, ou eles não vão? Jeremias é enfático. Os homens já não irão a Jerusalém.

Os homens já não honram a Arca se, pois, Jeremias 3 descreve o reino milenar, em seguida,
evidentemente, a Arca da Aliança não tem lugar em nenhum milênio! Para dizer no mínimo, isso é
destrutivo para uma visão milenar.

Não há como escapar da predição de Jeremias. Os milenaristas devem reaver a sua ênfase
sobre a Arca da Aliança, Jerusalém e do Templo, ou, eles devem encontrar uma maneira de fazer
Jeremias 3. Aplicam-se algum tempo e outros eventos do que seria o reino milenar. Porém Isso
jamais poderia ser feito. A ênfase atual sobre a redescoberta da Arca da Aliança é equivocada,
teologicamente irrelevante, e profeticamente insignificante, escatologicamente inválida. Todas as
tentativas para encontrar a Arca estão condenadas ao fracasso.

Jesus e Jeremias.

Jeremias falou de uma época em que Jerusalém não seria mais validada para que os homens
fizessem peregrinações. Significativamente, Jesus disse a mesma coisa! Em João 4, Jesus
conversando com uma samaritana, ele lembrou que uma controvérsia atual existente entre Judeus e
Samaritanos, que uma montanha era o verdadeiro monte de Deus? Os Samaritanos alegaram que
Gerezim era o local correto de adoração, embora seu templo houvesse sido destruído anos antes. Os
Judeus alegaram que Jerusalém era o centro teológico do mundo (Salmo 50; Ezequiel 5).

Leia as palavras de Jesus então para a samaritana: " Mulher, acredita em mim, está chegando
a hora em que você nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não
sabe. Nós sabemos o que adoramos, a salvação vem dos Judeus. Mas vem a hora é, e é agora,
quando os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade, pois o Pai procura essa
adoração para Ele ".

Jesus estava predizendo uma coisa Idêntica Jeremias.

O ponto é que Jeremias não estava prevendo um momento em que os homens teriam
nenhuma recordação mental que a Arca tinha existido em algum momento no passado. O ponto é
que a arca perderia seu significado de aliança, e é esse significado de aliança que não seria
lembrado.

Temos de considerar uma das ramificações da restauração da Arca de paradigma milenar.

O que representava a Arca? Naturalmente o que representava a presença do Senhor (Êxodo


25:10-22 Também farão uma arca de madeira de acácia; de dois côvados e meio será o seu
comprimento, de um côvado e meio, a largura, e de um côvado e meio, a altura. De ouro puro a
cobrirás; por dentro e por fora a cobrirás e farás sobre ela uma bordadura de ouro ao redor. Fundirás
para ela quatro argolas de ouro e as porás nos quatro cantos da arca: duas argolas num lado dela e
duas argolas noutro lado. Farás também varais de madeira de acácia e os cobrirás de ouro; meterás
os varais nas argolas aos lados da arca, para se levar por meio deles a arca. Os varais ficarão nas
argolas da arca e não se tirarão dela. E porás na arca o Testemunho, que eu te darei. Farás também
um propiciatório de ouro puro; de dois côvados e meio será o seu comprimento, e a largura, de um
côvado e meio. Farás dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do
propiciatório; um querubim, na extremidade de uma parte, e o outro, na extremidade da outra parte;
de uma só peça com o propiciatório fareis os querubins nas duas extremidades dele. Os querubins
estenderão as asas por cima, cobrindo com elas o propiciatório; estarão eles de faces voltadas uma
para a outra, olhando para o propiciatório. Porás o propiciatório em cima da arca; e dentro dela
porás o Testemunho, que eu te darei. Ali, virei a ti e, de cima do propiciatório, do meio dos dois
querubins que estão sobre a arca do Testemunho, falarei contigo acerca de tudo o que eu te ordenar
para os filhos de Israel). No entanto, pensar no que foi chamado: a Arca da Aliança. Isto é muito
importante e, no entanto, tem recebido pouca atenção. A Arca da Aliança representava, o Pacto
Mosaico. A Arca continha as duas Tábuas da Lei (1 Reis 8:9. Nada havia na arca senão as duas
tábuas de pedra, que Moisés ali pusera junto a Horebe, quando o Senhor fez aliança com os filhos
de Israel, ao saírem da terra do Egito,) e sem dúvida nenhuma, das tábuas foram o próprio símbolo
da aliança Mosaica. Por que isso é importante? Pois os Amilenistas não acreditam que a Lei
Mosaica será restaurada no Reinado milenar de Cristo, embora, como vimos, eles acreditam que a
Arca da Aliança será restaurada. Mas aqui está o problema. Se a Arca da Aliança, é a Arca da
Aliança Mosaica, e restaurada será em um milênio, por que não o Pacto que a Arca representava
seria restaurada? A arca, portanto, nunca representou uma Nova Aliança ela apenas representou o
Pacto Mosaico. Portanto, parece incongruente, na melhor das hipóteses, para falar da Restauração
da Arca da Aliança Mosaica, enquanto ao mesmo tempo, insistindo em que a Arca da Aliança, que
representava não será restaurado.

Tudo isso é problemático para uma visão milenar. De acordo com os dispensacionalistas,
será restaurada a Arca, na restauração de Jerusalém, com o culto restaurado, e no coração, no núcleo
de tudo isso é o Pacto. A Arca é ensinada que é para ser o símbolo de Israel restaurado. Assim, para
os amilenistas, a Arca, quando foi perdida, um dia vai ser restaurada para uma POSIÇÃO de
destaque da aliança. Isto é uma Violação direta da profecia de Jeremias. O Profeta de Deus disse
que a Arca da Aliança, a Arca da Aliança Mosaica, não seria lembrada. No entanto, os nossos
amigos insistem que em uma era milenar a Arca será "lembrada", enquanto que ela representava
não será lembrado. Isto é ilusório para dizer o mínimo.

Não Deve Ser Construído de novo.

Não só Jeremias Previu que em um momento da história cessaria a peregrinações a


Jerusalém para visitar a Arca e a lembrança da Aliança da Arca cessariam como também ele disse
que, na verdade, a Arca da Aliança deixaria de existir. Observe novamente a última parte de
Jeremias 3:16, na versão King James: "Nem Deve ser feito mais". A versão King James diz
simplesmente "Que Nem DEVE ser feito mais", indicando que todas as Peregrinações a Jerusalém,
a Arca cessaria. No entanto, uma análise das traduções em minha biblioteca tem mostrado pouco
apoio para a "versão autorizada". (KJV). Minha pesquisa revelou que, de longe, a tradução preferida
é "não DEVE ser feito mais". Este se encontra no padrão americano, o New American Standard, a
revista Nova, a Bíblia de Jerusalém, uma Bíblia amplificada, e a tradução judaica. Há, sem dúvida,
outras traduções, mas estes são os únicos disponíveis para mim. Assim, a evidência é que a tradução
Deve ser: "não será feito mais", indicando que a arca seria levada e nunca encontrada. Charles
Dayer, o comentador dispensacionalista popular diz o seguinte sobre Jeremias 3: "A Arca da
Aliança, que foi perdida após Babilônia ter destruído Judá, não seria procurada e nem uma outra
arca não seria feita. Se a Arca foi destruída em 586 a.C, e Deus disse que não iria ser construída
novamente, não é sábia a atitude dos "Os Caçadores da Arca Perdida", de não só encontrar a Arca,
como também, coloca-la no Centro da cidade? Assim, em última palavra profética de Deus, a Arca
da Aliança não é um templo restaurado. Não é na terra. Não é o foco da peregrinação terrena. Não
há nenhuma referência sobre a Arca da Aliança em Apocalipse que dá credibilidade à vista milenar
de seu aparecimento. Em Apocalipse, os homens já não se lembram literal da Arca da Aliança, não
viajam para Jerusalém literal para visitá-lo, e ele não foi reconstruído de novo.

Conclusão.

Jeremias 3 é uma profecia messiânica. Isto é admitido pelos autores dispensacionalistas que
apelam a Jeremias, para a descrição do milênio. No entanto, de acordo com Jeremias, no Reino
Eterno:
- Os homens já não viajariam a Jerusalém para visitar a Arca,
- Os homens já não se lembrariam da Arca pactualmente,
- A Arca nunca seria reconstruída novamente.
- Além disso, no Apocalipse, a última palavra profética de Deus, a Arca da Aliança não é
restaurada.

Não é uma cidade terrena ou templo, que está no céu, e não há romarias para visitá-lo. O que
Jeremias previu não cabe em nenhuma descrição moderna dispensacionalista do reino! Não existe
nenhum acordo entre o Jeremias e a moderna visão dispensacionalista da Arca da Aliança. Na
verdade, Jeremias 3 é uma contradição pura e simples da visão milenar da Arca da Aliança. É triste
quando uma doutrina moderna deve ignorar ou distorcer, o testemunho das Escrituras, a fim de
sustentar-se. Mas, é precisamente isso que o dispensacionalísmo tanto histórico como o moderno
faz em relação à Arca da Aliança.

(Estudo pesquisado pelo Ap. Euclides -Teresina/PI)

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