Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Estimad@s colegas,
Primer comentario:
Prezados professores,
Iniciei a leitura do módulo I e lembrei de um trecho de texto de Guimarães Rosa que gostaria
de compartilhar com vocês. Creio que o texto possa explicar porque inicio meu contato com
vocês através dele.
" Mas, naquele raiar, ele sabia e achava: que a gente nunca podia apreciar, direito, mesmo as
coisas bonitas e boas que aconteciam. Às vezes, porque sobrevinham depressa e
inesperadamente, a gente nem estando arrumado. Ou esperadas, e então não tinham o gosto
de tão boas, eram só um arremedo grosseiro. Ou porque as outras coisas, as ruins,
prosseguiam também, de lado e do outro, não deixando limpo o lugar. Ou porque faltavam
ainda outras coisas, acontecidas em diferentes ocasiões, mas que careciam de formar junto
com aquelas, para o completo. Ou porque, mesmo enquanto estavam acontecendo, a gente
sabia que elas já estavam caminhando, para se acabar roídas pelas horas, desmanchadas..."
ROSA, João Guimarães. Primeiras estórias.
Com carinho
Maria de los angeles Rodriguez ( Lô)
Segundo comentario:
Prezados colegas
Resolvi associar a proposta A à proposta B e este foi o texto produzido:
Em 1970 eu tinha 12 anos. Época de ditadura no Brasil . Importante ressaltar que meus
pais são espanhóis e que minha primeira língua foi o espanhol apesar de ter nascido no
Brasil.
Filha de imigrantes que por um lado sentiam-se aventureiros, por outro com saudades da
sua a terra e sobretudo aprendiam uma nova língua o que exigia uma boa dose de
humildade ( do ponto de vista deles e ressaltado sempre como valor ).
Iniciei minha escolaridade (aos 7 anos) com uma grande dificuldade na área da
linguagem. Eu escrevia algumas palavras como falava, ou seja, em espanhol. Ao expor
alguma idéia era mais lenta, pois precisava pensar com cuidado para não falar em
espanhol.
Minhas dificuldades eram apontadas pelas professoras com rigidez, e faziam exigências
às quais não conseguia corresponder.
Foi trazendo esta experiência de incompetência que me recordo iniciando a
adolescência. Sou muito alta (1m80) e o estirão ocorreu por volta dos 12 anos. Dado
este, de extrema relevância para a época, poi eu era a mais alta da escola. Sentia-me
diferente em tudo e destacava-me, quando minha vontade era passar o mais
desapercebida possível.
Aos 11 anos mudei de escola e uma experiência marcou fortemente logo no primeiro
ano no novo espaço. Uma professora solicita que leia em voz alta parte de um livro: “O
pequeno príncipe”. Após a leitura ela se dirige à sala e diz: “este é um exemplo de como
não se deve ler”.
Foi assim que me senti apresentada à sala e por consequência à escola.
Era extremamente tímida, mas tinha amigas. Aproximava-me das meninas mais frágeis
(análise que faço hoje – olhando de longe) . Ao recordar esta época me surpreendo com
o fato de que as pessoas mais “descoladas”, mais extrovertidas costumavam solicitar
minha presença. Não sentia um olhar expulsivo, ao contrário.
O olhar expulsivo estava introjetado. Eu me criticava ferozmente.
Acredito que um grande aliado na aproximação do grupo mais “pop” foi o fato de gostar
de esportes.
Havia uma relação diferente, que eu estabelecia, entre minha turma da escola e a turma
da “rua” onde brincávamos. Era neste ambiente que eu me sentia à vontade.
Aos 15 anos comecei a me soltar mais e tive uma amigona que me acompanhou até os
26 anos. Os meninos – eram um caso à parte. Minha imagem corporal impedia uma
aproximação tranquila. Eles estavam presentes em minha mente, mas afinal “ quem
olharia para mim??? Quem iria querer ouvir, aquela que não “sabia falar”?
Portanto o “ bulling” foi de mim comigo mesma.
Sempre fui muito reflexiva e observadora. Chegava em casa e analizava sobre o que
tinha vivido. Conversava muito com meus pais, com minha irmã ( que era o inverso ) e
com as amigas. Lia tudo que caia em minhas mãos sobre comportamento social. O
grupo do qual desejava participar era observado atentamente. Que roupas usavam?
Como reagiam diante de determinadas brincadeiras? Como reagiam a ações dos
professores? Etc.
Muitas vezes fiz o exercício de resignificar momentos vividos do passado. Modifiquei
minha visão das ocorrências, me expliquei, me defendi, me justifiquei, fiquei irritada
com as injustiças, desculpei professores, acusei-os novamente, acusei pais, políticos,...
mas ressalto que a dor que senti durante a leitura do livro não me abandona.
Tercer comentario:
"Perfeitamente imperfeito
E lá naquele cantinho do mapa vivia aquela gente. Aquela gente perfeita. Ou assim
todos por lá e por todos os outros cantinhos do mapa diziam.
Lá, só vivia gente rica. Lá, ninguém nunca chorava. Lá, todos eram felizes. E lá, não
tinha desigualdade, nem na aparência - só o tamanho do cabelo e a cor dos olhos
mudava de vez em quando, e portanto, não haviam brigas ou desacordos.
Naquela terra feliz de gente feliz, todos seguiam a mesma rotina, que claro, era sempre
feliz.
Pontualmente, e quando eu digo pontualmente, eu digo minuciosamente na hora correta,
todos acordavam, nunca de mau humor. Tomavam sempre o mesmo café. Note-se:
sempre o mesmo, pois a receita era perfeita. Levantavam pontualmente de suas mesas e
iam trabalhar com o que mais gostassem. Note-se também: lá não morava nenhum
preguiçoso.
No trabalho, ninguém nunca tinha nenhuma dificuldade e nenhum erro. Simplesmente
não haviam adversidades.
Depois todos se retiravam para suas casas limpíssimas e aconchegantes para descansar,
nunca tinham pesadelos.
O estranho mesmo, é que em meio a toda essa perfeição, nem um único cidadão
perfeito, ao adormecer, sequer tinha um lapso de sonho. Eles simplismente nunca
sonhavam, mesmo dormindo todos pontualmente na mesma hora.
Nem é necessário repetir, que no dia seguinte a mesma rotina feliz se seguia.
Isso até que, em uma manhã mais quente que todas as outras, um homem
excessivamente encapuzado foi avistado pelo guarda perfeito daquela torre
arquitetonicamente perfeita.
O homem era muito baixinho, mas se qualquer homem visse apenas suas mãos e pés,
diria que ele seria um gigante. Seus olhos profundamente azuis e tristonhos
contrastavam com sua boca torta, porém sorridente. E finalmente sua capa em trapos
dava a idéia de loucura, visto que cobria uma túnica rica em detalhes extremamente
nova." B. S. D 14 anos
Vejam quanta sede do novo! De como a loucura do adolescente é apenas uma busca de
transformação - tão perfeita quanto o imperfeito possa permitir.
Este adolescente encontrou alguém que permitiu que sonhasse e ele agradeceu da
seguinte forma:
" Obrigado do fundo do coração, por ser meu violeiro de capuz, por me dar este poder, a
inspiração deste conto! Obrigado por me mostrar como é bom ser perfeitamente
imperfeito! Aliás, sem perceber, você já me inspirou para o próximo conto. "
Carinho
Carinho
Maria de los angeles Rodriguez
Estimada colega,
Alicia Fernández.
Querida gente:
Quería contarles que el material me resultó muy lindo, interesante y
enriquecedor. Hubo algunos puntos que me movilizaron bastante y fue bárbaro esto de
historizarse, recorrer y recordar nuestra propia adolescencia, nuestras amigas, nuestro
grupo que nos ayudo a crecer, y digo fue muy movilizante porque a pesar que aún hoy
tengo 34 años y trabajo con adolescentes, siento que hay algunos procesos que recién
ahora estoy pudiendo terminar de cerrar.
Uno de los trabajos psíquicos que plantean, de construir un pasado para
poder proyectarse a un futuro creo fue de muchas preguntas para mí misma.
Mi adolescencia transcurrió entre los 80 y 90, mis amigas fueron parte
fundamental y hasta diría “fundante” en mi vida. En ellas encontré el espacio para
sentirme yo misma, aceptada, querida, sin temores, sin tener historia de mostrarme
como era. Fui aun colegio católico, que al igual que mis papás tenían creencias y
cuestiones muy rígidas, pero a pesar de ello, fue gracias a ellas, la posibilidad de
flexibilizar, de empezar a aceptar este afuera , distinto de lo familiar, más abierto, más
espontáneo, más libre, más propio. Realmente en mis amigas encontré “mi espacio”,
compartíamos no sólo expectativas sino miedos, dudas y charlas profundas de aquella
edad. Realmente fueron mi “referente” y mi sostén en muchos momentos de mi vida. Y
aún hoy a pesar de haber egresado hace casi 17 años, siento que el vínculo no ha
cambiado a pesar del tiempo, al contrario no sólo se ha sostenido sino se ha fortalecido.
Volvemos a juntarnos, a hablarnos y es tener la misma sensación de preservarnos
“idénticas” a pesar de nuestros cambios, a pesar de nuestra historia.
En cuanto a esto del hostigamiento creo que también lo viví gran parte de
mi vida x mis papas, que si bien me dieron mucho, no me permitieron esto de la
diferencia, ó mejor dicho quizás no me permití esto de ser autora de mi propio pensar,
de mi propio vivir, de mi propio acontecer. Recién ahora después de algunos años de
terapia no sólo me permito pensar, soñar, desear por mí misma, sino que me siento
capaz de hacerlo. Mis papás quizás hayan sido muy sobre protectores y autoritarios,
(sobretodo mi papa), lugar que nos ponían en sólo poder hacer las cosas y vivir la vida x
ellos y p/ ellos, no había modo distinto del que ellos ofrecían, y no había posibilidad de
pensar ni hablar diferente. En algún punto siento que recién a los 30 comencé a vivir,
después que ellos murieron, y pude empezar a pensar, construir x mí misma. Siento que
aún hoy este proceso no ha terminado, pero aprovecho cada oportunidad para poder
crecer, poder descubrirme, y hacer algo diferente de quien fui, y esta instancia de
reflexión también ha sido una gran oportunidad de pensar, cuestionarme y seguir
creciendo y entendiendo, sobretodo porque considero no hay modo de poder ponerse en
el lugar del otro y escucharlo si antes uno no lo ha hecho consigo mismo. Así que
muchas gracias por permitir y facilitar este espacio abierto de diálogo y escucha.
Muchas gracias.
Estimada Eliana,
Colegas:
"Recuerdo que estando en la escuela secundaria, cursaba el 3° año del Colegio Industrial,
ingresó un chico que era hermano de un compañero de curso.
Era muy inteligente, estudioso y dedicado pero totalmente torpe en lo físico, incluso tenía
un deefcto al hablar que lo hacía parecer tonto.
Cada vez que no estábamos a la vista de los profesores o celadores, mis compañeros lo
golpeaban, como era gordo y el no se quejaba, decían que la grasa lo protegía y que no sentía
nada. El hermano era un buen pibe pero no podía defenderlo pues los que lo maltrataban eran
muy pesados.
En mi caso, recuerdo con rabia e impotencia, haber sido observador de esas escenas de
maltrato y no tener la valentía de defenderlo, recuerdo que despues de cada paliza me
acercaba y él mismo me decía que no le dolía, parecía como que se había autoconvencido,
pero también reucrdo (De allí mi amargura) que en estas ocaciones se les caín las lagrimas,
llorando en silencio".
Saludos
Colegas:
Luego de culminar la lectura del primer módulo, me surge esta reflexión:
Leyendo el material, descubro el extenso trabajo psíquico que el adolescente debe hacer
para transitar desde esa etapa en busca de la adultez. Esto me cuestiona ¿Será este una de
las causas por las que los adolescentes sufrentanto el cansancio? Pues la energía corporal
tiene un límite se gaste esta en correr, saltar, pensar o en procesos más profundos.
Por otro lado, si bien es cierto que muchos de estos trabajos, procesos se dieron en la
niñez, en esta etapa contaron con el beneplácito y apoyo de las figuras enseñantes referentes,
quienes aceptan estos hitos como etapas necesarias y esperadas para el crecimiento del niño.
Por ende, como acto creativo, esta nueva forma de ser "adolescente" diferente a lo que
los adultos referentes están acostumbrados de la niñez, se trasforma en un "Acto agresivo"
para ellos pues siempre estas neuvas conductas tratan de escapar a la norma adulta, impuesta
desde afuera compulsivamente.
Los adultos, tal vez por nuestra propia experiencia aprendiente de la adolescencia,
tratamos de encauzar a los jóvenes por medios "autoritarios", sin hacer uso de la escucha y la
mirada, para leer el texto adolescente en el contexto de la adolescencia actual, por lo tanto no
somos capaces de ejercer "autoridad", que son los límites protectores, ni tan estrechos para
ahogar la autoría necesaria, de este ser humano, ahora más único e irrepetible, ni tan amplios
que los hacgan sentirse solos.
Me parece que es importante esto de aceptar que el adolescente es un "Ser único e
irrepetible" pues si bien como adultos esto lo sabemos ya desde la etapa de la niñez, ahora el
adolescente nos lo hace sentir y saber, lo que nos lleva a considerarnos desafiados.
No difícil transitar las esetapas adolescentes de nuestros enseñantes (Hijos alumnos, etc)
pero tampoco es fácil, necesitamos tener clara nuestra propia etapa adolescente, haber
procesado nuestro paso por la misma y sobre todo resignificar lo sucedido en la misma, para
así cpmprender mejor al adolescente.
Estimado Daniel,
SOBRE A ADOLESCÊNCIA
Grácia Fenelon
( em 08-07-2007)
______________________________________________________________________
¹ - DOLTO, Françoise. A causa dos adolescentes. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,1990.
² - Filme: Freud além da Alma.
COMENTARIO ENVIADO POR LA COLEGA GRAÇA FENELON
Estimada Graca,,
Antes de fazer um ano, João ganhou uma irmã que atraia a atenção de todos.
Embora pequeno, Regina o culpava de fazer barulhos e acordar a irmã, mais maltrato.
João crescia.
Não se sabe bem como, nem o porquê, mas João fugiu de casa quando tinha 5
anos. Foi recolhido pelo Conselho Tutelar e devolvido aos seus familiares. Outra fuga
inusitada, desta vez, ele levou sua irmã. A punição, em casa, foi maior. João, no dia
seguinte, foi bem longe e não voltou.
Aos seis anos de idade, morava na Praça da Sé. Uma nova instituição o recolheu,
dessa vez, na Zona Sul de São Paulo. Várias tentativas de inclusão familiar, sem êxito,
ele foi transferido para outra instituição, na Zona Norte, onde ficou durante dois anos.
As inúmeras tentativas do Conselho Tutelar para a “NÃO QUERO NEM
família recebê-lo, foram em vão. Ele era xingado de “de- OLHAR PARA ELE E
NEM ABRAÇÁ-LO”.
mônio” e, a mãe dizia:
- “Eu não quero nem olhar para ele e nem abraçá-lo”.
Conversando com a cozinheira da Casa de Passagem, disse-me que ele chegou
muito triste e assim permaneceu por vários dias. Fizeram outras intervenções, em vão.
Enfim, uma assistente social assumiu o caso, agendou uma visita com a mãe de
João. Ela não se encontrava em casa. Assim, foi autorizado pelo Conselho Tutelar o
acolhimento do adolescente. A partir desse dia, corre um processo de destituição de
pátrio poder.
A extinção do poder familiar é medida grave e se aplica a João Alguém que não
tem ninguém. Não há possibilidade dele voltar à sua família. O comprometimento da
relação familiar por espancamento, uso de drogas demonstrou que a família dele está
enferma. Esta medida não é temporária, mas definitiva.
O ECA trouxe avanços, um novo olhar e esperança ao encaminhamento de
crianças e adolescentes internados em instituições de abrigo e determina às equipes
técnicas que desenvolvam programas de recolocação social. Anterior ao ECA, o Estado
entendia que seu dever era abrigar essas crianças, até a sua maioridade. Atualmente, o
ECA é considerado uma lei de vanguarda no panorama internacional e tem como
concepção que a sustenta, a Doutrina de Proteção Integral, defendida pela Organização
das Nações Unidas – ONU – com base na Declaração Universal do Direitos da Criança,
que afirma o valor intrínseco da criança como ser humano.
Acreditamos que João recuperará sua auto-estima. Sua alfabetização, ainda em
processo, facilitará sua inclusão ao mercado de trabalho e ao mundo digital. Abrem
possibilidades ao João para a vida social, profissional, portanto hoje, aos 14 anos, ele
pensa em trabalhar. Diz que gostaria de ser cobrador de ônibus.
João encontra-se matriculado na 3ª Série do Ensino Fundamental. É assíduo no
acompanhamento psicopedagógico, foi alfabetizado – começou a ler em maio.
Atualmente, o relacionamento com o grupo psicopedagógico é produtivo,
colabora com os colegas que têm mais dificuldade que ele, ajuda e divide o lanche,
sempre bem humorado e é o primeiro a chegar. Hoje, olha nos olhos.
Em conversa com João, em 26 de junho de 7007, ele diz:
- “Estou bem”.
- “Quase sei ler e escrever”.
- “Faço conta bem legal”.
Mas o que ele acha mais importante é que no grupo Psicopedagógico da Casa do
Adolescente:
- “Hoje, eu tenho amigos”. Tercia Tasso M. Pitta.
Estimada Tercia,
Henos aquí, dialogando una vez más, ahora por escrito. Qué alegría
reencontrarla.
La historia de Joao es conmovedora, sobre todo porque sabemos que
existen muchos “Joaos” en cualquier ciudad. Pero sus historias tienen
desenlaces inciertos, muchas veces sufrientes o trágicos. Tiene que
coincidir, o al menos dar condiciones para un desenlace más favorable:
que el niño pueda poner en juego toda su pulsión de vida en la búsqueda
de algún nuevo camino y que algo del acaso lo favorezca para que se
encuentre con quien le dirija y sostenga una mirada interesada y
singularizante.
Joao enseña lo que puede esperarse de muchos otros “Joaos”, si se crean
las condiciones favorables: instituciones y políticas que vayan al encuentro
de esos niños y adolescentes; y profesionales y enseñantes que los ayuden
a re-encontrarse en su estatuto de seres humanos, es decir “deseantemente
pensantes” y “pensantemente deseantes”.
Cordialmente,
Jorge G. da Cruz
PROPUESTA “B”:
Hostigamiento entre pares:
Cuando iba a 6to grado, a mitad de año se incorporo un chico, el cual tenía una
conducta muy agresiva para con el resto de sus compañeros y maestras, no solo verbal
(insultos) sino que físicamente también, los golpeaba, empujaba y hasta en ocasiones
llevó una navaja. Durante un tiempo estuvo amenazando a una de las chicas, le decía
que si no era su novia le iba a pegar, por lo cual todas las tardes a la salida de la escuela
con un grupo de amigos la acompañábamos hasta la casa porque ella tenía miedo de que
le hiciera algo pero a pesar de eso no le quería decir a la madre.
Cuando las madres se enteraron, algunas de ellas, entre ellas mi mamá, fueron a la
escuela en busca de soluciones, pero solo obtuvieron de las maestras y director que no
podían hacer nada porque ese chico era el hijo de un policía. Al no encontrar respuestas,
de forma individual, decidieron solicitar una reunión, aunque llegado el momento no
todas siguieron con la misma postura, ya que decían que a ellas no les importaba lo que
pasaba porque a sus hijos no les había pasado nada, con lo cual quedo todo igual.
Luego de unos días, la vice-directora lo encontró pegándole al hijo de una maestra, y
que las docentes no se lo podían sacar, entonces ella como sabía artes marciales lo pudo
parar, y a los dos días lo trasladaron a otra escuela.
Durante ese tiempo a pesar de que en cierta forma era observadora, me sentía muy
asustada, nerviosa, angustiada y hasta un poco desprotegida al ver como todos los días
se iba algún compañero golpeado y la escuela no hacía nada, ya que hubiese esperado
que los docentes nos cuidaran un poco y no que hicieran como que no había ningún
problema. Por otro lado, al ver como mi familia había reaccionado, como me cuidaron y
se ocuparon de buscar soluciones, me tranquilizaba un poco.
PROPUESTA “C”:
La joven al recordar solo momentos desagradables y olvidar aquellos aprendizajes que
generaron alegría para ella, se posicionaba frente a un lugar de fracaso, de negatividad,
donde el incentivo hacia un futuro era inexistente, pero al entrar en contacto con la
Línea de vida de los aprendizajes, le permitió “construirse un pasado” como menciona
Piere Auglanier. Es decir, el recordar los aprendizajes que obtuvo con su abuelo y
aquellos sentimientos que generaban en ella, le permitió recuperar el deseo por
aprender, pudiéndose proyectar hacia el futuro. Además de esta forma, al poder
reconocerse, reencontrarse y resignificarse le permite reinventarse, es decir conectarse
con un futuro y pudiendo visualizar de una forma más clara el pasado y el presente,
permitiendo de esta forma reconocer aquellos obstáculos que uno mismo les da el valor
de impedimentos al estar atados a acontecimientos del pasado. Por lo tanto podríamos
decir que recordando y aprendiendo de nuestro pasado, lograríamos una óptima postura
ante la vida y proyección al futuro, es decir, situarnos como sujetos con su propia
autoría de pensamiento y acción.
PROPUESTA “D”:
En mi opinión, la reedición de los aprendizajes que obtuvo el adolescente en su infancia,
le provoca un alto grado de incertidumbre y desconcierto, debido al especial momento
por el cual esta transitando, ya que se enfrenta a un nuevo mundo, a situaciones,
conductas y reacciones desconocidas hasta el momento, por lo que debe transformar sus
conocimientos ante la nueva demanda. Por otro lado, la sociedad al no estar preparada
muchas veces para entenderlo y/o ayudarlo en esa transformación, generalmente toma
una postura un tanto autoritaria y soberbia, lo cual provoca que haya un rígido vínculo
entre ellos.
Cuando un niño aprende a caminar no solo aprende que puede ser independiente, que
puede dirigirse por sí mismo sin depender de un otro, sino que le permite conocer el
mundo desde otra perspectiva. Además a mi entender simboliza su postura frente a la
vida, el empuje que posee ante cualquier situación, incluso el nivel de perseverancia
como la tolerancia a la frustración que posee, es decir, el niño a pesar de las caídas y
golpes que sufre cuando comienza a caminar no se detiene y sigue intentando hasta que
lo logra, lo cual va acompañado de la contención, apoyo y confianza que sus padres
depositan en él. Durante la etapa adolescente, lo vivido anteriormente le permite
afrontar los nuevos desafíos que se le presentan, con la postura más semejante a la de
esos primeros aprendizajes.
Por otra parte, el niño al aprender a hablar le permite expresarse y comunicarse con y
ante los demás, es una de las formas que utilizan para exteriorizar sus conocimientos,
ideas y sentimientos, además de permitir un consenso entre diferentes personas y ser un
modo de creación de un vínculo, ya que hablar no solo genera la liberación de palabras
sino que por medio del mismo, el niño en este caso, recibe atención, cariño, contención,
lo cual le permite posicionarse como un sujeto activo, es decir, capaz de construir su
vida.
Saludos y hasta pronto.
Yamila Natali Fernández Pereyra
Estimada Natalí,
COMENTARIO ENVIADO POR EL COLEGA JUAN JOSÉ ALVARADO:
México
Estimado colega,
Olá,
Para complementar o e-mail que enviei anteriormente:
Acredito também que temos que procurar trabalhar com nossos conflitos ao depararmo-nos
com situações complexas que surgem no nosso trabalho, seja no consultório ou
escolas/instituições, aceitando a diversidade e as diferenças, porém não podemos
compactuar com cenas de violência, de injustiça. O conhecimento/saber pode nos auxiliar a
pensar em alternativas de trabalho com os jovens ( e com as crianças também) para
podermos aprender/transformar.
Um abraço, Jú
Estimada Juliana,
COMENTARIO ENVIADO POR LA COLEGA BEATRIZ GARCIA
Uruguay
Hola, si bien todavía no he mandado nada, no quería dejar que me llegara la segunda
parte del curso sin tener la oportunidad de decir lo que hasta el momento me ha
resultado.
He leído con gusto casi la totalidad de esta primera entrega y he ido haciendo las
preguntas y/o reflexiones planteadas, me parece que (hablando desde mi situación
personal) me ha ayudado mucho a reflexionar sobre estas personas de las que estoy
rodeada: en mi trabajo, en mi casa,etc. y que no siempre podía entender. No quiero decir
que se haya producido un cambio radical, más o menos creo que a todos los
docentes nos gusta estar con los adolescentes y trabajar junto a ellos pero a veces debo
reconocer que es agotador. Por lo menos, así resulta a mí y en particular este año por la
situación familiar que vivo.
La lectura del material que voy haciendo de a ratos en los momentos que me van
quedando, me ha dado cierta tranquilidad, primero porque me ha ayudado a ver que no
lo estoy haciendo tan mal y segundo porque he podido reflexionar sobre algunos casos
que me preocupaban y que a partir de la lectura he resuelto mejor. Para decirlo de otra
manera, me he permitido jugar en mis clases y disfrutar de ello sin temor a estar
haciendo algo incorrecto. Los chicos disfrutan más el espacio y yo termino con una
sonrisa.....
Beatriz