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A

Verdade
Shelley Lubben

A VERDADE

POR TRÁS DA FANTASIA DA PORNOGRAFIA


A MAIOR ILUSÃO NA TERRA.

A VERDADE POR TRÁS DA FANTASIA DA PORNOGRAFIA.


© 2010 publicado por Shelley Lubben Communica ons
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser
reproduzida de qualquer forma exceto em breve citações, sem a permissão
do autor.
Para livros e outros materiais de ensino por favor contate:
Shelley Lubben www.shelleylubben.com
Escrito por: Shelley Lubben
Desenho da capa: Eric Ridolfi
Design de Interior: Shelley Lubben Editor: Mike Valen no
Tradução: Rosaine Dalila Scruff
Contato: semeadora777@gmail.com
ISBN 13 dígito 978-1-453-86007-6
Biblioteca do Congresso informação disponível Impresso nos Estados
Unidos da América
Fontes:
Todas as citações bíblicas, salvo indicação em contrário, são re radas da
Bíblia Sagrada, Nova Versão Internacional ®, NIV ®. Copyright © 1973,
1978, 1984 por Bíblica, Inc. ™ Usado com permissão da
Zondervan. Citações bíblicas marcadas como NASB são radas da New
American Standard Bible ®, Copyright © 1960, 1962, 1963, 1968, 1971,
1972, 1973, 1975, 1977, 1995 pela Fundação Lockman. Usado com
permissão. As citações bíblicas marcadas como ESV são re rados da Bíblia
Sagrada, Versão Inglês Standard® (ESV ®), direitos de autor © 2001 por
Crossway, um ministério de publicações da Editora Boa Nova. U lizado com
permissão. Citações bíblicas marcadas como NKJV são radas da Versão
New King James®. Copyright © 1982 por Thomas Nelson, Inc. Usado com
permissão
.
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS ESPECIAIS
UMA PALAVRA DE SHELLEY
ATO I
A VERDADE POR TRÁS DO PORNÔ
SOB O GRANDE TOPO
QUE ENTREM OS PALHAÇOS
ATO II
NASCIDA PARA SER MÁ
INFERNO CRESCENTE
O INFERNO DE UMA PROSTITUTA
PORTÕES DO INFERNO
MESMO MORTA
STRIPPER PSICOPATA
DESAFIANDO A MORTE
ATO III
CONHEÇA ROXY A ESTRELA PORNÔ
A VINGANÇA DE ROXY
USADA E ABUSADA
INFERNO HUMANO
XIII
ATO FINAL
ATO IV
XIV
INVADIDA PELO AMOR
MADALENA CASANDO
XVII
ATO V
ISSO É APENAS UM TESTE
ENTREGA MILITAR ESPECIAL
O TRAUMA DO CORAÇÃO DE MAMÃE
A MELHOR RUA
NÃO DEIXE QUE OS
CHAMADA DE ALERTA
XXIV
CONSTRUINDO A MENTE DE UM CAMPEÃO
CAPÍTULO VINTE E QUATRO
A VIDA DO CAMPEÃO
JORNADA AO PARAÍSO
PARA O INFERNO COM O PARAÍSO
A DOR DO PORNÔ EM TIFFANY
JORNADA AO INFERNO
A PROFECIA CIRCUS MAXIMUS
NOTAS FINAIS
Agradecimentos Especiais
Gostaria de expressar minha sincera gra dão a algumas das lindas
pessoas que me ajudaram desde que a minha recuperação teve início em
1995.
Ao Pastor Kevin Gerald que me ensinou a sabedoria e como viver a Vida
de um Campeão.
A Pat e Hulsey Argis que me orientaram nos caminhos do ministério e
me ensinaram: “Maior é aquele que está em você do que aquele que está
no mundo.”
Aos membros da equipe Pink Cross Founda on, que me ajudaram a
construir um legado lindo de amor e compaixão para com os feridos.
Para Roger meu colega chegado e um William Wilberforce dos dias
modernos, que é incansável na causa dos direitos humanos.
Para Judith Reisman, que muito me inspirou por sua ousadia e inflexível
determinação para expor a sabotagem sexual de nossa nação.
A Tiffany, Teresa e Abigail que são troféus da Graça de Deus e doçura dos
anjos, enviadas de cima para trazer cura e beleza em minha vida.
Para Melanie, a minha mais querida e melhor amiga e serva pessoal que
ministra a mim, sem falhar em grande amor e humildade.
Ao meu amado e verdadeiro amigo, meu marido Garre , que resgatou-
me do fosso lamacento e me levou a uma grandeza imensa. Eu te amo
Garre com um amor ardente e apaixonado.

Dedicatória
Gostaria de dedicar este livro a centenas de mulheres e homens que
morreram na indústria pornô de AIDS, suicídio, homicídios e mortes
relacionadas com drogas.
Sua voz será ouvida agora.
Uma Palavra de Shelley

Qualquer um que tentar escrever um livro sobre suas horríveis


experiências dentro da Indústria pornô operadas ilegalmente e anos de
abuso sexual desde a infância à pros tuição, enfrentará uma tarefa terrível,
e precisa de grande amor e compreensão dos leitores. Esta foi a coisa mais
di cil que eu já ve que fazer e levou anos de preparação, dor e oração
antes que eu pudesse fazê-lo. Mas pela graça de Deus Todo-Poderoso, eu
escrevi e agora eu preciso que você leia-o. Eu preciso que você leia sobre a
exploração e violência contra as mulheres e homens na indústria pornô
para que você possa começar a ser curado. Eu preciso que você
sinceramente entenda que toda vez que você clica para ver um site pornô
você está contribuindo para a destruição de valiosas vidas humanas. Eu
preciso que você leia este livro até a úl ma palavra dele e, em seguida,
curve a cabeça humildemente perante o céu e lamente em lágrimas até
que a única força que você tenha seja a de parar de ver pornografia.
Este livro foi especialmente escrito para meus preciosos amigos que
ainda estão presos dentro da indústria pornô. Eu humildemente peço que
vocês leiam este livro e permitam-me tornar-me seu espelho da verdade.
Meu coração dói profundamente com a ideia da dor que você vai
encontrar quando virar as páginas deste livro e entender o mal onde você
está verdadeiramente escravizado. Mas estou confiante de que uma vez
que você saiba a verdade, a verdade o libertará para jogar fora os grilhões
da vergonha e abuso e vitoriosamente saltará para a maior vida que você
já viveu!
Deus abençoe a todos e seja livre!
Dedicatória
Gostaria de dedicar este livro a centenas de mulheres e homens que
morreram na indústria pornô de AIDS, suicídio, homicídios e mortes
relacionadas com drogas.
Sua voz será ouvida agora
Uma Confissão
Ato I

A Verdade por trás do Pornô


I
Uma Confissão
Sob O Grande Topo
Capítulo Um
Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.
- João 8:32
Sexo empacotado em filmes pornô com loiras quentes em uma cama suja,
com um olhar que diz: “Quero você”, é a maior ilusão do mundo. Confie em
mim, eu sei. Eu tolerei oito anos em clubes de strip e pros bulos,
moldando meu caminho para o Grande Topo, onde a mim foi prome da
fortuna, fama e glamour. Eu nha 24 anos quando entrei no mundo da
pornografia.
Eu fui colocada em um bom show, mas eu nunca gostei de truques de
desempenho em um circo de sexo e preferia passar o tempo com Jack
Daniels (bebida alcoólica) em vez de passar com os ar stas do sexo
masculino que eu era paga para ser falsa com eles. Isso mesmo, nenhuma
de nós, loiras quentes, gostamos de fazer pornô. Na verdade, nós odiamos
isso. Nós odiamos nossas pernas se abrindo sexualmente para homens
doentes. Nós odiamos ser degradadas com seus cheiros ruins e corpos
suados. Algumas mulheres odeiam tanto que eu podia ouvi-las vomitando
no banheiro entre as cenas. Podia encontrar outras pessoas fora, fumando
cadeias intermináveis de Marlboro Light.
Mas a indústria mul bilionária do pornô quer que você acredite na
fantasia de que as atrizes pornô adoram sexo. Eles querem que você
compre a men ra de que nós gostamos de ser degradadas por todos os
pos de atos repulsivos. Filmes editados de forma cria va e embalagens
boni nhas são projetados para fazer uma lavagem cerebral nos
consumidores, e fazê-los acreditar que a luxúria retratada nos rostos
quentes e incomodados, faz parte do ato. Mas a realidade é que as
mulheres estão com uma dor indizível por ser espancadas, estapeadas,
cuspidas, chutadas e xingadas, como “pros tutazinha suja” e “banheiro de
gozo.”
Enquanto filmava o filme “Sexo Bruto 2”, a estrela pornô Regan Starr
descreve em termos horríveis em uma entrevista à revista Talk Magazine
em fevereiro de 2001, “que enquanto atos sexuais eram realizados, ela era
espancada e sufocada até que não conseguia respirar”. Outras “Atrizes”,
disse ela, “choraram porque estavam sendo machucadas profundamente.”
(1)
A ex-atriz pornô Jersey Jaxin também descreveu o tormento e o abuso,
que ela experimentou no set pornô. “Os caras te socando em seu rosto.
Você tem sêmen em todo o seu rosto, em seus olhos. Você é machucada.
Suas entranhas podem vir para fora. É interminável. Você é vista como um
objeto e não como um ser humano com um espírito. As pessoas não se
importam. As pessoas usam drogas porque não conseguem lidar com a
maneira como estão sendo tratados.” (2)
Há uma razão pela qual as drogas e o álcool são abundantes na indústria
pornô. Becca Brat, que realizou mais de 200 filmes, disseme quando ela
deixou o pornô em 2006, “Eu saí com um monte de gente da Indústria
Adulta, todas as meninas nham contratos para ser atrizes de pornô
1
gonzo . Todos nham os mesmos problemas. Todos usam drogas. É um
es lo de vida vazio tentando preencher um vazio.” (3)
O ator pornô Chris an XXX também fala abertamente sobre o uso de
drogas generalizado. Ele escreveu em seu blog em janeiro de 2008, “Eu
tenho visto todos os pos de drogas no set, nas festas, nos carros, em
todos os lugares. Se eu vesse que adivinhar, eu colocaria o uso da
maconha a 90% por todas as pessoas envolvidas na indústria (atores,
diretores, equipes, agentes, motoristas, proprietários, trabalhadores de
escritório, etc.) Eu estava filmando com uma garota que morreu durante
2
uma cena de sexo comigo (ela havia abusado de OxyCon n .
3
Recentemente uma menina teve overdose de GHB (droga de festa que é
uma droga, clara e inodoro que não combina com o álcool) no set. Eu vi
uma garota ganhar uma premiação no Prêmio AVN, e não apareceu para
receber o prêmio, e depois caiu nas garras das drogas, o que a levou a
perder pelo menos 22kg e deixar a face da terra.” (4)
De fato, a pornografia pode literalmente matá-lo. Desde o ano 2000,
houve pelo menos 34 mortes relacionadas com drogas entre atores. (5)
Drinks oferecidos como vodca e ba das de Percocet, anestesiam as
mulheres o bastante para suportar atos sexuais ásperos de extrema
humilhação. Quando o álcool não é suficiente a dor gira ao redor do vício,
estrelas pornôs são enviadas aos médicos locais em conspiração com a
indústria pornográfica para receber prescrição de Vicodin, Xanax, Valium e
outros medicamentos an -ansiedade para ajudá-los a lidar com o trauma.
A ex-atriz pornô, Michelle Avan lembra-se de sua primeira cena e como
ela foi conduzida ao abuso de drogas por prescrição. “Eu tentei voltar atrás
e sair do pornô, mas um ator disse que eu não poderia voltar atrás, porque
eu havia assinado um contrato. Fui ameaçada de que se eu não fizesse a
cena eu seria processada em uma enorme quan a em dinheiro. Acabei até
tomando doses de vodca para fazer a cena. Como eu fazia mais e mais
cenas, abusei da prescrição de pílulas que eram dadas a mim a qualquer
momento por diversos médicos em San Fernando Valley. Me foi dado
Vicodin, Xanax, Norcos, Prozac e Zolo . Tudo que eu nha que fazer era
dizer a eles o que eu precisava, e eles me dariam qualquer coisa que eu
quisesse.” (6)
Acha que estou exagerando sobre as operações da sombria indústria do
pornô? Pense novamente. Graças à Internet que mostra no ABC 20/20,
confissões de estupro, abuso de drogas e violência que estão se tornando
cada vez mais públicas. A estrela pornô, Belladonna disse a Diane Sawyer:
“Eu sempre odiei pornô”, confessou ela, que conta que enquanto se
preparava para uma filmagem que achava que seria uma cena de sexo
regular. Em vez disso, o diretor lhe pediu para fazer sexo anal. De acordo
com a rede de televisão, ela nha acabado de completar 18 anos. Poucos
meses (e várias cenas) mais tarde, já uma veterana atriz pornô, Belladonna
apareceu em outro estúdio. Ela foi informada de que apareceria em uma
cena de estupro por uma gangue em uma prisão, e que seria
compar lhada entre doze homens diferentes. Novamente, ela tentou sair.
Mais uma vez, ela foi “convencida” a con nuar. ( 7)
Mas, você pergunta: “Não são as mulheres que escolhem fazer filmes
pornô?”
Com base nas imagens sexuais com que fomos alimentados às
colheradas pela TV, revistas e Internet, com certeza nós escolhemos. No
começo dos anos de 1970, quando aprendemos a sair perseguindo nossos
caminhos, desde nossas estrelas favoritas como Doc no The Love Boat todo
o trajeto pelo Desperate Housewives da ABC, sendo os mais populares
programas entre as crianças em 2005. (8) Sem mencionar “glamorosas”
imagens de pornografia de pelúcia sendo enfiadas em nossas goelas
abaixo. Não é surpresa que as crianças da América, que foram muito bem
preparadas em imoralidade sexual há mais de 40 anos, acabam no
MySpace ou Facebook baixando imagens sensuais de si mesmas. Onde
mais poderia uma criança que foi hipersexualizada ter tanta atenção?
Mas os olheiros da pornografia ficam à espreita pesquisando online por
anos os perfis e predando as fêmeas sexualizadas desavisadas. Fingindo ser
adolescentes ou admiradores do sexo masculino postam palavras
lisonjeiras como, “você é a garota mais bonita” ou “você é tão quente”, e
as adolescentes emocionalmente carentes rapidamente caem em sua
armadilha. Alguns elogios mais tarde e uma boa oferta financeira, e nos
encontramos em pé no meio de um escritório de agentes pornô ouvindo
sobre “modelagem nu” e sexo anal. “Você será a próxima estrela pornô
mais quente, se você fizer anal”, o agente pornô faz promessas ao entregar
o contrato, enquanto uma loira de peitos grandes no canto da sala pisca
para nós.
Dentro de alguns dias nós somos enviadas para a clínica médica da
Indústria Adulta para fazer o teste de doenças sexualmente transmissíveis.
De braços abertos e sorrisos calorosos, somos recebidas por equipes
médicas acolhedoras e com calmas garan as de que nós seremos
“man das seguras.” (9) À medida que começamos a nos sen r melhor
sobre tudo, ouvimos atentamente outras estrelas pornô que compar lham
suas dicas sobre como fazê-lo grandiosamente na terra do pornô. “Apenas
relaxe o pescoço e respire pelo nariz. É muito diver do e fácil uma vez que
você pega o jeito.” Nunca há qualquer educação adequada sobre outras
doenças sexualmente transmissíveis como no vídeo Pornô 101, que eu
saiba, nenhum de nós jamais o assis u. O engano é comum em todo o
processo de preparação.
Alguns de nós, contraímos HIV como resultado desse engano grosseiro.
(10) O ator pornô, Darren James lembra seu pesadelo de testes posi vos
de HIV em 2004, “Foi como um golpe no estômago”, disse James. “A vida
era muito mais bonita.” (11)
A Dra. Sharon Mitchell, “doutora” para as estrelas pornô, pois anda por
aí com um jaleco branco e não tem um diploma de medicina, afirma que
entre os atores há, “menos de 7% de HIV, e de 12% a 28% têm DSTs.
Herpes é sempre cerca de 66%. Clamídia e gonorreia, no entanto,
juntamente com a hepa te, parecem se ater aos vibradores e super cies
planas para as mãos, por isso, perdoe a minha expressão, mas nós estamos
até nossos traseiros com a Clamídia.” (12)
Mas a indústria pornô cresce até seu traseiro em muito mais do que isso
de acordo com o Departamento de Saúde Pública de Los Angeles (DSPLA).
Em Setembro de 2009, o DSPLA publicou relatórios surpreendentes de
2.396 casos de clamídia, 1.389 casos de gonorreia, e cinco casos de sífilis
entre ar stas pornô. Entre 2004 e 2008, repe das infecções foram
relatadas por 25,5% dos indivíduos. Também foi relatado que a prevalência
de clamídia e gonorreia em ar stas pornô é dez vezes maior em Los
Angeles entre os contados com a idade de 20 a 24 anos e cinco vezes maior
na Cidade de Los Angeles entre as maiores populações de risco.
No topo disso, 25 casos de HIV foram relatados pela Adult Industry
Medical Healthcare Founda on (AIM) – (Fundação de Saúde Médica da
Indústria Adulta) desde 2004. AIM é a clínica médica da indústria adulta
que oferece serviços de testes e cuidados médicos exclusivos a estrelas da
pornografia. Devido à falta de clínicas de testes para os talentos das telas,
as infecções retais, orais e um nível elevado de doenças, persiste entre
atores pornô. (13)
Além de ser coagidas, enganadas e repe damente expostas a doenças
incuráveis e potencialmente fatais, muitas mulheres experimentam graves
prejuízos nas partes internas do corpo. A ex-atriz pornô Kami Andrews
confessa que ama o dinheiro e o glamour do pornô, mas o que ela não
gosta é o fato de que não está sendo capaz de defecar normalmente.
Você está constantemente fazendo enemas e você está jejuando e está
tomando todas essas pílulas diferentes, e laxantes, e isso desparafusa seu
sistema interno.” (14)
O trato intes nal é apenas o início de extremos danos corporais graves
causados por atos anais. A experiência de muitas mulheres com outras
doenças médicas, tais como prolapso do reto, uma condição terrível em
que as paredes do reto se projetam para fora do ânus e,
consequentemente, tornam-se visíveis fora do corpo. Eventualmente, o
dano torna-se permanente - para o prazer da torcida de pornógrafos
bes ais que têm criado uma maneira de transformar essa condição
inominável em um “fe che”.
Quando as estrelas pornô terminam um dia e vão para casa com
machucados e os corpos sangrando, algumas de nós faz uma tenta va de
ter um relacionamento saudável e normal, mas o nosso namoradinho
cafetão fica com ciúmes e abusa fisicamente de nós. Então, ao invés disso
nos casamos com nossos diretores pornô ou regredimos de volta à infância
e ficamos com os os de 60 anos de idade. Eu preferia os os porque eu
desesperadamente queria o amor e a atenção do meu pai. Jenna Jameson,
Jill Kelly, Rita Faltoyano, e Tera Patrick preferiram se casar dentro da
indústria pornô e agora são todas ví mas do que a estrela pornô Tera
Patrick chama de “maldição da pornografia.” Ela afirma em seu livro sobre
o divórcio: “Eu não queria ser outra esta s ca do pornô.” (15)
Estrelas pornô não apenas não são boas esposas, mas nós
miseravelmente falhamos como mães também. Nós gritamos, gritamos e
batemos em nossos filhos sem nenhum mo vo. Na maioria das vezes
estamos intoxicadas ou altas, e os nossos pequenos de quatro anos de
idade são os que recolhem nossos corpos sem vida que estão largados no
chão.
Quando nossos clientes com grandes dólares veem até nós para serem
entre dos por nossos truques, trancamos nossos filhos em seus quartos e
dizemos-lhes para ficarem quietos. Eu costumava dar à minha filha de
quatro anos, um Bip e a fazia esperar no parque até que eu vesse
acabado. Para aquelas de nós que somos casadas, o papai não se importa
de ser a babá das crianças enquanto estamos em nosso trabalho, que é ser
penetrada por vários ar stas do sexo masculino. Claro que não, nossos
maridos narcisistas, só se preocupam com o dinheiro do pornô.
A verdade é que não há fantasias na pornografia. É tudo uma ilusão. Um
olhar de perto e mais atento nas cenas da dura realidade da vida de uma
estrela pornô vai mostrar-lhe um ato que a indústria pornô não quer que
você veja.
A verdade é que nós, atrizes pornô queremos acabar com a vergonha de
nossas vidas e o trauma da bilheteria, mas não podemos fazer isso
sozinhas. Precisamos de vocês homens, para lutar por nossa liberdade e
nos devolver a nossa honra. Precisamos de vocês para manter-nos em seus
braços fortes, enquanto nós soluçamos em lágrimas sobre as nossas feridas
profundas e imploramos a cura. Nós queremos que você jogue fora nossos
filmes e nos ajude a juntar os fragmentos quebrados de nossas vidas.
Precisamos de você para orar por nós, para que Deus ouça e repare nossas
vidas arruinadas.
Não acredito na grande fantasia do Topo. Pornografia é nada mais do
que sexo falso, contusões e men ras em vídeo. Confie em mim, eu sei.
II
Uma Confissão
Que Entrem Os Palhaços
Capítulo Dois
Meu nome pornô era Roxy e eu executei meus truques de circo em cerca
de 30 filmes de “hardcore”, entre 1993 e 1994. De anais para orais a orgias
e inter-raciais, não havia nada que eu não faria para provar ao mundo que
eu me tornaria a próxima sensação e a mais quente estrela pornô. Eu
poderia fazer malabarismos e bater bola com o melhor deles.
Comecei meu treinamento pornô aos nove anos de idade, quando eu fui
sexualmente abusada por uma colega de classe e seu irmão adolescente
em uma piscina. Eu era uma garota normal que fazia coisas culturalmente
normais como brincar com bonecas Barbie e assis r a Vila Sésamo, quando
do nada meu boneco Ken decidiu jogar para muito longe a fantasia e puxar
para baixo de seus troncos a Barbie, violentando-a. Tornei-me uma menina
danificada e “suja” do dia para a noite.
Garo nhas danificadas são exatamente as presas que a indústria pornô
precisa e depende. Es ma-se que 90% dos ar stas de pornografia são
sobreviventes de abuso sexual e a idade média de uma atriz pornô é 22,8
anos de idade. (16, 17) Repito, garo nhas danificadas. De acordo com a ex-
atriz pornô April Garris, conselheira de ex-estrelas pornô, “na maioria dos
casos, em cada caso há algum fundo de abuso sexual na infância ou
negligência.” (18)
A rainha pornô Jenna Jameson, que é a estrela pornô mais acessada na
Internet, foi também uma menina danificada um pouco antes de entrar no
pornô. Na autobiografia de Jameson, ela descreve a negligência dolorosa e
o uso de drogas de seu pai, dois estupros na adolescência, vícios de drogas,
e diversos casos com homens e mulheres. Jenna alega que seus estupros
não veram nada a ver com a sua escolha em seguir carreira pornô. (19)
Ela tem o que eu gosto de chamar Clássico Pano de Fundo do Pornô.
O Clássico Pano de Fundo do Pornô (CPFP) é uma compilação realista de
experiências traumá cas do passado e atuais de uma estrela pornô, que
incluem o abuso sexual na infância, a exposição à pornografia, negligência
material dos pais, abuso sico, abuso verbal, disfunção familiar, uso de
drogas, estupro e revi mização sexual. O efeito cumula vo de todas essas
experiências nega vas faz com que as ví mas desenvolvam
inconscientemente um poderoso sistema de autoproteção conhecido
como mecanismos de defesa.
Mecanismos de Defesa

Definição: Sistemas de autoproteção projetados para diminuir ou


reprimir certos pensamentos, sen mentos ou lembranças de entrarem na
mente consciente.
Os 10 Principais Mecanismos de Defesa de Estrelas
Pornô

1. Atuando – Realizando um comportamento extremo, a fim de


expressar pensamentos ou sen mentos que a pessoa sente, e
expressa de outra forma.
2. Negação – se recusar a reconhecer algum aspecto doloroso da
realidade ou experiência subje va que seria extremamente aparente
para os outros.
3. Deslocamento – liberando frustrações, sen mentos e impulsos em
pessoas ou objetos que são menos ameaçadores. Por exemplo, a
violência contra mulheres por pornógrafos que sentem raiva de suas
mães.
4. Fantasia – usando devaneio ou imaginação para escapar da realidade
em um mundo fic cio de sucesso ou de prazer.
5. Humor – apontando os aspectos engraçados ou irônicos de uma
situação, a fim de lidar com ela. Por exemplo, fazendo piadas sobre as
suas próprias doenças sexualmente transmissíveis.
6. Idealização – atribuindo exageradas qualidades posi vas aos outros,
como pensar elevadamente de um pornógrafo “amigável”.
7. Onipotência – sen ndo ou agindo como se ele ou ela possuísse
poderes especiais ou habilidades e fosse superior aos outros.
8. Projeção – negando os próprios traços desagradáveis,
comportamentos, ou
9. sen mentos, atribuindo-os a alguém. Por exemplo, acusando Shelley
Lubben de ser uma pros tuta que quer atenção.
10. Racionalização – explicar um comportamento ou sen mento
inaceitável de uma maneira racional ou lógica, evitando as
verdadeiras razões para o comportamento. Por exemplo, uma estrela
pornô que está virada para baixo para uma filmagem pode
racionalizar, dizendo que o produtor prefere filmar de qualquer
maneira as meninas feias.
11. Repressão – a exclusão inconsciente de impulsos dolorosos, ou
temores da mente consciente. Frequentemente envolvendo impulsos
sexuais agressivos, ou dolorosas memórias da infância, esses
conteúdos mentais não desejados são empurrados para o
inconsciente.
Em termos de um parque de diversões, as estrelas pornô são como focas
amestradas e têm atos di ceis a seguir. Somos trapezistas, mágicos,
palhaços, acrobatas, contorcionistas e caminhantes da corda bamba. Nós
somos os maiores ar stas do mundo, e men rosos. Quando éramos
abusados sexualmente quando crianças, fomos forçados a acreditar que
nós éramos bons para apenas uma coisa. Sexo. Estávamos com medo de
contar isso, nunca vemos uma escolha ou recursos para curar nossas
feridas sexuais e negligência, assim quando nós nos sen mos rejeitados,
isso se transformou em uma vingança raivosa de garo nhas atuando em
nossa dor para chamar a atenção.
Mas nossos pais não prestaram atenção. Igrejas não prestaram atenção,
nem nossas escolas prestam qualquer atenção. Na verdade ninguém presta
atenção para as aberrações da mutação natural que nhamos sofrido.
Certamente as nossas deformidades foram percep veis. Estávamos na
cama, com comportamentos sexuais desviantes, rebeldes peculiares que
arrancaram seus cílios e brincaram com seus órgãos genitais. Éramos
molestadoras de outras crianças e até mesmo repreendidas por isso.
Nossos jogos da infância consis am de esconder e mostrar minhas partes
ín mas e se de verdade você se atrever a me mostrar a sua eu te mostrarei
a minha. Nosso show de horrores estava no centro do palco para o nosso
país e o mundo inteiro ver. Mas ninguém prestou atenção. Ninguém jamais
nos perguntou o que aconteceu e nós fomos abandonadas a nós mesmas
em lágrimas e vergonha para sobreviver e treinar para a única coisa que
nós acreditávamos que éramos boas: sexo sujo e imundo.
Quando entramos em nossa adolescência, descobrimos que a nossa
sexualidade poderia ser usada como uma ferramenta para ganhar de volta
o controle a começar pela a sociedade, por ter nos ignorado por tanto
tempo. Seguimos os modelos mais an gos de rebeldia como Madonna, e
isso se manifestou nas micro-saias e nas camisas apertadas. Fazia todo o
sen do para nós, pois sabíamos que iríamos ganhar a mesma admiração
de meninos doentes e homens mais velhos que ela nha recebido do
mundo. Nós fomos manipulando os nossos colegas com a conduta sensual
e os favores sexuais, e crescendo em conhecimento do grande poder
superior que possuíamos.
Quando entramos em nossa vida adulta, nos tornamos espetáculos
sexuais e exigimos maior pagamento na forma de atenção e em dinheiro
como compensação pela negligência e abuso sexual que sofremos quando
crianças. Eu gosto de chamá-lo de Pagamento da Estrela Pornô. Vamos
men r para obtê-lo. Vamos roubar para obtê-lo. Vamos nos pros tuir e
arriscar nossas vidas para obtê-lo. Estrelas pornô podem fazer
malabarismos com HIV, gonorreia e clamídia enquanto nós sem medo nos
reinfectamos com mais da mesma DST. Nós podemos fazer proezas
incríveis com nossas mentes e corpos que aterrorizariam as pessoas mais
comuns. Podemos caminhar uma fina linha da morte e da vida em grandes
alturas, sem qualquer medo de cair. Com a ajuda das drogas e do álcool as
nossas capacidades são aprimoradas para tolerar uma enorme quan dade
de dor sica, mental e emocional. Nossos corpos infectados são cobertos
de feridas e traços de contusões escondidos sob nossa ousadia e queima
de imagens. Somos superstars pornográficos, atuando na maior aberração
do mundo visível em algum site perto de você!
Heroico como o “supers” podem aparentar, muitas estrelas pornô
tragicamente, e infelizmente, mergulham em suas mortes precoces. Por
baixo uns 1.500 atores entre 2007 a 2010. Sabemos que 34 pessoas
morreram de AIDS, suicídio, drogas e homicídio. Mais outros 17 atores
morreram prematuramente de causas médicas que incluem doença
pulmonar, insuficiência cardíaca e câncer. (20, 21) Isso dá um total de 51
mortes prematuras. Nenhuma outra indústria tem esse po de esta s ca,
nem mesmo a indústria da música que é pelo menos 10 vezes maior do
que a indústria pornô.
Em 2009, a indústria da música lançou 97.751 álbuns em comparação
com um total de apenas 13.056 tulos pornô lançados, incluindo filmes
amadores. (22, 23) Entre 2007 e 2009 houve 9 mortes relacionadas com
drogas e dois suicídios entre cantores e músicos em uma indústria de
12.765 empresas de gravação em comparação com 10 mortes relacionadas
com as drogas e oito suicídios em uma indústria com apenas cerca de 900
empresas de pornô. (24, 25, 26, 27) Isso significa uma morte para cada
1.160 gravações de empresas de música contra uma morte para cada 50
em empresas pornográficas. Não é preciso ser um gênio da matemá ca
para entender que a indústria pornográfica é dras camente menor do que
a indústria da música e ainda assim, tem as taxas mais altas de mortes
relacionadas às drogas e suicídios. Repito, nenhuma outra indústria destrói
mais pessoas do que a indústria pornô!
Além disso, quando as mortes de 129 estrelas pornô durante um
período de cerca de 20 anos foram analisadas, foi descoberto que a
expecta va média de vida de uma estrela pornô é de apenas 37.43 anos
enquanto a expecta va de vida média de um americano é 78.1 anos. (28)
Ainda recentemente, em junho de 2010, o ator pornô Stephen Hill
matou um colega e feriu outros dois em um ataque com uma espada em
um estúdio pornô em Van Nuys, Califórnia. A ví ma nha 30 anos de
idade, era o ator pornô Herbert Wong. Os acontecimentos tristes e trágicos
não terminaram aí. A caçada policial con nuou e Stephen foi encontrado
em sua casa em Chatsworth. O ator pornô de 34 anos morreu depois de
cair de um penhasco após um impasse com o Departamento de Polícia de
Los Angeles e a equipe da SWAT. Foi dito que se ouviu dele pouco antes de
sua morte: “Não era para ter acontecido dessa maneira.”
A indústria pornô nunca deveria acontecer desta forma. Mas 1 em cada
4 americanos fazem isso acontecer. Enquanto as mulheres e homens no
pornô destruíam-se com drogas, álcool e suicídio estávamos sentados de
braços cruzados em nossos computadores com a “pipoca” em uma mão e
nosso mouse na outra, avidamente clicando sobre suas vidas. Que Deus
perdoe nossa maldade.
Rosto triste e pintado que faz as massas rugirem
No trapézio leões, focas e emoções enquanto você,
triste pros tuta encara isso
Deve haver algo mais do que a morte e o sangue
do circo Pelo que você está morrendo?

Por Shelley Lubben


Uma Confissão
Ato II
Conheça Shelley #1
III
Uma Confissão
Nascida para Ser má
Capítulo Três
Nascida Shelley Lynn Moore em 18 de maio de 1968 em Pasadena,
Califórnia, eu venho de uma longa linha de pregadores metodistas por
parte de mãe, e católicos italianos por parte de pai. Meu pai e minha mãe
eram opostos em natureza e educação, mas muito apaixonados, e minha
irmã e um irmão, um casal, nasceram poucos anos depois de mim. Eu sou a
filha mais velha e a única morena de olhos verdes apelidada de WOP.
Minha mãe me chamava de WOP, porque eu parecia um triturador de
uvas.
Eu cresci em uma casa de classe média em Temple City, Califórnia, onde
minha família frequentava regularmente uma boa igreja no Alhambra. Foi
aí que eu conheci o amor da minha vida, Jesus. Todos os domingos minha
professora me contava histórias maravilhosas sobre Jesus e como Ele teve
compaixão e curou milhares de pessoas doentes. Oh como eu amava
Jesus! Minha parte favorita da aula era quando a minha Professora de
escola dominical pegava seu ukulele marrom e tocava a mais bela música.
Com a minha cabeça inclinada e meus olhos firmemente fechados, eu
cantava do fundo do meu pequeno coração a Jesus, “Oh como eu amo
Jesus. Oh como eu amo Jesuuus.” Tudo simplesmente desaparecia. Éramos
apenas Jesus e eu em nosso lugar especial.
“Oh como eu amo Je-SUUUS,” eu sussurrava novamente.
Mas oh, como eu odiava quando via meus pais em pé na porta e era
hora da Escola Dominical acabar. Eu só queria ouvir a minha professora da
Escola Dominical contar-me mais histórias da Bíblia enquanto eu mas gava
meus biscoitos Ritz.
Em 1977, nossa família mudou-se para longe da minha feliz vida cristã
para uma pequena cidade bastante sofis cada chamada Glendora, ou
como eu costumava chamá-la, Glenboring. Em uma cidade repleta de
laranjais e uma população de cerca de 20.000 pessoas, não havia muito a
se fazer exceto uma briga de laranjas. Eu estava pronta para uma briga
também. Eu estava muito irritada porque vemos que deixar os únicos
amigos e familiares que eu havia conhecido e amava. A Escola Dominical e
os biscoitos Ritz eram a minha vida!
Aí então meu irmãozinho nasceu e era completamente ligado ao peito
de minha mãe. Então, minha irmã e eu fomos largadas a nossa própria
sorte e brincávamos com bonecas Barbie e assis amos à televisão por
horas e horas. Minha mãe sempre dizia que a televisão era a melhor babá.
Bem, com uma babá como aquela eu aprendi muito! Quando criança, eu
aprendi mais sobre o sexo de programas como “Three’s Company” e “Love
American Style” do que em qualquer outro lugar. Com uma programação
semanal de comédias sobre direcionamento sexual, quem precisava de
puberdade?
E então houve a fusão de “Love American Style”, com um show chamado
“Happy Days”, onde eu realmente aprendi os fatos da vida. Com um pacote
de salgadinho no meu colo e meu rosto colado à TV eu comecei a assis r
Fonzie em Inspira on Point. O que se pode obter de mais quente da TV do
que isto para uma criança de nove anos de idade? Ou como quando nossa
família se reunira para assis r “All In The Family”, um show que nha que
ter um reclamante na primeira vez foi ao ar. Graças a Archie Bunker minha
família ouvia insultos raciais durante anos. “All In The Family”, também me
ensinou sobre polí ca, swingers, os direitos das mulheres e
homossexualidade. Oh sim, eu aprendi muito com televisão.
A televisão não era o meu único professor. Eu também aprendi muito
com o adolescente e sua irmã que me molestaram sexualmente quando eu
nha nove anos. E convenientemente isso aconteceu na piscina de minha
amiga, quando nossos pais não estavam por perto. Lá estávamos nós
sozinhos - eu, minha amiga e seu irmão mais velho muito bonito.
Como minha nova amiga estava falando sobre nadar nua, o que eu nem
iria imaginar, mas eu lembro-me de pensar que se eu não o fizesse, toda a
escola descobriria e me chamariam de galinha. Eu relutantemente rei
minha roupa de banho e rapidamente entrei na piscina para encobrir o
meu corpo nu. As lembranças que eu tenho depois disso, são de seu irmão
adolescente andando até a beira da piscina, onde sua irmã e eu fomos
nadar e ele começou a nos provocar. Sua irmã jogou água de volta para ele
e disselhe para ir embora, mas ele apenas riu, puxou as calças para baixo e
saltou para dentro da piscina. Eu rasguei meu rosto em constrangimento e
nadei rapidamente para o outro lado da piscina, na esperança de que o
meu traje de banho es vesse por perto. Quando olhei para trás, para ver
onde eles estavam, vi ambos debaixo d’água e vindo em minha direção.
A próxima coisa que eu sen foi indescri vel. Eu vi o cabelo dourado de
seu irmão por baixo da água vindo em minha direção perto da super cie.
Quando sua cabeça veio para o ar nossos olhos se encontraram e eu só
olhei para o rosto bonito, com admiração. Nenhum menino mais velho já
nha chegado tão perto de mim. Eu podia sen r seu hálito quente no meu
rosto enquanto eu estava ali, olhando congelada em seus grandes olhos
azuis. Ele estendeu a mão e começou a tocar-me entre as minhas pernas. A
sensação de formigamento estranho tomou conta do meu corpo inteiro e
eu não podia mover-me ou respirar.
Um puxão forte contra meu estômago me trouxe de volta à realidade e
eu pensei que deveria ter sido o seu polegar. “Isso parece realmente
grande”, lembro-me de pensar. Olhei para baixo e vi sua “coisa” e meu
queixo caiu. Foi quando eu apaguei. O medo abruptamente me acordou do
meu choque e pensamentos de se meter em encrencas correram pela
minha mente. O que minha mãe vai fazer se ela descobrir? Alguém viu
gente? E se as crianças na escola descobrirem? A sensação de mal estar
tomou conta de mim. Empurrei-o para longe com toda a minha força e
nadei tão rápido quanto eu poderia até a outra extremidade da piscina
onde meu maiô estava. Puxando-me para fora da água ao longo da borda,
peguei o meu maiô e frene camente ia colocá-lo enquanto procurava a
toalha mais próxima.
“Toalha, toalha, onde tem uma toalha?” Eu me perguntava enquanto
ansiosamente olhava em volta. Vi uma toalha azul e joguei-a em meus
ombros e corri pelo portão para dentro de casa em plena aceleração.
Eu me tranquei no banheiro enquanto ouvia a minha amiga gritar e
bater na porta por cerca de 30 minutos. “Saí daí, Shelley! Meu irmão não
quis realmente fazer isso.”
Ah, tá!
Enxugando as lágrimas eu finalmente ve coragem suficiente para sair
do banheiro. Eu escorreguei para o quarto onde a cama de hóspedes
estava e me cobri até o pescoço com as cobertas da cama. Ninguém iria
pôr as mãos em mim novamente. Eu tentei manter os olhos abertos
durante toda a noite, mas fiquei tão trauma zada que adormeci quase de
imediato.
Despertada pela figura de uma sombra escura pairando sobre mim
engasguei, “O que é isso???”
Abri os olhos para encontrar longos cabelos loiros balançando no meu
rosto. Estava escuro demais para ver muito, mas sen algo estranho
roçando minhas coxas. Meus olhos se ajustaram à escuridão e chocada vi
que minha amiga estava em cima de mim movendo seus quadris ao redor
e fazendo sons de gemidos. Eu empurrei com força minha amiga de cima
de mim e me enrolei como uma bola na beira da cama em soluços. Eu só
queria ir para casa.
O resto da noite eu fiquei lá em estado de choque, ainda olhando para a
escuridão, enquanto vozes assustadoras sussurravam na minha cabeça,
“Você é uma menina má, suja.”
Eu era muito jovem para entender tudo o que havia acontecido naquele
dia, mas as sementes sujas e vergonhosas que foram plantadas
profundamente dentro de meu ser naquela noite con nuariam a crescer
ao longo dos próximos 17 anos da minha vida. Regados por negligência e
abuso verbal, as pequenas sementes satânicas que foram incorporadas em
minha alma iriam gradualmente amadurecer em um mundo adulto de
frutos de maldade totalmente crescidos.
E então eu poderia ser realmente má.
IV
Uma Confissão
Inferno Crescente
Capítulo Quatro
Eu jurei pelo céu e pela terra ao policial que eu só havia bebido uma
cerveja, mas mesmo assim ele me fez sair do meu carro e andar naquela
linha estúpida. Eu ba com a minha mão para baixo no painel de
instrumentos e chutei a porta aberta de meu carro com meu salto
vermelho de 15 cen metros. Aquele porco defini vamente escolheu a
garota errada para mexer. Não só eu poderia andar na linha sob a
influência de um quinto de Jack Daniels, mas eu podia recitar o alfabeto
inteiro de trás para frente mais rapidamente do que qualquer ser humano
vivo.
“ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA”.
O policial ficou lá com seu queixo caído. Então ele sorriu e se ofereceu
para levar-me para sair e beber. Foi apenas mais um dia nos negócios do
sexo para mim.
Eu sempre era tão malvada, você pergunta? É claro que eu não era. Ok,
ok, admito que eu era muito má, mas eu não comecei assim. Eu era uma
garota bastante decente até que eu vesse uns 14 anos e então eu
descobri os meninos. Descobri que se eu deixasse um menino sen r meus
seios ele me dizia, “Eu te amo.” Oh, como eu ansiava por ouvir essas
palavras do meu pai.
Minha mãe, por outro lado gostava de se comunicar e me chamar por
nomes como “preguiçosa”, “esquecida”, “hiper” e “estranha”. Ela também
usava baixa qualidade para depreciar-me à morte. Se há algo que eu me
lembre da adolescência foi a constante luta diária entre eu e ela. Minha
mãe verbalmente e emocionalmente abusava de mim desde minha escola
secundária até os maiores anos.
Eu acho que a relação de ódio entre eu e minha mãe começou quando
eu nha cinco anos e meu irmão estava prestes a nascer. Eu era uma
menina um pouco ciumenta, que desesperadamente ansiava atenção
porque eu não estava recebendo o suficiente dela. Em uma úl ma
tenta va de fazer com que meus pais me percebessem antes de meu
irmão chegar, foi que comecei a inventar histórias loucas sobre homens
que tentaram me sequestrar. Quando os meus os pais ficaram zangados e
mostraram sinais de preocupação por mim, eu sen como se alguém
vesse me dado uma lufada de ar fresco. Mas, eventualmente, eu cedi e
disselhes a verdade. Eu não era uma men rosa pra cante e experiente
ainda.
Minha irmã em contraste era um anjo perfeito. Dois anos mais nova que
eu, com a disposição e coloração de um dourado po Cocker Spaniel,
minha mãe a amava. Claro que ela a amava. Ela era a criança mais fácil.
No entanto, eu era “o cien sta maluco” da família. Dotada de PEE,
personalidade extra especial, eu nha uma coisinha chamada “isso”. “Isso”
era algo que todo mundo não nha e eu nha. Como minha mãe gostava
de rotular-me, eu era peculiar.
Nascida neste mundo com uma quan dade ilimitada de energia, eu era
uma chocante máquina de falar, caminhar, dançar, escrever e atuar. Uma
estrela em ascensão com origens humildes no meu quintal, eu escrevi,
dirigi e estrelei minha primeira peça aos seis anos de idade. Quando minha
professora da primeira série disse à minha mãe que eu havia encantado
ela, eu estava emocionalmente flutuando sobre meus pés. Para minha mãe
eu era um atraso de vida, mas para minha professora carinhosa, eu era
William Shakespeare.
A primeira vez que eu interpretei em um palco real eu nha oito anos de
idade. Após um teste bem sucedido onde eu bufei e inchada, derrubei as
notas de meus professores, me foi dado o papel de protagonista como
Lobo Mau em uma peça da escola. As outras crianças apenas estavam ali
com o queixo caído. Enquanto desajeitadamente liam as falas saindo de
seus papéis, as minhas haviam sido memorizadas. Eu marchava no palco e
estufava as minhas palavras com um rosnado feroz de tal modo que quase
explodi o telhado fora da lanchonete. Desistam, eu consegui o papel.
Era óbvio que eu fui feita para o palco, mas o dom em mim nunca foi
desenvolvido como deveria ter sido. Minha jovem mãe estava
envergonhada por sua filha excêntrica e não sabia o que fazer comigo. Meu
pai, que se auto rotulava como “o homem mecânico”, estava ocupado
demais vivendo sua vida-máquina para prestar muita atenção à sua filha de
criação. Um homem com o QI de um gênio e um sábio eletricista, meu pai
era mesmo um cien sta louco cria vo. Sempre que eu queria falar com ele
durante o dia, tudo que eu nha que fazer era ir até a garagem, ou olhar
sob o carro para encontrá-lo. Se eu quisesse falar com ele à noite, eu
poderia encontrá-lo deitado em sua poltrona favorita em frente à TV. Era a
TV, a garagem ou a loja de ferragens. Eu adorava quando o meu pai
passava um tempo comigo e me levava para a loja de ferragens. Eu ainda
posso sen r o cheiro dos fios coloridos pendurados na parede.
Minha mãe era o oposto completo do meu pai. Ela realmente me
confundiu. Nascida em família de um pregador de fogo, a minha mãe foi a
úl ma de cinco filhos. Ela foi a criança “acidente”. Criada em um lar
religioso rígido, a pior coisa que já fez foi roubar um disco de músicas do
Elvis. Como meu pai, um católico de berço, sábio em mecânica e tocador
de guitarra e assistente de instrumentos elétricos, pode se conectar com
minha mãe, “Sua San dade”, permanece um mistério para mim. Mas eles
estavam muito apaixonados e, na verdade minha mãe costumava me dizer:
“Seu pai eu não posso subs tuir. Mas podemos fazer mais de vocês.” Ela
era uma mulher falante, cujas palavras frias eram como facas enfiadas em
meu coração.
Enquanto minha mãe venenosamente pregava religião para mim, ela
raramente demonstrava o amor e a verdade de Jesus Cristo para mim. Eu,
ou alguém, estávamos sempre indo para o inferno por algo. Minha mãe era
o juiz supremo da humanidade e preconceituosa contra as pessoas de
outras origens étnicas ou status. Eu nunca entendia suas ações, porque o
meu avô, seu pai, era um homem sensível e amoroso. Quando fizemos
uma rara visita para meus avós, eu poderia sempre contar com o meu avô
para levar-me em longas caminhadas na praia, onde ele descreveu para
mim em lágrimas o amor maravilhoso de Cristo. Em seus anos mais tarde,
quando eu lhe pedi que me desse o seu melhor conselho de todos, ele
sussurrou: “Shelley, você deve pra car a Presença de Deus.” Alguns meses
depois, ele morreu com 98 anos de idade.
Confusa com o cris anismo e colada à TV, eu me tornei uma sonhadora
acordada e imaginava como seria ser famosa. Mais do que qualquer coisa
eu queria ser como os atores que eu via na TV, que eram adorados e
queridos por milhões de pessoas. Eu queria ser adorada e amada por
milhões de pessoas. Eu queria receber os aplausos e ovações em pé por
muito tempo. Quando eu finalmente desgrudava de horas de televisão e
sonhava acordada, eu me expressava através da poesia ou contos e peças
teatrais. Eu Escrevi meu primeiro poema chamado “Natureza” quando eu
nha oito anos de idade. Eu escrevi meu primeiro livro aos nove anos de
idade e até mesmo projetei a capa do livro. Foi o único livro escrito por
uma criança e aceito na biblioteca da escola. Eu também aprendi a tocar
violão e até tentei o violino por um tempo, mas com pouco incen vo, eu
nunca desenvolvi meu talento musical.
Eu era a maior “começadora” do mundo e a pior “finalizadora”. Sem
ninguém para me encorajar regularmente e me ensinar disciplina, eu
estava à esquerda, onde eu criei maneiras maliciosas de expressar a minha
cria vidade e ganhar o que eu mais desejava: a atenção.
Quando eu nha uns nove anos eu comecei a agir e criar histórias e
apelidei a mim mesma de “Shellchoque”. Fazendo jus ao meu nome e
aproveitando o tédio puro, eu criei uma lista de coisas chocantes para fazer
e convenci alguns dos meus amigos a se juntarem a mim. Um dia nós
estávamos fazendo as coisas da lista e ela dizia: “Fingir-se de morto.” Nós
acenamos com a cabeça. Eu imediatamente corri para dentro de casa e
peguei um vidro de ketchup e esguichei tudo em meus braços e rosto. Eu
entreguei o ketchup à minha amiga Stella, que ficou de olho por trás de um
arbusto enquanto eu estava na rua jogada na calçada com meus óculos
caindo das mãos. Foi pura genialidade. Carros em movimento chegavam e
paravam, e gritos de mães preocupadas correram para ver por que uma
menina com sangramento estava deitada na rua. Quando se inclinaram
para baixo para ver se eu estava respirando, eu voltava e dizia:
“Brincadeira!” e saía correndo.
Outra vez, quando eu estava entediada e queria atenção, eu encontrei
um pequeno pedaço de pano preto que parecia uma aranha. Eu sabia que
minha mãe nha ferozmente um medo de aranhas, especialmente Viúvas
Negras, então eu queria assustá-la à morte. Eu levei a minha pequena
aranha procurando o pano e a rei na minha mãe e gritei: “Aranha!” Nunca
vi minha mãe saltar tão alto em minha vida. Ela estava tão brava comigo. É
claro, que eu corri.
Meu lugar favorito para correr era a pequena Igreja Ba sta na esquina.
Eles sabiam que eu era um pouco vilã, mas eles me amavam de qualquer
maneira. A única pessoa que me amava especialmente foi a Sra. Mumby.
Ela era a professora de cabelos um pouco grisalhos que me aturava
durante todo o verão na Escola Bíblica de Férias. Um dia, enquanto a Sra.
Mumby estava rando algo para fora do almoxarifado, eu a empurrei para
dentro e a tranquei. Enquanto eu estava rindo histericamente enquanto
apontava para o armário, ela bateu e gritou:
“Vamos Shelley deixe-me sair! Deixe-me sair!” Eu ria ainda mais. As
outras crianças olhavam para mim como se eu fosse Satanás. Como
ninguém nha a chave para abrir o armário, o Corpo de Bombeiros chegou
para resgatá-la, e então não teve mais graça. A Sra. Mumby saiu pronta
para desmaiar de exaustão pelo calor. Eu me sen muito mal por isso.
Mas, novamente eu me sen a mal com tudo que estava acontecendo
em minha vida. Eu era uma menina suja, solitária, e um pouco chocante
em uma caçada desesperada por amor e atenção. A única pessoa que
verdadeiramente me entendia era minha avó italiana, Nona. Incrível, ela
era mágica.
“Um cigarro, meu bem, e me leve”, ela dizia em uma voz sexy enquanto
inclinava a cabeça para trás fingindo tragar um cigarro longo. Minha Nona
adorava se passar por Mae West, um símbolo sexual de
Hollywood, e a primeira superstar originalmente loira que foi presa em
1918, por corromper a moral da juventude.
Bem, talvez minha Nona tenha me corrompido um pouco. Ela era uma
mulher ca vante e oradora eloquente que nha a poderosa capacidade de
influenciar qualquer um que es vesse em sua presença. A mulher de pele
morena, com seu belo cabelo preso, era a mulher mais glamorosa que eu
já nha visto.
Todo mês de dezembro minha avó glamorosa vinha visitar-nos para os
feriados e ficar com a família até meados de Janeiro. Eram as melhores seis
semanas da minha vida não preenchida. Por seis semanas eu nha alguém
em minha vida que sempre me dizia: “Eu te amo”. Por seis semanas, havia
alguém que se importava o suficiente para rar tempo para me ensinar
coisas como a importância da lavagem de minhas mãos antes de uma
refeição. Por seis semanas eu aprendi a dobrar guardanapos, arrumar uma
boa mesa de jantar e como fazer Vitela Scaloppini. Por seis semanas eu
recebi o amor, instruções gen s e o incen vo que eu precisava para ser
bem sucedida na vida. E por seis semanas inteiras eu realmente me sen
bem comigo mesma por causa do sen mento de realização que eu nha
conquistado. E então Nona sairia e eu cairia de volta em meus caminhos
preguiçosos e rebeldes até que ela voltasse no ano seguinte.
Infelizmente, na época em que eu era adolescente eu estava cheia de
raiva e frustração por tentar ser um anjo em cada Natal. Muito pelo
contrário, eu me tornara uma adolescente do inferno. Com modelos como
Madonna para me encorajar e pais que enterravam a cabeça na areia, me
era permi do fazer qualquer coisa que eu quisesse. Fui autorizada a ir a
um baile de formatura em uma limusine com um menino mais velho não-
cristão, onde eu fiquei bêbada pela primeira vez. Meu pai teve que dirigir
até Los Angeles para me pegar com meu ves do cheio de buracos por toda
parte. Aparentemente eu estava tão bêbada que havia queimado buracos
através de meu ves do com um cigarro de cravo. Era um ves do roxo,
minúsculo, um daqueles de promoção para um baile do inferno.
Aos 14 anos, eu estava autorizada a usar uma fantasia de coelhinha da
Playboy para o Halloween, com orelhas de coelho, cinta-liga, cauda felpuda
e tudo mais. Minha mãe rou a foto. Também era me dada permissão para
dirigir o Ford Thunderbird de minha mãe até as discotecas, aos 16 anos e,
portanto, eu nha permissão para dirigir por aí com meu namorado de 15
anos, com quem eu estava tendo relações sexuais. Sim, fizemos sexo no
carro de minha mãe. Quando ela me perguntou no dia seguinte o que era a
mancha no banco dela, eu friamente respondi: “shake de baunilha.”
Eu também estava autorizada a ter uma festa de aniversário em minha
casa onde nós bebemos álcool enquanto meus pais assis am à televisão
em seu quarto. Ok, então eles não sabiam que nós trouxemos o álcool,
mas que pais permitem que sua filha rebelde de 16 anos de idade dê uma
festa sem supervisão dos pais? Eu nha até minha irmã de 13 anos para
beber.
Para a maioria, a minha vida de adolescente era muito bonita, eu era
autorizada a fazer o que queria, porque ninguém se importava.
Ninguém se importava se eu vesse um problema com bebida aos 16
anos. Ninguém se importava se eu fosse reprovada nas aulas ou recebesse
notas ruins. Ninguém se importava se eu usasse meia calça do po
arrastão para ir à escola. Ninguém ligava se eu era menor de idade e
pra cava sexo. Ninguém se importava se eu fosse uma motorista
imprudente e vesse minha carteira de motorista suspensa.
Ninguém se importava se eu fosse para a cadeia por roubar no Target.
Ninguém se importava por qualquer coisa que eu fizesse.
Quando meu pai resolveu se preocupar com sua família, colocou seus
pés no chão e tomou uma posição firme, ele abriu a porta da frente e me
disse: “Suma daqui,” seguido de quatro palavras sem coração que Eu nunca
me esqueci:
“Você está morta para mim.”
Em estado de choque, eu furiosamente saí pela porta com um saco de
roupas e uma Bíblia, jurando por Deus que eu nunca iria falar com o meu
pai ou mãe novamente durante o tempo que eu vivesse. Mais uma vez as
palavras se repe ram em minha mente: “Você está morta para mim.”
“Você está morta para mim.” A rejeição entrou.
“Você está morta para mim.” O ódio entrou.
“Você está morta para mim.” A ira entrou.
E Satanás entrou em meu coração e, em seguida, todo o inferno rolou
solto nos próximos oito anos de minha vida
V
Uma Confissão
O Inferno De Uma Pros tuta
Capítulo Cinco
Uma loira bronzeada e com nomes ar s cos, de símbolos sexuais como
“Marilyn” e “Blondie”, eu me empurrei por oito anos em casas noturnas,
pros tuição e muita pornografia. Comecei minha carreira em um clube de
strip chamado “The Top Hat” (A Cartola) com 17 anos de idade, enquanto
eu ainda vivia em minha casa, em Glendora, Califórnia. Não foi di cil
roubar a iden dade de uma menina mais velha do que eu e enganar o
proprietário e, além disso, eu sabia dançar. Eu poderia dançar tão bem que
até mesmo Michael Jackson teria ficado orgulhoso. Na verdade, a minha
primeira audição, eu fiz o “moonwalk topless” de “Billie Jean”, enquanto os
homens com camisas xadrez assobiavam e lançavam notas amassadas para
mim. Quando eu girei minha cabeça ao redor e vi os caminhoneiros
deslizarem suas calças para se aproximarem e me verem mais de perto, eu
pulei para fora do palco e corri direto para porta, jurando por Deus que eu
nunca mais faria strip novamente.
Nunca diga nunca.
Acabei um ano mais tarde em uma calçada suja em San Fernando Valley,
a capital mundial do pornô, onde eu estava sentada no meio fio de uma
rua movimentada, meus olhos lacrimejando e chorando, soluços saíam de
minha garganta. Eu não comia há dois dias e estava morrendo de fome.
Pensei sobre a obtenção de um emprego, mas eu não nha carteira de
motorista. Tentei pedir dinheiro, mas ninguém quis ajudar. Minha situação
parecia sem esperança. Olhei para a Bíblia preta que eu trouxe clamei a
Jesus por respostas.
“Jesus, onde você está? Como você pôde deixar isso acontecer comigo?
Você me disse quando eu era uma garo nha que eu iria pregar o
Evangelho a milhares de pessoas. Agora eu estou sentada aqui, uma sem-
teto e sem nada para comer ou beber. Eu preciso de você para fazer um
milagre agora!”
Eu sentei lá sob o sol quente e chorei por horas, quase desbotei a
quebrada calçada na Via Sherman. Desesperada e desidratada. Eu não me
importaria se morresse.
Para minha surpresa, ouvi uma voz de homem eu olhei para cima e vi um
homem negro bem malhado e bonito olhando para mim. Ele parecia um
anjo.
“O que há de errado, querida? Por que você está chorando?” Ele
perguntou enquanto se sentou ao meu lado na calçada.
Com os olhos inchados e saliva saindo de minha boca eu balbuciei:
“Estou sem casa e não tenho qualquer uh …” sniff sniff, “comida ou
dinheiro. Meu pai me expulsou de casa e eu não sei o que fazer.”
Eu soluçava ainda mais ofegante, baixei a cabeça e usei as mãos para
esconder minhas lágrimas. Eu estava tão envergonhada e humilhada. O
bom homem colocou os braços em volta de mim e gen lmente me puxou
em direção ele. Quando minha cabeça pousou em seu peito, eu sen um
alívio inexplicável. Foi a primeira vez na minha vida que um homem mais
velho nha me segurado tão ternamente. Me sen a tão bem. Eu não
queria deixar esse sen mento. Eu só queria ficar envolta em seus braços e
descansar minha cabeça em seu peito grande e caloroso.
Depois que ele me segurou por alguns minutos gen lmente virou meu
queixo em direção a ele e me disse: “Eu posso ajudar você, querida. Eu
posso obter algum dinheiro e alguns alimentos para você.”
Imediatamente eu pensei que Jesus nha vindo para me salvar. Sentei-
me animadamente para ouvir de perto o homem bonito e ele con nuou.
“Há um homem no complexo de apartamentos do outro lado da rua que
acha você muito bonita e gostaria de fazer amor com você por 35 dólares.”
“O quê???” Minha boca abriu. Este homem estava pedindo para que eu
fosse uma pros tuta? Eu era um monte de coisas, mas eu defini vamente
não era uma pros tuta.
“De jeito nenhum!” Eu disse enquanto sentei-me em desgosto. Mas ele
garan u-me com uma voz suave que o homem que queria fazer sexo
comigo era muito bom e seria gen l comigo. Ele me disse que poderia me
dar um monte de dinheiro, que eu poderia ter meu próprio apartamento e
que não teria que viver mais na rua. Comecei a pensar sobre os meus pais
e o que eles fizeram para mim. Eu pensei sobre como eles estavam
dormindo profundamente em suas camas confortáveis, enquanto eu me
sentava ali na calçada todos os dias e noites, sem dinheiro ou comida. Eu
pensei sobre as úl mas palavras frias e sem coração do meu pai quando
disse: “Você está morta para mim.”
Foi quando eu ouvi o sussurro de uma voz baixa em minha cabeça,
“Deus não se importa. Seus pais não se importam…” e cheia de ódio eu
pensei comigo mesma: “sim, por que eu deveria me importar?” E concordei
em me vender por 35 dólares.
Eu estava tão nervosa quando ele abriu a porta. A sala estava escura e eu
mal podia ver com quem o homem se parecia.
“Olá”, uma velha voz se fez ouvir enquanto eu fechava a porta atrás de
mim.
Eu não respondi ou fiz qualquer barulho. Nós éramos dois completos
estranhos em pé no escuro juntos. Ele se aproximou de mim e puxou
minha cabeça em direção ao seu rosto. Tentei afastar, mas ele segurou
minha cabeça com força e me beijou. Depois de um par de minutos
comecei a sen r-me confortável, porque o homem era muito gen l. Na
verdade, eu me lembro de ter pensado que ele me beijou muito melhor do
que os meninos do ensino médio que eu havia namorado.
Isto não é tão ruim, afinal, pensei comigo mesma.
E eu saí com os tais 35 dólares. Depois que o cafetão me atraiu
primeiramente com um truque legal, ele começou a arranjar encontros
com homens perversos que exigiam sexo bizarro. Quando me recusei a
fazer certos atos sexuais, o cafetão ameaçou-me com maus tratos sicos e
tentou me trancar em seu apartamento. Mas eu estava tão cheia de raiva
que eu arranhei com fúria seus grandes braços negros e terminei em outra
calçada na Ventura Boulevard.
Até então eu estava em modo de sobrevivência total. Comecei a andar
corajosamente pelas ruas perguntando se os homens queriam ter sexo por
dinheiro. Uma vez, me aproximei de uma oficina mecânica e o gerente
levou-me para o banheiro, onde ele ejaculou com sangue em todo o meu
rosto. O sangue me assustou tanto que eu sabia que nha que sair das
ruas. Eu não nha certeza se ele nha algum po de doença, mas corri
para fora da oficina mecânica em lágrimas clamando a Deus por ajuda.
Mas não houve resposta.
Logo conheci uma garota chamada Beth, que me avisou que eu seria
morta se con nuasse andando pelas ruas. Ela me apresentou Vanessa,
uma senhora que dirigia uma casa de pros tuição. Eu realmente não
queria mais fazer pros tuição de forma alguma, então eu implorei a
Vanessa que me deixasse cortar seu gramado em troca de deixar-me fica
por alguns meses. Ela tentou me convencer com truques, mas eu estava
muito trauma zada após o cafetão e o sangue, por isso eu inflexivelmente
disse que não. Ela sabia o que estava fazendo no entanto. Cada manhã, ela
me dava uma pá e uma lata de lixo e me fazia trabalhar oito horas por dia
sob o quente da Califórnia, enquanto eu estava morrendo no calor e
limpando o suor lamacento da testa, as outras meninas estavam sentadas
confortavelmente dentro de uma casa com ar condicionado ves ndo
lingerie e bebendo chá gelado. Eu assis a os homens vindo até o portão,
um por um, e exatamente uma hora mais tarde, eu os observava andarem
de volta com um enorme sorriso. As meninas pareciam muito felizes
também. Elas estavam contando seu dinheiro, enquanto eu estava cavando
a sujeira. E aquela mesma voz baixa veio a mim novamente e disse: “Deus
não se importa. Seus pais não se importam…”
Sim, pensei. Por que eu deveria me importar com algo que ninguém está
pensando? Então, eu me vendi novamente só que desta vez por 150
dólares.
Vanessa me ensinou coisas que minha mãe nunca me ensinou. Para
começar, ela me ensinou sobre a higiene feminina. Depois de um cliente
ter se queixado sobre mim eu estava totalmente humilhada, Vanessa jogou
uma esponja para mim e me ensinou a maneira correta de me lavar. Ela era
a mulher mais descarada e sem vergonha que eu já conheci. Não só ela me
ensinou sobre a limpeza, mas ela me ensinou a manipular os homens em
uma variedade de maneiras. Eu aprendi coisas como colocar uma
camisinha em um homem sem ele jamais perceber disso. Eu aprendi a
fingir um orgasmo para os homens que queriam ser heróis.
“Oh yeah, baby, eu vou gozar”.
Tá certo.
Aprendi a trocar sexo por roupas, joias e móveis. Vanessa e eu
visitávamos regularmente lojas de joias em Ventura Boulevard e fazíamos
“acordos” com os proprietários. Eu nunca estava sem anéis em meus
dedos.
Eu também aprendi a falar com os clientes para que me dessem mais
dinheiro. Vanessa me ensinou a manipular atos sexuais e redirecionar os
homens a falarem sobre suas fantasias até que sua hora es vesse
excedida, então eles nham que me pagar mais para ter o sexo real. Eu
costumava enrolar interminavelmente até que pudesse limpar a carteira de
um homem. E eu era impiedosa. Eu queria cada centavo, até a úl ma
moeda daqueles porcos egoístas necessitados que exigiam uma pros tuta
por uma hora. Que paté co.
O que é mais paté co, é que eu fiquei grávida duas vezes durante os
primeiros quatorze meses em que era uma pros tuta. Embora eu vesse
sido ensinada a ter cuidado e usar camisinha, infelizmente eu aprendi a
duras maneiras que o preserva vo pode e vai rasgar ou vazar. Na verdade,
os homens muitas vezes tentavam romper o preserva vo de propósito.
Isso, para mostrar quão porcos eles eram. Eu aprendi um monte de lições
di ceis com o primeiro ano de pros tuição. Eu aprendi que a perda de um
bebê era fisicamente e emocionalmente extremamente dolorosa. Eu nha
apenas oito semanas de gravidez, quando perdi meu primeiro bebê.
Culpei-me e jurei nunca fazer pros tuição novamente. Então eu saí da casa
de Vanessa e me mudei para o centro de Los Angeles, onde eu encontrei
um emprego como “Dançarina de táxi” em um clube de
Acompanhantes. Dançaria de táxi é apenas uma forma de pros tuição
com roupas, mas é claro que eu não sabia isso. Eu pensava que havia
homens neste mundo que realmente queriam apenas dançar!
Eu sentava no sofá todas as noites às 20:00hs à espera de algum homem
estranho para bater meu cartão ponto, para que eu pudesse receber o
pagamento. Esparramada em um sofá vermelho com outras jovens loiras e
morenas, eu me sen a como um pedaço de doce em uma loja de doces.
“Me pegue”, eu pensava enquanto sorria para cada homem enquanto
eles andavam através da porta. Eu via magros, gordos, e principalmente os
de idade avançada que entravam por aquela porta a cada noite.
Uma noite, um homem asiá co me pegou e me levou para um lugar na a
pista de dança escura iluminada onde ninguém estava por perto. Ele
escorregou uma nota de cem dólares na minha mão e começou a esfregar-
se contra minha coxa. Eu não queria que ele ejaculasse no meu ves do
como o úl mo cara nha feito, então eu sugeri que subíssemos a outro
lugar para termos mais privacidade. Aprendi muito rápido que os homens
queriam masturbação, e não dança.
Quando chegamos à cabine tentei enrolar ele para não ter que fazer um
favor sexual. Ele acabou gostando de mim e ofereceu mais 200 dólares
para que eu jantasse com ele. E é claro que eu disse que sim, e me
apaixonei pelo seu dinheiro imediatamente. Ele me disse que seu nome
era algo como Tagi Chang. Era tudo chinês para mim.
Fui jantar com Tagi na noite seguinte e começamos a namorar
profissionalmente. Eu ofereci-lhe um rosto bonito e companheirismo e ele
me deu dinheiro e presentes em troca. Era o perfeito caso de amor. Eu não
ve que ter relações sexuais com ele na primeira vez. Descobri que o cara
estava mais interessado em seu vício de jogo e gostava de me levar para o
clube Bicycle onde eu aprendi a jogar Texas Hold, enquanto ele jogava Pai
Gow, um jogo chinês de apostas.
Sempre que Tagi ganhava, ele ficava de bom humor, ele me repassava
centenas de dólares, mas quando ele nha uma noite ruim, ele fazia coisas
como gritar comigo no estacionamento e ameaçava matar pessoas. Eu
descobri que ele era viciado em cocaína, fora a bebida e os hábitos de jogo.
Embora eu quisesse despedi-lo, eu preferia lidar com um homem rico
chinês temperamental, em vez de um grupo de homens viscosos que
queriam se esfregar em mim todas as noites no Clube de Acompanhantes.
Nunca me passou pela cabeça sair da indústria do sexo completamente,
afinal, onde eu poderia ir para obter ajuda? Era tudo que eu sabia fazer
para sobreviver a cada dia.
Depois de um tempo, Tagi exigiu ter sexo comigo em uma fa dica noite
que acabamos no Hotel Bonaventure, no centro de Los Angeles. Ele estava
com seu humor habitual ruim, então eu tentei fazer tudo o mais
rapidamente possível. Quando entramos no quarto elegante lembro-me de
ter desejado que aquilo fosse a minha lua de mel. Mas minha vida era
cheia de sonhos desfeitos, assim que eu rapidamente espantei aquela ideia
ridícula da minha cabeça e coloquei uma calcinha branca sexy a pedido do
Tagi. Balançando a cabeça em aprovação, ele colocou duas notas de cem
dólares em minha mão e me puxou para a cama.
Durante dois minutos inteiros, nós vemos relações sexuais com o
preserva vo desarrumado, e o sêmen caiu e vazou em cima de mim e
dentro do meu corpo. Pulei da cama e corri para o banheiro para tentar
limpar. Tagi me perguntou em seu sotaque áspero chinês, “o que estar de
errado?”
O que há de errado? Ele estava brincando? Tudo estava errado! Eu não
queria engravidar novamente, de um ato de pros tuição e dar à luz um
bebê feio de um asiá co. Voltei-me a água do banho e trabalhei com afinco
para rar todos e quaisquer fluídos corporais de cima de mim. Mas eu ve
uma sensação horrível.
Três semanas mais tarde, quando os meus seios estavam inchados e eu
não iniciei em meu período menstrual, fiz um teste de gravidez e deu
posi vo. Eu não podia acreditar. Eu estava muito furiosa e com raiva de
mim mesma.
Perguntas percorriam minha mente. Como eu pude deixar isso
acontecer? Como vou trabalhar grávida? Eu deveria fazer um aborto? O
que vou dizer aos meus pais? Eu não sabia o que fazer. Não havia ninguém
a quem recorrer para obter ajuda. Olhei para baixo com lágrimas nos meus
olhos enquanto esfregava minha barriga mal grávida. Eu sabia que não
poderia matar meu bebê. Eu ainda nha alguns dos valores que havia
aprendido na igreja. Pensei em dar o bebê para adoção, mas depois pensei
em ficar me perguntando todos os dias, se o bebê estava em um bom lar.
Pensei em meus pais criando o bebê, mas esse pensamento logo se
desvaneceu. Então, eu fiz a escolha de ficar com o meu bebê e descobrir
uma maneira encontrar apoio. Eu não poderia voltar para a pros tuição
novamente. De jeito nenhum. E quando eu contei a Tagi, ele se assustou e
ameaçou levar o meu bebê para longe. Eu nha que bolar um plano.
Não demorou muito para encontrar um clube mexicano de strip na
esquina da rua Flores com a Figueroa. Eu nha apenas 18 anos, mas já
nha já roubado a iden dade de outra menina no clube de táxi quando eu
precisava de uma para o jogo. Enquanto eu caminhava pela rua do meu
hotel, vi um prédio alto de jolos com um neon piscando o sinal “TOPLESS”
sobre ele. Eu não falava muito bem o espanhol, mas o proprietário não
parecia se importar. Ele viu uma jovem loira com olhos verdes que nha 21
anos de idade e me contratou de imediato.
No começo eu amei trabalhar no clube de strip mexicano. Quando os
homens hispânicos viram que eu poderia dançar como um Michael Jackson
na versão feminina, as notas de dólar vieram voando até mim.
Diferentemente da maioria dos homens norte-americanos, os homens
hispânicos amavam ser entre dos por uma boa dançarina. Eu fiz o
“moonwalk”, o “dividido”, o “agarre minha virilha” e o “enchilada”.
Quando a canção “Beat it” chegou ao fim eu pulei para cima do
corrimão, arranquei o meu top do biquíni e lanceio-o no meio da mul dão.
“Olé!”
Os homens hispânicos me amaram e me chamaram La Huera Loca, a
garota loira louca. Eu fiz tanto dinheiro nesse clube que meu biquíni estava
literalmente caindo! Quando ia ao banheiro para contar a minha “propina”
(gorjeta), eu às vezes encontrava dobrados nas notas de dólar alguns
saquinhos de cocaína. Eu sabia que provavelmente seria ruim para o bebê,
mas é só um pouquinho eu pensava. Esgotada de dançar oito horas por
noite e por estar grávida, eu enrolava uma nota de dólar e cheirava uma
carreira de linhas.
Então eu podia realmente dançar!
Eu dancei com meu coração induzido por drogas e embalei os quentes
homens hispânicos por três sólidos meses até que me tornei “carne velha”.
Uma vez que uma garota já trabalhe em um clube de strip por alguns
meses, é comum que os homens se cansem dela e exijam carne nova. É
por isso que as meninas na indústria do sexo são tão rota vas.
É por isso que estrelas pornôs mudam seus nomes tantas vezes. Quando
uma menina torna-se carne velha, temos que vir para cima com novos
truques. É apenas parte do jogo.
Eu ve uma coceira por Hollywood assim que comecei a olhar ao redor
em Melrose Boulevard e encontrei um clube de topless chamado, “The
Last Call.” Mas este clube era diferente do clube mexicano. Primeiro de
tudo, o clube nha um bar completo, o que significava “estúpidos homens
bêbados.” Em segundo lugar, o clube nha uma clientela mais branca e isso
significava mais concorrência para mim. Obviamente eu entrei, e lá
estavam loiras e morenas quentes e deslumbrantes que eram mais bonitas
e mais experientes do que eu. Sem contar que eu estava grávida de três
meses!
O proprietário era um pouco mais esperto do que o úl mo cara e
ques onou sobre a minha então chamada “carteira de motorista”, mas é
claro que eu men e ele comprou a minha história. Até então eu era uma
men rosa experiente. Essa é a “norma” para uma profissional do sexo. É
por isso que somos chamadas de “Vigaristas”. É por isso que um dos clubes
adultos mais populares do mundo é chamado, “Hustler” (Vigarista). Preciso
dizer mais?
Enquanto isso, trabalhei até ter coragem de contar aos meus pais sobre
a chegada de seu primeiro neto. Na verdade eu pensei que eles pudessem
se alegrar um pouco e oferecer uma ajuda para mim, mas eu estava errada.
A resposta fria de minha mãe foi: “Bem, se acontecer alguma coisa com
você eu não vou cuidar do bebê.” Suas palavras me esmagaram. Eu
precisava da minha mãe mais do que nunca.
Eu trabalhei por mais quatro meses no clube de strip, até que em uma
noite, o dono me puxou de lado e me disse que era hora ir para casa. Acho
que a minha saia fofa e rosa não era mais atraente. Candidatei-me à ajuda
financeira do estado da Califórnia e recebia apenas o suficiente para pagar
o aluguel da casa duplex no Hun ngton Park. Eu era a única menina branca
que vivia num raio de dez milhas em um bairro onde todos eram
hispânicos. Era muito mais barato do que Hollywood e de qualquer
maneira, eu acabei lá por acidente quando concordei em me mudar para
dividir a casa com uma menina mexicana que conheci no bar mexicano.
Mas eu não me importava. Eu era La Huera Loca!
Depois que parei de fazer strip para ficar em casa e ser uma boa e
rebelde garota grávida, comecei a me preparar para a chegada do meu
novo bebê. Um amigo do clube de strip que costumava vir regularmente
para me visitar se ofereceu para comprar algumas coisas para o bebê.
Quando ele apareceu na minha porta com vários sacos de compras
grandes e um ursinho de pelúcia branco eu fiquei atordoada. Ninguém me
mostrava esse po de amor há muito tempo. Ele também me ajudou a
colocar o papel de parede temá co para bebês, comprava alface, bacon,
tomate e sanduíches sempre que eu nha meus mortais desejos de
gravidez, a cada duas horas durante seis meses.
Lamentavelmente, eu ganhei 27 kg graças a esses sanduíches de bacon.
Eu muitas vezes imaginava enquanto estava em frente ao espelho como eu
teria apoio para o bebê e para mim. Certamente, pensei, meus dias de
dançar acabaram.
Gorda, rabugenta e cansada de ter uma criança empurrando minhas
entranhas por nove meses, entrei em trabalho de parto em 28 de junho de
1988. O trabalho de parto durou 24 horas antes de eu finalmente ter a
minha filha. Comecei no dia anterior na casa de meus pais onde eu gemia e
gemia como um bebê grande, até minha mãe pensou que eu teria
realmente um. Ela levou-me ao Hospital francês no centro de Los Angeles,
onde o médico calmamente me disse que eu nha apenas alguns
cen metros de dilatação e era para voltar para casa. “O quê???” Esse cara
é um idiota, pensei. Certamente toda a dor que eu estava sen ndo
significava que o bebê estava prestes a sair. Mas ele insis u e minha mãe
levou-me todo o caminho de volta para sua casa em Glendora, onde
algumas horas depois a bolsa rompeu em sua cama e uma água verde
escorreu, enquanto meu irmão de 12 anos de idade estava sentado ao meu
lado. Tivemos que sair novamente.
Corremos de volta para o hospital onde eu me contorcia em dor entre
uma contração e outra por 12 horas, até que eu finalmente ouvi a palavra
“Empurre”, e com cada grama de energia que eu nha dentro de mim, eu
dei à luz uma linda menina com 3,800kg. Empurrei com tanta força que os
vasos sanguíneos dos meus olhos ficaram vermelhos durante duas
semanas. Foi como se alguém vesse arrancado meu rosto e estendido
sobre meu corpo. O médico ficou surpreendido com minha entrega
alienígena. Ele pensou que eu precisaria com certeza de uma cesárea. Ele
me avisou quando eu estava grávida para que eu evitasse os sanduíches,
mas eu não ouvi.
Enquanto o médico costurou o rasgo enorme no meu canal do parto,
uma enfermeira segurando minha filha rapidamente baixou um pouco
mais para me mostrar e, em seguida, correu para longe. Minha filha mal
nha aberto os lindos olhos castanhos e olhado para mim antes que ela a
levasse embora. Ninguém me explicou o que estava acontecendo e eu
comecei a entrar em pânico. “O que há de errado com a minha filha?” Eu
exigi. “Eu quero segurá-la!”
“Por favor, acalme-se, senhora”, disse uma voz.
Levaram-me para o meu quarto onde eu ve que esperar várias horas
mais antes que me deixassem visitá-la na unidade de tratamento intensivo.
Descobriu-se que a água verde que havia escorrido era um sinal de que
havia mecônio (fezes de bebê) no meu líquido amnió co. Eles explicaram
que meu bebê estava passando por problemas respiratórios, porque ela
nha inalado alguns dos mecônios. Minha filha também nha marcas de
nascença de cor azul na parte inferior de seu corpo. Quando as vi eu
imediatamente me culpei e mais tarde, confessei ao médico que eu usei
cocaína nos três primeiros meses de gravidez. Mas o médico me garan u
que as marcas de nascença não eram devidas ao meu uso de drogas.
“Na verdade”, ele disse, “elas são comuns em bebês asiá cos. O pai do
seu bebê é asiá co?” Pausa.
“Simmmm”, eu respondi em voz baixa. Eu rolei para o lado da cama, com
os dentes cerrados. Eu realmente não precisava que ele me lembrasse que
ela era a metade da Ásia, enquanto eu estava deitada ali sangrando e com
dores. Toda vez que eu ouvia a palavra “Ásia” eu me arrepiava com a
lembrança de Tagi e minha pros tuição com ele.
Algumas horas depois a enfermeira veio e me pediu para assinar a
cer dão de nascimento da minha filha. Finalmente era o momento em que
eu iria anunciar ao mundo o belo nome que eu nha escolhido para ela.
Tiffany Ann Moore, escrevi perfeitamente e assinei o resto até que cheguei
à parte onde dizia: “Nome do Pai”. Eu parei de escrever. De jeito nenhum
eu colocaria o nome Tagi na cer dão de nascimento da minha filha depois
que ele ameaçou levar o meu bebê para longe.
A enfermeira me olhou estranhamente e disse: “Você não sabe quem é
o pai do seu bebê?” Eu quase deixei escapar: “Não, eu não sei quem é o
pai porque eu sou uma pros tuta idiota.”
Mas eu segurei minha língua e simplesmente respondi: “Não.” A
enfermeira levou o cer ficado e, mais tarde, quando ela devolveu-me ao
lado de “Nome do Pai” dizia: “Recusou-se a declarar”. Grande, pensei,
agora eu sou oficialmente uma mãe solteira.
Depois de uma experiência trauma zante de parto e chegar em uma
casa vazia, a realidade entrou e eu entendi o quão sozinha realmente eu
estava. Uma criança de 19 anos, criando um filho, eu não nha ideia do
que estava fazendo e não nha ninguém para me ajudar. Minha mãe
estava longe demais e os únicos amigos que eu nha eram as senhoras
mexicanas que moravam na casa ao lado, que mal falavam qualquer Inglês.
“Hola, Como estas?” Deixei escapar segurando meu novo bebê. As
senhoras mexicanas amavam a minha filha Tiffany. Eles pensaram que ela
era um bebezinho mexicano.
“Não”, respondi. “Ela é meio asiá ca.”
“Ohhh”, responderam elas. Se ao menos eu ganhasse um dólar para
cada vez que eu dissesse isso ou que me dessem uma olhada estranha.
Após vários meses de empenho para ser uma mãe solteira e vivendo
aquém do grande Estado da Califórnia, era finalmente tempo de voltar ao
trabalho. Liguei para meu an go chefe da “The Last Call” e disse a ele que
eu ve meu bebê e nha perdido mais de sessenta quilos e ele ficou feliz
por ter-me de volta. Minha clientela ainda estava lá e cobriram-me com
presentes e dinheiro para comemorar o meu grande retorno. Eu mostrava
imagens de Tiffany para clientes, servindo-lhes bebidas e dançando. Um
homem pirou e pediu-me para esguichar leite em seu café. O que é uma
ó ma ideia, eu pensava! Então, eu esguichava leite materno por alguns
meses e foi arrasador, já que eu era a única garota que poderia fazê-lo!
Mas depois de um tempo eu me tornei “carne velha” novamente e ve
que mudar para outro clube de strip para tentar manter Tiffany e a mim. O
mesmo ciclo vicioso se repe u mais uma vez. Mas desta vez eu jurei a mim
mesma que eu nunca faria novamente a pros tuição. Espere um minuto,
eu disse nunca mais, novamente não disse?
VI

Uma Confissão
Portões do Inferno
Capítulo Seis
Foi uma noite atarefada de sexta-feira, e a música “Love Hurts”, estava
tocando. Uma garota la na estava no palco de dança, enquanto eu estava
na porta da frente conversando com Mário, o bonito novo fanfarrão de
plantão. De repente, ouvi um estalo alto e Mário desabou ao chão. Eu
joguei minha bandeja para baixo e gritei, “Chame o 911!”
Em segundos as pessoas estavam aglomera em torno de Mário tentando
fazer parar o sangramento. As meninas estavam gritando em volta de mim.
“Calem-se!” Eu gritei e empurrei-as para o camarim.
Olhei no espelho e havia manchas de sangue em mim.
“Droga, o que aconteceu?”
Depois de alguns minutos eu corri de volta para Mário e vi os
paramédicos tentando reanimá-lo. Orei em silêncio: “Deus, por favor,
salve-o.” Um pouco antes do ro, Mário estava me contando sobre o novo
bebê que sua esposa acabara de ter.
Outra garota e eu começamos a pegar as garrafas de cerveja como
loucas e esvaziar os cinzeiros. Eu nunca me mudei tão rápido em minha
vida.
Duas horas mais tarde recebemos a no cia de que Mário, o gerente do
clube, estava morto. Fui para casa e sentei-me no escuro, mantendo o top
do biquíni ensanguentado. Pensamentos inundaram a minha mente. Eu me
sen tão mal por Mário e sua família. O cara nha apenas 21 anos de
idade. Em seguida, outro pensamento cruzou minha mente. Poderia ter
sido eu.
De repente, uma sensação horrível agarrou-me de que deveria ter sido
eu. Alguém lá fora estava tentando me matar.
Qualquer um poderia ter puxado o ga lho que matou Mário. Mas eu
não queria ficar por perto para descobrir, então eu telefonei para minha
velha Madame, Vanessa, para tentar obter algum “lugar” de trabalho,
enquanto procurava por outro clube de dança. Eu odiava ter de voltar para
a pros tuição, mas a morte de Mário era um alerta muito próximo a mim.
Vanessa ficou encantada ao ouvir a minha voz e me ter de volta
trabalhando para ela. Até então ela nha uma agência lucra va de
acompanhantes e fazia cerca de 40 negócios por dia. Então eu comprei um
bip e comecei meus truques por todo o sul da Califórnia trabalhando em
qualquer lugar de 300 a 500 dólares por hora, dependendo do que o
cliente queria. Eu dirigi até San Diego e voltando até San Fernando Valley.
Após um ano enganando homens em todo Sul da Califórnia, eu pensava
que estava no ápice do meu jogo.
Através de algumas das minhas conexões de “elite”, comecei a perseguir
o sonho de Hollywood e eu fantasiava sobre isso como uma criança. Como
todos os trabalhadores do sexo no sul da Califórnia, eu pensava que
certamente eu me tornaria a próxima Sharon Stone ou Julia Roberts.
Com diretores e agentes de Hollywood enchendo meu bolso, comecei a
ir a cas ngs e testes para diferente atuações. Tornei-me uma aspirante a
“extra”. Promessas de estourar feitas por diretores quentes de Hollywood,
eu acreditava quando eles me diziam que eu me tornaria uma grande
estrela. Promessas que eram feitas geralmente antes de eu cair de joelhos.
Embora a atuação em Hollywood não tenha dado certo, eu procurei a
indústria da música. Um dos meus “caras” regulares era um produtor
musical que nha um estúdio de gravação em sua mansão em Chatsworth.
Com a sua ajuda eu escrevi, cantei e produzi o meu primeiro álbum de
música em 1991, in tulado “Let There Be House”, que incluiu a canção,
“Men roso”, que eu escrevi para vingar-me de Mellon Ace Man pela
“Men rosa”, uma canção de rap em Espanhol sobre mulheres men rosas.
Talvez eu es vesse um pouco sensível.
Ou talvez eu tenha percebido que minha vida inteira nha sido uma
enorme men ra. Rejeitada, aba da, sobrecarregada e superexposta, eu
era uma mãe solteira sobrevivendo em uma vida dupla. Com um pé na
porta de Hollywood e o outro calcanhar pregado na indústria do sexo, eu
me sen a bloqueada em cada situação. Era como se o próprio Deus
es vesse contra mim.
Um dia, fiquei tão frustrada com todo o cenário de Los Angeles que
comecei a procurar emprego em outras cidades. Desesperadamente à
procura de algum ângulo novo me deparei com um anúncio em um jornal:
BUSCAMOS MULHERES JOVENS. TODAS AS DESPESAS DE VIAGEM
PAGAS. $ 2.000 dólares por semana.
Oh, agora isso soava bem. Imediatamente liguei para o número de
telefone e um cara chamado Rico atendeu e me disse que eles estavam à
procura de dançarinas. Fiquei tão aliviada ao ouvir que não era
pros tuição!
Eu cheguei esperando que fosse uma agência profissional, mas eram
dois homens mexicanos e uma maleta com pilhas de dinheiro. Eu nunca
nha visto tanto dinheiro na minha vida. Eles me disseram que havia muito
mais para mim se eu concordasse em voar para o México para dançar por
duas semanas. Eu estava um pouco hesitante, mas eles me garan ram que
tudo era feito legalmente.
“Não se preocupe, Huera, toda isso é legal. As garotas fazer dinheiro um
monte, e a praia é muy bueno.”
Quando ouvi as minhas duas palavras favoritas “praia” e “dinheiro”
meus olhos brilharam. Eles também prometeram-me um bilhete de
primeira classe e me mostraram um panfleto do belo resort onde eu
ficaria. Um cara amigo meu me adver u que era ilegal, mas eu o ignorei.
Eu estava pronta para uma mudança e precisava dar um tempo da
Califórnia. Além disso, eu era La Huera Loca!
Eu me sen mal em deixar minha filha Tiffany, mas meu amigo me
garan u que ela ficaria bem. Então eu peguei minhas malas e fui em
direção ao Aeroporto Internacional de Los Angeles. Eu peguei um voo de
primeira classe em uma Cia Aérea Mexicana e desembarquei em
Guadalajara três horas e cinco minutos depois. O cheiro de tacos e cigarros
encheu o ar. Peguei minha mala e saí para onde dois homens mexicanos
me puxaram para o lado da calçada. Eu pensei que meus cabelos loiros me
levaram até ali.
“Hola, como estas?” Eu mostrava minhas habilidades em espanhol
quando entreguei minha mala para eles. Eu aprendi um pouco de espanhol
nos bares mexicanos e era despojada.
“Hola”, um homem respondeu, e o resto do passeio foi muito quieto.
Cerca de quarenta minutos depois, chegamos a um prédio an go coberto
por árvores e rodeado por Aves do Paraíso. Saí do carro e subi os degraus
rachados até uma porta trancada. Depois de uma ba da curta um homem
mexicano obeso abriu a porta e eu segui os dois homens por um corredor
de portas de vidro deslizantes. Agora eu sabia que algo estava errado. As
mulheres por trás das portas de vidro não estavam rindo ou conversando.
Notei com o canto de meu olho uma menina limpando as lágrimas que
pareciam escorrer de seu rosto.
Que diabos está acontecendo aqui?
Pensamentos de fugir imediatamente encheram minha mente e eu sen
minhas mãos se transformando em punhos. Quando eu estava prestes a
bater na cabeça do cara, uma voz veio até mim e disse: “Fique calma,
Shelley.” Eu sabia que era Deus. Eu retomei a respiração profunda e meu
sorriso falso levou-me pelo corredor até o meu quarto.
“Esteja pronta até as 20:00hs, Huera”, um dos homens disse enquanto
caminhava a distância. Virei-me para uma mulher jovem com um cabelo
longo e marcante e olhos azuis aterrorizados.
Olhei para ela com um semblante confuso e deixei escapar: “Que diabos
está acontecendo aqui?”
“Shshsh”, disse ela enquanto fechava a porta. Em seguida, ela sussurrou,
“Você não sabe onde está? Você está em um bordel mexicano.”
“Men ra”, eu contestava. “Eu não me inscrevi para trabalhar em um
bordel mexicano. E me disseram que eu ficaria em um resort bacana!”
“Calada!”, disse. “Esses caras vão f*** e matá-la se você não calar a
boca. Você está em um bordel mexicano e nunca mais voltará para casa.”
Atordoada, eu fiquei lá com a minha boca aberta até que balancei minha
cabeça e voltei com ousadia: “Bem, ninguém vai manter-me em uma
prisão. Isso é uma maldição, com certeza.” Então eu me virei ao redor e
olhei pela janela gradeada, enquanto silenciosamente orava a Deus para
me rar desta.
Por volta das 20:00hs, ouvimos uma ba da na porta.
“Vamos, Huera. Hora de irmos.”
Eu segui as outras garotas em uma fila para fora, onde fomos levadas até
um ônibus amarelo velho que estava na rua, no qual embarcamos. Usando
um ves do de um amarelo forte e segurando apenas uma pequena bolsa
para gorjetas e absorventes internos, subi para o ônibus sujo pensando
sobre o que estaria à frente.
“Deus, me re dessa”, eu disse assim que o ônibus se afastou do meio-
fio.
Quando olhei em volta para os rostos das outras jovens garotas eu notei
que em nenhum deles havia emoção. Elas estavam tão frias como o gelo,
olhando diretamente para a visão à frente delas. Tentei falar com uma
delas ao meu lado, mas ela não quis conversar. Sentei-me incrédula de que
nenhuma daquelas mulheres vesse vontade de lutar. Eu era tão lutadora.
Eu não poderia me alinhar ao seu comportamento submisso e comecei a
elaborar um plano para escapar.
Felizmente, eu falava espanhol o suficiente. Acredito que a máfia
mexicana não havia planejado isso quando me atraíram. Chegamos a um
prédio de jolos com muitos andares. Quando olhei para o lado notei
vários seguranças armados.
Maldição, eu pensei.
Quando saí do ônibus amarelo sujo, o ar estava pegajoso e quente.
Limpei minha testa, empurrei o meu cabelo loiro para trás e andei em um
clube escuro e vazio, onde apenas uns poucos homens estavam sentados
nas mesas. Eu segui as outras meninas até um quarto do po camarim,
anexado ao palco e coloquei a minha cabeça através da cor na. Ninguém
estava olhando. Foi tão estranho. Não era nada como os bares mexicanos a
que eu estava acostumada.
Eu queria dar uma olhada no resto do bar sem ser notada, então entrei
no palco e dancei em silêncio enquanto sondava a área. Na esquerda, vi
uma menina em uma dança de cadeiras para um cara que não dava
gorjetas a ela. Nada bom. Para a direita eu vi a porta da frente guardada
por um grande cara mexicano que estava armado. Muito ruim. Acima de
mim estava um andar aberto, onde um casal de homens andava por ali.
Onde estavam as mulheres? Havia um casal delas no palco, mas onde
estavam as outras?
Eu perguntei em espanhol a uma menina mexicana, onde era o banheiro
e ela apontou para o andar superior. Eu escapei por uma janela, já que a
despedida de solteiro ficou fora de cogitação. Eu lentamente me aproximei
de uma escada sinuosa e olhei por cima de mim para ver se alguém estava
por perto. Ela estava vazia, então subi as escadas e me virei para a
esquerda, onde encontrei uma placa que dizia: “Baño”.
Corri para o banheiro quando um som me fez parar como uma morta
durante minha fuga.
“Nãooooo!” Uma voz de mulher gritou do nada.
Oh droga, eu pensava. O que foi isso? Eu andei em direção ao som dos
repe dos gritos e olhei na porta para ver uma mulher que inclinou-se com
um punhado de homens que observava enquanto um homem atrás dela
violentamente ia para cima dela.
“Não, não chega!” implorava ela e o cara deu um tapa na cabeça dela e
disse: “cierra la boca.” Ok, ele simplesmente disselhe para fechar sua boca
depois que ele bateu nela. Isso era o suficiente para eu ver.
Eu sabia que estava no inferno.
Eu imediatamente fui até o banheiro para ver se poderia rastejar para
fora da janela pelo telhado. Mas não havia janelas. Eu entrei em pânico.
Fui para uma sala para me sentar e pensar. Em minha mente eu pensava
em maneiras de escapar do inferno que eu estava.
Talvez eu pudesse criar um jogo e iniciar um incêndio? Não foi bom o
bastante.
Eu poderia enrolar o porteiro e fingir fazer sexo oral nele e então roubar
sua arma. Hummmm, não havia nenhuma garan a de que iria funcionar.
Eu poderia fingir que era possuída por demônios e torcer minha cabeça
ao redor como o exorcista. Não, eles me matariam, com certeza.
Droga, eu estava sem ideias. Então eu sentei lá, orei e implorei a Deus
para me rar desta. Ele nha sido bem sucedido muitas vezes em me
salvar, então eu pensei que talvez Ele me perdoasse essa úl ma vez. Mas
não houve resposta. Lágrimas rolavam por meu rosto quando eu pensei
em minha filha e em como eu nunca mais a veria novamente. Eu estava
além do desespero.
Gritos de outra mulher encheram o ar e eu entrei em desespero. Eu
pensei novamente na ideia do porteiro. Eu teria feito qualquer favor sexual
para sair daquele buraco do inferno. Enquanto eu caminhava em direção
ao porteiro o meu pensamento rápido em espanhol bateu e eu agarrei seu
braço em desespero e gritei: “Fuego! Fuego! Hay un fuego ahí arriba!” Ele
olhou para mim em estado de choque e correu para cima para ver o fogo
que eu havia declarado.
Rapidamente corri para fora da porta, para a rua, e tentava parar os
carros à medida que eles passavam por ali. Um táxi verde reduziu e
encostou no meio-fio. Eu disselhe em espanhol para levar-me de volta ao
bordel e ele entendeu o que eu estava falando. Graças a Deus ele sabia
onde era. Graças a Deus meu espanhol era bom o suficiente.
Durante a corrida de táxi eu me preparei mentalmente para enfrentar o
guarda de segurança do bordel. Eu pensei sobre a porta, a fechadura, sua
mesa, as portas de vidro deslizantes e quanto tempo levaria para pegar
minhas coisas.
Mal chegamos e eu estava pronta de verdade para chutar alguns
traseiros. Cheia de vontade de viver e ver a minha filha novamente, eu
joguei uma nota de vinte dólares para o motorista e disselhe para esperar
cinco minutos e eu lhe daria cem dólares norte-americanos quando
voltasse. Ele balançou a cabeça.
Eu corri até os degraus e ba na porta da frente, onde o guarda de
segurança abriu e eu empurrei-o para trás, enquanto corri pelo corredor
até o meu quarto à esquerda. As portas de vidro deslizantes estavam
trancadas. Droga!
Eu me virei e gritei: “Abierto el porta f***” Ele tentou me segurar, mas
eu empurrei-o contra a parede e o chutei brutalmente até que ele me deu
as chaves. Ele não estava pronto para uma stripper formada com pernas de
aço para chutar o inferno dele para fora. Corri para o meu quarto e tentei
várias chaves no buraco e pronto, eu sen um clique.
Consegui.
Peguei minha mala e arranquei do quarto em direção à porta da frente,
onde saltei das escadas para o táxi. Graças a Deus ele ainda estava lá. Com
a porta batendo atrás de mim eu disse ao motorista para me levar ao
Aeroporto Internacional de Guadalajara. Meu coração estava batendo
rapidamente, enquanto eu sofri durante uma corrida de quarenta minutos
até o aeroporto.
Lágrimas de alívio fluíam pelo meu rosto quando eu saí do táxi e corri
para o balcão das companhias aéreas. Eu men e disse que minha filha
estava doente e precisava mudar meu voo para chegar em casa
imediatamente. Sentei-me na cadeira em frente à mesa segurando
firmemente minha bolsa. Eu não ia deixar que nada me impedisse de
voltar para Los Angeles.
Depois de uma noite sem dormir no aeroporto e um voo de três horas
eu desci do avião em solo americano e beijei o chão. Graças a Deus eu
estava em casa. Graças a Deus eu estava viva.
Fiquei tão trauma zada depois do México que dormi por três dias
seguidos. Quando eu acordei, jurei parar com a pros tuição e voltar para o
clube onde Mário foi morto. Tinha se passado um tempo desde que eu
havia trabalhado lá por isso esperava que o assassino vesse sido
apanhado. Enfim, eu precisava do dinheiro. Uma loira quente com o
espanhol em minha língua e Tequila em minhas veias, eu faria uma
matança.
“Olé!”
VII
Uma Confissão
Mesmo Morta
Capítulo Sete
Eu estava sedenta por sangue.
Aquele psicopata lamentaria a noite, em que me conheceu. Quando
voltei para casa e o encontrei sentado em meu sofá com uma faca enorme,
eu fiquei furiosa.
“O que você está fazendo aqui, Miguel?” Eu queria saber. Ele não me
respondeu, exceto com o som da respiração pesada e balançando para
frente e para trás no meu sofá. Eu rapidamente entreguei minha filha de
três anos para minha companheira de quarto e fiz sinal a ela em direção ao
quarto.
“Tranque-o e não abra a menos que você ouça a minha voz.” Eu disse.
Adrenalina correndo em minhas veias.
Eu vou matá-lo, eu disse a mim mesma. Eu vou cortá-lo em pequenos
pedaços e jogá-los no lixo do outro lado da rua. Mas algo me disse para ir
com calma. Se eu o matasse, eu provavelmente acabaria na cadeia. Ou
pior, ele poderia machucar minha filha Tiffany. Não, esse cara exigia
tratamento “especial”.
“Querido”, eu disse enquanto mudava de tom. “Eu amo você, Miguel.
Largue essa faca, querido. Desculpe-me, eu cheguei em casa tão tarde, mas
foi a minha vez de limpar o bar.” Meus olhos amorosos o acolhiam de volta
para meus braços abertos. Seu rosto suavizou juntamente com a aderência
em torno de sua faca.
Naquela noite eu fiquei até 05:00hs convencendo Miguel de que eu o
amava mais que qualquer outro homem. Eu fiz tudo o que eu nha que
fazer para proteger Tiffany e a mim. Durante meses aquele maníaco estava
assediando-me e me perseguindo. Eu deveria ter reconhecido que ele era
um maníaco na primeira noite que o conheci, mas o dinheiro me cegou.
Tudo que vi foi a montanha de notas verdes em minha frente. Com seus
grandes olhos castanhos e o sorriso de menino, Miguel era o sonho de
toda stripper: um jovem rico e de boa aparência.
A primeira noite que conheci Miguel, ele me deu uma rosa, um cristal e
500 dólares em gorjeta, juntamente com um pedido para jantar na noite
seguinte. Eu lhe disse que nha que trabalhar, mas ele se ofereceu para me
pagar o dobro do que eu geralmente recebia. Eu aceitei avidamente e
cegamente entrei em um dos piores episódios de minha vida louca.
Tudo começou perfeito. Ele estragou-me com dinheiro e presentes e eu
lhe estraguei com sexo e conversa mole. Ele não nha ideia de que eu
estava com vários outros homens ao mesmo tempo em que estava
brincando com ele. Sem mencionar minha babá lésbica. Eu era uma
vigarista profissional até então e não nha coração para amar ninguém. Eu
queria o dinheiro; frio e duro dinheiro pronto e sujo. Além disso, qualquer
homem que entrasse em um clube de strip e esperasse que uma stripper
fosse fiel a ele merecia ser enrolado.
Essa era a minha mentalidade.
Depois de duas semanas Miguel começou a ficar ciumento e iniciar
brigas com meus clientes no bar. Isso foi uma grande chateação para mim.
Expliquei-lhe que ele não estava pagando minhas contas e não nha
direito de perturbar o meu negócio, mas ele insis u que eu pertencia a ele
e que ele iria matar qualquer homem que chegasse perto de mim. Eu disse
a ele para sair imediatamente, mas ele virou a minha bandeja e jogou uma
cadeira. Eu descobri que ele era um equatoriano louco e um assíduo
bebedor de tequila. Eu nha encontrado o meu jogo.
Eu realmente pensava que nha saído com alguns malucos no meu dia,
mas esse cara pegou o bolo. Não importava o que eu fizesse, eu não
conseguia livrar-me dele. Tentei implorando-lhe em lágrimas. Não
funcionou. Eu tentei dizer -lhe que nha uma doença. Ele não se importava
se havia sido infectado por mim. Eu men e disse que um membro da
família nha falecido e eu precisava de tempo para me lamentar. Mas
quando ele veio para o clube e me viu rindo, essa história morreu. Eu
finalmente ve que pedir aos homens no bar para me ajudarem a me livrar
dele. Eles concordaram e o encurralaram perto de seu apartamento e
ameaçaram-no. Ele não foi afetado por tudo isso. Ele era implacável. Era
um psicopata completo sem rar nada. Na verdade, eu o chamava de
“agressivo” delicadamente, porque ele furava não apenas os pneus do meu
carro, mas os pneus de qualquer outra pessoa que se aproximasse de mim.
Ele era implacável.
Depois que me recusei a atender suas chamadas ou falar com ele, ele
começou a fazer ameaças de morte em uma base diária. Liguei para a
polícia para reclamar, mas quando me perguntaram onde eu trabalhava, eu
desliguei o telefone. Nenhum policial ouviria uma stripper.
Uma noite, eu peguei emprestada a motocicleta de um vizinho para
dirigir ao trabalho, porque o “maníaco” nha atacado novamente e
cortado todos os meus quatro pneus. Saí da calçada e olhei ao redor com
cuidado, não havia ninguém por perto, quando então eu saí em disparada
para o trabalho. Cerca de cinco minutos depois ouvi o som acelerado de
um caminhão se aproximando de mim, eu sabia que era ele. Olhei por cima
meu ombro esquerdo e lá estava o psicopata gritando comigo da janela.
“Encoste, Giovanni”, ele me chamava pelo meu nome ar s co. “Encoste
agora. Eu quero falar com você.” Eu o ignorei. Con nuei dirigindo adiante,
esperando que ele me seguisse por todo o caminho até a delegacia mais
próxima. Um segundo depois, eu vi seu caminhão Toyota entrando na
minha pista e achei que era para tentar me assustar mas não, o psicopata
bateu diretamente seu caminhão azul na minha moto! Fui lançada ao ar
para fora da motocicleta, caindo em um monte de arbustos.
Eu me machuquei muito severamente, mas não me importei.
Aterrorizada, levantei-me e corri tão rápido quanto eu podia através de
quintais e arbustos, até que finalmente, cheguei a uma varanda iluminada.
Um homem saiu e viu o sangue e os machucados em mim e ligou para o
911. Os policiais chegaram e fizeram um bole m de ocorrência e a
motocicleta de meu amigo foi rebocada para um ferro-velho.
Maravilha, pensei, a moto de meu amigo estava na lixeira. Miguel nunca
me pegou naquela noite, mas ele me deu alguns hematomas e inchaços
para pensar. Eu fiquei desanimada por alguns dias, enquanto o meu corpo
era curado. Isso deu-me algum tempo para pensar. Eu nha que avançar
com um plano para me livrar dele para sempre.
Uma semana se passou sem uma palavra de Miguel. Imaginei que ele
es vesse assustado com o acidente porque ele estava, provavelmente,
bêbado quando fez aquilo. Além disso, houve uma ba da, e se caísse a
culpa sobre ele, ele iria direto para a cadeia. Ou assim eu pensava.
Ele foi preso cerca de uma semana mais tarde, mas foi liberado. Quando
o gen l e cortês Miguel disse ao juiz que eu era uma stripper, tudo acabou
para mim. Eu saí do tribunal em descrença. Eu não podia acreditar que o
juiz nha me “julgado” assim. Não havia nada que eu pudesse dizer ou
fazer, me sen traída e sem esperança.
Sexta à noite chegou e era minha vez de limpar depois que fechássemos.
Eu empilhava as bandejas das dançarinas e enxugava o bar inteiro. Eu
estava realmente cansada e mal podia esperar para ir para a cama. Meu
amigo Jus n me deu uma carona para casa naquela noite e nós paramos
para pegar minha filha Tiffany e minha companheira de quarto na casa de
um amigo. Era cerca de 02:45hs.
Enquanto caminhávamos em direção ao nosso apartamento, eu peguei
minhas chaves e destranquei a porta da frente. Exausta do trabalho, eu não
percebi a cena, próxima a mim. Quando eu abri a porta eu fiquei chocada
ao ver um homem sentado no meu sofá com uma faca. Miguel!
Aquilo bastava para mim. Ele nha me levado à beira da loucura. Mais
tarde naquele dia liguei para Jus n e tramamos um plano maligno. Jus n
me amava e teria feito qualquer coisa por mim. E ele fez.
Tudo estava definido. Jus n esperou no estacionamento enquanto eu
fiquei do lado de fora de um restaurante perto de minha casa. Miguel
mordeu a isca, e apareceu 30 minutos depois de mim. Eu sabia que ele não
podia aparecer mais cedo do que isso porque era casado e nha filhos. Eu
teria dito a sua esposa sobre o nosso caso “psicopata”, mas eu sempre
sen pena por causa das crianças. Mas não esta noite, pensei. Eu não me
importava se aquelas crianças não veriam o pai novamente.
Miguel suspeitou que eu es vesse armando alguma coisa e cuidava de
tudo que dizia ou fazia. Ele era extremamente inteligente, quando estava
sóbrio. Então eu sugeri que tomássemos uns goles de Tequila pelos “velhos
tempos”.
Eu gen lmente expliquei-lhe como eu queria que aquela briga acabasse,
enquanto eu suavemente colocava minha mão sobre a dele. Eu sabia que
poderia derreter seu coração. Eu também sabia que ele estava carregando
uma arma. Bebemos cerca de dez doses em conjunto, ou pelo menos ele
bebeu. Eu engoli em seco a minha dose e jogava cada uma por trás de
minha orelha. Enquanto ele ficava bêbado eu coloquei um saquinho
“extra” de cocaína em seu bolso. Eu sabia que ele usava cocaína, e
esperava que ele ainda vesse envolvimento com isso.
Depois de uma hora ou mais eu lhe perguntei se eu poderia usar o
banheiro. Ele argumentou que eu estava tentando despachá-lo e eu insis
que realmente precisava ir. Eu andei ao redor e encontrei um telefone
público mais próximo e liguei para o 911.
“Por favor, me ajude. Estou sendo man da como refém em um bar por
um homem com uma arma. Estamos sentados na cabine perto da porta da
frente”. Eu gritei ao telefone.
Dez minutos depois a polícia nos pegou no flagra e revistando Miguel
encontraram uma arma com ele e um saquinho de cocaína em seu bolso
direito. Os olhos de Miguel perturbaram os meus quando eles o
algemaram e o prenderam. Depois de alguns minutos eu caminhava pelo
carro de polícia e sorria para Miguel através do vidro pendurando a sua
chave do caminhão na frente dele. Oh sim, eu me esqueci de mencionar
que eu as roubei do bolso de sua jaqueta.
Miguel foi preso e acusado de carregar uma arma escondida e por posse
de drogas e foi condenado a um mês prisão. Enquanto ele apodreceu atrás
das grades do condado, eu felizmente par em sua caminhonete 4x4 para
desfrutar das praias de areia em Ensenada, México.
Duas semanas depois eu devolvi a caminhonete de Miguel deixando-a
no estacionamento da prisão do Condado de Los Angeles e deixei suas
chaves escondidas sobre o pneu dianteiro.
Vá para o inferno, psicopata, eu pensei comigo mesma enquanto
ajustava meu espelho retrovisor. Uma sensação maligna veio sobre mim,
eu notei um ligeiro sorriso puxando meus lábios.
Hmmm, aquilo era uma psicopata em meu rosto?
VIII
Uma Confissão
Stripper Psicopata
Capítulo Oito
Tornei-me uma genuína psicopata sexual.
Uma sobrevivente de anos de abuso verbal e sico dos homens, gravidez
indesejada, drogas e álcool, falta de moradia, experiências próximas da
morte, tenta vas de estupro, uma fuga ousada do México, e um namorado
psicopata, eu nha perdido completamente a minha mente e meu coração
para a indústria do sexo que suga a alma. O único pedaço de “Shelley” que
ainda restava, era a minha vontade obs nada de sobreviver.
Eu con nuei o ciclo vicioso do trabalho sexual e tentei a minha sorte
novamente em Hollywood. Eu estava me consumindo no louco ambiente
hispânico de garrafas de cerveja voando e mamas Mariachi então eu
tentava me acomodar no mundo monótono e entediante de preguiçosos
homens brancos.
Sunset Boulevard em Hollywood foi chamada de “The Strip” por mais do
que algumas razões. Além de ser a rua mais famosa para os clubes de rock
and roll, restaurantes rocker e a caminhada do rock, Sunset também era
conhecida por suas belas strippers: quentes, com strippers loiras de pernas
avantajadas e sexies. Eu odiava trabalhar lá.
Primeiro de tudo, eu não nha peitos grandes. Eu usava su ã natural
tamanho “B” enquanto cada mulher em torno de mim, usava pelo menos,
um “D”. Naturais ou não, os peitos importavam para os homens,
especialmente para os homens americanos. Os homens mexicanos eram
mais atraídos à personalidade, aparência e desempenho, embora uma
parte traseira curvada fosse um plus.
Mas os homens americanos não gostavam muito de mim. Eu era uma
menina louca branca que queria dançar, não era uma mulherzinha que
queria alguns dez dólares por um show de esconde-esconde. Eu não podia
ficar parada o tempo suficiente sem dar um pio. Ok, com certeza, eu dei
aos clientes um pouco de esconde-esconde privados de vez em quando
por uma quan dade específica de dinheiro, mas era diferente, eu era uma
dançarina “interpreta va”, não uma dançarina de boate.
Negação entra.
Os clubes de strip-tease em Hollywood eram muito piores do que a
pros tuição a que eu estava imaginando. Decadentes e silenciosos,
homens deslizavam notas baratas de dólar pendurando-as no palco para
receber o olhar de uma mulher nua abrindo as pernas. Para tornar as
coisas piores, as mulheres envolviam seus corpos expostos em torno de
um mastro de strip, só Deus sabe quantos fluídos vaginais todas nós
nhamos que par lhar!
Eca!
Eu simplesmente não nha estômago para clubes de strip de Hollywood.
Eles eram sujos, sórdidos e um terreno fér l para as doenças. Sem
mencionar, que a compe ção era mais dura do que as bebidas.
Esperançosas loiras de Hollywood alinhadas no bar todas as noites, com
seus belos cabelos longos e seios grandes. Não havia maneira de fazer
dinheiro, especialmente em uma noite de sexta-feira quando cinquenta
raparigas apareciam para o trabalho. Eu nha sorte, se vesse dançado
antes da noite acabar. A fim de fazer dinheiro nestes clubes, as meninas
nham que ser absolutamente deslumbrantes ou agitar as bebidas com
suas partes ín mas e masturbar um ou dois, quando aplicável. Não, os
Clubes de strip de Hollywood não eram para mim. Eu poderia muito bem
voltar à pros tuição se eu fosse colocar ambos na balança. Que outra
escolha eu nha?
Frustrada, eu andei por um quiosque e um dia vi o jornal LA Xpress
através do vidro. Um aumento de anúncios sexies, eu observava centenas
de mulheres que ofereciam massagens, danças privadas, companheirismo
e muito mais.
Hmmm, isso é tão tentador, pensei.
A voz baixa interrompeu meus pensamentos: “e os homens viriam até
você, você não teria que trabalhar tão duro. Você teria mais liberdade”.
Argumentei de volta em minha cabeça “sim, mas é extremamente ilegal.
Eu poderia ir para a prisão por gerenciar uma casa de pros tuição”. A
pequena voz cancelou a minha “mas você é inteligente demais para ser
pega. Você nunca foi pega antes, Shelley.”
Então eu concordei com a voz, de quem quer que fosse. Eu estava tão
loucamente intoxicada, que na maioria das vezes eu nem percebia quando
estava falando sozinha.
No mês seguinte eu consegui um número de 0800 e trabalhei com
coragem de ir até o prédio do LA Xpress, em La Brea, onde eu postei um
anúncio com uma foto enorme de mim e algumas garotas se acariciando.
Oh sim, eu pensei. Meu anúncio será defini vamente notado.
E eu estava certa. Meu telefone tocava toda hora.
“Olá”, eu respondia com uma voz sexy. Um homem do outro lado, eu
falei baixinho para ele: “Disponha. Sim, é claro que você pode ter duas
meninas. Sim, são 300 dólares por hora para cada menina. Querido, com
certeza, nós podemos fazer isso. Eu mal posso esperar para conhecê-lo
também.” Até agora, eu era uma vigarista comprovada.
Eu era também uma alcoólatra irada, usuária de drogas, uma horrível
mãe e suicida. Claro, eu era boa em escondê-lo, porque eu nha
construído poderosos mecanismos de defesa ao longo dos anos. Eu era
perito em negação. Eu também era uma men rosa veterana de dezenove
anos fluente em Inglês e espanhol, para não mencionar algum italiano,
árabe, chinês, japonês e quaisquer outras línguas que as centenas de
homens com quem eu dormia falavam. Oh sim, eu fiz as minhas rodadas.
Eu era uma pros tuta em Los Angeles, o lar para uma das maiores
populações mul étnica do mundo, onde eu me tornei uma especialista em
matéria de cultura, drogas, vida noturna de pros tuição, e homens.
Na verdade, tornei-me muito mais uma conselheira para os homens no
final de minha carreira do que realmente uma pros tuta. Ouvia por 45
minutos enquanto eles esmagavam suas esposas ou reclamavam que seus
patrões e então eu dei-lhes conselhos e enfiei a mão para receber o
pagamento.
Admito que era a úl ma pessoa que deveria estar dando conselhos, mas
lembre-se, eu estava em negação.
Eu vivi uma louca, indecente, insalubre, e indescri vel vida. Jack Daniels
regularmente em minhas veias, uma das coisas mais loucas que eu já fiz foi
dirigir em topless durante o dia, com a capota conversível recolhida.
Quando um policial me parou em meu Miata vermelho por dirigir bêbada,
eu executei o teste do vai e volta na linha perfeitamente. Eu era uma
stripper que saía chorando por aí. Quando ele começou a testar minhas
habilidades motoras, disselhe o alfabeto de trás para frente mais rápido do
que qualquer ser humano vivo. Eu pensava que era invencível. E eu estava
lá para provar isso para o mundo.
Até que em uma noite fa dica, quando eu estava terminando um dia de
compras, com um o, e vi carros de polícia em todo o meu condomínio.
Eu sabia que eles estavam lá por mim. Instruí meu o (escravo) para fazer
exatamente o que eu dissesse e fingir ser meu marido e que Tiffany era a
nossa filha.
Nós nos aproximamos do meu apartamento com cautela e sem culpa, é
claro. Eu era uma mulher casada agora e com uma criança. Eu ve que
fazer o meu jogo.
“Olá, desculpe-me, oficial, o que está acontecendo?” Eu humildemente
perguntei quando entrei no meu apartamento.
“Madame, a senhora é a ocupante deste apartamento?”
“Sim, senhor, meu marido, minha filha e eu vivemos aqui”, eu disse
enquanto graciosamente pisava o tapete de porta da frente. “Eu não
entendo, oficial, há algo errado?” Eu me inclinei mais perto com um olhar
sincero de preocupação.
“Madame, a senhora gerencia uma casa de massagem aqui?” O policial
perguntou para mim.
Droga, eu pensei. Eu imediatamente respondi. “Claro que não. Por que
você nos pergunta isso?”
“Bem, há no andar de cima uma garota que estava amarrada e foi
estuprada à mão aramada em sua cama e ela afirma que você cuida de
uma casa de massagem aqui.”
Aquela vadia estúpida, amaldiçoei-a em minha mente. Ela queria que eu
fosse pega no flagra!
Mas cheia de vontade de ver o sol nascer novamente, eu expliquei ao
oficial como meu marido e eu estávamos envergonhados, mas que
havíamos apanhado a jovem em um bar de strip na noite anterior quando
ela nos explicou que não nha onde ficar. Era para ser apenas uma noite,
contei ao oficial. Felizmente, ele acreditou na minha história, mas eu nunca
quis viver tão perto do limite novamente. Então eu parei de aceitar
chamadas por um tempo.
Talvez eu volte para o clube de strip, pensei.
E o ciclo vicioso se repe u por si mesmo.
A história também se repe u. Acabei voltando exatamente para o
primeiro clube de strip onde fiz o teste quando eu nha 17 anos de idade.
Nos anos 80 era chamado de “The Top Hat” (A Cartola), mas o clube havia
mudado de dono e agora no sinal luminoso intermitente lia-se, “Illusions”
(Ilusões).
Que ironia, eu pensei que estar ali fosse um sinal. Minha vida nha se
tornado a maior ilusão na terra onde eu executei o mesmo ato horrível
uma vez após outra.
Uma foca amestrada, eu andava através da familiar entrada da cor na
vermelha no clube de circo e strip para realizar meu ato final.
IX
Uma Confissão
Desafiando A Morte

Capítulo Nove
Nunca houve um tempo para eu analisar. Era 1992 e eu ainda estava
presa na indústria do sexo. Um rosto bonito em um lugar feio, eu nunca
poderia corrigir o disco riscado da música da minha vida, “Hotel Califórnia.”
Toda vez que o DJ tocava essa música, o que acontecia todas as noites, eu
era estapeada na cara pela dura realidade: Eu estava presa na indústria do
sexo e não havia saída.
Não importava quão duro eu chorasse ou quantas vezes eu orasse ao
longo dos anos, Deus não respondia. Devo ser totalmente imperdoável,
pensei.
Sem condições de cuidar de mim mesma ou de qualquer outra coisa, eu
con nuei meu ato de desafio à morte no clube de strip Illusions. Com um
Jack e Coke (é um coquetel que mistura Jack Daniels com refrigerante de
Cola) em uma mão e um cigarro na outra, eu dancei com minha mente,
coração e saúde distantes. Minha condição foi piorando e eu mal
conseguia ficar em pé em algumas noites. Os clientes me viam caindo aos
pedaços, mas eles ignoravam a minha dor e con nuavam a contribuir com
a minha morte.
“O que querer beber Giovanni?”
“Jack e Coke”, eu respondi e rei um cigarro.
Os homens não se preocupavam comigo. Eles só se importavam se o
objeto que eu havia me tornado foi alimentado regularmente para um
bom desempenho.
Eu enfiava minha bebida para baixo.
“Outra bebida, Giovanni?”, Perguntou uma voz corpulenta. “Claro”, eu
disse enquanto limpava minha boca e deslizava meu copo ao redor do bar.
“Obrigada, querido.” Virei-me para meu escuro ambiente familiar para
buscar a minha próxima ví ma ingênua. Era uma sexta-feira à noite e
homens casados egoístas estavam por toda parte. Os reflexos brilhantes de
suas alianças reforçavam a amarga verdade que eu absorvi: os homens
nunca poderiam ser confiáveis, jamais.
Com o dinheiro em minha mente e o álcool no meu cérebro, eu ouvi
meu nome pelo alto-falante.
“Ei cavalheiros, vamos dar calorosas e sexies boas-vindas para uma das
nossas mais quentes dançarinas, Geeeeoooovanni!” Era a minha vez de
dançar. A úl ma semana do concurso de dança deste mês, a mais quente
no contexto, eu nha certeza que iria ganhar. Embora eu vesse vencido
algumas vezes em segundo ou terceiro lugar, uma porção de vezes no
passado, nunca ficava sem meu lugar. Era impensável. Eu era muito boa e
sabia disso.
Dom dom da, da diga dom dada. Dom dom da, da diga dom dada. A
ba da da música me chamou e eu sen meu corpo desintegrar-se sob as
luzes quentes e vermelhas. Quando comecei a rolar em torno do chão
como um animal selvagem no cio, os olhos de todos os homens estavam
em mim. As ba das diabólicas como meu guia, eu deslizava pelo chão em
direção a minhas ví mas e seduzia a cada um deles.
“Querendo. Precisando. Esperando por você, para jus ficar meu amor.”
A ilustre canção sexual de Madonna terminou. Ninguém fez barulho
algum. Não houve aplausos. Eles sabiam que estavam sob um fei ço e não
havia nenhuma maneira de fugir. Cheia de um desejo de poder, eu sem
esforço saí do palco em direção ao bar para ingerir outra bebida.
“Jack e Coke,” eu disse enquanto fumava o meu cigarro com um sorriso
curvo. Eu era totalmente arrogante. É por isso que quando eles
anunciaram a vencedora e não era eu, eu estava mor ficada.
“O quê??” Eu virei minha cabeça. Eu não podia acreditar. Os juízes estão
“pegando” Mina, a garota la na gorda de shorts curto. Lágrimas de
frustração e rejeição encheram meus olhos e eu corri para o banheiro.
Minha companheira de quarto, lésbica tentou falar comigo através da
porta, mas eu não queria ouvir mais. Eu estava farta. Eu odiava tanto a
minha vida que se eu não podia sequer ganhar um concurso de dança, eu
acabaria com ela.
Mais tarde, fui para casa naquela noite e de forma imprudente procurei
por todas e quaisquer pílulas que eu pudesse colocar em minhas mãos.
Comprimidos hormonais, os medicamentos de estômago, Tylenol, pílulas
para dormir, misturados com álcool e metanfetaminas, eu estava falando
sério sobre me matar.
“Faça isso, Shelley. Ninguém se importa. Ninguém te ama. Faça-o!”
Suplicou a voz sinistra.
A voz estava certa. Ninguém me amava. Ninguém se importava comigo.
Eu era uma pessoa descartável que ninguém queria. Seis longos anos de
vida diária em dor e sofrimento, eu estava farta. Engoli os punhados de
comprimidos com goles de Bacardi e descontraí no meu edredom branco e
macio. Era apenas uma questão de tempo, eu esperava. Em lágrimas, eu
sussurrei um doce adeus à minha filha Tiffany.
“Mamãe te ama. Eu lamento, eu fui uma mãe ruim. Alguém virá para
cuidar de você. Não se preeee…” E desmaiei.
Trinta minutos depois eu sen alguém me sacudindo. Abri os olhos e vi
pequenas criaturas correndo para cima e para baixo das minhas cor nas.
Minha cabeça latejava e eu sen um terrível zumbido nos meus dentes. De
repente, uma imagem terrível de uma criatura asiá ca com enormes e
longas presas apareceu ao meu lado com hordas de pequenos demônios
negros mas gando sua carne. Eu estava completamente fora de minha
mente. Minha companheira me arrastou para o carro e levou-me ao
hospital onde fizeram uma lavagem estomacal em mim.
Algumas horas depois eu acordei com a garganta muito dolorida vendo
as mesmas criaturas que a pouco nha visto em minhas cor nas. Uma
mulher entrou com um bloco de notas e começou a me fazer perguntas.
Eu respondi-lhe:
“Não, eu não sou suicida.” “Sim, eu tenho uma filha.”
“Não, eu não tentei me matar. Acho que alguém jogou drogas em minha
bebida.”
Men ra.
Deixei o hospital mais tarde naquele dia irada porque não morri. Por que
diabos Deus me deixava viver? Para que eu pudesse sobreviver a mais um
dia em um buraco do inferno?
Voltei ao realizar o mesmo ato horrível, eu apodreci no clube de strip por
vários meses até que conheci Samantha, de Hollywood. Ela era uma bruxa
de cabelos castanhos escuros e sensuais lábios vermelhos. Percebi seu
olhar para mim pelo canto do olho. Quando terminei minha dança e andei
para fora do palco, ela acenou-me para ir até ela.
“Como você é uma dançarina quente”, ela sussurrou em meu ouvido.
Naquela noite, passamos várias horas conversando e bebendo juntas. Ela
era uma mulher bissexual e eu estava interessada em dinheiro tanto
quanto ela em sexo com mulheres. Eu disse a ela quão cansada eu estava
do clube de strip e como a pros tuição quase me matara. Ela me disse que
conhecia uma maneira melhor e mais segura para fazer dinheiro, e que era
legalizada.
Pornô?
“Sim, e você pode fazer 2.000 dólares por um filme.”
“Uau”. Caí para trás e tomei um gole do meu Jack Daniels. Aquilo era um
monte de dinheiro para uma mãe solteira suicida que estava se
consumindo em clubes de strip e pros tuição.
“Diabos, isso é um monte de dinheiro”, ressoou a voz baixa. Então eu
desliguei de minhas botas de stripper, voei para Utah para colocar
implantes nos seios e corajosamente entrei no mundo do pornô onde eu
realizei o maior ato do meu circo de pulgas: Roxy, a estrela pornô.
Uma Confissão
Ato III
Conheça Roxy a Estrela Pornô
X
Uma Confissão
A Vingança De Roxy
Capítulo Dez
Oh, yeah” Eu gemia enquanto uma mulher loira que eu nunca nha visto
antes apalpava meu corpo e lambia meu rosto. Eu estava de saco cheio.
Mas por enquanto eu era uma men rosa eficiente.
Eu também estava acabada e apavorada. Eu nunca vou esquecer o dia
em que eu realizei minha primeira cena de pornô amador. Ves da com
uma minissaia de couro branco, com o cabelo loiro descolorido, eu abria
empurrando duas portas vermelhas e entrava em um quarto escuro cheio
de fumaça. Oprimida por um sen mento de que eu estava entrando em
algo mais do que apenas um pouco de sexo diante de uma câmera, eu
fiquei está ca com minhas ideias.
Oh, Deus, eu pensei. Onde diabos eu estou me metendo?
Eu mal podia ver um homem deitado acenando para que eu fosse até
ele. Meus olhos estavam fixos no canto bem iluminado onde eu via uma
câmera com uma lente grande angular focando em um sofá roxo sexy e
uma caixa de Baby Wipes (lenços umedecidos).
Engoli em seco.
Eu não conseguia afastar a sensação de “trevas” ao meu redor. Tudo
soava desagradável. Tentei voltar, mas algo poderoso dirigiu-me. Uma voz
masculina interrompeu meus pensamentos. “Ei, você é a loira enviada por
Samantha?”
Caminhei até o homem assustador segurando um cigarro e respondi
com cuidado, “Sim, sou eu”.
Seus olhos me lamberam de cima para baixo enquanto eu lhe entregava
meu teste de AIDS. “Você vai fazer muito bem”, disse ele. Ele se jogou para
frente e perguntou: “Qual é seu nome pornô, querida?”
Uh… Essa é uma boa pergunta. Bem, eu festejei a noite passada no Roxy,
em Hollywood, pensei. Então sim, eu vou me chamar Roxy. Ele acenou com
a cabeça quando lhe contei o meu novo nome, eu me perguntava onde eu
poderia encontrar um banheiro para mandar para baixo alguns goles de
Jack.
Uma mulher nua, loira e sexy, entrou na sala.
De roxo, seus peitos balançaram quando ela veio na minha direção. “Eu
mal posso esperar”, disse ela, com os olhos em minha carne. “Nossa cena é
a próxima. Você está comigo.”
Jack, eu pensei. Eu preciso de Jack agora.
Apressei-me até a parte traseira onde eu vi calcinhas do po fio dental e
brinquedos sexuais jogados no chão em uma sala desgastada onde garotas
nuas estavam se trocando. O banheiro era na parte de trás, mas eu não
queria que as pessoas pensassem que eu era um bebê para me trocar
sozinha. Então, eu caminhei até um canto na sala, olhei em volta para me
cer ficar de que ninguém estava assis ndo, e tomei um gole enorme de
Jack Daniels. O cheiro de sexo e álcool enchia meu nariz.
“Eu não posso acreditar que eu estou fazendo isso”, disse a mim mesma,
perscrutando minhas palavras com outro gole de Jack Daniels.
Mas a pros tuição e o strip quase me mataram, eu raciocinei. De
qualquer forma, a pornografia era legalizada.
Eu bebi um pouco mais de Jack e limpei minha boca com a palma da
mão.
“Ok, pessoal”, gritou um cara de outra sala.
“É hora de gravar.”
Que droga, eu pensava. Eu prendi meu su ã vermelho, tomei outro gole,
em seguida, corri para fora da sala para o sofá, onde duas estrelas pornô
estavam sentadas. Eu estava morrendo de medo.
“Você pode fazer isso, Shelley,” Eu men a para mim mesma enquanto
arrumava minha saia e meu sorriso falso que me levou para o sofá.
Pensamentos correram pela minha mente. Como diabos eu deveria
cumprimentar alguém com quem eu estava prestes a fazer sexo?
“Ei, eu sou Roxy e estarei fazendo sexo com você.” “Olá, prazer em
conhecê-lo. Acho que faremos sexo hoje.” Ok, isso é estranho.
Eu pra quei as palavras em minha mente, mas já era tarde demais e eu
estava de pé ao lado da câmera antes que percebesse. A garota de roxo e
peitões e algumas loiras riram quando o diretor nos disse que a cena era
de um professor que iria ensinar garotas travessas da faculdade sobre
como obter uma nota “A”.
Que idio ce, pensei.
O diretor orgulhosamente terminou explicando sua cena vencedora da
Academy Awards com uma forte salva de palmas e, “Vamos fazê-lo.”
Ok, Spielberg.
Luzes, câmera, ação. Nós estávamos por fora. E, aparentemente, a
equipe queria que es véssemos por fora, também. A maioria deles nha
suas mãos por dentro de suas calças quando a cena começou. Notei com o
canto do meu olho como a loira começou uma conversa de bebê com o
professor sobre como ela precisava de uma boa lição.
Isso é ridículo, eu pensei.
A menina loira falou sobre como estava agindo terrivelmente com suas
más notas, e em seguida, apontou para mim dizendo que ela nha uma
amiga que precisava de uma lição também. Errado. Gostaria de ser a única
a ensinar-lhes uma lição. Cheia de Jack Daniels e um impulso renovado,
peguei a menina pelo pescoço e mostrei-lhes a minha versão da cena. O
diretor adorou.
“Oh, Roxy, você é tão quente. Con nue assim, baby.” O diretor carnal
alimentava o meu ego carente. “Mmmm… Você poderia ser a próxima
maior estrela pornô com um talento assim.”
Pensamentos aleatórios reviravam ao redor de minha mente. Eu
adorava. Eu odiava. Eu amava a atenção. Eu amava a câmera. Eu odiava
que havia a língua de uma garota estúpida em minha boca. Eca.
Naquele momento, uma presença muito sombria veio sobre mim.
“Eu vou fazer você famosa e todo mundo irá amá-la”, a voz familiar
soprou. A presença era tão densa que me fez olhar em volta para ver se
havia alguém lá. De repente, uma vontade poderosa para ser a melhor e
destruir todos em meu caminho tomou conta de mim.
A raiva levantou-se. Anos e anos de raiva contra o meu pai e todos os
homens que já me machucaram tomaram conta de mim. Eu devastei a
minha ví ma loira como um animal selvagem sedento de sangue inocente.
Ela não era páreo para minha ira, eu a empurrei para fora do sofá. Seus
olhos manchados de rímel olharam para mim com medo, enquanto ela
estava lá segurando as marcas vermelhas em seus braços.
De repente, o diretor interrompe, “Ok, eu preciso da cena do dinheiro.
Olhe para a câmera, Roxy. Mostre-me seu olhar fatal.”
“O professor” saiu da loira ejaculando por todo o meu rosto enquanto
eu fingia amar cada minuto daquilo. O sabor do fluído amargo e
degradação encheram minha boca. De repente, vergonha e culpa tomaram
conta de mim, assim como quando eu era uma menina. Lutando contra a
vontade de chorar, eu virei minha cabeça para conter minhas lágrimas.
“Lindo, Roxy. Que filmagem!” o diretor disse e eles aplaudiram. Então
um cara jogou o Baby Wipes (lenços umedecidos) para mim. Eu queria
morrer.
Limpei o esperma do “professor” do meu rosto amaldiçoando seu nome
enquanto respirava. Eu não queria que ninguém visse minha dor. Nem
pensar que eu iria deixá-los me ver sofrer.
Quando olhei para cima o diretor já estava falando sobre a próxima
cena. O que me aconteceria se eu fosse a próxima grande estrela pornô?
O diretor me deu um cartão, pagou-me, e depois disseme para ir ao
encontro de Bobby.
Dinheiro em minha bolsa, Jack em minhas veias, e ira em meu coração
eu estava determinada a me tornar a próxima grande estrela pornô. Eu
provaria que todos estavam errados e me vingaria de todos os homens que
nham me machucado. E os faria me pagar.
Fama, fortuna e uma doce vingança
XI
Uma Confissão
Usada E Abusada
Capítulo Onze
Com uma fome de dinheiro e um desejo de vingança, logo mergulhei de
cabeça em filmes pornô profissionais. Não muito tempo depois de minha
primeira cena de pornô eu apareci na cidade de Van Nuys, onde eu caí nos
olhares do produtor pornô, Bobby Hollander.
“Que par de belos quadris” um homem com a camisa aberta e uma
corrente de ouro no pescoço me cumprimentou. Ele parecia com alguém
da Máfia. Levei na brincadeira e lhe disse isso e aquilo sobre como havia
chegado ali e ele assen u. Ele me convidou para sentar no colo dele, onde
ele gen lmente me instruiu sobre como con nuar a “modelagem” de
minha carreira. Ele foi um dos homens mais carinhosos que eu conheci.
“Roxy, você tem belos quadris. Eu quero que você esteja em meu novo
filme.”
Eu lhe disse que iria fazê-lo, mas que eu ainda nha meu coração focado
em ser uma modelo ou atriz profissional. “Claro, querida, você é uma
garota tão bonita. Mas o pornô pode ajudá-la a entrar em Hollywood.”
Eu confiava nele. Carinhoso e mo vador, ele era como um pai para mim.
Eu apareci no estúdio de meu primeiro filme pornô “real” em 1993.
Quando entrei pela porta de uma casa de luxo, eu estava uma pilha de
nervos. Bobby tentou me acalmar e me fazer sen r confortável.
“Ei pessoal, esta é Roxy. Ela é a nova estrela em ascensão.”
Bobby disse isso e colocou seu braço ao meu redor. Peter North sorriu
para mim.
“Olá, pessoal.” Eu estava sem palavras. Era di cil manter uma cara séria
ao cumprimentar estrelas pornô nuas em plena luz do dia.
“Ei Bobby, onde fica o banheiro?” Eu perguntei em desespero. “É lá no
final, à esquerda, boneca.” Apontou para o salão.
“Ó mo, obrigada.” Eu rapidamente caminhei até o banheiro, fechei a
porta, tranquei-a e rei uma Vodca. Engoli em seco. Parei e olhei para mim
mesma no espelho.
Eu não posso fazer isso, pensei.
Uma ba da na porta me acordou de meu torpor e eu respondi, “Sim?”
“Ei Roxy, você conseguiu o seu enema?”
Oh Deus, eu me preocupei. Ela acabou de dizer enema? Eu tomei mais
uns goles e respondi de volta “Uh, não, por que eu iria precisar de um?”
“É para a cena com o dildo” (brinquedo eró co geralmente em formato
de um pênis). Engoli em seco. Eu engoli a vodca até que vesse coragem
suficiente para sair do banheiro.
Cheia do líquido da coragem eu caminhava pelo corredor para onde as
mulheres estavam se trocando. Graças a Deus a cena delas era antes da
minha, porque me deu algum tempo para pensar. Olhando para um canto
vazio, sen outra pessoa na sala comigo.
O que Ele estava fazendo aqui?
P****, eu pensei. A úl ma coisa que eu queria era que Jesus me
visitasse em um estúdio de pornografia. Não, obrigada. Eu agarrei a minha
Vodca e a engoli. Então eu O lembrei que Ele não estava pagando as
minhas contas, e eu nha que fazer o que nha que fazer.
“Shelley, por favor, não faça isso. Eu tenho algo melhor para você”, uma
Voz sussurrou.
“Deus, por favor, deixe-me só. Eu tenho que fazer isso.” Virei cabeça de
vergonha e a dor começou a surgir. Puxei meus nylons, ignorei minha dor e
saí da sala.
Com uma pequena ajuda de Vodca e um lote completo de ajuda da
Men ra, eu entrei em um dos momentos mais trauma zantes de minha
carreira. A úl ma coisa que me lembro é de estar rangendo os dentes
enquanto Nikki Sinn usava e abusava de mim com um vibrador espetado.
(Específico para tortura sexual).
Eu queria morrer.
Eu jurei para mim mesma que seria o úl mo filme pornô que eu faria e
liguei para contatos an gos Hollywood. Uma cena de um harém abriu
então eu imediatamente decolei para Los Angeles.
Quando cheguei para o teste havia centenas de outras garotas como eu.
De várias centenas de mulheres, apenas 250 de nós nhamos o papel de
garotas nuas no harém do filme, “Don Juan Demarco”. Quando Johnny
Depp passou fumando para apreciar a paisagem, eu apontei para ele e
deixei escapar: “Ei, por que ele está fumando?”
Ele olhou para mim como se eu es vesse louca e foi embora deixando
uma nuvem de fumaça atrás dele. Eu não me importava com o que ele
pensava. Eu estava tendo que trabalhar por oito horas em um set de não
fumantes.
Contudo, Hollywood não deu certo, e fiquei desesperada por dinheiro, e
caí de volta no pornô. Eu odiava o pensamento de ter alguns fluídos
corporais de homem em meu rosto então eu tentava apenas fazer garota /
garota, cenas lésbicas. Mesmo que eu não fosse uma lésbica sincera, eu
defini vamente poderia fingir um orgasmo. A pros tuição ensinou-me
isso.
Em minha primeira cena lésbica eu estava muito nervosa, especialmente
quando vi a bandeira americana em uma colcha. A culpa tomou conta de
mim quando um flashback de 1976 lembrou-me que eu comprei uma placa
do bicentenário para minha mãe. Eu havia sido uma menina muito patriota
até então. Mas essa menina não exis a mais, eu disse a mim mesma.
Quando a câmera começou a rolar as primeiras palavras da minha boca
foram: “Eu não acho que vou conseguir fazer isso.” Rindo para filmar a
primeira vez de uma lésbica, isso me ajudou a esconder o meu embaraço
extremo. Quando a câmera deu o zoom e focou em mim, eu realmente
sen uma pressão para executar.
“Oi, eu sou a Roxy,” Eu tentei parecer com Marilyn Monroe. Eu era
realmente uma fumante com uma voz rouca e desgastada. Eu estava tão
envergonhada.
De repente, o diretor mudou a câmera para o umbigo da outra garota.
Quando olhei pude ver um cão farejando sua perna. Eu não podia
acreditar.
Que p**** é essa, pensei.
Eu queria que a cena acabasse, eu fiz um movimento para mostrar a
tatuagem sexy da garota. Mas quando eu puxei sua cinta liga para o lado,
eu fiquei chocada ao ver uma cruz em seu quadril. Ela disse que era um
“Presente de Deus” aquela coisa, mas foi um sinal do inferno para mim.
Eu tentei afastar a sensação terrível e concentrar-me na cena, mas a
maldita tatuagem foi um lembrete de QUEM também estava no quarto.
Deus, eu preciso de uma bebida, pensei.
O mal dentro de mim estava excitado e me deu forças para terminar a
cena. Em segundos eu estava transformada em um animal selvagem, uma
pessoa completamente diferente daquela garota nervosa do início. Como
uma porca voraz, acabei a cena lambendo-me por toda parte. Fui para casa
com Jack Daniels naquela noite e lavei todas as minhas culpas e sujeiras. Eu
odiava meu cheiro após fazer pornô.
Uma semana depois, apareci no mesmo estúdio e profanei a bandeira
americana mais uma vez. Só que desta vez eu me dei e me degradei com
um homem. Gostaria de saber se a colcha nha sido lavada.
Os comentários espalharam-se rapidamente de que uma nova e
“energé ca” loira dupla nha ba do no cenário pornô e eu comecei a
receber telefonemas.
“Roxy, eu preciso de você para um filme com Dave Hardman.”
“Roxy, este é Rodney Moore. Eu sou um amigo de Bobby.”
“Roxy, eu preciso de você para uma cena dupla.”
“Hey Roxy, vou colocá-la na capa de meu filme se você fizer uma cena de
anal.”
Sem anal, prome a mim mesma. Eu já nha cedido por pressão dos
produtores de pornografia para fazer cenas com homens. Que já eram
ruins o bastante. Ficar horas intermináveis suja no estúdio, imunda e os
homens com seus horríveis odores corporais era muito além do meu
limite. Eu não poderia imaginar um desses homens sujos me penetrando
no ânus. Era impensável. Eu ainda não nha feito isso na pros tuição.
Felizmente, os seios pos ços me deram uma vantagem e pude evitar o
impensável por um tempo. Eu também descobri que eu poderia fazer
dinheiro como estrela pornô pros tuta. Um dos produtores de pornografia
do topo com quem eu trabalhei, me ofereceu muito dinheiro para fazer
“privados” para clientes de altos dólares.
“Roxy, agora que seus filmes estão nos cinemas adultos, fãs pagarão
dólares superiores para passar tempo com você.” Eu odiava a ideia de fazer
a pros tuição de novo, mas eu odiava o pornô ainda mais. Quando me
ofereceram 2.500 dólares para gastar um fim de semana com um
advogado rico, eu relutantemente concordei e peguei o próximo voo para
Phoenix, onde conheci Howard, o viciado em metanfetamina.
Um fim de semana inteiro com a droga quase me matou. Não só deixava
Howard “aceso” por horas, com ele não calava a boca. Sem mencionar que
ele se recusava a usar preserva vo. Eu tentei tudo que podia imaginar para
fazer com que ele usasse, mas ele me lembrou da grande soma de dinheiro
que eu estava ganhando. Quando liguei para o meu novo “cafetão” para
me queixar, ele disse, “Não se preocupe, ele é limpo.” Como diabos ele
sabia se ele era limpo, pensei.
Quando voltei do Arizona, dormi por dois dias seguidos.
Depois de uma ressaca terrível e 2.500 dólares em dinheiro, gastei meu
dinheiro em sapatos, su ãs, peles e bebidas. Quando eu apareci para
trabalhar com a minha mala roxa, eu estava perecida com todas as outras
cínicas estrelas pornô. Desgastada, perdida e só querendo que as malditas
cenas terminassem.
Maldição, eu queria que esse cara se apressasse e gozasse, pensava.
Maldição, eu me sen a tão usada e abusada.
XII
Uma Confissão
Inferno Humano
Capítulo Doze
“Força, f**** me com mais força!” Eu gritei de volta violentamente.
As palavras vulgares saltavam de minha boca enquanto eu estava sendo
penetrada no ânus por um ator brutal. Quando gritar não era suficiente
para suportar a dor, eu enchi minha boca com o pênis de outro homem
como uma chupeta humana. A sucção ajudou a aliviar a dor. Respirar
profundamente pelas narinas, o fedor de fluídos corporais enchiam meus
pulmões queimando. Podre, cheiro sujo de anal, eu estava em um inferno
humano.
Eu não conseguia sair dele. Não era permi do chorar. Eu via o que
acontecia com outras garotas que gritavam e destruíam as cenas. Eu não ia
gritar e tomar um soco no rosto.
Além disso, esta era a minha chance de provar ao mundo que eu era a
melhor.
Então, eu fiquei com a dor aguda. Dura, rápida e furiosa eu gritava
através das estocadas violentas. “F***-me! F***-me!” Eu gritei mais alto.
F***-se, pensei! Nenhum homem maldito poderia me machucar. Eu jurava
a cada estocada violenta. Nada que pudessem fazer para mim teria efeito
sobre mim. Imundos porcos selvagens, eles não eram nada e eu os usava
para pagar minhas contas. Rangendo os dentes em negação, as poderosas
men ras em minha mente se repe am ao som de cada tapa e impulso
violento.
Slap, slap, slap, slap, slap.
Aguente, Shelley. Aguente a dor. Mostre-lhes que você pode suportar.
Respire, apenas respire, Shelley.
“Oh Deus, oh Deus,” Eu gritava de dor.
Claro que não, eu disse a mim mesma. Eu não vou deixar que esses
babacas me vejam sofrer.
Então, eu escondia a dor excruciante, fingindo que era puro prazer. Mas
era puro inferno.
Com seis homens me penetrando em cada buraco possível, e de formas
imagináveis, fiquei mais doente e mais machucada. Quando eu me tornei
fraca demais para suportar a dor, o próprio Satanás entrou em mim para
me dar força ilimitada. Meus olhos verdes tornaram-se negros e dilatados.
Com um olhar infernal em meu rosto eu rosnei para a câmera.
Então os porcos saíram de mim um por um e apontaram e pulverizaram
sua sujeira líquida por todo o meu rosto vermelho. Um bocado de líquidos
amargos e fezes, e eu fingi amar cada minuto nauseante daquilo.
“Oh yeah baby, eu amo isso”, eu men a com meus dentes cerrados. A
cena terminou com o úl mo cara, que mal podia espremer uma gota. Que
porco.
Alguém me jogou alguns lenços umedecidos e disseme que eu havia
feito um bom trabalho. Limpando o esperma do meu nariz, boca e olhos, o
sabor amargo daqueles porcos preso ao fundo de minha garganta.
Vodca, pensei. Eu preciso de Vodca agora.
Eu levantei-me para ir ao banheiro, mas quando me sentei a dor pegou
todo o meu corpo. Peguei um lenço umedecido e delicadamente comecei a
limpar ao redor de minha bunda vermelha e inchada.
Maldição isso dói, amaldiçoei.
Mancando em direção ao chuveiro, alguém o estava usando. Ó mo,
pensei. Eu sou aquela que está com o rosto cheio de esperma e que
apanhou de alguns porcos e vai para o chuveiro. Peguei um pouco mais de
lenços umedecidos e me dirigi para a sala onde estavam minhas malas.
“Isso não foi tão ruim, não é mesmo, Roxy”, disse um ator enquanto eu
limpava o esperma de meu rosto.
“Vá para o inferno”, eu disse a ele.
Naquela noite fui para casa e fumei uma erva e joguei tabuleiro Ouija
para relaxar. Quando perguntei ao meu guia espiritual qual era seu nome,
ele soletrou:
JESUS CRISTO
XIII
Uma Confissão
Úl ma Chance:
Ato final
Capítulo Treze
Como os dias avançavam mortalmente e as noites ficavam mais escuras,
eu sabia que algo estava muito errado comigo. Eu passei das cenas de
garota / garota para cenas brutais de estupro em questão de meses. Cada
minuto era um verdadeiro inferno e, ainda assim, eu prosperava na
escuridão. Aquilo nha se tornado o meu conforto, um esconderijo para
toda a minha feiura. Seis anos de desempenho em clubes de strip, eu me
sen a à vontade no escuro. Aquilo também me dava poder. Uma mulher
poderosamente sombria, eu podia entrar em qualquer personagem desde
ví ma a agressora. Eu podia andar em uma sala como um anjo de luz ou eu
poderia dominar uma alma e torturá-la. Eu poderia fingir ser uma estrela
pornô glamorosa e amar cada minuto do abuso ou agir como agressora e
com força destruir minhas ví mas. O pornô era o lugar perfeito para eu
atuar com minhas diversas habilidades. Pornógrafos adoraram isso. Na
verdade, quão mais escura eu me tornava, mais os pornógrafos
enriqueciam.
Como eu con nuei a fazer mais e mais pornô grosseiro e violento, eu me
transformei de ví ma em agressora. Na minha vida profissional, comecei a
agir como um homem e abusar de mulheres diante das câmeras. Com um
vibrador, eu fazia com as mulheres exatamente o que os homens nham
feito comigo. Eu até sabia quão egoísta eu me tornava como um homem.
Todos esses anos na pros tuição assis ndo aqueles porcos, valeram a
pena. Os homens no pornô eram mais porcos ainda, ejaculavam em
qualquer mulher fraca e em qualquer “santo lugar” do corpo delas. Agi em
vingança como se eu fosse a mesma coisa que eu anto odiava: um porco.
Eu também abusava de homens em qualquer oportunidade que me
fosse dada. Em minha vida privada, eu nha vários escravos do sexo
masculino que tomavam conta de mim. Nunca alguma vez paguei a minha
conta de energia elétrica durante os úl mos anos de minha carreira no
sexo. Meus escravos cuidavam de coisas como essa. Eu nem sequer
colocava minha própria gasolina. Em todos os lugares que eu ia, eu
dominava os homens e lhes dizia o que fazer. Era como se, ninguém
pudesse dizer não para mim.
Em minha vida profissional, eu con nuei a guerra contra os homens na
frente da câmera. Todo filme que eu fazia se tornava uma zona de combate
e eu estava determinada a conquistar. Eu era implacável. Eu até
determinava que alguns filmes fossem feitos em meu apartamento, onde
eu poderia controlar a atmosfera. Com meu Conselheiro Ouija ao meu
lado, demônios em todos os cantos e dentro de mim, eu nha o reinado
total sobre minhas ví mas. Eu pensava que estava no controle total da
escuridão. Mas eu não estava.
Infelizmente, quando ninguém estava olhando, é claro, eu sucumbia.
Atormentada por demônios a cada noite, eu ficava em minha cama por
horas e ouvia suas palavras vulgares e odiosas. Eu estava tão atormentada
que sempre que eu ia para fora e havia uma Lua cheia, a face da Lua me
amaldiçoava e me dizia que me odiava. Eu pensava que poderiam ter sido
as drogas e o álcool, mas quando eu pedia para as pessoas ao meu redor
para me contarem o que eles viram, elas se voltavam para mim com medo
e me perguntavam se eu estava jogando com o Tabuleiro Ouija novamente.
Eu nha aberto um mundo demoníaco para o qual não estava
preparada, e Satanás queria a minha vida por isso.
Clamei a Deus mais e mais para me salvar de Satanás e de mim mesma,
mas Deus parecia não responder. Eu não conseguia entender por que Deus
não me resgatava. Eu nunca duvidei de Deus ou de quem Jesus era por
todo o tempo em que es ve na indústria do sexo. Mas eu duvidava do
amor de Deus por mim. Como Deus poderia permi r que tantas coisas
ruins acontecessem se Ele era um Deus de amor?
Cegada pelas men ras da pornografia e do Satanismo, eu con nuei
sobre a escuridão. Todos nós con nuamos. Um mundo de fraude e de
moedas de madeira, que ignora o óbvio: Glamorosas estrelas pornô eram
exaustos viciados em drogas. Pornógrafos amigáveis eram máquinas de
crueldade. Sexies colchas roxas eram leitos descoloridos de doenças. Os
banheiros eram estações da imundície humana. Não há nada de sagrado
na pornografia. Tudo era doença, destruição e condenação.
Nós éramos filhos da ira, gra ficando nossas naturezas pecaminosas sem
nenhum pensamento sobre as consequências. Alguns de nós morremos
em nossa ignorância. Alguns de nós estávamos esperando para morrer.
E agora, era a minha vez.
O relógio bateu 22:00hs e eu sen . Um carocinho em meus lábios, eu
me perguntei o que poderia ser. É claro que eu o ignorei como eu ignorava
tudo em minha vida. A ignorância é a felicidade na indústria pornô.
Eu estava com um casal de marido e mulher naquela noite. Eles viram
um de meus filmes solicitaram um tempo comigo: um encontro privado
com uma estrela pornô. Como eu saí do banheiro e ajustei minha calcinha
para esconder o meu recém-descoberto “caroço”, pedi que as luzes fossem
reduzidas. Eu realmente não estava interessada em assustar o jovem casal
que contratou uma pros tuta pela primeira vez. Ninguém precisava saber
sobre o meu “carocinho”, além de mim.
Uma semana depois, fui abruptamente despertada por uma picada
entre minhas pernas e uma febre alta. Rolei para fora da cama, a minha
região lombar doía muito. O que há de errado comigo? Pensei. Ainda
bêbada da noite anterior, eu lentamente caminhei para o banheiro onde
eu olhei no espelho. Em estado de choque eu observei uma imagem de
mim mesma com os lábios rachados e feridas vermelhas. Eu parecia um
monstro. Enquanto eu engolia o choque, a minha garganta parecia picada.
Um olhar mais atento no espelho, eu abri minha boca para examinar a dor
de garganta e descobri uma ENORME ferida vermelha na parte de trás da
minha garganta.
“O que é ISSO?” Eu soltei em voz alta.
Puxei meus lábios e feridas vermelhas estavam por toda parte na minha
boca. Fiquei horrorizada. Eu não podia acreditar. Eu não sabia o que era.
Isso é péssimo, pensei.
Eu rei minha calcinha para procurar mais danos possíveis.
Bolhas cheias de líquido por toda parte. Apalpei com minha mão e um
espelho para olhar por trás.
Oh meu Deus, pensei.
As bolhas estavam em toda parte em minha vagina e ânus. Eu não
ousaria tocar-me para que elas não viessem parar em minhas mãos.
Levantei-me, perplexa e com temor. Nada como isso havia acontecido
antes comigo.
Eu ves algumas roupas, saltei para o carro e dirigi até para a próxima
clínica médica. Quando finalmente foi minha vez de ser examinada, o
médico indiano insensível exclamou: “Oh meu… você tem huppies”.
“O que diabos é huppies?” Eu quis saber.
Ele me explicou que eu nha um caso sério de Herpes Genital, uma
doença incurável, e levou uma amostra do meu sangue para mais testes.
Eu estava pasma. Eu não podia acreditar. Se eu assustei até o médico com
a minha Herpes, ela deveria ser realmente ruim.
Oh meu Deus, pensei novamente. Eu tenho uma doença infecciosa
incurável.
Uma risada maligna interrompeu meus pensamentos chocados e uma
voz baixa falou para mim: “Ninguém vai te amar agora. Você não é nada
senão um monstro horrível. Ninguém vai querer você. Bem que você
poderia se matar.”
Sim, eu balancei a cabeça. Eu deveria me matar.
Naquele dia fui para casa e peguei mais de 30 pílulas.
Desta vez eu estava falando sério. Minha vida era um desastre. Eu não
nha nada para viver. Todos me odiavam. Ninguém me amava. Meus pais
não se importavam. Deus não se importava.
Por que eu deveria me importar, pensei.
E eu tomei uma overdose novamente, só que desta vez eu sofri com isso
sozinha na escuridão, com um bando de demônios na minha cama
enfiando em mim seus dedos e tudo estaria finalmente acabado.
“Morra, Shelley. Apenas morra. Nós odiamos você. Você não vale nada.
Você é um pedaço de merda. Ninguém quer você. Deus odeia você.
Apenas morra!”
As vozes malignas sibilaram para mim a noite toda. Mas de alguma
forma eu acordei. E então eu desapareci. Eu silenciosamente deixei a
indústria pornográfica para sempre. Parei de atender as ligações. Fiquei
longe de festas pornô. Fingi que isso jamais aconteceu.
Sem outras opções disponíveis para mim, eu logo voltei para a
pros tuição onde eu poderia pelo menos usar um preserva vo. Ninguém
teria que saber que eu nha Herpes. Aquilo seria o meu segredinho. Liguei
para velhos clientes e estava trabalhando à minha maneira até que um dia,
uma Voz interrompeu meus pensamentos,
“Shelley, você está indo na direção errada.”
Sen um aviso muito sério sobre mim enquanto dirigia na autoestrada
60 em direção ao oeste de Los Angeles.
“PARE!” A voz explodiu em minha cabeça.
Lágrimas encheram meus olhos e eu argumentei: “Deus, eu não quero
voltar. Eu odeio a pros tuição. Mas Você não está me ajudando.”
“PARE!” A voz cresceu novamente.
Eu não conseguia afastar a sensação horrível de que algo muito ruim,
algo pior do que eu jamais poderia imaginar estava prestes a acontecer. Eu
engoli algum Jack Daniels para aliviar a minha ansiedade. Coloquei uma fita
cassete para abafar a voz.
Tudo vai ficar bem, eu me tranquilizei.
Em uma queda súbita meu carro capotou no ar e eu vi de cabeça para
baixo a estrada dar voltas e voltas enquanto eu observava minha vida
como um flash diante dos meus olhos.
“CRASH BOOM!”
Meu carro caiu com o lado direito virado para cima perfeitamente. Em
estado de choque, eu peguei o espelho retrovisor. Nada de sangue em meu
rosto. Olhei para baixo. Sem sangue nos meus joelhos. Olhei para o lado. A
porta do carro estava esmagada por dentro, eu virei minha cabeça. A janela
traseira estava destruída.
Tudo foi esmagado, exceto eu. Eu não ve um arranhão.
Eu me arrastei para fora de minha janela e corri o mais rápido que pude
em choque. Olhei para trás de mim e vi as luzes da polícia dirigindo-se até
os destroços. Fiz um gesto para um motorista parar e me pegar. Eu disselhe
para me levar para casa. Ele queria me levar ao hospital. Eu disse a ele
minha filha estava em casa sozinha e que eu precisava buscá-la em
primeiro lugar.
Eu men . Minha filha estava na casa da babá, mas eu precisava ira para
casa.
Quando nos afastamos, eu assis pelo espelho retrovisor os carros de
polícia puxando para cima o meu Miata vermelho conversível.
O único pensamento em minha mente: Eu não quero ser acusada de
dirigir sob influência de álcool.
Fui para casa e chamei a polícia e men que alguém nha roubado o
meu carro em uma festa. Quando eu desliguei o telefone apenas fiquei lá
em estado de choque.
Talvez Deus es vesse falando comigo.
Oh sim, eu pensava sarcas camente. Entre a Herpes e perto de um
acidente de carro fatal, Deus está, ENTÃO falando comigo.
Poucos dias depois, fui até a polícia para reivindicar meu veículo
esmagado. Eu andei em direção ao vermelho esmagado em assombro. O
carro era metade do tamanho que nha antes do acidente. Isso é o quanto
ele foi esmagado. Apalpei dentro para pegar algumas das minhas coisas e
notei que o toca-fitas ainda nha a fita cassete que eu havia colocado
antes do capotamento.
Ela ejetou para fora e eu pulei para trás. A música que estava tocando
durante o acidente era “Last Chance” (Úl ma Chance), de Duran Duran. Eu
nha noção.
Engoli em seco. Deus estava defini vamente falando comigo.
Uma Confissão
Ato IV
Dois Mundos se Colidem
XIV
Uma Confissão
Poof, Ele Está Aqui!
Capítulo Quatorze
Eu estava tão entediada. Eu não nha carro. Eu não podia dirigir em
qualquer lugar e eu estava cansada de pedir aos os que me levassem
por aí. Eles não conseguiam manter suas mãos longe de mim. Eu estava tão
farta de homens.
Durante o meu tempo em “off” eu re rei os meus livros de Nova Era e
pra quei minhas técnicas psíquicas. Eu percebi que Deus estava tentando
falar comigo então eu deveria tentar ir para o outro lado. Pelo menos era o
que a “voz” me dizia.
Eu acreditava em Jesus e em Deus e me lembrava de quando Jesus me
disse que eu era especial. Eu nha apenas seis anos de idade, mas eu
nunca me esqueci da visão que ve de mim quando me vi pregando para
uma mul dão de milhares de pessoas. Talvez houvesse ainda uma
possibilidade? Quero dizer, Ele nha acabado de salvar a minha vida de um
acidente de carro que teria sido fatal.
Eu fiquei realmente boa em meus poderes. Eu pra cava isso o dia todo
enquanto estava sentada no chão rodeada de velas brancas. Eu amava
velas. É claro que eu amava, eu era uma criatura das trevas! No início, a voz
parecia amigável e eu nha certeza de que o Espírito Santo estava falando
comigo. O Conselheiro do tabuleiro Ouija disseme que meu espírito guia
era Jesus Cristo. Ele também me disse que eu era uma escolhida e que eu
havia recebido grandes poderes de cura. É claro que meu ego adorava
ouvir o quanto eu era especial.
Em questões de mente e em matéria de manipulação de energia, eu usei
meus poderes para tudo. Se eu queria que o telefone tocasse, POOF
tocava. Se eu quisesse que cor na se movesse, POOF se movia. Eu estava
movendo e manipulando coisas a torto e a direita. Na verdade, eu mesma
movi (POOF) minha filha de quatro anos que caiu do outro lado do quarto!
Tudo do mundo psíquico vinha muito fácil até mim. Claro, eu já era uma
grande manipuladora.
Após cerca de seis semanas trancada em um mundo de Nova Era, eu
finalmente ve o meu carro de volta e queria mexer com as mentes das
pessoas. Eu também estava com pouco dinheiro e precisava conseguir
algum. Acabei em um bar em Covina, onde algumas bandas estavam
tocando.
Eu estava cuidando dos meus negócios até que alguém no bar tocou o
meu ombro. Virei-me para ver um cara alto Americano com cara de quem
foi criado à base de torta de maçã que me perguntou se eu queria jogar
bilhar.
Eu calmamente respondi: “Por bebidas, com certeza.”
Eu sabia que podia vencê-lo. Ele obviamente não sabia com quem estava
mexendo. Ele era apenas um menino para mim. Ele não parecia ter idade
superior a 23 anos.
Provavelmente mora com os pais, pensei.
Quando ele apareceu e acumulou as bolas com força dentro em um
minuto, comecei a me preocupar. Esse cara não era um estranho para a
mesa de bilhar. A vigarista em mim rapidamente se levantou. Eu não sabia
perder, e certamente eu não estava a fim de perder para esse cara. Foi
quando comecei a usar meus poderes de POOF.
“POOF!” Eu disse enquanto apontei minhas mãos para seu taco. Ele
olhou para mim como se eu fosse louca, riu, e fez o ro perfeitamente.
Esse cara não nha sido ainda incomodado por qualquer um dos meus
POOFS. Eu bebi um gole de Bacardi e recorri a outros meios de
manipulação: Eu puxei meu top para baixo. Foi quando ele perdeu a
tacada.
Quando acabamos as tacadas Kamikaze - nele, é claro. Foi quando ele
me pediu para jogar dardos. Ok, dardos são para nerds. Mas eu estava
entediada, ele me ofereceu bebidas grá s, e além disso, ele era um cara
legal. Ele não queria conversar com meus seios.
Aquilo era diferente.
Como ele estava compar lhando informações pessoais, o que eu nunca
nha visto antes, eu percebi com o canto do meu olho que eu ba a de
frente com seus grandes olhos azuis todas as vezes! Esse cara era um
vigarista ou algo assim. Ele me intrigou. Mas é claro que eu não estava
interessada em amor ou qualquer coisa. Eu estava interessada em suas
habilidades e especialmente em sua carteira. Talvez por trás desse cara
esperto houvesse um cara rico. Uma pros tuta doente poderia ao menos
sonhar.
Alto, loiro e não muito bonito, ele nha apenas 22 anos e trabalhava em
uma fábrica de caixas Ok, ele não tem dinheiro.
Esqueça, eu disse a mim mesma.
“Ei, qual é o seu telefone?” Ele me perguntou.
“Hum, eu não namoro de graça. Eu sou uma stripper. Somente com
dinheiro.” Meus olhos zeraram em seu bolso. Ele percebeu que tudo
envolveria dinheiro e por isso men u e disse que precisava de uma stripper
para uma despedida de solteiro.
“Certo”, eu disse a ele. “Este menino, provavelmente, irá mijar nas calças
se alguma vez ver uma mulher nua”, e ri. Eu lhe entreguei meu cartão
apenas para o caso de ele realmente precisar de uma stripper.
“Trezentos por hora, docinho. Te vejo”, e eu saí de sua vida para sempre.
Uma semana depois o telefone tocou.
Deus, eu espero que não seja alguém da indústria pornô, eu me
preocupei.
Eu atendi ao telefone com um falso sotaque Inglês, “Ra-lo” “Ei, Giovanni,
você quer jogar sinuca esta noite?” “Quem é?” Eu perguntei irritada com
sotaque Inglês.
“Aqui é o Gary. Nós nos encontramos no bar algumas semanas atrás.”
Ok, eu nha que pensar sobre que era esse um. Em todos os lugares que
eu ia, eu conhecia caras. Parei um segundo para tentar lembrar. Ok, eu
desisto.
“Não, eu não me lembro de você.” Voltei para a minha voz normal.
“Eu sou o cara que jogou sinuca e dardos com você.”
“Ohhh, ok eu acho que lembro de você. Hum, bem, é noite de sexta-
feira. Eu tenho que trabalhar esta noite.”
“Eu também tenho que trabalhar”, disse ele. “Eu só pensei que
poderíamos nos encontrar algumas horas antes de eu ir para o trabalho às
22:00hs.”
“Não, não nesta noite, mas obrigada.” E desliguei o telefone. Eu não
tenho tempo para meninos. Eu precisava fazer algum dinheiro.
Mas o cara con nuou me ligando! Durante o próximo mês eu disse a ele
“Não, obrigada” repe damente e que eu precisava trabalhar. Quero dizer,
ele poderia ter me oferecido dinheiro. Dei indiretas o bastante.
Finalmente, em outra noite de sexta ele me ligou novamente. Desta vez
eu estava sentada sozinha em casa cansada de tentar pensar se eu estava
oficialmente de volta na pros tuição ou não. Eu odiava o strip. Eu odiava a
pros tuição. Talvez esse cara tenha me ligado na noite certa!
“Ok, eu vou jogar sinuca com você, mas você compra as bebidas” Eu
disselhe sem rodeios. Achei que iria, pelo menos, rar algo de ele. Sem
dizer que talvez fizesse alguns “negócios” no bar. Eu poderia puxar um
cliente em qualquer lugar.
“Claro, até breve!” Ele parecia um tonto menino de escola. Onde eu
tenho me me do, pensei.
Nós nos encontramos no bar e o cara me surpreendeu totalmente
naquela noite. Ele não apenas dirigia como um demônio veloz, mas ele
caminhou pelas bordas da mesa de sinuca com velocidade.
“P**M**!” Exclamei. “Onde diabos você conseguiu toda essa
metanfetamina?” Eu olhei para aquela cara dele de torta de maçã em
estado de choque. “Eu sempre tenho isso. Você quer voar?”
Bem, é claro que eu gostaria de voar, pensei. Eu perdi o embalo. A
indústria pornô foi o meu fornecedor de drogas por um tempo.
Uau! Pensei. Este poderia ser o início de um belo relacionamento de
longa duração.
Se ao menos eu soubesse.
Gary começou a vir mais com a sua metanfetamina. Nós cheiramos. Nós
conversamos. Ficamos acordados a noite toda e rimos. Ele era realmente
um bom garoto. Ele nunca tentou me tocar uma única vez.
Uma pros tuta usada poderia se acostumar com isso, pensei.
Uma noite, ele trouxe jogo de damas.
“Um, para que são os jogos de damas?” Eu disse com um olhar
engraçado.
“Eles são para se jogar, são bobagem.”
“Hum, eu não quero jogar damas.” Ele riu e definiu o jogo. Quando ele
disse que poderia me vencer em qualquer jogo, foi quando ele apertou o
botão direito. Eu era extremamente compe va sem mencionar que era
uma louca por ter o controle principal. Ninguém se atreveu a um jogo
comigo e ganhou. Ninguém!
O miserável me venceu. Eu o odiava. É claro que eu queria jogar
novamente e novamente e novamente. De jeito nenhum eu poderia deixar
esse cara ganhar.
Jogamos Gin Rummy 5, Card Stud Poker, Texas Hold, e muito mais. Nós
apenas jogamos jogos. Havia anos que eu não jogava jogos com ninguém.
Eu ainda não nha contado a Gary sobre meu passado ou mesmo meu
horrível presente.
Eu estava esperando que nós pudéssemos apenas ficar no “jogo” e
apenas amigos por um tempo. Mas uma noite ele veio à minha casa e me
viu autografando uma foto para os guardas de segurança.
“O que é isso?” Perguntou ele.
“Bem, hum, eu era uma atriz pornô.”
“Ah, ok.” Ele simplesmente entrou em casa e montou o jogo de damas.
Isso foi estranho.
Eu marchei direto para dentro de casa e deixei escapar: “Você não sabe
que po de mulher eu sou? Eu sou uma vadia, uma pros tuta, uma
stripper e eu trabalhava em filmes pornô!”
Afetado ele me perguntou: “Como você começou no strip?” Eu não
podia acreditar. A maioria dos homens teria me pedido para fazer sexo
imediatamente. Não o Gary. Ele realmente queria saber o que nha
acontecido comigo. Então, eu disse a ele que fui expulsa de casa aos 18 e
acabei nas ruas de San Fernando Valley. Eu disselhe que um cafetão me
atraiu e me ofereceu dinheiro quando eu estava sem-teto. Ele ficou
chocado, ficou atordoado com a minha história trágica. Todo o seu rosto
mudou e ele estendeu sua mão para segurar a minha.
“Shelley, isso que aconteceu com você é terrível.” Pensei que ia vomitar.
Oh droga, eu pensava. Esse cara realmente se preocupa comigo. Eu
puxei minha mão de volta.
Nervosa, eu rapidamente mudei de assunto e perguntei-lhe como ele se
envolveu com drogas.
“Papai e mamãe eram pastores.”
O quê? Pensei. Gary é filhinho de um pastor?
“Sim, meu pai traiu a minha mãe com a secretária da igreja quando eu
nha 17 anos. Nossa casa nunca mais foi a mesma. Meu pai tornou-se um
marinheiro alcoólatra, o que desestruturou minha família. Eu comecei a
usar drogas quando nha 20 anos de idade.” “Você só está usando drogas
há dois anos?” “Sim”.
Oh, pensei. Esse cara é maduro. Gostaria de saber se ele ainda vivia com
a mamãe e o papai. “Onde você mora?” Eu perguntei.
“Eu moro com meus pais em Chino.”
Oh droga, eu estava certa, pensei. Ele vive com seus pais.
Eu não podia acreditar que nha deixado um inocente filhinho de pastor
entrar em minha vida.
Como eu não vi isso? Como eu não percebi isso? Eu comecei a pirar. Os
demônios em mim não estavam felizes.
“Shelley, você acredita em Deus?”
Maldição, ele quer falar sobre Deus. Eu ve uma sensação terrível de ser
encurralada.
“Claro que eu acredito em Deus. Fui criada na Escola Dominical quando
eu era uma garo nha.” “Algo” dentro de mim acendeu, porque eu passei
os próximos 15 minutos falando e falando sobre Deus. Provavelmente era a
rapidez do tempo.
“E então eu estava em uma peça da Igreja chamada, ‘O Peregrino’ e eu
encenei o Fiel, o peregrino, que é amigo de Cristão na Cidade da
Destruição.”
“Uau, eu conheço essa história. Você encenou Fiel?” Perguntou ele.
“Sim, e eu mesma memorizei o alfabeto de trás para frente quando
cantei a canção de Z a A. Na verdade, Deus me disse quando eu nha nove
anos que o cara com quem eu me casaria um dia, seria capaz de dizer o
alfabeto de trás para frente o mais rápido que pudesse.”
Sem hesitar, ele disse:
“ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA.”
Nós dois apenas olhamos um para o outro.
Furiosa, levantei-me e disselhe para sair.
Eu nunca queria vê-lo novamente. Corri para o meu quarto no andar de
cima frene camente e olhei para o meu reflexo no espelho buscando
algumas respostas.
Vamos lá, Shelley, use suas habilidades psíquicas.
POOF, ELE ESTÁ AQUI!
XV
Uma Confissão
Invadida Pelo Amor
Capítulo Quinze
Sob nenhuma circunstância eu me casaria com ele. Anos e anos de dor
enterrada e protegida pela parede sólida de pedra em torno de meu
coração negro, eu era impenetrável.
Joguei o pensamento sobre Gary fora de minha mente e corri de volta às
men ras e uma mente doen a, o mundo escuro e familiar onde eu me
sen a segura: um mundo sem amor e sem luz. Eu desliguei meu celular e
fechei as cor nas rasgadas. Eu não teria nada a ver com ele.
Subi para tomar um banho para me lavar de tudo que Gary vesse
depositado sobre mim. O fluxo de água quente em minha face, e lágrimas
que escorriam dos meus olhos. Eu o perdi.
A voz baixa sibilou para mim, “Nós não precisamos dele. Tire-o de sua
mente. Lembra-se de sua garrafa de Jack Daniels que está no banheiro?”
Eu peguei a garrafa e bebi. A sensação de calor lavou meu corpo e eu caí
na cama desgastada. Enfiei meu rosto no travesseiro, e chorei para dormir.
“Mamãe, você está bem?” Uma pequena voz me acordou.
“Ei querida, mamãe acabou de rar uma soneca. O que você quer?” Eu
disse enquanto esfregava os olhos. “Há um homem na porta com uma
caixa.” “O que?” Eu estava irritada. Era provavelmente um dos meus os
quebrando as regras novamente. Eles sabiam fazer isso e aparecer sem
avisar.
Idiotas.
Meio bêbada e zangada, eu fui lá embaixo e abri a porta gritando: “O
que você está fazendo aqui?” A voz por trás da caixa respondeu: “Eu lhe
trouxe uma caixa com panos. Eu vim para limpar sua casa.” Meu queixo
caiu.
Gary entrou direto em meu mundo até a mesa onde depositou uma
caixa de toalhas brancas dobradas. Ele olhou e sorriu para mim com um
pano na mão, enquanto eu ficava lá olhando.
“Shelley, me sen mal por você. Sua casa é realmente uma bagunça.
Você precisa de alguém para cuidar de você.”
Então ele sumiu virando o corredor e de repente eu ouvi água corrente.
Sen um golpe terrível em meu peito. A dor irradiava pela minha
espinha através do meu pescoço até meu rosto e maxilares. Sentei-me no
sofá e peguei um cigarro do cinzeiro. Tentando frene camente acendê-lo,
eu engasguei com a fumaça em meus pulmões arejados.
Eu não posso fazer isso, pensei enquanto a fumaça cinza explodiu fora de
mim. Balançando para frente e para trás em meu sofá com os braços
cruzados em volta de mim, um sen mento terrível tomou conta de mim.
Preciso de ar, pensei.
Caminhei até a varanda olhando em volta buscando qualquer coisa que
fizesse sen do. Não havia nenhum conforto. Não havia maneira de sair
desta dor horrível. Eu não conseguia respirar.
“Shelley, você está bem?” Uma figura além da fumaça veio em minha
direção.
Era Gary. Recuei. Eu estava com muito medo dele.
“Fique aí. Eu não me sinto à vontade.”
“Shelley, sou apenas eu, Gary. Eu não quero te machucar. Por favor…”
“Não! Afaste-se.” Fiz uma careta, joguei meu cigarro no chão e pisei nele.
Corri para cima até meu quarto, tranquei a porta e me escondi sob os
lençóis da cama.
Tremendo e assustada com a dor intensa, clamei a Deus: “Deus, leve isso
embora. Por favor Deus, leve embora.” As vozes começaram a gritar
comigo:
Pros tuta estúpida. Ninguém nunca vai te amar. Ele vai usá-la e ferir
você como todos os outros fizeram. Fique longe dele!
Outra Voz interrompia: “Shelley, aquiete-se e Me conheça. Gary foi
enviado por Mim para ajudá-la. É tempo.”
“Tempo? Para quê?” Eu perguntei a Voz. Esperei uma resposta, mas
houve silêncio. Até mesmo as outras vozes se foram.
Sentei-me e olhei no espelho para a mulher feia que olhava para mim.
Extensões de cabelo loiro saindo de minhas raízes escuras com círculos
escuros sob meus olhos, eu era um desastre horrível. Como Gary podia até
querer estar perto dessa bagunça?
Ele me deixaria, eu sabia apenas disso. Eu nha que me proteger. Eu
coloquei minha cara de falsa e agi como se não me importasse. Desci pelas
escadas para acabar com tudo aquilo.
“Gary, eu…”
Ele virou-se com o sorriso mais angelical e uma cozinha perfeitamente
brilhante atrás dele.
“Sim?”
Eu fiquei sem palavras. Meu coração derreteu e o mal dentro de mim
recuou. Ele caminhou na minha direção, tocou meu rosto e me beijou
suavemente. Um beijo suave lento e caloroso, eu queria comer seus lábios.
Eu não nha sido beijada suavemente por um homem em anos.
Nosso lindo beijo terminou e eu enterrei minha cabeça em seu peito e
chorei amargamente. Lágrimas enormes de anos quebrados jorraram de
meus olhos e a dor forte de ira, rejeição e ódio levantaram-se do interior.
Eu o empurrei violentamente e puxei meu cabelo.
“Eu te odeio! Odeio vocês!” Eu peguei o telefone e joguei nele. Eu joguei
a lata de lixo. Eu dei um soco no sofá. Eu cuspi. Eu ba . Eu chutei. Eu os
odiava!
“Eu odeio vocês! Eu odeio os homens! Eu odeio todos vocês! Vá para o
inferno f*** seus perdedores!” Eu arremessei minha concha do outro lado
da sala. Gary ficou chocado, mas manteve-se firme.
“Fique longe de mim! F***você!” Eu gritava violentamente para ele. O
mal dentro de mim era tão loucamente furioso que tudo desabou dentro
de mim.
“F*** seu perdedor. Seu men roso. Eu odeio você. Fique longe de
mim!”
Peguei uma faca de cozinha e ferozmente apontei para ele.
Apontando para ele cheia de raiva, eu lhe disse para dar o fora e ficar
fora para sempre.
“Inferno! Fique longe de mim, AGORA!” Selvagens fios de cabelo
descoloridos caiam em meu rosto, e eu respirava como um animal feroz.
“Shelley, eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. Eu não vou desis r de você.”
A faca escorregou da minha mão.
Meu corpo caiu no chão e eu chorei.
Seu amor avassalador me crucificou. Aquilo entrou no próprio núcleo de
cada decepção que eu havia sofrido e fez o impensável: me deu esperança.
Pela primeira vez em mais de 17 anos eu me sen esperança em meu
coração.
Destruída maciçamente no chão, Gary me envolveu em seus braços e
orou de coração.
“Senhor, peço-lhe para curar Shelley; para curar todas as feridas do topo
da cabeça até a planta dos seus pés. Eu sei que Você pode fazê-lo,
Jesus. Em seu nome eu oro. Amém.”
Foi a oração que mudou minha vida para sempre.
Aquela que Deus ouviu e que o inferno ouviu também.
E a guerra pela minha vida começou.
XVI
Uma Confissão
Madalena Casando
Capítulo Dezesseis
Um anel em forma de coração, eu disse sim. Eu não estava atraída por ele.
Eu realmente não o amava. Mas ele me amava. Era isso que importava.
Além disso, onde mais eu poderia encontrar um cara que quisesse casar
com uma estrela pornô com Herpes e uma filha?
“Shelley, por favor, case-se comigo. Deus me enviou a você.” Deus sabe
que eu sou uma vadia?
Dirigimos até Norwalk, Califórnia, em um dia de inverno rigoroso em 14
de fevereiro de 1995. Não houve casamento branco, apenas um cinza
nublado. Os passos frios do cartório eram o sonho de qualquer menininha.
Eu par cularmente pensava que o cara sem-teto teria feito uma menina
feliz.
Como de costume, eu estava de mau humor naquele dia. “Tem certeza
de que não temos que agendar antes? Hoje está provavelmente muito
cheio.” Tentei pensar em maneiras de sair daquilo. A realidade bateu em
mim depois daquele primeiro beijo e eu percebi que isso nunca iria
funcionar.
“Não, não temos que agendar. Hoje é o Especial de Dia dos Namorados.
Eles estão ofertando casamentos o dia todo.”
Ó mo, o Especial de Dia dos Namorados, dããã que garota de sorte eu
sou, eu sarcas camente pensava. Ves da em um ves do preto estampado
de floral, parecia que eu estava indo para um funeral. É, o meu funeral,
pensei.
Ficamos na fila e, em seguida, foi a nossa vez.
“Olá, posso verificar suas fotos da iden dade?” Uma senhora por trás de
uma janela perguntou.
“Claro”, eu disse sem entusiasmo, enquanto lhe entreguei nossas
iden dades e o formulário. Dessa vez eu era a da foto é claro.
“Quanto custa uma cer dão de casamento?” Eu perguntei emburrada
com um olhar de nojo no rosto.
“Isso custa 35 dólares, por favor.” Engasguei com minha saliva.
“Espere, quanto que você disse?”
“Isso custa 35 dólares, por favor.”
P***, eu pensei. Isso é o quanto eu ve que pagar para minha primeira
audição!
Então uma voz falou ao meu coração, “Trinta e cinco dólares para entrar
na indústria do sexo e trinta e cinco dólares para sair.” Só Deus poderia
saber isso.
Baixei a cabeça e olhei para os meus sapatos rasgados.
Deus poderia realmente me resgatar? Eu estava tão suja e indigna. Gary
pegou minha mão e me levou lá em cima até um salão branco e brilhante
onde outros casais esperavam contra a parede para o seu número ser
chamado. Eu parei e olhei para a parede contemplando a enorme decisão
de vida diante de mim. Vozes malignas tentaram me rar dali. Gary viu
minha dificuldade e apertou minha mão firmemente e disse: “Você
consegue fazer isso, Shelley.”
“Eu não consigo fazer isso, Gary. Eu não consigo.” Eu me encolhi sob
minha respiração e virei meu rosto pálido para a parede branca. Gary
colocou os braços ao redor de mim por trás e sussurrou suavemente:
“Você consegue fazer isso Shelley, Deus está conosco.”
As vozes em minha cabeça argumentaram “Você está muito doente. Ele
vai deixar você. Ele não sabe que você está doente. Quando ele descobrir
sobre você, ele vai te deixar. Rápido, corra agora!”
Uma sensação terrível de doença tomou conta de mim e eu me sen
arrasada. As vozes estavam certas. Gary não sabia com o quê iria se casar.
Ele não sabia sobre a minha doença misturada ao abuso sexual. Ele não
sabia quão péssimos meus vícios eram. Ele não sabia que eu era uma
manipuladora e uma men rosa. Ele não me conhecia realmente. Ele não
nha noção do poderoso rombo que Satanás nha feito em minha vida.
Era uma guerra para qual ele não estava preparado.
“Gary, não podemos fazer isso. Não é justo com você. Eu não sou quem
você pensa que eu sou. Eu sou muito pior. Eu tenho tantos demônios. Eu
irei machucá-lo.”
“Shelley, você nunca poderá me machucar. Eu te amo. Deus está
conosco.”
“Eu não posso”, eu insis enquanto puxei sua camisa e enterrei meu
rosto em seu peito.
Uma voz saiu da sala, “Número 15.”
Chamaram o nosso número. Eu olhei para Gary com medo em meus
olhos. Se ele não queria me ouvir, pelo menos, eu queria que ele notasse o
terror em meus olhos.
Ele pegou na minha mão com segurança e me levou até uma mulher
negra usando uma beca negra. Era um sinal, eu sabia disso. Olhei para ele
com medo de novo. Seus gen s olhos azuis sorriram de volta para mim.
Repe mos os nossos votos ou devo dizer Gary repe u. Eu estava
congelada em estado de choque. Só me lembro de dizer: “eu aceito”. Eu
aceito? Eu nem nha uma vontade. Eu só nha morte e destruição.
Saímos do prédio branco com as nuvens escuras e uma chuva torrencial.
Gary interrompeu a tempestade e me perguntou se eu queria um
hambúrguer na porta ao lado no Wendy. Eu balancei minha cabeça
nega vamente em desgosto. Eu não gostava de comer carne.
A mente doen a se levantou em mim e eu repeli Gary com meu pedido
bizarro para se apressar e consumar logo o casamento. Era ritualís co para
mim. Ele me disse para, por favor, aguardar até que ele voltasse para casa
do trabalho. Ele queria me levar para um român co jantar e celebrar. Eu
queria sexo sem sen mento frio e duro. Eu queria a odiá-lo de qualquer
forma.
Eu ve o que eu queria. Depois que terminamos, eu empurrei ele de
cima de mim e disselhe que queria o divórcio.
“Fique longe de mim! Eu quero o divórcio! Eu odeio você. Você não é
nada, além de um porco!” Dor e Abuso ergueram suas cabeças feias e
ameaçaram jogar alguma coisa nele. Ele imediatamente colocou suas
roupas e saiu. Seu semblante estava tão ferido. Eu sabia que nha
machucado ele. Bom, eu odiava homens.
O mal em mim ficou sa sfeito e nós comemoramos mais um fracasso em
minha vida com a nossa garrafa favorita de alívio: Jack Daniels.
Ele teria me deixado de qualquer maneira, eu tentei tranquilizar-me com
salpicos de Jack em minha garganta. Mas por que eu tenho uma terrível
sensação de que perdi a coisa mais importante de minha vida?
Eu me sen doente. Eu queria vomitar.
Oh Deus, eu pensei. O que eu fiz?
Eu queria morrer. A carga emocional era demais para mim e eu acabei
com mais uma garrafa de Jack. Eu coloquei no chão, segurando e
acariciando a minha garrafa. Ela era minha única amiga de confiança, Jack.
Bêbada, adormeci.
“Shelley, Shelley, acorde.” Abri os olhos com um belo buquê de rosas
vermelhas com um grande arco branco pendurado em minha cara. “Hã?”
Eu tentei me sentar.
“Eu te amo. Feliz dia de Casados querida,” disse Gary enquanto se
inclinou e beijou minha boca cheirando a Jack Daniels. Eu me sen tão
grosseira e indigna.
Eu lentamente agradeci e disse a ele que não queria sair para jantar. Eu
me sen a horrível por meu comportamento terrível e chorando me
desculpei. Ele colocou meu cabelo para o lado e beijou minha bochecha.
“Está tudo bem, querida. Eu sei que você está machucada gravemente.
Estou aqui para você.”
Eu enterrei minha cabeça em seu peito forte e gemi. Ninguém jamais me
amou em minha vida como Gary me amou. Ninguém. Eu nunca ve amor
de uma mãe. Eu nunca ve amor de um pai. Eu só conhecia a dor e o
abuso desde quando era uma criança pequena. Eu enterrei minhas unhas
profundamente em sua pele e apertei-lhe com cada gota de dor que eu
nha dentro de mim. Ele era a minha Cruz gigante, alguém que poderia
tomar a minha dor e me deixar pregada.
E ser pregada foi di cil. Golpeei-lhe com cada men ra poderosa, com
expressões de raiva e ódio, vulgaridades e maldades e ele suportou isso.
Ele tomou a dor insuportável por mim.
Ele se tornou Cristo para mim e eu me tornei sua pros tuta arrependida,
como a mulher pecadora com sete demônios. Só que eu nha mais de
sete. Eu nha legiões.
Olhos pretos dilatados e um sorriso maligno contra o seu peito, que o
exorcismo começasse.
XVII
Uma Confissão
Você E Qual Exército?
Capítulo Dezessete
Os próximos meses foram um verdadeiro inferno. Gary perdeu o
emprego e teve que ser subme do a uma cirurgia no joelho. Sua mãe
tentou fazê-lo se divorciar de mim. Sua a chamou o serviço de proteção à
criança para tentar ganhar a guarda de Tiffany e seu pai deixou sua mãe
exatamente depois que nos casamos. O que mais faltava?
O diabo não ia deixar-me sair tão facilmente.
Eu queria o divórcio. Gary queria lutar por nós. Então, ele parou com a
metanfetamina e se juntou ao Exército dos Estados Unidos.
Exército, pensei. Eu amo homens militares.
“Quando par mos?” Eu perguntei.
“Nós não par mos. Eu par rei”, ele respondeu de volta.
“Como é?”
“Shelley, eu tenho que ir para Formação básica por dez semanas na
Carolina do Sul e, em seguida, tenho que fazer formação avançada em
San Antonio, Texas por mais oito semanas. Mas depois disso podemos
estar juntos.”
O que diabos eu ficaria fazendo? Pensei.
Vou lhe dizer o que eu fiz. Eu fiz o que qualquer psicopata, e ex
trabalhadora do sexo esposa faria, eu fui a um psiquiatra e peguei um
atestado do doutor. Era a única maneira de o Exército me deixar
acompanhá-lo durante seu treinamento. Sim, eu manipulei o Exército dos
Estados Unidos.
Gary não estava feliz com a minha armação. Deve ter sido terrível
quando seu comandante o chamou ao escritório para lhe dizer que a Cruz
Vermelha nha uma mensagem de emergência de sua esposa depressiva e
que ela precisava que ele fosse para casa para levá-la ao Texas. Gary teve
que refazer todo seu curso por causa da minha armaçãozinha.
Bem, eu estava mentalmente doente. Não era apenas como eu men a,
ou qualquer coisa. Era como eu usava isso.
Gary parecia tão bem quando o vi. Eu não podia acreditar.
Dois meses desgastantes de programa de treinamento básico do
Exército, e Gary parecia incrível! Ele também voltou com um novo e
poderoso nome: Soldado Garre Lubben. O Exército não permi a apelidos.
Os militares fizeram sair o verdadeiro homem de dentro dele!
Garre , eu poderia me acostumar com isso, pensei.
Havia apenas um problema. Garre estava sóbrio, e totalmente curado.
Eu era uma fossa de transtornos mentais, vícios e fortalezas demoníacas.
Não só isso, Garre nha um novo e belo sico, enquanto eu rapidamente
ganhei peso na recuperação. Eu me sen mais feia, e mais indigna do que
nunca.
“Há apenas mais de você para amar, Shelley.”
‘Gee’, obrigada por perceber a minha gordura. Bem, pelo menos eu não
poderia voltar para a indústria do sexo. Ninguém iria me contratar agora.
Quando chegamos ao Texas Eu nha que encontrar um emprego. Os
militares pagavam quase nada a Garre e por isso no primeiro dia que
chegamos a Fort Sam Houston, fui passear na rua e apreciar o pôr do Sol e
consegui um emprego como Bartender.
Finalmente, eu estava do outro lado do bar. Eu era uma profissional. É
claro que sim, eu era uma alcoólatra. Não havia bebida que eu não
pudesse inventar e os clientes me amavam. Nós festejávamos durante todo
o dia e noite, enquanto Garre sofria com o treinamento militar intenso.
Eu só via ele nos fins de semana. Tiffany ficava com uma babá no nosso
conjunto de apartamentos. As coisas começaram a aparecer para mim.
Infelizmente, eu come um grande e terrível erro. Uma noite quando
estava bêbada e o dinheiro nha sido baixo, eu concordei tolamente em
fazer sexo por dinheiro. Em minha mente embriagada e desarrumada, eu
estava tentando ajudar a sustentar minha família. Eu também era viciada
em dinheiro rápido e fácil.
Demônios e o álcool tentaram destruir a minha vida mais uma vez. Eu
descobri três semanas depois que estava grávida e eu literalmente entrei
pelo cano. O homem que fez sexo comigo era negro. Garre vai me matar
com certeza. Eu me odiava e queria morrer.
Na noite que fiz sexo com o homem, eu me sen tão culpada. Eu sabia
que aquilo era errado. A pros tuição não era mais algo tranquilo para mim.
Eu me sen horrível, então eu só ve relações sexuais por cerca de um
minuto com um preserva vo e depois o empurrei porque eu sabia que era
errado. Eu não poderia passar por aquilo e agora, aqui estava eu, grávida.
Eu era uma mulher amaldiçoada. Eu ve que dizer a verdade Garre .
Eu estupidamente chamei-o ao telefone.
“Garre , tenho uma no cia terrível. Você promete não me deixar?”
“Sim, Shelley, eu prometo.”
“Eu fiz sexo com alguém quando estava bêbada…” Garre não disse uma
palavra. “… E agora estou grávida.” O telefone desligou.
Eu realmente estraguei tudo desta vez, pensei. Entrei na banheira, abri a
torneira e chorei gigantes lágrimas de arrependimento. Eu estava com a
maior tristeza que já nha sen do em minha vida. Eu odiava o que eu nha
feito. Eu odiava meu pecado contra Garre e contra Deus. Como eu pude
deixar isso acontecer?
Eu desesperadamente implorei a Deus: “Por favor Deus, por favor Deus,
deixe este bebê ser de Garre . Por favor, perdoe-me e tenha misericórdia
de mim. Eu prometo te obedecer. Eu prometo!”
Garre chegou em casa naquele fim de semana e não disse uma palavra.
Eu seguia ele, implorando seu perdão jurando a Deus, que eu faria
qualquer coisa para salvar nosso casamento. Eu prome até mesmo parar
de beber.
Eu também lhe prome que quando o bebê nascesse, se não fosse seu
eu lhe daria para adoção. Ele concordou em ficar ao meu lado não
importando o que acontecesse. Mas eu vi a dor em seus olhos. Eu
esmagara seu grande e lindo coração.
Garre finalmente terminou seus estudos e recebeu ordens para ir para
Fort Lewis, Washington. Graças a Deus, pensei. Eu ve que sair fora do
Texas e me afastar daquele bar!
Nós cruzamos todo país dentro de um caminhão preto Datsun que eu
havia recebido em troca de dinheiro de um dos clientes do bar. A pobre
Tiffany teve que se sentar atrás do meu assento por três mil quilômetros.
Ainda bem que nenhum policial nos parou.
Depois de dirigir sobriamente ao longo da costa de Oregon, ouvi uma
voz internamente dizer, “Confie em mim, Shelley.”
Eu não nha escolha a não ser confiar em Deus. Eu não nha mais
ninguém para me apoiar.
Garre estava fora o tempo todo e quase não falava comigo quando
estava em casa. Meus pais não estavam por perto e não se importavam.
Minha sogra não me suportava. Eu não nha amigos para conversar.
Éramos apenas eu, Deus e o pequeno bebê crescendo dentro de mim.
“Bebê, lamento a sua mãe é tão estúpida. Eu realmente amo você.”
Olhei para baixo em lágrimas para minha pequena barriga. Meu coração se
par u com o pensamento de ter que dar o meu bebê. Todos os dias eu caía
de joelhos e implorava a Deus que vesse misericórdia e que, por favor,
deixasse o bebê ser de Garre .
“Por favor, Deus, tenha misericórdia de mim. Você me salvou todas
aquelas vezes durante a indústria do sexo. Salve-me mais uma vez, por
favor.”
Eu chorei e chorei. Fiquei profundamente triste por meus pecados.
Eu era um desastre emocional. Comecei a ter regularmente lembranças
e pesadelos horríveis do meu passado. Imagens de homens penetrando-
me em todos os ori cios me assombravam todas as noites. Eu acordava
gritando e socando meu travesseiro. Durante o dia eu vivia mudanças de
humor constantes. Um minuto eu estava com raiva e jogando coisas e no
minuto seguinte eu estava no chão chorando em lágrimas. Garre pensava
que eram hormônios da gravidez. Mas eu sabia que era mais do que isso.
Eu estava lutando contra demônios reais e precisava de ajuda real.
Eu sabia que precisava ir à igreja. Desesperada por qualquer ajuda que
eu pudesse ter, peguei as Páginas Amarelas e escolhi a primeira igreja onde
meus dedos apontaram.
“Centro de Campeões”, soou boa o suficiente para mim.
O Domingo chegou, e nós chegamos a uma igreja glamorosa e grande
com nossa ba da e feia Datsun. Eu estava tão envergonhada. Todos
pareciam felizes e brilhantes; mães e pais com crianças pequenas felizes
correndo por ali. Isso me fez estremecer. Eu odiava a família onde havia
crescido.
Assim que entrei sen um choque cultural enorme.
A música era ensurdecedora e as pessoas estavam pulando para cima e
para baixo e acenando com as mãos ao ar.
Por que diabos essas pessoas eram tão felizes, eu me perguntava.
“TODAS AS COISAS SÃO POS-SÍ-VEIS”, cantava e dançava um coral
estrondoso com pessoas ves das de roxo.
Impressionada com as luzes brilhantes e a música poderosa em torno de
mim, eu caí em uma cadeira no meio da mul dão e baixei a cabeça.
Paranoica, eu pensei que alguém poderia me reconhecer. Olhei para
Garre e seu rosto se iluminou como uma criança em um carnaval. Ele era
acostumado com a luz e com a música. Eu era acostumada com a morte e
com as trevas. Eu apenas sentei lá e observei.
A música parou e um cara jovem entrou no palco louvando ao Senhor.
“O sucesso começa no Domingo!” O pastor explodiu. Então ele abriu um
livro e disse que estava ensinando sobre os nove testes que provavam
algum po de potencial ou algo assim. Nada disso fez sen do para mim. Eu
estava prestes a levantar-me quando ele parou e apontou o dedo
diretamente para mim.
“Você sabia que há uma campeã dentro de você?”
A verdade a ngiu meu rosto como um caminhão de meia tonelada.
Chutando e gritando dentro de minha alma, a talentosa menina campeã
em mim estava morrendo de vontade de sair. Ela nha sido trancada em
uma cela do inferno por mais de 17 anos e queria sair!
Tocada pelas palavras poderosas do Pastor, eu explodi em lágrimas
violentas, e 17 anos de dor reprimida explodiram para fora de mim.
Comecei a chorar por minha vida destroçada diante de todos. Um estouro
de um milhão de pedaços trauma zados, eu gemia sobre as injus ças
feitas contra mim desde quando eu era criança. Chorei de dor pela
maldade absoluta da traição dos meus pais. Eu soluçava sobre o auto ódio
contra a minha própria alma. Eu odiava totalmente a mim mesma.
Aquele culto todo se tornou o funeral de minha men ra e todo o mal em
mim foi exposto. Foi o verdadeiro encontro de uma vida toda, e isso era
apenas o começo.
O discurso sobre os mortos, e o meu inesperado funeral terminou
comigo enxugando as lágrimas e as palavras do pastor de conclusão:
“Resis ao diabo e ele fugirá de vós.”
Eu soube então o que eu nha que fazer.
Fui direto para casa, fiquei de joelhos e orei.
“Jesus, por favor, perdoe-me por todos os meus pecados, que são
muitos. Por favor, tenha misericórdia e me ajude a passar por esta
gravidez. Por favor, deixe o bebê ser de Garre . Por favor, Senhor. Eu sei
que eu mereço ser jogada fora na rua, ou pior, mas Senhor, eu
desesperadamente preciso de você.”
Enquanto eu estava orando, alguém entrou na sala em minha frente. Eu
reconheci aquela Presença de imediato. Era Jesus. O mesmo Jesus que eu
conhecia quando era menina e o mesmo Jesus que foi comigo ao estúdio
pornô. Ele nunca saiu do meu lado por um momento. Eu me arrependi por
todos os pecados que nha come do e agradeci totalmente a Ele por eu
não estar queimando no inferno.
Mais alguém também entrou na sala. Uma presença escura in midante,
eu reconheci a força maligna familiar. Mas o Senhor não nha ido embora.
Forte e lindo, Ele estendeu a Sua mão e me desafiou a fazer o impossível.
A Bíblia em minha mão, o bebê em minha barriga e uma fé de recém
nascida, eu cheguei até Jesus e, juntos, nós declaramos guerra à Satanás.
Uma feliz garo nha com quatro anos de idade

Eu e minha mãe em meu primeiro aniversário


Eu cantando meu coração para Jesus.

Eu cantando meu coração para Jesus.

Eu como florzinha em uma peça.


Ah, não era um anjo aos 8?
Eu como florzinha em uma peça.
Ah, não era um anjo aos 8?
1

Eu no quintal frontal em Glendora


O bosque atrás de mim era perfeito para brigas de laranja
Eu no Halloween ves da de Bruxa sexy.
Eu e minha fantoche, Sra. Piggy
Eu podia imitá-la e ainda consigo!
Eu aos 15 anos, com sonhos de me tornar atriz de Hollywood
Eu aos 15 anos, com sonhos de me tornar atriz de Hollywood

Coelhinha da Playboy aos 14 anos para o Halloween.


Eu na 9ª Série, para a torcida do me.

Coelhinha da Playboy aos 14 anos para o Halloween.


Eu na 9ª Série, para a torcida do me.
Eu finalmente me formando no Ensino Médio em 1986.

Eu finalmente me formando no Ensino Médio em 1986.


Shelley e Garret Lubben em seu 15º aniversário de casamento no Dia dos Namorados em 2010.
Uma Confissão
Ato V
Conheça Shelley #2
XVIII
Admit One
Isso É Apenas Um Teste
Capítulo Dezoito

Bem-aventurado o homem que suporta a


provação, porque quando ele passar no
teste, receberá a coroa da vida que Deus
tem prome do aos que o amam. - Tiago
1:12
Na frente e no meio, eu estava naquela igreja todas as quartas e
domingos. Garre estava sendo escravizado pelos militares, enquanto eu
estava aprendendo a passar por testes para provar o meu potencial
pessoal. Três meses de gravidez e esperança para o futuro, eu começava
meus dias com uma oração e uma folheada na Bíblia. À noite eu trabalhava
no restaurante mexicano Acapulco como garçonete.
De La Huera Loca a uma humilde garçonete mexicana, eu alegremente
recebia os clientes na porta, “Bienvenidos a Acapulco restaurante.”
Quando eu falava espanhol, meu chefe mexicano me perguntava onde eu
havia aprendido.
“Eu sou da Califórnia”, eu meio que sorria de volta.
Domingos eram meus dias favoritos da semana. Eu gostava de ir para a
igreja para pegar o melhor lugar. Tudo nha a ver comigo, naquele
momento.
“A meta para cada empreendedor é passar no teste”, o pastor pregava.
Enquanto ele passava pela lista de nove testes para provar o nosso
potencial pessoal, eu falhava em todos eles.
“Você se ofende facilmente?” Perguntou ele.
“Não!”
“A respeito do teste de mo vação, por que você faz as coisas que faz?” o
pastor perguntou à congregação.
Porque eu quero alguma coisa, dããã.
“Você tem paciência? Você pode passar no teste do tempo? Você pensa
a longo prazo?”
Eu gostaria que ele se apressasse, eu estou com fome. Minha barriga
grávida roncando.
“Você tem respeito pela autoridade que Deus tem colocado em sua
vida?”
Ninguém me diz o que fazer, pensei com um sorriso.
“Como é que os outros veem você? Você pode passar no teste de
credibilidade?”
Engoli em seco. Eu odiava pensar em como os outros me viam. Eu nha
certeza que muitos os do meu passado poderiam comentar sobre isso.
Anos usando e abusando de homens entraram em minha mente.
O pastor interrompeu meus pensamentos. “Você será abençoado na
cidade e abençoado no país. O fruto do teu ventre será abençoado…” Ok,
essa uma era para mim, pensei. Olhei para o meu ventre estufado e fiz um
pequeno acordo com Deus. “Prometo obedecer-lhe. Só faça este bebê ser
de Garre .”
O culto terminou e era hora de ir para casa e comer. Eu estava morrendo
de fome!
Peguei minha filha Tiffany de oito anos de idade da Escola Dominical e
fomos para casa para fazer uma comida da cozinha italiana: macarrão com
queijo. Sim, era bruto, mas eu não podia preparar alimentos “especiais” eu
não sabia como cozinhar. Tiffany gostava de qualquer maneira.
Semanas úmidas e chuvosas de Washington se passaram e era hora do
meu primeiro exame de gravidez. Eu não nha ido a um médico em anos,
exceto por causa daquela overdose. O que realmente nem conta. Desta vez
era especial. Eu esperava que eles me deixassem ouvir os ba mentos
cardíacos do bebê.
“Shelley Lubben”, o nome ainda soava engraçado. Uma senhora sem
empolgação me entregou um monte de papéis e me disse para preenchê-
los. Sobrecarregada pela quan dade de perguntas que fizeram, eu
engasguei em voz alta. A experiente mãe militar sentada ao meu lado riu e
me deu as boas-vindas à vida do Exército com o “exagero de folhas de
papel.”
O que quer que isso signifique, pensei.
Eu lentamente lia cada pergunta uma por uma.
Sem doença cardíaca. Sem doença renal. Nenhuma doença no sangue.
Sem HIV.
Era o que eu esperava.
Sem doença hepá ca, engoli em seco.
Era o que eu esperava novamente.
Eu me sen tão pressionada pelo meu passado. Eu só queria esquecê-lo
e as perguntas estúpidas eram nada além de uma lembrança horrível. As
vozes malignas disseram, Você nunca vai superar seu passado, sua vadia.
“Saiam daqui em nome de Jesus!” Ordenei ao diabo. Eu empilhei os
papéis novamente e prendi com o clipe e despejei-os na recepção. Eu não
pude responder a todas as perguntas. Talvez eles não notassem.
Quase uma hora depois eles chamaram meu nome.
Finalmente, pensei. Este lugar era mais lento do que a minha avó.
Fiz um teste de urina, entrei na sala de exame militar e coloquei minhas
pernas grossas presas em estribos. Eu me sen tão humilhada, o que era
muito estranho para alguém que “fazia tudo” diante da câmera. Eu tentei
pensar em outra coisa. A porta se abriu e uma senhora em um jaleco
branco sem maquiagem entrou.
“Olá, sou a médica assim e assim e estarei fazendo um exame sico em
você, assim como farei algumas perguntas. Percebi que você não
preencheu alguns dos seus papéis. Preciso saber de algumas respostas
hoje.”
“Ok”, eu gemi.
Depois de um exame de olhos arregalados e um check up levemente
doloroso, a médica me disse que ela pensou que eu es vesse grávida de
quatro meses.
Sim, era exatamente o que eu também pensava.
Maravilha, eu realmente preciso de um milagre, pensei.
Então, ela levantou questões sobre o meu passado. Eu tentei esconder
minha vergonha olhando ao redor. A úl ma coisa que eu queria fazer era
falar sobre meu passado. Mas a médica disse que era importante para a
saúde do meu bebê. Claro, puxe o lado maternal, senhora.
“Você já teve alguma doença sexualmente transmissível?”
Respire, pensei.
Cheia de uma vergonha sem precedentes eu respondi com um baixo,
“sim”.
Ela bateu a caneta e começou a escrever.
“Quais delas?” Ela olhou para minha cara como uma militar pálida.
“Herpes.”
“Será que você tem a vaginal ou apenas a por via oral?”
“Ambas.”
Ela con nuou a rabiscar.
Espere, por que ela ainda estava escrevendo? Eu me preocupava. Depois
de alguns minutos ela me perguntou se eu estava interessada em entrar
em um estudo militar para as mulheres grávidas com herpes. Eu comecei a
respirar novamente e percebi que não nha nada demais, o que eu nha a
perder?
A empresária em mim se animou. “O que eu recebo?” Perguntei. “Nós
não pagamos, mas você receberá ultrassons e atenção especial se
par cipar do estudo.” A pros tuta carente de atenção em mim sentou-se e
sorriu.
“Ok, eu farei parte do seu estudo.”
“Precisamos coletar um pouco de sangue hoje e nós também faremos
um teste de HIV” a médica disse. Engoli em seco. Havia aquelas três letras
do inferno. Como se eu não vesse ouvido o suficiente na indústria pornô.
HIV era a maldita bomba da pornografia.
O exame terminou, eu peguei minha bolsa e saí pela porta. O estresse
me deixou com fome, então eu parei em uma lanchonete local e pedi o
hambúrguer especial de um dólar. Eu estava em uma nova dieta de
alimentos de um dólar. Tudo o que eu via por um dólar eu comia.
Eu estava engordando. Garre chegou em casa depois de semanas no
campo e viu meus pneus e dobras de gordura. Acho que trauma zei ele. Eu
me sen tão envergonhada. Entre os testes de Herpes, estar sóbria e ter
um bebê anônimo, era demais para meu estômago de recém-reformada
mãe e ex-estrela pornô. Então, eu comia.
E lia a Bíblia. E eu assis a a programas cristãos.
E eu ouvia as fitas do Pastor, depois que ele pregava. Eu realmente
tentava obedecer a Deus em tudo o que fazia, mas era muito mais di cil do
que eu imaginava. Passar pelos testes de Campeã em uma base militar
cheia de homens e de álcool irá me matar, pensei!
Especialmente quando ouvi: “Quando minha avó nha 92, ela carregava
coisas melhor que você “, cantavam belas vozes masculinas na cadência
enquanto eu olhava para seus sicos perfeitos enquanto eu mas gava em
um saco de batatas fritas.
Delicioso, pensei. É claro, eu que estou falando do salgadinho!
A sobriedade era dolorosa, para dizer o mínimo.
Eu realmente preciso de um tempo, Deus, eu pensei.
Era domingo de novo e eu peguei avidamente um assento bem na
frente. Com uma caneta e Bíblia na mão, rabisquei notas sobre o meu
bole m, enquanto eu tentava manter-me com o Pastor.
“…O meu povo está sendo destruído por falta de conhecimento.” Não é
de se admirar que a minha vida foi sugada, pensei. Ninguém nunca
realmente teve tempo para me ensinar nada. O Pastor con nuou com a
lição. “As pessoas culpam os problemas pela falta de sucesso que elas
enfrentam. Se elas pudessem perceber os seus problemas como suas
oportunidades para provarem-se.”
Uau, pensei. Uma luz gigante entrou em mim. Eu nunca nha visto meus
problemas como oportunidades. Depois outra luz entrou.
Espere, eu pensei. Se eu vesse um monte de grandes problemas, isso
significaria na verdade, que eu tenho um monte de grandes oportunidades.
Êpa, pensei. Esse cara é bom.
O culto terminou e fui para casa pensando em maneiras de como eu
poderia encarar meus problemas como oportunidades, para testar a mim
mesma. Lembrei-me das palavras do Pastor, “Pra que os princípios de
Deus de propósito” e eu não nha que ser perfeita. Aquilo foi um alívio! Eu
também pensei sobre aquela coisa de conhecimento que ele falou: “Meu
povo perece por falta de conhecimento.”
Eu não quero mais perecer. Eu estava farta de ser uma perdedora na
vida. Então eu acordei de manhã e fui para a biblioteca pública mais
próxima. Quando passei pela porta, sen um refrigério enorme de ar
entrar em minha alma. A menina curiosa em mim estava viva e ela estava
animada para aprender!
Eu agarrei avidamente livros sobre tudo. De culinária a gravidez até pos
de plantas no Estado de Washington, eu queria aprender sobre tudo ao
meu redor. O cheiro dos livros acalmou minha mente irritada. Mas quando
cheguei à parte de amamentação parei. Era tão doloroso “esperar” por
uma alegria tão especial quando eu não nha certeza se ficaria com meu
bebê. Eu me enfiei em um corredor e baixei a cabeça dolorosamente. Eu
ansiava profundamente ficar com o meu bebê. Lágrimas encheram meus
olhos.
“Shelley, confie em mim. Pegue o livro” uma voz gen l disse.
Eu chorei. Foi tão di cil confiar em Deus. Eu nha passado por tanta dor
e traumas do meu passado. Foi tão di cil confiar. Eu não confiava em
ninguém. Mas eu sabia que nha que confiar em Deus.
“Ok”, respondi. Eu pego o livro.
Então aconteceu. Eu comecei a cozinhar! Garre ficou trauma zado
novamente. Ele chegou em casa para uma refeição completa com pão de
alho e tudo. Sim, eu fiz espaguete. Eu era a WOP, lembra-se? Cozinha
Italiana era natural para mim. Lembrei-me de quando a minha avó italiana
me ensinou como fazer Vitela Scaloppini quando eu era criança. Ela me
deu algumas de minhas melhores recordações quando criança. Eu queria
ser como ela. Então, eu fiz espaguete e almôndegas e meu marido faminto
e minha filha Tiffany devoraram tudo. Minha primeira refeição parecia-se
mais com a Úl ma Ceia: Santa e sinceramente gostosa!
Não muito tempo depois que cozinhei a primeira refeição, o telefone
tocou.
“Shelley, precisamos que você compareça à clínica médica e fale com a
médica”. Uma voz do outro lado do telefone disseme.
“Por que, o bebê está bem?” Ela parecia séria e isso realmente me
preocupou.
“Por favor, venha até a clínica e a médica vai falar com você.” Eu apareci
na clínica com grandes olhos preocupados, mas uma confiança maior em
Deus. Eu disse a Deus que realmente não estava nem aí para qualquer má
no cias. Sentei-me e esperei. “Apresse-se em esperar”, uma mãe militar
murmurou para mim.
Eu esperei e esperei e esperei. Finalmente chamaram meu nome,
“Shelley Lubben.”
Corri para o banheiro para fazer o eterno teste de xixi e corri para a sala
de exames. A médica veio imediatamente e apá ca disse: “Shelley,
lamentamos informar que você não pode estar em nosso estudo para
Herpes. Você não tem Herpes.”
Eu balancei minha cabeça. “Isso é impossível. Eu fui diagnos cada com
Herpes e estava em Zovirax”, retorqui.
“Não, você não tem o vírus Herpes Simplex”, disse a médica
inequivocamente. Em seguida, ela explicou que os militares ofereciam
testes avançados e que o Centro Médico Militar Madigan, onde eu estava
sendo testada, era um dos principais centros médicos do Exército e que o
Exército dos Estados Unidos não errava.
EU SENTEI LÁ ATORDOADA.
Então ela me examinou enquanto eu sentei lá com meus olhos
arregalados como dois Donuts. Quando ela terminou e saiu, eu coloquei
até minhas roupas do lado avesso. Então ouvi uma estranha Voz dizer,
“Shelley, eu lhe dei esse bônus por você me seguir.”
“O QUÊ?”
Eu não podia acreditar. Deus curou-me de Herpes simplesmente por
segui-Lo. Eu ainda nem nha começado bem nos princípios de Campeão
ainda. Eu mal havia passado por alguns testes e agora de repente eu era
curada de uma doença incurável? Eu pensei que eu ia desmaiar seminua.
Inundada pela alegria e em completo choque, eu fui atropelando as ruas
até em casa. Apenas dessa vez eu não estava com fome. Eu não conseguia
comer. Você está brincando?
DEUS ME CUROU DE HERPES!!!
Garre chegou em casa, e eu passei meus braços em torno dele e dei
um beijão nele.
“Adivinha, bebê?” Um sorriso enorme passou pela minha face. “O que
foi, Shelley?”
Eu fiz a minha famosa dança do pregador negro ao redor da sala e então
eu pulei diante de seu rosto e gritei: “Eu fui curada de HERPES! A médica
disse que meu teste deu NEGATIVO E EU NÃO POSSO PARTICIPAR DO
ESTUDO!”
Garre é claro queria saber todos os detalhes. Eu contei a ele. Nos
alegramos. Então eu o arrastei para o quarto e aproveitei o meu novo
estado conjugal livre de Herpes!
Os primeiros meses loucos eu nunca vou esquecer. Deus me testou em
tudo, desde o teste de ofensa ao teste de Herpes, o teste das pequenas
coisas para testar em um motorista do Estado de Washington, do teste de
HIV ao teste de credibilidade.
Eu também mencionei o teste de cozinhar alimentos? Oh sim, eu fui
exaus vamente testada e você sabe da maior? Eu passei!
IXX
Uma Confissão
Entrega Militar Especial
Capítulo Dezenove
“Porque ele me amou, também eu o livrarei; porei de forma segura no
alto, porque conheceu o meu nome.” - Salmos 91:14 (NVI)
Você pode pegar minha Bíblia quando você arrancá-la de minha
“paranoica, mentalmente perturbada, fisicamente abusada, fria e mortal
mão.” Eu estava tão determinada como um soldado a conquistar meu
inimigo. Nada iria me impedir de revelar-me a Deus e entregar um lindo
bebê caucasiano e saudável.
Então eu recebi a no cia com sete meses de gravidez.
“Senhora, seu bebê é pequeno. Precisamos fazer alguns testes e fazer
um ultrassom.”
Onde estão as boas maneiras por aqui? Eu balancei minha cabeça
enquanto olhava em seus rostos frios e pálidos.
Não me admira que eles sejam chamados de grunhidos, pensei. Garre
e eu seguimos a enfermeira para a sala de ultrassom, onde ainda, outra
médica veio me examinar. Em um avançado centro médico onde havia
rumores de que armas biológicas secretas eram testadas, eu nunca nha a
mesma médica. Comecei a me sen r como um experimento humano.
“Seu bebê está brincando de esconde-esconde”, disse a médica com um
sorriso. Finalmente, um sinal de vida!
“Você pode dizer se é menino ou menina?” Eu esperava que fosse um
menino, mas é claro que eu adoraria se fosse uma menina.
“O pé do seu bebê está no caminho.” A médica tentou mover meu bebê
ao redor com sua sonda, mas por ele ser sapeca e teimoso, ela não
conseguia fazê-lo. Após 20 minutos ela desis u e me disse para voltar na
sala de exame, onde poderíamos conversar.
E aí? Pensei.
“Seu bebê está sentado e é anormalmente pequeno devido a um retardo
uterino. Nós provavelmente vamos ter que fazer uma cesárea, mas não
para daqui a seis semanas.”
“Meu bebê é retardado?” Eu interroguei instantaneamente.
“Não, seu bebê não é retardado”, a médica tentou me tranquilizar.
“Seu bebê não está crescendo adequadamente devido à insuficiência
placentária e é por isso que ele ou ela é pequeno. É chamado de Retardo
Intrauterino de Crescimento e teremos que acompanhar o seu bebê de
perto.”
Eu comecei a chorar. Eu me culpava.
Como isso pôde acontecer? Pensei. Eu estava indo tão bem. Eu orava e
pra cava tudo que a Palavra de Deus e o Pastor me ensinavam. Agora meu
bebê era retardado.
Eu comecei a hiperven lar.
Garre tentou me acalmar. Ele se sen u muito mal por mim. Ele viu que
eu estava atravessando o inferno e para mim, receber uma má no cia
sobre o meu bebê, ele sabia que era demais.
“Querida”, ele disse suavemente, “o bebê não é retardado. O bebê é
apenas pequeno para seu tamanho gestacional e a médica disse que eles
vão monitorar tudo de perto. Não se preocupe. Deus não lhe traria esse
fardo, ele lhe entregará um bebê saudável.”
Eu me derre em seus braços.
“E Shelley”, ele levantou meu queixo e olhou para mim com seus olhos
azuis, “Eu quero que você saiba que eu confio em Deus que esse bebê é
nosso.”
Eu morri do coração e caí em prantos. Eu precisava desesperadamente
ouvir aquelas palavras. Seus braços grandes em torno de mim, sua mão
direita segurava minha cabeça enquanto eu chorava sobre o seu peito. Eu
sen a tanta falta de um melhor amigo. Com ele tendo que estar fora por
tanto tempo era di cil para nós estarmos juntos novamente.
Talvez este momento doloroso aconteceu por uma razão, pensei.
Emocionalmente e fisicamente desgastada par para a recuperação de
minha an ga vida, o trabalho, a gravidez e as más no cias, o toque das
gotas de chuva me derrubaram em um sono profundo enquanto Garre
nos levou para casa. Cento e cinquenta deprimentes dias chuvosos por
ano, Sea le era conhecida como a capital do suicídio da América; perfeita
para uma estrela pornô em recuperação.
Uma escura e triste manhã, o momento da verdade finalmente chegou
no dia 3 de janeiro de 1997, e eu estava pronta para a ngir o impossível. A
Bíblia na minha bolsa, Garre ao meu lado e Jesus dentro de meu coração,
eu corajosamente entrei no hospital preparada para o que estava por vir.
Sem expecta vas e pronta para a libertação, as enfermeiras me levaram
para uma sala de cirurgia branca e brilhante. Garre , um homem de
grande integridade e bondade sobrenatural, sentou-se perto de mim e
gen lmente segurou minha mão nervosa com a sua. Ele sorriu para mim e
me disse que estaria lá para mim não importava o quê acontecesse.
Apertei sua mão novamente e tentei segurar as lágrimas.
Por favor, deixe o bebê ser Garre , eu silenciosamente orei a Deus. De
repente, tudo mudou rapidamente. Rápidos e com conversas calmas, os
médicos agiram rapidamente à medida que puxaram com força o meu
ventre e eu sen o puxão. Comecei a me preocupar se a anestesia ainda
estava funcionando enquanto eu repe damente sussurrei o nome de Jesus
com minha respiração.
Quando eu vi Garre , um médico treinado em combate, levantar-se para
dar uma olhada mais de perto, eu sabia que o tempo estava próximo.
Olhos fechados e o coração firmado sobre a poderosa verdade da Palavra
de Deus: “Você pode todas as coisas naquele que te fortalece”, eu
depositei lá, no maior momento de fé da minha vida quando do nada
quatro inspiradoras palavras jorraram da boca de Garre :
“ELA É TÃO BRANQUINHA!” Então ele sacudiu sua cabeça para olhar para
mim com um sorriso radiante. “Oh meu Deus, é uma menina?”
Enormes lágrimas de alívio explodiram dos meus olhos. Meu Deus se
manifestou a mim. O grande Guardião de Promessas de minha vida, eu
agradeci a Ele uma vez após outra pelo maior milagre em minha vida.
“Obrigada, Jesus. Obrigada, obrigada, obrigada Senhor”, eram as únicas
palavras que irromperam de minha boca por cerca de dez minutos. Os
enfermeiros nunca nham visto uma mãe tão grata.
Depois que os médicos militares tomaram medidas para verificar todas
as fendas do meu novo bebê, uma doce enfermeira entregou-me minha
terna filha linda. Eu me apaixonei pelo meu bebê polvilhado com pó
branco imediatamente.
“Por que ela está cheia de pó branco?” Perguntei a enfermeira. Eu
pensei que talvez eles vessem polvilhado pó de bebê para me dar entrega
“militar” extra especial.
“Oh isso é apenas Vernix, querida, um material branco em pó que
protege a pele do seu bebê. Como seu bebê nasceu prematuro, ela ganhou
pó extra.”
Então olhei para cima em um canto celes al no meu quarto e sen Deus
rindo. Aparentemente Ele era amável e engraçado.
Assim começou uma longa relação ín ma com Deus, um verdadeiro Pai,
e não um cara sentado no céu com um martelo. Mas um Pai amoroso que
me amou e nha um plano poderoso para minha vida.
Quando eu carinhosamente segurei minha filha recém-nascida Teresa eu
percebi que Deus me amava como eu amava o meu novo bebê. Incrível.
XX
Uma Confissão
O trauma do coração de mamãe
Capítulo Vinte
Certamente ele tomou sobre si nossas dores
e as nossas tristezas. - Isaías 53:4 (NVI)
Deus tornou-se meu Pai. Ele sabia o quanto eu precisaria Dele para uma
lata de vermes negros que somente um nascimento chocante poderia pré-
abrir.
Eu estava em tão grande alegria nos primeiros dias após o
surpreendente nascimento de Teresa. Recuperando-me de uma brutal
cesárea, mal notei a dor. Eu era muito apaixonada com os 2,500kg de
alegria nos meus braços. Teresa nasceu pequena, mas como seu papai, ela
nha pernas muito longas. Com pouca gordura em seu corpo minúsculo, a
mãe heroica dentro de mim levantou-se na ocasião e orgulhosamente
cuidei pela primeira vez de meu bebê!
Por ser a primeira amamentação foi di cil, porque meus dutos de leite
foram danificados pelos implantes. Meu seio direito era mais danificado do
que o esquerdo, Teresa gritava a plenos pulmões quando ela não nha
leite o suficiente. Frustrada e oprimida, eu chorava ao tentar ler livros
sobre amamentação.
Finalmente, depois de algumas semanas, comecei a conseguir rar leite.
Amamentar o meu bebê de repente se tornou a mais bela experiência da
minha vida. As manhãs tranquilas para cuidar também, eu aconcheguei-me
com Teresa sob um cobertor grande e macio, enquanto ela sugava ao som
suave de chuva. A segurança e o conforto que eu sen eram indescri veis.
Não só eu estava dando à minha filha o dom da nutrição e calor, eu estava
usando meus seios para algo bonito. Eles já não eram objeto de abusos;
meus seios deram vida a outro ser humano. Eu me sen tão incrivelmente
feminina.
Também me sen a extremamente deprimida às vezes. No começo eu
estava com raiva de mim mesma por não estar constantemente em alegria.
Mas então eu li sobre depressão pós-parto e descobri porque eu era tão
deprimida. Quando os sintomas perduraram e não foram embora e
pesadelos começaram a aparecer, eu sabia que algo estava errado.
A entrada do trauma.
Toda vez que eu segurava Teresa eu nha que lutar contra as lágrimas. A
esmagadora percepção de que minha mãe nunca me amou do jeito que eu
amava meu bebê começou a atormentar-me dia e noite. Imagens do rosto
de minha mãe gritando para mim entraram em minha mente.
“Sua menina preguiçosa esquecida, você nunca limpa o seu quarto!”
“Porque você não pode ser mais parecida com sua irmã?”
“Que vergonha você me dar as costas!”
“Que vergonha você não honrar seus pais. A Bíblia diz que você não vai
viver uma longa vida e você sabe disso!”
“Você não sabia que você poderia ir para o inferno por causa disso?” A
pequena menina encolheu-se em mim com as palavras torturantes de
culpa, vergonha e as ameaças com que minha mãe me bombardeava em
grande parte da minha infância. Os gongos retumbantes de sua voz
irritante durante meus anos de adolescência eram ainda mais altos.
“Eu vou me cer ficar de que seu pai saiba sobre isso!”
“Não se atreva ou eu vou…!”
“Eu amo a sua irmã mais do que eu sempre te amei!”
“Eu vejo Satanás por trás desses olhos. Vou expulsar o diabo de você!”
E ela o fez. Ela pegou alguns panos ungidos que nós compramos de um
pregador na TV e jogou em mim, enquanto tentava expulsar o diabo de
mim.
“Em nome de Jesus saia dela!” Ela gritou na minha cara enquanto
pairava sobre mim. Cansada de sua boca gorda e sua voz alta e anos de
abuso emocional, tornei-me o diabo que ela professava viver dentro de
mim. A adolescente do inferno, eu olhei com meus olhos verdes ferozes
dentro dos olhos dela e com a minha melhor cara contorcida de demônio
em meu rosto eu assobiei e rosnei de volta, “Saia de cima de mim, sua
cadela!”
Minha mãe pirou e gritou para meu pai: “Venha rapidamente, Satanás
está dentro de Shelley!”
Meu pai veio até a porta do meu quarto, disse à minha mãe para sair de
cima de mim e então aplaudiu. Eu sorri e dei a minha mãe um olhar sujo.
Meu pai não era um idiota. Pelo menos ele sabia que eu nha talento.
Eu odiava tanto a minha mãe. Eu a odiava com paixão. Os pelos em
meus braços se levantavam como se levantavam as sobrancelhas em
desaprovação quando eu pensava sobre suas palavras cruéis. Preenchida
com uma raiva incon da, eu queria quebrar alguma coisa, mas Teresa
estava dormindo no outro quarto. O amor por minha filha me impediu de
ter uma violenta explosão.
Então eu pensei sobre meu pai. Meu pai e meu herói, ele me traiu. Eu
soluçava novamente. Como eu ansiava pelo amor do meu pai. Eu queria
mais do que nunca que ele pudesse me segurar e proteger das imagens
assustadoras e de palavras abusivas de minha mãe. De repente sen uma
enorme raiva contra ele.
Como ele pode deixar que ela me tratasse tão horrivelmente?
Argumentei na minha cabeça.
Ele deve ter visto e ouvido ela me depreciar e gritar comigo, eu com raiva
pensamento. Mesmo os parentes sabiam que minha mãe nha uma boca
grande. Mas meu pai era teimoso, e defendeu a mulher da sua mocidade
até o fim.
Então eu percebi que meu pai era egoísta no amor. Preferia suas
ferramentas e invenções porque minha mãe o aplaudia como seu gênio.
Fisicamente e emocionalmente abusado pelo próprio pai, ele gostava de
aprovação e isso minha mãe lhe dava.
Eu poderia ter dado a ele aquela aprovação, pensei. Eu era sua maior
admiradora. Um gênio cria vo e cheio de vontade, eu era exatamente
como ele.
A menina em mim chorava por seu papai. “Isso significa que a senhora
bocuda roubou ele de mim!” Eu gritei na minha cabeça. Eu a odiava tanto
que eu não podia segurar mais, eu joguei um vaso e acordei Teresa.
Ó mo, pensei. Agora eu odiava a minha mãe ainda mais.
Eu levei Teresa para fora do quarto e trouxe chorando o meu bebê para
o sofá. Assim que eu a coloquei em meu peito, ela parou de chorar.
Olhando para uma floresta escura da chuva incessante, lágrimas de
rejeição escorriam pelo meu rosto.
“Como é que ela não me ama como eu amo esse bebê?” A pergunta
queimava em meu coração. Então eu pensei sobre o Pastor e como ele
ensinou sobre o perdão. Foi a única coisa que eu absolutamente me
recusei a fazer. Eu poderia passar em quase tudo no teste, mas eu não
poderia perdoar minha mãe ou os homens que me magoaram. Aqueles
dois iriam sofrer uma vida inteira pelo que fizeram para mim.
Uma voz interrompeu meus pensamentos. “Mas se vocês não
perdoarem aos homens pelas suas ofensas, também vosso Pai não
perdoará as vossas ofensas.”
Aquilo colocou um amortecedor sobre coisas para dizer o mínimo. Mas
eu me recusei a ouvir a Deus. Eu não podia e não iria perdoar. Então, eu
internamente sofria quando amamentava, amaldiçoando e remoendo toda
ofensa já feita contra mim.
Quando me tornei obcecada com pensamentos do meu passado, eu
comecei a ter explosões de violência e abusar verbalmente de Garre . Na
verdade, eu culpava Garre por tudo de errado em minha vida. Era culpa
dele se eu estava tendo um dia ruim. Se chovia, era culpa dele. Se não
houvesse dinheiro, era culpa dele. Quando eu nha pesadelos e
recordações, era culpa dele porque não me confortou o bastante.
Deprimida por semanas às vezes, eu o culpava por ter estado fora tanto
tempo. A amargura interior em mim se tornou incontrolável e Garre
estava em seu limite.
Ao mesmo tempo em que eu estava culpando e odiando a todos, a
minha mãe começou a estender a mão para mim. É claro que ela o fez, eu
nha acabado de dar à luz sua primeira neta legí ma e ela era uma avó
orgulhosa. Então, ela preparou um Chá de bebê e eu voei direto para a
Califórnia com meu bebê de seis semanas de idade. Eu segurei minha
língua, mostrei meu bebê, abri belos presentes de parentes e acima de
tudo, eu nha que ver minha avó italiana, Teresa. Sim, eu liguei para Nona,
mas seu verdadeiro nome era Teresa. Eu a amava tanto que eu nomeei
meu bebê com o nome dela.
Eu estava educada com minha mãe e até mesmo grata por ela ter se
achegado a mim. Talvez ela vesse mudado, eu pensei. Infelizmente, isso
não foi suficiente para compensar o ataque de abuso verbal do passado.
Ela con nuava me devendo algo.
Quando voltei para casa, as coisas pioraram. Ver minha mãe novamente
e minha família trouxe de volta memórias ainda mais para me assombrar e
eu desanimei. Não adiantava, mesmo que a mãe de Garre ajudasse. Eu
me sen a como se todos me odiassem, incluindo eu mesma. Eu era feia,
indigna de ser amada. Eu não podia abalar a crença arraigada de que
ninguém me amava. Eu não acreditava até mesmo em Garre .
Comecei a trabalhar no restaurante mexicano alguns meses depois de
estar em casa com Teresa. A mudança de ambiente deu-me uma chance de
respirar, mas infelizmente eu respirava muito do ar de Tequila e logo caí. Eu
comecei a beber novamente amamentando minha filha de seis meses.
Alternando entre meus dois vícios favoritos, amamentação e álcool.
Então eu fiquei mais deprimida.
O álcool só piorou as coisas e comecei a ficar fora de controle até que eu
caí no fundo do poço em 1997. Com o primeiro aniversário da Teresa se
aproximando e uma forte determinação para fazer uma Resolução de Ano
Novo, eu acabei na clínica de saúde mental do Exército, o Departamento
de Saúde Comportamental.
Era hora de buscar ajuda profissional, eu pensei.
“Shelley Lubben.” A enfermeira chamou meu nome. O mundo à minha
volta era excruciante. Crianças gritando e famílias se gastando na vida
militar, eu atravessei o corredor frio em uma sala vazia e esperei por um
psiquiatra. Uma pilha de folhetos altos sobre a mesa, eu folheava panfletos
sobre depressão, que só me faziam sen r mais deprimida. Reparei pelo
canto do olho um livro sobre Esquizofrenia fora de uma estante. Engoli em
seco.
Eu defini vamente não queria que o médico soubesse que eu ouvia
vozes.
Fora a depressão, entrou um homem alto, ves do com um poderoso
Uniforme do Exército e eu imediatamente me sen ansiosa. Ele
apresentou-se e rou um caderno e caneta.
“Diga-me quais os sintomas que você está tendo, Sra. Lubben.” Eu nha
tanto medo de lhe dizer, especialmente sobre os pesadelos e lembranças.
Eu queria sair correndo de lá. Mas eu estava desesperada por ajuda.
“Eu tenho pesadelos, lembranças, calafrios e sensação de que algo está
me estrangulando à noite. Durante o dia eu sou realmente sonolenta e
muito deprimida.”
“Você quer se matar?” Perguntou ele.
Quê? Essa pergunta é uma armação. Pensei.
“Você vai me internar por qualquer coisa que eu diga?” Eu perguntei a
ele com as sobrancelhas levantadas. Eu não era burra o suficiente para
acabar na ala dos loucos.
“Bem, se você está prejudicando a si mesma ou aos outros, sim, teremos
de colocá-la em nosso programa de internação, onde você vai receber
cuidados médicos.”
“Bem, eu não estou atualmente tentando me matar, mas sim, eu tenho
do pensamentos de morte do passado.”
“Você já tentou se matar antes?” Ele olhou para mim inexpressivamente.
Ok, agora eu nha que ser cuidadosa. Eu mudei para o outro lado da
cadeira e casualmente cobriu a cicatrizes em meus pulsos.
“Não, eu não tentei me matar antes”, eu men . Eu nha que men r. Eu
não ia perder meu bebê por causa de perguntas estúpidas. Eu só queria
alguns medicamentos para ter algum alívio. “Conte-me sobre o seu
passado.”
Oh uau, pensei. Quanto tempo esse cara tem?
De repente, as palavras saíram de mim “eu fui uma dançarina por oito
anos.”
“Você tem alguma dor sica por dançar?” É claro que eu tenho, pensei.
Eu falei sobre o meu quadril esquerdo, o meu ombro esquerdo, o meu
lombo e pescoço. Eu lhe disse que estava com dor 24 horas por dia e que
eu machuquei meu ombro esquerdo quando fiquei realmente bêbada e
mergulhei em um palco de bar de topless.
“Você bebe álcool?”
“Eu estou sóbrio por cerca de duas semanas.”
“Você provavelmente está experimentando ainda levantamentos de
álcool. Que outras drogas você usou?”
“Hum, sim, eu usei todos os pos de drogas. A principal droga que usei
recentemente foi o Êxtase. Embora eu tenha parado há 3 anos. Eu não me
sinto dependente de drogas. Mas eu defini vamente dependo de álcool.
Mas estou tentando não beber pelo bebê.” “Isso é bom, Shelley. Conte-me
sobre seus pesadelos.” Eu não podia falar.
“Shelley, você pode falar sobre seus pesadelos?”
Uma terrível dor se formou em minha garganta e uma enorme e
ensurdecedora voz empurrou seu caminho para fora de minha boca e de
repente eu soltei “eu sonho com os homens enchendo a minha garganta
com seus pênis grandes e me sufocando!”
Então eu vomitei cada coisa horrível que eu já nha feito no pornô e na
pros tuição.
Enquanto eu estava tentando controlar minhas palavras e me cuspia,
notei que ele derrubou a caneta e largou seu caderno de anotações.
Aquilo não poderia ter sido um bom sinal.
No final da longa sessão, que parecia ter durado pelo menos cinco horas,
ele me diagnos cou com Transtorno Bipolar, Desordem do Controle de
Impulsos, Dependência de Álcool, Transtorno Depressivo, e Transtorno de
Estresse Pós-Traumá co. Ele me receitou Zolo para depressão, Antabuse
para o alcoolismo, Naproxen para dor nas ar culações, remédios para
dormir e uma eternidade de aconselhamentos.
Ok, agora eu sou oficialmente louca, pensei. Pelo menos eu ve a
sa sfação de saber que eu era louca. Eu estava começando a pensar que
ainda estava possuída por demônios ou algo assim.
Uma voz maligna riu.
O psiquiatra do Exército escreveu a minha receita e enviou-me ao
conselheiro da gerência de raiva e para os atendentes do SAD - Seasonal
Adjustment Disorder (Transtorno de Ajustamento Sazonal). E também fui
diagnos cada com o Transtorno de Ajustamento Sazonal. Devido aos 300
dias escuros de um ano no Estado de Washington, que tal?
Com as nomeações feitas para o aconselhamento da gerência de raiva e
terapia “light”, eu fui até a farmácia, peguei minhas drogas e fui para casa
na chuva de novo. Eu realmente sen falta da Califórnia.
“Não poderia simplesmente parar de chover por um dia?” Eu perguntei
a Deus.
Uma voz interrompeu meus pensamentos de novo “Shelley, você não leu
o meu livro?”
Eu teria pensado que era esquizofrenia depois de ler os panfletos, mas a
Voz era muito gen l comigo. Eu nunca poderia ser tão boa para mim. De
qualquer forma, eu sabia quem era. Deus o Todo-Poderoso estava falando
comigo durante anos.
“Claro que eu li seu livro, Deus”, eu lhe respondi levianamente. “Leia um
pouco mais. Há muito que quero ensinar-lhe.” Então Ele ficou em silêncio.
Deus con nuava ali, mas a pequena Voz sempre era curta e doce comigo.
No próximo domingo eu estava de volta na igreja e o Pastor começou
seu sermão, como de costume com as palavras explosivas, “O sucesso
começa na Domingo!”
Eu gostaria de poder ser bem sucedida, pensei.
Pastor Kevin instruiu a congregação a ir até Josué 1:8 e depois de um
minuto pronunciou as palavras: “Não deixe que o Livro desta Lei se afaste
da tua boca; medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer
tudo quanto está escrito nele. Então, você será próspero e bem sucedido.”
“Êpa, Deus não acabou de me dizer para ler seu livro?” Eu murmurei
para mim mesma. Então fui para casa e fiz o novo compromisso de ler a
Bíblia novamente.
Tão logo os an depressivos terminem, eu prome a mim mesma.
Eu era fraca. Eu admito. Eu estava extremamente cansada também. Não
foi fácil tentar criar um bebê e uma criança de nove anos enquanto
trabalhava em um restaurante onde o álcool estava prontamente
disponível e anestesiar as feridas traumá cas de meu passado. Não foi
nem um pouco fácil. Na verdade, foi um inferno, e eu não via maneira de
como conseguiria fazê-lo.
Mas as palavras poderosas do Pastor repe am em minha cabeça, “Há
um campeão dentro de você!”
Talvez ele es vesse certo, eu discretamente esperava.
Mas o velho pensamento nega vo chutava e eu gemia para mim mesma,
“Mas eu não me sinto como uma campeã.” Então eu pensei sobre como eu
me sen a um lixo nas 24 horas do dia, sem ajuda ou esperança a vista.
Apá co ao meu par do de piedade, Deus interrompia em uma
estrondosa voz com as palavras: “Porque andamos por fé e não por vista!”
2 Corín os 5:7 ressoou em minha cabeça enquanto eu rabiscava ele para
colocar em meu mural.
Aqui, eu pensei. Agora colocarei em meu mural, onde eu tenho que
olhar todos os dias.
Sa sfeita comigo mesma, eu saí sem saber que o versículo se tornaria o
primeiro de centenas presos às minhas paredes no futuro. Escrituras
temá cas como proteção de tela, Deus estava determinado a me
transformar em uma campeã.
Era apenas uma questão de tempo.
XXI
Uma Confissão
A melhor rua
Capítulo Vinte e Um.
Um plano de batalha bom onde você age hoje, pode ser melhor do que
um plano perfeito para amanhã. - General George S. Pato
Sóbria, tranquilizada, e pronta para seguir em frente com o plano de
Deus para a minha vida, eu fiz uma ligação para o posto militar de
habitação para ver se a nossa casa para alugar de três quartos estava
disponível. Após um ano esperando e orando para mudarmos do Exército
para Fort Lewis, onde a grama era mais verde e as compras eram mais
baratas, foi finalmente a nossa vez!
Foi um sonho realizado para uma família militar muito pobre.
Quando a senhora do outro lado do telefone me disse que o nosso
número era de 517 na lista, mas por algum mo vo “estranho” uma casa
tornou-se disponível para nós, de qualquer maneira, eu sabia que era
Deus.
O bom e velho Deus é quem vem por mim novamente, pensei. Enquanto
eu provava meu potencial e passava nos testes, Ele provava sua fidelidade.
Nossa nova casa na Davis Lane era uma mansão em comparação com o
pequeno apartamento onde estávamos vivendo dentro de três quartos
grandes, u litários pagos e um grande quintal verde com pinheiros, eu
estava em um paraíso verde do Exército! Eu humildemente agradeci a Deus
e pensei sobre tudo o que Ele havia feito por mim em tão pouco tempo. Eu
sabia que não merecia isso.
Mais de dois anos fora da pornografia e sem álcool, eu amei a nova rua
onde estava morando. O riso de crianças e vozes de mães conversando
sobre suas varandas, eu finalmente me sen parte de uma família. Aceita
em seu mundo, na verdade, foi a primeira vez na minha vida que outras
mulheres realmente gostaram de mim. É claro, eu esqueci de dizer a elas
que eu era uma ex-estrela pornô em recuperação!
Você está brincando?
De qualquer forma, eu era uma campeã vivendo a vida de uma Campeã,
onde nada era impossível, e tudo era uma oportunidade. Com meu
passado feio para trás de mim, eu corajosamente pisei em minha nova rua
e respirei o ar fresco.
Washington não era tão ruim, afinal, pensei.
Ainda trabalhando às noites no restaurante mexicano, mas sem o hálito
de Margarita, passei meus dias lendo a Palavra de Deus e criando Teresa.
Tiffany estava em sua nova escola e, finalmente, nha alguns amigos. Sua
turma da quarta série era muito melhor do que a da terceira classe. Pelo
menos o ensino do Exército não estragou Tiffany a colocando no grau
errado de novo. Sim, isso realmente aconteceu com a Tiffany!
E a vida foi ficando cada vez melhor e assim foi. Agora se ao menos
pudesse cozinhar, pensei.
Viagens ao Comissário [a mercearia do Exército] tornaram-se o meu
novo ambiente de aprendizagem, e doces senhoras vietnamitas tornaram-
se minhas professoras, especialmente sobre o arroz e a carne.
“Você dever fazer carne moída. Ser muito bom”, uma senhora asiá ca
disseme com as mãos cheias de carne moída.
Eu não sabia que exis a carne moída, pensei.
Mas eu ouvi aquelas doces senhoras asiá cas e aprendi mil maneiras de
preparar carne moída. De casserole lotado, espaguete e almôndegas, para
Beef Goulash e bolo de carne, o Senhor sabia que eu não comia carne, mas
ainda assim Ele me fez cozinhá-la.
“Humilha-te perante os olhos do Senhor e Ele o exaltará” o Senhor
sussurrava em meu coração. Tiago 4:7 vinha sempre para mim!
No começo eu queimava minhas refeições de carne e isso tornou-se
muito desanimador, e eu queria desis r. Mas Garre ficava agradecido e
fingia amar cada mordida queimada. Então ele fortemente me encorajava
a voltar ao Comissário e aprender um pouco mais com as senhoras
asiá cas.
Então eu voltei e desta vez eu fiz de tudo para falar com o açougueiro.
“Psst!” Eu olhei ao redor para me cer ficar de que ninguém estava
escutando.
“Desculpe-me, senhor, hum, por que você moe a carne?” Tocado pelo
fato de que eu não sabia nada sobre o alimento ou cozinha, o açougueiro
teve compaixão de mim, e amorosamente me explicou o mundo da carne
para mim.
“Não me admira que moam a carne”, eu disse, balançando a cabeça
enquanto segurava um pedaço de carne com sangue escorrendo dele.
Confortável em meu novo ponto de encontro de supermercado, comecei
abordar completos estranhos, perguntando-lhes quais eram as suas
receitas favoritas. As pessoas adoraram! Eles não podiam esperar para
compar lhar suas receitas comigo. Em uma base militar, onde havia mais
estrangeiros do que pessoas de Nova Iorque, eu aprendi a fazer tudo,
desde fáceis “iscas” de frango a carne e macarrão asiá co. A vida foi
ficando melhor e eu estava me dando bem!
Infelizmente, a vida tem “escorregões”, depois que nos mudamos de
posto e eu comecei a me sen r tão bem que me dei permissão para beber
de novo. Não que eu fosse uma profissional em recuperação alcoólica, eu
não nha ninguém para me orientar e de qualquer maneira, todo mundo
estava bebendo.
Sem me conhecer, a base militar era uma unida família. Com maridos
saindo constantemente, esposas de militares se amontoavam na casa de
quem nha mais cerveja. Pobres, miseráveis e solitárias, os jogos com
cerveja e comida tornaram-se uma parte de nossa vida co diana.
Mas eu era diferente. Eu nha uma campeã dentro de mim. Com a igreja
ainda no topo das coisas favoritas a fazer, todos os Domingos e dias de
Quarta-feira eu ia com fome buscar a verdade pedindo a Deus para curar-
me do meu passado. Cheia da solidão das saídas de Garret, eu fui forçada a
aprender a confiar em Deus para preencher o vazio. Eu O conhecia como
meu Pai, mas agora eu aprenderia a conhecê-Lo como meu amigo.
“Abraão creu em Deus, e isso lhe foi creditado como jus ça, e ele foi
chamado amigo de Deus.”
Comecei a entender que Ele não era o cara que dizem estar no céu, mas
um Deus gen l, doce e carinhoso. Que descoberta!
Especialmente quando o meu amigo Deus tomou tempo para me amar
me mostrar o que realmente aconteceu quando eu estava na indústria do
sexo. Pensamentos sobre mim no meu Miata vermelho passaram pela
minha cabeça, quando de repente uma visão mais clara dos anjos guiando
e escoltando meu veículo foi formada dentro de mim. Fiquei surpresa. Em
seguida, outro tempo que Deus me lembrou de como eu andava em
direção a um motel no centro de Los Angeles e uma voz me alertou “PARE”
e eu esperei. De repente um homem louco saiu correndo do motel com
uma faca ensanguentada e virei-me para correr e vi um aviso luminoso em
um edi cio “Jesus Salva”. Engoli em seco.
Ou uma outra vez, quando eu dirigia a uma centena de quilômetros por
hora e na pista da esquerda na rodovia 110 havia um carro estacionado em
minha pista. Quando mãos invisíveis agarraram meu volante e puxaram o
meu carro para a pista ao lado de mim, fiquei chocada. Aterrorizada, eu
olhei no espelho retrovisor para ver duas luzes vermelhas refle ndo em
mim.
Deus visitou-me tão profundamente que eu não conseguia nem me
levantar durante o culto. Tudo que eu podia fazer era chorar pela bondade
de Deus. Eu não nha absolutamente nenhuma ideia de que Deus estava
comigo durante esses oito anos, tão de perto. Mas Ele me assegurou que o
diabo teria me levado imediatamente se não fosse por Sua proteção
poderosa. Eu não podia suportar a ideia de quantas vezes Deus me salvou.
Foram provavelmente dezenas de milhares.
Deus também me mostrou como Ele me salvou de HIV. Eu não podia
mais suportar. Eu pedi a Deus para parar de me mostrar a verdade sobre o
meu passado e Ele o fez, pelo menos até o domingo seguinte quando Ele
con nuou a rebobinar os anos e mostrar-me a dura realidade do que
realmente aconteceu.
Men ra após men ra, Ele me revelou, eu me tornei a rainha Kleenex
(lenços de papel), limpando a saliva e as lágrimas fora da minha cara por
anos e não meses, mas anos. Garre sempre chegava em casa do campo
(militar) e ia à igreja comigo, Ele sabia de imediato quando me entregar a
caixa de Kleenex.
Foi incrível que eu fui capaz de servir no berçário. Pra camente desde o
dia que entrei naquela grande igreja, fui carinhosamente compelida a
servir no ministério das Crianças. A Igreja dos Campeões era tão grande
quanto era inteligente e tornou obrigatório a todos os pais que usassem o
berçário a servirem no ministério infan l, uma vez um mês. Vai entender -
Deus me usava mesmo que eu pensasse que era uma completa destruição.
As crianças me amaram de qualquer maneira. Animada como uma
garo nha da primeira série eu entre a os pequeninos, com Noé e seus
animais na arca.
“Olá, crianças, meu nome é Noé e este é o meu barco!” As crianças riam
e me amavam enquanto meu fantoche de girafa cutucava seus pequenos
braços gordinhos. Finalmente, eu nha um público que me apreciava!
O Ministério das Crianças era o lugar perfeito para uma ex-pros tuta
curar as feridas da infância, sem que ninguém soubesse. Eu simplesmente
adorei! Eu me sen tão segura e pura ao redor das crianças. Deus sabia
que eu ainda odiava homens e precisava de cura, então Ele amorosamente
me colocou no Ministério Infan l. Que gênio. Mas eu sabia no fundo que
eu nha sido feita para algo mais, então eu tentava me promover, em vez
de esperar em Deus. Zelosa para usar o meu dom de escrita cria va, eu me
ofereci para a equipe de escritores do Pastor no primeiro ano em que me
tornei um membro. Algo me disse que eles deram uma boa gargalhada
quando leram a minha falta de qualificações.
Mas eu estava “imparável” devido à descoberta bela da vida então eu
con nuei indo em frente, e Deus ia dirigindo meus caminhos como Ele me
prometeu em Provérbios 3:5-6.
Confie no Senhor de todo o teu coração e não confie em seu próprio
entendimento, em todos os teus caminhos reconhecê-lo, e ele endireitará
tuas veredas.
Eu obedeci a Deus e fiz o que Seu Livro dizia, e pra quei Seus princípios
de propósito. Deus honrou os meus pequenos passos de obediência e me
abençoou com uma surpresa ainda maior de sucesso. Quando eu estragava
tudo, eu simplesmente confessava meus pecados e confiava no sacri cio
de Seu Filho Jesus para me cobrir. Achei que, se Deus me amou o suficiente
para salvar-me de algo como pornografia e até mesmo ter a audácia de me
limpar, eu nha certeza de que o negócio era sério.
Com Deus em uma missão de me salvar e me curar, quem era eu para
detê-Lo? Eu não entendia tudo, mas eu realmente tentei dar meu tudo.
Eu lia a Sua Palavra, orava, eu me humilhei e confiei Nele, através de
momentos “ui”, como o tempo que eu nha que ir para a reabilitação no
Exército.
Sim, isso era uma cha ce real. Imagine-me cercada por militares no
programa ISTOP - Intensive Short-Term Outpa ent Program.
(Programa Intensivo Ambulatorial de Curto Prazo). Eu odiava isso, mas
eu não poderia obter o controlo sobre o álcool, então achei que um
programa secular iria me ajudar. Aconteceu o oposto, depois de deixar
escapar o meu trauma sexual a um grupo de homens fracos, eu sempre era
convidada para sair.
Que péssimo, pensei.
Pelo menos eu não os chamava mais de porcos. O que era uma evolução
do pensamento do ano passado, e de qualquer maneira, as coisas estavam
ficando melhores em minha vida. Não importava o quão ruim ela
parecesse ou quantos destroços haviam em minha caminhada, eu sabia
que Deus nha algo melhor para mim.
Casamento melhor, vida melhor, saúde melhor, e uma sobriedade
melhor, Deus nha um plano maravilhoso para minha vida e algo me dizia,
era melhor eu não perder!
XXII
Uma Confissão
Não Deixe Que Os
D’s Parem Você!
Capítulo Vinte e Dois
Minhas notas do Ensino Médio eram horríveis! Eu mal consegui um F em
computadores, um D em nutrição, e um D em arte, provavelmente devido
ao cigarro em sala de aula. Meu décimo primeiro grau não foi nada melhor.
Um F em História dos EUA, um D em matemá ca básica, um D em
digitação e um C em Inglês. Eu me perguntava como eu nha conseguido
me formar!
Eu nunca nha pensado que teria condições de voltar a uma ins tuição
educacional.
Como eu assis a Garre indo até a faculdade no exército, eu me sen a
ressen da. Enquanto ele melhorava, eu mal conseguia fazer a reabilitação
do Exército. Enquanto ele trabalhava o tempo inteiro e frequentava a
faculdade paga pelos militares, eu ficava em casa com as crianças e
trabalhava em um restaurante mexicano, enquanto tentava me recuperar
do álcool.
O que há de errado com isso tudo? Pensei.
Mas eu não fazia nada melhor, até um dia surpreendente quando
Garre me levou para o centro de instrução militar para pegar os seus
livros. Sen ndo-se mal sobre mim, Garre notou meu semblante e me
perguntou o que estava errado.
“Eu me sinto como uma perdedora, enquanto todo mundo aqui é
inteligente e vai escola.”
“Você pode ir à escola”, anunciou ele rapidamente.
“Não, eu não posso ir”, eu respondi tristemente. “Eu, sempre rava
notas D’s na escola. Eu nem sequer faria o teste de admissão porque eu
sabia que nunca iria para a faculdade. Meu histórico escolar era horrível”.
Eu disse enquanto meus olhos tristes se dirigiram para o chão.
“Shelley”, disse ele, “não deixe que os D’s parem você. Qualquer um
pode ir para a faculdade, se quiser. Tudo que você tem a fazer é fazer o
teste de colocação da faculdade e eles vão colocá-la nas classes adequadas
para o seu nível.”
“Mas o meu nível é de matemá ca da oitava série e talvez décimo
primeiro grau de Inglês”, Eu miseravelmente respondi.
Garre insis u, “Shelley, isso não importa. Eles oferecem cursos da
escola de alto nível em faculdades da cidade. Por que você não faz um
teste de nivelamento e descobre em que nível você está? Você é tão
inteligente, Shelley. Você pode fazer qualquer coisa que você coloque em
sua mente.”
Isso é o que minha Nona costumava dizer-me, pensei.
“Você realmente acha que é possível que eu vá para a faculdade?” Eu
perguntei com uma fina camada de esperança.
“Sim, Shelley!” As palavras de Garre bateram em meu coração e de
repente os céus se abriram. Pelo menos foi o que pareceu. A gigantesca luz
entrou em mim e me levou até a mesa de admissão onde eu perguntei se
eu poderia fazer um teste de colocação.
“É claro, que dia você quer vir?” As lindas palavras da recepcionista me
deram esperança. Eu pedi para verificar pela data mais próxima disponível
e ela agendou em seu computador.
Bem, talvez haja uma chance para mim, eu imaginava. O próximo par de
dias eu fiquei muito estressada por causa do teste de colocação, mas Deus
esteve comigo, e finalmente o dia chegou. Orando e acreditando em uma
segunda chance de educação, entrei no centro de educação militar e
resolvi valentemente o teste.
E você quer saber?
EU PASSEI NO TESTE!
A conselheira da faculdade me informou que eu estava no nível
universitário para leitura e escrita e só na matemá ca que eu estava no
nível de pré-álgebra. Fiquei chocada além das palavras.
Pré-álgebra? Como isso é possível? Eu me perguntava.
Eu mal segurei as lágrimas na frente da mulher enquanto ela entregou-
me o calendário de cursos da faculdade para olhar. Muito feliz em ler a
lista, eu simplesmente escolhi jornalismo. Eu gostava de escrever e eu
es ve escrevendo desde que era uma criança. Pensei no livro que escrevi
na quarta série. Pensei sobre o B+ em jornalismo que recebi na escola, essa
matéria e Discursos, eram as únicas duas matérias que eu havia recebido
boas notas.
Poucos cliques no computador dela e de repente eu estava oficialmente
inscrita para Jornalismo, e então ela me informou sobre programas de
assistência financeira do governo. Eu caí para trás quando ela me disse que
o governo pagaria a minha taxa de matrícula, livros e até creche. Além
disso, eu aprendi que poderia obter emprés mos para estudantes sem
verificação de crédito para ajudar a sustentar a minha família
financeiramente, enquanto eu par cipava da escola em tempo integral!
Nenhuma verificação de crédito? Eu olhava para ela com espanto. Eu
pensei que aquilo era bom demais para ser verdade. Me belisquei, e
depois perguntei se ela nha certeza sobre as informações que havia me
dado.
“Claro que eu tenho certeza, eu sou a orientadora.” Ela sorriu.
Animada além das palavras, eu rapidamente fui para casa, compar lhei
minha no cia exultante com Garre e fiz ele me levar para o shopping dos
militares para comprar material escolar e o lápis n º 2. Então fiz ele me
levar ao o almologista para obter um par de óculos novos. Oh sim, fui
completamente transformada de uma alcoólatra lamentável em
recuperação para uma estudante universitária profissional do dia para a
noite!
Nada iria me parar agora, eu prome a mim mesma!
Meu primeiro dia na Faculdade Pierce no outono de 1998 foi tão bizarro.
Primeiro de tudo, não havia crianças. Em segundo lugar, eu queria
aprender. Em terceiro lugar, ninguém sabia o meu passado.
Perfeito.
Eu abri o meu livro na aula de espanhol e ri com o quanto aquilo parecia
fácil. Eu já sabia espanhol muito bem, então, era apenas uma questão de
aprender a parte grama cal. Eu par cularmente gostava de mostrar o meu
nível de espanhol na frente de colegas “brancos”.
“Hola mis amigos, me llamo Shelley.” Eu até nha o sotaque para baixo.
Baixei a cabeça e sorri enquanto silenciosamente agradecia a Deus pelos
apuros no México. Engraçado como uma aula de espanhol me fez
agradecer a Deus por um tempo horrível da minha vida. Deus realmente
estava trabalhando todas as coisas para o meu bem como o Pastor
ensinou-me a par r de Romanos 8:28:
E sabemos que em todas as coisas Deus trabalha para o bem daqueles
que o amam, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.
A aula terminou e eu estava por fora do Inglês. Eu não podia acreditar o
quanto havia esquecido desde o ginásio, a úl ma vez que eu prestei
atenção em uma aula. De predicados para objetos indiretos, eu
instantaneamente me apaixonei pelo idioma Inglês.
Comecei a escrever poderosos trabalhos de pesquisa, um deles
in tulado “O temperamento do transtorno bipolar e o ar sta cria vo.” Ao
contrário dos outros jovens estudantes, eu escrevi a par r de uma
experiência pessoal. O professor adorou e eu rei um A!
O próximo ar go que escrevi foi ainda mais profundo. Devido à minha
poderosa revelação de quem o Deus verdadeiro era, eu escrevi um ar go
in tulado “A Prova da Existência de Deus.” Toda a classe ficou chocada
quando viram minha intensa pesquisa, que incluiu as minhas próprias
descobertas a par r de um telescópio que eu comprei para observar as
estrelas e a lua todas as noites. Aquele tempo com Deus foi maravilhoso.
Ele falou-me profundamente durante a escrita daquele trabalho e disseme
que um dia Ele iria me usar para provar ao mundo quem Ele realmente era.
Eu agarrei firmemente aquele sonho.
Minha próxima aula era Matemá ca 60, a turma mais baixa de
matemá ca oferecida pela Faculdade. Ugh, eu pensei. Eu absolutamente
detestava matemá ca desde o numeral até raiz quadrada! A mais velha da
sala, a única coisa com a qual eu me dava bem eram os decimais. A
vigarista em mim sorriu quando vi os cifrões. Sobrancelhas levantadas.
No geral, meu primeiro dia na faculdade foi absolutamente o melhor dia
em toda a minha vida desperdiçada e eu estava pronta para mais! E isso é,
até que os deveres de casa se empilharam.
A realidade dos trabalhos de pesquisa, trabalhos de matemá ca e lição
de casa de espanhol começaram a me bater enquanto tentava me
recuperar do álcool e cuidar de Tiffany, Teresa e fazer o jantar todas as
noites. Comecei a odiar os ovos cozidos que fazia para minha família.
Mas eu perseverei e no final do primeiro trimestre ganhei um 3,73 GPA
(Grade Point Average-Média de notas) e fui para a Dean’s List (Lista de
melhores alunos). Espantada comigo mesma, eu liguei para meu pai e
disselhe que nha rado um A em álgebra. Ele ficou especialmente
chocado afinal, ele foi o único que sofreu durante as tenta vas de me fazer
entender a matemá ca no ensino médio. Talvez tenha sido o fato de que
ele estava tentando ensinar álgebra a um adolescente alcoólatra. Mas eu
discordo.
Mais do que feliz e no topo do mundo, eu con nuei na minha busca pela
grandeza. Com Deus ao meu lado e verdadeiro amor-próprio por mim pela
primeira vez em minha vida, eu estava determinada de que nada iria me
parar, nem mesmo minha família traquinas.
O novo trimestre começou e eu finalmente consegui ter a minha cria va
aula de escrita. Eu rapidamente acomodei-me em uma cadeira no fundo da
sala e peguei meu lápis n° 2 e o papel da faculdade.
Desesperada por anos de cria vidade bloqueada, eu mal podia esperar
para começar a escrever. O professor nos instruiu a escrever todos os dias
em um diário por todo o trimestre e explicou que deveríamos escrever
qualquer coisa que viesse à nossa mente.
Naquela noite eu deixei rolar e cara, aquilo fluiu! De uma terrível
infância ao meu passado terrível na pornografia, as palavras saíam de mim
como um rio selvagem correndo. Sem pensar no professor, eu anotava
cada momento explorado ou fugas, que vinham a minha mente sem
restrições. A escritora poé ca em mim estava sendo reavivada da morte
súbita como uma criança e eu me sen tão incrivelmente viva. Um
turbilhão de palavras e uma cria vidade esmagadora, descobri que eu era
uma potente escritora que nha cor!
Agora, se ao menos minha família percebesse que eu era uma
Shakespeare! Entre minhas filhas extremamente carentes e um marido
sonolento que queria que eu fosse para a cama com ele todas as noites, às
20:30hs, eu pensei que iria morrer!
“Eu sou uma escritora cria va! Não posso ir para a cama às 20:30hs.
Deixe-me sozinha!” Fiz uma careta e disselhe para colocar o nosso velho
monstrinho de um ano na cama, enquanto eu voltei a escrever. A cien sta
maluca em mim nha sido despertada e ninguém, nem mesmo parentes
de sangue poderiam me parar.
Era minha vez de bradar, pensei com firmeza.
De qualquer forma, Garre nha sido criado em uma boa família e
frequentou Escolas cristãs toda a sua vida e não entendia o que eu estava
passando. Ele era um homem gen l e um maravilhoso protetor, mas ele
não podia dar-me o que eu mais precisava: a aprovação. Eu precisava da
aprovação de Deus em primeiro lugar e em segundo lugar, eu precisava de
minha própria aprovação. Algo que eu nunca nha feito em meus 30 anos
de vida.
Enquanto me aprovava e disparava em grandeza, isso não aconteceu
sem dificuldades. Eu trabalhei incansavelmente e me empenhei além dos
níveis humanos, que eu não sabia que exis am. Acordada a noite toda com
la nhas de Diet Coke, eu trabalhei em atribuições exatamente até às
03:00hs e depois acordava novamente às 06:00hs para alimentar minha
filha Teresa. Tornei-me uma máquina. Mas eu exagerei e caí em depressão
e comecei a ter pesadelos horríveis novamente. Atribuindo-os ao estresse,
pouco sabia eu que meu diário escrito era realmente um ser humano em
uma caixa aberta.
Talvez parar com o meu an depressivo quando as aulas começaram não
foi uma boa ideia, pensei. Então eu comecei a tomar a minha medicação
novamente, mas nem mesmo o Zolo podia impedir a mão de Deus de
extrair os demônios que estavam trancados dentro de mim. Horríveis
lembranças e a tudes malignas, meu diário seria como um dos maiores
lançamentos do inferno humano já registrado lançado.
Deus foi fiel de um modo que eu nunca teria imaginado.
Não familiarizada com os Seus caminhos misteriosos, eu lutei com a mão
de Deus e mergulhei direto para a medicação e o álcool. Mas Deus nha o
Seu caminho e me ajudou a combater meus demônios. No dia 14 de
fevereiro de 1999, o meu quarto ano na recuperação e no aniversário de
casamento, eu inevitavelmente, fiquei grávida.
Eu estava furiosa para dizer o mínimo. Eu odiei tanto a Garre que eu o
odiava até que nada sobrasse e então eu re-odiava novamente. Eu gritei e
culpei-o pela gravidez desde que ele não segurou até o fim da “re rada” do
negócio. Na noite do nosso quarto aniversário de casamento, Garre e eu
bebemos champanhe demais e evidentemente, isso não afetou sua
capacidade reprodu va.
Eu o odeio, pensei. Por causa dele, eu vou perder tudo, esbravejei.
Eu não queria estar grávida. Tudo que eu queria era média 4.0 e ter
sucesso pela PRIMEIRA vez em minha vida. Pelo renascimento de minha
vida ser arrancado de mim depois de tanto trabalho duro, eu detestava até
o ar que Garre respirava.
Então eu ve a má no cia.
Quando eu acordei doente numa manhã e vomitei até meus miolos,
peguei um teste de gravidez e ele deu posi vo, escrevi as seguintes
palavras cruéis para Garre em meu diário em 28 de fevereiro 1999:
Caro Garre ,
Eu me pergunto se você realmente sabe o que tem feito para mim. Sinto-
me devastada, sem importância, estuprada, violada, culpada, quebrada e
acima de tudo não amada. Estou doente. Eu me sinto estuprada. Eu nunca
fui tão violada em toda minha vida. Você roubou algo de mim. Você roubou
a MIM!
Eu sei que eu valho mais do que a forma como fui tratada no dia 14 de
fevereiro. Algum dia eu vou estar com alguém que me ama, mas até esse
dia eu vou, infelizmente, estar em seus braços e irremediavelmente
dedicada a alguém que não sabe o que é o amor. Você não é mais o meu
herói.
Cheia de ódio contra Garre , tornei-me distante e até mesmo mais
focada em meu curso. Enfiei minha família completamente fora do
caminho e, nesse momento, era tudo sobre mim. Se eu nha que sofrer e
estar grávida, todo mundo sofreria comigo. Essa foi a minha a tude
horrível.
Eu tentei com todas as forças ignorar a minha condição de grávida e
a ngir média 4,0. Mas, infelizmente, eu me tornei sonolenta demais e
doente para prestar atenção na aula. Um ano depois de começar a maior
aventura de autodescoberta da minha vida, ela foi completamente
arrancada de mim. Eu ve que cair fora da faculdade.
Eu ba um novo nível de depressão e não podia e não iria sair da cama.
Quem mais se importava, eu pensava. Eu pensei que Deus estava me
punindo pelos meus pecados do passado e pelos atuais, então eu poderia
muito bem apenas ficar deitada na cama enquanto Ele me chicoteava até a
morte.
Então, Deus teve uma conversa comigo numa manhã bem cedo.
“Shelley”, uma voz suave me acordou: “Pois Eu sei os planos Eu tenho
para você” diz o SENHOR, “planos de fazê-la prosperar e não de prejudicá-
la, pretendo dar-lhe esperança e um futuro.”
Ele me lembrou de Sua fidelidade do passado e que Ele estava
trabalhando em todas as coisas em conjunto para o meu bem. Ele me
pediu para confiar nele e doar minha vida para minha família. Foi a coisa
mais di cil que eu já ve que fazer. Só Deus sabia do que eu realmente
estava desis ndo naquele momento.
Meses se passaram, mas eu ainda lutava contra o álcool. Eu ve que
desis r de meus outros medicamentos pelo bebê, o que chocou o meu
organismo com ainda mais pesadelos e insanidade. Meu corpo estava
acostumado com Zolo e pílulas para dormir, mas agora eu nha que ter
abs nência por causa do bebê. Da noite para o dia eu virei uma luná ca
alucinada lutando contra demônios. O álcool lutou duro e me venceu por
uma parte da gravidez. Mas eu contra ataquei severamente também. Eu lia
todos os livros sobre gravidez que pudessem chegar em minhas mãos. Eu
queria ver o bebê. Eu queria ver os órgãos sendo formados para que eu
pudesse ter empa a para com o bebê. Eu queria amar o bebê mais do que
tudo. Mas eu não podia. Eu não podia amar qualquer coisa além de mim
mesma, naquele momento terrivelmente egoísta. Foi quando eu descobri
quão feia eu estava por dentro.
Eu precisava de um milagre sobrenatural, mas não nha nenhum à vista.
Garre estava frustrado e preocupado pelo bebê, mas mais do que isso,
ele estava preocupado com o inferno que eu causaria a qualquer membro
da família que se aproximasse a dois metros de mim. Ele orou e tentou
manter a paz enquanto eu ficava no can nho e lutava com Deus.
Finalmente, um pequeno progresso. Eu assis “História de um Bebê” na
televisão e tornei-me instantaneamente viciada. O monstro cria vo em
mim foi imediatamente aliviado quando vi a maneira única como mães
deram à luz seus bebês. Eu queria ser cria va e também con nuar o meu
percurso ar s co de autodescoberta, por isso, decidi ter um parto em
casa.
Se elas podem fazê-lo, eu posso fazer também, eu orgulhosamente
pensei. Liguei para uma parteira e um novo mundo se abriu para mim.
Uma mulher centrada no cuidado, eu aprendi sobre ervas naturais e como
criar um agradável ambiente uterino para dar um poderoso nascimento ao
meu bebê.
Deus foi fiel para subs tuir a minha perda, com algo ainda mais bonito e
cria vo.
Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem a mente pode saber o que
Deus tem preparado, a canção “Chova Espírito Santo” tocava em minha
mente enquanto eu pacificamente lia os livros de bebê.
Eu pedi a Deus e ao bebê que me perdoassem pelo meu egoísmo
extremo e eu me re-comprome a ler a Palavra de Deus diariamente. A
Faculdade nha se tornado um ídolo para mim e Deus foi fiel para remover
o ídolo e despejar em mim a coisa que eu mais precisava, Sua Palavra.
Embora eu ainda lutasse por vezes com o demônio do álcool, eu pedi a
Deus para proteger meu bebê e ter misericórdia de mim e me ajudar a
lidar com a doença mental. Assombrada pelo meu horrível passado, eu
aprendi como lançar meus cuidados sobre Jesus e confiar plenamente em
Deus de que as lembranças não definiam quem eu era. A Palavra de Deus
definia quem eu era. Agarrei-me firmemente às palavras reconfortantes
em 1 Pedro 2:9:
Mas vocês são um povo escolhido, sacerdócio real, nação santa, pessoas
que pertencem a Deus, para que vocês possam declarar as virtudes
daquele que vos chamou das trevas para sua maravilhosa luz.
Eu fui escolhida por Deus para um momento como esse, eu disse para
mim mesma enquanto esfregava minha barriga grande, enquanto ouvia
com um estetoscópio os ba mentos cardíacos do meu lindo bebê. Eu era
incrivelmente grata a Deus por meu bebê estar saudável e em movimento.
Em lágrimas, pedi a Deus que me perdoasse pelas poucas vezes que fiquei
bêbada durante o segundo trimestre. Eu me odiava totalmente e queria
me matar se eu não es vesse grávida. A vergonha e uma tremenda culpa
por beber durante a gravidez já teriam me matado.
Mas a morte não conseguiu impedir o que Deus nha ordenado para
acontecer e em 17 de novembro de 1999, cercada por luz de velas e pela
família, entrei em trabalho de parto na minha banheira quente e relaxante.
Focada em minha mente na respiração controlada e na esplêndida imagem
de uma flor se abrindo, me tornei uma em mente, corpo e alma. Após
várias horas de trabalho concentrado, com a minha mão agarrada na de
Garre , tomei um úl mo suspiro profundo e dei um impulso vigoroso até
que sen meu bebê ser suavemente empurrado para a água morna.
Buscando ar após o poderoso sen mento da libertação, eu vi meu lindo
bebê lentamente vir à tona na água. Gracioso e pitoresco, esse era o
momento mais bonito de minha vida inteira. O som suave da água, e a
parteira ergueu minha filha recém-nascida para cima e suavemente
colocou no meu peito molhado. Ainda ligada ao cordão umbilical ligado ao
meu ventre, ela me olhou nos olhos sem fazer um ruído.
A parteira me instruiu a soprar em seu rosto a fim de es mula-la a
respirar, mas eu estava muito atordoada no momento. Era muito incrível
para captar, então Garre inclinou-se e gen lmente tocou no rosto de
nosso bebê.
Um momento suspenso no tempo, Abigail Lorraine Lubben deu seu
primeiro respirar. Sem uma única lágrima ou palavra expressa, a sala ficou
em silêncio enquanto a nossa família sentou-se em temor pelo fenômeno
celeste que nha testemunhado. Cheios de profunda gra dão a Deus, nós
ponderamos no milagre incrível em nossos corações e adoramos.
Naquele momento incrível eu conheci o verdadeiro Deus Al ssimo de
uma maneira que eu não nha pensado ser possível e eu literalmente
compreendi o livro no Apocalipse o mo vo de as pessoas no céu lançarem
suas coroas para Deus quando estão diante dele:
E quando os seres viventes davam glória, honra e graças à Àquele que
está assentado no trono, aquele que vive pelos séculos dos séculos, os vinte
e quatro anciãos prostravam-se diante daquele que está assentado no
trono, e adoravam ao que vive para sempre e eternamente, e lançavam as
suas coroas diante do trono, dizendo: “Tu és digno, nosso Senhor e nosso
Deus, de receber glória, honra e poder, porque criaste todas as coisas, e por
tua vontade exis ram e foram criadas. ” - Apocalipse 4:9-11 (ESV)
Naquele momento maravilhoso lancei minha coroa diante de Deus e
pedi a Ele que con nuasse fazendo o impossível em minha vida.
XXIII
Uma Confissão
Chamada De Alerta
Capítulo Vinte e Três
Grandes peitos, corpulenta, com bigode e gordura espalhada, Helga a
juíza alemã marchava em meu quarto. Ela me deixava assustada.
Eu deveria ter escutado a Deus, mas desde que eu nha do um
momento complicado em “Ouvi-Lo” sobre o tema do álcool, Ele me
mandou Helga. Pelo menos eu adivinhei que o nome dela era Helga. Ela
era uma senhora alemã com a missão de me deixar sóbria.
Bêbada e estupefata por uma noite de bebedeira, eu andei mais de três
quilômetros ao hospital militar e me enfiei na ala 5 Norte, a ala da saúde
mental. Eu estava desesperada por ajuda, porque eu não conseguia parar
de beber, mesmo depois de todos os incríveis milagres que Deus havia
feito em minha vida. Eu batalhei com um demônio feroz que não queria
deixar a minha vida. Mas Helga, uma mensageira celes al de Deus, de bom
grado colocou o medo do álcool em mim.
Ela foi enviada por Deus. E Deus queria negociar.
“Quantos filhos você tem?” Ela me perguntou com sua voz alemã
poderosa.
“Hum, eu tenho três. Eu tenho uma de 5 meses. O nome dela é Abigail”
eu mal respondi.
“Você amamenta seu bebê?” Os olhos dela estreitaram e seus lábios se
apertaram enquanto ela se inclinou para frente com as mãos enormes nos
quadris.
Intoxicada com álcool e sob a influência da depressão pós-parto, eu
gritei: “Sim, eu amamento meu bebê. Sinto muito. Eu preciso de ajuda com
a bebida.” Eu chorava em prantos com os olhos vermelhos.
Helga me olhou como se eu fosse o pior pedaço de carne viva na face da
terra e gritou comigo por bons cinco minutos.
“Que po de mãe amamenta seu filho ao beber álcool?” ela exigiu saber
enquanto apontou o dedo para meu rosto. Ela falou, falou e falou sobre as
coisas terríveis que eram prejudiciais à saúde do meu bebê. Já bêbada e
severamente deprimida, ela colocou o úl mo prego em meu caixão.
Então, ela olhou o meu histórico de saúde mental e viu que eu estava
lutando com o álcool durante anos, ela jogou a minha pasta e me deu um
tapa na cara com as palavras mais assustadoras que eu já ouvi:
“Você não terá mais a custódia de suas filhas. Você é uma mãe incapaz e
você não merece seus bebês. Vou chamar o comandante de seu marido e
ele vai disciplinar seu marido por permi r que o abuso dessas crianças
con nue em casa.”
Eu sobriamente implorei por misericórdia. Chorei e jurei de cima para
baixo e de baixo para cima que eu faria qualquer coisa que pudesse para
ficar com minhas filhas. Ela me ignorou e saiu da sala e eu clamei a Deus
por uma tremenda misericórdia naquele momento. Deus não respondeu.
Dois homens entraram na sala e me disseram para sentar-me em uma
cadeira de rodas, e me levaram para uma sala isolada, sem objetos
pon agudos na mesma. Mais solitária do que em qualquer cela, eu estava
em um inferno psicó co e no ponto mais baixo de minha vida.
Depois que eu me forcei a dormir e o efeito do álcool passou, na manhã
seguinte, meu marido de 1,93m entrou com uma cara que dizia tudo: para
ele bastava. Eu sabia que ia perdê-lo e eu desesperadamente implorei por
clemência e jurei por tudo que eu faria qualquer coisa para parar de beber.
Ele não acreditou em mim.
O momento não poderia ter sido pior para nós. Em duas semanas nós
estávamos programados para nos mudar para o Texas para o treinamento
médico de Garre no Fort Sam Houston. Entre as centenas de soldados
qualificados que se candidataram para o treinamento cardiovascular,
Garre foi um dos soldados aceitos na escola de elite. Era uma grande
honra e uma alta promoção para ele e a sua esposa estava prestes estragar
tudo.
Pelo menos agora ele entendia como eu me sen quando minha
escolaridade se acabou.
Enfurecido além das palavras, num primeiro momento ele não falou
comigo. Eu implorei e insis , mas ele apenas ficou quieto. Na semana
seguinte, ele esperou ouvir de seu comandante sobre o telefonema de
Helga, a juíza alemã, carrasco da minha vida e família. Mas o telefonema
nunca veio e de repente, estávamos saindo do Estado de Washington para
o Texas.
Uau, pensei. Foi a misericórdia de Deus estampada em minha testa ou o
quê?
Eternamente grata por Deus ter do misericórdia de mim novamente, eu
jurei fazer o que fosse preciso para ficar longe do álcool. Enfiei enormes
quan dades de Antabuse na minha garganta e fiquei em casa tanto quanto
possível. Se eu vesse que sair em público, recusava-me a andar em
qualquer lugar perto de álcool o que era extremamente di cil em uma base
militar! Mas eu estava determinada. Mesmo quando eu ia fazer compras,
eu nunca atravessava o corredor das bebidas. Eu pra camente carregava
um crucifixo comigo sempre que saía de casa. Eu estava falando sério
sobre combater o meu vício!
Quando chegamos a San Antonio, Texas, eu estava tão paranoica sobre o
álcool que, quando um vizinho me convidou para subir para jantar, eu
perguntei se eles nham alguma bebida e quando respondeu um alegre
“Sim”, eu caminhei de volta para meu apartamento e ba a porta. Eu
nunca falei com esse vizinho novamente.
Garre começou seu treinamento intenso de 57 semanas para Técnico
Cardiovascular e eu ficava em casa e ensinava web design a mim mesma.
Eu sabia que nha de ficar ocupada se quisesse combater o meu vício,
então eu comprei um livro de HTML e comecei a criar web sites. O monstro
cria vo em mim estava aliviado novamente e a depressão começou a sair.
Notei também que quando eu não bebia, minha depressão caía cerca de
50%. Eu deveria ter prestado mais atenção à reabilitação do Exército. Eles
podem ter dado o programa errado para mim, mas uma poderosa coisa
que eles me ensinaram: que o álcool causa a depressão.
Agora eu sabia que eles estavam certos!
Longe do Centro dos Campeões, era di cil para eu sair, mas sabia que
era vontade de Deus. Eu nha feito um bom número de amigos militares
no clube das esposas solitárias e a fes nha nha acabado. Era hora de se
concentrar em minha família e me curar completamente das feridas do
meu passado. Edificada na Campeã Palavra de Deus, eu seria testada para
ver se aplicaria o que nha aprendido.
Deus queria me promover para o próximo nível, mas Ele precisava que
eu passasse no teste primeiro.
Em 09 de abril de 2000, eu parei oficialmente com as bebidas e cigarros
ao mesmo tempo. Garre trouxe para casa alguns dos seus trabalhos do
curso sobre as doenças cardiovasculares e aquilo assustou demais a
ambos. Jogamos fora o seu Marlboro Reds e o meu Capri Lights para
sempre e fomos direto para as balas duras. Muita oração e balas vermelhas
da Jolly Ranchers, juntos, saímos para vencer nossos vícios e melhorar
nossas vidas.
Agora éramos uma equipe. Garre trabalhava e par cipava de uma
exaus va escola do Exército das 04:00hs até as 19:00hs todos os dias
enquanto eu criava bebês e ensinava-me as linguagens do computador, tais
como HTML e JavaScript e aprendi programas de so ware como o
Photoshop, Paint Shop Pro, Microso Office e muito mais. Deus
amorosamente me permi u fazer o que eu mais amava: criar e aprender.
Depois de meses de treinamento intenso de ambas as partes, Garre foi
comunicado que estaríamos voltando para o Estado de Washington onde
ele seria promovido a Oficial não comissionado, responsável pela Clínica de
Cardiologia. Deus provou ser fiel mais uma vez, enquanto nós provamos o
nosso potencial. O poderoso ciclo con nuou e eu comecei a crescer e
CRESCER como uma poderosa planta com flores, enraizada e estabelecida
no amor surpreendente de Deus.
Quando cheguei de volta em casa no Centro dos Campeões como uma
sóbria nova criatura em Cristo, eu também fui promovida. O Ministério das
Crianças precisava de um novo chefe de departamento para as classes de
quatro anos de idade e eu fui imediatamente aceita. Capaz de usar a minha
cria vidade e o dom de liderança, gerenciei as classes de quatro anos de
idade como uma avançada operação militar. Ves dos para liderar e
conquistar, eu orgulhosamente usava a minha camiseta de Campeã
enquanto alegremente saudava pais e crianças enquanto entravam em
minha classe. Em uma igreja com mais de 5.000 pessoas, ensinei a
centenas de crianças a Campeã Palavra de Deus. Encarregada de tudo,
desde escrever curriculum, criação de a vidades e escalar voluntários,
escalava mais de 30 pais, todos os domingos e quartas-feiras enquanto
servíamos fielmente no ministério pré-escolar. Com uma reputação para
recrutar pais e voluntários a servir nas minhas classes de quatro anos de
idade, eu era chamada de recrutadora da igreja. Não havia ninguém que eu
não conseguisse chamar a servir. Se Deus podia me usar, eu argumentava,
Ele poderia usar qualquer um!
Aprendi muito sobre liderança, trabalho em equipe, e como gerenciar
um grande ministério naquele primeiro ano de liderança no Centro de
Campeões. Com uma fome de aprender e uma paixão por servir a Deus, eu
queria tudo que havia para mim e muito mais! Eu estava “imparável”. Eu
até me ofereci para fazer o trabalho de design gráfico de graça e manter o
site da Igreja em troca de frequentar a escola Bíblia. Eu estava determinada
a melhorar a mim mesma e con nuar a minha educação. Pouco eu sabia
que Deus nha um grau diferente em mente para mim.
Com meu olho no prêmio e a Palavra de Deus escondida profundamente
em meu coração, eu prosperei. A vida de Campeã tornou-se real para mim
e Deus estava fazendo acima e além de tudo o que eu poderia pedir ou
imaginar, como o Pastor citou em Efésios 3:20:
Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo o
que pedimos ou imaginamos, de acordo com o seu poder que está
operando dentro de nós, a ele seja a glória na igreja e em Cristo Jesus por
todas as gerações, para todo o sempre!
Amém e obrigada por Helga!
Uma Confissão
Ato VI
Conheça Shelley #3
XXIV
Uma Confissão
Construindo A Mente De Um Campeão
Capítulo Vinte e Quatro
Porque Deus não nos deu o espírito de temor; mas de poder, de
amor e de uma mente sã. - 2 Timóteo 1:7 (NKJC)
Em minha mente sã e sóbria, era hora de ir para a batalha pesada e
conquistar os monstros mentais que ainda me man nham ca va. Eu nha
passado por muitos testes, mas agora era hora de acelerar e lutar a batalha
final: fazendo meu passado o passado.
“Você não pode ter uma vida posi va com uma mente nega va”, Pastor
Kevin pregou durante o segundo culto. Mais do que qualquer coisa eu
queria viver uma vida posi va de Campeã, mas eu ainda nha bagagens
emocionais que eu precisava enfrentar e me livrar.
Pensei na minha mãe. Eu não a nha perdoado completamente ainda.
Eu poderia até ter parado de falar mal dela, mas eu ainda nutria
pensamentos ruins sobre ela. A batalha con nuava sendo travada em
minha mente ainda e eu nha uma escolha a fazer: perdoar e ser
promovida ao próximo nível ou ficar onde estava e marchar ao redor da
mesma velha montanha.
Cansada de ser uma israelita murmuradora que perde a Terra Prome da,
eu decidi colocar em ação o que eu nha aprendido nos úl mos cinco
anos, realmente fiz um esforço para não pensar maus pensamentos sobre
aqueles que me feriram. Na verdade, eu fiz o OPOSTO. Comecei a procurar
e procurar o melhor nos outros de propósito. Pensei na minha mãe e nas
coisas boas que ela fez por mim quando eu era criança. Lembrei-me como
ela me levava ao den sta a cada seis meses e como eu nha dentes
bonitos, por causa dela. Eu refle sobre as festas de aniversário, e como ela
arrumava tudo para mim. Eu pensei sobre sua fidelidade em cozinhar o
jantar todas as noites para sua família e em como ela limpava a casa. Agora
que eu era uma mãe de três filhos, de repente eu comecei a apreciá-la
mais. Eu entendi que ela cometeu alguns erros que claramente me
machucaram muito como uma criança, mas eu escolhi não mais me
debruçar sobre os seus erros. Eu percebi que a falta de perdão era um
veneno espiritual e emocional que machucava mais a mim do que a
qualquer outra pessoa! Em vez de viver uma vida tóxica e con nuar a
destruir a mim mesma e minha família, comecei a pra car Filipenses 4:8 de
propósito:
Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo é nobre, tudo o que é
direito, o que é puro, tudo o que é amável, tudo que é admirável, se há algo
de excelente ou digno de louvor, nisso pensai.
Eu fixei meus pensamentos nas coisas excelentes e quando Satanás
enviava monstros mentais para me lembrar do meu passado, eu ficava na
Palavra de Deus e pra cava escrituras como 2 Corín os 10:4-5:
Porque as armas da nossa guerra não são carnais, mas são poderosas
em Deus, para destruir fortalezas, derrubando argumentos e toda alta
coisa que se exalta contra o conhecimento de Deus, trazendo cada
pensamento ca vo à obediência de Cristo.
Comecei a levar poderosamente ca vo todo pensamento no nome de
Jesus. Qualquer coisa que não se alinhava com a Palavra de Deus era
aba da imediatamente até o chão. Pra cando bons pensamentos de
propósito, eu não sabia que estava construindo a mente forte de uma
Campeã implacável. São vinte e um dias para se criar um hábito de acordo
com o meu Pastor, e o pensamento posi vo começou a ser natural para
mim, e a bênção de Deus foi derramada em minha vida.
Eu comecei a realmente a apreciar a vida com minha família e comecei a
explorar a bela vida selvagem do estado de Washington onde nós
aprendemos a pescar salmão, cavar a procura de moluscos, ostras e pescar
caranguejos na rocha vermelha. A anos-luz de distância do velho mundo de
trevas, Deus usou Sua natureza requintada para curar um pouco da menina
quebrada em mim. Capaz de correr e brincar na areia, eu vivi uma segunda
infância nas margens do Puget Sound. Pás e baldes na mão, minha família
aventureira corria para cavar a procura de moluscos.
Às vezes você tem que cavar fundo, pensei para mim mesma enquanto
nha um molusco gigante na minha mão.
Deus usou as maravilhas de Sua natureza para falar comigo
profundamente, especialmente quando tentei a casca de ostras. Ávida por
finalmente comer frutos do mar novamente, eu tentei com toda minha
força abrir as ostras obs nadas, mas elas eram di ceis de abrir! “Shelley,
você é exatamente como essa ostra.” Deus me confrontou sobre as áreas
mais profundas da minha vida que eu não iria deixá-Lo abrir e curar.
Quando Garre viu-me a caminhar sozinha sobre os montes de areia, ele
sabia que Deus estava me levando a um momento de cura. Ficando à beira
das águas salgadas do Puget Sound, eu permi que Deus chegasse aos
lugares mais escuros do meu coração e expusesse as men ras feias que eu
acreditava sobre mim mesma.
Enormes lágrimas salgadas se derramando como ondas, Deus me
garan u que havia jogado fora os meus pecados, tanto quanto o leste é
distante do oeste. A vergonha e culpa tremenda que eu carreguei por
tantos anos foram sendo literalmente lavadas no Oceano Pacífico. Eu não
era mais uma criança quebrada pelo abuso sexual, mas uma querida
campeã e filha do Deus Al ssimo.
Meu pai fez os Céus, eu pensei às lágrimas sob o conforto macio das
nuvens de algodão branco. Espantada com a beleza que me rodeava, eu
me perguntava como alguém poderia negar a existência de Deus.
Então me abaixei para pegar uma bela estrela-do-mar de pernas longas
que flutuou até mim. Com os olhos arregalados e infan s, eu a escolhi para
inspecionar o movimento suave de suas pernas amigáveis. Aliviada pelo
deslizar suave, eu pensei sobre a gen leza de Deus.
“Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, que sou manso e
humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas.” -
Mateus 11:29
Eu encontrei descanso nos braços gen s de Deus durante as pacíficas
horas na praia. Provando-me Seu amor pessoal e grande para comigo,
comecei a entender o que o amor de um pai realmente era. Ao contrário
de meu pai terreno que estava ocupado demais, Deus estava disponível,
terno e preocupado com cada detalhe da minha vida. Finalmente, recebi a
atenção e aprovação que sempre precisei. Triste com o que eu havia
perdido de relacionamento com Deus no passado, recapitulei os anos do
passado que desperdicei buscando aprovação dos homens no strip, na
pros tuição e na pornografia.
Que desperdício de oito anos, eu pensava enquanto miseravelmente
joguei uma concha quebrada no chão.
Mas Deus respondeu e prometeu-me de volta “Shelley, Eu prometo a
você que nem um grama de sua dor será desperdiçada. Eu tenho um plano
poderoso para sua vida e irei usar todo o seu sofrimento para ajudar
outros algum dia.” Eu agarrei Sua promessa.
A viagem de volta da praia para casa foi tão incrível como os dias que
passei lá. Uma abundância de altas árvores de ameixa e arbustos de
amoras verde-esmeralda ao lado das estradas, a nossa família gostava de
parar e saltar para fora do carro e pegar o fruto maduro e doce. Lar de
algumas das maiores e melhores amoras do mundo, o Estado de
Washington tornou-se um paraíso de frutas para minha família. Todos os
dias durante o verão eu empurrava o meu bebê no carrinho e levava
minhas filhas aos meus lugares favoritos para colher amoras. No final da
temporada, Garre comprou para mim caixas com potes para geleia com
tampas e virei a cozinheira em uma fábrica de geleia. Eu orgulhosamente
chamava minha criação de doces saborosos, “Shelley’s Jelly” (Geleia da
Shelley) e enviei-a para meus entes queridos como presentes de Natal.
As pessoas adoraram a minha geleia!
Quando o inverno se aproximava e eu disse adeus aos três meses de sol
que veram permissão para sair no ano, eu aprendi a não reclamar, mas
encontrar a beleza, mesmo durante os tempos de “inverno” da minha vida.
Ainda amando velas, as acendi e as coloquei sobre tudo na minha casa
para me lembrar da chama crescendo em meu coração. Já não preciso de
velas para abrigar-me de um mundo de trevas, mas naquele momento elas
serviram para me lembrar da constante chama da Luz do Amor de Deus.
No meio da beleza do toque de cura de Deus em minha mente e vida,
Ele começou a tocar no meu casamento. Pela primeira vez desde 1995,
comecei realmente a amar Garre . Eu nunca permi a mim mesma me
tornar tão próxima de outro ser humano, especialmente depois toda a dor
e da rejeição ao longo da minha vida. Mas depois de cinco longos anos de
luta e cura do meu passado, meu coração de repente cresceu grande o
suficiente para amar e desfrutar de Garre .
Porque primeiramente confiava em Deus, e já não me preocupava se
Garre me deixaria. Porque o fundamento da minha confiança estava no
Deus da criação e não em um ser humano, eu estava livre para amar,
apreciar e até mesmo cometer erros em meus relacionamentos. Se eu
cometesse erros ou Garre cometesse, juntos, sabíamos que estava tudo
coberto sob a cruz de Jesus Cristo. Deus já perdoou-nos pelos pecados do
passado, os atuais e até mesmo os futuros. Porque nós aceitamos pela fé o
sacri cio de Seu Filho Jesus, fomos autorizados a livremente crescer em
todas as áreas de nossa vida, especialmente o nosso casamento!
Ser casada com Garre , de repente se tornou a maior alegria de minha
vida. Eu era capaz de amá-lo livremente, sem lembretes hediondos do meu
passado. Com o quarto à luz de velas uma mente sóbria e curada, eu
aprendi como fazer amor a maneira de Deus, e não do jeito do mundo.
Com os belos olhos azuis de Garre olhando profundamente nos meus, eu
permi que ele vesse pleno reinado sobre meu corpo e coração. Na
primeira vez, foi extremamente di cil para eu receber sica e
emocionalmente o amor de Garre , mas Deus me deu a força e a
liberdade de pra car o amor de recepção. Garre e eu também orávamos
antes dos momentos ín mos e convidávamos Deus para estar em nosso
quarto. Sim, nós realmente convidamos Deus, o Criador do sexo!
No começo eu chorava e soluçava como uma criança, mas enquanto
Deus me curava através dos toques ternos de Garre , comecei a me sen r
mais confortável e ser capaz de retribuir abnegadamente Garre . Por
vários anos, Garre e eu ficamos longe do sexo ín mo e eu ganhava,
insis ndo no sexo sem amor e frio com o qual eu estava acostumada. Eu
não deixava Garre carinhosamente me beijar ou olhar nos meus olhos
nos primeiros anos de casamento. O sexo era mais como um ritual para
mim. Mas uma vez completamente sóbria eu nha o suficiente dos
ensinamentos de Campeã dentro de mim, e estava pronta para acabar com
a “fachada” do sexo que nós nhamos do e realmente permi r a Garre
fisicamente expressar seu amor por mim. Eu deixei de lado a velha Shelley
que nos levou durante os primeiros cinco anos e a nova Shelley
alegremente submissas às mãos suaves de Garre e juntos descobrimos a
beleza do sexo sobrenatural, cheio do Espírito Santo!
Amém, e louvado seja o Senhor!
Em brasa o lindo amor estava no ar e 1 Corín os 13 provou 100% ser
verdadeiro quando nós pra camos os princípios de Deus sobre o amor de
propósito:
O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não
é orgulhoso. Não é rude, não é egoísta, não se irrita, não guarda rancor. O
amor não se alegra com o mal, mas se alegra com a verdade. Ele sempre
protege, sempre confia, tudo espera, sempre persevera. O amor nunca
falha.
Nosso amor não falha porque a Palavra de Deus nunca falhou.
Exatamente como a ascensão e a queda das marés do oceano durante a
temporada de moluscos, a poderosamente construída dentro de mim,
Palavra de Deus, lançou ondas de Verdade sobre as costas da minha vida.
Cada men ra foi lavada e varrida para trás no mar do esquecimento de
Deus, a Palavra de Deus voltou-se para mim com a mesma coisa para a
qual foi enviada: para cumprir o Seu propósito para minha vida.
Levada pelas ondas da fidelidade e bondade de Deus, eu estava
finalmente pronta para entrar na vida Campeã que Ele havia preparado
para mim.
XXV
Uma Confissão
A Vida Do Campeão
Capítulo Vinte e Cinco

Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que


ele os exalte no tempo devido. - 1 Pedro 5:6
Era 2002 e era tempo de voar alto. Campeões para a vida, Garre , eu e
nossas filhas intencionamos fazer uma nova vida para nós mesmos fora do
militarismo. Garre recebeu a no cia de que estava sendo dispensado
honoravelmente do serviço militar por causa de seu desgaste na região
lombar. Os pobres lombos de Garre não aguentaram tão perto do fim de
sua carreira militar, o que naturalmente me treinou para pegar tudo que
caía no chão. O que foi um verdadeiro milagre, considerando o quanto eu
era relaxada quando ele me conheceu.
Agora em 2002, eu era uma mãe que limpava e uma Campeã que
deixava a casa bonita, cozinhava refeições elaboradas, criava web sites
coloridos e funcionais, enlatava sua própria geleia, criava belas crianças,
servia como líder em uma igreja campeã e ainda nha uma escolaridade
em seu bolso.
Nada mal para uma ex-atriz pornô.
Sete anos de uma dura recuperação para fora do inferno, e eu saí do
Centro de Campeões como uma campeã totalmente recuperada e uma
mulher curada. A Palavra de Deus realmente fazia o que ela dizia que
poderia fazer. E eu era a prova viva disso.
Deus curou tudo em minha vida desde uma doença incurável, de garota
de programa ao abuso sexual infan l, feridas do pai e da mãe, amargura,
ódio, raiva, rejeição, pesadelos da indústria do sexo, a desordem no sono,
câncer no colo do útero em 2001, estresse pós-traumá co, alcoolismo,
doenças mentais, e muito mais. Deus também restaurou meu casamento e
as relações com a minha família. Até a minha sogra me amava agora!
Tudo parecia perfeito. Havia apenas um pequeno problema. DE JEITO
NENHUM que eu ia voltar para a Califórnia como os nossos familiares
largamente esperavam. Eu não ia a lugar nenhum perto daquele buraco do
inferno novamente, então eu influenciei meu marido a aceitar um emprego
no Texas.
Garre nha certeza de que deveria aceitar o trabalho em Fresno,
Califórnia, mas eu estava determinada a nunca mais voltar para a
Califórnia! Eu nha trabalhado por muito tempo e muito duramente em
minha recuperação para colocar meu pé recém-transformado no maligno
estado que era a casa da indústria pornô. De jeito nenhum!
Aquele capítulo da minha vida nha acabado. De qualquer forma, eu
amava o Estado do Texas, o úl mo estado verdadeiramente cristão na
América, oferecendo excelente educação; eu queria criar minhas filhas
com os melhores do Texas. Então, eu dirigi às pressas em todo país a par r
do Estado de Washington até Harlingen, Texas, perto da fronteira do
México. Eu Imaginei que falavam espanhol e eu amava o povo espanhol
por isso era simplesmente perfeito. Além do mais, ofereceram a Garre
muito dinheiro para se mudar para Harlingen. Embora, eu não entendesse
por que ninguém mais queria o trabalho, mas é claro que eu pensava que
era o Favor de Deus. Perto de South Padre Island, poderíamos pescar e
nadar e viver em uma bela e grande casa acessível com laranjeiras,
enquanto Garre fazia os grandes negócios. Eu sabia exatamente o que eu
queria.
Uma pequena voz sussurrava “Califórnia”, no meu ouvido, de tempos em
tempos, mas eu ignorava completamente. Na verdade, eu ignorei todos os
sinais que apontavam para a Califórnia. Com ambas as nossas famílias
extensas que vivem no sul da Califórnia e um trabalho pagando
elevadamente e feito sob medida para Garre , eu ainda insis a no Texas.
Além disso, secretamente, eu queria evitar os sete mandados de prisão
que nha deixado para trás na Califórnia em 1995. Acho que eu ainda
precisava de um pouco de “confiança” do trabalhar que Deus estava
fazendo em minha vida. De qualquer forma, eu nha uma carteira de
motorista do Estado de Washington e não precisava me preocupar com a
bagunça que havia deixado na Califórnia.
Gostaria de apenas esquecer inteiramente a minha “ex” vida na
Califórnia.
Quando cheguei a Harlingen, Texas, com o Gypsy Kings tocando no
fundo, eu estava no céu, quando eu vi o sol derreter ao longo das fileiras
de árvores pelo vento das palmeiras. Era um paraíso mexicano. Louvor em
espanhol fluiu da minha boca enquanto eu agradeci a Deus pelo clima
quente e sol!
“¡Alabado Sea El Señor!” Eu gritei de minha minivan.
Tão logo eu louvava ao Senhor, o cheiro de fraldas sujas subiu ao ar. Eu
raramente parava para idas ao banheiro a fim de chegarmos ao Texas em
tempo da escola começar. A pequena Abigail nha quase dois anos e suas
fraldas estavam ensopadas com xixi. Teresa e Tiffany estavam arrancando
os cabelos junto com nosso gato Jinx. Sim, eu realmente aguentei por
3.000km chocalho serpenteando a estrada com três filhas e um gato. Foi
uma tenta va insana e desesperada de uma mulher que nha sido liberada
de 300 dias por ano de céu escuro e chuva. Enquanto o sol me
cumprimentou no topo das palmeiras que cobriam a rodovia, cantei com
meu coração mexicano.
Eu queria o sol mais do que qualquer outra coisa. Eu amava o Estado de
Washington, mas eu não podia viver mais um dia sequer na escuridão. Eu
precisava de sol!
Mas enquanto eu dirigia ao longo da rodovia para a cidade notei uma
coisa peculiar. Não havia pessoas brancas, em lugar algum. Eu era a pessoa
menos preconceituosa do mundo devido às experiências “culturais” do
meu passado, mas eu estava esperando que pelo menos uma pessoa
falasse Inglês. Eu estacionei e fui para o supermercado: sem brancos. Eu fui
para a fila dos alimentos rápidos: sem pessoas brancas. Eu dirigi até o
shopping: sem brancos.
“Hmmm”, pensei comigo mesma.
Felizmente, eu falava espanhol e conversei com os moradores e eles
todos disseram a mesma coisa: “No hay Hueros aqui.” Em outras palavras,
não existem pessoas brancas aqui.
Eu ia MATAR Garre . Ele nha visitado Harlingen para uma entrevista de
emprego e me disse que era um lugar maravilhoso para se viver. Ele
mesmo entusiasmado encontrou uma casa e fez uma surpresa quando eu
cheguei. Mas quando cheguei lá e vi uma casa velha em uma rua pacata a
algumas portas de distância de um estaleiro de sucata, sim eu ia matá-lo.
Agora eu estou presa em um inferno mexicano com três filhas e um gato,
eu pensei comigo mesma. Era uma coisa insignificante eu saber falar
espanhol. Com raiva eu liguei para minha sogra para desabafar sobre seu
filho e ela quase me convenceu a dirigir todo o caminho de volta para a
Califórnia. Ela queria seus netos tão mal que queria saboreá-los. Mas A
Palavra de Deus bateu e me encontrei me submetendo aos desejos do meu
marido. Então, eu me subme o melhor que pude, logo depois que gritei
no ouvido de Garre por telefone. Na manhã seguinte, acordei em um
hotel e com minhas filhas ves das para seu primeiro dia de escola. Era o
PRIMEIRO dia de Teresa no jardim da infância.
Afligida pela enorme confusão em que estávamos, eu tentei fazer o
melhor e ter uma a tude de Campeã. Isso foi até a professora de Teresa
me receber na sala de aula. “Alô. Bem-vindo zala aula.”
Ok, minha filha estava lá para aprender o ABC, e não o “a, ber,cer “. De
jeito nenhum eu permi ria que alguém como uma professora com o inglês
quebrado ensinasse inglês para minha filha. Não demorou muito para que
a ex-La Huera Loca descobrisse isso. A boa mãe em mim perguntou à
professora se ela sabia Inglês, e ela me deu um sorriso amarelo de volta.
“Estamos fora daqui”, eu disse à Teresa e voltei para o ginasial da minha
filha Tiffany, puxei-a para fora da escola. “O que está acontecendo,
mamãe?” Tiffany perguntou.
“Estamos recebendo o cket para cair fora daqui!” Eu gritei enquanto
joguei o carrinho no porta-malas. As crianças choramingaram e gritaram
enquanto eu bufei sob a minha respiração. Eu quase poderia ouvir a Deus
rindo.
Quase.
Então eu corri para o escritório imobiliário e disselhes para colocar a
casa de volta no mercado, e que não iria precisar dela. Garre ficou
preocupado porque já havia assinado um contrato com o hospital para
contratá-lo como técnico cardiovascular, mas nesse ponto, a mãe protetora
em mim estava imóvel. Nós não vamos criar nossas filhas, na fronteira do
México.
Eu aprendi minha lição e fiz um “U” de volta e mais 3.000km, e dirigi
direto para a casa da minha sogra, em Chino, Califórnia, onde a maioria da
família de Garre vivia.
Mas eu jurei para mim mesma, que Garre con nuava tendo que
encontrar outro emprego em outro estado. Eu não ficaria na Califórnia.
Algumas semanas se passaram e nenhum outro trabalho abriu. Droga,
eu pensava. De repente, percebi que Deus estava envolvido, e quando Ele
se envolve, não há nada que alguém possa fazer sobre isso. Você pode
tentar fugir de Deus, mas Ele sempre deixará as 99 e virá te pegar, e se
necessário, quebrará suas pernas.
Minhas pernas texanas veram que ser quebradas quando eu aprendi a
submeter-me ao plano de Deus, na Califórnia.
Pelo menos ninguém me conhecia em Fresno, pensei.
Nós caçamos uma casa e é claro que eu queria a grande e bonita de 300
metros quadrados de doze hectares e Nogueiras. Eu não estava pronta
para plantar os meus pés na Califórnia e comprar uma casa, então
alugamos uma bela casa em Madera, na Califórnia.
A escola era bem na rua de cima e a vista de minha janela da cozinha
dava para um haras.
Era o paraíso de uma mãe.
Com duas de minhas preciosas e angelicais filhas matriculadas em uma
escola cristã e meu marido trabalhando no emprego perfeito ganhando
CINCO VEZES mais, do que no serviço militar, eu era uma mulher
abençoada. Eu era tão abençoada que estava convencida de que eu vivia a
vida perfeita. Bem, quase perfeita. Eu nha meu coração inclinado a pregar
o Evangelho e ensinar os ensinamentos de Campeão, mas não nha
certeza de onde tudo isso caberia. Assim, eu passava meu tempo fazendo
web design de casa e ganhando um bom dinheiro com isso enquanto ainda
servia o jantar todas as noites. Eu era uma Mamãe máquina
mul funcional!
Quando meu marido chegava em casa depois do trabalho, eu fazia
absolutamente tudo para lhe agradar. Ele testemunhará sobre isso um dia
eu tenho certeza. Ele aprendeu muito rapidamente que, quando mamãe
está feliz, todo mundo fica feliz. Então, ele con nuou a trabalhar duro, e
me fazer feliz e nosso amor floresceu como uma flor do campo. Estávamos
tão apaixonados, eu lhe teria dado mais dez bebês depois que Abiggail
nasceu. Sem contar que, o médico disse que depois da minha luta contra
um câncer do colo do útero eu não poderia ter mais filhos. Depois de
deixar a indústria pornô eu descobri que nha HPV, o que levou ao início
do câncer do colo do útero e onde eu ve que ter metade do meu colo do
útero removido.
De qualquer forma, ficamos felizes. Estávamos genuinamente felizes e
realmente não nhamos um único problema no mundo. Até meus pais e
irmãos vieram até onde eu morava e aproveitaram nossa nova vida
conosco. Eu comecei a experimentar de perto a bondade e a amabilidade
da minha mãe. Ela nha se tornado mais agradável ao longo dos anos, e
seu carisma iluminava o quarto. Sua grande personalidade seu sorriso
bonito, eu percebi que era muito parecida com ela! Meu pai, con nuava
bonito e mais carinhoso, nha amadurecido ao longo dos anos e eu vi mais
sabedoria sobre ele. Eu percebi que eu os amava tanto e verdadeiramente
os nha perdoado. Foi um momento incrível para mim.
Meus pais também passaram um tempo de qualidade com seus netos.
Aquilo significava o mundo inteiro para mim. Finalmente, depois de tudo
que a nossa família nha passado, estávamos próximos. Uma grande
família feliz, eu preparava refeições para a maior parte das festas já que
morava mesmo no meio da Califórnia. Meu irmão morava no norte e meus
pais moravam no sul, perto da minha sogra, então a localização da minha
casa era perfeita! E, claro, eu não me importava. Eu nha que mostrar
minhas habilidades de limpeza e de cozinha, a maioria delas nham sido
inspiradas por minha sogra Holandesa. Quando eu me casei com Garre ,
ela deixou bem claro que eu precisava aprender a limpar e cozinhar. Graças
a ela e a Garre terem tomado tempo para ensiname as maneiras
holandesas, eu nunca estava sem um pedaço de pano em minha mão.
Ok, eu exagerei um pouco, mas é sério, eu quase sempre nha um pano
em minha mão.
Minha mãe ficou chocada quando viu minha limpeza extrema e
comentou com minha sogra, “Bem, pelo menos ela ouve você.”
Sim, porque ela rou tempo para ensinar-me, pensei. Mas segurei minha
língua. Na verdade, eu segurei muito minha língua durante os primeiros
anos na Califórnia. Claro, que segurei. Eu queria que todos amassem a
nova eu!
Com um novo futuro perfeito na minha frente, eu nunca pensava sobre
o passado por um minuto. Eu estava em uma alta perfeita e em um mundo
perfeito e nada poderia me derrubar. Nem mesmo os ocasionais cristãos
preguiçosos que coordenei.
Começamos a frequentar uma igreja cheia do Espírito em Madera que
era muito diferente da que eu estava acostumada. Primeiro de tudo, os
Professores da Escola Dominical estavam sempre atrasados para a aula. Eu
não podia acreditar naquilo enquanto olhava para meu relógio, todos os
domingos. A Professora de Escola Dominical Campeã em mim ficou
estarrecida.
Em segundo lugar, o Pastor não ensinava muito da Palavra de Deus, o
que seriamente me incomodava. Eu pensei que iria morrer quando ele
passava a maior parte do tempo falando sobre os diferentes pos de
demônios que havia em Madera.
Como se o diabo se importasse muito com Madera, pensei.
Mas o pastor, sua esposa e família eram realmente doces. Eu imaginei,
de qualquer maneira, que Deus estava me humilhando, provavelmente,
por uma razão. Eu imaginei que precisava. Eu estava muito inchada com
meu jeito de Campeã que eu não entendia quando alguém não era
excelente. Eu nha sido ensinada a agir com excelência em tudo o que
fizesse durante sete anos no Centro dos Campeões. Eu nha também
par cipado da Escola de Liderança para uma vida de Sabedoria onde eu
aprendi a liderança poderosa e as habilidades de trabalho em equipe. A
nova igreja que eu frequentava agora não sabia nada sobre os caminhos de
um Campeão. Eles nem sequer nham uma equipe de louvor para as
crianças! Deus me livre!
É claro que eu prontamente me ofereci para demonstrar à Igreja os
caminhos de um Campeão. Mas eu aprendi realmente rápido que algumas
igrejas são como a média das famílias americanas: estagnadas e
improdu vas. Eu não estava acostumada a viver uma vida medíocre e
meus métodos de vida Campeã ofenderam algumas pessoas. Triste e
confusa com a preguiça e a falta de excelência das pessoas para com a Casa
de Deus, eu estava prestes a parar de frequentar a igreja, quando eu
conheci uma mulher muito especial. Sim, ela era uma campeã.
Seu nome era Pat e ela nha um ministério poderoso em presídios. Bem
como o diretor e fundador de uma escola bíblica internacional, ela também
nha um doutorado em Teologia e tornou-se defini vamente a minha nova
heroína. Ela foi a primeira mulher a chegar realmente a ser como um
mentor espiritual para mim em uma base regular. Tudo começou na noite
que ela ouviu meu testemunho. Foi a primeira vez que eu compar lhei
meu testemunho em uma igreja. É claro que eu deixei de fora a parte do
pornô.
“Shelley, você deve compar lhar o seu testemunho no presídio. Deus
tem feito muito por você!” ela disse para mim depois que eu falei. O meu
coração pulou de alegria! Era, finalmente, o momento que eu estava
esperando! Eu não nha ideia de como compar lhar o meu testemunho,
mas eu sabia que podia falar. Então, ela me entregou um livreto do
presídio e me disse as regras e oh, me pediu para trazer minha carteira de
motorista da Califórnia.
Ai, pensei. Aquilo não iria funcionar. Eu não nha e não teria uma
carteira de motorista da Califórnia. Meu coração se afundou. Eu me ofereci
para usar minha carteira de motorista de Washington, mas ela disse que
nha que ser uma carteira de motorista da Califórnia. Meu coração se
afundou novamente.
Deprimida Deus falou comigo “Shelley, vá para o DVM – (Departamento
de Veículos Motores) e obtenha sua carteira de motorista. Confie em
mim.”
Hum, tá bom Deus, eu pensei. De jeito nenhum eu pisaria meus pés
naquele lugar. Mas depois de algumas semanas com Deus tocando no meu
coração para obedecê-Lo, eu finalmente concordei em ir para a
“guilho na” e a confiar nEle, não importasse o quê acontecesse. Eu
realmente acreditava que seria presa e arrastada para a cadeia, então eu
disse adeus ao meu marido e filhas e disselhes eu os amava e “o que ver
que ser, será.”
No momento que eu entrei no DVM sen uma dor extremamente
pessoal. Eu defini vamente não queria ou não merecia ir para a cadeia. Eu
nha trabalhado muito duro para mudar os meus caminhos malignos e
agora de repente minha vida inteira estava por um fio.
Quando finalmente consegui transpor meu lado arrogante, decidi tomar
a posição de már r e planejei que se eu fosse presa, eu valentemente
pregaria o Evangelho por trás das grades como uma prisioneira de Cristo.
Eu era a próxima da fila. “Deus, por favor, me ajude a passar por isso”, eu
lhe pedi desesperadamente. Em seguida, uma velha voz familiar veio para
mim e sussurrou: “Apenas minta, Shelley. Você pode men r para sair
dessa.” Mas eu repreendi a voz baixa e familiar e escolhi dizer a verdade e
que Deus me ajudasse.
“Nome e número do seguro social, senhora?” Uma senhora plácida
exigiu de mim. Dei-lhe os meus dados e então ela perguntou se eu já havia
do uma carteira de motorista da Califórnia antes. Fiz uma pausa. O diabo
se inclinou para frente. Deus se inclinou mais perto e eu engoli em seco e
corajosamente respondi: “Sim, eu já ve uma carteira de motorista da
Califórnia antes.”
Então a senhora digitou alguns números, olhou fixamente para a tela do
computador e de repente olhou para mim e disse: “Por favor, aguarde
aqui.”
Então ela se afastou. Nada bom!
Enquanto me preparava para as diferentes formas de como o DVM
poderia me prender, orei novamente a Deus e lembrei-Lhe de Sua eterna
bondade e misericórdia. Sim, veja que eu conhecia a Palavra de Deus
agora, e poderia repe r Sua própria Palavra de volta para Ele. Deus nha
que manter Suas promessas de acordo com o que Sua Palavra diz.
Recordei-lhe disso.
A senhora voltou, olhou para mim e disse: “Nós não temos qualquer
registro de sua carteira de motorista anterior por isso vamos apenas emi r
uma novo.”
Atordoada, eu coloquei minha mão sobre minha boca para não gritar em
voz alta. Quem era eu para ter tanto Favor de Deus?
Eu tentei manter a calma quando recebi minha carta de papel nova
enquanto e escondi meu sorriso arrebentando interiormente. Quero dizer,
vamos lá, quantas as pessoas saem ilesas de sete mandados de prisão
desse jeito?
“Ha, ha!” Eu ri para o diabo enquanto dançava ao redor do
estacionamento do DVM como uma dançarina com chapéu mexicano.
Como eu fazia o cha-cha-cha na minha minivan, louvei a Deus em Inglês,
Espanhol, e toda santa linguagem que me veio à mente. Deus me levantou
tão alto naquele dia, que eu pensei que iria voar para o céu!
Certamente, Deus é fiel, eu cantava mais e mais enquanto acenava
minha licença de papel em volta no ar, enquanto dirigia para casa. Pessoas
em seus carros me olhavam como se eu es vesse louca. Mas eu não me
importei. Eu sabia quem Deus, o Todo-Poderoso era, e certamente Ele
estava do meu lado!
Quando eu recebi minha carteira de motorista pelo correio, eu beijei-a e
soprei um beijo especial para Deus. “Obrigada, Papai”, eu sussurrei. Que
Pai bom e fiel que eu tenho, pensei.
Carteira de motorista na mão e pronta para conquistar, eu apareci no
Presídio Feminino Central da Califórnia, em Chowchilla, Califórnia, em maio
de 2003. A prisão de segurança máxima era literalmente de frente para o
meu quintal. Eu sempre pensei que se as presas tentassem uma fuga, eles
apareceriam primeiro em minha casa.
Mal sabiam as presas que estavam em um enorme tratamento, e eu
claro, para minha primeira experiência real de “sujar” minhas mãos
espirituais. Ao contrário de Centro dos Campeões, onde todos usavam
roupas divinamente elegantes e Bíblias brilhantes, as presidiárias estavam
ves das de azul e todas as carregavam Bíblias pretas aba das e rasgadas.
Este lugar é duro, eu pensei enquanto olhava para desastres de
mulheres com cabelos oleosos e com dentes faltando. Mesmo eu não
parecia tão mau após oito anos de um duro inferno.
Quando Pat terminou o culto e alegremente me apresentou às presas,
eu respirei fundo, pedi a Deus para me ajudar e bravamente caminhei até o
palco sujo. Com um esboço perfeito escrito em minhas mãos, eu li cada
palavra do meu papel celes al. As presas não ficaram impressionadas.
Algumas delas até bocejaram.
Talvez eu precise ficar mais dura, eu pensei enquanto me permi um
mergulho de volta ao meu passado. Então, eu soltei o meu papel, “Eu fui
uma atriz pornô, eu peguei herpes genital e Deus me curou.” Suspiros de
toda a sala con nuavam enquanto eu compar lhei tudo o que Deus nha
feito por mim. Meu passado horrível entrelaçado com Deus e a cura
incrível da minha vida, minha história se transformou em um poderoso
testemunho.
No final do meu sermão, eu perguntei se alguém na plateia queria
conhecer Jesus Cristo, que salvava as pros tutas e estrelas-pornô e para
minha surpresa, quase todas as detentas correram em fila para a oração.
Uau, pensei. Esta é a vida cristã para mim!
Quando uma presa bruta se aproximou de mim e queria oração por
tudo, desde abuso sexual, até o vício, eu coloquei minha mão em sua
cabeça oleosa e orei por um toque poderoso de Deus sobre sua vida.
Enquanto eu orava contra Satanás e quebrava o poder das men ras que a
prendiam em ca veiro, eu olhei para baixo e vi que estávamos em pé sobre
uma pequena poça de lágrimas. Eu não podia acreditar. O poder do amor
de Deus havia tocado a grande e assustadora mulher e ela se tornou uma
criança berrando quebrantada. A par r desse momento, eu sabia que nha
sido chamada para aprisionados. Comecei a ser voluntária todas as
semanas, como uma conselheira na prisão onde eu ensinei os
ensinamentos de Campeão, orei para e com as presas, e fiz
aconselhamento de presidiárias.
Agora eu poderia passar aos outros, o que Deus havia feito por mim.
Não muito tempo depois que eu comecei, Pat e seu marido se mudaram e
deixaram o ministério para mim e Garre executarmos. Quando ele não
podia estar comigo, muitas vezes eu estava sozinha e trancada com mais
de 100 presidiárias. Mas eu amei cada minuto! Eu nunca nha visto tantas
mulheres tão desesperada por Jesus na minha vida.
Exultante pelo ministério na prisão e incen vada por Pat a con nuar
minha educação em estudos bíblicos, me matriculei no Ins tuto
Internacional Colheita onde eu aprendi poderosos e novos ensinamentos.
Com cursos como Estratégias Espirituais para a Guerra, Estratégias
Espirituais para Colheita, Metodologias de Mobilização para Evangelismo, e
mais, Deus começou a preparar-me para um ministério poderoso. Eu não
sabia disso na época, mas Ele estava em uma missão para transformar-me
em uma missionária norte-americana.
Ao mesmo tempo que comecei a minha formação bíblica em Madera,
outra coisa aconteceu. A igreja cheia do Espírito Santo que eu frequentava
anunciou que uma pregadora convidada especial estaria na reunião mensal
das mulheres. Ela foi anunciada como uma profe sa.
Ok, pensei. Isso é estranho.
Não havia profe sas apenas no An go Testamento? Perguntei a uma
senhora. Ela apenas sorriu para mim e me incen vou a vir e ouvir a Palavra
do Senhor. Então, com a minha guarda levantada, cheguei no horário e
fiquei lá de braços cruzados. Tornei-me especialmente alarmada quando vi
que a menina que subiu para falar não era mais velha do que 25 anos.
Como se Deus não pudesse usar uma jovem mulher para falar comigo.
Mas eu estava engessada no meu jeito de Campeã. Eu queria ouvir as
Escrituras e sabedoria, não alguma menina abrir a boca para falar o que ela
achava que nha “ouvido” Deus falar.
De repente, ela começou a andar no palco e gritou para a mul dão que
o Espírito Santo queria mover-se profe camente naquela noite.
O que é profé co? Pensei. Então ela começou a apontar para algumas
das mulheres na plateia e disse que elas estavam se destacando e que
Deus nha uma mensagem para algumas senhoras naquela noite.
Inesperadamente, ela apontou para mim e disse para eu ficar em pé,
que Deus nha uma palavra para mim. Olhei em volta. Ela possivelmente
não estava querendo dizer eu.
“Quem, eu?” Eu perguntei. As outras senhoras me mandaram levantar
para ouvir a Palavra que ela nha para mim. Ela começou a falar. “O Senhor
diz para você, que Ele fez você destemida. Na verdade, Ele está fazendo
você tão ousada, que eu vejo uma foto de você nindo seu copo em um
restaurante com ousadia e oferecendo libertação para todos ao seu redor.”
Eu me encolhi. Eu jurei nunca sair para jantar novamente. Ok, como esta
mocinha poderia saber que eu era destemida? Eu nha que admi r que ela
estava certa sobre aquilo.
Ela con nuou, “Deus diz a você que você tem uma mensagem profé ca
e os líderes da Igreja precisam ouvir você.” A líder em mim gostou dessa
parte.
Então ela me chamou no palco e na frente de todos, ela me disse que
nha sido dada a mim a unção de Débora e que eu nha sido chamada
para ser o alarme de incêndio da Igreja e nha uma mensagem poderosa
de advertência.
Quem é Débora? Eu pensei nervosamente. Como eu sou um alarme de
incêndio para a Igreja? Eu me perguntava.
Foi quando eu comecei a me sen r muito desconfortável. Mas a jovem
profe sa não parecia se importar. Ela me fez abrir as palmas das mãos e ela
deu um tapa com a mão dela e de repente um incrível poder fluiu por todo
meu corpo. Então ela colocou as mãos em mim e “a vou” uma nova
ousadia em mim na qual Deus queria operar.
Então eu caminhava de volta para baixo do palco, estranha e me sentei
no meu lugar. Mulheres ao meu redor começaram a me cutucar dizendo
que elas ficaram animadas pela Palavra que eu recebi.
O que aconteceu comigo? Eu me perguntava. Eu me sen diferente e
algo dentro de mim estava muito animado. Na verdade, meu espírito
estava saltando dentro de mim. Então de repente, a profe sa chamou a
minha filha Tiffany e disse que ela viu baterias e que Tiffany nha poderoso
dom musical. De repente eu lembrei os velhos tempos quando encontrava
minha filha de quatro anos batendo em caixas de madeira com meu sapato
e colheres enquanto ela assis a à MTV.
Tiffany e eu só olhávamos uma para a outra. Sabíamos que Deus estava
falando conosco através dessa profe sa de 25 anos de idade. Eu fui
humilhada para dizer o mínimo.
Agora que minha teologia nha sido esmagada e a reunião terminou, as
mulheres animadamente conversavam sobre suas “palavras”, enquanto eu
silenciosamente peguei minhas coisas para sair.
Débora, quem é Débora? Eu pensei enquanto tentava lembrar dela na
Bíblia. Mas enquanto estava lá pensando, outra senhora se aproximou de
mim. Ela era uma doce velhinha que eu via todos os Domingos, então é
claro, eu quis ser educada e ouvi-la.
“Desculpe-me, querida, o Espírito Santo me disse para lhe dizer que você
é Sua Noiva Guerreira.” Ela sorriu, me abraçou e depois afastou-se.
Hum, tá certo que isso foi ainda mais estranho, pensei enquanto peguei
minha filha Tiffany para sairmos de lá. A igreja provou ser muito estranha
para mim e eu sumi para casa para dizer a Garre que eu precisava de uma
nova igreja.
Quando cheguei em casa ele estava dormindo e eu não queria acordá-lo
pois ele nha que se levantar cedo para trabalhar. Então, eu peguei o
computador e verifiquei os e-mails. Tiffany foi para a cama, enquanto
sentei-me e “pensei” sobre o que nha acontecido. Eu não podia afastar a
sensação de que cada palavra que a jovem profe za nha dito era verdade.
“Muito Bem, Deus”, eu finalmente falei em voz alta, “se alguma coisa do
que aconteceu hoje é verdade, eu vou precisar de alguma prova. Prove-me
agora que é verdade e eu vou acreditar. Mas eu tenho que saber que é
Você.”
Deus me surpreendeu quando Ele me perguntou: “Como você quer que
Eu prove?”
Eu olhei para o meu computador e vi a tela do Google e assim me atrevi
a pedir a Deus para que me mostrasse UMA página web com os dois
termos de pesquisa “Unção de Débora” e “Noiva Guerreira” e que, se
AMBOS os termos de busca aparecessem em UMA página web, eu creria
Nele. Eu deixei claro a Ele que os resultados nham que ser em uma
página web, e não em um site.
Deus respondeu: “Feito.” Então, eu dei meio que uma afastada no
teclado com um sorriso no meu rosto e digitei os dois termos no Google e
pressionei “Enter.”
Então eu cliquei no primeiro link e de repente meus olhos estalaram
quando vi uma página web que dizia: “Unção de Guerra”, com um ar go
sob o tulo “Noiva Guerreira: As Quatro Unções”, e nessa lista a Unção de
Débora era uma das quatro unções espirituais de guerra.
Eu caí da cadeira e adorei a Deus. Era literalmente impossível que uma
página web mostrasse os dois termos. Quando eu finalmente consegui
voltar para minha cadeira a ler a página web novamente, voltei para os
resultados do Google e vi que NÃO HAVIA NENHUM OUTRO SITE que listou
qualquer desses termos em um único lugar. Apenas uma página web nha
um deles.
Ainda balançando a cabeça em descrença, eu procurei no Google para
aprender sobre a Débora bíblica. Quando li que ela levou dez mil homens
para a guerra, eu sabia. Eu sabia que era eu. Eu sabia que de alguma forma
era isso que fui chamada para fazer. Mas eu não sabia como. Eu também li
que Débora foi a única juíza do sexo feminino, líder militar e profe sa e que
apenas Samuel e Moisés também realizaram esses três o cios.
Oh, uau pensei. Fiquei ainda mais humilhada. Quem sou eu para ser uma
profe sa de Deus? Perguntei-me em reverência completa.
Na manhã seguinte, levantei-me cedo para dizer a Garre o que Deus
fez, e ele apenas sorriu. Ele já sabia que sua ousada esposa nha um
grande propósito.
Embora eu não vesse certeza de que propósito era esse, eu con nuei
meus estudos eu me voluntariei na prisão e em uma missão local de
resgate até que um dia Garre anunciou que teríamos que nos mudar,
porque Deus o nha abençoado com um trabalho ainda melhor.
Inconsolável por deixar as prisioneiras e a missão de resgate para trás, eu
perguntei o que Deus estava fazendo. Quando eu perguntei a Garre para
onde teríamos que nos mudar ele respondeu: “Bakersfield.”
Engoli em seco. Por que Deus estava nos mudando para mais perto de
Los Angeles?
XXVI
Uma Confissão
Jornada Ao Paraíso
Capítulo Vinte e Seis
Foi estranho se mudar para Bakersfield. Tudo estava sendo entregue a
mim em uma bandeja de prata. Primeiro, nós compramos uma casa em
Bakersfield apenas um ano depois que eu finalmente me rendi e concordei
em comprar uma casa em Madera. Eu percebi que eu amava o ministério
na prisão e Garre nha um grande trabalho de modo que poderíamos
muito bem ficar por lá. Então, quando Garre chegou em casa um ano
depois para me dizer que lhe foi oferecido um trabalho de vendas para
uma grande empresa de medicina com uma filial em Bakersfield, eu estava
confusa.
“Mas nós acabamos de comprar uma casa em Madera”, argumentei.
Mas ele disse que sabia que era de Deus. Então, quando colocamos a
casa à venda, sem um corretor de imóveis e eu mesma fiz toda a papelada
legal, em seguida, vendemos por 100.000 dólares mais do que o valor pelo
qual havíamos comprado, EU SABIA QUE ERA DEUS.
Que pessoa acorda um dia e decide vender a sua casa um ano mais tarde
depois que a comprou e faz um negócio de 100.000 dólares?
Só Deus poderia fazer isso. Eu acho que Ele queria que nós mudássemos
para Bakersfield.
A segunda razão pela qual eu sabia que Deus estava fazendo algo, era
porque a melhor amiga da minha mentora espiritual era a diretora da
Missão de Resgate das Mulheres em Bakersfield e queria que eu fosse uma
conselheira sobre o programa de recuperação das mulheres.
Quão perfeito é isso? Eu pensei enquanto sonhava em resgatar as
mulheres.
É, Deus estava defini vamente tramando algo.
Em terceiro lugar, Deus nos levou para a casa perfeita. Uma casa com
quatro quartos, um quintal grande e uma enorme piscina, eu prome a
Deus que se Ele me desse a casa eu gostaria de convidar todas as senhoras
da Missão de Resgate para Ba smos e churrascos. Ele amou a minha ideia.
Então, demos uma parte do pagamento e nos mudamos em Junho de
2004 e inscrevemos nossas meninas para a escola cristã local bem ali na
esquina. A vida simplesmente não poderia ser mais perfeita!
Com dinheiro para queimar, Garre e eu compramos centenas de belas
plantas exuberantes e variadas roseiras para projetar um paraíso em nosso
novo quintal. Garre , um paisagista e ex-jardineiro holandês, sabia tudo
sobre jardinagem. Há anos ele sonhava com seu jardim ideal e agora era a
sua chance de projetá-lo. Foi um dos momentos mais especiais e
espirituais de nosso casamento. Acabamos comprando mais de 20
variedades de rosas e eu comprei um livro sobre como cuidar delas. Você
pode imaginar as lições que Deus me ensinou através da poda.
Garre também amava palmeiras. Ele me ensinou a construir uma área
com bela paisagem na piscina com Palmeiras Rainha, Pássaros Paraíso e
margaridas amarelas e vermelhas. Nosso quintal parecia mais com o
paraíso de um amante. A italiana selvagem em mim se acampou e
adicionou um pouco de tempero na “perfeita” fileira de plantas
holandesas. Eu queria Trepadeiras. Garre queria linhas coloridas de
Balsamina. Nós entramos num acordo e fizemos as duas coisas. Juntos,
aprendemos a construir um paraíso selvagem, belo e exuberante sob uma
das mais quentes manchas de sol na Califórnia: A boa e velha Bakersfield.
Aquilo nos cozinhou, mas tudo bem. Com as altas temperaturas até 45°C
durante o verão, nós nadávamos na piscina todos os dias. E com a nossa
família próxima, convidávamos todos para churrascos e vemos os
melhores momentos de família unida. Minha vida estava absolutamente
perfeita.
Quase todas as manhãs nós saíamos para nosso quintal e em nosso
belíssimo paraíso orávamos e agradecíamos a Deus por tudo que Ele nos
dera. Com os aromas perfumados de Jasmine e rosas ao nosso redor, era o
nosso pedacinho do céu na terra.
Espantava-me pensar sobre o quanto Deus fez naqueles oito anos.
Agora, se pudéssemos encontrar uma boa igreja, pensei.
Nós começamos a visitar igrejas a cada domingo, mas parecia que não
nos encaixávamos em lugar algum. Uma igreja estava morta na adoração a
outra estava morta na Palavra. Ficamos imaginando se estávamos sendo
excessivamente crí cos.
Ser uma estudante da Bíblia não ajudava muito. Ouvi coisas nos púlpitos
que me faziam morder minha língua repe damente. Para facilitar a dor da
igreja, eu comecei a levar minha lição de casa comigo e silenciosamente
trabalhar nela por trás de minha Bíblia aberta. Nós começamos a pensar se
estávamos sendo hipócritas em desempenhar o papel de “Frequentadores
de Igreja”, mas não conseguíamos absorver nada do culto. Nós seriamente
ques onamos se havia algo de errado conosco.
Nem percebemos que Deus estava nos ensinando algumas importantes
lições.
Bakersfield foi di cil para nós. Frequentamos mais de 20 igrejas quando
chegamos aqui e, embora muitas delas vessem coisas boas, nós nunca
encontramos uma igreja que fosse parecida com o que nós conhecíamos e
amávamos: o Centro dos Campeões. Nós éramos usados com sabedoria na
Palavra, havia uma celebração poderosa no culto e trabalhávamos juntos
como uma equipe para construir Campeões uns aos outros. A mentalidade
da roça em Bakersfield simplesmente não oferecia isso.
“Agora o que vamos fazer?” Eu perguntei Garre .
“Orar”, disse ele enquanto rava a terra de seu úl mo buraco.
Comecei realmente a clamar a Deus sobre encontrar uma ‘igreja casa.’
Con nuamos nossa busca, mas não encontramos nada que sen ssemos
poderíamos chamar de “casa”. Mas Deus con nuou nos abençoando e nos
ensinando sobre nós. Sabíamos que Ele nha um propósito em todas as
coisas então confiamos nEle.
Mas não foi fácil. Eu estava extremamente preocupada por não estar
sendo alimentada pela Palavra de Deus o suficiente. Então, de repente,
Deus me abençoou com uma surpresa especial: Eu fui aceita na
Universidade Internacional Visão para perseguir um Bacharelado em
Estudos Teológicos.
Um novo mundo se abriu para mim e comecei a estudar por horas todos
os dias sobre a coisa que eu mais amava: a Palavra de Deus.
Sem que eu soubesse minha Teologia seria esmagada novamente. Um
dos meus primeiros cursos de Hermenêu ca, o estudo dos princípios de
interpretação sobre os livros da Bíblia, realmente me irritaram. Fiquei
espantada e prestes a processar o mundo cristão inteiro quando aprendi
todas as formas diferentes de estudar a Bíblia por métodos e meios
culturais, grama cais e históricos.
Por que eu nunca ouvi falar desses métodos antes? Perguntei-me em
desgosto.
Eu quase caí da minha cadeira enquanto eu re-estudava as Escrituras
que eu havia sido ensinada durante toda a minha vida. Eu par cularmente
caí da cadeira quando aprendi sobre expressões idiomá cas hebraicas.
Expressões idiomá cas são simplesmente frases. Por exemplo, uma
expressão do idioma americano é quando dizemos algo como: “está
chovendo cães e gatos”, e entendemos que a frase significa “está chovendo
forte”, mas para um estrangeiro que ouve essa frase, ele pode pensar que
está literalmente chovendo animais. Ele pode não entender que é uma
expressão do idioma americano e pode precisar de alguém para traduzir
corretamente a frase para ele. Hmmm …
Assim, quando Jesus, que gosta de usar expressões em hebraico, diz
coisas como: “Se o teu olho é bom, todo o seu corpo será cheio de luz”, em
Mateus 6:22, é realmente a maneira de um hebreu dizer “se você é
generoso.” Não tem nada a ver se o seu olho pode enxergar bem. Jesus
estava falando sobre ser mesquinho ou ser generoso.
Idiomas para Leigos, eu pensei enquanto escrevia o tulo de um futuro
livro para os cristãos.
Não me admira que a Escritura em Tiago 3:1 diga:
“Não deixe que muitos de vocês se tornem professores, meus irmãos,
sabendo que, como tal, irá suportar um maior juízo.”
Eu me perguntava quantos pastores atuais, bispos, sacerdotes e
professores seriam severamente julgados por todas as pregações e ensinos
sem noção. Eu queria gritar de cima do telhado, mas Deus me disse para
ficar fria e apenas aprender.
Então, segurei minha língua, pelo menos por um tempo. Hmmmm …
Enquanto eu estudava a Palavra dia e noite entre as responsabilidades
de lavanderia e cuidar da minha família, eu cresci em conhecimento e
sabedoria em maneiras que eu nunca teria pensado ser possível.
Alguma coisa estava acontecendo comigo.
Deus começou a me visitar poderosamente.
De repente, ve o desejo de estudar a vida dos grandes reformadores
tais como John Wycliffe, George Fox, John Calvin, John Knox em par cular,
Mar n Luther, o Machado de Guerra que iniciou a Reforma. Eu ri quando
me lembrei de como Garre costumava me chamar por esse nome quando
nos casamos.
“Você machado de guerra”, ele gritava comigo quando eu abria a minha
grande boca. Se ao menos ele soubesse. Enquanto eu estudava a vida de
Mar n Luther, me iden fiquei com ele.
Eu até nha o sobrenome semelhante ao dele, pensei. (Luther soa como
Lubben) Talvez, pensei.
Quando li que Lutero liderou a Grande Reforma, e literalmente ainda
impacta o mundo cristão de hoje, sen uma chamada “estranha” de algo
similar em minha vida, mas não nha ideia do que poderia ser. Então eu li
que Lutero ficou sozinho, muitas vezes, perdeu amigos e família, provocou
conflitos internacionais, enfureceu os líderes das nações, e criou o caos
para a Igreja Católica Romana.
Engoli em seco. Eu não queria perder tudo que amava e prezava.
Mas eu não podia negar a grande atração que sen a pelas palavras: “A
Grande Reforma.”
Enquanto con nuei a estudar faminta a vida de ministros poderosos e
grandes reformadores, eu também me apeguei ao que seria o meu mentor
favorito de todos os tempos, o pregador, Charles Spurgeon, também
conhecido como “Príncipe dos Pregadores”.
Agora, eu poderia ir a sua igreja! Pensei.
Pena que ele já estava morto. Parecia que todos os grandes pregadores
do Evangelho foram mortos.
Ó mo, todos os meus mentores estão mortos, pensei.
Eu fiquei na página da Internet “Spurgeon.org” por anos e comprei livros
de Charles Spurgeon e embebi em mim mesmas centenas de seus
sermões. Ele pregou mais de 600 sermões antes de completar 21 anos de
idade! Eu não podia obter o suficiente dele!
Sim, eu me tornei uma Spurgeonite.
Também estudei a vida fenomenal de Mar n Luther King Jr., Billy
Graham e uma das minhas pessoas Católicas favoritas, Madre Teresa. Ela é
uma das minhas maiores mentoras, e ensinou-me sobre o amor, paciência
e humildade.
Finalmente, eu estava sendo alimentada de CARNE, e não do leite que a
maioria das igrejas ofereciam. Comecei a entender que Deus estava me
chamando a um momento mais profundo e mais elevado de aprendizagem
no conhecimento Dele, e essa poderia ser a razão pela qual as igrejas não
abriam para nós.
Foi quando Deus realmente me visitou.
Comecei a passar horas a sós com Deus ouvindo a Sua Voz poderosa
falar comigo através do paraíso natural no meu quintal. Como eu admirava
nossa nova e bela parreira de uvas, eu pensava nas poderosas palavras de
Jesus em João 15:
“Eu sou a videira, vós sois os ramos. Se um homem permanece em mim e
eu nele, esse dá muito fruto; sem mim nada podeis fazer.”
Eu segurei a videira verde suave em minha mão enquanto pensava sobre
a gravidade das Palavras do Senhor para mim. Eu nunca quis fazer nada
sem ele. Eu já nha estado no inferno antes e não estava interessada em
sair do lado do Senhor jamais.
O Senhor também falou comigo através das árvores de fruto que
plantamos.
No primeiro ano não houve frutos, mas quando nós obedecemos a Ele e
O seguimos, começamos a ver brotarem os frutos pequenos em nosso
limoeiro, lias e damasco. Foi incrível! Nosso quintal se transformou em
um símbolo profé co do trabalho e do crescimento que Deus estava
efetuando em nossas vidas.
Quando as folhas mortas precisavam ser cortadas, Deus falava comigo
sobre áreas mortas da minha vida. Eu nunca ficava sem tesouras de corte,
quando estava no jardim. Plantamos demais e Deus me pedia para cortar
as obras mortas todos os dias!
Então, é claro, havia as ervas daninhas, as coisas da vida que me
sufocavam e que precisavam ser removidas. Deus abriu meus olhos para
me mostrar áreas que eram muito di ceis de entender naquele tempo.
Mas eu obedeci ao Senhor. Eu comecei a remover coisas impuras na minha
vida, até mesmo os relacionamentos impuros. Isso foi muito di cil para
alguém que queria tanto ser “amada”. Mas eu queria a Presença de Deus
mais do que qualquer outra coisa. Lembrei das úl mas palavras do meu
avô, ele me disse, “Pra que a Presença de Deus, Shelley.”
Entre 2002 e 2004, foi um momento poderoso de consagração para
mim. Eu pra camente me tornei um monge. Eu não ouvia música secular.
Na verdade, eu não escutava mais isso há oito anos. Eu nunca assis a à
televisão. Eu não falava uma palavra vulgar ou pra cava qualquer caminho
do mundo. Eu poderia até mesmo passar um dia inteiro sem ficar pecando.
Claro, qualquer um poderia fazer isso se passasse o dia todo com Deus por
vários anos em um paraíso.
Eu fui absolutamente repleta da Presença de Deus. Entre a natureza no
Estado de Washington e o paraíso no meu quintal, eu cresci no tesouro que
é a Voz de Deus e essa foi a coisa MAIS linda que eu já nha ouvido ou
experimentado. Eu amei tanto a Voz de Deus que eu diligentemente passei
três anos estudando Sua Voz através da minha escola, workshops
profé cos e pela Internet. Eu queria ler tudo e aprender tudo o que
pudesse sobre a Voz de Deus.
Eu fiquei loucamente apaixonada pelo Deus da Criação e tudo o que eu
queria era estar com Ele. Eu chamava Ele de “Abba”, o carinhoso Termo
hebraico que Jesus também usou significando, “Papai”.
Abba era o meu Papai.
Gradualmente, eu parei de querer estar demais ao redor de pessoas. Eu
não estava interessada nas coisas normais que as outras pessoas estavam
interessadas. Eu não queria par cipar de festas de chá de mulheres
durante estudos bíblicos. Eu não queria ouvir alguma conversa do pregador
sobre Futebol no púlpito. Eu par cularmente não podia tolerar quando eu
ouvi aos cristãos compar lhando a sua alegria eterna sobre seus
programas de TV favoritos. Como facilmente se iluminavam seus rostos
sobre essas coisas ao invés de com as coisas de Deus.
Ugh!
Eu simplesmente não podia tolerar o mundo exterior de qualquer forma,
a forma ou maneira disso ter acontecido é que fiquei dentro ou no meu
jardim todos os dias ouvindo Deus compar lhar seus segredos comigo.
Ficou um pouco di cil às vezes até ter um relacionamento saudável
conjugal com Garre . Lá estava eu na presença do Deus Todo Poderoso
ouvindo os profundos mistérios de Cristo e Garre querendo romance. De
repente eu entendi por que Paulo falou sobre pessoas solteiras dizendo
que era “uma coisa boa para que eles permaneçam como estão, como eu.”
Mas Garre compreendeu. Mesmo ele não podia negar que o Deus
Todo-Poderoso estava FALANDO comigo em uma base regular como
Ele fez com Moisés ou Abraão. Despertada muitas vezes na noite com
Espírito de Deus que pairava sobre a nossa cama, Garre sabia que eu
nha aproveitado o “outro” lado de uma forma literal e profunda.
Claramente, eu havia me tornado amiga de Deus e Deus queria falar
comigo. Tudo o que Ele realmente queria desde o início era uma amiga, Ele
me disse. Prome a Ele que eu seria sempre sua amiga não importando as
circunstâncias.
“Não importando as circunstâncias, Shelley?” Ele me perguntou.
“Não importa o que aconteça!” O zeloso Pedro em mim prometeu. Então
fora daquele jardim verde no final do outono de 2004, Deus sussurrou em
meu ouvido, “Conte a sua história.” Eu sabia o que significava. Deus queria
que eu fizesse um site e contasse toda a minha história.
“Uh, não, eu não posso fazer isso”, respondi rapidamente no meu
coração. Eu já nha contado minha história o bastante, para centenas de
mulheres em prisões e missões de resgate. Além disso, eu já nha um
ministério. Pregação e ensino da Palavra, uma vez por semana para
mulheres em recuperação, eu estava feliz onde estava. Enfim, eu não ia
arruinar a minha vida perfeita e santa e ir a público falar sobre o meu
passado “pornô.” Você está brincando?
Eu não posso fazer isso, eu disse a Deus e depois argumentei umas boas
milhares de razões do por que não.
Primeiro de tudo, eu não queria lidar com as feias pessoas chatas. Eu
sabia que a indústria pornô tentaria me crucificar se eu saísse
publicamente com a minha história. Imaginei todas as vulgares palavras e
coisas que fariam se eu expusesse suas obras más. Além disso, eu
defini vamente não queria morrer como rótulo de ex-atriz pornô impresso
em minha lápide. De jeito nenhum.
Em segundo lugar, eu era a rainha do Cupcake e a mamãe que viajava
para a escola cristã das crianças. Os professores todos me conheciam e
amavam-me e eu nha feito amigos maravilhosos e nha o pres gio de
outras mães.
Em terceiro lugar, eu matriculei minha filha adolescente em uma escola
cristã par cular de elite para o Ensino Médio e não queria que as crianças
mexessem com ela. Essa também foi a primeira vez que ela teve a
oportunidade de usar suas habilidades de baterista e ela se tornou uma
percussionista na banda da escola de elite.
Em quarto lugar, o meu marido trabalhava com médicos e profissionais
que nós defini vamente não queríamos que soubessem do meu passado.
Em quinto lugar, eu posso perder as relações familiares que eu nha
trabalhado tão duro para construir.
E isso foi só o começo das dezenas de desculpas que eu dei a Deus a
respeito do porque eu não podia e não colocaria a minha “história” na
Internet.
Eu dei um úl mo passeio pelo meu jardim paradisíaco à noite, e a brisa
final do dia soprava perfumando o ar da noite. Era hora de aconchegar-se
com Garre na minha grande caminha quen nha e estudar minha Bíblia
Judaica completa juntamente com meu comentário bíblico Wycliffe.
Eu mal podia esperar para ver o que Deus me mostraria hoje à noite!
XXVII
Uma Confissão
Para O Inferno Com O Paraíso
Capítulo Vinte e Sete
O Espírito de Deus me acordou abruptamente às 03:30hs.
“Faça um web site com sua história.”
Eu finalmente concordei. “Tá bom, Deus.”
Uma coisa sobre mim, eu não discuto com Deus às 03:30hs da manhã,
especialmente quando o Seu Espírito me pede, me confronta e me
fortalece a criar um site em três horas.
Eu era uma web designer. Eu também sabia como fazer uma ferramenta
de busca o mizada e, por isso, naturalmente eu convenientemente deixei
de fazer essa parte. Eu pensei que ninguém iria encontrar o site que eu
havia feito, e caso alguém encontrasse, talvez fosse para ajudar algumas
mulheres a deixarem a indústria do sexo. Então, eu propositadamente
deixei os Meta tags (palavras chaves para encontrar um site) em branco.
Sorriso.
É claro, que nada disso afetou Deus. Ele poderia fazer o que Ele quisesse
e Ele o fez. Dentro de alguns meses, “atrasadinhos” começaram a me
encontrar. Eu sei porque eu usei um contador de visitantes para manter um
olho em quantas pessoas visitavam o meu novo Web site.
Eu era imper nente, eu admito. Eu realmente não estava pronta para
par lhar a minha história com o mundo inteiro.
Eu fugi disso a princípio. Mas logo eu comecei a receber e-mails com
pedidos para fazer entrevistas on-line.
“Muito bem, Deus, eu acho que é hora de falar para meus filhos e suas
escolas sobre o Seu plano”, eu disse a Deus.
“Sim”, Ele respondeu carinhosamente.
Então, depois de ter uma discussão com minha família sobre as
intenções de Deus, acabei no escritório do diretor da Escola Cristã das
minhas filhas. Para acabar com isso, disselhes o que Deus me disse para
fazer e que eu era uma ex-atriz pornô e que Deus salvou-me de tudo
debaixo do sol. Para minha grande surpresa, o diretor sorriu e me disse
que ele era um ex-usuário de heroína e sua mãe havia sido uma pros tuta!
Obrigada, Jesus, eu pensei.
Logo toda a escola sabia sobre a minha história. Mães e professores
começaram a vir até mim e dizer que eles foram tocados. A bibliotecária foi
especialmente tocada e chorou pelo que Deus nha feito em minha vida.
Comecei a realmente entender que minha história estava tocando
muitas vidas diferentes. Eu já sabia que a minha história nha ajudado as
mulheres que estavam destruídas pelas drogas e álcool, mas afetar de
forma posi va a vida de mulheres cristãs, bom, isso foi uma surpresa para
mim.
Deus con nuou a surpreender-me até que um dia a organização,
“Moralidade na Mídia”, pediu-me para fazer a minha primeira entrevista
por telefone. Eu pensei que nha chegado o grande momento. Finalmente,
eu compar lharia minha história com o mundo e todo mundo viria a
conhecer e amar o meu Jesus! Então, eu dei a entrevista muito
ingenuamente e honestamente não nha ideia de onde estava me
metendo.
Durante essa entrevista me perguntaram sobre meus sen mentos no
vício da pornografia. “Vício da Pornografia?” Eu perguntei a ela. “O que é
isso?” Eu não nha ideia do que ela estava falando. Eu nha ficado
trancada dentro de uma bolha cristã desde 1995, quando comecei a
frequentar o Centro de Campeões. Eu não nha ideia do que era o vício da
pornografia.
Embora eu vesse feito web design, eu nunca saí em redes sociais e
esses lugares da Internet. Eu só saí em fóruns de web design com outros
web designers. Ninguém nunca falava sobre o vício da pornografia.
Nós falávamos sobre codificação.
Então, eu es ve completamente escondida da pornografia e da maioria
do mundo por mais de 10 anos. O mais próximo que eu já havia chegado
do mundo contemporâneo foi quando ia ao supermercado depois que
deixei o exército em 2002 ou quando eu trabalhava com um cliente em seu
site de comércio eletrônico. Eu não assis a TV, com exceção do show para
crianças do Barney. Eu não ouvia música secular ou o rádio. Eu criava as
minhas filhas, estudava a Palavra de Deus e Teologia, dava aulas de Bíblia
na missão de resgate e projetava sites.
Eu vivia uma vida cristã tranquila e confortável e de repente a senhora
do outro lado do telefone a interrompeu.
Ela me explicou que o vício em pornografia era o problema número um
de saúde mental e passou a compar lhar horríveis esta s cas da
pornografia comigo. Sentei-me na minha cadeira e engasguei. Fiquei
espantada ao saber que havia milhões de páginas de pornografia na
Internet. Fiquei horrorizada ao saber que a indústria do pornô lança 11.000
filmes por ano contra 400 de Hollywood. Fiquei ainda mais trauma zada
ao saber que 54% dos pastores nham visto pornografia na Internet dentro
do úl mo ano.
“Pastores?” Eu perguntei, horrorizada. Eu realmente nha sido
reformada a uma senhora cristã agradável que nha esquecido
completamente o seu passado. Eu imaginava que todo mundo que era um
líder cristão, vivia uma vida boa e santa. Como poderia um homem de
Deus ver pornografia, era além do meu pensamento limitado e santo. Deus
certamente iria me “zap” se eu fizesse uma coisa assim!
Após a entrevista eu estava chateada. Na verdade, eu estava
completamente irritada.
Como poderia a Igreja e o governo permi r que a indústria do sexo
escapasse com tantos assassinatos? Será que eles não sabem a verdade
sobre a pornografia e que as mulheres nos pornôs não gostam de fazer
pornô?
Eu sentei lá e me irritei e Deus falou claramente comigo e disse: “Shelley,
você deve escrever um ar go sobre a verdade por trás da fantasia da
pornografia.”
De repente, uma indignação Santa encheu-me e eu estava rabiscando
um ar go levemente gráfico sobre a verdade por trás da fantasia de
pornografia.
O ar go me assustou. Eu nunca nha escrito um ar go em minha vida,
exceto trabalhos de pesquisa. Ele defini vamente foi o meu primeiro ar go
“gráfico”. Ai de mim, pensei. Perdi a cabeça. Mas Deus assegurou-me que
Ele escreveu o ar go através de mim.
Então Ele fez uma coisa louca que eu nunca esquecerei. De repente, as
letras da melodia, “Você faz um homem adulto chorar” foram jogadas em
minha mente e me assustei tanto que eu empurrei o ar go explícito para
longe de mim. Por que uma música secular estava tocando na minha
mente? Certamente eu não nha ouvido a música “Start Me Up” em
muitos anos.
Mas Deus me assegurou Ele teve suas razões para usar uma canção de
pedras para falar comigo. Em seguida, um versículo veio à mente quando
Jesus falou em Lucas 19:40:
“Eu digo a você”, ele respondeu: “se eles se calarem, as pedras
clamarão.” Uau, eu pensava em meu coração. O Deus Todo-Poderoso usou
de uma música de rock-n-roll para falar comigo. Certamente, minha
Teologia foi completamente esmagada.
Mas eu obedeci a Deus, e coloquei o ar go online e na boca da noite
meu ar go da “Verdade” começou a circular em todo o mundo. Visitantes
do meu web site passaram de centenas para milhares no final de 2005. De
repente, igrejas, organizações e pessoas envolvidas com pornografia em
todo o mundo começaram a entrar em contato comigo. A indústria
pornográfica também entrou em contato comigo.
Agora, eles queriam uma entrevista. Eu realmente estava animada
porque eu acreditava realmente que todos seriam salvos em uma única
entrevista. Eu estava tão animada para mostrar-lhes o amor de Jesus e
oferecer-lhes esperança e cura.
Luke Ford, um cara legal e jornalista pornográfico, começou a entrevista
me perguntando qual era o meu nome ar s co.
Eu midamente respondi de volta: “Bem, eu nunca revelei isso.” Na
verdade, eu não nha posto o meu nome “pornô” em meu site porque eu
não queria que as pessoas que o visitassem fossem tentadas a assis r aos
filmes an gos. Mas eu pensei no fato de que o site do Luke era um blog
“adulto” e que nenhum cristão do mundo jamais iria lê-lo. Além disso, eu
nha recebido e-mails de pornógrafos que até agora me diziam que eu era
uma men rosa. Então, achei que era o momento e o local perfeito para
divulgar meu nome de trabalho anterior e “calar a boca” dos opositores.
“Eu usava o nome de Roxy”, confessei. Então eu compar lhei o ponto X
da minha experiência no pornô, não querendo “ofender” qualquer um na
indústria pornô. Eu era muito nova para o moderno mundo da pornografia
em 2005.
Agradeci Luke pela entrevista e entusiasmada esperei para ouvir as
respostas quentes da indústria pornô. Aqui está uma pequena amostra do
que eu recebi:
“Vadia estúpida. Ninguém se importa com o que uma pros tuta tem a
dizer.”
“F*** Men rosa. Você ainda é uma puta que quer atenção.”
“Você não é nada além de uma vadia pros tuta de Jesus!”
Eu me assustei. Eu não podia acreditar nos comentários que saltavam e
atacavam-me através da tela do meu computador.
Em seguida, vieram os e-mails viciosos. Pornógrafos e promotores a
favor da pornografia começaram a ameaçar-me com sabor maligno de toda
vulgaridade das profundezas do inferno. Tornei-me totalmente
sobrecarregada.
Chorei por dentro e por fora o ano inteiro, durante meu despertar bruto
em 2005. Eu não entendia como as pessoas na indústria do pornô não
podiam ver a beleza do que Deus nha feito na minha a vida. Para piorar as
coisas, os chamados cristãos e pessoas “religiosas” enviaram e-mails
brutais de repreensão e uma interminável cadeia de sugestões sobre o que
eu deveria ou não fazer no meu novo Ministério “Pornô.”
Para acrescentar insulto à injúria, enviei aos meus pais e familiares o
meu testemunho logo depois que o coloquei no meu site na esperança de
que eles glorificassem a Deus comigo e até comemorassem em como Ele
estava me usando. Eu fui acordada abruptamente quando minha mãe me
disse que eu provavelmente nha ouvindo a voz do diabo.
“O QUÊ?” Eu não podia acreditar. Minha própria mãe se voltando contra
mim depois de toda a recuperação pela qual eu nha passado.
Então, ela começou a compar lhar com outros membros da família o
“ataque” horrível que eu nha lançado sobre ela e meu pai. Além disso, ela
envolveu meu irmão e minha irmã, e certamente, ve o privilégio de ler
seus e-mails de repreensão, juntamente com todos os outros que eu
recebi. É claro, eu escrevi de volta e me defendi e de repente eu estava no
inferno dos e-mails. Lá se foi toda a sabedoria que eu nha ganhado no
Centro dos Campeões.
No mesmo ano em que Satanás lançou um ataque brutal em nossa
família, e o pai do meu marido morreu em 01 de abril de 2005, em um
acidente de bicicleta que foi uma aberração. Tudo a nossa volta
desmoronou completamente, e o nosso paraíso perfeito foi inteiramente
arrancado de nós.
Estávamos literalmente vivendo o Livro de Jó da Bíblia.
Desfeita e completamente quebrada, eu clamava a Deus por respostas.
Desanimada, pela internet uma mulher me enviou uma mensagem
instantânea que dizia que Deus lhe disse para me dar Isaías 26:3:
Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em Ti, porque ele
confia em Ti.
Fiquei grandemente consolada. Me agarrei àquela Escritura e a aplicava
para cada coisa suja e feia que vinha em minha direção.
Foi quando o diabo me fez uma visita.
A noite estava escura e fria. Todos, minhas filhas e meu marido estavam
dobrados na cama enquanto eu estava, é claro, a lendo e-mails. Um peso
terrível tomou conta de mim e de repente sen meu corpo tentando
desmaiar.
Fraca, pensei. Eu nunca desmaiei antes. O que há de errado comigo?
Quando me levantei de minha cadeira, eu percebi alguma COISA estava em
cima de mim e estava apertando minha cabeça. Eu percebi o que “isso” era
e repreendi em nome de Jesus enquanto eu tentava caminhar até meu
quarto para pedir ao meu marido que orasse por mim. Envolvida ao redor
por uma en dade do mal de parede a parede, a força de mau me jogou
para o chão, onde eu passei perto do quarto da minha filha de cinco anos.
Não sabemos como aconteceu, mas alguém me arrastou para meu
quarto e me colocou sob a minha tábua de passar. De repente, eu ouvi a
voz de Garre chamando meu nome e eu acordei e virei minha cabeça
para ver um par de olhos me olhando. Minha foto de Jesus, de alguma
forma nha caído da parede e agora estava olhando diretamente para
mim. Em choque com tudo, eu tentei levantar, mas o peso ainda estava em
cima de mim e eu sen como se es vesse sendo estrangulada. Garre , um
ex-combatente médico, pensou que eu nha algum po de doença sica,
mas quando eu mal expressei as palavras “Satanás”, enquanto apontava
para a minha garganta, ele começou a imaginar que talvez pudesse ter sido
demoníaco. Dei-lhe um olhar louco como, o que mais poderia ser, IDIOTA?
Garre repreendeu o mal de mim e, finalmente, eu fui capaz de respirar.
Eu estava tão terrivelmente assustada que peguei todas as versões
diferentes da Bíblia que eu pudesse encontrar e rapidamente me escondi
sob minhas cobertas, onde eu me arrependi de todos os pecados que eu já
nha come do desde os três anos de idade. Eu estava APAVORADA!
Eu com medo clamei a Deus: “Abba, Deus, por favor me salve!” Mas
Deus me assegurou que não havia nada a temer e que Ele estava ali
comigo. Ele me lembrou que Satanás não nha autoridade sobre a nossa
família e que eu podia usar o nome de Seu Filho Jesus e repreendê-lo. De
repente lembrei-me das Escrituras de Batalha Espiritual e comecei a recitá-
las em voz alta, pois TODOS incluindo o diabo, poderiam me ouvir.
Escritura após Escritura eu declarei, em nome de Jesus até que eu
finalmente me cansei e cai dormindo.
Isto é, até que Satanás me acordou. Meus olhos foram abertos de
alguma forma, sen uma enorme bola preta flutuando entrar no meu
quarto e pairar sobre a borda da minha cama. Então ouvi uma voz falar
literalmente e contundente as palavras:
“Este é o meu sistema mundial e você não irá F**** com o meu
sistema.”
Essas foram as palavras exatas do diabo. Eu olhei imediatamente para
Deus e sen Sua grande presença por cima de mim. Cheia do Espírito
Santo virei a cabeça para o diabo e corajosamente respondi: “Fale com
Jeová”, e poof, ele foi embora.
Aquele primeiro ano lutando contra Satanás seria o primeiro de muitos
anos de guerra pela nossa família. Não treinados nas estratégias do
adversário do Santos, pouco sabíamos que a batalha contra o Reino de
Satanás, e por milhões de preciosas almas, nha apenas começado.
XXVIII
Uma Confissão
A dor do pornô em Tiffany
Capítulo Vinte e Oito
A Narra va da filha de uma atriz pornô.
Eu odiava minha mãe. Eu a odiava tanto que eu tentava sabotar tudo o
que ela fazia, incluindo o seu então chamado de ministério pornô.
Tudo começou quando eu nasci.
Mais escura e mais peluda do que a minha mãe loira e atriz pornô, me
sen desajeitada e feia. As pessoas percebiam o meu olhar “misto” e as
crianças zombavam de mim.
“Lobisomem”, gritavam e gritavam para mim. Eu apenas os socava de
volta na cara. Eu era uma Caratê ki meio asiá ca pequena e que não
aceitaria zombarias de ninguém. Eu também estava muito zangada. Eu
odiava minha mãe e especialmente aqueles homens estúpidos que ela
trazia para casa. Todos os bêbados com quem ela namorava me diziam que
queriam ser meu pai e eu começava a me sen r tão feliz por dentro e
achava que, Uau, eu chegaria a ser uma parte de uma família real!
Mas então eles desapareciam de novo. E, também, eles me tocavam lá
em baixo. Eu odiava quando eles faziam isso. Isso me fez querer me tocar
lá em baixo, também.
Foi quando eu comecei a me masturbar com quatro anos. Isso me fez
sen r bem e de qualquer forma, fez a dor ir embora, pelo menos por um
tempo. Eu também fingia ser um menino e fazia “coisas” para os meus
animais de pelúcia. Uma vez eu encontrei o vibrador de minha mãe e fiz
sexo com meu ursinho de pelúcia. Era estranho como eu sabia como usá-
lo. Eu provavelmente aprendi com a minha mãe, quando eu
acidentalmente vi seu filme pornô.
Ela estava usando vermelho. Eu nha cinco anos.
No começo eu pensei que minha mãe era uma estrela de cinema, mas
depois eu vi um velho puxar o seu “você sabe o que” e colá-lo dentro de
dela. Eu me sen tão suja e bruta. Eu pensei que ela era uma mãe ruim e
eu a odiei.
Então eu me masturbava. Depois de alguns minutos, eu odiava a minha
vida e queria morrer.
Uma voz me ajudou e me disse: “Está tudo bem, Tiffany.”
Quando eu nha terminado a voz me disse: “É só se matar.”
Um dia encontrei uma faca no meio do nada e me cortei com tanta força
quanto eu podia. Eu pensei que iria me matar, mas não consegui.
“Está tudo bem”, disse a voz. “Você pode tentar novamente mais tarde
quando Mamãe não es ver olhando.”
Eu vivia com muito medo da minha mãe. Eu sabia que ela me daria um
tapa na cara e gritaria comigo se eu não fizesse o que ela dissesse. Às
vezes, quando ela não estava olhando, eu tentava usar suas perucas. Eu
queria ser como ela. Na verdade, eu queria estar com ela. Mas ela nunca
nha tempo para mim. Eu era invisível.
Quando os homens estúpidos vinham até nossa casa, minha mãe me
dava um bip e me dizia para ficar fora até que ela me desse sinal pelo bip.
Eu sabia que era melhor voltar no início ou ela iria ficar louca e gritaria
comigo.
Quando eu saía, para brincar, ninguém reparava em mim.
Quando eu estava com fome, eu ia para casa do vizinho senão minha
mãe iria comprar salsichas fritas no Wienerschnitzel. Ou às vezes eu ia ao
andar de baixo da casa, para pegar comida e via um homem com uma
câmera de vídeo e minha mãe nua com outra mulher. Eu ficava com medo
e corria de volta para cima.
Quando morávamos em uma casa velha com um monte de gente, eu
queria atenção, então eu sentei no colo de um amigo da minha mãe e
pedi-lhe para ter relações sexuais comigo. Ele me deu um olhar engraçado.
Uma vez minha mãe demonstrou amor a mim e me deu um Sundae de
chocolate. Eu estava tão feliz, mas depois eu a vi derramar seu “drink” no
meu sorvete e eu fiquei com medo. A garrafa nha uma e queta preta e
branca. Minha mãe fez-me comê-lo e depois vomitei.
Sempre que eu tentava abraçar minha mãe, eu nha que avisar antes,
porque ela não queria me tocar. Eu sabia que ela não me queria porque eu
era feia e sema asiá ca. Ela sempre me disse que eu não era em nada
como ela; que eu era apenas uma coisa que apareceu do nada.
Crianças me diziam que eu era uma bastarda. Eu também fui abusada
sexualmente.
Uma noite, passei a noite com o namorado da minha mãe e ele me disse
para ficar quieta ou eu teria que dormir na cama, com ele nu. Mas quando
eu ri porque ele disse a palavra “nu”, ele me fez ir para a cama com ele.
Então ele me fez tocar sua coisa. Então ele tocou-me lá em baixo. Tudo
ficou muito confuso e tornou-se negro.
Eu realmente odiava a minha vida. Eu temia acordar pela manhã.
Atravessar cada dia, eu fingi que estava em um filme e que sempre que eu
acordava, era um novo filme. Tornei-me uma grande atriz como a minha
mãe.
Então um dia eu conheci outro dos namorados da minha mãe. Ele era
alto e mais agradável do que os outros. Ele disse que amava minha mãe,
mas eu não acreditei nele. Meu coração de cinco anos de idade já estava
quebrado e endurecido.
A única coisa que eu esperava era assis r MTV. A música me acalmou e
me levou para um lugar longe da minha vida horrível. Com menos de cinco
anos, minhas bandas favoritas eram Van Halen, Metallica e Alice in Chains.
Eu me sen a muito próxima do vocalista do Alice in Chains porque ele
parecia realmente emocional.
Eu me sinto assim também, eu imaginava.
Mais tarde soube que o meu cantor favorito rou a própria vida e que
demorou duas semanas para que as pessoas finalmente descobrissem. Isso
é como eu me sen a. Ninguém sequer perceberia que eu nha ido
embora.
Um dia fora da depressão, minha mãe se casou com um homem
agradável e de repente, a família do meu novo pai estava me dando
presentes. Eles eram muito bons para mim. Mas eu ainda não confiava
neles.
Quando eu o reconheci com meu então chamado pai, eu o chamava de
“Gary”, ele me disse para chamá-lo de papai.
“Ok, Gary” Eu simplesmente respondi e subi os degraus. Nenhum
homem poderia me dizer nada.
Conforme fui crescendo, comecei a me cortar. Sen a-me feia, nojenta e
como uma grande perdedora, porque eu me masturbava. Eu pensava que
era somente eu no mundo que fazia isso. Eu também me sen muito
gorda, porque ganhei muito peso por comer por abalo emocional. Comer
me acalmava, especialmente chocolate.
No meu ginásio e colegial, eu não podia me dar bem com ninguém. Ser
uma percussionista na banda do Colegial era a ÚNICA coisa que me fazia
levantar de manhã. Até então, eu odiava a minha vida e me sen a o maior
pedaço de merda no mundo. Eu era grande e marrom e minha carne era
gorda e mole. Sen me como um pedaço de merda literal.
Tornei-me uma rebelde quando minha mãe saiu publicamente com a sua
história. Eu agi como se es vesse bem com ela, mas no fundo eu sen a
que ela estava tentando me machucar de propósito. Eu culpava Deus,
também. Como poderiam Ele e minha mãe me machucarem mais uma vez,
especialmente quando nossa família finalmente teve um pouco de paz?
Eu cresci ressen da e estava cheia de raiva. Eu comecei a me
automu lar ainda mais. Minha mãe sempre me perguntava porque eu
usava muito as roupas com mangas. Ela nunca soube que era porque eu
me cortava. Eu também usava calças jeans para esconder minhas cicatrizes
e gordura. Em Washington eu poderia disfarçar isso, mas na Califórnia,
minha mãe começou a suspeitar que havia algo de errado comigo.
Finalmente, por vingança e incen vo de vozes mal, tentei suicídio em 15
de maio de 2006, três dias antes do aniversário de minha mãe e 10 dias
depois que ela apareceu no programa Clube 700. Eu nha apenas
começado a tomar Lexapro, um an depressivo para TPM severa. Pelo
menos foi o que os médicos diagnos caram em mim. Ninguém sabia que
eu ainda lutava contra os efeitos graves do abuso sexual infan l. Todos
esses anos minha mãe passou em recuperação profunda, mas eu nunca fui
curada.
Todo mundo achava que eu era curada.
Quando eu descobri que na escola eu estava falhando na matéria de
geometria; isso foi a cereja final no bolo. Eu queria provar a mim mesma
para meus pais. Eu queria mostrar às pessoas que eu não era um fracasso.
Na verdade, eu não conseguia nem ler quando menina. Eu fiquei re da no
Jardim de infância e frequentei mais de treze escolas devido a tantas
mudanças militares de nossa família. Eu nunca recebi uma oportunidade
sólida para aprender.
Eu me sen a como o maior fracasso do mundo.
Meu relacionamento com os amigos estava falhando. Minha família foi
passando pelo inferno “pornô” e perdeu o apoio dos familiares. Agora, eu
estava falhando na escola. A mesma voz veio para mim e disse: “Está tudo
bem, Tiffany, apenas se mate e a dor vai acabar.”
Então, eu faltei na minha úl ma aula e dirigi para casa em minha
caminhonete enquanto ria como uma pessoa insana. De repente, o
pensamento de me matar se tornou a melhor ideia do mundo, po como
da invenção da eletricidade.
Mas Deus realmente nha a minha mãe para me resgatar naquele dia.
De repente ela ligou e disse que queria passar algum tempo comigo no
salão de beleza. Eu lhe disse que estava ocupada, mas depois a minha mãe
con nuou ligando e dizendo que se sen a como se algo es vesse errado e
que ela realmente precisava estar comigo.
“Eu não quero ir ao salão de beleza. Eu estou bem.” Eu men para ela.
Mas ela sabia que algo estava errado.
Quando cheguei em casa e saí da caminhonete, observei e toda a nossa
casa parecia que nha uma névoa negra sobre ela. Eu poderia literalmente
ouvir Satanás rindo de mim. Eu não poderia lutar mais com ele. Me sen
alta como se es vesse drogada. Olhei em volta e notei que cada casa
estava linda, mas que a nossa casa parecia preta e repugnante.
Eu entrei e larguei tudo pela porta e fui direto para a cozinha para
encontrar uma faca. Eu não pensei duas vezes sobre isso e comecei a serrar
meu pulso como uma violinista. Eu estava chorando violentamente e
ferozmente, totalmente fora de controle. Eu absolutamente odiava a
minha vida e eu cortei meu pulso tão profundo quanto eu poderia.
E então minha mãe me ligou. Ela disse que sen u que havia algo muito
errado comigo e realmente queria falar comigo. Eu desliguei o telefone e
fui ao banheiro onde desmaiei várias vezes no chão por causa da perda de
sangue.
De repente voltei à realidade e uma voz poderosa, disse, “Levante-se.”
Olhei em volta e não reconheci o que nha acontecido. Eu comecei a
surtar e a Voz de Deus disseme, “Calma, Tiffany. Eu estou aqui.”
“O que eu fiz, meu Deus? O que eu fiz?” Clamei a Deus.
Deus calmamente respondeu: “Você cortou seu pulso. Não se preocupe.
Eu preciso que você digite ‘Lexapro’ no Google.”
Eu fui imediatamente para o computador e digitei Lexapro e li um aviso
sobre adolescentes que se suicidaram ao tomar o an depressivo. Deus me
tranquilizou naquele momento dizendo que eu não era louca. Eu
realmente sen o Seu amor e cuidado para comigo naquele momento.
Quando minha mãe chegou em casa e percebeu o que nha acontecido,
ela e meu pai imediatamente me levaram para a sala de emergência onde
a enfermeira me perguntou se eu queria me matar. Eu respondi: Sim.
Então, ela digitou a palavra suicídio.
Olhei para meu pai e sua cabeça estava abaixada com lágrimas
escorrendo pelo seu rosto. Foi o pior momento da minha a vida.
Meus pais estavam inconsoláveis. Minha pobre mãe estava totalmente
confusa. Tinha certeza de que Deus havia lhe dito para ir a público com a
sua história e para começar um ministério para ajudar as pessoas na
indústria pornô e combater a pornografia e, ainda assim, sua família estava
desmoronando. Foi quando minha mãe começou a ter sérios problemas de
saúde.
Mas ela nunca desis u de mim e, de fato, ela lutou mais forte por mim.
Ela vinha ao meu quarto e me ensinava da Palavra de Deus e me
incen vava com histórias bíblicas como aquela sobre Davi em Ziclague. Ela
me ensinou e me incen vou no Senhor a nunca, nunca desis r. Ela me
disse que eu era bonita e compar lhou Escrituras sobre o amor incrível de
Deus por mim. Ela não compreendia totalmente o que eu estava passando,
mas ela sabia que a Palavra de Deus poderia me curar. Ela era a prova viva
disso.
Um dia eu não podia suportar mais a dor, e disse a Deus que Ele nem
precisava provar que era real ou não, pois eu iria defini vamente me
matar. Eu joguei a Bíblia no ar e ela pousou na minha cama e aberta no
Salmo 103:
Louvai ao Senhor, ó minha alma, e não te esqueças de todos os seus
bene cios, que perdoa todos os teus pecados e sara todas as tuas
enfermidades, quem redime a tua vida da cova e te coroa de amor e
compaixão.
Aquele foi o dia em que eu realmente fui salva.
Quando comecei a permanecer sobre a Palavra de Deus e a cura nos
próximos anos, Deus enviou-me um homem humilde e misericordioso
chamado Shane que se tornou o amor e a alegria da minha vida. Me casei
com o primeiro menino que eu beijei em 15 de agosto de 2009, quando eu
nha 20 anos de idade. Finalmente me foi dada uma chance real para ser
curada e estudar a Palavra de Deus sem qualquer interrupção. Casada com
Shane e sob sua proteção, Deus começou a me ensinar sobre seu grande
amor por mim. É como se estar casada demonstrasse a “unidade” e
também o algo “especial” que Deus queria ter comigo. Meus pais nham
me mostrado um grande exemplo de amor em um casamento cristão e
agora era minha vez de experimentar um relacionamento amoroso.
Depois de uma jornada muito longa e di cil, agora estou de volta ao lado
de minha mãe e pronta para combater o bom combate. Eu sei que é uma
luta urgente, especialmente porque Deus tem me preparado totalmente
para as profundezas do inferno. Mas eu estou pronta. Estou pronta para ir
contra Satanás e destruir as obras das trevas.
Eu não me masturbo mais e eu não estou mais com raiva. Para qualquer
coisa, eu estou cheia de compaixão genuína para ajudar as pessoas que
estão sofrendo como eu estava. Eu também estou preenchida com um
fogo sagrado para que a Verdade de Deus e da Jus ça sejam espalhadas
por toda a terra. Para um momento como este, eu sei que eu nasci e fui
escolhida por Deus para ser sua mensageira.
Meu nome é prova disso. Minha mãe não sabia naquele tempo, mas ela
chamou-me “Tiffany”, que significa, “aparência de Deus.” Nascida de uma
pros tuta, quais são as chances?
Mas Deus nha um plano perfeito para a minha vida e Ele tem um para a
sua também! Você vai me deixar orar por você hoje? Por favor, diga essa
oração comigo e conheça o Deus “que cura todas as suas doenças, que
redime a tua vida da cova e te coroa de amor e compaixão.”
Querido Pai,
Eu quero Te conhecer. Eu creio que Tu enviaste Teu Filho Jesus ao mundo
para morrer por meus pecados e para curar a todas as minhas doenças e
para me salvar do abismo do inferno e da destruição.
Peço-te para salvar-me e purifica-me e ensinar-me os teus caminhos e
coroa-me com amor e compaixão. Obrigado, Pai, por Seu amor incrível.
Amém
Nossa família te ama e está orando por você!
XXIX
Uma Confissão
Jornada Ao Inferno
Capítulo Vinte e Nove
O poder de uma oração tomou um novo significado para a minha família.
Com a minha teologia caindo aos pedaços, nossos parentes chateados
com a gente, ataques da indústria pornô, repreensão dos chamados
Ministérios cristãos e outros tentando me puxar para o jogo cristão de
fofoca, eu sabia que era hora de cair de joelhos e orar até que fizesse um
buraco em meu tapete marrom.
Eu não estava defini vamente pronta para um ministério pornô
internacional.
Quero dizer, onde é que eu ia encontrar mentores espirituais para ISSO?
Mas Deus me assegurou que quando eu caísse de joelhos, Ele responderia
minhas orações desesperadas e faria excessivamente acima de tudo, que
eu pudesse pedir ou pensar. De repente lembrei-me de uma pregação
sobre a VERDADE com palavras poderosas quando o pregador disse:
“Nenhum grande mover de Deus acontece sem uma grande oração.”
Comecei a orar por coisas específicas que eu sabia que precisava a fim
de con nuar no ministério radical para o qual Deus havia me chamado.
Inspirada pela autobiografia de Billy Graham, “Assim como Eu Sou”, uma
coisa que eu orei foi por amigos dedicados ao longo da vida, para viverem
ao nosso lado, assim como Billy nha. Naquele tempo éramos apenas
minha família em uma guerra suportando a pornografia, estávamos
desgastados.
Especialmente eu.
De infecções por estafilococos à anemia grave causada por hemorragias
durante o meu período menstrual, eu mal nha começado e já estava me
sen ndo enjoada. Lembrei-me das palavras da minha mentora espiritual
Pat, que com palavras vitais me avisou que eu precisaria ter mais cuidado
com minha saúde se eu quisesse ser uma missionária. Com experiência em
uma missão de alcance mundial, ela me avisou. Mas eu não ouvi. Eu fui tão
fundamentada em maneiras “Campeãs” espirituais, que eu não pensava
muito sobre o aspecto “ sico” do ministério. Na verdade, Deus também
alertou-me sobre a minha saúde. Quando eu comecei o ministério em
2004 eu pesava gritantes 90kg, e Deus me alertou para perder peso a fim
de entrar em forma para a poderosa missão à frente.
Eu realmente não entendia o vasto e iminente ministério para o qual
Deus me chamou. Na minha mente, eu era uma mãe cristã e da professora
da Bíblia que vivia em Bakersfield e lutava um pouco sobre o lado pornô.
Ainda realmente envolvida com a escola das minhas filhas e minhas aulas
de teologia, eu mal notei quando apareceram no cias sobre minhas
entrevistas no rádio. Ok, talvez eu notei um pouco. Claro, foi emocionante
me ver na televisão ou me ouvir no rádio pela primeira vez, mas a sério,
fiquei tão ocupada fazendo o trabalho real do ministério que eu não
assis a ou ouvia a metade das entrevistas que eu dava. Em 2006, eu
aparecia em até cerca de 1 ou 2 programas de rádio em uma semana
rasgando a máscara da pornografia - e isso é quando todas as estrelas
pornô, pros tutas e strippers começaram a entrar em contato comigo.
Verdadeiramente, foi quando o ministério real começou. Horas e horas
de intermináveis doenças mentais e reclamações da pornografia que
vinham através do meu telefone aos meus já estressados ouvidos cristãos.
Eu escutava a centenas de mulheres me contavam seus problemas todos
até da Alemanha! Coisas obscenas que eu nunca nha sequer ouvido falar
entraram em minha mente reformada, e embora eu ficasse confusa sobre
a natureza “pornográfica” do meu ministério, eu ainda con nuei. A
compaixão do Senhor Jesus encheu meu coração para a destruição das
mulheres que gritavam por ajuda de todo o mundo.
De repente eu me vi imersa no MySpace por horas conversando com
estrelas pornô, strippers, pros tutas, garotas de sexo por telefone,
esposas, maridos, jovens e todos os demais sob o sol que gritavam por
socorro contra a pornografia e a indústria do sexo. Eu nha desenvolvido
um amor tão profundo e uma paixão por querer ver todas essas pessoas
sendo curadas que eu esqueci completamente da minha própria saúde!
Mas o chamado de Deus con nuou a crescer e a próxima coisa que você
já sabe, eu comecei a farejar convenções pornô em janeiro de 2006. Meu
pastor da igreja em que estávamos frequentando ofereceu para nos alugar
uma sala para atendermos as estrelas pornô. Eu estava mais do que
contente! Então duas semanas antes da divulgação, o pastor mudou de
ideia e disse que nós mesmos sairíamos atrás dos viciados em pornografia
no terreno deles. Eu estava passada. Eu também fiquei imaginando como
ele planejava rar viciados em pornografia de uma convenção pornô e
ajudá-los a receber ajuda para o vício do pornô.
Mas todos nós colocamos a nossa confiança em Deus e uma pequena
equipe de Bakersfield foi para Las Vegas até a Expo de Entretenimento
Adulto de 2006. Bem, pelo menos, fomos para um quarto alugado por
perto para a expo. Nós nos dividimos em equipes e acabei sendo uma das
poucas que realmente entraram na convenção. Nada familiarizada com a
indústria pornô dos dias modernos, um novo mundo pornográfico se abriu
para mim enquanto es ve lá horrorizada, observando violentas imagens na
minha frente.
Vídeo após vídeo de rostos de mulheres sendo rasgados, enquanto
homens grotescos violentamente as penetravam por trás se tornaram
demais para mim. Para meu grande desgosto, eu virava minha cabeça para
testemunhar as centenas de milhares de fãs do sexo masculino em pé em
torno de mim assis ndo a vídeos violentos com prazer extremo. Eu não
podia acreditar nos meus olhos cristãos! Eu nunca nha visto tantos
homens desesperados e demonizados em um só lugar. Famintos e vorazes
lobos, olhando para as atrizes pornô como se elas fossem sua úl ma
refeição, eu queria evaporar de lá. Mas o Senhor me disse para pegar o
óleo da unção e colocar as mãos em todos os estandes. Obediente a sua
voz, comecei a orar através do poder do Espírito Santo, e de repente uma
questão de vida ou morte tornou-se clara para mim. A urgência que sen
foi inexplicável enquanto eu ia de estande em estande expulsando
demônios sob a minha respiração, em nome de Jesus Cristo. A poderosa
guerreira em mim se levantara, e eu sabia que estava batalhando pelo
des no eterno das almas.
Foi um dia de acerto de contas. Foi também um dia do Favor do Senhor.
De repente, mulheres e homens começaram a deixar o pornô. Eu nem
mesmo havia ministrado pessoalmente a alguns deles, mas o próprio Deus
foi resgatá-los. Foi incrível ver a mão de Deus se movendo tão
poderosamente no meio de tanta malignidade. O que eu achei mais
surpreendente, foi que nos mesmos estandes por onde orei na convenção,
alguns deles eram os mesmos que começavam a sair fora agora!
Verdadeiramente, o poder da oração assumiu um significado ainda mais
recente na minha vida. Inspirada pelo incrível resgate de Deus das
mulheres na pornografia, eu me tornei uma poderosa mulher de oração.
Enquanto con nuei a ministrar mulheres na indústria do sexo, eu
aprendi que Deus já estava em movimento e havia resgatado milhares de
mulheres de toda a indústria do sexo, incluindo strippers, pros tutas,
operadoras de sexo por telefone e muito mais.
Surpreendentemente, Deus já havia começado um movimento em todo
o mundo, mas em 2006, as coisas começaram a mover-se rapidamente,
especialmente quando eu vi uma série de ministérios sobre a indústria do
sexo aparecendo em toda a web.
Eu nunca nha visto nada parecido. Eu ainda não nha lido sobre
qualquer coisa que pudesse descrever o que Deus estava fazendo na terra.
Certamente, Deus estava tramando algo ENORME! E aqui estava a grande
par cipante, eu fui escolhida para ser um de Seus líderes no movimento de
emancipação na indústria do sexo!
Santo Deus! “Quem sou eu?” Eu ficava perguntando a Deus.
“Apenas permaneça humilde, Shelley. Você vai precisar de uma séria
humildade para isso”. Deus, juntamente com todos os demais do mundo
cristão, enfa camente me alertaram, e assim eu comprei um livro sobre a
grandeza da humildade. Eu sabia que, honestamente, eu não era humilde o
suficiente para uma extensão deste calibre não estava pronta para ser uma
“Madre Teresa” para a indústria pornô. De jeito nenhum. Eu era uma
miserável e no início das entrevistas gostava muito das câmeras.
Mas Deus foi fiel para operar uma cura para o meu prazer em qualquer
parte do novo ministério público, para o qual Ele havia me chamado. Para
começar a minha escola de humildade, Ele carinhosamente me enviou
outros ministérios pornô para me levarem à loucura. Nossas lutas imaturas
junto com minha deterioração da saúde e a mistura de algumas horas de
guerra satânica, de ouvir as mulheres mentalmente afetadas e abusadas
sexualmente, oh sim, eu estava defini vamente sendo humilhada.
Tá bom, eu precisava disso. Eu era uma idiota no começo.
Mas eu discordo.
Espere, deixe-me corrigir. Eu ainda sou uma idiota.
Ok, agora eu realmente discordo.
Pensando seriamente, Deus sabia que eu precisava de mais humildade
para o súbito interesse público no testemunho “hardcore” da Ex-atriz
pornô Shelley Lubben em 2006. O que eu considero o meu ano de
“rompimento” público, comecei a receber convites para falar em todo os
Estados Unidos e pedidos para aparecer na mídia das principais redes de
televisão para redes de televisão cristãs e shows seculares.
Finalmente, pensei. Eu estou fazendo aquilo para o que fui criada!
Minha primeira grande aparição na televisão Cristã foi no programa
Clube 700. Filmado em minha casa em Bakersfield, eu também apareci ao
vivo no programa em 05 de maio de 2006. Cheios do Espírito de Deus e
com o testemunho da salvação de Jesus Cristo, os produtores do Clube 700
me informaram que 546 pessoas foram salvas durante a hora que eu
parecia no programa.
Eu estava pregando o Evangelho “hardcore” de Jesus Cristo agora! E,
claro, houve reação satânica. Satanás não ia deixar uma ex-estrela pornô
sair por aí com um testemunho diante de uma plateia de cristãos que
estavam lutando contra a pornografia! Claro que não, o inferno teve a
certeza de DEZ DIAS DEPOIS poderosamente orquestrar para que minha
filha de 17 anos tentasse o suicídio cortando seu pulso com uma faca
enorme.
Se você soubesse a dor que nossa família experimentou. Eu nha certeza
que era hora de parar, mas Deus discordou totalmente. Na verdade, Ele me
fez pregar no dia seguinte ao ataque da minha filha em uma reunião
chamada Celebrando a Recuperação. Imagine o tapa na cara feia de
Satanás. A mensagem foi pregada em pura dor e sofrimento, mas eu vi
Deus poderosamente tocar e curar todas as pessoas naquela reunião. Oh
yeah, Deus abalou aquilo!
Cheia de perplexidade pela nova guerra em que minha família estava,
nós saltamos para a oportunidade de chegar até as estrelas pornô em
janeiro de 2007 na Expo de Entretenimento Adulto. Deus deixou bem claro
que eu não estava apenas indo, mas que era para ficar bem próxima dele e
aprender. Entretanto, os ministérios pornô estavam brigando e tornou-se
conflitante demais para mim para par cipar então Deus me avisou para
separar-me.
Não foi fácil me separar porque eu nha sido muito ensinada sobre
trabalho em equipe e unidade no Centro dos Campeões. Mas ao mesmo
tempo, eu não iria engolir a excessivamente enigmá ca mensagem da
graça-embalada que estava sendo oferecida a milhares de pessoas
pornificadas cujas vidas eram um inferno. Eles precisavam do Evangelho
puro e sem adulteração de Jesus Cristo, não do pênis ereto de 9 metros de
altura chamado Wally the Wiener que eu vi brotar e “apareceu” em um
estande do ministério pornô. Eu entendi que eles estavam tentando ser
relevantes, mas sério, eles não conheciam o poder da Palavra de Deus.
Especialmente, quando eu também descobri um vídeo em seu web site
sobre como Deus mata ga nhos cada vez que alguém se masturba.
O flagrante de irreverência para com os atributos santos de Deus, fiquei
horrorizada. Não, eu sabia que não devia ficar muito envolvida com eles.
Mas, claro, por causa dos bebês que estavam vindo dos ministérios pornô
para receber nossa ajuda, ao mesmo tempo, eu tentei morder minha
língua e usar mais a sabedoria em minhas relações com outros ministérios
e organizações.
Assim como da pornografia, eu calmamente me afastei do círculo dos
ministérios de elite de pornografia e segui a Deus para a Terra de ninguém.
Foi aí que a pergunta do século queimou dentro da minha mente: Como
eu poderia chegar até as estrelas pornô, os pornógrafos e os fãs do pornô
no amor em uma convenção de pornografia e ainda não comprometer a
Verdade de Deus?
Enquanto eu ponderava nessa pergunta e con nuava a minha divulgação
on-line para estrelas pornô e viciados em pornografia, eu de alguma forma
acabei pregando o Evangelho e compar lhando meu testemunho com uma
plateia de 2.000 homens cristãos em Bend, Oregon.
Incrivelmente nervosa, mas cheia do Espírito Santo, eu corajosamente
chamei os homens na plateia que estavam lutando contra o vício em
pornografia para se levantarem e receber a cura através do poder de Jesus
Cristo. No início apenas cerca de 30% dos homens levantou-se, mas então
Deus me disse para chamar mais e assim eu fiz.
“Deus disse que há MAIS de vocês e que devem ficar em pé! Quem quer
que se levante hoje, será liberto!” Eu gritava para a arena escura.
Quase imediatamente, outros 40% dos homens levantou-se. Essa foi
uma maravilhosa vista do grande palco e de repente ba a exatamente com
a visão que Jesus me deu quando eu nha seis anos de idade.
Cheia de emoções extremas, eu tentei lutar contra as lágrimas enquanto
eu humildemente louvei a Deus por tudo o que Ele estava fazendo através
de mim e ao meu redor. Eu não podia acreditar. Eu sinceramente ainda não
acredito.
Deus provou ser fiel mais e mais, e o fruto do meu ministério começou a
aparecer em toda parte. Mensagens eram enviadas por pessoas de todo o
mundo em gra dão pela minha coragem em contar a minha história e
ousadamente declarar o Evangelho. A bondade de Deus para mim e minha
família tomou conta de mim.
Até o final de 2007 e uma divulgação on-line vitoriosa, desde estrelas da
pornografia a viciados em pornografia, aparições regulares redes de TV
cristãs e seculares, viajando e falando com as igrejas e organizações que
compar lham a verdade sobre a pornografia e o Evangelho, Deus começou
a mover-se em nossos corações para um mover ainda maior para curar o
mundo da pornografia.
Devido ao clamor de milhões de pessoas feridas e a necessidade de
alguém para ir até a indústria pornô em primeira mão com conhecimento e
um coração para resgatar, meu marido e eu fomos a um advogado para
iniciar oficialmente a Pink Cross Founda on: a organização sem fins
lucra vos baseada na fé, seria a primeira a ajudar financeiramente e
emocionalmente as mulheres e os homens a sair da indústria do pornô. Já
não seriam apenas encontros privados ou online com as estrelas pornô, era
tempo de, corajosamente, ir ao seu mundo e alcançá-los de uma forma
tangível e compar lhar a verdade e amor de Jesus Cristo.
No começo eu não nha ideia de como isso seria, mas, felizmente, eu
nha do tempo para construir relacionamentos com muitas das pessoas
no pornô. Eu realmente amava essas pessoas. Eu os amava tanto que
fiquei preocupada se meu alcance poderia machucá-los ou constrangê-los
de uma forma muito grande, então eu clamei a Deus por mais sabedoria.
Mas Deus me assegurou ao longo do tempo que havia pouco que eu
pudesse fazer para constranger essas pessoas que foram usados para expor
publicamente seus corpos sexualmente doentes. Essas pessoas só
precisavam de um amor “hardcore” e uma dose de realidade, e eu era
aquela que daria isso a eles.
Então, eu entrei nisso, liguei para a gestão pornô para solicitar a reserva
de um estande para a Eró ca LA, a Convenção em Los Angeles em 2008.
Então eu me apressei para tentar arrecadar dinheiro para um alcance do
porte de Golias. Eu passei meses tentando convencer as pessoas a apoiar o
poderoso mover de Deus na indústria pornô.
Com a nossa equipe de ex-estrelas pornô, ex-viciados em pornografia
recuperados e preparados para ministrar em um dos ambientes mais hos s
conhecidos para o cris anismo, Deus também preparou os corações dos
legisladores da Califórnia para ouvir um relato em primeira mão de alguém
que viveu para contar sobre os efeitos secundários nega vos da
pornografia.
Senhor, tenha misericórdia.
Contatada em janeiro de 2008 pelo gabinete do membro da Assembleia
Charles M. Calderon, ele queria que eu o ajudasse a colocar um imposto
sobre o projeto de lei a respeito do Imposto da Indústria Pornô para
gritantes 25%. Isso traria algum dinheiro sério para a pobrezinha Califórnia,
bem como ajudaria a melhorar os efeitos nega vos secundários da
pornografia.
De repente, eu estava de joelho no fundo de um mundo polí co para o
qual eu não estava pronta. Pelo menos, eu não pensava que es vesse, mas
Deus provou-me que estava errada e usei o meu testemunho, juntamente
com Daphne, minha comadre e anteriormente atriz da indústria adulta,
para expor a indústria adulta de TODA a Califórnia. Agora Deus estava indo
para cima de todo o mundo adulto, e não apenas da indústria do pornô.
Senhor, tenha misericórdia novamente!
Em 12 de maio de 2008, minha família, Daphne e eu entramos no prédio
do Capitólio da Califórnia e imediatamente me sen como se es vesse em
casa. Eu nunca sen tanta certeza de nada em minha vida. Energizada
pelas poderosas tomadas de decisão acontecendo ao meu redor, eu me
apaixonei pelo sistema super poderoso e sonhava em um dia me tornar
uma funcionária pública. Pensamentos de reforma da Califórnia dançavam
em minha cabeça esmagada e estressada.
Eu nha que admi r, que embora eu amasse tudo aquilo, eu me sen a
muito nervosa. Quando o membro da Assembleia, Sr. Calderon anunciou
que havia muitas pessoas da Lei no lado oposto e que nós teríamos que
nos mudar para um edi cio maior, foi aí que a realidade bateu dura na
minha cara.
Oh caramba, eu estou prestes a testemunhar contra a indústria
pornográfica de mul -bilhões de dólares, pensei. Como foi que eu cheguei
tão longe em tão curto tempo? Indaguei de Deus.
Como de costume, ele sorriu e disse: Suas três famosas palavras, “Confie
em Mim.”
Embora a taxa nunca tenha passado em úl ma instância, em agosto de
2008, a taxa foi para o Comitê de Receita e Tributação da Assembleia, o
que foi uma grande vitória. De repente, a Califórnia começou a entender o
horrível problema do pornô, bem como as agências de serviço público
ficaram atrás de mim. É claro que eles ficaram. Eles esperavam que eu
fosse salvar seus empregos!
Mas imagine como foi para mim, ir para a Convenção Eró ca LA apenas
duas semanas mais tarde, depois de ter testemunhado contra a indústria
pornô na legislatura estadual.
Nada bonito.
A reação satânica piorou e eu estava no consultório médico quase todas
as semanas por causa dos meus próprios efeitos secundários nega vos da
pornografia. Caí de joelhos, e orei a Deus por estratégias sérias do céu para
con nuar a luta contra pornografia e ainda permanecer inteira!
Enquanto orava, me lembrei das palavras humildes de Jesus em Mateus
5:
Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra.
Mansidão significa força controlada. O Espírito Santo também ensinou-
me que a humildade seria a minha arma número um na luta contra a
pornografia. Ele estava certo.
Obviamente não posso compar lhar todas as estratégias celes ais que
Ele me tem dado, mas…
Sobrancelhas levantadas.
Digamos apenas que eu perseguia a humildade, andava em amor o
melhor que eu pudesse, e comecei a orar todo o dia e noite para o
Verdadeiro Al ssimo Deus, e pedi a outras pessoas dedicadas para orarem
e, claro, eu trabalhei muito duro. Eu também aprendi a confiar apenas no
Espírito de Deus, especialmente quando eu estava completamente fora de
mim, sem ninguém para entender o inferno que eu estava passando.
Quando ninguém nha a sabedoria do alto ou conselhos para me ajudar
a con nuar a pioneira de um “ministério que virou missão” para o qual
Deus me chamou, só o Espírito de Deus poderia falar comigo. 1 João 2:27
tornou-se a realidade “hardcore” da minha vida:
Quanto a vós, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não
precisam de ninguém para ensiná-los. Mas como a sua unção vos ensina
sobre todas as coisas e como a unção é real, não de falsificada assim ela
vos ensina, permanecei nele.
Eu finalmente entendi o que significava aquela Escritura e comecei a
aprender a confiar totalmente na direção do Espírito Santo. O que foi uma
das coisas mais di ceis de fazer, especialmente com tantas vozes me
dizendo o contrário!
Meus pais me diziam uma coisa. Meus mentores me avisavam de outra.
Cristãos, muçulmanos, católicos, mórmons, ateus e todo mundo me dava
seus pontos de vista. Todos queriam dar sua opinião sobre a minha missão
de pornografia e qual deus eu deveria seguir, mas o meu Deus me alertou
e disse: “Siga-Me.”
Tornou-se extremamente di cil até mesmo quando o meu próprio
marido expressava dúvidas sobre a missão que Deus nha nos dado. De
repente, outras perguntas queimavam em nossas mentes: Se nós
realmente fomos chamados por Deus para liderar uma organização
internacional an -pornografia com a missão de divulgação, Ele permi ria
que a nossa família desmoronasse por causa disso?
De acordo com a pesquisa do Google que eu fiz em “ministério burnout”
(síndrome), nossa família deveria ter pendurado suas bo nas de combate
há muito tempo atrás.
Mas Deus deixou bem claro para mim que eu não deveria olhar para a
direita ou para a esquerda e que era para eu con nuar a seguir a unção.
Onde quer que Ele fosse, era exatamente onde eu deveria ir. E se não
houvesse qualquer poder tangível, para obtê-lo eu deveria dobrar os meus
joelhos enfraquecidos e clamar por mais força e humildade.
Percebi também durante este tempo de aprendizagem extrema que eu
estava sendo crucificada e completamente esvaziada de mim mesma,
devido à arrogância da carne que ainda habitava dentro de mim. Na linha
de frente na escola de humildade, fiquei desesperada e lia apenas livros
escritos por Santos que já nha estado lá e feito isso.
Madre Teresa, S. João da Cruz, S. Francisco de Assis, S. Teresa de Ávila,
Paulo e a lista con nua. Incapaz de receber qualquer alívio dos
contemporâneos do evangelho e dos professores da prosperidade, virei-
me para os Santos históricos de Deus para ter ajuda.
Tudo começou quando comecei a ter pesadelos horríveis pela primeira
vez em sete anos. Imagens de mulheres e crianças brutalmente estupradas
entraram em minha mente, assim como os sonhos que me aterrorizavam
em minha grande batalha contra Satanás e com demônios enormes.
Realmente, eu pensei que deixava meu corpo toda noite para um combate
desumano com en dades viciosas em outro mundo. De repente meu
quarto se tornou uma zona de guerra e meu marido e eu ficamos muito
perplexos.
Aquilo piorou tanto, que eu não podia até mesmo ter relações sexuais
mais agradáveis por estar re-trauma zada pelas imagens e informações
pornográficas a que eu estava sendo diariamente exposta. Minha condição
se tornou tão terrível que eu realmente ve que subs tuir todo o meu jogo
de lençóis por causa dos buracos que rasguei através deles. Pense sobre
isso. Uma mulher e mãe levando uma luta de divulgação para estrelas
pornô enquanto tentava ajudar milhares de pessoas a se recuperar do vício
da pornografia ao mesmo tempo, fora o tempo gasto em horas sem fim
pesquisando a indústria pornô, a fim de ganhar uma luta contra o pornô
enquanto estava em constante comunicação com defensores do pornô e
ministérios. Ah é, é melhor você acreditar que eu estava sofrendo pela
pornografia.
Mas você sabe o que mais doía? O fato de que sempre que eu colocava
um pedido de oração extremamente necessário na Internet, eu
normalmente recebia repreensões cruéis ou sugestões impensadas da
maior parte das respostas. Apenas alguns dos meus mais verdadeiros e
mais chegados amigos entendiam e me davam o conselho de manter os
avisos ao mínimo, em vez de aquecer com as orações.
Foi quando eu percebi que a condição da Igreja era ainda pior que eu já
nha imaginado. Quando eu desesperadamente precisava de oração e
encorajamento para con nuar uma lancinante luta contra a pornografia,
em grande parte eu recebia sugestões sem compaixão e sem fé dos
chamados de “povo de Deus”.
Meu coração estava totalmente quebrado. Nunca me sen tão sozinha
em minha vida.
Mesmo os dias da época no pornô não foram tão ruins quanto aquilo
pelo qual eu estava passando em 2008.
Meu coração ficou ainda mais abalado quando estendi a mão para certas
organizações por oração e assistência tão necessária, igrejas, incluindo na
área de San Fernando Valley, onde a indústria pornográfica está localizada
e adivinhem? Eles nem sequer me deram cartões de visita para entregar às
estrelas pornô para convidá-los para um culto na igreja.
O que diabos essas igrejas estão fazendo no Vale Pornô? Eu com raiva
ques onava.
Tudo que eu queria era alguma oração e cartões de visita das igrejas
para entregar às estrelas pornô. Eu até me ofereci para dirigir até a área e
“escoltar” estrelas pornô na grande e bonita igreja em Sherman Way, mas
eles disseram que eu precisava falar com o seu Conselho de Primeiros
diretores.
Eu estava indignada para dizer o mínimo. E depois, claro, eu rei um
gos nho do comércio cristão. Eu jurei que se eu vesse a chance de estar
em um certo púlpito de televisão cristã, eu gostaria de rasgar as gritantes
cadeiras de ouro e lançá-las diretamente para o abismo do inferno por
ignorarem o problema da pandemia do pornô na terra. Mas depois fiquei
ainda pior. Descobri por e-mails que recebi de Pastores,
Bispos, missionários e sacerdotes de todo o mundo, que a Igreja de Jesus
Cristo, não se importa em saber que é a filiação ou a denominação, que é a
principal contribuinte para a destru va indústria pornô!
Ahhhhh! Eu gritei a plenos pulmões no meu quintal, enquanto vomitava
a Deus a minha repulsa absoluta com estas pessoas que supostamente
pertenciam a Ele. Aqui eu estava dando o meu sangue e vida para o mover
enorme de Deus na terra, e a grande maioria de seu povo estava se
masturbando e vendo pornografia.
Que droga!
Eu não era mais a mesma Mãe Campeã recuperada, a mulher chamada
Shelley desapareceu e outra pessoa ressuscitou em meu corpo. Foi quando
eu saí e comprei na Home Depot um cajado de madeira de 2,40m e
comecei a orar e apontá-lo ao ar em relação aos principais poderes do
governo e Organizações cristãs.
Foi um momento de acerto de contas entre Deus e Seu povo e os
moradores da terra.
Sim, eu estava começando a agir profe camente com muito mau humor
no final de 2008. Não era muito bom para o alcance, mas defini vamente
perfeito para uma luta contra o vicioso pornô. Deus sabia o que estava
fazendo e com certeza o suficiente, eu corajosamente apareci na
legislatura de novo e testemunhei os extremos horrores que estão
operando ilegalmente na indústria pornô.
E você quer saber? O Estado da Califórnia começou a ouvir!
Especialmente quando Deus instruiu-me para trazer um pacote poderoso
de estrelas pornô recuperadas que eram recém-salvos da indústria para
também testemunharem sobre as condições de trabalho horríveis na
indústria pornô. Verdadeiramente, Deus em Sua infinita sabedoria nha
criado um pequeno exército de “ardentes” mulheres para derrubar um dos
maiores males em toda a história.
Até Mar n Luther levantou-se no céu e aplaudiu as ex-estrelas pornô!
Mas havia um preço a pagar por esse po de vitória e por fazer história,
e certamente, minha família e outros membros da Pink Cross pagaram por
isso. Com ataques satânicos diários em nossas vidas e até ameaças sicas
por parte da oposição, nos clamamos a Deus por um reforço ‘hardcore’.
A próxima coisa que você também já sabe, é que um grupo de Capelãs
da Lei, do Sul da Califórnia queriam se juntar à nossa causa e até mesmo
nos ordenar para a missão!
Só Deus poderia ter vindo com essa.
Em 04 de abril de 2009, Garre e eu fomos oficialmente ordenados
Capelães da Ordem de Saint Mar n, na tradição de Mar n de Tours. De
repente, a nossa missão an -pornografia começou a se parecer com uma
Reforma real quando Deus deliberadamente jogou “Mar n” para nós. Eu
soube exatamente o que nha sido chamada para fazer.
A quem muito é dado, muito mais lhe será exigido.
O que seria de mim, eu recitava Lucas 12:48 na minha cabeça enquanto
olhava para o céu, o “descanso” dos reformadores, que balançavam suas
cabeças em concordância. Eu sabia muita coisa e o Deus Todo Poderoso
esperava muito de mim.
Deus anunciou-me oficialmente que eu era uma reformadora em 2008 e
na minha jornada de me tornar uma santa mor ficada.
Sim, eu quase morri várias vezes devido a este ministério.
Ok, então este livro é sobre a verdade, certo? Então, eu vou dizer a você
a verdade por trás Shelley Lubben e sua família destruída. Nós literalmente
demos a nossa bela e perfeita vida e tudo com o que já nos preocupamos,
como os entes queridos dos nossos corações a fim de ajudar pessoas que
con nuam a ver pornô e ignorar os impenitentes problemas da
pornografia.
Com a nossa família quase completamente destruída até o final de 2008,
só os nossos verdadeiros amigos nos viram através de nossas horas mais
sombrias. Eu admito, eu ve os meus momentos de “Elias” e achei que era
a única profeta na cidade que se importava apaixonadamente sobre o
problema da pornografia, mas ao longo dos anos Deus me revelou
milhares de pessoas amorosas e comprome das que não desis riam!
Uma dessas lindas pessoas é a Dra. Judith Reisman, especialista
renomada mundialmente em pornografia, autora poderosa e mulher judia
que é na minha opinião, uma das maiores heroínas desconhecidas em
nossa nação. Ela, naturalmente, teve tempo para me orientar, e me
incen var excessivamente, ensinou-me sobre a história da nossa nação e
como a maior geração de nosso tempo foi sabotada por um assalto
pornográfico através de um homem chamado Kinsey. [“Kinsey: Crimes &
Conseqüências por exemplo”, de autoria da Dra. Judith Reisman.]
Meu coração se par u e sangrou quando ela explicou a vasta devastação
que a Playboy e outros pioneiros em pornografia também nham causado
em nossa nação. Os maiores homens de nossa nação nham sido
completamente destruídos pela pornografia.
Enviada por Deus para me rejuvenescer com munição poderosa para me
ajudar a con nuar a luta contra a pornografia e ver Deus libertar Seu povo
dessa devastação, percebi que Deus colocou uma Judia e uma Cristã juntas
para fazer a Sua obra poderosa na terra.
Foi profé co e sobrenatural!
Ao mesmo tempo, a Dra. Reisman começou a orientar-me sobre os
assaltos pornográficos em nossa nação, os cien stas fraudulentos do sexo
e como eles fizeram experiências em crianças pequenas para recolher
informações sobre orgasmos, bem como entregando-me mais de trinta
anos de sua experiência, literalmente, numa bandeja de prata, eu também
estava de joelhos nas trincheiras com a Pink Cross Founda on em um ano
de evangelismo sem paradas em convenções pornô.
Minha equipe estava em chamas e fazendo o impossível. Nós
corajosamente entramos em convenções pornô com uma bandeira de oito
metros de largura que declarava: “A pornografia não é glamorosa” e a
erguemos acima de nosso estande rosa e preto. Todos que andaram por ali
tomavam conhecimento, nossa equipe ofereceu a educação, a oração, a
verdade “hardcore”, e enorme quan dade de amor para milhares de
estrelas pornô e fãs de pornografia. Até então eu nha sido esvaziada de
grande parte de minha humanidade e estava tão cheia do Espírito de Deus
que eu também coloquei a inscrição em la m da Cruz acima da nossa
bandeira. Eu estava em uma missão para destruir e derrubar os altos de
idolatria e estabelecer o Reino de Deus.
Preenchida com uma medida maior do Espírito Santo, minha recém
ordenada equipe marchou ao redor com Bíblias na mão as apontando para
as principais empresas pornô, orando e clamando o julgamento de Deus.
Deus também nos instruiu a marchar ao redor do stand da Hustler sete
vezes e gritar quando as voltas terminassem. Nós também fomos em cada
estande, e fizemos nossas orações des nadas diretamente para as estrelas-
pornô, declaramos que as cadeias deles fossem quebradas e que fossem
completamente libertos. Era tempo da indústria pornô oficialmente vir a
baixo. Era tempo das criações de Deus serem declaradas livres para viver e
fazer algo poderoso e surpreendente com as suas vidas. Deus não toleraria
mais o comércio pornográfico escravo de seres humanos. Era hora de
milhares de homens e mulheres serem libertos da indústria pornográfica e,
ao mesmo tempo, Deus estava formulando um poderoso plano para curar
a Sua Igreja.
Depois do nosso úl mo maior alcance nas convenções em Las Vegas, em
Janeiro de 2010, eu havia me tornado ridicularmente confiante na
capacidade de Deus para ir acima e além, como Ele me prometeu
originalmente. Com uma equipe forte ao meu lado, milhares de pessoas
maravilhosas ao redor do mundo orando por nós agora e com o apoio
amoroso de amigos de verdade, percebi que não havia absolutamente
nada impossível para Deus. Minha vida era a prova viva disso mais e mais.
De uma pros tuta e atriz pornô drogada, para uma Mãe cozinheira,
reformadora internacional e campeã da Fé, apenas Deus poderia ter
orquestrado algo assim! E isso não é tudo.
Deus superou a si mesmo e provou-me pelo nome da rua que eu vivo
qual é a verdadeira natureza da minha chamada. Eu não percebi isso no
momento em que compramos nossa casa em Bakersfield, mas Deus
sobrenaturalmente orquestrou para nós vivermos na Avenida Elijah (Elias).
Sim, Elias é grego para Elijah, o nome do profeta do An go Testamento,
que chamou os 850 falsos profetas de Baal e fez vir o fogo de Deus sobre
eles. Isso mesmo, os 850 profetas não poderiam triunfar sobre UM profeta
que conhecia a Deus.
Vou deixar você pensar sobre isso por um minuto.
XXX
Uma Confissão
A profecia circos máximos
Capítulo Trinta
Tudo começou com o estupro das mulheres Sabinas.
O imperador do império Romano realizava corridas de carros que eram
tão deslumbrantes, que “ninguém nha olhos ou pensamentos para
qualquer outra coisa mais.” Enquanto os homens Sabinos apreciavam as
corridas, suas mulheres solteiras foram raptadas pelos romanos para se
tornar suas esposas.
Mas pelos próximos mil anos, as corridas de bigas distraíram Roma.
Atendendo à demanda dos cidadãos romanos para o público e
entretenimento das massas, os carros de corrida se tornaram o evento
mais visto no maior e primeiro circo do mundo: Circus Maximus.
Era espetacular.
O complexo de entretenimento Romano era o maior de todos os
tempos, mais de 200.000 espectadores para espetáculos de jogos de azar,
shows, pros tuição, e prazer. A entrada era gratuita para “o maior
espetáculo da terra” e qualquer um poderia par cipar, até mesmo os
pobres de Roma.
O estupro era o entretenimento que atraía Romanos de todos os cantos.
Fãs altamente empolgados, divididos em “facções” de Vermelhos,
Verdes, Azuis e Brancos, comemoravam com os quase nus cocheiros.
Extraídos da escória da sociedade, os guias dos cavalos eram escravos
filiados eram treinados e nham patrocínio de grandes empresas que
inves am pesadamente na formação e manutenção do quente puro-
sangue. A camisola colorida da equipe de guias era fornecida com os
nomes, e os fãs, muitas vezes violentos lançavam entusiasmos, bem como
amuletos de maldição perfurados com pregos, nos Vermelhos, Verdes,
Azuis e Brancos.
Foi uma ocasião amaldiçoada.
Debaixo do espírito que os Romanos chamavam de furor circenses, o
nome induzia as massas a uma histeria, os fãs comiam e bebiam em
excesso, e brigas eram comuns entre as ba das nas arquibancadas.
Risco, excitação e frenesi eram os ingredientes vitais para uma raça
campeã.
Depois de sete voltas selvagens, que incluíam até 12 carruagens às
vezes, os motoristas que não vessem sido mortos e terminassem entre os
três primeiros, levavam prêmios para casa. Eles se tornavam super estrelas
e eram divinizados, como Scorpus que ganhou 2.000 corridas antes de
morrer em esplendor com 27 anos. Eles também ficaram
extraordinariamente ricos.
Os motoristas que não sobreviviam eram jogados de seus carros
quebrados ou derrubados, pisoteados e mortos pelos cavalos, arrastados
para a morte precoce.
Eretos no alto das plataformas, os imperadores gostavam de assis r os
jogos sanguinários.
De sol a sol, um quarto da população de Roma vinha para testemunhar
uma média de 25 corridas mortais por dia. Durante o intervalo das
corridas, o Circo também realizava uma série de cerimônias religiosas, caça
à besta selvagem, simulações de batalhas e até mesmo a exposição de
gladiadores inesperadamente encontrou seu caminho pelo circo. A maioria
dos mar rios cristãos na capital da cidade também teve lugar no Circus
Maximus Romano.
Em 64 d.C. o imperador romano César Nero tentou sistema camente
exterminar todas as pessoas que professavam a fé na recentemente
descoberta religião cristã. Sob seu maligno domínio, os romanos
testemunharam as piores atrocidades contra suas ví mas, ele não apenas
matava os cristãos, ele os fazia sofrer muito. Nero gostava de mergulhar os
cristãos em cera, e empalando-os em polos em torno de seu palácio, ele os
queimava no fogo dizendo: “Agora vocês realmente são a luz do mundo!”
Nero também realizou muitos outros pos de tortura, muitas vezes
matando-os no grande Circus Maximus na frente de grandes mul dões de
espectadores, onde perpetrava alguns de seus mais terríveis assassinatos.
Aqui ele despedaçava a pele dos cristãos com animais ao jogá-los aos
leões, ou cães que iriam violentamente devorar esses homens e mulheres
à parte na frente de milhares de “entre dos” espectadores. Em outros
momentos ele os crucificava, e depois que a mul dão se cansasse, ele fazia
os Cristão em chamas.
Toda Roma estava em alvoroço enquanto testemunhavam Cristãos
sendo executados para entretenimento público. Foi um fantás co
espetáculo e não muito diferente de hoje.
Acautelai-vos, cristãos, o espírito de Nero está muito bem vivo.
Enquanto você se desviou de Mim e escolheu motoristas escravos para
suas corridas sanguinárias e não retornou para Meu amor, eu te deixei
sobre a tua luxúria histérica e agora você pertence a Nero. Ele tem
mergulhado você na cera mundial, empalado você em torno de seu palácio
pornográfico. Você é agora oficialmente a Luz do mundo.
Bem-vindo à abominação da desolação.
Agora ouça o profeta Isaías.
Capítulo 58:

“Clama em alta voz, não te detenhas,


Levanta a tua voz como uma trombeta.
Denuncia a meu povo a sua rebelião e à casa de Jacó os seus pecados.
Dia após dia eles me consultam; eles parecem ansiosos para conhecer os
meus caminhos, como se fossem uma nação que faz o que é certo
e não abandonou os mandamentos do seu Deus.
Pedem-me decisões justas
e parecem ansiosos para que Deus se aproxime deles.
‘Por que temos nós jejuado, dizem eles, “e tu não vês isso? Por que nos
humilhamos, e tu não vês isto?”
“No entanto, no dia do seu jejum, você faz como quer e explora todos os
seus trabalhadores.
Seu jejum termina em brigas e contendas, e em flagrante uns aos outros
com os punhos ímpios.
Não jejueis como hoje,
Para fazer ouvir vossas vozes no alto.
É este o po de jejum que escolhi, apenas um dia para um homem
humilhar-se?
É apenas para curvar a cabeça como um junco e que deite sobre ele pano
de saco e cinza?
É isso que vocês chamam de jejum e dia aceitável ao Senhor?” “Não é este
o po de jejum que escolhi:
Que solte as correntes da injus ça desate as cordas do jugo,
Coloque em liberdade os oprimidos e rompa todo jugo?
Não é que compar lhe sua comida com os famintos e forneça ao andarilho
pobre um abrigo quando você vir o nu, que o vista,
e não se afastar de sua própria carne e sangue?
Então a tua luz romperá como a aurora, e tua cura irá aparecer
rapidamente; então a tua jus ça irá adiante de ,
E a glória do Senhor será a tua retaguarda.
Então você vai chamar, e o SENHOR te responderá; você vai clamar por
ajuda, e ele dirá: Eis-me aqui
“Se você acabar com o jugo da opressão, com o dedo indicador e o falar
mal-intencionado, e se você gastar-se em nome da fome
e sa sfazer as necessidades dos oprimidos, então a tua luz nascerá nas
trevas,
e sua noite será como o meio-dia.
O Senhor irá guiá-lo sempre;
ele vai sa sfazer as suas necessidades em uma terra queimada pelo sol e
vai reforçar o seu quadro.
Você será como um jardim bem regado, como um manancial cujas águas
nunca faltam.
Teu povo edificará as an gas ruínas e levantarás os fundamentos da
velhice;
você será chamado reparador de muros quebrados, Restaurador de ruas
com moradias. “Se desviares teu pé de quebrar o sábado e de fazer o que
quiser no meu santo dia, se você chamar o sábado deleitoso
e dia santo do Senhor honrado,
e se você honrá-lo e não seguir seu próprio caminho e não fizer como
quiser ou falar palavras vãs,
então você vai encontrar a sua alegria no Senhor, e vos farei andar sobre as
alturas da terra e festa sobre a herança de seu pai Jacó. ” A boca do Senhor
o disse.

NOTAS FINAIS
I: Sob o GrAnde topo
1. Regan Starr Interview. Talk Magazine, h p://www.cwfa.org/ar cles/
3838/LEGAL/pornography/index.htm, February 2001.
2. Porn Star Jersey Jaxin Interview. h p://www.shelleylubben.com/audio/ Jersey1.mp3
3. Becca Brat Interview. h p://www.shelleylubben.com/pornstarsspeakout-stds-drugs-and-
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h p://cwians.typepad.com/chris an_sings_the_blues/2008/01/index.html 5. Shelley Lubben.
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h p://www.shelleylubben.com/shelleysblog/ shelleylubben/06/3/2009/michelle-avan -leaves-porn
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11. Rong-Gong Lin II. “Porn Star recalls nightmare of tes ng HIV posi ve.”
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13. Johnathon E. Fielding, M.D., M.P.H. Adult Film Industry Health Report.
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nypost.com/p/pagesix/marital_stress_in_the_treme_qCVvNWMkSQ vDPkseFQh58M
II: que entrem oS pAlhAçoS
16. Based upon in-depth interviews and public tes monies by pornography
employees, we es mate 90% are adult survivors of childhood sexual abuse. These data are
considered reasonable based upon the extant data from established governmental sta s cal
findings as follows:
1 in 4 girls is sexually abused before the age of 18.
(h p://www.cdc.gov/nccdphp/ace/prevalence.htm, ACE Study Prevalence - Adverse Childhood
Experiences); 1 in 6 boys is sexually abused before the age of 18.
(h p://www.cdc.gov/nccdphp/ace/ prevalence.htm, CE Study - Prevalence - Adverse Childhood
Experiences);
An es mated 39 million survivors of childhood sexual abuse exist in America today. (Abel, G., Becker,
J., Mi elman , M.,
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Rathner, J., Rouleau, J., & Murphy, W. 1987). Self reported
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17. Dusk in Autumn Blog. At what age are females at their ho est? h p://
akinokure.blogspot.com/2008/03/at-what-age-are-females-at-their.
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19. Adam Higginbotham. The porn broker. October 9, 2004, Telegraph Magazine, presented by
The Age.
20. Shelley Lubben. Aids, Suicide, Homicide and Drug Related Deaths since
1999. h p://www.shelleylubben.com/sites/default/files/PornFactoid
2009deaths_lubben.pdf
21. Dead Porn Stars. h p://www.rame.net/faq/deadporn/
22. Glenn Peoples. Analysis: Important Sales Trends You Need To Know.
h p://www.billboard.biz/bbbiz/content_display/industry/e3i4ad94
ea6265fac02d4c813c0b6a93ca2, June 2, 2010.
23. Nomina ons for 2010 AVN Awards Announced.
h p://business.avn.com/ar cles/Nomina ons-for-2010-AVN-Awards-
Announced370904.html, December 2, 2009.
24. The Dead Rock Stars Club web site. h p://thedeadrockstarsclub.com/ deadrock.html
25. The Recording Industry Associa on of America (RIAA).
h p://www.
riaa.com/aboutus.php
26. Ibid., 20.
27. Kaiser Daily HIV/AIDS report. Group Says HIV ‘Outbreak’ Contained Among Adult Film Actors;
L.A. Health Officials Obtain Workers’ Medical Record.
h p://www.kaisernetwork.org/daily_reports/rep_index.cfm? DR_ID=23346, April 23, 2004.
28. Rev. Daniel R. Jennings. The Average Life Expectancy Of A Porn Star.
h p://danielrjennings.org/TheAverageLifeExpectancyOf APornStar
XXVII: pArA o Inferno com o pArAíSo.
29. Blazing Grace. Sta s cs and Informa on on Pornography in the USA.
h p://www.blazinggrace.org/cms/bg/pornstats

Notas
[←1]
[←2]
O OxyCon n pode aliviar dores por até 12 horas, mas, em excesso, pode causar dependência
química.
[←3]
Ácido Gamma-Hydroxybutyrico

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