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NHOCO – Nuvem de verão

Materiais: Tecido de algodão azul, bolinhas de algodão, espuma,


canetão, barbante, cola de tecido, tesoura, linha e agulha
Construção:
Primeiramente, fiz o molde do desenho escolhido, a nuvem, em
uma folha. Com a tesoura recortei duas folhas de tecido azul em
cima do molde. Depois colei toda a lateral da nuvem com cola de
tecido, deixando apenas uma abertura para colocar o enchimento.
Com o canetão preto fiz o desenho dos olhos e da boca.
Já com a cola um pouco seca, coloquei o enchimento, utilizei
espumas de uma almofada antiga. Colei as bolinhas de algodão
nas bordas e nos olhos.
Recortei no mesmo tecido alguns formatos de “gotas de chuva”,
colei um por um nos barbantes e em seguida costurei estes na
parte de trás do nhoco.
TEATRO DE SOMBRAS – A galinha Mag

Resultado. A inspiração do nome do Teatro de Animação "A galinha Mag" surgiu de uma galinha poedeira muito
engraçada e barulhenta que temos aqui no sítio, chamada carinhosamente de Mag

Materiais: Desenho da silhueta, papel, caneta, tesoura, palito de


churrasco, fita crepe, lanterna, tinta e papelão

Construção:
Para a construção da silhueta do teatro de sombras utilizei como
base o desenho da silhueta de uma galinha presente no saco de
ração de poedeira, já que não encontrei nenhuma revista ou jornal
aos redores do nosso sítio.
Em um papel copiei a silhueta da galinha e recortei-a

Em seguida, pintei-a com tinta guache preta e colei-a com fita


crepe no palito de churrasco
Iniciei os testes de projeção da sombra com uma lanterna

Testando a sombra... kkk


Por fim, tentei utilizar o candieiro para projetar a sombra da
silhueta... Porém a volatilidade do fogo fez com que ela não
ficasse tão nítida, diferente da luz direta da lanterna

Candieiro utilizado no experimento


SILHUETAS ANIMADAS NO COTIDIANO –
Além do que se vê

Sombra de um coelho formado pelas folhas da Guapeva. Inseri


algodão para a composição do nariz e semente de um cipó para os
olhos para melhor identificação
A Guapeva, também conhecida como Abiu, é uma árvore frutífera da
família Sapotaceae, nativa da Amazônia Central e da Mata Atlântica. Sua
copa é muito bonita, cheia de folhas largas e nos abriga desde que nos
mudamos para a roça. Ao longo do dia, com a movimentação do sol de
lesta a oeste, suas folhas formam vários desenhos através das sombras no
chão.
Essa lembrou um rinoceronte, não?!

Imagens da Guapeva:
Seus frutos e sementes:
Um rosto vibrante formado pelo forno de cob
Esse foi o nosso primeiro teste de forno de cob. O cob é uma técnica de
bioconstrução formado pela mistura de terra, palha e água os quais são
revolvidos e pisados até chegarem no ponto que chamamos de “massa de
biscoito”. É uma técnica muito antiga... casas de terra são comuns na
África, Oriente Médio, Índia, Afeganistão, Ásia, Europa e América Central.
Um terço da população mundial vive hoje em casas feitas de terra crua.
Construir com cob envolve mutirões, inspira profunda partilha e amizade.
(Bee, Becky. O manual dos construtores de cob. Tradução Melissa
Webster, 2ª edição, 2018, São Paulo.)

Imagens do preparo do cob:

Foto: Mutirão de bioconstrução no Sítio Mukambo - Assentamento Santa Rosa


Família de cactos – ou família Cactaceae- vibrando a chuva
depois da seca

Rosto: olhos formados pela prancha de madeira e a boca pela


foice
Tesoura de poda lembrando um pássaro

Alicate lembrando o bico de uma arara


TEATRO DE OBJETOS – “Conselho dos Seres”

Enredo: O “Conselho dos Seres” conta com a presença de vários


seres da natureza que discutem em assembleia os problemas que
a Mãe-Terra vem enfrentando com a desenfreada ação destrutiva
do homem, desenvolvendo soluções e mobilizando reflexões sobre
a preservação do meio-ambiente

Personagens/Seres da Natureza:

Personagem: Tatu Tatudobem

Com uma luva de trabalho e uma semente de Angico


(Anadenanthera macrocarpa) para compor seu olho, o Tatu
Tatudobem nasceu
As características da personagem foram inspiradas em uma
história real, das tantas histórias que a vida no sítio nos
proporciona e no espetáculo Pra Nhá Terra do Grupo Ponto de
Partida e Meninos de Araçuaí1
Características básicas: Ele fala bem alto, pois na maioria das
vezes está andando por dentro da terra e senão gritar, seus amigos
não ouvem. Ele não anda muito rápido, mas quando começa a
cavar um buraco na terra, ninguém o pega mais.
Tatu Tatudobem é um grande guardião da Mãe-Terra. Ele
consegue andar por suas profundezas, ouvir seus segredos mais
íntimos e também conhece suas dores. Ele é seu grande filho e
protetor. Mas teve um dia, que muito cansado, Tatu deixou de
olhar pela Terra e decidiu tirar um longo cochilo. Então, alguns
homens pagos por fazendeiros andavam pela floresta para
iniciarem um grande incêndio, enquanto atrás de uma árvore ele
dormia. Porém, o que sua Mãe não esperava é que mesmo
dormindo, Tatudobem afastou todos seus inimigos. Quando Tatu
dorme seu rabo balança e vibra batendo fortemente e tremendo a
terra envolta, assustados com tamanho tremor, os homens saíram
correndo pensando que poderia ser uma cascavel ou um grande
bicho.
Ele é o grande líder da assembleia dos seres

1
Grupo Ponto de Partida. CD Pra Nhá Terra, 2011.
Semente de um cipó

Borboleta Cipó que irá discutir sobre as questões climáticas na


assembleia

Exoesqueleto de um caranguejo de água doce

Caranguejo do Rio que irá abordar sobre a seca das nascentes


O BONECO ANTROPOMÓRFICO – Boneca
Florinha

Resultado

Materiais: Rolo de arame, alicate, papel, tesoura, cola branca,


grude (farinha de trigo), cordão para crochê, agulha de crochê,
sisal, serragem, pendão do milho e flor da abóbora

Construção:
Primeiramente, comprei o rolo de arame, sua espessura não era
tão fina nem tão grossa – aconselho aos iniciantes que forem
construir o boneco a comprarem um arame de espessura mais
fina, pois é mais fácil para o manuseio, porém já que no sítio
teríamos pouca utilidade com o arame fino que sobrasse, comprei
um meio termo.
Meu companheiro, Adailton, me ajudou com sua mão de obra nas
torções do arame com o alicate para a construção da base do
boneco. Iniciamos a construção pelas pernas, depois braços,
tronco e por fim, cabeça

Nos baseamos em um corpo feminino, com cintura mais fina e


posteriormente, acrescentarei o volume dos seios com o papel
machê. Pensamos o arame como se fosse os ossos do boneco

Depois precisamos construir os músculos, os quais darão “corpo”


e volume. Para tal construção utilizei a técnica do papel machê.
Primeiramente, recortei várias folhas de papel em pedacinhos
pequenos e deixei de molho na água por 7 dias – já que não temos
energia para o uso do liquidificador, quanto mais tempo de molho
mais fácil para a trituração do papel com as mãos
Tirei um pouco do excesso da água e com as mãos, depois do
papel ficar bem molinho, amassei até dissolvê-lo bem. Com uma
peneira pressionei ainda mais o material triturado para tirar o
restante da água

Em seguida, adicionei dois tubos pequenos de cola branca que


tinha e mexi com as mãos, porém tal quantia de cola não foi o
suficiente para chegar no ponto do papel machê, a massa ainda
esfarelava
Portanto, preparei o grude para usar como cola para o feitio do
papel machê. A receita foi: 2 copos de farinha de trigo para 4
copos de água. Misturei bem antes de ligar o fogo para não
empelotar, depois em fogo médio mexi por uns 3 minutos e já
estava pronto

Ponto do grude
Esperei esfriar e adicionei um pouco do grude na massa do papel
machê. Deixei-a descansar por um tempo, até que chegou numa
textura de massinha, bem modelável

No dia seguinte, iniciei o


trabalho de modelar o corpo
da boneca com o papel
machê

Quando foi preciso,


adicionei um pouco mais de
grude para a massa não
esfarelar
Fotos do processo da modelagem do corpo da boneca com o papel
machê:

Até o gatinho Bartô estava curioso kkk


Utilizei também da técnica da papietagem para fortalecer a
estrutura – recortei pequenos pedacinhos de papeis e com um
pincel colava-os por cima do papel machê
Boneco com o corpo pronto

Deixei secar no sol por algumas horas


Para a construção da roupa da boneca, observando a maturação
dos nossos plantios, tive primeiro a ideia de utilizar algodões
coloridos que iriam caracterizá-la em uma palhacinha
Fotos da colheita do algodão:

Nome científico: Gossypium hirsutum


Para tingir o algodão, escolhi a Clitória (de coloração azul) e a
Terramicina (coloração rosa)
Fotos da colheita:

Nome científico: Clitoria ternatea


Para extrair a cor da Clitória fiz um chá de infusão

Em seguida, mergulhei os algodões e deixei por uma noite


Nome científico: Alternanthera brasiliana

A técnica para extração da cor


da Terramicina foi apenas
amassar a erva com as mãos,
juntamente com água em
temperatura ambiente
Depois de uma noite
mergulhados, deixei os
algodões secando um dia
todo em sol pleno
Infelizmente, a minha
primeira tentativa de
confecção da roupa do
boneco não foi bem-
sucedida. Por falta de um
fixador, expostos ao sol
forte os algodões perderam
as cores e ficaram
desbotados (esqueci de
registrar a foto do resultado
dos algodões)
Na segunda tentativa, esta bem-sucedida, contando com a ajuda
da minha sogra Cláudia, fizemos uma saia e dois sapatinhos de
crochê no cordão Eco-Brasil com pontos altos e baixos,
intercalados. Não poderia deixar de citar minha vizinha
Terezinha, brilhante em seus crochês, que nos emprestou a linha e
a agulha para darmos vida à confecção

Cláudia confeccionando a saia da boneca


Com a corda de sisal fiz o cabelo da boneca. Cortei um pedaço
que desfiei para fazer a franja e fiz, também, algumas tranças para
serem o restante do cabelo

Com a serragem de uma Aroeira, madeira de linda cor


avermelhada, usei para fazer a blusa e tampar o tronco da boneca,
passei o grude e depois fui jogando a serragem por cima
Com um pendão do milho fiz uma tiara

E com duas flores brancas da abóbora fiz suas maõs


Prazer, a Boneca Florinha!
Teatro de Formas Animadas como Recurso
Pedagógico

Profª: Isadora Barsoti Amoroso Turma: 4º ANO


Tema: Teatro de Animação / Teatro de Objetos

Habilidades:
MS.EF15AR19.s.19 Descobrir teatralidades na vida cotidiana, identificando elementos teatrais (variadas
entonações de voz, diferentes fisicalidades, diversidade de personagens e narrativas etc.).
MS.EF15AR20.s.20 Experimentar o trabalho colaborativo, coletivo e autoral em improvisações teatrais e
processos narrativos criativos em teatro, explorando desde a teatralidade dos gestos e das ações do
cotidiano até elementos de diferentes matrizes estéticas e culturais.
Objetivo Geral da aula:
● Mobilizar reflexões sobre o meio-ambiente com o fazer do Teatro de Objetos de tema “Conselho
dos Seres”;

Objetivos específicos:
● Experimentar aspectos do Teatro de Objetos;
● Identificar possibilidades expressivas nos objetos do cotidiano;
● Compreender aspectos básicos da criação de personagens (nome, função, traços peculiares e voz);
● Experimentar atividades de caráter colaborativo por meio da improvisação teatral, mobilizando a
empatia e a coletividade;

Procedimentos metodológicos
Fases da aula Metodologia e procedimentos

 Breve explicação sobre o Teatro de Objetos;


É uma modalidade de Teatro de Formas Animadas que é desenvolvido
por meio da manipulação de objetos. “Um objeto pode ser natural ou
Abertura da aula construído pelo homem. O natural existe independente do homem, e sua
função independe dele. Os objetos naturais podem ser minerais ou
vegetais. Entre os minerais estão o ferro, a pedra, a areia, a concha, a
terra e etc. E entre os vegetais, as árvores, as flores, folhas, frutas e
etc.” (AMARAL, 2011, p. 205)
Desenvolver a proposta de improvisação teatral “Conselho dos Seres”
a partir do Teatro de Objetos:

O “Conselho dos Seres” conta com a presença de vários seres da


natureza que discutem em assembleia os problemas que a Mãe-Terra
vem enfrentando com a desenfreada ação destrutiva do homem,
desenvolvendo soluções e mobilizando reflexões sobre a preservação
do meio-ambiente

● Os alunos terão de 10 a 15 minutos para observarem o ambiente,


andarem pelo local e escolherem alguns objetos que darão vida aos
seus personagens (ex: chaleira, tesoura de poda, flor ou folha, pedra,
pena, etc);
Desenvolvimento e ● Depois de escolherem os objetos, terão 5 minutos para atribuírem
características básicas (voz, traços peculiares, etc.) ao Ser que o
abordagem do tema
personagem-objeto foi escolhido para compor o Conselho- podendo ser
um elemento da natureza (terra, fogo, ar ou água), também o rio, a
chuva, o raio, uma árvore, um animal e até mesmo o homem que
também é um dos Seres da grande natureza;
● A improvisação teatral se desenvolverá a partir da dinâmica escolhida
pelos alunos, juntamente com a orientação da professora, podendo dar
início com a apresentação e identificação de cada personagem-objeto-
Ser, o porquê compareceram em tal assembleia, seus pensamentos e
opiniões sobre a forma que a Natureza vem sendo tratada, ao longo que
se desenvolverão diálogos entre as personagens, até chegarem em
possíveis soluções ou em reflexões sobre o modo como o meio-
ambiente vem sendo pensado, servido e cuidado ou não-cuidado;

Fechamento da aula ● Abrir para reverberações e dúvidas;


● Objetos do local da aula;
Recursos necessários

● Analisar a disponibilidade para a realização da atividade proposta


● Analisar a compreensão do Teatro de Objetos
Critérios de Avaliação ● Análise sobre os procedimentos dos professores: Os alunos responderam
positivamente à proposta? A atividade prática aconteceu de forma que
todos os alunos pudessem participar?
AMARAL, Ana Maria. Teatro de Formas Animadas: Máscaras, Bonecos,
Referências
Objetos. 3ª ed. 1ª. reimpressão. São Paulo: Edusp, 2011.
2
Grupo Ponto de Partida. CD Pra Nhá Terra, 2011.

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