10/05/2021

TÉCNICAS ESTATÍSTICAS
APLICADAS A
LABORATÓRIOS

Dra Milene Luz

SUMÁRIO
MEDIDAS DE POSIÇÃO
MEDIDAS DE DISPERSÃO
DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA

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TÉCNICAS ESTATÍSTICAS
APLICADAS A
LABORATÓRIOS

ESTATÍSTICA DESCRITIVA
MEDIDAS DE POSIÇÃO

Estatística descritiva

 Medida de representatividade ou de tendência central é um valor

central ou típico que representa uma série de medições.

 As medidas de tendência central mais comuns são:

 média
 mediana
 moda

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MÉDIA ARITMÉTICA OU AMOSTRAL (Xbar)

 Se um conjunto de medições de um mensurando fornece “n”

valores individuais independentes, o resultado do valor mais
provável para o conjunto é expresso como sendo a média
aritmética amostral dos “n” valores individuais, a qual é definida
pela expressão

CÁLCULO DA MÉDIA

n Xi
n=7
1 5,63
2 5,86 ΣXi = 29,43
3 6,02
4 5,99
5 5,89
Xbar = 29,43 = 5,85
6 5,76 7
7 5,77

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Moda

 É o dado que ocorre com maior frequência em um conjunto de

dados. É o valor que mais aparece e, ao contrário da média
aritmética, não é afetada por valores extremos.

 É utilizada para fins descritivos, uma vez que é, dentre as medidas

de tendência, a mais variável de amostra para amostra.

 A moda não é necessariamente única, como ocorre na média ou

na mediana. Dependendo da quantidade será classificada em:
 Amodal: não possui moda
 Unimodal: possui um valor de moda
 Bimodal: possui dois valores de moda
 multimodal: possui mais do que dois valores de moda

Dados Temperatura (°C)

1 14
2 18
3 18
4 19
5 22
6 24
7 26

Moda: 18 - unimodal

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Mediana

 Mediana é o valor central que divide uma série ordenada de

dados em duas partes iguais. Ocupa a posição central em uma
série ordenada de dados.
 Caracteriza-se por ser uma medida de tendência central que não
é afetada por valores extremos.

Cálculo:
 se uma amostra de dados ordenados de tamanho n, se n for
ímpar, a mediana será o elemento central mediana = (n+1)/2
ex: {1, 3, 4, 8, 12}
 n=5
 mediana = (5+1)/2 = 3  3° elemento da série
 mediana = 4

 se n for par, a mediana será o resultado da média simples entre os

elementos n/2 e (n/2)+1
 ex: {1, 3, 5, 8, 10, 12}

 n=6
 n/2  6/2 = 3  3° elemento da série (5)
 (n/2) + 1  (6/2) + 1  3 + 1 = 4  4° elemento da série (8)

 mediana = média entre 5 e 8  (5+8)/2 = 6,5

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Porque utilizar a média e não a mediana?

 o valor mediano é bem mais robusto do que o valor da média para

a presença de valores suspeitos no conjunto de dados.

 Porém, a média é preferencialmente utilizada no lugar da mediana

porque existe uma equação simples para calcular o erro no valor
médio: o desvio padrão (S).

 Não existe uma equação, mesmo complexa, que calcule o erro no

valor mediano, lembrando que o erro da média é sempre menor
do que de uma medida individual.

TÉCNICAS ESTATÍSTICAS
APLICADAS À
LABORATÓRIOS

MEDIDAS DE DISPERSÃO

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Medidas de dispersão absolutas

 Mede a variabilidade dos dados complementando a informação

fornecida pelas medidas de tendência central.

 Avaliam quanto os dados são semelhantes medindo o grau de

homogeneidade do conjunto.

dados grupo grupo  A análise dessa tabela não nos leva à

A B nenhuma conclusão, mas é evidente que os
1 10 1 valores são bem diferentes.
2 11 5
 Distribuindo os valores em um diagrama de
3 11 6
dispersão podemos observar as diferenças
4 10 9
5 12 11
6 12 12
7 12 12
8 12 15
9 11 18
10 14 21
11 14 22
média 12 12
moda 12 12
mediana 12 12

Fica inviável analisar um gráfico de dispersão quando se tem uma quantidade

muito elevada de dados... por isso utilizamos as fórmulas!!!!

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Amplitude
 É a diferença entre o maior valor e o menor valor de um conjunto
de dados

A = (Xmax – Xmin)

 Desvantagem: só leva em conta os valores extremos da série dos

dados, indicando aproximadamente a dispersão dos dados

Desvio médio (DM)

 É a média dos valores absolutos dos desvios de um conjunto de

escores ou desvios (Xi – Xmed).

 Assim como a amplitude é uma medida de variabilidade

altamente intuitiva. Porém leva em consideração todos os dados
para o qual a variabilidade está sendo avaliada, tornando-a assim
uma estatística mais estável

∑   | 𝑋𝑖 − 𝑋𝑚𝑒𝑑|
𝐷𝑀 =
𝑛

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Variância (S²)

 Avalia o quanto os valores observados estão dispersos ao redor da

média.

 É uma medida menos intuitiva que a amplitude ou o desvio médio

e muito útil quando se trata de inferência estatística

 Não é muito atrativa na estatística descritiva pois a sua unidade é

expressa ao quadrado.

Variância da população Variância da amostra

∑(   )² ∑(   )²
𝜎 = 𝑆 =

Desvio padrão (S)

 É a medida mais importante e mais comum de dispersão

estatística. Ela mostra o quanto de variação ou “dispersão” existe
em relação à media (ou valor esperado).

 O desvio padrão é a raiz quadrada da variância.

Variância da população Variância da amostra

  ∑(   )²   ∑(   )²
𝜎= 𝑆=

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DESVIO PADRÃO (S)

 Um baixo desvio padrão indica que os dados tendem a estarem

próximos da média,
 Um desvio padrão alto indica que os dados estão espalhados por
uma gama de valores.

Voltando ao nosso exemplo

dados grupo A grupo B

1 10 1
2 11 5
3 11 6
4 10 9
5 12 11
6 12 12
7 12 12
8 12 15
9 11 18
10 14 21
11 14 22
média 12 12

moda 12 12

mediana 12 12
S 1,2 5,8

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Graus de liberdade
 Os graus de liberdade são definidos como o número de
"observações" (pontos de dados individuais) nos dados que são
livres para variar quando é feita a estimativa dos parâmetros
estatísticos.

7 CHAPÉUS PARA 7 DIAS DA SEMANA?

E porque usamos n-1 quando tratamos de amostras?

Medida de dispersão relativa

 Uma pergunta que pode surgir é: O desvio padrão calculado é

grande ou pequeno?

 Esta questão é relevante por exemplo, na avaliação da precisão

de métodos.

 Um desvio padrão pode ser considerado grande ou pequeno

dependendo da ordem de grandeza da variável.

Ex:
s=2
 Em Xmed = 200  é pequeno
 Em Xmed = 20  é grande

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Coeficiente de variação de Pearson (CV)

 Expressa a variabilidade dos dados em relação à média tirando a
influência da ordem de grandeza da variável;

𝑆
𝐶𝑉 = 𝑥 100
𝑋𝑚𝑒𝑑

 É adimensional e expresso em %

 (% CV <100 )  porcentagem que o desvio padrão é menor que a média

 (%CV >100)  porcentagem que o desvio padrão é maior que a média

 Quanto menor o CV... mais homogêneo é o conjunto de dados;

 Um CV é considerado baixo (indicando um conjunto de dados

razoavelmente homogêneo) quando for menor ou igual a 25%.

TÉCNICAS ESTATÍSTICAS
APLICADAS À
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DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA

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Distribuição de frequências

 É uma forma de apresentar resumidamente dados agrupados

em subconjuntos (que apresentem características similares) em
uma tabela e em seu respectivo histograma antes de analisá-
los.

 A análise dos dados não leva em conta os valores individuais

dos dados.

E o que é frequência?

 É o numero de ocorrências de cada elemento da amostra.

 No caso de dados contínuos é o número de vezes que cada

elemento se repete em uma série de dados.

Tipos de distribuição de frequências

• Absoluta: é o número de vezes que uma determinada variável se

repete;

• Relativa: é a percentagem relativa à frequência absoluta.

Indica quantas vezes um evento aconteceu dividido pela
quantidade total de resultados possíveis;

• Acumulada: é o número de vezes que uma variável assume um

valor inferior ou igual a um determinado valor;

• Relativa acumulada: é a percentagem relativa à frequência

acumulada.

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Etapas de cálculo
 A) coletar os dados e tabelar
 B) organizar os dados em ordem crescente (rol de dados)
 C) determinar o valor máximo e o valor mínimo dentre os dados
para calcular a amplitude
A = valor max – valor mín

 D) calcular o número de intervalos (k) utilizando a Regra da Raiz

k=  𝒏

 E) determinar o intervalo das classes (comprimento das classes)

C=A/k

 F) montar a tabela respeitando o número de classes e o intervalo

HISTOGRAMA
VALORES ABSOLUTOS

VALORES ACUMULADOS
FREQUÊNCIA

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ATÉ A PRÓXIMA AULA!!

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