O FEMININO EM NÓS: RAIZ Licença que eu vou incensar,

ANCESTRAL – 27/11/2021 oh licença que eu vou incensar

Licença que eu vou incensar,

17:00 - INÍCIO oh licença que eu vou incensar

ORAÇÃO Licença que eu vou incensar,

1 - DEFUMAÇÃO oh licença que eu vou incensar

Licença que eu vou incensar,

oh licença que eu vou incensar
Pra proteger, purificar, energia
Licença que eu vou incensar, que nao serve mais por favor
oh licença que eu vou incensar se retire pra la

Licença que eu vou incensar, Pra proteger, purificar, energia

oh licença que eu vou incensar que nao serve mais por favor

Licença que eu vou incensar, se retire pra la

oh licença que eu vou incensar

Pra proteger, purificar, energia Se retire pra la

que nao serve mais por favor
Se retire pra la
se retire pra la
Se retire pra la
Pra proteger, purificar, energia
que nao serve mais por favor Se retire pra la

se retire pra la Se retire pra la

Se retire pra la

Licença que eu vou incensar, 17:30 - 1º DESPACHO

oh licença que eu vou incensar

18:00 – AMACI + MEDITAÇÃO DA
CAMOMILA
2 - REZA JUREMEIRA
[Jéssica 1ª vez – repetição Coro]
Mainha mandou
Riscar um ponto e sentar na
mesa
Mainha mandou
Se concentrar, pensar na
natureza
Foi daí que eu nasci
Foi assim que eu me criei
Mainha mandou
Tocar maraca pra chamar meu
guia
Mainha mandou
Fazer uma conta de ave maria
Foi daí que eu nasci
Foi assim que eu me criei
3 - AMACI
[Jéssica e Ary (cada hora uma) –
coro no final]
Junto amassar a folha que
catou de manhã cedo
Pega, amassar a folha que
catou de manhã cedo
Pra lavar a guia, convocar os
guias, começar o dia
Pra lavar a guia, convocar os
guias, começar o dia
Pra lavar a guia, convocar os
guias, começar o dia
Pra lavar a guia, convocar os
guias, começar o dia
Amassar a amassi (pra lavar,
pra curar, pra lavar)
Bota o pipim (pra lavar, pra
curar, pra lavar)
Lacre carrasco (pra lavar, pra
curar, pra lavar)
Arruda e guiné (pra lavar, pra
curar, pra lavar)
Pra curar, pra lavar, pra curar
(Pra lavar, pra curar, pra lavar)
Pra curar, pra lavar, pra curar
(Pra lavar, pra curar, pra lavar)
4 - CURANDEIRAS E Eu peço as bençãos de Oxum, pra

BENZEDEIRA minha vida iluminar

Eu peço as bençãos de Iansã, pras

[Ary – Aurora] – pau de chuva/caxixi
minhas forças restaurar
Eu chamo a força das Yabás pois
O amor aqui vai balançar
vim aqui pra me curar
O amor aqui vai balançar
Eu peço as bençãos de Iemanjá
para meu corpo purificar O amor aqui vai balançar

Eu peço as bençãos de Oxum, pra O amor aqui vai balançar

minha vida iluminar
Eu peço as bençãos de Iansã, pras
minhas forças restaurar
O amor aqui vai balançar, renascer,
transcender e elevar
Eu chamo a força e o poder
Eh Eh Eh Eh
Eu chamo a força e o poder
Eu chamo as benzedeiras,
curandeiras para virem nos curar
Trazendo as santas ervas para
todos consagrar
Eu chamo as benzedeiras,
curandeiras para virem nos curar,
Trazendo as santas ervas para
todos consagrar

Das mamães velhas a benzer,

O balanço do amor aqui vai ancorar
Curar com ervas do saber
O balanço do amor aqui vai ancorar
Eh Eh Eh Eh
Ae Ae Ae Ae
Eu chamo a força e o poder
Vamos todas nos curar
Das mamães velhas a benzer,
Ae Ae Ae Ae
Curar com ervas do saber
Vamos todas nos curar
Eu chamo a força das Yabás pois
Firmando e elevando a magia do
vim aqui pra me curar
lugar
Eu peço as bençãos de Iemanjá
Firmando e elevando a magia do
para meu corpo purificar
lugar
5 - ORI benta

[Jéssica - Aurora entra na repetição] Seu rezo encanta, faz das

ervas um altar
Ô mamainha, venha cá
Seu rezo encanta, faz das
Venha ver
ervas um altar
Na ponta da linha cobreiro vai
cozer
Ô mamainha, venha cá
Comigo ninguém pode, quem
Venha ver
dirá com você
Na ponta da mirra quebrante
Comigo ninguém pode, quem
vai benzer
dirá com você
Comigo ninguém pode então
quem dirá com você
Ô mamainha, da vosmicê
Comigo ninguém pode então
Espada de São Jorge põe
quem dirá com você
caminho pra correr
Arruda arreda tudo, erva guiné
Ô mamainha
vai proteger
Da vosmicê
Arruda arreda tudo, erva guiné
Espada de Yansã põe caminho
vai proteger
pra correr
Jurema arruma tudo
Se é mal olhado, quebrante ou
Arnica cuida tucunte
cobreiro
Jurema arruma tudo
É vento virado, picada de
Arnica cuida tucunte
peçonhento
A benzedeira é raiz do campo
Ô mamainha
fechado
Venha cá, venha ver
Na ponta da mirra quebrante
Cabocla Dalma, feita de
vai benzer
abençoar
Comigo ninguém pode então
Tempo de Sol pode a palavra
quem dirá com você
Comigo ninguém pode então 6 - CORRE UM RIO
quem dirá com você
[Jéssica]

Ô mamainha Do teu peito mãe

Da vosmicê Jorra leite em mim
Espada de Yansã põe caminho
pra correr
Jurema arruma tudo Solto as águas

Arnica cuida tucunte Derramo nelas

Jurema arruma tudo
Danço em festa
Arnica cuida tucunte
Ora ie ieu
MEDITAÇÃO CAMOMILA

19:00 – 2º DESPACHO
Do teu ventre mãe

Corre um rio em mim

EXPERIENCIA OLFATIVA + PINTURA
+ LEITURA DE TEXTO

Bárbara vai explicar a dinâmica, falar

Solto as águas
sobre os cheiros

MÚSICAS DURANTE A PINTURA Derramo nelas

Danço em festa

Ora ie ieu

_________________________
7 - Reconhecimento
[Ary - Coro]
Bem vindo meu novo ser
Cercado de proteção
De tanto amor tanta paz
Dento do meu coração
É como se eu tivesse
esperado
Toda vida para te embalar
_________________________
8 - DIVINA MÃE
[Violao]
[Jéssica e Marina]
Mãe, que vem da terra, vem do
céu
Mãe, abençoa as raízes do
meu chão
Mãe, pra que eu possa nutrir-
me do seu mel
Mãe, e eu possa viver a
humanidade
Mãe, que corre nas águas, flui
em meu corpo
Mãe, regenera as raízes do
meu chão
Mãe, remove o véu que
encobre as manhãs
Mãe, pra que eu possa beber
da realidade
Me desenvolvo ao me envolver
Com cada criatura desse chão
Até poder reconhecer
Cada fagulha de manifestação
Me desenvolvo ao me envolver
Com cada criatura desse chão
Até poder reconhecer
Cada fagulha de manifestação
Mãe, fogo primeiro de tudo que
existe
Mãe, irradia as raízes do meu
chão
Mãe, revela a beleza de cada
canção
Mãe, pra que eu possa te ver
em todas partes
Mãe, sopro de vida em tudo
que nasce
Mãe, ofereço as raízes do meu
chão
Mãe, para que o paraíso se 9 - BURCA
faça aqui [Ary e Aurora]
Mãe, e eu possa viver em
Moça bonita do lenço
unidade
Da cabeça aos pés no chão
Oh Divina Mãe, peço em
oração Mãe à cozinhar pro filho
Que mantenha acesa a Cadeia, arroz e feijão
lamparina do meu coração
O sol alegra lavadeira
Oh Divina Mãe, peço em
oração Que berra na derradeira
Que mantenha acesa a Beirada do ribeirão.
lamparina do meu coração
Velha que espera o marido
Mãe Divina que dá a vida
Dorme na frente do mar
Cura as feridas, me abre a
visão Quem nunca perdeu seu filho
Agradeço por ser teu filho Não sabe desesperar
Perfeito fruto da criação
Meretriz que amamenta a cria
Mãe Divina que dá a vida
Chora feliz, é menina!
Cura as feridas, me abre a
visão Vai ter o que lhe ensinar.

Agradeço por ser teu filho Ô ô ô ô ô licença que o meu

Bendito fruto da criação boi chegou

Agradeço por ser teu filho Ô Clariô, ô Clariô

Divino fruto da criação
Ô ô ô ô, licença que meu boi
Agradeço por ser teu filho
chegou
Perfeito fruto da criação
_________________________ Ô clarioô, ô clariô.
Cantada da diarista 10 - DONA DE TODO COLO

Lavando o próprio quintal [Jéssica e Ary]

Chega no final do dia

Estende a roupa no varal Descansa nos olhos de quem

te olha
Dora em hora ora pelo esposo
Recebe o ventre de quem te
Sóbrio é maravilhoso
recebe
Bêbado um animal
Descansa nos olhos de quem
Quem nunca amou te olha
desconhece
Recebe o ventre de quem te
O coração desfalecer recebe
Quem nunca viu, não descreve

A beleza da flor nascer Terra mãe da natureza

Quem nunca sofreu da fome Dona de todo colo
Não sabe o que faz um Em teu ninho
homem
Me aninha
Pra ver seu filho comer

Ô ô ô ô ô licença que o meu

Terra mãe
boi chegou
Me recebe
Ô Clariô, ô Clariô
Terra mãe
_________________________
Me recebe

_________________________
11 - TRAVESSIA O quanto é essencial ter no

[Jéssica e Aurora]
mínimo respeito

Tem quem dê a bença

Tem quem bata cabeça Essa dor é secular e em algum

momento a de curar
Tem quem descalce pra se
plantar Diga sim para o fim de uma
era irracional, patriarcal
Eu vim de lá

Me tiraram de casa
Abafaram nossa voz
Mas tô aqui
Mas se esqueceram de que
Eu vou cantar para retornar
não estamos sós (2x)
_________________________

12 - PRA TODAS AS
Então eu canto pra que em
MULHERES
todo canto
[Aurora]
Encanto de ser livre, de falar
Abafaram nossa voz
Possa chegar, não mais calar
Mas se esqueceram de que (2x)
não estamos sós (2x)

Essa vai para todas as

Abafaram nossa voz
mulheres
Mas se esqueceram de que
Marianas, índias, brancas
não estamos sós (2x)
Negras, pardas, indianas
_________________________
Essa vai para você que sentiu
aí no peito
LEITURA DO TEXTO – MEDITAÇÃO 14 - TIERRA BENDITA
13 - ORIKI DOS RIOS [Jéssica 1ª vez - TODAS]

[Jéssica (capela e tambor)] Tierra bendita soy uma com tu

Um rio vai nascer cuerpo

De dentro de você Tierra bendita en ti echo raízes

Só precisa dizer Tierra bendita a ti siempre

regresso
Odomiô
Y agradesco tu amor

Sinta a alma transbordar

15 - O CORPO

[Jéssica]
O olho que brota d’água

Que brota no meio da mata

O corpo fala com o corpo
E corre pro lado de lá
E é um dizer que dá gosto
O corpo dentro do corpo de

Como olho d’água que brota Deus

da face O corpo fora do corpo da gente

Da Deusa Iorubá Um movimento latente da

expressão minimal
Odomiô ô (3x)
Vem da ação permanente, pra
levitar no astral
Material transpotente
Transpiração corporal
Sinta sua correnteza Deusa aa
O corpo abriga o corpo
Sinta sua correnteza Deusa
Agrupado flutua urgente
(4x)
Mostrando com a roupa do 16 - LUA FINA
corpo de Deus [Gabi - Capela]
Paisagens de dentro do corpo
Meu ventre
da gente
lua fina de vermelha parafina
O bailado do corpo no palco
No palco do corpo e da gente
Recebe chuva de palmas Meu ventre
Suspiros que brotam silentes
luaR que cresce
Da inteireza d'alma
Passado, futuro e presente enquanto o céu te envelhece

Espelho d'alma ancestral

Corpo celeste, miragem Grita o sangue
Brilhante estrela da terra e do
- sou mulher
céu
Brilha dos sonhos da gente e apenas quando eu quiser
dançava será meu ventre

Pra levitar no astral, cometa lua cheia

incandescente
imensa
Dervixe celestial, mandala
tremeluzente prestes a estourar

Brilha o corpo na entrega, na

entrega, na entrega total
E quando for a hora
Cheio de luz consciente
a mulher que fez aurora

e a mulher que nem mesmo

quis

Na rede, pede o balanço

pro teu corpo, descanço 17 - MADRE TIERRA

e a lua poderá enfim, [Jéssica e Ary / tambor lakota]

assumir a beleza

do seu inteiro Escucha nos Madre Tierra

do seu inteiro Te cantamos com amor

vazio Escucha nos Madre Tierra

Aqui tu hijos del corazon

e viver na lembrança de ter

sido rio Enseñanos a cantar Ai
correndo Enseñanos a rezar
silêncio Enseñanos a danzar
ciclo de luz e escuridão Enseñans a volar

Bendito é o nosso ventre! Escucha nos Madre Tierra

De vermelha parafina Te cantamos com amor
seria, sereia, será sempre Escucha nos Madre Tierra
menina Aqui tu hijas del corazon

Bendito é o nosso ventre! Enseñanos a amar Ai

De vermelha parafina Enseñanos a comprender
seria, sereia, será sempre Enseñanos a sanar Ai
menina Enseñans a perdonar
Escucha nos Madre Tierra 18 - DA AVÓ DE VÓ

Te cantamos com amor [Jéssica e Gabi (tambor)]

Escucha nos Madre Tierra Me embala o som de sua

mitocôndria antiga
Aqui tu hijas del corazon
No meu reverso tem a verso
de seus dias
Enseñanos a sonreir Ai
Faço poesia pelo tanto que te
Enseñanos a fluir quero
Enseñanos a a ser feliz Ai Viva.
Enseñans a florecer

Outono afora, vi reinar sua

Escucha nos Madre Tierra primavera

Te cantamos com amor Panos torcidos que lavou pra

não ser véu
Escucha nos Madre Tierra
Das suas mãos sei que saíram
Aqui tu hijas del corazon (2x)
pra mim asas

E um céu.
[muda melodia]

Escucha nos Madre Tierra

A minha vó também foi mulher
Te cantamos com amor e menina
Escucha nos Madre Tierra Ela brincou e desenhou
Aqui tu hijas del corazon (6x) bordado e cor
Dos seus sabores ficaram Que avó da vó da vó da vó da
minhas palavras minha mãe

E meu som. Recoloriu.

Raiz antiga lança forte pelo Um vaso fundo de querer

seio beber da flor

De olhar o mundo sem ter Que no suspiro mora aqui

medo de partir
Com uma aldeia que inteira
Sei de tua fera alcançada habita e canta
pelas veias
Dentro de mim.
Desde o parir.

Eu sou a mãe da mãe da mãe

da minha avó

Eu sou o ponto que daqui dela

chegou

Que nem fogueira, nem

promessa, nem inquisição

Silenciou.

Eu sou um pouco da vontade

anciã

Eu sou semente que a terra

braba viu
19 - GERMINAR Obedecer, entristecer

[Todas, cada hora uma]

Nascemos da imensidão
Perdemos a conexão
Pela doença de ouvir
A voz da falsa razão
Abrindo os olhos sem acordar
Fechando o olho da intuição
Abrimos mão de enxergar
O desabrochar da vida
Obedecer, entristecer
Procrastinar, sem tempo de
ser
O que a nossa alma pede
Dentro de nós acumulamos
pesos cruéis
Acreditando que é assim que a
vida é
Procrastinar, sem tempo de
ser
O que a nossa alma pede
Dentro de nós acumulamos
pesos cruéis
Acreditando que é assim que a
vida é
É, é, é, é...
Tá na hora de reagir
Entender que somos gigantes
Ocupar o nosso lugar
Acolher nossas almas
Nunca é tarde pra replantar
Nossa terra é de amor infindo
A semente vai germinar
É assim que a vida é

Nascemos imensidão
Perdemos a conexão
Pela doença de ouvir
A voz da falsa razão

Abrindo os olhos sem acordar

Fechando o olho da intuição
Abrimos mão de enxergar
O desabrochar da vida
20 - AMANHECI segue a vida
que o sentir te guiará
[Jéssica]
nos encontros que houver
Um rumo vou trilhar
cada gesto de se abrir
no escuro a iluminar
para o novo que já é
por onde anoitecer
desde que amanheci
nos caminhos que virão
espera amanhecer
espera amanhecer
3 DESPACHO
um rumo vou trilhar
no escuro a iluminar DANÇA LIVRE

sinto a noite neste chão

que me acolhe aonde eu for
22 - POVOADA
a morada de viver
[Jéssica – Capela/tambor]]
pelas terras que florir
Quem falou que eu ando só?
segue a vida
que o sentir te guiará Nessa terra, nesse chão de
nos encontros que houver meu Deus
cada gesto de se abrir Sou uma mas não sou só
para o novo que já é
Povoada
desde que amanheci
Quem falou que eu ando só?
um rumo vou trilhar
no escuro a iluminar Tenho em mim mais de muitos
sinto a noite neste chão Sou uma mas não sou só
que me acolhe aonde eu for
Povoada
a morada de viver
pelas terras que florir Quem falou que eu ando só?
Nessa terra, nesse chão de de não
meu Deus É a conjuração que nos
arrebata
Sou uma mas não sou só

Povoada Iara Ira

Quem falou que eu ando só? Iara Ira

Iara Ira
Tenho em mim mais de muitos
Quando somos todas quem
Sou uma mas não sou só encara?
A sereia quando encontra a
pomba-gira
21 - IARA IRA
Exposta cicatriz
[Jéssica e Gabi] Iara Ira
Era um corpo, era eu Quando somos todas quem
Era a escuridão encara?
Era um, eram dois A sereia quando encontra a
Eram mais de trinta caras pomba-gira
Era louco, era rei Exposta cicatriz
Era meu irmão
Era amigo, era um pai Eu sou a fúria de Iara

Eram um caminhão Ameríndia, Janaina, Inaê,

E ainda querendo que eu senhora

minta Odoyá, mãe do tempo

Lua cheia no céu e a
constelação
Vibração, fogaréu e um clarão
na mata
Iara, esse feixe de luz crivado
A filha da nova era que virá
Nina feito água
Minha voz peregrina pelo
vento
E revira semente sob a terra
Alma em fogo que o
movimento animará
Iara Ira
Quando somos todas quem
encara
A sereia quando encontra a
Pomba Gira
Exposta cicatriz
Iara Ira
Juliana, Julia, Eduarda
Julieta, Drica, Bela, Carolina
Maria, Beatriz
Eu tenho dentro um rio
Vivo fora do tempo e sempre lá
Sei dos precipícios
E reconheço dom de esperar
Dura feito terra
Minha voz madurando junto ao
fogo
Minha voz renovando feito
água
Minha voz acalanto o vento
traz
Quando não quero, não
Coração, digo não
Minha voz é clara
Feminina, pedra rara
23 - ARTEMIS
[Marina e Gabi – coro]
Arco e flecha eu sou da caça
Lanço flechas de jasmins e
cantos
Essa Terra que me assenta
Pachamama sou grata por sua
fartura e abundância
Sou a dona de mim mesma
Corro livre com meus cães de
caça
Mas nunca luto sozinha
Junto delas existo persisto e
posso gritar
Aaaahhhhhh
Vejo surgir outras,
E me junto também a muitas
Reconstruir a nossa parte da
historia
Honrar a ancestralidade que
nos trouxe até aqui
Meu canto é de outrora
Meu canto é ancestral
Meu canto é pra falar do ontem
Hoje e o que ainda não vi
Meu canto é de outrora
Meu canto é ancestral
Meu canto é pra falar do ontem
Hoje e o que ainda não vi
24 - TERRA
[Jéssica e Aurora]
Terra terra terra mãe mais
velha
Verde vem penetra o ventre
dela
Terra prenha vida se revela
Povo meu nasceu do corpo
dela
Pachamama, Monã
Pindorama, Tupã e eu
Kokopeli, Onilê
Gaia, Nanã Borukê e eu
Terra boa é terra de guerra
Corpo meu volta pro corpo
dela
Abre o vão da boca que
macera
Sangue vem irriga o seio dela
Pachamama, Monã
Pindorama, Tupã eu
Kokopeli, Onilê
Gaia, Nanã Borukê e eu
Quem me gestará
Quem me enterrará
Quem me dará terra
25 - SUÇUARANA
[Jéssica e Aryane – Coro/violão]
Suçuarana
Foi quem me fez aprender
A valentia
Quanto é matar ou viver
Andar na terra
Andar, lutar e seguir
Eu sei que é ela
Quem toma parte de mim
Eu viro fera
Só me provoque pra ver
Eu viro fera
Enfio a unha em você
Sou arredia
Eu não te dou permissão
A Lua cheia
Sangra de dentro do meu
coração
Suçuarana Andar, lutar e seguir
Derrubo as armas de vez Eu sei que é ela
Nenhuma filha Quem toma parte de mim
Terá mais nada a temer Eu viro fera
Por essa selva Só me provoque pra ver
Nós vamos ser mais de mil Eu viro fera
Fêmeas felinas Enfio a unha em você
Enfurecidas no cio Sou arredia
Eu viro fera Eu não te dou permissão
Eu não vou mais recuar A Lua cheia
Eu viro fera Sangra de dentro do meu
Eu deixo o bicho pegar coração
Essa alegria
É minha libertação
A alforria
26 - ID WERE WERE
Assino com minha mão

[Jéssica Puxa – todas]

Oh, pátria amada
Juro pelas nossas mães Id were were nita Oxum
Juro por quem mais vier
Que não desculpo nada Id were were
Nem canso de ser
Mulher Id were were nita Oxum

Suçuarana Id were were nita ya

Foi quem me fez aprender

Ocha kiniba nita Oxum
A valentia
Quanto é matar ou viver
Cheke cheque cheque
Andar na terra
Nita ya Id were were Pero mi alma es serena, ay
Aunque mis pies, aunque mis
pies

Qué vengan los grandes con

su mejor escudo
27 - LAS VOCES
Aterricen golpeando el suelo
[Jéssica – Coro no refrão no final] con los puños
En mi tierra se cae Que rompan la tierra en busca
La luna en el mar de las voces
Cantan los peces Que en la noche no los dejarán
Melodías de sal dormir
Mi casita será Qué vengan los grandes con
Pequeña ay su mejor escudo
Pero mi suelo es de arena Aterricen golpeando el suelo
Y tengo un techo de estrellas con los puños
Qué vengan los grandes con Que rompan la tierra en busca
su mejor escudo de las voces
Aterricen golpeando el suelo Que en la noche no los dejarán
con los puños dormir
Que rompan la tierra en busca Qué vengan los grandes con
de las voces su mejor escudo
Que en la noche no los dejarán Aterricen golpeando el suelo
dormir con los puños
Mi canto será bandera Que rompan la tierra en busca
Para quien lo quiera de las voces
En su pecho llevar Que en la noche no los dejarán
Desde lejos vendrán dormir
Mis penas
Que megan los grandes
(Qué vengan) que vengan los
grandes
Qué veen
_________________________
28 - PLANTADEIRA
[Marina puxa – Todas/tambor]
Eu vim do copo da minha mãe
Ela me deu semente boa
Nutri meu corpo
Se espalha em benção
Sou plantadeira de semente
boa
29 - DEUSA DA LUA
[Marina]
30 - ABEBÉ
[Todas – alternar nas
estrofes/tambor]
Quando me olho no espelho
Me vejo bonita, a coisa mais
rica
Penteio os cabelos
Estou namorando essa figura
Estou de bem com essa
criatura
Que acho gostosa e é tão
seduzente
Do pés a cabeça me deixa
contente
Tem seu que de céu azul
Sua estrela é do mar
O universo é um oceano
Porque, não se apaixonar por
si?
Não se apaixonar por si?
Não se apaixonar?
Minha autoestima hoje
É ouro, é brilho, é raio de sol
(odociaba, minha mãe)
Sou alteza nesse nobre lar
Nessa história sou meu próprio
reino
Me sinto pleno a voar
Eu vou pintar a casa de
amarelo
Eu vou dançar em alto mar 31 - CURANDEIRAS
Sou eu o motivo da maré subir [Violão]
E sou o mesmo barco se a
[Jéssica]
maré baixar (oda, ieiê, ô)
Canto para celebrar que o sol
Quando me olho no espelho
veio me contar
Me vejo bonita, a coisa mais
rica Na minha garganta ele esta,
deixa
Penteio os cabelos
Canto para me curar
Estou namorando essa figura
Estou de bem com essa Aos quatro cantos ecoar
criatura
Meu feminino extravasar, deixa
Que acho gostosa e tão
seduzente
Do pés a cabeça me deixa [Todas]

contente Entrego confio, aceito e

Tem seu que de céu azul agradeço
Sua estrela é do mar Á minha mão lhe ofereço (2x)
O universo é um oceano
Uh uh uh uh
Porque, não se apaixonar por
Uh uh uh uh uu
si?
Não se apaixonar por si? Entrego confio, aceito e
Não se apaixonar? agradeço
Minha autoestima hoje Á minha mão lhe ofereço (4x)
É ouro, e brilho, é raio de sol

Minha autoestima hoje

[jessica]
É ouro, é brilho, é raio de sol
Somos todas plantadeiras
[todas] Deixa sua voz te guiar
Plantadeiras

32 - DERECHO DE
[jessica] NASCIMIENTO

Somos todas curandeiras [Jéssica – coro/violão]

Voy a crear un canto para

poder existir
[todas]
Para mover la tierra a los
Curandeiras
hombres y sobrevivir
Para curar mi corazón, a la
[jessica] mente dejarla fluir
Para el espíritu elevar y dejarlo
Somos todas plantadeiras
llegar al fin

Yo no nací sin causa

[jessica e todas – simultâneas]
Yo no nací sin fe
Plantadeiras Mi corazón pega fuerte para

Plantadeiras gritar a los que no sienten

Así perseguir a la felicidad

Voy a crear un canto para el

[jessica]
cielo respetar
Somos todas curandeiras Para mover las raíces de este
campo y hacerlo brotar
Para mover las aguas y el
[jessica – todas – simultânea]
veneno verde que hay por ahí
Curandeiras
Para el espíritu elevar y dejarlo
Curandeiras vivir en paz
Yo no nací sin causa
Yo no nací sin fe
Mi corazón pega fuerte para
gritar a los que no sienten
Así perseguir a la felicidad
Y así perseguir a la felicidad
Es un derecho de nacimiento
Es el motor de nuestro
movimiento
Porque reclamo libertad de
pensamiento
Si no la pido es porque estoy
muriendo
Es un derecho de nacimiento
Mira los frutos que dejan los
sueños
En una sola voz, un
sentimiento
Y que este grito limpie nuestro
viento
Voy a crear un canto para
poder exigir
Que no le quiten a los pobres
lo que tanto les costó construir
Para que el oro robado no
aplaste nuestro porvenir
A los que tienen de sobra nos
les cueste tanto repartir
Voy a elevar mi canto para
hacerlos despertar
A los que van dormidos por la
vida sin querer mirar
Para que el río no lleve sangre,
lleve flores y el mal sanar
Para el espíritu elevar y dejarlo
vivir en paz
Yo no nací sin causa
Yo no nací sin fe
Mi corazón pega fuerte para
gritar a los que no sienten
Así perseguir a la felicidad
Es un derecho de nacimiento
Es el motor de nuestro
movimiento
Porque reclamo libertad de
pensamiento
Si no la pido es porque estoy
muriendo
Es un derecho de nacimiento
Mirar los frutos que dejan los
sueños
En una sola voz, un
sentimiento
Y que este grito limpie nuestro
viento
Es un derecho de nacimiento
Es el motor de nuestro
movimiento
Porque reclamo libertad de
pensamiento
Si no la pido es porque estoy
muriendo
Es un derecho de nacimiento
Mira los frutos que dejan los
sueños
En una sola voz un sentimiento
Y que este grito limpie nuestro
viento
Laralala, laralala
Lala-lala-lala, lara-lala
Laralala, laralala
Lala-lala-lala, lara-lala
Es un derecho de nacimiento
Porque reclamo libertad de
pensamiento
Es un derecho de nacimiento
Mira los frutos que dejan los
sueños
Que este grito limpie nuestro
viento
La, ah, ah, ah
33 - PACHAMAMA
[Jessica puxa – todas]
En el cielo y en la tierra
Con el Sol y las estrellas
En el cielo y en la tierra
La lunita y las estrellas
Siento el fuego dentro dentro
Siento el fuego aquí te
encuentro
Siento el fuego dentro dentro
Siento el fuego aquí te
encuentro
Pachamama en este fuego
Pachamama aquí te
encuentro
Pachamama en este fuego
Pachamama aquí te
encuentro
Vuela vuela aguilita
Vuela vuela condorcito
Vuelan libres por nosotros
Cuidan, miran, todo, todo
Siento el fuego dentro dentro
Siento el fuego aquí te Grande poder, com o seu
encuentro grande poder
Siento el fuego dentro dentro
A terra deu, a terra dá, a terra
Siento el fuego aquí te
cria
encuentro
Homem a terra cria, a terra
deu, a terra há
Pachamama en este fuego
A terra voga, a terra dá o que
Pachamama aquí te
tirar
encuentro
A terra acaba com toda mal
alegria
Pachamama en este fuego
A terra acaba com inseto que a
Pachamama aquí te
terra cria
encuentro
Nascendo em cima da terra
Nessa terra há de viver
Vivendo na terra, que essa
34 - GRANDE PODER
terra há de comer
[Ary/ Aurora/ Gabi - coro/violão] Tudo que vive nessa terra

O nosso Deus corrige o mundo Pra essa terra é alimento

Pelo seu dominamento Deus corrige o mundo pelo seu

Sei o que a terra gira dominamento
Com o seu grande poder A terra gira com o seu grande
Grande poder, com o seu poder
grande poder Grande poder com o seu

O nosso Deus corrige o mundo grande poder

Pelo seu dominamento O nosso Deus corrige o mundo

Sei o que a terra gira Pelo seu dominamento
Com o seu grande poder Sei o que a terra gira
Com o seu grande poder
Grande poder, com o seu
grande poder
Porque no céu a gente vê uma
estrelinha
Aquela estrela nasce e se põe
às seis horas
Quando é de manhã, aquela
estrela vai embora
Tem uma maior e tem outra
mais miudinha
Tem uma acesa e outra mais
apagadinha
Seis horas da noite é que pega
aparecer
Quando é de manhãzinha ela
torna a se esconder
Só de noite ela brilha em cima
do firmamento
Porque Deus corrige o mundo
pelo seu dominamento
A terra gira com o seu grande
poder
Grande poder com o seu
grande poder
O nosso Deus corrige o mundo
pelo seu dominamento
Sei o que a terra gira com o
seu grande poder
Grande poder com o seu
grande poder
O homem aplanta um
rebolinho de maniva
Aquela maniva com dez dias ta
inchada
Começa nascer aquela folha
orvalhada
Ali vai se criando aquela obra
positiva
Muito esverdeada muito linda e
muito viva
Embaixo cria uma batata que
engorda e faz crescer
Aquilo dá farinha pra todo
mundo comer
E para toda criatura vai servir
de alimento
Deus corrige o mundo pelo seu
dominamento
A terra gira com o seu grande
poder
Grande poder com o seu
grande poder
O nosso Deus corrige o mundo
Pelo seu dominamento
Sei o que a terra gira
Com o seu grande poder
Grande poder, com o seu
grande poder
35 - CUÑAQ
[Jéssica puxa – todas/violão]
Desde cuñaq viene, aguita
serpenteando
Por las acequias y em
remolinos
Hacia nuetras vidas
De cantar hualinas y a la vez
llorando
Toditas mis penas se acabaron
Pachamama está de fiesta
Uma estrellita que alegre me
decía
Canta cantorcito a la aguita
A la aguita madre cuñaq
36 - ENCANTOS DE SEREIA
[Ary/ Aurora - violão]
Nasci na terra da serra que
chora
Nas cachoeiras, vivo a me
banhar
Entre as pedras recolho as
estrelas
São do céu, levo até o mar
Em minha saia azul tem flores
belas
Tem ouro, joias que trago de lá
Canto e danço nas voltas do
tempo
E as estrelas espalho ao vento
(2x) – (2ªx aurora- mais rápido)
Canto e danço aqui na areia
Giro a saia pra mostrar
Meus encantos de sereia,
mamãe
Ora-iê-iê, ó dociá (2x)
Ventou, choveu, mamãe a
chamar
Trovejou, vou eu pra casa
voltar
Ventou, choveu, mamãe a
chamar
Trovejou, vou eu pra casa
voltar
Canto e danço aqui na areia
Giro a saia pra mostrar
Meus encantos de sereia,
mamãe
Ora-iê-iê, ó dociá
Ora-iê-iê, ó dociá
Ora-iê-iê
Ora-iê-iê, ô
Ora-iê-iê, ó dociá
37 - CURANDERA
[Jéssica]
Yo soy la curandera y hoy te
voy a sanar
No necesito velas pa' poder
alumbrar
Tengo el agua pura y te vengo
a limpiar
Sacarte esos dolores pa' que
no vuelvan más
Vuelo hacia el futuro, el
pasado y el presente
Me voy balanceando entre la
vida y la muerte
Vuelo hacia el futuro, el
pasado y el presente
Me voy balanceando entre la
vida y la muerte
Soy la medicina que a ti te
purifica
Busco la simpleza cuando se
te complica
Yo te doy los ojos pa' que
mires de cerquita
Y con mis unciones toíto se te
quita
Tengo en mi ramito la hierba
que yo quiero
La albahaca, la lavanda, el
tabaco y el romero
Voy a poner las piedras y
limpiarlas con el fuego
Intimidar al sol espantándolo
con huevo
Yo soy la curandera y hoy te
voy a sanar
No necesito velas pa' poder
alumbrar
Tengo el agua pura y te vengo
a limpiar
Sacarte esos dolores pa' que
no vuelvan más
Vuelo hacia el futuro, el
pasado y el presente
Me voy balanceando entre la
vida y la muerte
Vuelo hacia el futuro, el
pasado y el presente
Me voy balanceando entre la
vida y la muerte
Voy a sacar pa' fuera toda esa
maldición
Encender el humo, escupir el
alcohol
Remojar las heridas en jugo de
limón
Decirte tres palabras y hacerte
una oración
Quiero prepararte un baño de
flores
Para que te calmen todos sus
olores
Machacar las hojas pa' que te
las tomes
Pedirle a la tierra todos sus
verdores
Yo soy la curandera y hoy te
voy a sanar
No necesito velas pa' poder
alumbrar
Tengo el agua pura y te vengo
a limpiar
Sacarte esos dolores pa' que
no vuelvan más
Vuelo hacia el futuro, el
pasado y el presente
Me voy balanceando entre la
vida y la muerte
Vuelo hacia el futuro, el
pasado y el presente
Me voy balanceando entre la
vida y la muerte
38 – TAMBORES DE GAIA
[Jéssica/ Ary/ Marina - coro]
Sim, eu quero sim
Os tambores de Gaia
Sim, eu quero sim
Os tambores de Gaia
Eu vim buscar, remédio
Eu vim buscar
Minha mãe ta enferma
Oyá, eu vim buscar
A cura, a cura
A cura, a cura
39 – CANTO PARA AS
MULHERES
[Jéssica puxa - coro] É Maria Padilha que já vai

Eu vim cantar pra mulher chegar

guerreira Com todo amor e convicção

Mulher feiticeira
Mulher
Mulher Ô pomba gira

Eu chamo a força de todas as Faz o que você quer

guardiãs Me transforma em mulher

Mulher de firmeza
Clareia minha visão
Mulher
Mulher
Mulher Ô pomba gira

Invoco a força da mulher Abre os meus caminhos

brasileira Me mostre os seus ensinos

Guerreira
Abra o meu coração
Yemanjá
Oxum
Eparrey oyá Força feminina já adentrou

É maria molambo que aqui

chegou
40 - FORÇA FEMININA
Ela veio dançando quebrando
[Jéssica puxa – TODAS]
as demandas
Força feminina vai adentrar
Me ensinando a ter mais
Vou abrir as portas do meu confiança
coração

Ô pomba gira
Segura na minha mão

Firma os meus pés no chão Gargalhada, Rosa vermelha

Seu caminho eu vou trilhar Pomba Gira da Praia, Pomba

Gira Faceira

Sete Saia, Treze Tranças

Ô pomba gira
Oi salve salve minha linda
Me mostra o meu valor
Cigana (2x)
Me envolve no calor

Para eu aprender a amar

Mas é preciso ter força, é

preciso ter raça
41 – MARIA MARIA
É preciso ter gana sempre
[Jéssica]
Quem traz no corpo a marca,
Maria, Maria, é um dom, uma Maria, Maria
certa magia Mistura a dor e a alegria
Uma força que nos alerta
Mas é preciso ter manha, é
Uma mulher que merece viver
preciso ter graça
e amar
É preciso ter sonho sempre
Como outra qualquer do
Quem traz na pele essa marca
planeta
possui
Maria, Maria, é o som, é a cor, A estranha mania de ter fé na
é o suor vida
É a dose mais forte e lenta
Mas é preciso ter força, é
De uma gente que ri quando
preciso ter raça
deve chorar
É preciso ter gana sempre
E não vive, apenas aguenta
Quem traz no corpo a marca,
Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria
Mas é preciso ter manha, é
preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
possui
A estranha mania de ter fé na
vida
Maria, Maria, é um dom, uma
certa magia
Uma força que nos alerta
Uma mulher que merece viver
e amar
Como outra qualquer do
planeta
Maria, Maria, é o som, é a cor,
é o suor
É a dose mais forte e lenta
De uma gente que ri quando
deve chorar
E não vive, apenas aguenta
Mas é preciso ter força, é
preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca,
Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria
Mas é preciso ter manha, é
preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
possui
A estranha mania de ter fé na
vida
Mas é preciso ter força, é
preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca,
Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria
Mas é preciso ter manha, é
preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
possui
A estranha mania de ter fé na
vida