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Cesar Augusto Della Piazza - Faculdade Carlos Drummond de Andrade – della piazza@yahoo.com.br
Brenno Ferreira de Oliveira - Faculdade Carlos Drummond de Andrade - breferreira @hotmail.com
Elionaldo Antônio de Macedo - Faculdade Carlos Drummond de Andrade - elionaldoadm@gmail.com
Juliano Cesar Lemos - Faculdade Carlos Drummond de Andrade - jlemos35@hotmail.com
Mateus Ramos Bezerra - Faculdade Carlos Drummond de Andrade -matrambez@gmail.com
Resumo: A virtualização é uma técnica que está cada vez mais presente na área de TI das
empresas. Isso vem sendo revelado pelo grande número de empresas que surgem com
soluções de gerência de ambientes virtualizados e pelo aumento sucessivo nos investimentos
na área. Essa técnica não é recente, mas após a popularização do PC, ela perdeu um pouco
de destaque no cenário da tecnologia. No entanto, esse destaque que vem sendo dado à
virtualização recentemente, é fruto do aumento do poder computacional, que não foi seguido
pela taxa de utilização dos computadores, o que gerou muitos recursos ociosos. A fim de
aproveitar esses recursos, a ideia da virtualização retornou ao cenário de gerenciamento de
tecnologia. A virtualização tem suas vantagens e desvantagens, este artigo tem como objetivo
analisar a técnica de virtualização. Analisando as vantagens e desvantagens dentro de uma
empresa. O presente trabalho tem seu foco no gasto de implantação das técnicas, gastos com
energia elétrica e manutenção, por meio de estudos e coletas de dados.
Palavras chave: Virtualização, vantagens, desvantagens.
1. Introdução
Segundo Mattos (2008), a virtualização nos permite criar máquinas distintas, isoladas
e independentes entre si em apenas um único computador, executando-as ao mesmo tempo e
dividindo o mesmo hardware, mas realizando um controle centralizado. O conceito de
virtualização remonta aos antigos mainframes, que eram utilizados por vários usuários em
ambientes de aplicação completamente diferentes.
Essa situação da década de 1970 foi em grande parte alterada com o aparecimento dos
computadores pessoais (PC) nos anos de 1980 e 1990, porém há um crescente interesse na
técnica de virtualização atualmente. Segundo Choinacki (2012), em algumas empresas
existem aplicações que necessitam de servidores independentes para um funcionamento
adequado. Quando o Sistema Operacional é compartilhado por várias aplicações cresce a
probabilidade de falha, visto que uma função pode interferir em outra. Equipes de suporte
responsável pelos softwares podem tornar confuso o servidor, dificultar sua administração e
acarretar na parada total dos aplicativos caso haja falhas no hardware. Desta forma o presente
artigo tem como objetivo estudar as vantagens e desvantagens da aplicação e utilização dos
servidores virtualizados em uma empresa de pequeno porte, utilizando dados coletados sobre
servidores, pesquisa em artigos e livros, calculando os custos, gasto de energia e uso do
espaço físico.
2 Revisão bibliográfica
2.1 Servidores
Segundo Boechat; Moreira; Simao (2012) servidor como seu próprio nome diz, serve
outros computadores fornecendo recursos e controlando a rede através de um sistema próprio
para essa função. Servidor é basicamente um computador mais potente do que um comum.
Foi desenvolvido especificamente para transmitir informações e fornecer produtos de
software para outros computadores que estiverem conectados com o servidor. Foram
desenvolvidos para lidar com cargas de trabalhos mais pesadas, com mais aplicativos,
aproveitando a vantagem de um hardware especifico para aumentar a produtividade e reduzir
o tempo de inatividade. Os servidores oferecem ferramentas de gerenciamento remoto,
significa que um profissional da equipe de TI pode verificar o uso e diagnosticar problemas de
outro local.
2.2 Virtualização
Para muitos, a virtualização é coisa bem recente, mas não, já é utilizada desde os
tempos primórdios da tecnologia, onde eram utilizados computadores mainframes (máquinas
com capacidades de realizar processamento de dados complexos). A virtualização
basicamente é um sistema que faz representação do hardware a ser executado no sistema
operacional, com o objetivo de diminuir a ociosidade de processamento. Segundo
Silberschatz, Galvin e Gagnow (2004), com o uso da virtualização, são possíveis que mais de
um sistema operacional funcione em um único computador, com isso, criando um Virtual
Machine (VM). Essas máquinas operam como se fossem uma máquina física, com todos os
seus dispositivos, porém são virtuais. Essas máquinas são representadas pelo sistema
hospedeiro de nome Host System (Sistema de hospedagem), sendo recursos de hardwares que
atuam recebendo as máquinas lógicas e o sistema virtual, denominado de Guest System
(Sistema Convidado), executado sobre o sistema host, onde cada um tem a ilusão de ter uma
máquina física. Para ser simulada a criação de uma máquina virtual, necessita-se de um
software chamado de VmWare. Podendo ser do tipo com execução sobre um sistema
operacional ou sendo configurado a partir do hardware.
Existe uma diversidade de ferramentas que auxiliam na virtualização, que grandes
empresas desenvolveram. Segundo Mattos (2008) existem diferenças entre essas ferramentas,
isso faz que se busque a ferramenta correta para a sua empresa e para o tipo de virtualização
que ocorrerá. Como exemplo temos o VMWare¹ para a virtualização total (quando o VMM
compartilha todo o hardware da máquina) e o Xen² para a virtualização (quando o VMM
simula um hardware) (LEITE; RODRIGUES; SILVA, 2011).
2.3 Arquitetura de computadores
Segundo Leite; Rodrigues; Silva (2011) o hipervisor (camada de software entre o
hardware e o sistema operacional) habilita a execução de vários Sistemas Operacionais em
um Host. A função do hipervisor é criar máquinas virtuais e administrar os acessos aos
sistemas operacionais participativos, bem como os recursos do hospedeiro. Segundo Laureano
(2006) temos duas abordagens para o sistema de máquinas virtual, que são:
Hipervisor tipo 1, executado na camada de hardware, nesse caso o servidor se
torna,exclusivo para a virtualização, ou seja, o sistema onde o monitor é implementado
entre o hardware e os sistemas convidados.
Hipervisortipo 2, executado na camada do Sistema Operacional, já nesse modelo é
possível instalar outras ferramentas no servidor hospedeiro, ou seja, o monitor é
O hipervisor do tipo 2 executa de forma lenta e não tem o mesmo desempenho que o tipo
1.
Para o ambiente não virtualizado foi utilizado uma área de 9m² com 3 luminária de
100W. A necessidade de utilização para um ambiente sem virtualização é de um ar
condicionado de (em média necessitaria de 22.500 BTU’s) 24.000 BTU’s. Para um ambiente
1
BTU é a sigla de British Thermal Unit, expressão em inglês que significa Unidade Térmica Britânica. BTU é uma unidade de energia, que
mede a quantidade de energia necessária para elevar a temperatura
com virtualização virtualizado foi utilizado uma área de 9m² com 2 luminária de 100W (em
média necessitaria de 16.000 BTUs) é de 17.000BTU’s.O próximo gráfico abaixo mostra uma
economia de consumo de energia.
Com esses dados podemos ver a economia que temos na questão de consumo de
energia, o gráfico 3 apresenta a diferença no custo de consumos usando dados da Anael para o
preço do kW.
Essas vantagens só aparecem a um médio para longo espaço de tempo, mas é grande a
economia feita com energia, manutenção e espaço físico. Levando em conta também a
facilidade de manutenção em caso de uma parada, a empresa tendo um plano de ação pode se
recuperar mais rápido do que em caso de servidores não virtualizados.
O presente estudo acredita que a implantação da virtualização é viável, criando assim uma
alternativa para as empresas aumentarem seus lucros diminuindo seus gastos. Os resultados
observados no estudo para a oficina Cabralzinho são apresentados logo abaixo.
Diminuição custo de manutenção em 50%
Diminuição custo de instalação em 15%
Diminuição do uso de espaço físico em 50%
Redução do custo de consumo de energia em 28%
No caso da oficina Cabralzinho a possibilidade de implantação foi muito bem vista
pelo administrador, visto os benefícios alcançados com a virtualização, conforme
apresentados no trabalho.
Referências
BOECHAT,F. MOREIRA,F. SIMAO,F. Gerenciamento do acesso à internet através de um servidor Linux -Rio
de Janeiro-2012
CARISSIMI, A. Virtualização: da teoria a soluções. Minicursos do Simpósio Brasileiro de Redes de
Computadores - SBRC´2008, 173-207. 2008
LAUREANO, M. Máquinas virtuais. In: Laureano, M. Máquinas Virtuais e Emuladores: Conceitos, Técnicas e
Aplicações. São Paulo: ovatec, 2006.
LEITE, J.RODRIGUES, J. e SILVA, R. Virtualização e Seus Benefícios para Empresas com Hyper-v; um
Estudo de Caso na Indústria de Tempero Regina Ltda- VIII Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia-
Rio de Janeiro- 2011
SILBERSCHATZ, A., GALVIN, P. e GAGNE, G. Fundamentos de sistemas operacionais. Editora LTC, 6ª Ed.
2004
SIQUEIRA, E. Para Compreender o Mundo Digital. São Paulo: Editora Globo. 2008.