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03b - Ficha Trabalho M2-T2 Portugal - Tópicos
03b - Ficha Trabalho M2-T2 Portugal - Tópicos
º 3
SEDE: ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA DE RIO TINTO
FICHA DE TRABALHO M2-T2 TEMA 2. O espaço português – consolidação de um reino cristão ibérico Fevereiro 2021
MÓDULO II - O Dinamismo Civilizacional da Europa Ocidental nos Séculos XIII e XIV – Espaços, Poderes e Vivências
ORIENTAÇÕES DE CORREÇÃO / TÓPICOS DE RESPOSTA
1. No mapa da Península Ibérica (Documento 1), o movimento de expansão que deu origem aos reinos cristãos representados denomina-se…
reconquista
(A) (B) cruzadas do Oriente. (C) reconquista cristã. (D) movimento monástico.
muçulmana.
CORREÇÃO
ITENS PONTUAÇÃO
Versão 1. Versão 2. Versão 3.
1. (C) -
2. O Condado Portucalense (Documento 1) é representado como um espaço territorial de contornos indefinidos a sul porque…
(A) - o rei de Castela não permitia avançar com a conquista de territórios.
(B) - o avanço das conquistas no território a sul do Mondego ainda era instável.
(C) - a presença dos muçulmanos era tolerada e não era necessário conquistar.
(D) - o Condado Portucalense era uma instituição provisória.
CORREÇÃO
ITENS PONTUAÇÃO
Versão 1. Versão 2. Versão 3.
2. (B) -
3. O Condado Portucalense, enquanto realidade política, que data do final do século XI, relaciona-se com duas personalidades históricas que tiveram
um papel decisivo na sua criação…
(A) - o rei D. Afonso VI e o cavaleiro franco D. Raimundo.
(B) - o rei D. Afonso VII e o cavaleiro franco D. Henrique.
(C) - o rei D. Afonso VI e o cavaleiro franco D. Henrique.
(D) - o rei D. Afonso VII e o cavaleiro franco D. Afonso.
CORREÇÃO
ITENS PONTUAÇÃO
Versão 1. Versão 2. Versão 3.
3. (C) -
4. Apresente dois argumentos utilizados pelo Papa Alexandre III para justificar o reconhecimento do título de rei a D. Afonso Henriques e do reino
de Portugal.
- Os dois argumentos devem ser articulados com excertos do documento 2.
4. Pontuação ……………………………………………………………………… 15
Tópicos de resposta:
- o reconhecimento de Afonso Henriques na sua fé e devoção cristã, e como “príncipe católico” fiel à Igreja de Roma “como bom
filho e príncipe católico” (Doc. 2);
- o realce dado aos serviços militares, ao nível das conquistas e da luta contra os mouros considerados infiéis e inimigos dos cristãos
ou a ação de D. Afonso Henriques contribuiu para o alargamento dos domínios cristãos “prestaste inumeráveis serviços à tua mãe, a
Santa Igreja, exterminando intrepidamente em […] proezas militares os inimigos do nome cristão e propagando diligentemente a fé
cristã” (Doc. 2);
- reconhecimento da ação política e militar de D. Afonso Henriques aos olhos de Deus e da Igreja “Deve a Sé Apostólica amar com
sincero afeto e procurar atender eficazmente […] os que a Providência divina escolheu para governo e salvação do povo.” (Doc. 2);
- destaque da autoridade religiosa do Papa para reconhecer e conceder o titulo de rei e de reino, reconhecendo o território conquistado
por D. Afonso Henriques como reino de Portugal “ao teu excelso domínio o reino de Portugal com inteiras honras de reino e a
dignidade que aos reis pertence, bem como todos os lugares que com o auxílio da graça celeste conquistaste das mãos dos sarracenos
e nos quais não podem reivindicar direitos os vizinhos príncipes cristãos.”(Doc. 2).
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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS RIO TINTO N.º 3
SEDE: ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA DE RIO TINTO
CORREÇÃO
ITENS PONTUAÇÃO
Versão 1. Versão 2. Versão 3.
5. (C) – (B) – (E) – (A) – (D) -
6. A partir do Documento 3, destaque três aspetos, da importância da Reconquista, na definição das fronteiras geográficas e na afirmação do reino
de Portugal.
6. Pontuação ……………………………………………………………………… 15
Tópicos de resposta:
Destaque da importância da Reconquista cristã com referência a cada um dos aspetos seguintes:
a) Desenvolveu-se em várias fases de que se destacam:
- 1128 território português corresponde ao Condado Portucalense;
- 1148 consolidação do domínio da linha do Tejo (conquista de Santarém, Lisboa, Sintra, Almada e Palmela);
- 1168 domínio da linha do Sado (conquista de Alcácer do Sal);
-1162-65 domínio de Beja e Évora mas em 1191 recuo para a linha do Sado;
- 1239 avanço e conquista do Alentejo (integração de Alcácer do Sal, Monforte, Borba, Vila Viçosa e Moura – D.
Sancho II avançou no Alentejo (conquista de Elvas, Serpa, Aljustrel e Mértola chegando ao Algarve oriental);
- 1249 D. Afonso III conquista definitivamente o Algarve apoderando-se de Faro, Albufeira e Silves.
b) Foi um veículo de afirmação e de engrandecimento do poder dos reis e contribuiu para a afirmação de
Portugal como reino:
- os reis dispunham de novas terras avançando para sul;
- a Reconquista era considerada uma guerra santa opondo cristãos e muçulmanos;
- as bulas papais exortavam à expulsão dos muçulmanos;
- a Reconquista contou com o apoio por parte dos cruzados e com o auxílio das ordens religioso-militares.
7. Pontuação ……………………………………………………………………… 15
Tópicos de resposta:
Referência clara de três aspetos sobre a importância histórica do Tratado de Alcanises:
- estabelecimento de alianças entre Portugal e Castela através da política de casamentos: casamento de D. Afonso com D. Beatriz de Castela;
casamento de Fernando IV de Castela com a infanta D. Constança.
- fixação dos limites territoriais dos reinos hispânicos; ex: Castela recebe Arronches e Portugal recebe Olivença;
- D. Dinis prescinde dos direitos em Valença do Minho e Aiamonte;
- o reino de Portugal assume as fronteiras geográficas mais estáveis da Europa.
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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS RIO TINTO N.º 3
SEDE: ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA DE RIO TINTO
1. Nomeie o processo que permitiu tomar o “castelo que pertencia ao senhor de Silves”.
- Reconquista.
2. Explicite, a partir do Documento 1, três características do movimento que culminou, em 1249, com a conquista do Algarve.
2. Pontuação ……………………………………………………………………… 15
Tópicos de resposta:
- decorreu de norte para sul, a partir das Astúrias: "depois de saírem de Lisboa acometeram um castelo que pertencia ao senhor de Silves";
- contou com a ajuda dos cruzados: "tinham ali estado 55 naus do nosso império e de Flandres";
- teve avanços e recuos;
- possibilitou o alargamento do Condado Portucalense e, posteriormente, do reino de Portugal;
- permitiu a formação de um reino cristão na parte ocidental da Península Ibérica;
- promoveu a defesa "Tomada a cidade só nós [...] entrámos na posse dela, e a ninguém mais era permitido entrar ali [...]" e o povoamento das terras à
medida que iam sendo conquistadas
3. O tratado que consolidou as fronteiras portuguesas, assinado entre D. Dinis e D. Fernando de Castela em 1297, foi o de…
(A) Zamora. (B) Tordesilhas. (C) Alcanises. (D) Methuen.
CORREÇÃO
ITENS PONTUAÇÃO
Versão 1. Versão 2. Versão 3.
3. (C) -
CORREÇÃO
ITENS PONTUAÇÃO
Versão 1. Versão 2. Versão 3.
1. (C) -
2. Explicite, a partir do documento 1, três caraterísticas do processo de definição do território de Portugal, no contexto da Reconquista.
2. Pontuação ……………………………………………………………………… 15
Tópicos de resposta:
- o processo de definição do território de Portugal inseriu-se no movimento da Reconquista Cristã, que avançou de norte para sul, dando origem a
reinos cristãos como Leão, Castela, Navarra e Aragão (Doc. 1, mapa 1, do lado esquerdo do documento);
- a Reconquista Cristã foi um processo lento, marcado por avanços e recuos;
- a Reconquista Cristã consistiu na conquista de terras aos muçulmanos, levada a cabo pelos cristãos refugiados nas Astúrias;
- o Condado Portucalense foi concedido a D. Henrique em recompensa da ajuda militar que prestou ao rei de Leão e Castela durante o processo da
Reconquista ou o território do Condado Portucalense foi avançando para sul, devido às terras recuperadas aos muçulmanos;
- o Condado Portucalense ficou nas mãos de D. Afonso Henriques depois da morte de seu pai, D. Henrique, e depois de ter vencido a sua mãe na
Batalha de S. Mamede
- D. Afonso Henriques liderou o processo de autonomia face ao rei de Leão e Castela (Doc. 1, mapa 3) ou por morte de D. Henrique, o Condado
passou hereditariamente para seu filho, D Afonso Henriques, que continuou o processo de autonomia face à Galiza e a Leão e Castela, apoiado pelos
senhores do Condado;
- D. Afonso Henriques tornou-se rei na conferência de Zamora em 1143, e foi reconhecido como rei pelo Papa em 1179;
- a luta de D. Afonso Henriques contra os infiéis permitiu ampliar as fronteiras do Condado até ao Alentejo ou permitiu reforçar definitivamente a
fronteira na linha do Tejo com a conquista de Lisboa e Santarém em 1147 (Doc. 1, mapa 3);
- entre os reinados de D. Afonso Henriques e de D. Afonso III, a fronteira sofreu oscilações, com avanços e recuos;
- a Reconquista Cristã terminou com a conquista do Algarve em 1249. (Doc. 1, mapa 4);
- a definição de fronteiras do território português passou pela resolução de desentendimentos com o reino vizinho quanto à soberania do Algarve (que
foi reconhecida em 1267, pelo Tratado de Badajoz).
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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS RIO TINTO N.º 3
SEDE: ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA DE RIO TINTO
CORREÇÃO
ITENS PONTUAÇÃO
Versão 1. Versão 2. Versão 3.
1. (B) -
2. A concessão pelo rei D. Sancho de “todas as portagens aí pagas” ao couto de Viseu refere-se…
(A) - aos direitos de peagem no concelho.
(B) - aos direitos de hospedagem no município.
(C) - aos direitos de entrada no senhorio.
(D) - aos direitos de passagem no concelho.
CORREÇÃO
ITENS PONTUAÇÃO
Versão 1. Versão 2. Versão 3.
2. (C) -
3. Pontuação ……………………………………………………………………… 15
Tópicos de resposta:
- os senhorios eram domínios pertencentes a senhores laicos, denominados honras (Doc.1), e eclesiásticos, denominados coutos
(Doc.2), que gozavam de privilégios especiais e de imunidades;
- os senhorios eram propriedades resultantes de doações dos reis (Doc.2) ou também de usurpações de terras conquistadas, em que os
senhores exerciam o poder senhorial na justiça ou na cobrança de rendas, impostos e direitos senhoriais ou banalidades (serviços e
pagamentos dos habitantes do senhorio ou das comunidades dependentes);
- no mapa (Doc. 1) destacam-se os diversos tipos de senhorios e a sua distribuição no território: a norte, a prevalência de domínios da
nobreza ou os domínios eclesiásticos pertencentes a bispos (clero secular) e a ordens monásticas ou mosteiros (clero regular) ou
extensos domínios concedidos às ordens religioso-
-militares como a ordem do Templo, do Hospital, de Calatrava e de Santiago (Doc.1);
- muitos senhorios tinham origem em doações régias, como o caso apresentado no documento 2, em que é concedida uma carta de
couto ao bispo de Viseu “Saibam todos os homens que ouviram ler esta carta que eu, Dom Sancho, pela Graça de Deus Rei de
Portugal, com a minha mulher, rainha D. Dulce e os meus filhos [...], fazemos a ti, bispo de Viseu, carta de couto.” (Doc.2);
- o senhorio eclesiástico, constituído por intermédio de uma carta de couto, é delimitado por marcos que assinalam os limites da
propriedade em que o senhor exerce o seu poder senhorial sobre os habitantes dependentes do senhorio “Coutamos, […] a vós, a
nossa vila chamada Canas e também a terra e termo de Senhorim. “ (Doc.2);
- a carta de couto estabelecia aos direitos concedidos ao senhorio, tais como rendas e impostos que podia cobrar sobre os habitantes
do seu domínio ou sobre os que nela circulassem com mercadorias, como é o caso das portagens “Concedemos-te ainda todas as
calúnias [multas] pequenas e grandes que, na dita vila e seu termo, forem cobradas de todos os homens e todas as portagens aí
pagas.” (Doc.2);
- os privilégios dos senhorios eram a posse de armas ou o comando militar ou a cobrança de multas e de impostos ou os senhorios
eclesiásticos gozavam ainda do direito de asilo para quem neles se refugiasse;
- a imunidade dos senhorios isentava-os do pagamento de impostos ou impedia a entrada dos oficiais régios “e quem aí entrar
violentamente pague 500 soldos de boa moeda a vós ou a quem vos representar.” (Doc.2);
- a concessão do domínio por parte do rei implicava a sua abdicação dos direitos realengos “todos os direitos regalengos que nos
pertenciam concedemos a vós e a todos que vierem depois da vossa morte.” (Doc. 2);
- parte das terras do senhorio ou os mansos eram arrendados aos camponeses que ficavam obrigados ao pagamento de rendas ou de
impostos ou prestação de serviços gratuitos ao senhor estabelecidos pelo costume ou em contratos de arrendamento de condições
muito variadas;
- a reserva era explorada diretamente pelo senhor e era composta pelas melhores terras e por equipamentos diversos, tais como
moinho, estábulos, lagar, que eram explorados pelo senhor e a quem os camponeses deviam o pagamento de impostos pelo seu uso.
Ficha de Trabalho - TEMA 2. O espaço português – consolidação de um reino cristão ibérico – Orientações de Correção 4 / 22
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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS RIO TINTO N.º 3
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2. Transcreva duas afirmações, presentes no Documento 2, que mostram que a justiça era um direito senhorial.
Afirmações:
- “O mosteiro punha anualmente um juiz no Couto, removendo-o antes do fim do ano […]”;
- “dava sentenças entre as partes, das quais se apelava para o prior do mosteiro […] “;
- “punha penas aos que não cumpriam, a qual era levada para o Mosteiro”.
3. Pontuação ……………………………………………………………………… 15
Tópicos de resposta:
- composto por uma parte explorada diretamente pelo senhor e outra parte eram os casais ou mansos, “pequenas terras […] formada
não só por terras de semeadura, mas também por […] um bom pomar e um souto”, arrendados a famílias de camponeses (Doc. 3);
- a quintã ou paço ficava na reserva e era onde residia o senhor;
- o senhor cobrava rendas ou foro pelo arrendamento de parcelas de terra ou casais ou mansos a famílias de camponeses;
- o senhor dispunha de amplos poderes ou do poder de ban, exercido sobre os homens que viviam nas suas terras;
- o senhor tinha poder para cobrar impostos pelo que o “mordomo [fazia] as penhoras […] e as entregas por mandado do prior e juiz”
(Doc. 2);
- o senhor também aplicava a justiça “O mosteiro punha anualmente juiz no Couto, removendo-o antes do fim do ano […] o qual
ouvia todos os feitos cíveis dos moradores e d’outros que no couto vinham demandar e dava sentenças entre as partes” (Doc. 2);
- o senhor tinha poder para arregimentar homens para o exército;
- muitos senhorios tinham imunidade, isto é, os oficiais régios estavam impedidos de exercer as suas funções na área do senhorio.
4. Associe, cada um dos elementos relacionados com os senhorios, presentes na coluna A, à designação correspondente, que consta na coluna B.
COLUNA A COLUNA B
(A) Domínios fundiários doados ao clero durante o processo de Reconquista para garantir a defesa e o
(1) Quintã
povoamento do reino.
(2) Banalidades
(B) Imposto pago ao senhor pelo não cumprimento do serviço militar.
(3) Coutos
(C) Obrigatoriedade dos camponeses prestarem dois ou três dias de trabalho semanal na reserva senhorial.
(4) Portagem
(D) Rendas recebidas pelo senhor em troca da obrigatoriedade do uso, pelos dependentes, dos meios de produção
(5) Tributos
como fornos, moinhos e lagares.
(6) Corveias
(E) Parte da propriedade senhorial onde se situa o paço e as unidades agrícolas exploradas diretamente pelo
(7) Fossadeira
senhor.
Versão 1 (A) – (3) (B) – (7) (C) – (6) (D) – (2) (E) – (1)
Versão 2
Versão 3
5. Nomeie a categoria social que se encontrava no topo da hierarquia das comunidades rurais.
- Herdadores
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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS RIO TINTO N.º 3
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1. No documento 1, D. Dinis intitula-se “Rei de Portugal e do Algarve”. A ele se deve a definição de fronteiras através do…
Tratado de Navas de
(A) Tratado de Zamora. (B) (C) Tratado de Alcanises. (D) Tratado de Toledo.
Tolosa.
CORREÇÃO
ITENS PONTUAÇÃO
Versão 1. Versão 2. Versão 3.
1. (C) -
2. Transcreva o excerto do documento 1 que revela a preocupação do rei em controlar o poder e a posse de terras dos grupos privilegiados.
Afirmações:
- “não os possam vender nem dar […] a abade nem a prior nem a Ordem nem a clérigo, nem a cavaleiro […] nem a escudeiro nem a nenhuma pessoa
religiosa nem poderosa”.
3. Desenvolva o tema “Portugal – o papel dos concelhos na Idade Média”, abordando os tópicos de orientação seguintes:
- a concessão de forais: significado e objetivos;
- a administração e os símbolos do concelho.
Na sua resposta,
- analise os dois tópicos de orientação, apresentando três elementos para cada tópico;
- evidencie a relação dos elementos apresentados com o tema;
- integre, pelo menos, uma informação relevante de cada um dos documentos 1 a 3.
3. Pontuação ……………………………………………………………………… 20
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A resposta evidencia a mobilização da informação dos documentos de 1 a 3 para sustentar as linhas orientadoras do tema, que constam nos
parâmetros A e B. Podem ser exploradas as linhas de leitura apresentadas abaixo (ou outras possíveis).
- os forais foram maioritariamente concedidos pelos monarcas como é o caso do foral outorgado por D.
Dinis, “a quantos esta carta virem faço saber que dou e outorgo foro, para todo o sempre a vós Juízes do
concelho de Gostei e de Castanheira e a todos vossos sucessores” (Doc. 1);
- a concessão da carta de foral incluía os limites do território ou “termo” abrangido “essas aldeias com todos
os seus termos novos e velhos e para os melhor poderes ter e com todas as suas entradas e saídas e suas
pertenças […]” (Doc. 1);
- a concessão de uma carta de foral era uma forma de o monarca exercer um domínio efetivo sobre o 1.º Tópico de
território ou possuir uma fonte de rendimentos “com todos os seus direitos que eu aí tenho e de direito devo orientação
Documento 1.
haver sob tal ajuste e condição que vós e todos os vossos sucessores e todos aqueles herdadores e nas ditas
Carta de Foral
aldeias fordes, dará a mim e a todos os meus sucessores cada um de vós em cada um ano por foro […]”
(Doc.1) ;
- os forais criavam comunidades de homens livres, com domínio sobre a terra que possuíam e governarem-
-se a si próprios: “E deveis ser Concelho por vós e meter vossos Juízes jurados cada ano por dia de Páscoa.
[…] E se alguém vier contra a pessoa do Juiz pague sua multa a el-rei e fique por seu inimigo.” (Doc. 1).
- faziam parte da administração do concelho os vereadores ou almotacés ou juízes “E deveis ser Concelho
2.º Tópico de
por vos e meter vossos Juízes jurados cada ano por dia de Páscoa […] E se alguém vier contra a pessoa do
orientação
Juiz pague sua multa a el-rei e fique por seu inimigo.” (Doc. 1) ou outro exemplo.
- as cartas de foral destinavam-se a criar concelhos rurais (sobretudo a norte do Douro) e urbanos
Documento 2.
(maioritariamente a sul do Douro) (Doc. 2); 1.º Tópico de
Concelhos
- o território foi abrangido pela concessão de cartas de foral, maioritariamente concedidas pelos reis, e que orientação
Medievais
criavam ou organizavam comunidades de homens livres (Doc. 2).
Documento 3.
A Casa da - a administração do concelho cabia a uma oligarquia local que se reunia na domus municipalis (Doc. 3);
2.º Tópico de
Câmara de - a autonomia concelhia era visível pela existência de símbolos próprios que identificavam o concelho, como
orientação
Bragança a domus municipalis (casa da câmara onde se reúnem os representantes concelhios) (Doc. 3).
(século XIII)
1. Pontuação ……………………………………………………………………… 15
Tópicos de resposta:
- espaço com muralhas, destinadas à defesa da cidade e à proteção dos habitantes, com portas que abrem ao amanhecer e fecham ao anoitecer: “Porta
de S. Domingos” ou “Torre e Porta do Postigo” ou outra;
- centro da cidade ocupado pelas elites (edifícios administrativos);
- ruas organizadas de acordo com os ofícios ou mesteres ou divisão socioeconómica: “Rua dos Ferreiros” ou “Rua das Ferrarias” ou outra;
- minorias religiosas em bairros próprios ou divisão étnica e religiosa ou “Judiaria” ou Mouraria;
- ruas sinuosas e escuras, sem saneamento básico;
- existência do termo ou arrabalde para abastecimento da cidade
- a cidade era o centro religioso onde se situa a sé “igreja de Sta. Maria”;
- possui equipamentos públicos como o poço ou hospital ou açougue ou pelourinho ou cadeia ou paços do concelho ou “Confraria dos Sapateiros”;
- rossio destinado ao comércio.
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A resposta evidencia a mobilização da informação dos Documentos de 2 a 5 para sustentar as linhas orientadoras do tema, que constam nos
parâmetros A e B. Podem ser exploradas as linhas de leitura apresentadas abaixo (ou outras possíveis).
Documento 2.
- As Cartas de Foral destinavam-se a criar concelhos rurais (sobretudo a norte do Douro) e urbanos
Os Concelhos 1.º Tópico de
(maioritariamente a sul do Douro) (Doc. 2), sendo maioritariamente concedidos pelos monarcas durante o
em Portugal orientação
processo de Reconquista.
(Mapa)
- foram maioritariamente concedidos pelos monarcas durante o processo de Reconquista, como o foral de
Penamacor, outorgado por D. Sancho II em 1209: “Esta é a carta [de foral] que mandei fazer, eu, Sancho, pela
graça de Deus rei de Portugal, […] para vós, habitantes de Penamacor” (Doc. 3);
- determinavam os direitos ou isenções ou privilégios dos moradores “As tendas, os moinhos e os fornos de
Penamacor estejam livres de todo o foro. […]” ou “Os habitantes de Penamacor não sejam mordomos nem
serviçais contra a sua vontade […].” ou “Os homens de Penamacor não deem pousada contra a sua vontade.”
[…] ou “Os homens de Penamacor não paguem portagem em todo o nosso reino.” (Doc. 3); 1.º Tópico de
- estabeleciam também os deveres ou obrigações dos moradores “[…] duas partes dos cavaleiros tomem parte no orientação
fossado real uma vez por ano e que a terceira parte permaneça na vila com todos os peões.” ou “E o cavaleiro que
não estiver no fossado com o rei pague para a fossadeira 10 soldos” (Doc. 3);
- estabeleciam a justiça a aplicar no concelho: “A mulher que abandonar o seu marido […] pague ao seu marido
Documento 3.
300 soldos e a sétima ao paço.” ou garantiam o direito à propriedade: “E se alguém arrombar uma casa, passando
O Foral de
o limiar com armas, […] com escudos, com lanças, ou com espadas […] pague 500 soldos ao queixoso, e a
Penamacor
sétima ao paço.” (Doc. 3).
(1209)
- faziam parte da administração do concelho os vereadores (responsáveis pelas infraestruturas) ou almotacés
(fiscalizam as atividades económicas) ou algoz (executa as sentenças) ou mordomo (cobram impostos): “Os
2.º Tópico de
habitantes de Penamacor não sejam mordomos […] contra a sua vontade […].” (Doc. 3) ou procuradores
orientação
(representam o concelho no exterior e defendem os seus direitos) ou tesoureiros (cuidam das finanças) ou
escrivães (redigem os atos administrativos);
- os cavaleiros-vilãos constituíam o topo da hierarquia concelhia porque eram os mais ricos, de entre os quais
eram escolhidos os magistrados ou eram proprietários de casas, de terras e de gado ou cumprem serviço militar:
“duas partes dos cavaleiros tomem parte no fossado real uma vez por ano e que a terceira parte permaneça na 3.º Tópico de
vila” ou “E o cavaleiro que não estiver no fossado com o rei pague para a fossadeira 10 soldos.” (Doc. 3); orientação
- nos concelhos as atividades económicas eram a agricultura ou atividades ligadas à produção agrícola: “fornos
de Penamacor estejam livres de todo o foro.” (Doc. 3).
- a administração do concelho cabia a uma oligarquia local que se reunia na “Domus Municipalis” (Doc. 4) ou na
Documento 4. assembleia concelhia;
Domus - autonomia concelhia era visível pela existência de símbolos próprios que identificavam o concelho e 2.º Tópico de
Municipalis de diferenciavam-no dos outros como o pelourinho (símbolo da autonomia judicial) ou bandeira (símbolo de orientação
Guimarães identidade) ou selo (valida a documentação concelhia) ou “Domus Municipalis”, a casa da câmara onde se
reúnem os representantes concelhios (Doc. 4).
- criavam comunidades de homens livres com capacidade para exercerem o poder local ou governarem-se a si
1.º Tópico de
próprios, dotados de alguns poderes: “lanceis para isso contribuições extraordinárias sobre todos os moradores
orientação
desse julgado” (Doc. 5).
Documento 5.
- nos concelhos as atividades económicas eram também o artesanato e o comércio: “temos por bem e outorgamos
Carta de Feira
que possam aí fazer a dita feira em cada ano, no primeiro dia de agosto, a qual mandamos que dure oito dias; e
(1393) 3.º Tópico de
que a dita feira e aqueles que a ela vierem tenham os privilégios” ou os concelhos possuíam espaços ligados ao
orientação
comércio onde se instalavam as “as tendas para as suas mercadorias“ (Doc. 5).
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ITENS PONTUAÇÃO
Versão 1. Versão 2. Versão 3.
1. (B) -
2. Nos séculos XIII e XIV, a política régia de criação de concelhos tinha por objetivo…
(A) - o controlo e a averiguação do estado dos bens do rei e dos bens da Coroa.
(B) - o aumento dos impostos senhoriais sobre as comunidades dependentes.
(C) - o povoamento e o desenvolvimento económico de regiões do interior e do sul.
(D) - o fortalecimento das relações de vassalidade entre o rei e a nobreza.
CORREÇÃO
ITENS PONTUAÇÃO
Versão 1. Versão 2. Versão 3.
2. (C) -
3. Transcreva duas afirmações, presentes no Documento 2, que referem as obrigações dos habitantes de Sintra face ao rei.
4. Explicite, a partir dos Documentos 1 e 2, três caraterísticas da organização social e política das comunidades criadas pelas cartas de foral.
4. Pontuação ……………………………………………………………………… 15
Tópicos de resposta:
- a carta de foral criava um concelho ou reorganizava uma comunidade preexistente;
- os concelhos podiam ser rurais ou urbanos, de acordo com o Doc. 1, ou a maior parte dos concelhos eram urbanos (Doc. 1);
- o concelho gozava de autonomia de acordo com as normas inscritas na carta de foral ou a carta de foral era fundamental na vida do concelho, pois
continha os direitos e as obrigações dos seus moradores: “carta irrevogável, de direito, estabilidade e serviço.” (Doc. 2);
- os habitantes do concelho eram, sobretudo, de origem popular e eram organizados de acordo com a sua riqueza e prestígio ou no topo da
comunidade concelhia estavam os cavaleiros-vilãos, seguidos dos peões;
- os moradores dos concelhos eram os vizinhos, homens livres: “Entretanto, se algum dos peões puder adquirir cavalo passe à classe de cavaleiro”
(Doc. 2);
- a carta de foral estabelecia formas de autogoverno ou os concelhos tinham organismos próprios, constituídos e escolhidos pelos habitantes do
concelho, que decidiam os assuntos da comunidade;
- o concelho tinha os seus próprios símbolos do poder local: o selo, a bandeira, o pelourinho e a casa da câmara;
- o concelho tinha autonomia na aplicação da justiça de acordo com as normas contidas na carta de foral: “No foro de Sintra haverá seis juízes no
julgamento do homicídio; em qualquer outro julgamento bastarão três homens” (Doc. 2);
- os habitantes do concelho beneficiavam de privilégios de natureza fiscal ou isenção de impostos: “O mercador de Sintra não pagará portagem em
toda a terra do rei, quer vá vender quer comprar” (Doc. 2) ou “não pagarão eles tributo algum a não ser a vós donos dos casais; […]. 3. Nunca nos
dareis parte em qualquer seara” (Doc. 2) ou beneficiavam de outras isenções: “Se não quiserem ou não puderem sair em fossado, nada paguem.”
(Doc. 2);
- os habitantes do concelho beneficiavam de privilégios de natureza judicial: “pague o que tais crimes cometer 10 morabitinos […]” (Doc. 2);
- a carta de foral estabelecia normas de natureza económica e fiscal, dando ao concelho competência para cobrar multas ou concedia aos seus
habitantes o direito de ter propriedades livres e de forma hereditária: “Quando morra qualquer homem ou mulher, nada pague a sua família e recebam
todos os seus bens os seus parentes […]“ (Doc. 2).
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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS RIO TINTO N.º 3
SEDE:ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA DE RIO TINTO
5. Associe, cada um dos elementos relacionados com os concelhos, presentes na coluna A, à designação correspondente, que consta na coluna B.
COLUNA A COLUNA B
1) Peão
(A) Limites do território e campos dos arredores que era abrangido pela jurisdição e administração do
concelho sobre o qual era exercido o poder concelhio. (2) Cavaleiro-vilão
(B) Homem livre do povo que gozava de um estatuto superior por ter bens suficientes para manter um (3) Pelourinho, selo e bandeira
cavalo e prestar serviço militar. (4) Termo e arrabaldes
(C) Símbolos da autonomia e da identidade de um concelho.
(5) Vila
5. Pontuação ……………………………………………………………………… 10
1. Um foral é um diploma jurídico que regulamenta a vida das populações de um concelho, pertencendo a sua iniciativa:
- Escreva, na folha de respostas, o número do item seguido da letra que identifica a opção escolhida.
(A) ao rei. (B) ao concelho. (C) a um senhor eclesiástico. (D) ao rei ou a um senhor laico ou eclesiástico.
CORREÇÃO
ITENS PONTUAÇÃO
Versão 1. Versão 2. Versão 3.
1. (D) -
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SEDE: ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA DE RIO TINTO
3. A propósito do exercício dos poderes concelhios, associe os nomes apresentados na coluna A às definições que constam da coluna B.
- Escreva na folha de respostas as letras e os números correspondentes. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
COLUNA A COLUNA B
1. Decisões da Assembleia dos Vizinhos
2. Magistrados encarregados da vigilância dos mercados, da sanidade, higiene e obras públicas
A) Alcaides ou juízes
3. Magistrado que exercia o cargo de tesoureiro
B) Chanceler
4. Magistrados responsáveis pela administração da justiça
C) Posturas municipais
5. Elite social do concelho
D) Assembleia dos vizinhos
6. Órgão deliberativo do concelho
7. Magistrado que guardava o selo e bandeira do concelho
3. Pontuação ……………………………………………………………………… 10
1. Nomeie o estrato social a que pertencia a “ordem militar de Santiago”, a quem o rei doou o castelo de Aljustrel (Documento 2).
- Clero secular.
2. O senhorio confirmado por esta “carta de doação” de D. Afonso III à Ordem de Santiago (Documento 3) denominava-se…
(A) concelho. (B) honra. (C) couto. (D) reguengo.
CORREÇÃO
ITENS PONTUAÇÃO
Versão 1. Versão 2. Versão 3.
2. (C) -
3. Refira, a partir dos Documentos 1 e 2, três iniciativas dos reis para promoverem o povoamento e organização do território conquistado.
3. Pontuação ……………………………………………………………………… 15
Tópicos de resposta:
- os reis concederam cartas de doação com extensos privilégios para atrair povoadores para as regiões mais despovoadas ou garantir a sua defesa:
“Dou e concedo-vos, a vós e aos vossos sucessores, o supradito castelo de Aljustrel com os seus termos […] com os montes, as fontes, as pastagens,
as minas de ferro e as áreas de pesca, com todos os seus direitos de portagem […]” (Doc.2);
- os reis concederam extensos territórios a ordens monásticas ou os mosteiros tornaram-se polos de povoamento e de apoio ao povo;
- as concessões às ordens militares serviram igualmente para criar polos de povoadores e para assegurar a defesa das regiões, sobretudo no sul, junto a
fronteiras (Doc.1);
- os reis chamaram a si a iniciativa de povoar, sobretudo a região ao sul do Tejo, procurando afirmar o seu poder, como com a doação do castelo de
Aljustrel (Doc.2);
- os reis concederam também cartas de foral para reconhecer a organização de comunidades já existentes ou para fundar novos concelhos ou os reis
viram nos concelhos um meio de reforço da sua autoridade face aos abusos das ordens privilegiadas.
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4. Associe, cada um dos elementos relacionados com os privilégios senhoriais do clero e da nobreza, presentes na coluna A, à designação
correspondente, que consta na coluna B.
COLUNA A COLUNA B
(A) Designava a obrigação dos camponeses usarem o moinho, lagar e outros equipamentos na reserva senhorial, (1) Dízima
pagando por isso impostos e direitos ao senhor. (2) Imunidade
(B) Designava a obrigação de pagar a décima parte das colheitas e rendimentos à Igreja. (3) Vassalidade
(C) Privilégio de que gozavam os nobres e os clérigos isentando-os do pagamento de impostos e lhes permitia (4) Defesa
serem julgados de acordo com o seu estatuto social. (5) Banalidades
4. Pontuação ……………………………………………………………………… 10
5. Pontuação ……………………………………………………………………… 20
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A resposta evidencia a mobilização da informação dos Documentos de 1 a 4 para sustentar as linhas orientadoras do tema, que constam nos
parâmetros A e B. Podem ser exploradas as linhas de leitura apresentadas abaixo (ou outras possíveis).
- a formação de senhorios foi mais acentuada no norte do país, uma vez que a Reconquista decorreu de norte para
Documento 1.
sul ou foi mais antiga no norte (Doc.1);
Os Senhorios
- os reis doaram extensas propriedades ao clero, quer ao alto clero secular (bispos), quer regular (ordens 1.º Tópico de
no Portugal
religiosas monásticas ou ordens militares, como a ordem dos Templários ou de Santiago ou do Hospital ou de orientação
Medieval
Calatrava) (Doc. 1);
(Mapa)
- doações de extensos domínios senhoriais, no centro, interior e sul (Doc.1) feitas às ordens religiosas.
- as doações de extensos domínios senhoriais, no centro, interior e sul feitas às ordens religiosas tinham objetivos
religiosos ou eram um meio de obter a salvação da alma: “E faço isto para a salvação da alma de meu pai, da
minha e da de minha mãe e da de meus parentes.” (Doc. 2) ou para beneficiar a Igreja que tinha papel relevante
1.º Tópico de
Documento 2. na sociedade medieval: “E pelo muito bom serviço que prestastes e continuais a prestar a mim e ao reino.” ou
orientação
A Doação do “Destas minas e banhos dou-vos a décima parte de tudo o que daí vier a receber.” (Doc. 2);
Castelo de - as ordens religiosas ficavam incumbidas de organizar, defender e povoar o território: “Dou e concedo-vos, a vós
Aljustrel à e aos vossos sucessores, o supradito castelo de Aljustrel com os seus termos“ (Doc. 2).
Ordem de - os reis procuraram registar as leis para fazer valer a sua autoridade: “eu, Afonso, pela graça de Deus rei de
Santiago (1255) Portugal e conde de Bolonha, com a minha esposa, a rainha D. Beatriz, filha do ilustre rei de Castela e Leão, por
3.º Tópico de
meu beneplácito e com o consenso da minha Cúria, faço carta de doação“ (Doc. 2);
orientação
- o rei reservava para a Coroa direitos sobre os recursos mais importantes “e com todos os direitos reais que eu aí
tenho e devo ter, por direito hereditário para sempre, exceto as minas de ouro e os banhos termais.” (Doc. 2);
Documento 3.
A Organização - os domínios senhoriais eram explorados pelos senhores ou a posse da terra dava poderes aos senhores sobre as 2.º Tópico de
do Senhorio comunidades que viviam no senhorio ou eram dependentes do senhor (Doc. 3); orientação
(Figura)
- para controlar as doações feitas, o rei D. Afonso III ordenou que se fizessem inquirições ou as inquirições
ordenadas por D. Afonso III destinavam-se a conhecer a validade da posse de propriedades doadas: “sabendo-se
a verdade do que em elas é conteúdo.” (Doc. 4);
Documento 4. - a partir de D. Afonso III, os reis dispuseram de vários meios para inquirir sobre as propriedades que eram da
O Combate aos Coroa e que tinham sido usurpadas: “algumas doações e outras escrituras que se fazem em prejuízo dos direitos
3.º Tópico de
Abusos da Coroa […]” (Doc. 4) ou “Porque nelas se faz referência à época em que cada rei começou a reinar e quando
orientação
Senhoriais morreu, e onde jaz sepultado, estas foram escritas certamente sabendo-se a verdade do que em elas é conteúdo. E
(Inquirições) por elas logo se pode saber a escritura que não for verdadeira […].” (Doc. 4);
- através das Confirmações ordenadas pela Coroa, procurava-se saber se as doações eram verdadeiras, pois havia
muitos abusos: “fazendo as cartas de doações referência a um rei que, à época da escritura e da outorga da carta
já tinha morrido. […]” (Doc. 4);
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2. A carta de D. Afonso Henriques aos cavaleiros do Templo (Doc. 3) instituiu um senhorio denominado:
- Escreva, na folha de respostas, o número do item seguido da letra que identifica a opção escolhida.
(A) Reguengo. (B) Honra. (C) Couto. (D) Imunidade.
CORREÇÃO
ITENS PONTUAÇÃO
Versão 1. Versão 2. Versão 3.
2. (C) -
5. A partir dos Documentos 1 a 5, explicite três aspetos do combate da realeza frente à expansão do poder senhorial, atendendo quer à origem, tipo e
natureza desse poder, quer aos meios utilizados pelos monarcas.
- Deve integrar na resposta, além dos seus conhecimentos, os dados disponíveis nos Documentos 1 a 5.
5. Pontuação ……………………………………………………………………… 15
Tópicos de resposta:
– Origem e tipo de senhorios
• A origem remonta às conquistas feitas aos muçulmanos e às frequentes doações de terras que as acompanharam (Doc. 3).
• Tipo de senhorios: honras (propriedade da nobreza), coutos (maioritariamente propriedade do clero) e reguengos (propriedade do rei).
• Os senhorios nobres identificavam-se pela presença de um castelo, uma torre ou um solar, enquanto os senhorios eclesiásticos identificavam-se pela
presença de um mosteiro, de uma sé catedral e até de um castelo (no caso das ordens religioso-militares) (Docs. 1 e 2).
– Natureza do poder senhorial
• Poder económico OU dominial, proveniente da exploração económica da terra, como a cobrança de rendas e serviços (jeiras) aos homens do seu
senhorio.
• Poder político OU público: de comando militar (ex.: recrutamento para a guerra), de punição judicial (exceto pena de morte e mutilação de
membros) e de coação fiscal (exigência de impostos, como as banalidades, as portagens e as peagens).
• Imunidade, em consequência da qual os funcionários régios ficavam impedidos de exercer as funções militares, judiciais e fiscais na área do
senhorio, sendo a imunidade concedida através de cartas de couto (aos eclesiásticos) ou da atribuição do poder público a um nobre, a quem o monarca
delegava a administração de territórios ou castelos.
– Meios utilizados pela realeza para combater a expansão senhorial
• Leis de Desamortização, que proibiam os mosteiros e as igrejas de comprarem bens de raiz, de os herdarem dos seus professos ou de aceitarem
doações de particulares.
• Confirmações Gerais, através das quais os reis reconheciam, ou não, os títulos de posse de terras e os direitos senhoriais anteriormente doados a
nobres e clérigos pelos seus predecessores.
• Inquirições, através das quais se auscultavam habitantes de coutos e honras no sentido de apurar se aqueles senhorios eram legítimos ou
provenientes de usurpações à propriedade e aos direitos régios (Doc. 5).
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1. Pontuação ……………………………………………………………………… 10
- “[…] o meu Reguengo de Gaia […].”
Excerto do documento 1
- “[…] que possais, do Reguengo […] vender, dar e dispor […].”
- “[…] dou e outorgo com portagem, voz e coima […] e todos os direitos reais que eu aí tenho […].”
Excerto do documento 2 - “[…] dou e outorgo com portagem, voz e coima […]”
- “[…] dou e outorgo com […] todos os direitos reais que eu aí tenho […].”
2. Compare as condições em que foram instituídos o concelho de Gaia (Documento 1) e a honra (Documento 2), referindo três aspetos em que se
opõem.
2. Pontuação ……………………………………………………………………… 15
Tópicos de resposta
Comparação clara das condições em que são instituídos o concelho de Gaia e a honra, referindo dois aspetos em que se opõem:
Beneficiários da
- enquanto o beneficiário da instituição do concelho (Doc. 1) é o “povo da vila de Gaia”, isto é, uma entidade coletiva,
instituição do
- o beneficiário da instituição da honra (Doc. 2) é um indivíduo nobre, João Afonso, filho natural de D. Dinis.
concelho e da honra
- enquanto os habitantes do concelho (Doc. 1) devem pagamentos ao rei “de cada fogo onde morar”, pela sua atividade
Deveres dos
económica e por penas judiciais, como o homicídio,
beneficiários para
- o nobre João Afonso (Doc. 2) recebe as terras da honra “livres e isentas de todo o foro” e não deve pagamentos judiciais;
com o rei
pelo contrário, recebe-os, pois o rei transmitiu-lhe “a voz e coima”, ou seja, o poder de julgar.
- enquanto no concelho (Doc. 1) não existe imunidade, pois os funcionários do rei, como o mordomo, nele entram para
cobranças, exercendo o poder público,
Imunidade dos bens
- na honra (Doc. 2) há imunidade, pois os funcionários régios nela não exercem o poder público de fisco – as terras são
recebidos
“livres e isentas” de foro e não se paga portagem − ou a justiça, já que esta função foi delegada em João Afonso, que
recebe “voz e coima”.
- enquanto os habitantes do concelho (Doc. 1) nunca incluirão os grupos privilegiados, já que não podem ser transmitidas
Categoria social dos terras a “militar, ou clérigo, ou homem de ordem religiosa”, nem a “rico-homem”,
habitantes - a honra (Doc. 2) é por natureza propriedade de privilegiados, como o nobre João Afonso, que a transmite aos “filhos
legítimos” e aos que dele descendem “livremente em linha direta”.
3. Desenvolva o tema Poder concelhio e poder senhorial no Portugal medieval dos séculos XII a XIV, apresentando três elementos de cada um dos
seguintes tópicos de orientação:
• O exercício dos poderes concelhios;
• O exercício dos poderes senhoriais.
- Na sua resposta, integre, pelo menos, uma informação relevante de cada um dos documentos de 1 a 3.
3. Pontuação ……………………………………………………………………… 20
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A resposta evidencia a mobilização da informação dos Documentos de 1 a 3 para sustentar as linhas orientadoras do tema, que constam nos
parâmetros A e B. Podem ser exploradas as linhas de leitura apresentadas abaixo (ou outras possíveis).
– A criação do concelho de Gaia através do Foral ou carta de foral concedido pelo rei Afonso III “ao povo a
minha vila de Gaia”, “para sempre”.
– Os pagamentos devidos ao rei, constantes da carta de foral: por “cada fogo onde morar homem casado” ou
Documento 1. solteiro; pelas atividades económicas da pesca e do abate e venda de gado (“os pescadores deem ao
1.º Tópico
A instituição do mordomo”, “o açougueiro dê ao mordomo”); e por penas judiciais, como o homicídio, “reputado em trezentos
de
concelho de Gaia por soldos”.
orientação
D. Afonso III (1255) – Os direitos concedidos ao povo do concelho de Gaia: dispor perpetuamente das terras (“vender, dar e dispor
delas”), isenção de serviço militar (“que não vades à guerra”).
– A interdição de venda de terras a privilegiados, como nobres (“rico-homem”) e eclesiásticos (“clérigo ou
homem de ordem religiosa”), sinal de a sociedade concelhia ser constituída apenas pelos estratos populares.
− A criação de um senhorio nobre ou honra, através da doação de terras pelo rei D. Dinis, “por direito de
herdamento e para todo o sempre”, a João Afonso, seu filho natural.
− A doação a João Afonso de “todos os direitos reais”, isto é, dos que recaem sobre a terra (direitos
Documento 2.
dominiais), sob a forma de rendas e serviços, e dos que incidem sobre os homens (direitos banais ou públicos), 2.º Tópico
A instituição de uma
como é o caso da “portagem”, um direito fiscal, e da “voz e coima”, um direito judicial. de
honra por D. Dinis
− Concessão do poder público ou banal a João Afonso, através dos referidos direitos fiscal e judicial; orientação
(1313)
− A imunidade da honra doada a João Afonso, em virtude de os funcionários régios nela não entrarem para
exercerem a justiça e a coação fiscal, atribuídas ao filho do rei, ou para cobrarem foro: “que as [terras] tenhais
livres e isentas de todo o foro”.
Documento 3.
Tarefas agrícolas, 2.º Tópico
− Referência aos direitos dominiais exercidos pelo senhor sobre as terras, em nome dos quais cobrava rendas e
segundo o de
serviços, como as jeiras, às comunidades rurais dependentes.
Apocalipse do orientação
Lorvão (1189)
1. O rei D. Fernando ao afirmar, “vendo que os clérigos se apoderavam de muitas terras que compravam, em prejuízo dos nossos direitos e
dano dos nossos povos […]. Respondemos e mandamos que se respeite a dita lei.”, estava a referir-se à lei…
(A) - da desamortização, destinada a reforçar o poder central, limitando o crescimento das propriedades eclesiásticas.
(B) - das alcaidarias, destinada a proibir os abusos feitos em nome do rei, limitando o poder dos grupos privilegiados.
(C) - das inquirições, destinada a fiscalizar a situação dos domínios senhoriais, recuperando os bens e os direitos régios.
(D) - das pragmáticas, destinada a limitar o uso de objetos de luxo, limitando a ostentação dos grupos privilegiados.
CORREÇÃO
ITENS PONTUAÇÃO
Versão 1. Versão 2. Versão 3.
1. (A) -
2. Refira, a partir do Documento 1, três argumentos que confirmem a importância das Cortes na época medieval.
2. Pontuação ……………………………………………………………………… 15
Tópicos de resposta:
- assembleia consultiva que aconselhava o rei em assuntos como a guerra e a desvalorização da moeda: “Pedem-nos que […] o rei não faça guerra
nem moeda […] salvo com o conselho dos cidadãos e naturais […]. Respondemos que queremos chegar a acordo convosco sobre isto.”;
- assembleia convocada pelo rei, em que este orienta as reuniões e decide;
- assembleia onde se ouvem as queixas ou agravos e se solucionam problemas: “mandámos vir a estas Cortes para termos acordo e conselho [sobre
como] corrigir e melhorar o Estado dos Reinos”;
- assembleia que se revelou importante para o reforço do poder régio, através do controlo do poder senhorial, dos abusos e “para nos dizerem os
agravos [praticados] por nós, pelos nosso oficiais ou por outros poderosos.“;
- instituídas a partir do século XIII ou 1254, reúnem os três braços sociais – clero e nobreza (privilegiados) e povo ou representantes dos concelhos
(não-privilegiados): “fizemos nossas Cortes, nas quais foram juntos os infantes nossos irmãos e bispos e abades e prelados e condes e priores e
mestres das ordens das cavalarias e ricos-homens e fidalgos e também muitos e mui bons cidadãos das cidades e vilas”;
- revelam a crescente influência dos legistas ou letrados na administração central “tendo conselho com os da nossa corte e com letrados e entendidos”,
aliados do reforço do poder régio.
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CORREÇÃO
ITENS PONTUAÇÃO
Versão 1. Versão 2. Versão 3.
3. (C) – (D) – (E) – (B) – (A) -
1. As Cortes, à semelhança das realizadas em Lisboa em 1371 (Documento 1), distinguiam-se de outras assembleias de apoio à administração
central, por contarem com a presença de…
(A) …“Bispos e Abades e Prelados e Condes”.
(B) …“Priores e Mestres das Ordens das Cavalarias”.
(C) …“Ricos-homens e fidalgos”.
(D) …“mui bons Cidadãos das cidades e vilas”.
CORREÇÃO
ITENS PONTUAÇÃO
Versão 1. Versão 2. Versão 3.
1. (D) -
2. (B)
3. Ordene cronologicamente os seguintes acontecimentos da História de Portugal nos séculos XIII e XIV.
Ordenação
- Escreva, na folha de respostas, a sequência correta das letras.
(A) - Batalha de Aljubarrota. 4.º
(B) - Tratado de Alcanises. 2.º
(C) - Conquista do Algarve (fim da Reconquista). 1.º
(D) - Entrada da Peste Negra em Portugal. 3.º
3. – 10 pontos (C) – (B) – (D) – (A)
4. Explicite três aspetos do papel da realeza como órgão máximo do poder público.
- Os três aspetos devem ser fundamentados com excertos relevantes do Documento 1.
4. Pontuação ……………………………………………………………………… 15
Tópicos de resposta:
- Poder real baseado na doutrina do direito divino, uma vez que D. Fernando se intitula “pela graça de Deus, Rei de Portugal e do Algarve”.
- Preocupação de D. Fernando de que os súbditos vivam “com direito e justiça”, o que se relaciona com a função real de responsável máximo pela
justiça interna.
- Poder real com o atributo da chefia militar, sendo pedido que “o rei não faça guerra” sem o conselho da Nação;
- Poder real com o atributo do exclusivo da cunhagem da moeda, sendo pedido que “o rei não faça […] moeda” sem o conselho da Nação.
- Poder real com o exclusivo da legislação suprema, de que é exemplo a “Lei da Desamortização”, que os povos pedem para se respeitar, e que se
relacionava com o combate régio ao crescimento da propriedade eclesiástica.
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1. Refira, a partir do Documento 1, três das ações que permitiram que o rei D. Dinis e os seus sucessores se pudessem intitular como «rei de
Portugal e do Algarve».
1. Pontuação ……………………………………………………………………… 15
2. Refira, com base no Documento 1, três grupos do reino, a quem o rei recorria para o apoiar na sua ação governativa.
2. Pontuação ……………………………………………………………………… 15
3. Nomeie a instituição que se formou a partir da cúria régia no reinado de D. Afonso III, em 1254.
- Cortes
4. Identifique, os três processos, registados no Documento 1, pelos quais o rei assegurava a redação e a divulgação das leis e a aplicação da justiça.
Processos, registados no Documento 1, pelos quais o rei assegurava a redação e a divulgação das leis e a aplicação da justiça:
- o Conselho do rei apoiava o monarca nas suas decisões: “os ricos homens e homens bons de minha terra; havendo conselho com dom Martinho
meu alferes e com a minha corte e com outros muitos homens bons”;
- cabia ao rei legislar e organizar a justiça: “Por que mando a todas as justiças do meu reino que façam esta minha lei […] ter e cumprir e guardar”;
- um corpo de funcionários régios cada vez mais especializados, conhecedores das leis e da escrita, elaboravam diplomas legais: “E mando a todos
os tabeliões notários de meu reino que cada um registe esta minha carta em seus livros”
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MÓDULO II - O Dinamismo Civilizacional da Europa Ocidental nos Séculos XIII e XIV – Espaços, Poderes e Vivências
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS RIO TINTO N.º 3
SEDE:ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA DE RIO TINTO
5. Selecione, com base no Documento 1, a opção que completa cada uma das afirmações:
5.1. D. Dinis considerou que «os homens-bons e muitos outros do reino» pediam «cousa acertada sabendo por verdade que as ordens [religiosas]
haviam a maior parte de meu reino», porque o clero era…
(A) …a ordem mais rica e poderosa, devido à sua função militar e ao prestígio social do seu trabalho na defesa do reino.
(B) …a ordem mais rica e poderosa, devido à sua função política na corte e nos exércitos régios de que recebiam bens régios.
(C) …a ordem mais rica e poderosa, devido à sua função judicial na corte e nos tribunais régios que era bem remunerada.
(D) …a ordem mais rica e poderosa, devido à sua função religiosa e porque receberam bens em testamento.
5.2. Quando afirma «que as ordens de meu reino são muito ricas e muito abundantes tanto de herdamentos como em possessões como em outros
haveres», o rei estava a referir-se…
(A) …aos domínios eclesiásticos, denominados coutos, que gozavam de imunidade.
(B) …aos domínios laicos, denominados coutos, que gozavam de imunidade.
(C) …aos domínios laicos, denominados concelhos, que gozavam de imunidade.
(D) …aos domínios eclesiásticos, denominados honras, que gozavam de imunidade.
5.3. D. Dinis ao legislar que «em meu reino para todo sempre que se os fidalgos ou outras gentes quer homens quer mulheres de meu reino entrarem
em ordens que, por sua morte, as ordens não tomem as suas sucessões» procurou…
(A) …limitar a aquisição ou a doação de terras ao clero, através da publicação e aplicação do Beneplácito Régio.
(B) …limitar a aquisição ou a doação de terras ao clero, através da publicação e aplicação das Pragmáticas.
(C) …limitar a aquisição ou a doação de terras ao clero, através da publicação e aplicação das Leis de Desamortização.
(D) …limitar a aquisição ou a doação de terras ao clero, através da publicação e aplicação das Confirmações.
5.4. A afirmação «o reino pudesse ser melhor defeso e melhor amparado perante ameaças de guerra de mouros e doutras gentes», o rei revela que…
(A) …a consolidação do reino foi consequência da Reconquista Cristã e da definição das fronteiras com Castela.
(B) …a consolidação do reino foi consequência da ajuda dos cruzados que concluíram o processo de definição das fronteiras.
(C) …a consolidação do reino foi consequência da ação régia com o apoio de Castela contra os cristãos.
(D) …a consolidação do reino foi consequência da Reconquista Cristã que se estendeu de Sul para Norte.
CORREÇÃO
ITENS PONTUAÇÃO
Versão 1. Versão 2. Versão 3.
5.1. (D)
5.2. (A)
5.3. (C)
5.4. (A)
6. Explicite, a partir do Documento 1, três medidas que os reis de Portugal tomaram para limitarem os abusos senhoriais quanto à posse indevida de
propriedades.
6. Pontuação ……………………………………………………………………… 15
7. Transcreva, do Documento 1, duas frases que revelam que o rei procurava afirmar o seu poder no reino.
7. Pontuação ……………………………………………………………………… 10
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9. Explicite, a partir do Documento 1, três caraterísticas, do grupo social a que pertenciam o «Infante dom Afonso meu irmão e dom Nuno
Gonçalves e ricos homens e fidalgos».
9. Pontuação ……………………………………………………………………… 15
10. Associe cada um dos elementos relacionados com o poder no Portugal medieval, presentes na coluna A, à designação correspondente, que consta
na coluna B.
- A cada letra corresponde apenas um único número.
COLUNA A COLUNA B
(A) Designa os privilégios que permitiam aos senhores impedir a entrada, nos seus domínios, de funcionários da Coroa (1) Reino
e gozar do direito de cobrar impostos e exercer a justiça senhorial. (2) Cúria
(B) A sua importância aumentou com a centralização do poder régio, auxiliando o rei na administração do reino e na (3) Senhorio
redação de leis. (4) Carta de foral
(C) Designa o território que tem por soberano um monarca que se assume como figura cimeira do exercício do poder. (5) Imunidade
(D) Designa os senhorios que estavam na posse do rei e que tiveram origem no processo de Reconquista. (6) Reguengo
(E) Designa o domínio fundiário no qual o senhor dispunha de poder económico, em virtude da exploração da terra, e (7) Vassalidade
de poder sobre os homens que aí viviam e trabalhavam. (8) Legista
Versão 1 (A) – (5) (B) – (8) (C) – (1) (D) – (6) (E) – (3)
Versão 2
Versão 3
CORREÇÃO
ITENS PONTUAÇÃO
Versão 1. Versão 2. Versão 3.
1. (C)
2. (A)
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3. As rotas assinaladas no Documento 1 estruturaram-se em torno de cidades, integrando-se algumas delas em polos ativos de comércio.
- Associe os pólos de comércio, presentes na coluna A, às cidades que neles se integravam, indicadas na coluna B.
- A cada letra corresponde apenas um único número.
COLUNA A COLUNA B
(A) Pólo das cidades italianas, que abasteciam a Europa de têxteis de luxo, metais preciosos e especiarias 1. Troyes
transacionadas no Mediterrâneo oriental. 2. Nuremberga
(B) Pólo da Flandres, que atraía mercadores de toda a Europa e se destacava pela indústria de lanifícios. 3. Bristol
(C) Pólo das feiras da Champagne, que se realizavam durante todo o ano e atraíam mercadores do sul e do 4. Bruges
norte europeu. 5. Génova
3. Pontuação ……………………………………………………………………… 10
4. A Bolsa dos Mercadores (Documento 2) acordada pelos negociantes portugueses constitui um exemplo de seguro comercial-marítimo revelador
das novas práticas comerciais e financeiras.
- Explicite, três aspetos relativos ao funcionamento da referida Bolsa de Mercadores e motivos invocados pelo rei para a sua confirmação, de acordo
com o Documento 2.
4. Pontuação ……………………………………………………………………… 15
FIM
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