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CHRISTINE FEEHAN
Resumo:
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Um guerreiro ferido e uma mulher em fuga encontram a
salvação, paixão e perigo inimaginável na escuridão
fantasmagórica nas Montanhas dos Cárpatos.
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Dark - Série Os Cárpatos
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Prólogo
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A cordilheira era alta. Alta o suficiente para que André
pudesse alcançar os escarpados1 , os lugares solitários que outros evitavam.
Quanto mais alto ele ia, mais névoa rodopiava, envolvendo-o em um véu
cinzento, suave e úmido. Ele era "o Fantasma", e ele poderia facilmente
desaparecer no mundo cinzento, frio, que ele conhecia tão bem. Ele nunca
usava o sobrenome se podia evitar, porque o único nome que importava
para ele não era seu, e, a menos que ele encontrasse uma companheira, ele
não teria a chance de nunca desonrá- lo.
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Escarpados – são formas de relevo, muito íngreme de um dos lados, encontrada em áreas elevadas, seja áreas
de serras ou montanhas, provocadas por processo erosivo.
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Para os homens que tiveram séculos vivido com honra, não era fácil
abandonar a vida. Mesmo sem emoção e cor, alguns sentiam que era covardia,
sem sofrer uma ferida mortal em combate, eles não poderiam simplesmente se
deitar ao ar livre e permitir que o sol os levá-se. Parecia ... errado ... para
muitos guerreiros. André seria bem-vindo entre eles, mas ele tinha estado
muito tempo longe dos outros. Tinha pensado em ir para lá, mas no final
percebeu que ele não podia nem aceitar o refúgio e nem a camaradagem que
poderia encontrar lá.
Não tomaria o sangue dos antigos, a não ser que a necessidade fosse
terrível, e certamente não sem permissão. André não era o tipo de Cárpato que
já pediu asilo ou permissão, nem mesmo de sua própria espécie. Ele iria
encontrar o que precisava, como ele sempre tinha feito, por conta própria. Do
jeito dele.
Algumas coisas eram uma questão de honra. André tinha vivido mais
séculos do que gostava de contar. Ele resistiu contra a escuridão com honra e
serviu o seu povo, caçou vampiro por vários continentes. Ele lutou contra
os mortos-vivos tantas vezes que ele honestamente não poderia manter a
contagem dos números, e nem se importava em contar. Parecia haver muitos
mais deles e tão poucos caçadores. Eles estavam perdendo a guerra.
Ele tinha procurado por séculos sua companheira—a única mulher que
poderia restaurar a sua capacidade de sentir emoção real. A única mulher que
poderia lhe devolver cor e vida. Ele não á tinha encontrado. Ele tinha há muito
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tempo desistido da idéia de que ela poderia estar neste reino. Se ela tivesse em
algum lugar nesta terra, ele a teria encontrado a essa altura.
Ele não quis ir para o mosteiro para descansar porque, entre outras
razões, ele já não confiava em si mesmo para ficar em torno de alguém,
homem ou Cárpato. Uma vez que ele percebeu o quão longe ele estava, ele
sabia, a fim de preservar sua honra, ele teria que permitir que o sol o levasse.
Essa tinha sido sua intenção até Costin Popescu o ter atacado. Popescu, o nome
que Costin tinha assumido era uma piada. Filho de um sacerdote. Costin era
tudo menos isso.
O mundo tinha mudado demais para o gosto de André. Ele já não fazia
parte dele e estava bem ciente desse fato. Ele nunca tinha sido um homem para
estar em torno de outros. Ele preferia os lugares altos ou selvagens, em
qualquer lugar que ele não topasse com massas de pessoas. Ou até mesmo
poucas pessoas. Ele não era civilizado. Ele não era manso. Ele tinha o seu
próprio código, e vivia por ele.
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Até mesmo os vampiros tinham mudado. Não havia mais honra nessa
batalha. Nos velhos tempos, os vampiros caçavam e morriam sozinhos. Agora,
os vampiros mestres tinham começado a recrutar vampiros menores, e eles
corriam em bandos. Costin Popescu tinha quatro seguindo o seu comando,
fazendo a sua vontade. Dois provavelmente estavam ansiosos o bastante para
seguir seu rastro de sangue. O sangue rico de um antigo Cárpato que iria atraí-
los diretamente para ele. Os outros dois estavam com ele há algum tempo e
Popescu lhes havia ensinado uma coisa ou duas sobre lutar contra um antigo
caçador. Felizmente, ele conseguiu matar um dos seguidores mais experientes,
deixando Popescu com apenas três peões em seu pequeno exército.
André encontrou a estreita entrada para a caverna que ele pretendia usar
para descansar e se curar. Ele usou esta caverna em particular antes. Não era
de fácil acesso. Alguém tinha que tropeçar com a entrada para realmente vê-la,
e muitos poucos vinham até as falésias a esta altura nos penhascos. Ele tinha
usado esta caverna como um lugar de descanso desde que era um menino.
Ele tinha feito dessas câmaras subterrâneas uma casa em sua juventude,
muito tempo depois que tinha perdido todos os membros da sua família. Tudo
o que significava algo para ele a partir dos seus primeiros dias foi armazenado
em um "cofre" subterrâneo que ele tinha projetado dentro da rocha, nas
profundezas da câmara onde muitas vezes ele descansou. Alguns séculos antes,
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quando ele percebeu que ele seria o último de sua linhagem famíliar, ele havia
selado o cofre e só voltou às cavernas, quando era necessário.
Ele suspirou quando ele entrou, na abertura fria e estreita. Ele teve que
colocar as salvaguardas. Os lacaios de Popescu não seriam capaz de estar
no sol, mas seria suicídio não assegurar que ninguém o encontrasse enquanto
ele dormia. Ele não tinha esse luxo até que ele pudesse livrar o mundo
desses vampiros caçando os humanos. Ele ergueu as mãos e começou o
ritual complicado, mas muito necessário de colocar salvaguardas em torno
de seu lugar de descanso.
Capítulo Um
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Eles eram amigos. Bons amigos. Nos Estados Unidos, na faculdade, ela
havia sido sua turora, dando aulas a ele, estudando com ele, almoçando e
jantando com ele, enquanto eles estudavam. Ele era de outro país e de
muito boa aparência, com um sotaque profundo, assim, muito popular
com as mulheres no campus. Ele saiu com um monte delas. Todo o tempo.
Raramente a mesma garota mais do que duas vezes. O relacionamento
deles havia sido estritamente de amizade. Ele nunca fez um movimento
sobre ela, nem uma vez. Ela sempre se sentiu confortável com ele. O que
aconteceu?
Ela dormia vestida em seu jeans e uma camiseta, apenas para estar
segura. Agora, ela calçou as botas rapidamente, ao ouvi-lo rondando sua
barraca. Ele estava se preparando, ela podia ver pelas suas passadas. Ela
apressadamente enrolou seu saco de dormir e prendeu em sua mochila, o
tempo todo desejando que ela pudesse sair de sua barraca sem ser vista.
Ela confiava em seus instintos, e agora eles estavam gritando para ela
correr por sua vida. Sem preâmbulos, a entrada da barraca foi rasgada e
Armend se lançou em seu espaço.
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— O que você pensa que está fazendo? —Ela perguntou em sua voz
mais altiva, como se quisesse dizer... se-você-se-atrever-a-dar-um-passo-mais-
perto- de-mim-você-vai-morrer. A maior parte do tempo, a voz não
funcionava. Ela não era alta ou ameaçadora, no mínimo, mas ela poderia
recorrer a voz sempre que necessário, e agora ela estava com medo que ia
ser muito necessário.
— Você quer isto. Você me quiz desde o primeiro dia que você me viu
a três anos atrás, —Armend rosnou para ela. — Não finja o contrário. Você
esteve ofegante atrás de mim todo esse tempo e, então, você decidiu vir aqui e
me pedir para guiá-la pelas montanhas.
— Você era meu amigo e eu pensei ... —Ela parou. Ela nunca tinha
considerado que isso iria acontecer, mas ela devia ter.
Armend Jashari tinha sido enviado para a escola nos Estados Unidos.
Seus pais eram muito ricos em uma terra onde poucas pessoas tinham
muito. Claramente Armend tinha crescido acreditando que ele poderia
fazer o que
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Ela nunca tinha flertado com ele. Nenhuma vez. Armend não lhe tinha
dado qualquer indicação de que ele queria mais do que amizade durante todo
o tempo que ele esteve na escola com ela. Ela era jovem para estar em um
programa de mestrado em geologia. Armend era uns bons cinco anos mais
velho do que ela, e em cima disso, ela parecia extremamente jovem. Como um
garoto. Armend a tinha tratado mais como um irmão mais novo, ele
passou um bom tempo com ela, mas ele saiu com muitas mulheres —mulheres
que se pareciam com suas irmãs, em vez de se parecer com ela.
Ela tinha três irmãs. Todas eram altas, com curvas femininas e os rostos
de modelos. Ela havia chegado dez anos depois de todas elas. Todas as três
eram atléticas, bonitas, inteligentes e agora casadas e com filhos. Ela era ...
Teagan. Ela podia ver Armend sendo atraído para suas irmãs, mas ela não era
alta, ela não tinha seios fartos e quadris cheios de curvas. Ela não atrai os
homens como suas irmãs faziam. E ela definitivamente não seduzia os
homens.
Teagan pegou uma panela. Ela usava para cozinhar tudo, quando ela
estava acampando—o que era frequente. A panela estava preta de passar tanto
tempo sobre o fogo. — Não se atreva a chegar mais perto.
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Diapasão – como se fosse um detector, um imã para encontrar coisas.
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Ele se jogou sobre ela, jogando a panela para fora de sua mão. Ela era
pequena. 1,52m para 1,78m de suas irmãs, e isso quando ela usava sapatos de
salto. Ela era extremamente franzina. Ela não tinha exatamente seios
exuberantes ou qualquer outra coisa que os homens achavam atraente. Que
diabos Armend estava pensando?
Seu corpo se chocou contra o dela, levando-a para trás. Sua cabeça bateu
na estrutura de sua mochila e suas costas baterão no chão —duro. Ele se
esparramou em cima dela, forçando o ar para fora de seus pulmões. Ela lhe
deu um soco tão forte quanto podia a partir do ângulo estranho que ela
estava, acertando seu punho em seu olho esquerdo.
Ele xingou e a socou de volta. Três vezes. No rosto. Ela, na verdade, viu
estrelas e as bordas de sua visão se escureceram. Ela se recusou a desmaiar.
Ele rasgou suas roupas, rasgando sua camisa de acampamento favorita. Ela
só tinha trazido algumas mudas de roupa, porque quando ela acampava, era
tudo sobre o peso da mochila que ela carregava. Ela tinha apenas que
reduzir essa quantidade para poucas peças.
Ela se arrastou de quatro para sair da barraca. Ele chutou com força
na parte traseira de sua coxa. Sua perna ficou dormente, mas a força a
enviou voando para fora pela abertura. Ela caiu de bruços e rolou para longe
da barraca o mais rápido que pode, tentando não chorar com a dor. Ele não
estava brincando. Ele definitivamente estava falando sério e ele não se
importava se a machucava ou não.
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estava em boa forma e era forte apesar de ser tão pequena. Ela não ia
deixar alguém como Armend Jashari bater nela e estuprá-la, não sem feri-
lo.
Quando ele levantou a cabeça, ele tinha sangue em torno de sua boca.
O sangue dela. Ele riu. — Eu vou me divertir com você, Teagan. E então
meus amigos vão vir e se divertir também. Você vai fazer o que nós
dissermos para fazer e você vai nos implorar para transar com você, se você
quiser sair dessa montanha viva. Você não é a primeira cadela estúpida que
trazemos até aqui. Algumas ainda estão vagando por aí tentando encontrar o
seu caminho fora da montanha. Oh. Espere. Elas cairam de um penhasco.
Nós não nos imcomodamos em tirar os corpos das cadelas, apenas os
deixamos para os comedores de carniça.
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Boulder – é uma das modalidades da escalada em rocha, praticada sem o uso
dos equipamentos de segurança convencinais como cordas e mosquetões. O boulder
consiste em escalar pequenos blocos de pedras, que envolve levantamento e resolver
problemas geralmente com altura não superior a 6 metros, onde os movimentos para
finalizar o boulder são geralmente de extrema dificuldade técnica e exigem força. Outra
particularidade do boulder é que as vias feitas nesses blocos de pedras são chamados de
"problemas" ou "problemas de boulder", diferente da escalada tradicional ou esportiva
onde temos "vias".
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Escalada Esportiva – acontece em condições mais simples e seguras, o que permite o escalador se preocupar
apenas com seu desempenho físico. Há alto grau de segurança, com uso de pinos, cordas e outros equipamentos
necessários.
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Teagan não estava segura de que poderia encontrar forças para mover o
corpo dele, mas o pensamento de seus amigos estando por perto —e ela estava
certa de que ele estava dizendo a verdade sobre eles —a fez empurra-lo
arduamente com cada bocado de força que possuía. Ela conseguiu deslocá-lo o
suficiente para rastejar de debaixo dele.
Ela não tinha idéia de quanto ele era bom em rastrear alguém, mas ela não
ia tornar isso fácil para ele. Ela precisava de um plano, e ela descobriria o que
fazer enquanto subia. Seu rosto doía e sabia que estava inchando. Suas costelas
doíam. Ela queria voltar e esmagá-lo novamente com a pedra. Pelo menos
havia sentido alguma satisfação em lhe bater com força.
Primeiro, ela tinha que acalmar a respiração para suas costelas não
doessem tanto. Ela queria subir a montanha para que assim pudesse fazer um
círculo amplo o suficiente para que pudesse voltar e descer a montanha e não
correr o risco de encontrar Armend e seus amigos, se eles decidisse realmente
vir atrás dela. Lembrando-se do olhar no rosto de Armend e a forma como seus
olhos se tornaram quentes e ansiosos com o pensamento dele e de seus amigos
terem tanto poder sobre ela, ela tinha certeza de que eles viriam atrás dela.
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trás de sua coxa pulsava e protestava com cada passo que dava. Seu rosto
estava tão mal que ela queria chorar, e um olho estava inchado, juntamente
com sua bochecha. Seu lábio parecia o pior, que era bobagem. Ela jogou
água em um lenço e o segurou no lábio inferior enquanto andava.
Ela amaldiçoou Armend Jashari com cada respiração que dava. Ela tinha
andado alguns quilômetros e estava se perguntando se se atrevia a fazer uma
pausa. Precisava de uma. Ela bebeu água e parou algumas vezes para
encontrar um lugar que pudesse fazer a coisa de "menina", e escondeu qualquer
sinal disso com cuidado, com medo de que isso ajudaria Armend a
encontrar seu rastro muito mais fácil.
Ela avistou uma depressão nos arbustos baixos e pensou que poderia ser
um bom lugar para descansar, mesmo que fosse só por alguns minutos.
Sua perna precisava. Deu alguns passos em direção a ela e parou em seu
caminho, seu coração acelerando de repente. Lá estava ele. Bem desse jeito.
Quando ela deixou quase todos convencê-la de que ela era louca, ela sentiu
uma agitação estranha ao longo de suas veias, como uma vibração.
Exaltação a invadiu. Ela não tinha pensado que pudesse encontrar a trilha
tão rapidamente, mas em algum lugar à sua frente, a pedra ou cristal
maravilhoso ou gema que ela precisava desesperadamente estava esperando
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por ela. Ela tinha que tomar uma decisão agora. Se ela seguisse a trilha da
pedra que ela procurava, ela estaria arriscando que Armend e seus amigos
a encontrasse. Se não o fizesse, ela poderia perder esta pedra para sempre, e
isso significava perder sua amada avó.
Trixie Joanes tinha levado ela e suas três irmãs pra sua casa quando
Teagan nasceu. Sua mãe morreu no parto e sua avó nenhuma vez a culpou pela
morte de sua filha. E isso fazia ela ainda mais especial, e ela a amava ainda
mais. Ela devia tudo à sua avó e a amava além de qualquer outra pessoa no
mundo. Ultimamente, a mente de sua avó tinha começado escorregar.
Ela disse a ele, é claro, uma vez durante uma noite na universidade.
Ele havia desperdiçado alguns dias festejando como de costume e ela
concordou em ajudá-lo a estudar para um exame. Ela tinha estado um
pouco cansada e, por vezes, isso a fazia falar demais. Ele riu dela, assim
como todos fizeram, o que fez ela não mencionar isso novamente. Até
agora.
Sentia-se como uma idiota confiando nele, transmitindo seus medos sobre
sua amada avó, explicando por que sua missão era tão importante. Ela
podia
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entender que ele pensasse que ela era louca, mas sério, ele era o único
louco. Ele era provávelmente um assassino. Um estuprador em série.
Como ela ia explicar sobre ele para sua avó e suas irmãs?
Ela estremeceu lembrando de sua declaração fria. “Foda por pena”. Isso foi
duro. Principalmente porque os homens a ignorava. Bem ok. Não ignorava, ela
tinha amigos na sua maioria do sexo masculino. Mas eles sempre a via
como uma amiga. Uma irmã mais nova. Que era bom pra ela, porque ela não
se sentia atraída por ninguém. Homem ou mulher. Ela não tinha idéia do por
que, mas ela não sentia.
Mas agora, no alto das montanhas, sozinha, sem ninguém por perto,
ela tinha de chamar a atenção de um homem, e ele se revelar ser um
assassino. Qual o sentido disso? Ela suspirou. Ela percebeu que suas
pernas estavam prestes a desmoronar. A dor em suas costelas agora irradiava
acima de seu peito para os pulmões que ardiam por ar. Ela tinha que
descansar, mas o medo a levou a continuar. Ela precisava encontrar um lugar
afastado, algum lugar que ela poderia se deitar por um tempo.
Ela olhou ao redor, esperando encontrar uma área mais escondida para
descansar, apenas no caso de ela dormir. Ela estava exausta, e a dor
parecia estar piorando, embora intelectualmente, ela sabia que não tinha,
ela simplesmente não estava ocupando sua mente e a mantendo na baia, assim
como ela esteve enquanto ela seguiu a trilha. Ela teve que prestar atenção
ao seu corpo, com a força da música que ouvia em suas veias. Se ela fosse
longe demais na direção errada, as vibrações sumiriam. Concentração total
era necessário, o que foi bom para bloquear a dor, mas tinha viajado por uma
boa parte do dia e ela tinha que parar.
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Ela mordeu o lábio e quase xingou em voz alta. Em vez disso, ela se
agachou para evitar ser descoberta, ela lançou maldições silenciosamente na
cabeça contra Armend, desejando que ela fosse uma bruxa e pudesse
transformar sua vida num inferno. Talvez tendo formigas-de-fogo5 subindo pelas
suas pernas e o mordendo por todos as partes, especialmente suas partes
masculinas. Isso poderia ser muito bom.
Demorou alguns minutos para perceber que não era nenhum ser humano
se movendo ao redor, mas um animal. Não. Mais do que um animal.
Lobos? Ela sabia que havia todos os tipos de animais selvagens habitando
na montanha. Este era quase o último refúgio para os predadores maiores.
Ela encolheu os ombros com cuidado para retirar sua mochila, querendo
gemer quando o peso saiu das suas costas. Em vez disso, ela manteve os olhos
sobre o amplo campo de mata densa. Ela viu movimento em pelo menos cinco
pontos diferentes. O alarme cresceu. Ela não tinha se limpado e o cheiro de
sangue, provavelmente, se agarrou a ela. Ela passou a mão em seu rosto e
ela voltou manchada de sangue.
Seu lábio realmente doía mais do que a cabeça, que era bobagem
desde que seu rosto estava inchado como um balão, mas a dor em seu lábio a
deixou doente. Não ajudava, tampouco, porque ela tinha o hábito de
morder o lábio inferior. Raspar seus dentes quando ela esquecia era uma
agonia sobre a ferida.
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Formigas-de-fogo – é agressiva e tem picadas dolorosas.
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Ela não tinha olhado para isso, nem mesmo uma vez, com medo que
talvez precisasse levar pontos. Ou pior, o idiota estúpido tivesse raiva ou algo
assim. Foda-se. Ela devia ter batido em Armend mais forte.
Outra coisa estranha era que sentia uma tristeza inexplicável. Não apenas
isso, mas um desespero. Desesperança. Uma agonia da solidão. Ela sabia que
não era seu, mas algo transportado na névoa. Uma canção. Uma canção de
grande tristeza, e não apenas de um indivíduo, mas de muitos. As notas se
misturavam na canção da montanha.
A névoa era muito pesada e ela ainda não tinha percebido que ela havia se
tornado mais densa. O ar parecia úmido, mas estava grata pela cobertura
da névoa. Não havia tanta folhagem alta nesta elevação e ela não queria
Armend ou qualquer um de seus amigos pudesse encontrá-la subindo a trilha
muito ténue, que ela seguiu. O animal se moveu novamente, uns poucos passos
lentos e firmes, e seu corpo se afundou com alívio. Claramente, as
Montanhas dos Cárpatos eram lar de carneiro selvagem.
Ela afundou em uma rocha pequena plana e deixou-se olhar ao redor. Sua
diapasão, como ela chamava, estava levando-a mais para cima nas montanhas,
mais do que ela jamais pretendeu ir. Teagan bebeu mais água. Era importante
para se manter hidratada.
Ela olhou para o relógio. Ela tinha estado caminhando pela trilha por
várias horas. Ela estava com fome e cansada e de mau humor. Pior, ela estava
agora totalmente envolta na névoa e envolvida num manto de emoções
intensas, nenhuma delas boa. As notas jogadas através da canção da montanha
era dolorosa de ouvir. Ela era uma curadora e ela naturalmente queria
fazer
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algo para aliviar essa dor. Isso estava pressionando seus ombros e esmagando
seu peito, ela não podia imaginar o que estava fazendo para aqueles que
sentiam tal desespero.
Ela só tinha feito um par de pausas curtas, porque ela estava realmente
com medo agora que ela decidiu caçar o cristal ou gema que poderia ajudar
a limpar a mente de sua avó. Claro, se vovó Trixie soubesse que ela estava
caminhando sozinha nas florestas das Montanhas dos Cárpatos, com um
bando de homens raivosos em seus calcanhares, ela pegaria sua colher de pau
mítica com a qual sempre tinha ameaçado Teagan.
Ela precisava de um lugar para descansar. Sua perna, onde Armend tinha
chutado fortemente, estava latejando alternadamente e ela começou a mancar.
Ela bebeu mais água e procurou acima dela por um lugar que pudesse se
esconder. Não parecia haver nenhuma cobertura verdadeira que não fosse o
nevoeiro, mas era tão espesso, ela realmente não podia ver nada acima da
elevação onde ela estava.
Ela colocou sua mochila nos ombros e começou a subir a trilha, colocando
um passo na frente do outro, tentando sentir seu caminho. O sangue cantou
em suas veias. Ela estava definitivamente perto de seu objetivo. Ela virou
para a direita. A música ficou mais alta. Ela ouvia em seus ouvidos, um
tambor batendo de satisfação chamando por ela. Mais alguns metros e a
música estourou através de seu corpo. Ela estava tão perto—tão perto que ela
realmente poderia deixar de lado essas notas tristes e chorosas que
disputavam com a canção em seu corpo.
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pedra estava em algum lugar no interior da torre elevada de rocha. Ela colocou
a mão sobre a pequena pedra. A névoa era ainda mais espessa aqui e ela
literalmente sentiu seu caminho em torno da montanha. A mão dela
abruptamente escorregou e ela percebeu imediatamente que ela tinha
encontrado uma abertura.
Ela olhou para a escuridão por um longo momento. Ela era pequena o
suficiente para passar pela abertura, se ela tirasse sua mochila e a levasse. Seu
coração estava acelerado. Os animais selvagens poderiam viver na caverna.
Ainda assim, se nada mais vivesse nela, ela poderia descansar. As chances
de Armend encontrar a caverna eram pequenas, e ela precisava
desesperadamente dormir. Mais, ela precisava antes ver o inchaço em seu
rosto e dar uma olhada em seu lábio ferido.
Muitas vezes ela se fez essa pergunta. Ela estava indo falhar porque ela
estava com medo? Ela podia estar com medo de um monte de coisas, mas
ela nunca permitiu que o medo a impedisse de fazer qualquer coisa que
quisesse fazer. Na verdade, muitas vezes, esse medo que a impulsionou,
porque estava tão determinada a não permitir que o medo a governasse.
Ela não sabia se a natureza tinha tecido essa rede apertada, ou se alguma
coisa tinha feito isso, mas ela sabia que tinha de resolvê-lo. A compulsão
era forte nela, e não havia como voltar atrás.
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Levou duas horas, ela sabia porque olhou para o relógio. Ela estava
tremendo de frio, as roupas úmidas da névoa espessa pelo tempo que ela ficou
esticando todas as cordas e soube que ela poderia caminhar através da
entrada. Sentindo-se triunfante, ela ficou de pé e, empurrando a mochila à
frente dela, deslizou para dentro. No momento em que ela entrou, as notas de
desespero desapareceram, ficando para trás na névoa espessa.
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A terra havia sido mexida recentemente. Ela podia ver isso, e quando
ela jogou a luz sobre a terra recém perturbada, ela viu gotas de sangue
vermelho escuro. Muito sangue. E era definitivamente recente. Seu coração
parou de bater. Parou de bater. Ela estava tão certa de que seu coração
parou que ela colocou a mão sobre o peito e abriu a boca para puxar o ar.
Sangue. Bem ali na caverna com ela. E agora?
Capítulo Dois
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Ela olhou para ele, seu coração continuava a bater quando a música em
suas veias explodiu num crescente6 , como se em algum lugar ali ou sob este
homem estava a pedra que ela precisava para curar sua avó. Ela chegou
mais perto, embora ela estivesse relutante, com medo que ele realmente
estivesse morto, e ela não poderia suportar isso. Mas se ainda estivesse
vivo, ela precisava ajudá-lo.
Teagan forçou seus pés para funcionar, movendo-se para o lado dele,
caindo de joelhos para sentir o pulso em seu pescoço. No momento em que
o tocou, o terrível pavor nela aumentou. Ela precisava que ele estivesse vivo
mais do que precisava de qualquer outra coisa. Ele tinha que viver. Ela
esperou por
6
Crescente – como se fosse um aumento gradual de volume ou a intensidade do som em uma passagem.
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seu batimento cardíaco. Orou por ele. Não havia absolutamente nada. Nem
mesmo o mais tênue sinal de um pulsar.
Um pequeno gemido de medo escapou. Não dele. Por ele. Por ela. No
fundo ela sabia que, ela viria a este lugar para salvar este homem, mas seus
ferimentos o tinham levado. Lentamente, ela deitou a cabeça sobre o seu
coração. Estranhamente, seu corpo estava quente, embora ele estivesse morto,
e tinha estado há algumas horas, ele deveria estar frio. Ela pressionou seu
ouvido contra o peito e prendeu a respiração para não fazer o menor ruído.
Não havia pulsação discernível, embora ela sentisse os músculos espessos,
definidos em seu peito.
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dolorida.
A pele dele estava pálida, e a dela era mais escura, um latte mocha
suave ‘um café com leite’, sua avó sempre a descreveu assim. Sua mãe era
afro- americana, mas seu pai era caucasiano ‘branco’. Ele era um
empresário que tinha perseguido a sua mãe e depois a abandonou no
momento em que soube que estava grávida. Tecnicamente, suas três irmãs
eram suas meia-irmãs, mas nunca, nem uma vez elas tinham agido como se
ela não fosse parte delas. Elas a chamavam de seu coração, porque a vovó
Trixie sempre a chamava assim.
Ela podia curar. Ela sempre teve um dom extraordinário para fazê-lo, mas
não se alguém já estivesse morto. Ela não podia ressuscitar os mortos. Sua
garganta fechou em protesto. Este homem não poderia já ter ido embora, fora
de seu alcance.
Ele era lindo. Mesmo na morte, ele estava lindo. Se ela fosse uma artista,
ele seria o homem que ela iria querer esculpir. Desenhar. Para o colocar
em qualquer meio para preservar.
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coração. Na esperança. Ela ainda estava orando. Ela precisava que ele estivesse
vivo, mas não havia qualquer indicação.
S s s
André só teve um sonho em toda a sua existência, um que era repetitivo, e
era um pesadelo—ou, mais precisamente, uma memória que ele queria
esquecer. Ele dormia o sono dos Cárpatos. Seu coração parou. A respiração
também. Essencialmente, pelos padrões humanos, parecia morto. A paralisia
caía sobre eles e eles não podiam se mover, mesmo se suas mentes ainda
estavam ativas. Mas ele tinha que estar sonhando.
Ele se esforçou para levantar seus cílios, abrir os olhos para ver. Ele
não estava completamente enterrado no solo como deveria. Ele havia
perdido muito sangue e ele sabia que suas salvaguardas eram fortes. Os
vampiros foram para a terra também. Todos eles ficaram feridos, incluindo
Costin Popescu, o vampiro mestre. Ele sabia que estava seguro o suficiente e
ele estava cansado demais para fazer qualquer coisa, além de deitar no solo
fresco e limpo.
Ele ficou ali deitado, agora seu coração começava o seu lento avivamento.
Ele respirou pela primeira vez, puxando o cheiro dela em seus pulmões. Ela
era
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real. Ele não sabia como se sentia sobre isso depois de séculos de caça por ela.
Séculos de procurar por ela em todos os cantos e não encontrá-la. Séculos
estando tão sozinho, que ele não sabia como estar com qualquer outra pessoa,
ou mesmo como ser civilizado.
Ele tinha que estar sonhando. Mas em cores? Nada fazia sentido. No
momento em que seu coração começou a bater, o sangue começou a fluir
dos vários ferimentos em seu corpo. A fome o atingiu. Arranhando. A dor
tinha de ser desligada. Automaticamente ele reparou o dano interno do seu
corpo, mesmo que sua mente fosse sobre cada detalhe, lembrou-se do breve
vislumbre.
Sua companheira era muito ligeira, muito pequena, mas ele podia ver
o aço em sua voz. A determinação. Ela era linda, mais bonita do que
qualquer mulher que ele já tinha visto—que por si só deveria dizer a ele
que ele estava sonhando. Sua pele era incrível, uma extensão escura, suave
que qualquer homem teria um tempo difícil de resistir a tocar. Mas ela
estava coberta de hematomas. Ele podia ver azul e preto na mistura de cor
ao longo de sua bochecha, pelo seu olho e ao longo de sua mandíbula. Seu
rosto estava inchado, o lábio rasgado.
Ela tinha uma bela boca, inclinanda nos cantos, um arco convidativo,
os dentes pequenos e brancos. Seus olhos eram um chocolate escuro, quase
negros. Os cílios em torno deles eram cheios e muito preto.
Seu cabelo era longo, um preto brilhante suntuoso, não o maçante cinza,
preso com tranças intrincadas, e depois, puxadas para trás em um rabo de
cavalo de pequenas tranças. O rabo de cavalo era facilmente tão grosso
como
Dark - Série Os Cárpatos
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Dark - Série Os Cárpatos
seu braço e caía em sua cintura. Quando ela se afastou dele, ela estava
mancando. Ele tinha que estar sonhando, porque como ela poderia ser real
depois de todos os longos séculos? E como ela poderia ter passado além de
suas salvaguadas?
Ouviu-a em seguida, a corrida suave quando ela voltou para ele, assim
como tinha prometido. Ela pensou que ele estava morto. Ele ouviu a
tristeza em sua voz. Ela lhe pediu para ficar. Para voltar para ela. Ela veio
para encontrá-lo? Ele estava perto de morrer? Ele duvidava. Ele tinha trabalho
a fazer. Vários vampiros para matar. Ele não os teria deixado vivos para
ferir outros.
Ela deixou cair uma mochila que era quase tão alta quanto ela era no chão,
ao lado da entrada para a câmara pequena. Ela tinha uma lanterna na mão,
a luz dançando ao longo das paredes quando ela correu em direção a ele.
Ele podia ver as cores na parede. Os ricos veios de vários minerais e as
poucas gemas que brilhavam na luz. A borda da luz pegou uma pedra
cristalina que se projetava para fora da parede. Lembrou-se desta formação
desde a sua juventude, e ficou chocado que ele não tinha notado isso
novamente até que a luz dançante dela iluminou isso para ele.
— Você está vivo. Oh. Meu. Deus. Você está totalmente vivo.
As mãos dela correram sobre o peito dele. Seu toque era leve como uma
suave pluma, mas em todos os lugares que as pontas dos seus dedos tocaram
ele sentiu calor e algo mais, algo que penetrou profundamente, direto através
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Dark - Série Os Cárpatos
de sua pele. Ele reconheceu o toque de uma curadora natural. Ela tinha imenso
poder. Ele ficou muito quieto, ouvindo a cadência musical de sua voz. O
som dela golpeou um acorde em resposta nele.
Ele percebeu que ela falava inglês. Não apenas qualquer inglês, mas o
inglês americano. Ela não era das Montanhas Cárpatos. Ela não era
Cárpato. Mas ela pertencia a ele. Absolutamente pertencia a ele. Ele virou a
cabeça e trancou seus olhos sobre a sua presa. Vendo o inchaço em seu
rosto machucado, doía. Uma dor real. Ele não podia deixá-la assim. Ele se
recusou.
Ela era uma curadora incrível e devia ter curado a si mesma antes de
correr de forma imprudente em uma caverna. O que havia de errado com ela
que via o perigo para si mesma, mesmo agora? Porque ela estava em perigo.
Será que ela não sentia isso? Ele estava morrendo de fome. Ele perdeu muito
sangue, e lá estava ela, inclinando-se sobre ele, sua garganta exposta, seu pulso
batendo, seu coração chamando ao seu. Ele podia ouvir o fluxo e refluxo do
sangue dela. Cheira-lo ainda, através da ferida em sua boca. Do rasgo.
Ele levantou a mão para seu rosto, seu polegar deslizando suavemente
sobre o machucado inchado. — Quem fez isso com você? —Seu inglês era bom,
mas ele tinha um sotaque inglês. Ele estava familiarizado com o sotaque
americano. Suas primeiras palavras para sua companheira. Ele falou baixinho,
sua voz baixa, mas houve um rosnado distinto, uma nota que fez o corpo
inteiro dela ficar imovél.
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Dark - Série Os Cárpatos
Seus longos cílios baixaram e depois voltaram a subir. Ela afundou-se nos
calcanhares, estremecendo quando ela fez isso, como se esse movimento
também a machucava. Ele viu a trepidação em seus olhos escuros, o início
de medo. Ele sabia o que ela viu. Ele tinha estado amedrontando os seres
humanos por séculos—e ela definitivamente era humana. Ele tinha
amendrontado sua própria espécie. Ele não era um homem com quem brincar.
Mas sua primeira obrigação era com a segurança e a saúde de sua
companheira, e não o contrário. Medo ou não, ele iria conseguir a sua
resposta.
Ele fez uma careta para ela e decidiu tirar a informação dela. Ele não
era o tipo persuasivo. Isto era muito importante. Ele precisava saber o que
este homem tinha feito e o que ele pretendia fazer. Ele precisava curar sua
mulher e decidir um curso de ação. A indecisão dela não estava ajudando a
situação aqui.
Seu olhar saltou para o dele. Ele não permitiu que ela desviasse o
olhar. No momento em que seus olhos escuros encontraram os dele, ele a
apanhou, sussurrando seu comando para ela, para que ela aceitasse seu abraço
sombrio. Ele se sentou, puxando-a em seus braços para sua mente alcançar
a dela, empurrando as barreiras do passado, buscando informações.
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Dark - Série Os Cárpatos
tinha sido seu amigo, a agrediu e depois a ameaçou. Armend Jashari estaria
recebendo uma visita dele, e, em seguida, saberia o que era o verdadeiro terror.
Ele pôs as mãos em seu rosto suavemente, as pontas dos dedos sobre o
rasgo irregular em seu lábio. Antes de tudo, antes que ele se permitisse
saboreá- la, para parar a necessidade arranhando terrivelmente em seu
corpo por sustento, ele era obrigado a curá-la. Ele não podia olhar mais um
segundo em seu rosto machucado, ou sentir seu desconforto e dor batendo
nele.
André se assegurou que cada lugar danificado em seu corpo fosse curado
antes de voltar para o seu próprio corpo. A dor de seus ferimentos o
sacudiu. Ele parou o sangramento, mas ele tinha sofrido ferimentos graves.
Ele precisava. A necessidade estava ficando desesperadora. Mais. Muito
mais. O cheiro de sua companheira chamando por ele. Ele já podia saboreá-la.
Um vício perfeito para que almejaria por todos os tempos, nunca seria capaz
de obter o suficiente.
Ele a puxou em seus braços, envolveu-a perto dele para aquecê-la. Seu
corpo estremeceu contra o dele, e ela piscou, olhando para seu rosto. Ela
parecia um pouco assustada e ele sabia que ela estava saindo de seu controle.
Parte dele queria isso, mas ele sabia que ela não estava pronta para
compreender que ela estaria vindo para seu mundo e o que isso significaria
para ela.
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Dark - Série Os Cárpatos
— Você está segura comigo Teagan, —disse ele. — Mais segura do que
já esteve em sua vida. Quando você estiver com medo olhe para mim.
Ele se empurrou na mente dela novamente para enviar seu comando mais
profundo, mesmo quando seus lábios encontraram a pulsação tão forte em sua
garganta. Sua língua acariciou o pulsar rítmico que lhe disse que ela estava
viva e saudável. Ele beijou seu batimento cardíaco. Ouviu-o. Absorvendo-o.
Saboreou-o. Sua companheira. Um presente além de qualquer preço. Um
tesouro. Dele.
Ele não hesitou. Tinha esperado séculos por sua mulher. Além de séculos.
Ela era a sua recompensa. Ela era seu milagre. Ela era ... dele.
Teagan Joanes era a outra metade de sua alma. Ele não questionou o
porquê ou como. Ele simplesmente aceitou. E foi obrigado a selar suas almas
juntos. Éntölam kuulua, avio päläfertiilam. Reclamo-te como minha
companheira. Ted kuuluak, kacad, kojed. Eu pertenço a você. Isso em si só já era
um milagre. Pertencer a alguém. Pertencer a algum lugar. Ele não tinha
uma casa em séculos. Mesmo as memórias da infância havia desaparecido.
Agora, havia uma pequena mulher—este pequeno recipiente que levava a
vida dele nela.
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Dark - Série Os Cárpatos
Ela estaria para sempre ligada a ele, incapaz de ficar longe dele por muito
tempo, assim como ele seria com ela. Eles seriam capazes de falar de
mente para mente. Ele sempre saberia o que ela precisava ou queria e ele
podia ver cada necessidade ou desejo dela.
Mais do que qualquer outra coisa, neste momento, ele tinha que sentir a
boca dela sobre ele, puxando seu sangue dentro dela para conectá-los do modo
mais profundo possível, para que a ligação de suas almas durasse para sempre,
neste mundo e qualquer um que viesse depois.
Ele traçou uma linha fina sobre seu peito com uma unha afiada. Seu
sangue escoou para fora e ele pressionou sua boca sobre o local, seu
coração batendo duro enquanto seus lábios se moviam. Era erótico, tanto que
ele não pode se mover ou respirar por um momento. Era também bonito para
ele. Ele podia sentir a conexão crescendo rapidamente entre eles.
— Sívamet andam. Eu lhe dou meu coração. Ele falou em voz alta em ambas
as línguas, porque mais tarde. Muito mais tarde—quando ele permitisse que
ela se lembrasse—ele queria que ela soubesse exatamente o que ela significava
para
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Dark - Série Os Cárpatos
ele. Exatamente o que ele deu a ela e exigiu dela. Foi uma rendição
completa por ambas as partes. Desde que ele tinha sido um menino, ele nunca
tinha tido um coração para dar a alguém até que ela entrou em seu mundo.
— Sielamet andam. Eu lhe dou minha alma. Sua alma tinha sido dela
sempre. Ele tinha caminhado durante séculos, meio vivo, sempre com a
escuridão nele crescendo porque sua outra metade tinha a luz que ele
precisava para existir. Viver.
Ela fez um som e sua palma deslizou pelo peito dele, por cima do
ombro para se aconchegar em seu cabelo comprido. Ele era um antigo e ele
usava o cabelo na forma de seu povo nos tempos antigos. Era grosso e longo e
puxado para trás com um cordão de couro. Seu cabelo sempre teve muitas
ondas nele e, por vezes, como agora, havia longos cachos nada masculino, mas
ele nunca se preocupou em muda-los até mesmo com sua mente. Agora, ele
gostou quando os dedos dela procuraram um cacho e deslizaram através
dele.
— Ainamet andam. Eu te dou o meu corpo. Sívamet kuuluak kaik että a ted.
Do mesmo modo tomo em mim os teus para guardá-los.
Ele nunca tinha dado muita atenção ao sexo. Ele aprendeu tudo o que
podia sobre isso, porque ao longo dos séculos, os Cárpatos adquiriam tanto
conhecimento quanto possível sobre todos os assuntos que podiam. Era um
truque que eles usavam, uma maneira de manter suas mentes ocupadas, e
serviu-lhes bem. Agora, ele estava grato por esses longos séculos de estudo.
— Ainaak olenszal sívambin. Sua vida vai ser apreciada por mim para
sempre. Mais do que apreciada. Ela iria ser acalentada. Adorada. Ela seria
o seu tudo.
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Dark - Série Os Cárpatos
— Te élidet ainaak pide Minan. Sua vida será sempre colocada acima da
minha. E isso significava que qualquer inimigo dela era seu inimigo. Qualquer
inimigo seu nunca poderia tocá-la. Seus inimigos não durariam muito tempo.
Ele gentilmente inseriu os dedos entre a boca e a ferida em seu peito. Sua
língua instintivamente seguiu o pequeno fio de pérola rubi longe do corte.
O movimento foi naturalmente sensual, e sua respiração sibilou fora de
seus pulmões enquanto ele fechava a ferida e inclinava o rosto dela para o
dele, usando dois dedos, forçando seus olhos para encontrar os dele.
Ele usou sua língua ao invés de sua mente para remover toda a evidência
de seu sangue de seus lábios e da boca. Ele adorava tocá-la. Amando ter ela
próxima de sua pele. Ele amava especialmente a seda de seu cabelo contra ele.
As sensações eram sensuais. Ansiava agora que ele podia sentir. Cada sensação
que ela poderia lhe dar. Como ele poderia deixá-la ir, nem por um
momento, depois de esperar tanto tempo por ela?
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Ainda assim, ele a colocou de lado, suas mãos relutantes em deixar o calor
do corpo dela. Ele respirou fundo e deu a ordem para ela despertar totalmente.
Suas pestanas se agitaram. Se levantaram. Ele se encontrou olhando
diretamente em seus olhos escuros de chocolate derretido. Tão escuro que um
homem podia se perder lá.
Ela ergueu uma mão trêmula e tocou seus lábios, seu olhar movendo-
se sobre seu peito—um peito que não tinha camisa, mas revelou músculos
espessos, quatro cicatrizes circulares mais velhas e feridas que foram curadas.
Completamente. Absolutamente curadas.
Ela teve um momento difícil de afastar o olhar dele, e ele de repente estava
agradecido de que não tinha vestido uma camisa limpa. Isso significava que ele
teria de fabricar um estoque de roupas por agora, o suficiente para ela ir se
acostumando em seu mundo o mais suavemente possível. Ela gostava de seu
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peito e dos músculos lá. Ele tinha muitos de tantos séculos de batalhas com os
mortos-vivos.
— Eu sou André … André Boroi. —Seu coração saltou quando ele deu
a si mesmo seu precioso sobrenome. O sobrenome que realmente significava
algo para ele. Aquele que ele tinha jurado que nunca iria usar a menos que
ele encontrasse sua companheira, ai ele iria usá-lo com honra. Por
respeito. — Prazer em conhecê-la, Teagan Joanes.
Ela não disse nada. Seus olhos lhe diziam que ela estava com medo e
ele não a culpava.
Ele era um Cárpato e isso significava que ele era um predador. Não havia
dúvida que isso se mostrou em suas feições, em seus olhos, provavelmente até
em seu comportamente. Ele não queria sua companheira se assustasse, mas
não havia como apaziguar com o que ou quem ele era.
Sua voz era muito suave, mesmo trêmula. As mãos dela caíram em seu
colo, os dedos torcendo juntos. Ela tinha sido atacada por um amigo. Ele
era um total estranho e eles estavam sozinhos em uma caverna. O medo dela
bateu nele, fazendo um nó em seu ventre. Ele descobriu ter uma violenta
reação física e inesperada ao seu medo, interessante e ainda preocupante.
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Seus cílios se agitaram. Ele não podia deixar de olhar para eles. Ela tinha
cílios grossos, longos ondulados apenas um pouco nas extremidades. Eram
preto meia-noite, assim como seu cabelo. Preto—não cinza. Ele gostava disso.
— Você é muito bonita. Eu nunca vi uma mulher tão notável como você
é.
Ela franziu a testa para ele. — Eu não sou, você sabe. Bonita. Eu sou
apenas eu. Eu gosto de ser eu, e eu não preciso de elogios e mentiras para
me fazer sentir bem.
Ele franziu a testa. — Ainaak enyém, para mim, não há ninguém mais
bonita por uma variedade de razões. Eu amo olhar para você. Seus olhos e
pele, as suas formas, mas muito mais, do jeito que você me faz sentir.
Estamos sentados em uma caverna, ambos feridos, ambos curadores, e eu
posso sentir seu medo, mas você não me abandonou. Você não me abandonou
quando você me encontrou e teve coragem. Acho isso—que você é—muito
bonita.
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Dark - Série Os Cárpatos
— Não tenha medo de mim, csitri. Posso lhe dizer isso. Há poucos homens
que andam nesta terra mais perigosos do que este nessa caverna que esta com
você. Eu não vou permitir que qualquer dano venha até você. Não agora.
Nunca. Isso é simplesmente assim.
Sua voz soou com sinceridade. Ele olhou nos olhos dela, esperando
que ela acreditasse nele. Não era um homem que falava muito. Na verdade,
provavelmente, este foi o momento em que ele mais falou com qualquer
ser humano. Mas ele não queria que ela o temesse. Ele não gostou da forma
como seus dedos torceram no colo e o leve tremor que ele podia ver em
suas mãos, embora ela tentasse esconder isso dele.
Ela enviou-lhe um leve sorriso. Não ilumiram seus olhos, mas era real.
Seus lábios se curvaram em mais um arco e uma covinha superficial apareceu
em ambos os lados de sua boca. — Isso é para me tranquilizar? Que você é
mais perigoso do que a maioria dos homens que andam na terra? Você tem
alguma idéia de como isso soa? Para não mencionar, isso poderia apenas ser
um pouco arrogante.
Ele não estava disposto a discutir. Ele realmente não sabia o que dizer.
Não estava sendo arrogante. Não era de se gabar. Estava apenas afirmando um
fato.
Ela parecia um pouco aliviada. — Claro. Isso faz sentido. Obrigado por
curar meu rosto. Meu lábio estava doendo muito, o que parecia um pouco bobo
porque a lesão era muito menor do que as outras. Como você sabia que a
minha perna estava machucada?
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Dark - Série Os Cárpatos
Seus olhos se moveram sobre seu rosto. Observando-o. Ela estava muito
quieta, exceto os dedos torcendo em seu colo. Ele não podia ajudar a si mesmo.
Ele colocou muito delicadamente a mão sobre as dela, seu toque acalmando-a.
Ao mesmo tempo, sua mente procurou a dela. Ele era muito cuidadoso
sobre isso também.
Ele assentiu lentamente. Ele não podia negar isso e queria que ela se
sentisse confortável compartilhando seus pensamentos e falando
telepaticamente um com o outro.
— Uau. Isso não é bom. Você é tipo lindo, e eu não tenho certeza se eu
quero que você seja capaz de ler qualquer coisa que eu estou pensando sobre
você, —ela deixou escapar.
Essa foi a última coisa que ele esperava, e em algum lugar lá no fundo, ele
sentiu o início de um sorriso novamente. Não chegou a atingir seu rosto,
mas sua boca se contorceu. Ele nunca tinha gostado da companhia de
outras pessoas. Ele sempre se sentiu muito enjaulado. Muito exposto. E ele
não gostava de conversa fútil que sempre pareceu necessário na
companhia de outras pessoas. Ele não era bom nisso e nunca seria.
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— Eu não me importo se você acha que sou lindo. Isso é uma coisa
boa, não é?
Seu sorriso de resposta foi lento a chegar, mas drenou um pouco da tensão
dela. Ele estava totalmente conectado com ela agora e gentilmente empurrou
uma calma reconfortante em sua mente.
Ela estava exausta. Ela subiu a colina durante todo o dia e vários
quilômetros foram percorridos. Ela precisava de repouso, água e alimentos.
Seu sangue tinha ajudado a reanimá-la, mas, mesmo essa fonte de energia não
ia durar muito tempo para ela.
— Você pode montar seu acampamento em uma das câmaras, —disse ele.
— Há uma fenda na câmara por ali. Ele indicou uma abertura estreita que
ela não tinha notado. — Você pode cozinhar lá e você estará segura.
Embora eu gostaria de saber como você conseguiu passar através das
salvaguardas que eu coloquei na entrada da caverna. —Ele poderia ter tomado
as informações dela, mas ele estava praticando ser educado. Se ela não lhe
respondesse satisfatoriamente, ele as tiraria em seguida.
Seu rosto se iluminou. — Foi você? Isso foi tão incrivelmente legal.
Levei um longo tempo, mas eu realmente gostei. Você definiu alguns
padrões intensos. Claro que você é psíquico, você teria que ser para fazer isso.
Eu nunca pensei em tentar algo assim para guardar um lugar que eu estivesse
dormindo. Com você ferido tão gravemente, eu poderia entender você
bloqueando a entrada.
Ela ainda não tinha contado a ele como ela tinha feito isso. Ele gostava que
ela não estava incomodada por isso, em vez disso estava animada com o
que ele poderia fazer e ansiosa para experimentar por conta própria.
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Dark - Série Os Cárpatos
Ela não era apenas bonita, intrépida e audaz, ela era brilhante. E era sua.
Por um momento, André mal podia respirar com o conhecimento de que essa
mulher era a mulher que ele tinha procurado por séculos, e tinha desistido de
encontrá-la, e então ela simplesmente desvendou suas salvaguardas e entrou
em sua vida.
Capítulo Três
d
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Dark - Série Os Cárpatos
Ele havia deixado Teagan depois que ela acendeu seu fogo e tinha
colocado uma panela para ferver água para o chá. Ela planejava fazer uma
pequena refeição para si mesma e ofereceu ele para compartilhar. Ele recusou
educadamente, afirmando que ele tinha negócios para cuidar. Ela olhou para
ele bruscamente, claramente desconfiada de que negócio poderia ter nas
montanhas, mas ela não fez nenhuma pergunta.
Ele pensou que estaria aliviado por estar longe de sua companhia. Ele não
compartilhava o espaço com outras pessoas que não fosse os trigêmeos,
Mataias, Lojos e Tomás, e mesmo assim, ele viajava livremente com eles.
Ele lutou, matou e queimou os corpos de seus inimigos. Ele não conversava
com eles ou se preocupava com seus sentimentos. Ele era um caçador dos
Cárpatos, perto do fim do seu tempo, não, ápos o final de seu tempo.
Agora seu mundo era diferente por causa de um pequeno milagre. Ele
podia olhar em seus olhos para sempre. Ele se conteve. Ela já teve um homem
agredindo-a, e ele não precisava dela mais assustada do que já estava. Ele
já estava começando a trazê-la suavemente para seu mundo e queria fazê-lo
um pequeno passo de cada vez.
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Dark - Série Os Cárpatos
Popescu não iria à procura de sangue ele mesmo. Não com o coração
quase arrancado de seu corpo—e André tinha chegado perto de eliminar o
morto- vivo. Os quatro vampiros menores haviam retornado em cima
da hora,
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poupando seu mestre, causando danos a ele, mas também recebendo terríveis
feridas. O preço da batalha tinha sido elevado para ambos os lados.
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Dark - Série Os Cárpatos
Então Armend tinha quatro amigos que tinham ido em direções diferentes
para tentar pegar a trilha de Teagan enquanto Armend ficou perto da área do
primeiro acampamento para ver se ela iria voltar para ele. Que disse a
André muito sobre o homem. Ele usava seus amigos enquanto ele fazia a
menor quantidade de trabalho. Ele definitivamente achava que tinha o
direito de
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Dark - Série Os Cárpatos
tomar qualquer coisa que quisesse. Então André precisava lhe dar essa
oportunidade.
A coruja abriu suas asas e voou até o chão. No momento em que as garras
tocaram a terra, André mudou de volta à forma humana. Escolheu um
lugar na linha mais profunda das árvores, logo abaixo de onde Armend
tinha feito seu acampamento. Levantando as mãos, ele fez o movimento de
um círculo. Imediatamente fios de nevoeiro vieram a deriva das árvores
em direção ao acampamento.
No início os fios não eram mais do que a mais fina névoa, ondulando pelo
chão, deslizando entre os ramos, formando suas próprias camadas, tanto alta
como baixa. Ele se certificou que o vapor ficasse suficientemente fino para que
pudesse ver através dele. Em seguida, ele chamou os lobos. O bando estava
pouco longe, mas eles lhe responderam, primeiro houve um uivo e depois
outro. Eles lhe obedeceriam. Eles sempre obedeciam. André observou Armend
cuidadosamente toda a vez que o bando assumia o uivo de caça. Armend
não deixou de notar que o primeiro lobo soou por perto.
O homem verificou suas armas. Ele não tinha uma arma de fogo, mas ele
tinha três facas, e ele posicionou-as perto de onde ele estava sentado, chegando
ao ponto de praticar correr até elas. Em seguida, ele itensificou a fogueira e foi
para as árvores para obter mais madeira. Ele as empilharia perto dele.
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A fome bateu em André, de modo que cada célula gritava por sustento. Ele
precisava de sangue. Podia sentir o cheiro do sangue de Armend. Podia
ouvir o bombeamento de sangue em suas veias e a forte batida de seu
coração. Os lábios de André recuaram em um grunhido quando sentiu as
pontas afiadas de seus dentes. Ainda assim, Armend precisava de uma
lição. Uma lição séria antes que ele conhecesse André. Ele precisava sentir
medo. Terror. Isso era algo que André era muito bom em mostrar a sua
presa.
Armend não puxou o rádio do cinto. Ele era o líder de seu grupo de
amigos. Ele sempre foi. Era um pouco mais rico e muito mais dominante. Foi
o único que tinha percebido cedo que as mulheres—especialmente as jovens
em idade universitária que faziam mochilão, trilhas em toda a Europa—
eram
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Ele escolhia suas vítimas com muito cuidado. Ele se certificava que
não havia uma trilha de papel ou internet para seguir. As garotas vinham
sozinhas ou em pares. Aquelas eram as que ele escolhia para o seu esporte.
7
pornografia ‘rapé’ – é uma modalidade de vídeo pornô mais pesado, que retrata estrupo e sexo sádico
carregado de violência.
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Armend estava bastante certo de que seu pai suspeitava do que estava
acontecendo, e talvez até mesmo quizesse participar, o hipócrita. Ainda assim,
seu velho pagava para manter em silêncio as poucas garotas que ele tinha saído
ao longo de seus anos de escola, as que ele tinha compartilhado um pouco
de bondage e então suas tendências sádicas. Ele assegurava de que elas
concordassem em ser amarradas antes que ele fizesse isso, o que manteve a
polícia fora disso.
Em seguida, ele conheceu Teagan Joanes. Ela não era nada parecida com
as mulheres que ele geralmente escolhia para suas vítimas. Se qualquer coisa,
ela era exatamente o oposto. Ela parecia até mesmo um menino —ela
realmente não tinha muito em termos de seios, apenas um pouco. Ela não
deveria ter chamado sua atenção de forma alguma. Para começar, ela era
metade negra e metade branca. Não era seu tipo em absoluto.
Ele não conseguia parar de pensar nela. Ele ficou obcecado por ela.
Sua pele era muito macia, a pele mais suave que ele já tinha visto e a cor de
um ‘mocha latte’ café com leite, absolutamente linda. Seu riso era simplesmente
sexy e poderia cortar direito através de um homem. Sua cintura era tão
pequena que ele estava certo de que ele poderia contorná-la com as mãos se
tentasse. Ela tinha quadris agradáveis e uma bunda realmente firme. Ela
cresceu tanto nele que ele só conseguia pensar em seu desejo por ela.
Ela nunca lhe deu uma única abertura. Por um tempo, naqueles três anos
de faculdade juntos, ele pensou que talvez ela fosse lésbica, mas não houve
qualquer mulher que ela tivesse namorado. Se tivesse havido mulheres, ele
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sabia que as teria matado. O mesmo se um homem tivesse vindo entre eles,
mas ela não namorava. Ela tinha muitos amigos do sexo masculino.
Amigos de escalada. Amigos de caminhada. Ciclismo. Ela parecia estar
ocupada o tempo todo em seu tempo livre.
Teagan era brilhante, e ele teve a idéia de contratá-la como sua tutora. Ele
encontrou ouro com isso. Ele tinha muito dinheiro—não dava a mínima
para a geologia—mas se ele quizesse a herança ele precisava de um diploma de
uma universidade nos Estados Unidos. Ela passou um bom tempo com ele.
Ele derramou sobre ela seu charme. Gastou dinheiro com ela, embora ela
não parecesse gostar muito. Ele a levou para piqueniques sob o pretexto de
que eles poderiam passar mais tempo estudando.
Ele acordou algumas noites com o som de sua risada em sua cabeça.
Ele começou a sonhar com ela constantemente. Nenhuma outra mulher
parecia satisfazê-lo e, eventualmente, todas as fantasias que ele tinha era sobre
ela. Ele queria ela debaixo dele. Ele queria ouvir seus gritos, embora
honestamente não soubesse se ele queria machucá-la ou dar prazer a ela.
Ele manteve contato com ela, porque ele tinha que fazer. Ele não podia
deixar o relacionamento ir, embora soubesse que ele estava obcecado por ela.
Quando ela enviou um email a ele dizendo que ela estava vindo para as
Montanhas dos Cárpatos, à procura de uma pedra ou uma gema particular, ele
estava certo de que ela estava tão obcecada como ele. Ele ficou exaltado.
Selvagem com a alegria. Os sonhos se tornaram tão eróticos que ele mal podia
comer, e não conseguia parar de pensar nela.
Ela não podia nem lhe dizer que tipo de rocha que estava procurando,
apenas que ela sabia vagamente onde estava e ela seria capaz de encontrá-la.
Que tipo de porcaria que era isso? É claro que ela estava vindo para vê-lo. Ela
tinha que estar. Ela tinha pensado nele da mesma maneira que ele pensava
nela. Mas então, todo o caminho subindo até a montanha, ela jogou seu
pequeno jogo estúpido, provocando-o, agindo como se eles fossem apenas
amigos e nada mais.
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Dark - Série Os Cárpatos
Ela não era nada mais do que uma provocadora de pau maldita, na
hora H saltava fora e ele ia lhe dar uma lição. Ele tinha um pouco de pena dos
outros que o tinha seguido. Ele ainda não tinha certeza de que queria
compartilhar Teagan com alguém, muito menos matá-la. Mas se o fizesse,
talvez os pensamentos obsessivos parassem, e ele poderia continuar com a
sua vida.
O silêncio respondeu sua chamada. Ele esperou. Ele não ia para longe do
fogo, não com um nevoeiro tão forte. Mal podia ver a mão na frente do
rosto. O manto cinza de vapor parecia muito mais espesso do que o
normal, denso, uma parede de névoa viva em torno dele.
Ele quase podia sentir o gosto dela. Finalmente. Ele teria ela. Satisfação
o varreu. Seu corpo endureceu com antecipação. Ele teria uma longa noite a
sós
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com ela e decidiria pela manhã se ele iria compartilhá-la com seus amigos
e, em seguida, matá-la ou apenas mantê-la para si mesmo. Havia um monte de
lugares que ele poderia escondê-la e fazê-la dependente dele. Isso poderia ser
divertido. Mantendo-a sua prisioneira, dar comida e água quando estivesse
com ele, forçá-la a precisar dele. Sua fantasia decolou em sua mente, e ele
realmente gostou da idéia.
Em todos os lugares que ele olhou, as mulheres estavam lá, em torno dele.
Olhos nele. Braços estendidos. Faces acusatórias. O som de seus gemidos
continuou a subir até que ele não podia ouvir qualquer outra coisa. Até que
o som penetrar em seus ossos, perfurou seus órgãos e desgastar cada nervo
que tinha. Ele tinha se esquecido duas delas, mas cada uma tinha sido sua
vítima ao longo dos anos, sua e de seus amigos.
— Vocês não são reais, —ele murmurou. Então ele levantou a voz e gritou
para elas. — Vocês não são reais. —Ele encontrou sua pedra ao lado da fogueira
e sentou-se porque suas pernas tremiam tanto que não podia suportar por
mais tempo. Não era real. Sua mente estava brincando com ele.
Pegando o rádio de seu cinto, ele apertou uma mão em seu ouvido em um
esforço para abafar o gemido terrível. Nunca seria capaz de ouvir essa nota
especial de novo, enquanto ele vivesse. — Giles, venha aqui.
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Dark - Série Os Cárpatos
Ele deixou cair o rádio no chão e chutou para longe dele. — Cale a boca!
—Ele gritou. — Todas vocês, calem-se! Vocês estão mortas.
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Dark - Série Os Cárpatos
vazias e chamando por ele. Ele olhou para baixo e congelou. Ali sobre o
chão, ele podia ver os filamentos de névoa, muito parecido com o sistema
radicular das árvores, gavinhas8 arrastando-se pelo chão. Vivas. Procurando.
Ele tinha uma sensação horrível que estavam procurando por ele.
Não havia nada pior em sua imaginação do que ser morto e comido
por lobos. Ele contou pelo menos sete no bando. Eles o cercaram assim
como as mulheres no nevoeiro fez. Estranhamente, as mãos ossudas pareciam
como se estivessem acariciando os lobos, embora não pudesse ver as criaturas
através da névoa densa.
8
Gavinhas – é um órgão preênsil presente nas plantas trepadeiras. São
estruturas filiformes, simples ou bifurcadas na extremidade, com a função de agarrar
ramos, galhos, folhas, ou qualquer outro objeto que sirva de apoio para a planta em
crescimento. O termo gavinha é de origem obscura. As gavinhas são normalmente
ramos ou folhas modificadas, mas podem ter origem em qualquer órgão aéreo da
planta, inclusive flores. Suas funções são ajudar na fixação da planta e no crescimento.
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Dark - Série Os Cárpatos
O homem era alto, de ombros largos, sólido. Real. Ele usava uma capa
longa, com capuz que caia até os tornozelos. Era difícil ver seu rosto como
estava sob a sombra do capuz. Não havia como negar que ele era real. Não era
um lobo. Um homem. A visão dele deixou os ombros de Armend relaxados.
Ele quase chorou de alívio. Sua imaginação tinha ido selvagem. Ele tinha
esperimentado uma alucinação, mas agora, com este homem, as coisas podiam
voltar ao normal. Ele forçou um sorriso.
O homem não sorriu de volta. Ele olhou para Armend com os olhos azul-
gelo que pareciam olhar diretamente através de sua alma. Olhos que podiam
ver suas perversões escuras e sua necessidade de ver as mulheres com dor.
Mulheres que sofreram para sua diversão. Sofreram porque ele gostava da dor
dos outros—em especial as mulheres. Este homem sabia que ele tinha matado
e que ele desejava matar e iria continuar matando, porque ele precisava tanto
quanto ele precisava de ar para respirar.
A boca de Armend ficou seca. Ele se atreveu retirar os olhos para longe do
homem o julgando, para olhar para os esqueletos gemendo com os braços
acenando. As mulheres ainda estavam lá, observando. Os lobos ainda estavam
lá, esperando. Armend recuou de novo e se abaixou, pegando a faca que ele
tinha posicionado à direita na sua pilha de madeira.
Sua mão se fechou ao redor do cabo. Fogo queimou seu corpo. O cabo
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Dark - Série Os Cárpatos
brilhava vermelho assim como os olhos dos lobos. Sua palma e dedos
derreteram na faca, a queimadura era tão ruim que ele caiu sobre um joelho.
Ele tentou arremessar a faca para longe dele, mas ela ficou presa á sua
mão, queimando e queimando. Ele gritou e mergulhou a mão nos fios do
nevoeiro que se arrastavam pelo chão.
Ele ouviu o chiado como se o fogo falasse contra a névoa fria, molhada. A
faca caiu livre, e ele virou a mão. Sua palma estava coberta de bolhas, mas ele
podia ver sob as feridas cruas algo mais queimado em sua pele. Sua mão
parecia como se a carne estivesse caindo dele para deixar os ossos
expostos. Ossos brancos. Marcado profundamente em carvão enegrecido
estava uma única palavra. Assassino.
Ele gritou novamente. Ele não sabia quanto tempo ele gritou, mas sua
garganta estava inflamada pelo tempo que ele obteve o controle de si mesmo.
Ele balançou a cabeça. — Isso não é real. Nada disso é real. Eu estou tendo um
pesadelo. Isso é tudo. Apenas um pesadelo.
9
Ceifador ‘grim reaper’ em inglês – É a representação de La Morte. Um esqueleto
com uma larga túnica negra com capuz e uma foice na mão.
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Dark - Série Os Cárpatos
A voz era baixa. Macia mesmo. Gentil. Não havia nenhuma ameaça no
tom, mas a forma como o ceifeiro olhou para ele, sem pestanejar, os olhos
de lobo predador, o rosto sempre na sombra, deixou Armend apavorado.
— Claro que você conhece. Ela pensou que você era um amigo. Ela
confiava em você, e você a espancou brutalmente. Você rasgou sua boca
com os dentes. Você tentou estuprá-la. Você teria permitido que seus
amigos usassem o corpo dela e então você a teria torturado e matado
exatamente como você fez com as outras.
— Não diga o nome dela. Nunca mais vai pronunciar o nome dela.
Você não é digno de falar o nome dela. Eu sei onde cada corpo está. As
mulheres que você torturou, estuprou e matou. Eles vão ser encontrados e
devolvidos a seus pais.
Ele balançou a cabeça. — Não. Você não pode fazer isso. Minha mãe. Meu
pai. Isso iria matá-los. O nome da minha família seria arrastado na lama, e
para quê? Quem eram elas? Mulheres estúpidas. Elas me queriam. Elas
gostaram do que tiveram. Pediram para isso. —Ele apontou o dedo, queimado
e machucado que doía, mas ele se recusou a reconhecer porque nada disso
era real.
Armend piscou. Ele olhou para sua panela. Tinha esquecido que ele estava
fazendo comida quando o banco de névoa tinha rolado. De repente, sem
qualquer aviso, o ceifeiro estava diretamente na frente dele. Um momento
estava a vários metros de distância e no próximo ele estava perto, no seu
espaço pessoal.
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Dark - Série Os Cárpatos
Ele era grande de perto. Sólido. Todo músculos. Intimidante. Ele tirou
o capuz fora e olhou para o rosto de Armend. E então ele sorriu. Armend
gritou como uma mulher, um grito estridente, aterrorizado que ecoou em
torno das rochas. Estava olhando diretamente para a boca de um vampiro.
A mão em seu ombro, virando-o, era gentil, mas não havia maneira de
quebrar o aperto implacável. A outra mão foi para sua cabeça, empurrando-a
para um lado para expor a veia pulsante. Ele sentiu o hálito quente. Dentes
rasgando-o selvagemente. Impiedosamente. A dor era insuportável.
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Dark - Série Os Cárpatos
Ele gritou novamente até sua garganta estar destroçada. Ainda assim a
boca sugava o sangue de seu corpo. Ele começou a gemer. Em dor. Uma única
nota. O som que ele sempre ansiava ouvir das mulheres que ele torturou e
matou. As mulheres no nevoeiro pegaram a nota e sincronizaram com ele. Ele
estava cercado por seus gemidos. Sentiu os gemidos em seu corpo. Na dor
ardente interminável na garganta.
Ele estava com frio. Tremendo de frio. Com medo. Onde estavam seus
amigos? Ele não podia morrer dessa maneira. Ele não podia morrer pela mão
de um vampiro, cercado pelas estúpidas cadelas que estavam babando por ele
e, em seguida, gritavam e choravam quando ele lhes deu o que elas queriam—
o que mereciam.
Por que você está fazendo isto comigo? Ele queria gritar as palavras em voz alta,
mas ele não podia falar, não com o vampiro rasgando sua garganta. Essas
mulheres não eram nada. Nada mesmo. Elas foram colocadas aqui para serem
usadas.
Armend sabia que ele tinha cometido um erro terrível. Estava lá na voz
suave movendo através de sua mente. Ele não poderia tomar de volta nada.
Não havia nenhuma maneira de desfazer tudo. O vampiro podia ler seus
pensamentos, e isso significava que ele podia ver na sua mente. Ele podia ver a
verdade lá. Ele podia ver sempre a presente necessidade de se alimentar da dor
que infligia às mulheres. Ele gostava do poder. Ansiava por isso. Ele
sempre precisou. Este vampiro sabia disso.
Faça-me como você, Armend sussurrou em sua mente. Eu vou servi-lo. Nós
podemos ter muita diversão juntos. Faça-me como você.
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Dark - Série Os Cárpatos
inseto rastejando no chão. E ele tinha que rastejar. Mal podia encontrar forças
para se arrastar para a sua barraca.
A respiração de Armend ficou presa em sua garganta e ele fez uma pausa,
seus dedos cavando o chão molhado. O sangue escorria de forma constante de
sua ferida na garganta. Ele olhou para trás e viu o vermelho colorindo a terra e
tubos de névoa girando que se estendiam ao longo do chão rosa.
Ele viu seu erro. Ele havia deixado a segurança da fogueira. Ele mudou de
direção, arranhando o chão com as unhas. A visão daquelas marcas de
unha no chão o fez parar. Tantas vezes, ele tinha visto essas marcas no chão
onde ele arrastou as mulheres, seus corpos nus e sangrando, para sentir cada
rocha e galho, que grudavam nelas enquanto ele as puxavam em direção a
um penhasco.
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Dark - Série Os Cárpatos
trás do seu pescoço e, em seguida, uma dor excruciante quando outro lobo
mordeu em seu ombro e começou a arrastá-lo mais longe do fogo.
Capítulo Quatro
d
Teagan estava sentada no chão de uma pequena câmara, bem sobre o local
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Dark - Série Os Cárpatos
onde ele havia enterrado o tesouro de sua família. Ela tinha os olhos fechados.
Cada pé foi elaborado e repousava sobre a coxa oposta e ela formou um O com
o polegar e o dedo indicador. Ela cantarolava baixinho sob sua respiração,
suave em um rítmico canto.
André a observou por alguns minutos. Ela não parecia estar ciente da sua
presença em tudo, e isso o perturbou. Em seu profundo estado de meditação,
um inimigo poderia facilmente deslocar-se sobre ela. Isso era inaceitável para
ele.
ridículo.
Seus longos cílios se levantaram e ela fez uma careta para ele. — Você não
usou a palavra obedeça, não é? Como se você estivesse me dando algum tipo de
ordem?
André estudou seu rosto. Ela era tão bonita que doía olhar para ela. Agora,
seus olhos brilhavam com o que só poderia ser um indício de temperamento.
Ele tinha esquecido que o mundo moderno tinha seguido em frente sem ele. As
mulheres não obedecem a seus homens, mesmo quando era por razões de
segurança. O que não augura nada de bom para nenhum dos dois. Ele não
estava disposto a permitir que ela se colocasse em perigo por alguma bobagem
moderna de igualdade.
É claro que ela era igual a ele. Bem, talvez acima dele. Que era a razão que
ele precisava guardá-la e protegê-la. Ela era um tesouro além de qualquer
preço. Obviamente ela não podia entender isso.
Ela estudou seu rosto por alguns momentos antes de retirar lentamente os
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67
Dark - Série Os Cárpatos
pés de suas coxas e se esticar um pouco. — Você esteve fora por um tempo.
Estou à procura de algo muito importante para mim e eu acho que está em
algum lugar nesta câmara. Só não consigo obter uma localização exata, no
entanto.
Ele estendeu a mão para ela. Teagan hesitou, apenas meio segundo, antes
de colocar a mão na dele, mas ele percebeu. Ela teve uma experiência
desagradável com um homem que ela considerava seu amigo. Ela não ia
ser tão confiante com um homem que ela não conhecia, não importa o
quão atraída por ele ela estivesse. E ele garantiu que ela ficasse atraída por
ele. O ritual de companheiros os unidos irrevogavelmente quando teve sua
primeira troca de sangue. Ela pode não se lembrar, mas ela não seria capaz de
se afastar dele por muito tempo.
Ela olhou para ele sob seus longos cílios, com uma pequena carranca
no rosto. Ela deu de ombros acompanhado de um suspiro. — Na verdade,
se eu lhe digo, você vai pensar que eu sou totalmente louca. Todo mundo
pensa.
Ele esperou em silêncio que ela continuasse, mas ela não o fez, forçando-
o a ter que tirar a informação dela. — Diga-me. —Ele fez o seu melhor para
não soar como uma ordem, mas mesmo sua voz mais suave parecia ser um
comando.
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Dark - Série Os Cárpatos
Ele estudou seu rosto. Ela não sabia, é claro, mas ele já estava em sua
mente. Ela poderia fazer exatamente o que ela disse que podia.
Seu rosto ficou devastado. Ela parecia quase como se fosse chorar. Seu
olhar fez coisas estranhas em suas entranhas. Sua barriga ficou dura,
protestando contra os nós e seu peito doía na região de seu coração.
— Minha avó. Vovó Trixie. Ela me criou, e ela é a pessoa mais amável,
e maravilhosa que você possa imaginar. Ela criou as minhas três irmãs
mais velhas também. Não foi fácil. Ela teve que trabalhar o tempo todo, mas
nunca reclamou. Ela até mesmo nos ajudou com a escola, quando ela não
precisava. Ela é incrível.
Ele estendeu a mão para ela. — Continue falando. Devemos voltar para
seu acampamento e fazer uma fogueira. Você está começando a tremer um
pouco. Aquela é a única câmara com uma fenda decente.
Ela pegou a mão dele sem hesitação, mais porque ela não estava
prestando muita atenção e não porque ela não estava mais desconfiada
dele.
Dark - Série Os Cárpatos
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Dark - Série Os Cárpatos
— Cerca de dois meses atrás, ela começou a falar sobre um Gary para
minhas irmãs. Ela se tornou totalmente obcecada por ele. Ela disse que ele
anda com vampiros e ele tinha que ser parado. Minhas irmãs a levaram a
um psiquiatra. Ele disse que ela estava lentamente perdendo a cabeça. Ela não
iria voltar ao normal. Ela jura que vampiros existem e que esse Gary era um
traidor da raça humana e tinha que morrer.
André conhecia um homem chamado Gary … Gary Jansen. Ele era muito
respeitado entre os Cárpatos. Ele tinha lutado ao lado deles no campo de
batalha, liderou o caminho na investigação para descobrir a causa do por que
suas mulheres não podiam ter bebês e trabalhou para encontrar uma maneira
de salvar as crianças que nasceram. Ele também foi fundamental para
encontrar a flor necessária para a fertilidade. Ele era totalmente Cárpato agora
e irmão de Gregori Daratrazanoff. Ele estava um pouco alarmado que a avó
de sua companheira pudesse realmente saber algo sobre Gary.
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Dark - Série Os Cárpatos
— O que mais ela fala? Por que ela se fixou nesta pessoa, Gary?
Certamente você deve ter perguntado a ela.
— Nós todas perguntamos. Ela só nos disse que ele tinha uma vez caçado
vampiros, mas agora ele estava mancomunado com eles. Quando eu perguntei
a ela se ela realmente queria matá-lo, ela disse que não queria matar ninguém,
mas que ele merecia morrer pelo que ele tinha feito. Ela tinha ouvido falar de
um mosteiro por estas bandas e esperava que ele já estivesse lá pedindo perdão
e então ela não teria que levar justiça a ele, que ele iria passar o resto de
sua vida fazendo penitência por seus pecados. Sério. É assim que ela fala.
Penitência por seus pecados.
Se ele tivesse que adivinhar, diria que Trixie Joanes pertencia à Sociedade
Humana de Caçadores de Vampiros. A mesma sociedade que matava Cárpatos e
vampiros igualmente, sem distinção entre os dois. Eles também
ocasionalmente visavam como alvo humanos que não gostavam, ou tinham
ressentimento contra eles, como Gary Jansen.
André tinha se deparado com eles uma ou duas vezes, mas eles nunca
tiveram qualquer um que pudesse realmente seguir o rasto de fato de um
Cárpato ou vampiro. Isso era difícil de fazer. E ele era mais difícil do que a
maioria. Ele nunca tinha entendido como isso era feito, mas depois de ver
como Teagan desvendou suas salvaguardas, ele percebeu que tinha algo a ver
com a forma como seus corpos "sentiam" ou "cantavam" quando estavam
perto de sua presa.
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Dark - Série Os Cárpatos
— Será que elas vão ser capazes de detê-la se ela tentar entrar em um
avião e seguir você até aqui?
— Eu tenho usado essa caverna muitas vezes, —disse ele. Novamente, era
estritamente a verdade. Sua declaração era enganosa, mas não era uma
mentira. Ele havia acabado de adquirir a madeira para a fogueira, mas no
passado, ele muitas vezes usou a caverna para seu retiro quando estava ferido.
— Teagan. —Ele usou sua voz mais suave, para neutralizar o aperto
dos nós em sua barriga. — Esta montanha não é segura. Você deve estar alerta
em todos os momentos. Há animais selvagens, bem como insetos
venenosos e cobras que poderiam feri-la. E isso sem nem mesmo mencionar
os homens que estão caçando você.
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Dark - Série Os Cárpatos
— Você estava com medo por mim? —André não estava certo como lidar
com isso. Ele nunca teve alguém, muito menos uma mulher bonita, se
preocupando com sua segurança. Por outro lado, ela pensava que esse
insignificante Armend poderia possivelmente atacar ele? Isso poderia ser
tomado como um insulto.
— Claro que eu estava com medo por você. Ele admitiu ter matado várias
mulheres. Se fosse verdade, ele não pensaria duas vezes antes de matar você
também.
Ele ficou em silêncio. Se tivesse ocorrido a ela, apenas uma vez, que ele
poderia ser um dos amigos desconhecidos de Armend? Ela era de longe muito
amigável. Muito confiante e aberta com estranhos. Ele não podia dizer a ela o
que ele era, porque ele não queria que ela o temesse. Ela já estava nervosa
o suficiente no momento.
— Eu acho que você não precisa mais ter medo de Armend Jashari,
porque ele nunca mais vai prejudicar outra alma vivente.
Ela ficou imóvel, com as mãos congelada em torno do agasalho que ela
estava puxando sobre os braços. Ela inclinou a cabeça para olhar para ele. Ele
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Dark - Série Os Cárpatos
sentiu o medo, o salto repentino de seu coração. — O que você quer dizer?
Ele não podia deixar de admirá-la. Ela estava definitivamente com medo,
mas ainda assim, ela era destemida em suas perguntas e em sua tentativa de
esconder isso dele. Ele assentiu. — Não há absolutamente nenhuma
dúvida. Eu no entanto, não pude ver qualquer evidência de qualquer outra
pessoa ao redor de sua barraca, ou até mesmo dentro de alguns
quilômetros dela.
— Eu não queria que ele morresse. —Ela mordeu o lábio inferior. — Bem,
a menos que você possa contar o fato de que eu queria bater na cabeça dele
com a minha panela a cada passo que dava. Forte. Realmente forte. Você acha
que eu coloquei isso para fora no universo, e eu sou responsável por sua
morte? Porque eu acredito em karma. Eu não quero os lobos me caçando. —Ela
piscou rapidamente, e ele pensou que tivesse pego um brilho de lágrimas,
mas se tivesse, eles tinham ido embora quando ela olhou para ele novamente.
— Você está realmente certo de que era ele? Eu bati muito forte nele. Talvez eu
o tenha matado e os lobos vieram mais tarde.
— Graças a Deus eu não o matei. Eu queria bater nele, mas, você sabe,
sem as conseqüências dele morrer.
Dark - Série Os Cárpatos
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Dark - Série Os Cárpatos
Ele escondeu um sorriso. Ela era diferente dos outros seres humanos que
conhecera. Intrigante. Mas então ela era sua companheira, e tudo sobre ela, até
ao mais ínfimo detalhe, era cativante e fascinante para ele.
— Você costuma bater na cabeça dos homens com sua panela? —Ele
perguntou, a diversão em sua voz. Ele mal reconheceu a emoção. Ele não sabia
o que era humor até aquele momento. Ela o fez querer sorrir. Ela o fazia
feliz apenas por estar no mesmo espaço com ele.
Ele não gostava que ela tinha sido um alvo, mas ele gostava que ela se
defendesse. Onde diabos estava sua família quando algum menino estava
sendo cruel com ela? Ele empurrou para baixo a necessidade de ir encontrar
Jimmy Baker e ter uma pequena conversa com ele.
— Isso foi muito inteligente. O que você gostaria para o seu jantar?
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Dark - Série Os Cárpatos
Ela assentiu com a cabeça antes que ela pudesse se conter e então
olhou culpada. — Bem, eu espero que ele não tenha sofrido.
— Como ele teria feito você sofrer? —Ele perguntou enquanto ele enchia
a chaleira com a água da pequena abertura que saia do lado da montanha.
— Como ele fez essas outras mulheres sofrerem? —Mais uma vez, ele
manteve seu corpo bloqueando sua visão do que ele estava fazendo para que
ele pudesse apenas acenar com a mão e preenchê-la.
Preservar o fato de que ele era uma espécie diferente da dela ia ser difícil.
Outros Cárpatos viveram entre os humanos e tinham aperfeiçoado a arte de se
misturar. André tinha aperfeiçoado a arte de evitar o contato com eles.
Esta mulher era sua companheira, e ela teria de saber, mais cedo ou mais
tarde, que ela era sua e pertencia a seu mundo, mas ela já tinha sofrido um
trauma e ele não queria acrescentar mais isso, especialmente depois que ela
confidenciou a ele sobre sua avó.
— Bem, eu não sofri tanto como estava com medo, —Teagan admitiu
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Dark - Série Os Cárpatos
relutantemente. Ela observou ele colocar a chaleira no fogo. Ela fez uma careta.
— André, você vai se queimar fazendo assim. É difícil acreditar que você tenha
acampado antes.
Ele não sentiu o calor das chamas. Ele poderia chamar os relâmpagos
e não se queimar, o fogo não ia fazer nada com ele, a não ser que ele estivesse
no estado de sono paralisante de seu povo. — Vou ter mais cuidado.
Ela estudou seu rosto. — Você não gosta de estar perto de pessoas, não é?
André voltou o olhar para o rosto dela. Ela era definitivamente uma
empata natural. Ele tinha estado intrigado com sua natureza gentil e os pontos
fortes inesperados que, de repente surgiram. Sua própria natureza tinha que
estar sempre em guerra. Ela era uma pequena guerreira feroz que,
definitivamente tinha uma linha clara de justiça que não queria cruzar e lutaria
se necessário. Ela também era uma curadora e protetora, aquela que
enfrentaria seus maiores medos, a fim de ajudar os outros.
Ela enviou-lhe um olhar por debaixo de suas pestanas. Suas feições eram
tão bonitas para ele, ele tinha que se impedir de olha-la fixamente, então ele se
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Dark - Série Os Cárpatos
Ela não via a si mesma da maneira que ele a via. Em sua mente, ela
tinha uma imagem do que era a beleza de uma mulher. Suas irmãs. Mais
altas. Corpos curvilíneos. Pernas longas. Cabelos encaracolados e
maquiadas. Ele supôs que eram bonitas em sua própria maneira,
provavelmente, pelos padrões humanos também.
Para ele Teagan era muito mais bonita. Ele nunca seria capaz de explicar
isso a ela. Gostava que ela fosse pequena e magra. Gostava que ela tinha o
espírito de um guerreiro. Isso não significa que ela não tivesse medo, mas ela
os enfrentava de frente. Gostava especialmente de que ela amasse sua avó com
a mesma proteção feroz que ela teria com seus filhos.
Teagan deslocou para trás e ele podia ver imediatamente que ela estava
desconfortável.
Ele havia escaneado seu corpo para os ferimentos, mas ele tinha se
concentrado sobre as lesões que ela tinha sofrido com o ataque de Jashari, não
os mais velhos. Ele amaldiçoou silenciosamente. Ele teria que ser muito mais
minucioso com ela no futuro.
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Dark - Série Os Cárpatos
— O que aconteceu?
— Deixe-me ver. —Não era uma pergunta. Ou um apelo. Ele tinha que
curar a lesão. Ele não tinha escolha. A necessidade era mais do que uma
obrigação, era tão necessário quanto respirar.
Seus ossos eram pequenos. Ela era muito magra, mas seus músculos eram
surpreendentemente firmes. Ela estava em muito boa forma. Podia sentir sua
força sob sua pele macia, a ondulação suave do músculo. Ainda assim, os
dedos poderiam fechar em torno de seu braço.
— Hum ... —Teagan parou, mordendo o lábio. Ela não confiava nele o
suficiente para tocá-la tão intimamente, e de perto, ele era simplesmente
assustador. Mas suas mãos estavam quentes e gentis sobre ela e ela já
podia sentir o calor entrando em seu músculo.
Ela mordeu o lábio inferior um pouco mais duro, lembrando-se que ele
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Dark - Série Os Cárpatos
tinha afastado essa dor e, com ela, a memória de como Armend a atacou tinha
diminuído um pouco. Seu corpo estava perto do dela, quase a rodeando. A
maneira como ele estava sentado, os joelhos separados, de costas para sua
frente, seu corpo preso entre suas coxas, seu calor aquecendo-a mais do que o
fogo, era aterrorizante. Não porque o temesse ou se sentisse ameaçada,
mas porque seu corpo reagia ao dele.
Ainda assim, era um pouco perturbador tê-lo tão perto e tinha medo que
ele iria notar a mudança na sua respiração, o leve tremor em seu corpo com
seu toque. Suas mãos eram grandes e muito reconfortantes em seu ombro
dolorido, mas os efeitos de seu toque não paravam por aí.
— Hum ... —ela começou novamente. — André, talvez esta não seja
uma boa idéia.
Ela franziu a testa. Quando ele falou em sua língua—e ela não
conseguia entender uma palavra dela e ela era muito boa em línguas—ele
parecia mais sexy do que nunca. Seu tom foi baixo ‘campal’ e parecia se mover
sobre sua pele em uma carícia. Ela realmente não entendia como uma voz
ou o tom poderia fazer isso com ela, mas fez.
— Csitri é ... —ele franziu a testa. — Pequena. Mas de uma forma afetuosa.
Carinhosa.
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gostou da parte carinhosa e ela não podia negar que ao lado dele, ela era menor.
Ok, talvez ao lado da maioria das pessoas, mas ainda. — E a outra parte?
Ele parecia distraído. Ela estava totalmente bem com ele distraído. O calor
da cura penetrado mais fundo, direto para os músculos e tendões que foram
machucados. Ela já podia sentir a diferença. Ela também preferia que ele não
estivesse prestando muita atenção a sua reação ao toque dele.
Quanto mais tempo ele estava perto dela, mais a respiração ficou presa em
seus pulmões. Até mesmo as coxas pareciam dançar com os dedos do desejo se
movendo para cima e para baixo com a voz dele. O calor entre as pernas dela
aumentou e ela sentiu seu ventre pulsar e seu canal feminino ficou úmido com
a necessidade.
Era lindo. Perfeito. Assustadoramente forte. Muito intenso. Ela tinha ido
de não ser capaz de reagir fisicamente a um homem a querer virar a cabeça
e ver se sua boca tinha o gosto tão bom como parecia. Ela também queria
dançar uma pequena jiga1 0 ou algo para comemorar que ela não era
totalmente frígida.
Sua respiração ficou presa. Ela sentiu o calor na nuca em seu pescoço
quando ele tirou seu cabelo fora de seu caminho. O pulso em sua garganta
saltou. Latejou. Ela estendeu a mão e o cobriu porque, por um momento,
ela sentiu sua boca lá, contra a sua pele, sua língua deslizando em seu
pulso. Ela sabia que não era real, pois sua boca estava perto da nuca dela—ela
podia sentir sua respiração. Ainda assim, ela capturou o sentimento sensual de
sua língua sobre seu pulso com a palma da sua mão e apenas segurou lá,
pressionando-o
1 0
jiga – é uma antiga dança popular, muito animada.
Dark - Série Os Cárpatos
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em sua pele.
Mesmo quando ele dizia a ela, ele já havia tomado posse dela, muito
suavemente. Seu toque era uma carícia, e enviou um arrepio de consciência
por sua espinha. Ele examinou os dedos esfolados, alisando-os na palma da
mão. Sua mão parecia muito pequena dentro da dele. As pontas dos dedos
dele acariciavam a pele ferida, crua. Os dedos dos pés, realmente enrolaram, e
ela sentiu um espasmo no centro do seu núcleo e calor úmido derramando
entre suas pernas.
Teagan quase puxou a mão, mas seus dedos se fecharam ao redor dela
e ele os trouxe a sua boca antes que ela pudesse fazer uma coisa. Ela ficou
tão hipnotizada, olhou para ele por cima do ombro enquanto seus dedos
desapareceram no refúgio acolhedor de sua boca. A reação de seu corpo foi
chocante. Ela podia jurar que ela teve um mini-orgasmo apenas com a
sensação de sua língua acariciando seus dedos.
Ela não conseguia se mexer. Ela devia poder —mas ela não podia. Seu
corpo inteiro estava em chamas e isso era apenas ... incrível. Ela não queria que
a sensação acabasse, mas, ao mesmo tempo, ela não queria que esse estranho
homem urso, tão gentil e amável, soubesse o que ela estava sentindo.
Sua mão formigava, e depois ficou quente. Ela sentiu sua língua
deslizar sobre cada dedo uma, duas, em seguida, pela terceira vez. Cada
movimento lento, sensual enviado punhaladas de desejo por seu corpo.
Levou um momento para seus pensamentos voltarem a processar
novamente.
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tão pura em ninguém. Ele tinha que ser o homem mais sensual do mundo,
e ela estava sozinha em uma caverna com ele.
Poderia ter uma aventura de férias, depois de tudo afinal. Ela nunca tinha
entendido o conceito. Parecia tão errado, compartilhar seu corpo com um
estranho e ir embora. Ela queria intimidade e emoção. Uma ligação além
de física. Ela queria tudo—ou nada—com um homem. Ela tinha aceitado,
muito tempo atrás, quando seu corpo não respondia a ninguém, ela não ia ter
nada.
Teagan olhou para a mão dela. Não havia nenhum sinal de lesão, a
pele tinha curado completamente sobre as marcas onde ela os tinha
arranhado. Ela juntou a outra mão para comparar. Ambas as mãos tinham
sofrido o mesmo destino quando o pé escorregou da rocha e ela tentou se
segurar.
Ela adorava escalada, mas ela parecia ter a pele fina. Ela não desenvolveu
os calos necessários como os outros fizeram.
Olhando para ele por cima do ombro enquanto ela estava comparando, ela
o viu de perfil, e seus cílios eram escandalosamente longos. Sua boca era uma
perfeição. Seu nariz reto e sua mandíbula forte. Ela gostou da sombra de uma
barba rala sobre o queixo e do azul de seus olhos. Ela podia olhá-lo por toda a
eternidade e não seria tempo suficiente.
— Uau. Isso é incrível. Surpreendente. Eu não posso fazer isso, mas viria
a calhar quando eu escalasse. Talvez eu devesse levá-lo comigo, de modo
que você pode curar minhas mãos depois que eu esfolasse novamente.
—As
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palavras saíram umas sobre as outras. Ela não se conteve. Ele tinha a posse de
sua outra mão e mais uma vez ele estava inspecionando os danos.
Mais uma vez ele levou a mão dela à boca. Ela prendeu a respiração.
Esperando. Precisando do toque de sua boca. O grosso veludo de sua
língua. Sem aviso, seus cílios se levantaram e ele olhou diretamente em
seus olhos. Imediatamente, ela teve a sensação de afogamento. Ela perdeu
o fôlego e se deixou cair.
— Teagan.
Apenas o nome dela. Isso foi tudo o que ele sussurrou. O tom de sua
voz era uma carícia. Dedos se movendo sobre a pele nua, pelas costas,
traçando sua medula espinhal. Ela jurou que sentiu um leve toque, mas ele
não se moveu. Ele não tinha renunciado a posse de sua mão.
Ela não conseguia desviar o olhar de seus olhos. O mundo estava lá. O
mundo inteiro. Sua boca estava seca de repente, e ela queria
desesperadamente tocá-lo. A palma da mão coçava com a necessidade de
passar a mão sobre os músculos espessos no peito dele.
Mesmo quando ele olhou fixamente em seus olhos, ele levou os dedos
à boca e os chupou. Sua língua enrolada ao redor de cada dedo separadamente.
Isso fez alguma coisa em seu interior. Ela derreteu até que ela era mole e
bamba—até que não havia nada além de André e seus olhos e boca e o
cheiro dele em torno dela.
Teagan não poderia ter falado se ela quisesse. Ela estava totalmente
incapaz de extrair os dedos do calor da boca dele. Isso era tão completamente
diferente dela. Ela olhou nos olhos dele e se deixou apenas estar com ele.
Conectar-se com ele. Era sexual—mas muito mais. Ela poderia viver lá com
84
Dark - Série Os Cárpatos
Ela sabia que estava em perigo. Ela sabia que o perigo não era apenas para
seu coração. Este homem poderia tomar sua alma se ela deixasse —e ela iria
deixá-lo se ficasse muito mais tempo. Ela não tinha idéia do porquê, mas
sentia a verdade disso com cada célula de seu corpo.
Capítulo Cinco
d
T eagan tanto o temia, como estava totalmente arrebatada por ele.
André tinha uma compulsão muito forte para puxá-la em seus braços e abraçá-
la. Seu coração batia muito rápido e sua respiração era quase inexistente.
Quando ele esteve certo de que tinha curado os dedos dela, ele soltou sua mão,
e empurrou a pesada trança que caía pelo seu pescoço.
— Respire sivamet, —aconselhou ele suavemente. — Apenas respire.
Ele se moveu em sua mente com o mais leve dos toques. Ela estava
fisicamente atraída por ele e se perguntando por quê. Ele ficou surpreso com isso
o que fez querer sorrir novamente. Ela nunca tinha estado com outro homem,
ela não tinha beijado outro também, ou mesmo se sentiu atraída por um. Ela
era toda sua. Toda dele.
André nunca teve nada em sua vida. Nenhuma pessoa. Sua infância tinha
sido infeliz, com muito poucas boas lembranças, e essas lembranças se
desvaneceram além de sua capacidade de recapturá-las. Lembrou-se de um
85
Dark - Série Os Cárpatos
homem alto como um urso que só tinha olhos para sua mãe e nada mais —
certamente não para ele. Sua mãe sempre olhou diretamente através do
"fantasma" na casa e nunca viu ou reconheceu ele. Na verdade, ele não se
lembrava de como ela era. Teagan tinha olhos para ele. Só para ele. Ele gostava
disso. Mais, ele precisava disso.
Ela respirou fundo e sorriu para ele. — Eu não acho que eu já vi ou
ouvi falar de alguém que pudesse curar essas lesões com saliva. Minha pele
estava completamente lesionada. Não parece possível que você realmente
pudesse regenera-la tão rapidamente.
— Quando você cura uma ferida, você está selando o ferimento, —
disse ele. Ele deu a volta dela e se estendeu para a chaleira.
Ela pegou ambos os seus pulsos com firmeza e puxou suas mãos longe do
fogo. — André, você não pode sentir o calor? Você vai se queimar.
A preocupação em sua voz o apanhou. Ela era tão incrível. Como tinha
sido possível viver por séculos sem ela? Ele nunca tinha visto cabelo como
os dela antes. Tanto. Longo, grosso e brilhante como uma asa de corvo.
Cabelos brilhantes. Todo trançado. Ele amava o cabelo dela.
— Eu quero te fazer uma xícara de chá, —ele disse, com o rosto perto
de seu pescoço, inalando seu perfume. Ele nunca tinha sentido tanta pele
macia ou visto esse tom mocha1 1 em particular, tão bonito que fazia seus
olhos doerem só de olhar para ela. Ele queria se esfregar contra ela como
um gato, mas ele estava com medo que a sombra de barba em sua mandíbula
fosse raspar sua pele macia.
— Isso é tão doce de você, André, mas deixe-me pegar meus pega panelas
da minha mochila. —Ela olhou ao redor da caverna. — Eu deveria pegar
duas lanternas também, se nós vamos montar um acampamento para a noite.
1 1
mocha – geralmente se refere a um café Árabe de alta qualidade. Em se tratando de cor de pele, se define
como um marrom verde oliva escura.
86
Dark - Série Os Cárpatos
A última coisa que ele queria era que fosse dormir. Ele precisava dela
esgotada para que ela dormisse a maior parte do dia. Ela poderia desfazer suas
salvaguardas. Os vampiros não seriam uma ameaça para ela, porque eles
teriam de ir para a terra quando o sol se levantasse, mas os quatro amigos de
Armend certamente seria uma ameaça, embora fosse possível que eles
deixassem a montanha, uma vez que encontrasse o corpo de Armend.
87
Dark - Série Os Cárpatos
Ele relutantemente se afastou dela. Ele não tinha mais desculpas para
envolver seu corpo ao redor dela, então para não parecer um pervertido se
aproveitando dela, ele teve que se mover para o outro lado do fogo.
— Há algumas cadeiras, tochas acima para iluminar a sala. Uma
cama. Nada extravagante.
Teagan sorriu para André como ele se sentou em frente ao fogo, grata pelo
alívio de não tê-lo tão perto. Ela não entendia como ele poderia parecer tão
limpo fresco e cheirar tão bem, quando eles estavam em uma caverna e que
tinha sido horrivelmente ferido. Suas roupas não estavam mais sujas de
sangue ou esfarrapadas.
Ela era a única que parecia desgrenhada, e ela tinha certeza de que ela
precisava de um banho depois de caminhar por tanto tempo. Ela tinha estado
caminhando até a montanha com Armend por alguns dias antes dele se tornar
um estuprador psicopata/serial killer para cima dela. Agora, ela tinha de se sentar
com o mais sexy, mais lindo, e provavelmente o homem mais quente que ela já
encontrou em sua vida, e ela parecia um gato que pudesse se esfregar em algo.
Pior, ela estava totalmente caída por ele. Seu cabelo preto era longo.
Ondulado. Puxado para trás com um cordão de couro. Parecia que ele
tinha acabado de sair do chuveiro, e ele cheirava maravilhosamente bem
também. Ele era doce também, fazendo chá para ela, ou tentando fazer isso
sem se queimar. Se ela tivesse alguma imaginação, fingiria que ele quase
enfiou a mão no fogo porque ele estava tão absolutamente cativado por ela.
Infelizmente, ela não tinha muito de fazer de conta dentro dela.
— Foi gentil de sua parte querer fazer chá para mim. Eu agradeço, muito
obrigado. —Ela lhe entregou um copo que tirou de sua mochila, despejou a
água da chaleira no copo e acrescentou o saquinho de chá de ervas que ele
tinha lhe dado do seu estoque de suprimentos. Isso lhe deu algo para fazer
além de olhar para ele.
Estranhamente, seu estômago se rebelou um pouco com o pensamento de
comida. Até mesmo o chá de ervas parecia que não poderia cair bem. Ela
88
Dark - Série Os Cárpatos
esperava que não estivesse ficando doente, não quando estava justamente
decidindo sobre aquela aventura de férias ser o caminho certo a seguir.
Ela se permitiu um rápido olhar para ele por debaixo de seus cílios,
apenas outra olhada furtiva. Ele estava olhando para ela. Quando André
olhava para ela, ele se concentrava totalmente nela. Isso lhe deu a sensação de
ser a única mulher no mundo dele.
Ela limpou a garganta. — Você gostaria de um pouco de chá também? Eu
tenho um outro copo na minha mochila, mas você deve ter um em algum
lugar.
Ele balançou a cabeça e estendeu as mãos para o fogo, aquecendo-as. —
Conte-me sobre sua vida, Teagan. Onde você mora. Sua família.
Ela deixou escapar o fôlego. Ela era boa em tagarelar. Tinha aprendido
que se ela pudesse estabelecer pequenas conversas, ela podia se sentir uma parte
das atividades em torno dela. Na maioria das vezes, ela buscou coisas
solitárias, como seu amado boulder, mas ela podia parecer social com o
melhor deles. Olhar nos olhos de André já tinha provado ser perigoso para
ela, então ela decidiu que não faria isso novamente em breve.
Ela gostava de olhar para ele. Ela foi atraída para olhar para ele. Pior,
ele estava se tornando uma compulsão. De perto, ele era ainda melhor, e
com as sombras de fusão da luz do fogo em seu rosto, ele estava
espetacular.
— Teagan.
Lá estava ele. A maneira como ele dizia o seu nome. Apenas o nome dela.
Aquela voz baixa, sexy, com seu sotaque super sexy. Totalmente impossível de
ignorar. Ela forçou o copo com chá aos lábios, a fim de evitar olhar para
ele.
— Teagan.
Ele disse o nome dela. Baixo. Gentil. Hipnotizante. Ela não tinha escolha.
Ela levantou o olhar para ele. Encontrou se afogando novamente. Quem tinha
olhos azuis como o dele? Olhos azuis e cabelo preto, brilhante e glorioso.
Ela piscou várias vezes e encontrou o copo de chá vazio, seu estômago quente,
mas
Dark - Série Os Cárpatos
89
Dark - Série Os Cárpatos
um pouco chateado. Ela ficou tão hipnotizada por ele que ela nem se lembrava
de ter engolindo o chá. Ela tinha que controlar a si mesma.
Ela engoliu em seco. Lambeu o lábio inferior com a ponta da língua. Seus
olhos seguiram o movimento. Ele era simplesmente sexy, e ela não sabia como
lidar com sexy.
— Sivamet, você não está respirando de novo. —Ele colocou a mão
sobre o coração. — Seu coração bate muito rápido. Ouça-o. Ouça o ritmo
do meu. Permita que o seu coração siga o meu.
André estava certo. Ela não estava respirando. Tinha esquecido como.
Mesmo suas palavras sussurradas para ela em um tom aveludado, pecaminoso
como a meia-noite em uma caverna com um estranho, se enredaram em
seu cérebro até que ela pensou que ele estava pedindo algo mais dela. Ela não
sabia o que, mas o que quer que fosse, ela sabia que se ela fizesse o que ele
disse, ela estaria se comprometendo mais do que apenas abrandar seu ritmo
cardíaco.
Ainda assim, ela respirou fundo, observando a mão dele sobre o coração.
Era uma mão grande, forte, com dedos longos. Ela não podia imaginar
qual seria a sensação de ter essas mãos acariciando sua pele. Ela lutou contra
essa visão particular—querer, precisar, seja o que for—e colocou sua
própria mão sobre o coração dele.
— Ouça.
Ela notou que praticamente qualquer coisa que ele tinha a dizer, ele dizia
tão brevemente quanto possível—com a menor quantidade de palavras que ele
poderia usar. Ele falava Inglês, mas talvez ele não tivesse certeza do
idioma, como quando ele estava tentando traduzir sua própria língua.
Ela fez o que ele disse. Ela falava muito, mas a meditação e quietude eram
importantes para ela. Ela acalmou sua mente e se estendeu para o som.
Para sua surpresa, sua audição era aguda o suficiente para pegar a batida
constante do seu coração quando ela realmente ouviu. Forte e rítmica, seu
coração bombeava o sangue em suas veias e artérias. Ela escutou, assim
como ele
Dark - Série Os Cárpatos
90
Dark - Série Os Cárpatos
instruiu, a mão sobre o coração, e para sua surpresa, sua própria freqüência
cardíaca diminuiu para combinar a força e a batida do dele.
Seu corpo era um diapasão, portanto, não deveria ter ficado tão chocada,
mas ainda assim, ela geralmente ouvia as notas músicais. Ou a um
instrumento musical. Canções. Pedras preciosas e cristais tendem a ter
canções reais, onde a rocha produzia mais notas. Cada variedade, ou
composição, emiti uma nota diferente para ela. Agora ela ainda ouviu o
constante fluxo da água, o splash, uma vez que atingia o chão. Ela ouviu a
correria dos insetos através da madeira seca empilhada contra a parede da
caverna.
O que ela achou realmente maravilhoso, e terrível foi o fato inesperado
que quando ela afinou seu corpo ao de André, ela pode ouvir não só o seu
batimento cardíaco, o fluxo de sangue em suas veias, mas também um eco
de seus pensamentos.
Ele tinha que parar de dizer o nome dela. Ele falava lentamente e enrolava
seu sotaque em torno dele até que o som de seu nome se tornava uma carícia.
Literalmente, o som penetrou sua pele e enviou dardos de fogo direto para
o seu canal feminino, onde um monte de atividade começou a tomar lugar
que não deveria. Não lá. Não com ele tão perto dela e à luz da fogueira jogando
em seu rosto para que ele pudesse ler cada expressão sua. Ela não podia
sequer jogar um olhar de pôker, como ela ia esconder sua atração por ele?
Dark - Série Os Cárpatos
91
Dark - Série Os Cárpatos
— Não. Nada, eu apenas pensei que eu deveria fazer algo além de ficar
sentada aqui. As autoridades precisam saber sobre Armend. —Ela deixou
escapar a primeira desculpa em que podia pensar.
— Você está exausta.
Ela percebeu que ainda estava com a mão sobre o coração dele. Sua batida
combinava exatamente com a sua. Ela se atreveu a olhar em seus olhos
novamente. Ele estava olhando para ela com o mesmo foco, todo o seu ser
centrado nela. A maneira como ele olhou para ela enviou pequenas correntes
elétricas zumbindo através de suas células para se juntar aos dardos causando
estragos em determinados locais de sua anatomia.
— Eu tenho uma família barulhenta. Intrometida também. Eles são
ótimos, e nós intrometemos na vida do outro o tempo todo. Eu tenho três
irmãs. Eu as adoro. Você iria adorá-las. Todo mundo as adora, mas eu
especialmente, embora o marido de Tarita disputa comigo que ele a ama
mais, mas não é a verdade. Eu sei que ele a ama, mas Tarita é minha irmã e é
muito especial. Eu a conheço toda a minha vida e ele só a conhecia a alguns
anos.
— Ela deve ser muito especial.
92
Dark - Série Os Cárpatos
— Eu posso ouvir que você amava ... —André levantou, estendendo a mão
para ela. — Venha comigo. Eu acho a sua vida intrigante e gostaria muito
de ouvir mais, mas você precisa estar confortável. Você ainda está dolorida. Eu
sei onde há uma fonte de água quente.
Teagan piscou para ele. Isso soou como o céu. Ela tinha até trazido um
maiô. Um modesto, de uma peça só, e ela tinha uma saída de banho para vestir
com ele. Talvez ela realmente se sentisse como um ser humano novamente.
— Mostre-me o caminho.
93
Dark - Série Os Cárpatos
Ela olhou para trás, e quando fez, a luz do fogo tinha sumido e a
câmara estava totalmente escura.
— Eu não tenho a minha lanterna.
— Como você fez ... —Ela parou. Ela não o tinha visto derramar água
sobre o fogo. Ela estava tão completamente encantada por ele que ela não
poderia tê-lo notado despejar a água da chaleira no fogo. Ela não era tão
grande, mas, mesmo assim, uma chaleira cheia de água, realmente, poderia
apagar as chamas?
— Diga-me mais sobre sua família. Suas outras irmãs, —ele perguntou.
Era estranho, ela realmente podia ver onde eles estavam andando. Seus
olhos realmente se ajustaram à escuridão. Mais, ela gostava de andar tão perto
dele. Ela não precisava de segurança. Ela não queria viver a vida segura.
Ela queria aventura.
Ela tinha crescido com quatro mulheres fortes. Ela nunca se sentiu forte.
Ela era inteligente. Todas elas disseram isso. Não era bonita. Não alguém com
confiança necessária para se levantar e cantar na igreja, embora tivesse voz
para fazer isso. Ou que poderia ser uma modelo. Pior, ela tinha totalmente
medo de tudo. Não era apenas um pequeno ataque de pânico, às vezes ela
realmente ficava paralisada de medo.
Teagan se recusou a viver sua vida com o medo governando ela. Ela
aprendeu artes marciais. Ela se exercitava. Ela escalava, enfrentando seu
maior medo, de alturas. Ela amava o deserto e estava determinada a ver tantos
lugares quanto possível, mesmo que tivesse que ir sozinha, que era a
maioria das vezes—e que fosse aterrorizante. Mesmo assim. Ela fez isso.
Ao longo dos últimos dois anos, ela tinha ganhado alguma confiança. Não
importa como realmente se sentia por dentro, ela poderia projetar confiança,
mas andando com André tão perto dela, a fez se sentir segura de uma maneira
que nunca tinha sentido.
94
Dark - Série Os Cárpatos
Ela sentiu o toque de seu olhar como um toque físico. Ela sabia que se ela
olhasse para cima, ele estaria olhando para ela. O conhecimento enviou um
arrepio de prazer por sua espinha. Ela não era de fletar, mas de repente ela
desejou que fosse. Ela não era ousada, mas ela pensou em colocar uma mão em
seu peito como se para se firmar. É claro que ela não ia realmente fazê-lo, mas
a fantasia estava lá. Ela suspeitava que não teria a coragem de ter uma
aventura de férias com ele também, mas ela tinha chegado aqui com um
pesadelo e um milhão de fantasias.
Ela suspirou. Instantaneamente, André soltou sua mão e envolveu o braço
ao redor dela. Ele tinha um grande braço. Muitos músculos. No momento em
que seu corpo foi contra o dela, ela considerou desmaiar. Era a única opção
viável que não fosse deslizar as mãos sob a camisa para tocar seu peito
perfeito. Todo aquele músculo e essas cicatrizes intrigantes. Sim. Perfeito.
— Esta não é uma pergunta apropriada que eu fiz?
Ela piscou. Do que ele estava falando? Ela não tinha escolha, mas para
olhá-lo. No momento em que seus olhos se encontraram, seu estômago foi em
uma montanha-russa por si só. Seus joelhos ficaram fracos, o que era estúpido,
mas era verdade. Os dedos dos pés até pensaram em enrolar, mas ela enviou-
lhes um comando feroz para não reagir. Ainda assim, ela não podia parar o
tremor que percorreu seu corpo com o impacto. Quem diria que um azul-gelo
poderia ficar azul-escuro?
— Que pergunta?
— Sobre sua família. Não é isso que estranhos fazem quando eles tentam
conhecer uns aos outros? Perguntar sobre a família?
Ele não piscou. Ela sabia porque ela observou e piscou por ele. Como
um milhão de vezes. Olhar fixamente em seus olhos era simplesmente
perigoso, mas ela não conseguia desviar o olhar. Seu corpo estava apertado
contra o dele. No abraço de um amante. Só que não era realmente um abraço
de amante, era mais como um—Teagan estava fazendo papel de boba e ia
cair aos a seus pés e ele a estava segurando com o abraço.
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Dark - Série Os Cárpatos
O corpo dele estava frio no início. Sua pele fria. Ele aqueceu rapidamente
em todos os lugares que ela o tocou até que ele queimou direto através de suas
roupas. Suas roupas sujas. Ela quase gemeu. Por que essas coisas acontecem
com ela? Por que não podia ser totalmente glamourosa e segura como suas
irmãs? Até agora, não havia nenhuma dúvida sobre isso, seu desodorante tinha
vencido. Ele cheirava—gostoso. Ele tinha estado deitado na terra, coberto
de sangue quando o encontrou, mas de alguma forma, ele parecia e cheirava
como o céu.
— Teagan.
A cor varreu seu rosto. Ela se atreveu a colocar a mão em seu peito
para empurrá-lo para longe dela. Seu corpo como uma rocha não se moveu
nem um centímetro, e, tocá-lo foi um erro enorme. Tipo enorme. Sua mão
parecia se moldar ao corpo dele. Ela estava bastante certa de que tinha
derretido na pele dele e não havia maneira de alguma vez removê-la outra
vez.
— Você é letal, André. Realmente. Eu nem sei o que fazer com você. Você
só tem que dar um passo atrás e me dar algum espaço para respirar, para que
Dark - Série Os Cárpatos
96
Dark - Série Os Cárpatos
eu possa agir como um ser humano normal novamente. —Ela fez a confissão
um pouco apressada.
— Você não está agindo normal?
Ela lhe deu uma escura carranca. — Você acha que eu me agarro sobre
cada homem estranho que eu encontro?
— Eu sou estranho?
Ela não viu diversão em seu rosto, mas ela ouviu uma sugestão disso
em sua voz e, por algum motivo, o corpo dela queria derreter a seus pés ali
mesmo.
— Bem, você é apenas ... um ... lindo. —A confissão era suposto ser
bom para a alma, certo? E o que mais poderia fazer? Ela o insultou,
chamando-o de estranho. Ela não queria, mas ela tinha feito isso. E de
qualquer maneira, dizer a verdade parecia ser a única coisa que podia fazer,
porque ela deixou escapar sem pensar. Isso já tinha saído, e ela não podia
trazê-lo de volta.
— Lindo?
Ótimo. Ele não sabia o que a palavra significava. Ela suspirou novamente
e desejou que ela pudesse não derreter a mão sobre a pele dele. Havia uma
peça de material fino entre a palma de sua mão e pele dele, mas ela estava
certa de que tinha derretido mesmo assim. Mesmo se ela ainda estava lá,
ela não conseguia mais senti-la.
— Quente. Realmente, seriamente quente.
Ele piscou. Por que ela queria que ele fechasse os olhos? Ele tinha longos
Dark - Série Os Cárpatos
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Dark - Série Os Cárpatos
cílios. Preto como o seu cabelo. Não castanho escuro. Seu cabelo e cílios eram
a coisa real. Preto. Preto brilhante. Lindamente preto. Ela estava tão ligada
nele. Isso estava errado, mas impossível fazer sua mente para funcionar
corretamente o suficiente para parar.
— Boa aparência e doce. Isso é uma combinação letal, —ela acrescentou,
fechando a boca novamente. Ela precisava da terra se abrindo e a
engolindo. Ela precisava adicionar uma retratação. — Mas você está seguro.
Realmente. Eu só vou olhar muito para você, mas eu não vou ser toda
gananciosa e melindrosa. Bem. Exceto pela minha mão. Essa está meio
que derretida em você e não há nada que qualquer um de nós possa fazer
sobre isso.
Como isso foi uma retratação? Agora, ela era simplesmente louca ante os
olhos dele. Como sua avó. Isso, obviamente, corria na família. Pelo menos ela
não achava que ele fosse um vampiro; mas na verdade, não era suposto os
vampiros serem sexy? Drácula era realmente sexy, às vezes. E ele fez seu
chá. Os homens não fazem isso, ou fazem? Ela nunca tinha visto um de
seus cunhados fazer chá para suas irmãs. Suas irmãs sempre fazia o jantar e
colocava sobre a mesa na frente de seus maridos já sentados. Será que os
vampiros faziam chá?
André realmente sorriu. Apenas um flash de dentes brancos, mas por um
momento ele sorriu. Mesmo no escuro, ela podia ver que seus dentes eram
muito brancos e não afiados e pontudos como os dentes de um vampiro
deveriam ser. Sem manchas de sangue. Seu pescoço estava seguro. Seu pulso
deu um pequeno pulsar decepcionado. A idéia dele mordiscando seu pescoço
era sexy, também.
— Você acha que eu sou isto ... lindo?
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Dark - Série Os Cárpatos
Seu rosto mudou. Sutilmente. Todas essas linhas esculpidas, como uma
escultura do deus da beleza masculina, amoleceram. Mais que beleza
masculina. Ela piscou e seu rosto estava mais perto. A mão dele deslizou ao
redor da sua nuca, seu polegar deslizando ao longo de sua bochecha. Seu
estômago afundou agora, fez uma série de cambalhotas e começou a girar.
O ar realmente deixou seus pulmões de modo que eles queimaram. Sua
garganta fechou.
Ela não fechou os olhos. Não podia. Ele não fechou os olhos. Ele observou
a reação dela, e ela não podia parar isso. O desastre de sua boca encontrando a
dele. Ela não sabia como beijar. Ele era lindo. Ele tinha que ter beijado um
zilhão de vezes. Mesmo agora quando ela ia se fazer ainda mais de tola do que
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Dark - Série Os Cárpatos
Não, ela não estava bem. Inferno, não, não estava bem. Ele era louco? Ela
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Dark - Série Os Cárpatos
Ela revirou os olhos para ele. — Foi mais do que um bom beijo. É
oficial. Você é o melhor beijador do mundo e, por isso nós nunca podemos —e,
André, quero dizer nunca—fazer isso de novo.
Sua sobrancelha se elevou. — Se foi um bom beijo, por que você não quer
repetir a experiência?
— Minha mão já esta derretida em sua lateral. Você quer que todo o meu
corpo derretido em você? Porque, deixe-me explicar isso para você entender.
Poderia acontecer. —Ela olhou fixamente em seus olhos incrivelmente azuis,
tão sexy, desejando que ele compreendesse a gravidade da situação. — A sério.
Você poderia caminhar para o fim de seus dias comigo apenas preso a você.
Uma fraca diversão rastejou pelos olhos dele. Ela não gostava do
quanto amava vê-la lá.
— Normalmente, sou realmente inteligente. Eu sou. Mas você provocou
um curto-circuito e meu cérebro fritou algumas células necessárias. Eu não
posso pensar com clareza ao redor de você. Portanto, nada mais de beijos.
— Ela tentou soar decisiva. Realmente firme. Ela não parecia desse modo
absolutamente, nem mesmo para seus próprios ouvidos. — Além de ser lindo,
você tem que ser um beijador de classe mundial?
Sim. Ela deixou escapar esse comentário também. Claro. Porque não
importa o quanto tentasse, não conseguia fechar a sua boca. Ela ainda apertou
os lábios e sério—realmente—ela tinha que remover a mão do lado dele.
Infelizmente, estava com medo que se fizesse isso, poderia apenas colocar seus
lábios lá.
Ela gemeu. Em voz alta. Alto.
Ele sorriu e alisou o cabelo dela para trás, seu polegar deslizando mais
baixo, sobre sua pulsação. Seu olhar caiu para a boca dela. — Eu acho
que
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Dark - Série Os Cárpatos
Seus olhos brilhavam e começou a preencher todo esse gelo com uma cor
azul escuro meia-noite. Tempestades turbulentas rodaram através do azul. Foi
fascinante e assustador ao mesmo tempo.
Seu punho apertou em seu cabelo. — Nem sequer pense nesse homem
e nas coisas nojentas que ele disse para você. Ele queria você. Você o
recusou, e ele disse essas coisas para te machucar. Para fazer você pensar
menos de si mesma. Eu não vou ter a minha, avio päläfertiilam, pensando em
nada, exceto do quanto ela é linda.
Teagan não tinha idéia do que significava avio päläfertiilam, mas
definitivamente ele estava se referindo a ela e ela poderia dizer que ele quis
dizer cada palavra. Ela não tinha idéia do por que ela sabia que ele era tão
sincero, mas por alguma razão, esse homem lindo realmente achava que ela
era
Dark - Série Os Cárpatos
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Dark - Série Os Cárpatos
bonita. Não fazia sentido. Talvez seus olhos brilhavam no escuro, porque
ele era cego.
— Será que fui claro?
Ela engoliu em seco. Ele poderia ser assustador, mesmo quando ele
parecia estar a defendendo. — Bem claro. Obrigado. Mas você tem que
parar de ler minha mente. —Oh. Senhor. Ele estava lendo sua mente
novamente. Ela realmente tinha que controlar todos os seus pensamentos.
Isso não ia ser fácil.
— Por favor, me faça um favor e retira minha mão de onde está toda derretida
no seu lado. Eu preciso ter um controle sobre isso e tocar você não está
ajudando.
— Eu posso fazer isso por você, mas primeiro, eu realmente tenho que
beijá-la novamente. —Ele fez uma declaração.
— Você tem? —Quem era ela para detê-lo se ele realmente tinha que
beijá- la? Havia uma diferença entre querer e ter de fazer alguma coisa,
certo?
Ela viu quando a cabeça inclinou lentamente para a dela. Sua barriga
fez a montanha-russa e um milhão de asas de pássaro de uma só vez. Seu
coração esqueceu tudo sobre seguir a batida constante do dele, e começou a
correr fora do tempo estipulado. Seus lábios roçaram carícias sobre os dela, e
estava certa que a única coisa a segurando era a mão dele em seu cabelo e o
braço travado em torno de sua cintura.
Se ela quisesse sobreviver ela precisava detê-lo. Mas realmente? A
sobrevivência era tão importante? Sua língua tocou seus lábios e o fundo de
seu estômago desapareceu. Não. A sobrevivência era uma dessas coisas que
as pessoas falavam, isso realmente não era tudo o que julgava ser. Não
quando um beijador de classe mundial estava passando seu tempo com
você.
Sua boca inclinou sobre a dela. Abra para mim, sivamet. Dê a si mesma para
mim.
Sua voz sexy tocando ao longo de cada uma de suas terminações nervosas,
deixando-a queimar de necessidade. Ela deveria ter prestado atenção à sua voz
Dark - Série Os Cárpatos
103
Dark - Série Os Cárpatos
interior pela sobrevivência, mas seu cérebro não escutou. Ela abriu a boca para
ele. Um convite. Dando-se a ele. Entregando-se.
Os dedos em seu cabelo se moveram para a sua mão, a derretida em suas
costelas, e ele gentilmente a trouxe para envolver em volta do pescoço dele. Ele
fez o mesmo com a outra. Ela teve que ficar na ponta dos pés e ele
simplesmente a levantou como se ela não pesasse mais que uma pluma, a boca
sem se mover da dela.
Ela fez o impensável e enrolou as pernas em volta dele. Ainda o beijando.
Ainda queimando por ele. Beijando. Queimando. Flutuando. Ele era
absolutamente maravilhoso. Perfeito. Incrível e tão diferente de Teagan
Joanes.
Capítulo Seis
d
A ndré a deslumbrou. Lançou um feitiço. Ele tinha que ser
um feiticeiro. Não havia outra explicação. Num momento Teagan estava
com ele numa câmara com passagens estreitas que levavam em várias
direções e no próximo, quando ele separou sua boca da dela —e isso tinha
de ser dito, ela miou sua decepção como um gatinho angustiado—ela estava
em uma câmara completamente diferente.
Esta ainda tinha um chão de terra, mas era quente e havia uma piscina de
água muito convidativa. O vapor subia, indicando que a água estava
quente. Havia uma cama que realmente parecia limpa, e não cheia com
insetos, e a câmara estava iluminada com estrelas fantásticas no teto alto.
As tochas na
Dark - Série Os Cárpatos
104
Dark - Série Os Cárpatos
parede emitia uma luz dançante que cintilava na câmara muito parecida às
chamas de uma lareira.
André colocou os pés dela no chão, com um braço segurando-a com
firmeza para que ela não entrasse em colapso em uma pilha de carne e
ossos derretidos—que era exatamente como se sentia. Sua boca queria a dele
de volta. Ela podia sentir o gosto dele. Ele tinha um gosto tão bom quanto
parecia e muito mais.
— Hum ... Ela parou, olhando ao seu redor. ‘Hum’ parecia ser sua
palavra favorita. —Ela suspirou. — Honestamente, eu tenho uma educação
universitária. De fato eu tenho mestrado e eu sou muito jovem para isso. Você
fritou meu cérebro. —Ela não pode evitar soar um pouco acusatória porque ele
realmente tinha fritado seu cérebro. Nada disso era culpa dela.
A sobrancelha dele se elevou e o olhar divertido que ela estava ficando tão
apaixonada rastejou de volta para os olhos dele. Ela descobriu que André
era duplamente perigoso principalmente quando ele dava esse olhar em
particular. Ela já havia derretido. Então, perdeu a cabeça e o beijou todo o
caminho até a outra câmara e nem reparou que eles estavam se movendo. Bem
... ela se sentia como se estivesse flutuando.
— Seu cérebro está muito bem, —disse ele. — Eu chequei.
Ela fez uma carranca. Ela era boa em fazer carrancas. Ela tinha praticado
durante todo o período escolar quando estava tentando estudar e alguns de
seus amigos briguentos—todos homens—a aborreciam para lutar, fazer
artes marciais, escalar ou simplesmente desviar sua atenção quando ela
precisava manter o foco. Ela até usou a carranca de forma mais eficaz em seus
cunhados, quando a chamavam de "camarão" e "bolo quente." Sério. Eles
realmente a chamam assim.
— Bolo quente? Eles realmente te chamam assim? —André provou que ele
era imune a sua carranca, lendo seus pensamentos.
— Você vai parar? André, eu estou te dizendo, você não quer saber o
que está flutuando ao redor em minha cabeça. Especialmente no que diz
respeito a
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você. E agora, eu não quero discutir com você, eu quero sentar na piscina
de água quente.
— Na verdade, você quer me beijar novamente. E eu não tenho nenhuma
objeção.
— Na verdade, eu estou pensando em chutar suas canelas. Você é um
estranho total. Eu não sei uma única coisa sobre você, e eu não vou te
beijar novamente. Eu não sei o que aconteceu, mas estou dizendo a você que
não faço esse tipo de coisa com todo mundo.
— Eu ouvi da primeira vez, sivamet. Eu acredito que salientei que era uma
coisa muito boa. Eu desaprovaria se você gostasse de ficar beijando outros
homens avio päläfertiilam.
Ele tinha que parar de falar em sua língua nativa. Não porque ela não
sabia do que ele a estava chamando —e ela não sabia—mas porque parecia ultra
sexy. Idiota era mais provável que estava se tornando.
Ela soube imediatamente que o que ele tinha dito era importante, e ela
guardou a palavra para lhe perguntar mais tarde seu significado. Ele ainda
tinha
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aquele olhar em seus olhos e ela não conseguia afastar o olhar do dele.
André cobriu a mão dela com a sua, pressionando a palma da mão
ainda mais perto para que ela pudesse sentir a espetada da sombra de barba
em sua mandíbula. Seus olhos ficaram mais azuis do que azul gelo. Além de
azul. A cor era incrível. Ela olhou-o nos olhos por um longo momento e
então ela cometeu outro erro. Mais uma vez, ela não podia se conter. Ela subiu
na ponta dos pés, e puxou a cabeça dele para a dela e deu um beijo em seus
lábios.
Ela não entendia o que estava acontecendo entre eles, mas nunca ninguém
tinha olhado para ela assim. Nunca. Nem mesmo a vovó Trixie, e sua avó a
amava como louca. Ninguém conseguia olhar para ela como se ela fosse a
única em seu mundo. Ninguém além de André, que tinha que ser ainda
mais louco do que a vovó Trixie.
Ainda assim, ela não conseguia se conter. Ela tocou a boca dele. Ela
precisava lhe dar algo de volta. Para confirmar o olhar dele. Seus lábios
estavam quentes, firmes e suaves e um flagrante convite para mais.
A mão de André envolveu a parte de trás de sua cabeça e sua boca se
moveu contra a dela. Pela primeira vez, ela reconheceu a fome na
persuasão gentil de sua língua. Ela deveria ter se afastado. Ela não o
conhecia. Estava sozinha com ele. Já tinha tido a impressão errada de um
homem, com resultados desastrosos ...
André a trouxe mais perto, sua boca dominante, autoritária mesmo, seu
cérebro deu um curto-circuito de modo que todo pensamento desapareceu e
ela se inclinou para todo aquele calor e simplesmente pegou fogo. A rajada em
suas veias era como uma bola de fogo se espalhando por todas as partes do
seu corpo. Foi o momento mais bonito, incrível em sua vida. Não queria
que ele acabasse nunca.
A boca dele era quente e perfeita, e ela sabia que estava se dando a ele
mesmo enquanto ele estava tomando. Assumindo o comando dela de uma
maneira que ela nunca teria permitido se ela pensasse sobre isto. O fogo se
espalhou rapidamente, fora de controle, e ela queria, queria queimar, que o
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fogo a consumisse. Principalmente, ela o queria. Ela queria ser dele. Sentir
como se ela fosse dele, puro e simples.
Você é minha.
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estava em perigo. Ela poderia se apaixonar por ele, duro. Ela percebeu isso,
olhando para seu rosto bonito. Se fosse apenas a sua aparência, seria uma
coisa, mas sabia que era muito mais. Eles estavam conectados de uma maneira
que ela não entendia.
— Está vendo? —Ela tinha de dizer. — Mesmo isso e estranho. Você
não me conhece em tudo e ainda estamos tão envolvidos com essa loucura que
você estaria disposto a dar sua vida por mim. Será que isso faz sentido para
você?
Ela se obrigou a dar um passo atrás. Afastando-se dele. Longe da ameaça
e a potência dele. Ele era muito fascinante. Lançando seu feitiço sobre ela e
a fazendo sua prisioneira. Não era tudo ele. Ela era honesta o suficiente
para avaliar seu próprio comportamento. Ela teria lutado para salvá-lo. Ela
poderia até mesmo ir tão longe a ponto de dar sua vida antes de permitir
que algo ou alguém fosse prejudicá-lo também, e isso era realmente
assustador.
Teagan se afastou mais longe de seu calor. Do fogo. Da promessa
suave em seus olhos. Ela mal podia respirar novamente. A única coisa sã a
fazer era colocar distância entre ela e esse homem. Um monte de distância.
Um país ou dois. Ela pegou sua mochila com uma mão trêmula. Vovó Trixie
poderia ter que ficar louca apenas por um pouco mais de tempo, vivendo
em seu mundo de vampiros e mosteiros.
Ela, na verdade, se virou para sair, mas de alguma forma, ele chegou lá
primeiro. Ela não o ouviu se mover. Nem um único farfalhar de roupas.
Nem uns passos. Nem mesmo uma respiração. Ela só piscou e ele estava lá.
Sólido. Uma rocha inabalável. Sua mão, muito gentilmente, pegou a
mochila dela.
— Teagan.
O nome dela. Esse sotaque. Sua voz baixa numa reprimenda. Ela
estremeceu e mordeu o lábio inferior. Ela não ia cometer o erro de olhar
em seus olhos. Esse caminho a levava ao completo e absoluto desastre, e
ela não iria lá novamente.
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— Agora você está apenas assustada. Você está cansada e seu corpo dói.
Eu posso sentir a maneira que seus músculos estão gritando. Por favor, entre
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Ela olhou para ele. Seus olhos azuis eram das cores das geleiras mais
puras que já tinha visto. A piscina de água quente era tentadora. Ela estava
cansada. Exausta. Precisava de descanso, se ela estava indo caminhar de volta
para baixo na montanha e dizer às autoridades o que havia acontecido com
Armend.
— Tudo bem. Mas eu vou colocar o meu maiô, então você precisa ir
para a outra câmara. —Isso era definitivo e ela colocou comando em sua
voz. Ela poderia ser muito firme quando ela precisava ser. Seus sobrinhos e
sobrinhas sempre a obedeceram quando usava esse tom.
Ele apenas olhou para ela, a lenta diversão penetrou em seus olhos.
Seu estômago decolou novamente e os dedos dos pés ameaçaram enrolar.
Ele estendeu a mão e correu os dedos suavemente no lado de seu rosto. — Eu
não tinha idéia o que a palavra fofa significava em inglês até que eu conheci
você. Quando você fica totalmente em chama, isso é o que você é.
Fofa não era o que ela estava pensando. Ele pode ser uns trinta
centímetros mais alto do que ela, e superá-la em mais de cinquenta quilos, mas
ele precisava levá-la a sério. Ela fez uma careta e apontou para a abertura
estreita, a única
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que ela viu, embora houvesse dois pontos escuros que podem ser entradas
também.
— Vá. —Ela assobiou o comando. Ela tinha praticado aquele comando,
e então usado em seu sobrinho mais malcriado. Ele sempre obedeceu ao
silvo instantaneamente.
André continuou a olhar para ela e a diversão em seus olhos se
moviam lentamente para a boca. Por um momento, ela prendeu a respiração,
esperando. Seu sorriso foi breve, mas estava lá, mostrando seus dentes brancos
e fortes— sem dentes de vampiro—e tão rapidamente desapareceu, mas ainda
assim, ela se sentia triunfante. Ela poderia dizer que ele não sorria muitas
vezes e foi bom que ela poderia fazê-lo sorrir. Mesmo que ele não estivesse
reagindo a sua carranca, ou ao silvo, ou ao seu melhor tom assustador.
— André. Eu quero mudar de roupa.
Ele se curvou e beijou o topo de sua cabeça antes que ele se virasse e saísse
da câmara. Ela olhou ele se afastar, seu coração batendo um pouco rápido
demais para seu agrado. Ele se movia tão lindamente. Como um grande
gato selvagem, fluido com músculos ondulando sutilmente abaixo da
superfície. Ele era realmente lindo. Talvez fosse apenas seu corpo que a
atraía e ela estaria a salvo depois de tudo.
— Mexa-se Teagan, ou eu vou ter que ir ajudá-la.
Ela estava olhando diretamente para a entrada da outra câmara e ele não
estava lá. Ele estava fora de vista, portanto, como ele sabia que ela estava
totalmente perdida em um devaneio sobre ele e seu corpo fantástico? Ela
enviou uma carranca feroz em sua direção e esperava que ele sentisse
diretamente através de toda a terra e rocha.
Ela encontrou um canto fora da vista da entrada e vestiu o maiô, grata que
era uma peça única. Ela viajava muito por países estrangeiros —não para as
cidades ou zonas turísticas, mas para o deserto, as montanhas e rios. Muitos
dos lugares que ela ia, as culturas franziam a testa para mulheres que mostrava
muita pele. Muitas vezes ela estava sozinha e era apenas mais seguro.
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Os braços de André envolveram sua cintura por trás e ele a puxou para
perto dele. Suas costas na sua frente. Ele estava sem camisa. Seu coração
gaguejou. Seria possível ter um ataque cardíaco só porque um homem exibia
seu peito? Ela não estava nem olhando para seu peito nu, e seu coração já
estava disparado. Vacilante. Parando e iniciando. Se comportando mal.
— Na verdade eu tenho, André.
— Não csitri, você tem medo da mudança. Do que isso significa para
sua vida. Eu não culpo você por isso. Você ama sua família, e eles vivem
nos Estados Unidos e eu vivo aqui.
— Hum. Não. Não é disso que eu tenho medo.
Ela tentou afastar suas mãos de sua cintura para que ela pudesse virar
e enfrentá-lo, mas suas mãos não se moverão. Estranhamente, seu aperto nem
sequer se sentia forte. Mais como se estivesse envolta em um casulo de
segurança.
André a levantou do chão e, entraram na piscina de água quente,
lentamente a baixando. A água quente foi um choque, mas se sentiu bem. Ela
era baixa e a água atingiu facilmente seus ombros de modo que sua maior
parte ficava submersa quando ela estava de pé.
André pegou a mão dela. — Há uma pedra lisa que pode se sentar aqui.
Não vá muito para o meio, porque a piscina se torna mais profunda.
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Ele poderia realmente ser tão ignorante? Ela arriscou um olhar para ele.
Sim. Ele estava olhando para ela, com os olhos azuis mais escuros, a cor da
meia-noite, que lhe disse que ele não estava feliz com o que ela estava dizendo
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a ele. Estava totalmente focado nela, fazendo-a sentir como se fosse a única
mulher no mundo dele. Não apenas ali na caverna, mas em todo o mundo.
Ela deixou escapar o fôlego lentamente. — André, você chegou até
mim. No interior, eu quero dizer. Isso significa que quando estivermos
separados um do outro, isso vai doer como o inferno. Para mim, pelo
menos. Eu não acho que seja uma boa idéia para arriscar.
— Por que iríamos nos separar, se nós dois queremos a mesma coisa?
Ela acenou com a mão na caverna. — Você tem alguma idéia de quão
bizarro isso realmente é? Nós estamos em uma caverna nas montanhas. Eu
sou uma turista. Você vive aqui. Nós nos conhecemos por algumas horas
atrás.
Ele acenou com a cabeça lentamente. Pensativo. Ela soltou a
respiração novamente, lembrando-se de respirar de vez em quando. Pelo
menos ele estava ouvindo.
— Estive em sua mente. Não são algumas horas para mim, Teagan.
Quando eu te curei, eu nós conectei juntos. Você pode tocar em minha mente,
ver dentro de mim a qualquer momento que desejar. Depois de fazer isso, não
serão algumas horas para você também. Você vai me ver, a pessoa que eu sou,
como eu a vejo.
Ela não esperava sua resposta. Ele tinha estado em sua cabeça um par de
vezes lendo seus pensamentos, talvez por isso ele soubesse mais sobre ela do
que ela gostaria que alguém soubesse —especialmente um homem lindo que
parecia um tipo deus.
— Eu não posso ler seus pensamentos, André. Eu sou uma curadora, mas
não sou psíquica. Eu não tenho esse tipo de dom—ou maldição,
dependendo de como você veja.
— Você pode, Teagan. Você sente a conexão entre nós. É muito forte para
você não sentir isso.
Ela deu de ombros e se moveu um pouco. A água formava
redemoinhos em torno dela, batendo em suas costas. Ela deslizou um
pouco sobre a rocha
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até que a água cobriu seu pescoço. O calor era bom, aliviando a tensão de seus
ombros e pescoço. A mochila ficou pesada depois de quilômetros de trilha
caminhando pressionou um pouco sobre seu pequeno corpo. Ela a arrumou o
mais leve possível, mas quando a arrumação é para um mês nas montanhas, e
talvez um ou dois dias numa cidade para relaxar, o peso começou a somar.
— Eu nunca li a mente de ninguém na minha vida. Se eu pudesse
André, você acha que eu teria me colocado nas mãos de Armend? Era evidente
que ele era um psicopata. Um assassino. Um estuprador em série e
assassino. Se ele estava dizendo a verdade sobre seus amigos, ele não estava
sozinho nesse tipo de comportamento. Se eu pudesse ler a mente, eu teria
sabido quando estávamos na universidade. Eu o ensinava. Eu estava com
ele cinco dias por semana, às vezes algumas horas por dia. Ele nunca agiu
nada além amigável para mim. Ele nunca cruzou uma única linha comigo.
Na verdade, nenhuma das mulheres que ele saiu se parecia comigo.
André estudou o rosto de Teagan de perto. Ela estava chateada agora. Ele
não podia culpá-la. Ela sabia que Jashari havia matado várias mulheres, e ele
não queria que ela assumisse essa responsabilidade, mas ela estava. Ele podia
vê-lo em seu rosto.
— Você pode ler os meus pensamentos, porque estamos conectados
Teagan. Neste momento, você não será capaz de ler os dos outros.
Seu olhar saltou para o seu rosto. Ele poderia se acostumar com o jeito
que ela olhava para ele. Esperava que ela sempre olhasse para ele assim —até o
final de seus dias, e também em sua próxima vida juntos.
— Como? Como eu faço isso?
— Fique parada. Deixe sua mente ficar quieta. Você não quer olhar em
minha mente. Você teme o que nós podemos nós tornar juntos, não a mim.
Você tem medo do que você vai sentir por mim. Você já sabe que eu nunca iria
feri-la nem deixa-la de coração partido. Isto é impossível.
— O que csitri quer dizer? —Teagan perguntou de novo, querendo ouvir
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Dark - Série Os Cárpatos
sua explicação pela segunda vez. Ela adorava a maneira como a palavra soava
em sua língua.
— Pequena. —Ele correu os dedos pelos cabelos. — Mas é mais. É um
termo de afeto. Simplesmente isso. Uma tradução exata é difícil.
Ela fez um pequeno ‘O’ com os lábios por apenas um breve momento. Ele
a tinha visto fazer isso duas outras vezes e uma vez que ele olhava para sua
boca, era difícil puxar o olhar. Ela finalmente estava relaxando, a água quente
aliviando a tensão dela. Não podia permitir que ela dormisse, não até de
madrugada, não até que ela estivesse tão cansada que quando ele empurrasse o
sono sobre ela, ela não iria perceber a diferença.
— Um pouco mais cedo você usou a palavra susu, o que isso significa?
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Dark - Série Os Cárpatos
Eu não estive na companhia de humanos ... pessoas ... por um longo tempo
e eu esqueci minhas habilidades mais do que eu me lembro.
— Você não tem estado muito na companhia de pessoas?
Ela era perspicaz. Ele estava lhe dando muita informação. Ela
precisava de tempo para processar. Mais tempo para estar com ele e ficar mais
próxima. Não queria trazê-la para o seu mundo muito rápido. Na verdade,
queria que ela escolhesse seu mundo. Que ela o escolhsse. Se não o fizesse,
ele iria encontrar outras maneiras de persuadi-la, mas enquanto isso ele
queria cortejá- la. Para dar a ela as coisas que sua mulher merecia.
Ele balançou a cabeça. — Eu falei mais com você do que eu tenho
falado com qualquer outra pessoa em um ano. —Séculos. Mas ele não podia
dizer isso e não tê-la fazendo perguntas.
Teagan fez pequenos padrões na superfície da água. Ele achou as imagens
rodopiando fascinante. — André? Eu sei que há um mosteiro por aqui. Pelo
menos eu fiz muita investigação nesta área, e há referências suficientes para
que eu acredite que ele está lá. Mais no alto, envolto na névoa. Você estava
lá? É por isso que você não falou com ninguém em um ano e agora você está
vivendo aqui nesta caverna?
Ela ergueu o olhar mais uma vez para o seu e o impacto o acertou
baixo. Como um soco. Duro. Desejo queimou por ele. Seus olhos escuros
ficaram ainda mais suaves. Ela pensou que tivesse entendido de onde ele tinha
vindo e por que estava ali.
— Ninguém vai lá em cima Teagan. Aqueles lá dentro não são monges
como seria de se esperar ser. Eles são guerreiros. Eles acreditam nos caminhos
antigos. Não seria seguro ir a casa deles.
Ele sabia que não era uma resposta. Também sabia como ela a
aceitaria. Ela tinha um coração mole. Sua compaixão ia ser a sua maior queda
se alguém não cuidasse dela. Ele ficou inclusive um pouco decepcionado com
sua amada avó por não impedi-la de viajar sozinha.
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eles, mas não agora. Não tão cedo. Ela ainda estava encontrando seu caminho
com ele.
Levou um momento para encontrar sua presença. Seu espírito mal estava
lá—e isso não tinha nada a ver com ser um diapasão ou até mesmo sua
companheira. Isso tinha tudo a ver com ela ser uma curadora genuína e
poderosa. Ela era uma forte empata tanto que tinha estendido sua mente para
ele sem que qualquer um deles estar ciente disso. Ou ela estava?
— Teagan? —Ele disse o nome dela em voz baixa. Ele sussurrou.
Colocando a emoção nela que ele não podia dizer em voz alta sem ela
colocar nenhuma barreira.
Ela levantou a cabeça. Seus olhos se encontraram. Ela estava tendo um
momento difícil olhando para ele. Ela não confiava ou entendia a atração física
que ela sentia por ele. Isso era novo para ela, muito radical e intenso para que
ela estivesse confortável. Ainda assim, ali mesmo, nos tímidos olhos, chocolate
escuro, ele viu a verdade. Ela sabia que o tinha tocado. Ela não estava à
procura de lembranças. Ela não estava tentando ver quem ele era. Ela não
estava lá por si mesma e portanto para ela, negar que estava em sua mente era
a verdade. Ela estava lá para curá-lo.
— Você já me curou, —ele disse em voz baixa. — Teagan. Só você. Apenas
a sua existência me curou. Não há necessidade de assumir o encargo do que eu
era antes de você entrar na minha vida.
— Você não foi para esse mosteiro por causa de sua fé em Deus, —ela
disse. — Eu sei que você não ia. Você caça... homens. Como um caçador de
recompensas. Ou um xerife. Eu não posso dizer o que e isso e, não importa.
Você teve que matar e isso cobrou seu preço sobre você.
André ficou surpreendido com a sua visão. Ela tinha razão, e ainda assim
ela entendeu errado. Ele não tinha perdido suas emoções ou a cor em sua vida
porque ele tinha matado. Ele podia matar até mesmo homens que haviam
crescido com ele e os considerado seus amigos, porque ele perdeu suas
emoções. Ele era Cárpato e essa era a vida do macho. Seu mundo se tornou
sombrio,
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Dark - Série Os Cárpatos
O som de sua voz, tão sedosa e entremeada com preocupação, moveu pelo
seu sangue como uma corrente de ouro derretido. Ele quase podia ver as notas
musicais no ar entre eles quando ela falava nesse tom.
— Eu quero te dizer. Eu preciso que você entenda o que você é. Quem
é você. Todos esses anos eu caçei, eu sabia que havia apenas uma mulher e
eu procurei por ela—por você. Eu encontrei você. Soube no momento em que
ouvi a sua voz e senti o seu toque. O momento em que eu olhei para você. Você
não pode dar a um homem como eu o sabor do paraíso e, em seguida levá-
lo embora. Não funciona assim.
Ela franziu a testa. — Eu não entendo o que isso significa.
— Isso significa que eu quero que você, pelo menos considere a
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Não era um firme não. Se qualquer coisa, ela queria fazer exatamente
o que ele pediu. Ele gostava de sua personalidade. Gostava do jeito que ela
era compassiva, intrépida e disposta a enfrentar seus medos. E ela estava
com medo. Podia senti-lo. Ele teve de resistir ao impulso de diminuí-lo para
ela. Isso não seria justo com ela, mas ele sabia que se seu medo crescesse
muito mais, ele não teria escolha. Descobriu que havia algumas coisas que
um homem como ele não poderia aceitar. Sua mulher estar desconfortável era
um deles.
— Eu sei o que fazer, Teagan. Me dê uma chance, é tudo que eu estou
pedindo. Por enquanto. —Ele não podia dizer aquelas palavras, mas elas
pairava no ar entre eles.
Seus dentes morderam mais forte seu lábio inferior, e ele reprimiu um
gemido. Ele se inclinou em direção a ela. — Eu estou fazendo um esforço para
ir devagar aqui, sivamet, mas se você continuar fazendo isso, eu, sem
dúvida, vou beijá-la novamente e, em seguida, as coisas vão aquecer. Você
vai ficar ainda mais assustada. Isso não vai ser bom.
— O quê? O que eu estou fazendo?
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Ele assentiu.
— Bem, claramente eu preciso de um guia. Podemos passar algum tempo
juntos, enquanto eu estou procurando a pedra certa.
Ele se inclinou para trás, ajustando automaticamente a rocha atrás dele
para o contorno de seu corpo. Pela primeira vez desde que ele encontrou
sua companheira, ele estava totalmente relaxado. Ela concordou em ficar com
ele. Para conhecê-lo. Ele planejava fazer muito bom uso desse tempo.
— Você não me disse nada sobre sua família, André, —disse Teagan.
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Ele abriu os olhos. Sentiu-a, em seguida, em sua mente. Ele não podia
jogá- la fora depois de convidá-la, mas ele poderia diminuir o impacto do que
ela viu.
— Você estava esperando morrer junto quando você o matasse, —disse
ela, com uma voz suave, que deixou seu coração dolorido.
Ele deu de ombros. — Caçar e matar homens não é uma tarefa fácil,
avio päläfertiilam. Eu fiquei cansado. E de repente, eu encontrei você. Minha
maior recompensa. A única coisa que eu nunca esperava encontrar. Minha
Salvadora.
Seus olhos procuraram os dele. Ele a deixou ver que era verdade, tanto em
sua mente quanto em seus olhos. Ela baixou os cílios longos, mas sabia que ela
estava agradecida que ele estivesse vivo.
— É uma coisa estranha desistir da vida. Alguém pensar em dar as boas-
vindas a morte apenas para descobrir que eles permitiram que suas vidas
escorregassem, suas maiores felicidades nunca seriam experimentadas. Eu
quero ter a oportunidade de ir para os Estados Unidos, encontrar meus irmãos
e lhes dizer isso. É importante que eles saibam. É importante que eles
percebam que não podemos desistir. Nunca. Nossa vida pode mudar em um
instante, no momento menos esperado.
— Eu sou realmente isso para você? —Perguntou Teagan.
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Dark - Série Os Cárpatos
Capítulo Sete
d
T eagan gemeu e tentou se rolar. Ela não conseguia se mover
porque algo pesado estava sobre sua cintura e algo ainda mais pesado estava
enganchado sobre sua coxa impedindo seu movimento. Ela desistiu de lutar e
se aconchegou mais profundamente no calor.
Ela estava confortável. Definitivamente não era seu saco de dormir.
Ela estava muito quente, e ela sabia com certeza que ela não estava usando
seus jeans. Ainda assim, ela não o fez—ou não pôde—abrir os olhos. Ela se
sentia de ressaca, mas ela não tinha bebido nada. Por um longo tempo,
estave ali, à deriva em algum lugar no crepúsculo entre a vigília e o sono.
André. Lindo André. Ele estava tão perdido e sozinho. Sua vida não
parecia feliz. Ela não entendia isso. Ela cresceu no mais feliz dos lares. Eles
podem não ter tido todo o dinheiro do mundo, mas elas certamente eram a
família mais rica quando se tratava de amor.
Ela podia chamar qualquer uma das suas três irmãs, dizer que precisava
delas, e elas entrariam em um avião e tentaria chegar até ela. Ela teve isso.
Sempre teve isso. E sua avó Trixie mostrou a ela o que era amor incondicional.
Teagan sempre foi um pouco diferente de suas irmãs. Ela foi motivada a
aprender. Procurava conhecimento o tempo todo. Constantemente escapava
de casa quando criança e elas a encontravam numa biblioteca lendo tudo o
que poderia ter nas mãos. Ela nunca foi punida. Na verdade, não. Não para
qualquer coisa que ela fez. Mas sinceramente, ela amava sua avó tanto que ela
não queria decepcioná-la ou machucá-la, por isso ela tinha evitado cruzar a
linha da melhor maneira possível.
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Dark - Série Os Cárpatos
Mas André. Seu coração se partiu por André. Ele olhava para ela como se
ela fosse seu mundo. Ele tinha acabado de conhecê-la, mas ela era sua tábua de
salvação. A curadora nela esteve dentro de sua mente, tentando descobrir a
melhor forma de ajudá-lo. Tinha encontrado a tristeza esmagadora. Suas
emoções eram fortes, quase como se elas fossem tão nova para ele que ele
tinha problemas de lidar com elas. Ele não saia durante o dia. Uma alergia
ao sol, talvez? Ele não disse a ela, e ela não sabia se poderia curar isso.
Ela tinha que se levantar. Estranhamente, ela sabia, sem olhar para o
relógio, que não tinha perdido muito do dia. Se ela quisesse explorar ao redor
e tentar encontrar a trilha do que ela estava procurando, ela teria que entrar
em movimento. André tinha explicado a ela que ele dormia durante o dia e
não acordaria até a noite. Ele tinha o sono pesado, ele disse. Se ela
acordasse primeiro, para não se preocupar, ele se levantaria logo depois.
André também a fez cerrar os dentes quando ele tinha dito, em sua
comandante voz sexy, que ela não deveria sair da caverna sob quaisquer
circunstâncias, para esperar por ele. Ela não gostava desse lado mandão. Ou
ordenando. Ainda assim, era sexy nele, mas então tudo era.
Teagan respirou fundo e forçou os olhos a se abrirem. O peito de
André estava pressionado contra seu rosto. Um de seus braços estava em volta
de sua cintura. Ela podia dizer pelo jeito que ele parecia que não apenas
dormia, mas dormia profundamente. Sua perna estava sobre suas coxas,
prendendo-a com ele. Ela não se mexeu, porque ela era bom estar contra
ele.
Ele a levou para o elevado colchão. Não era muito macio e nem muito
firme, exatamente como ela gostava de seus colchões. Além disso, era
muito melhor do que o seu saco de dormir e o chão. Não podia acreditar que
os lençóis estavessem impecáveis. Como era o cobertor. Isso não fazia
sentido absolutamente. Ainda mais estranho, era o cheiro fraco de lavanda,
um cheiro que gostava particularmente. Como lençóis e cobertores no mundo
selvagem das Montanhas dos Cárpatos conseguiam cheirar com seu
perfume favorito, ela não tinha idéia. Ainda assim, era maravilhoso, e não
ia reclamar.
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Ela não se lembrava de André indo para a cama com ela. Certamente ela
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Dark - Série Os Cárpatos
Ela ficou muito quieta. Ela o ouviu em sua mente. Ele não só estava lendo
seus pensamentos, ele estava se comunicando com ela, e seu coração ainda não
estava batendo, onde ela podia ouvir ou sentir. Ele a ouviu. Enquanto ele
estava dormindo. Ele a ouviu.
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Havia uma preguiçosa diversão em sua voz. Ele não se moveu. Nem
um simples músculo. Ainda assim, ele sabia que ela estava brincando com
fogo.
— Eu tenho que me levantar.
Não.
Uma palavra. Autoritária. Muito André quando ele não estava sendo o
homem mais doce na terra. Quase mandão. Não, super mandão. Ela não era o
tipo de mulher que aceita muito bem o mandão. Pergunte a sua avó. Pergunte
a suas três irmãs mais velhas. Pergunte a qualquer um.
Ela ergueu o braço pesado e saiu de debaixo dele. Sua perna foi uma
proposição totalmente diferente.
Teagan.
Lá estava ele, a voz que a fazia ficar fraca. Ela não se mexeu por um
momento, porque a forma como ele derramava emoção em sua voz
enrolava seus dedos do pé e roubavam o ar de seus pulmões. Quase teve
vontade de obedecer ao seu comandante "não". Quase. Mas ela não queria
ficar na cama. Tinha um trabalho a fazer e duvidava que pudesse subir em
torno de uma montanha no escuro.
Ela deslocou a perna dele, retirando a sua própria em uma explosão
surpreendente de força e determinação. Ela estava livre, mas algo a mantinha
ali, colada ao seu lado. Estava relutante em deixá-lo desprotegido enquanto ele
estava dormindo o sono dos mortos.
127
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Ela realmente sentia uma compulsão para obedecer. Era forte, e isso a
assustava mais do que o comando em sua voz. Ela nunca quis obedecer a
ninguém, e não desde o momento que ela era um bebê. Vovó Trixie muitas
vezes disse para quem quisesse ouvir histórias de como, até mesmo antes que
ela pudesse andar, ela não gostava de ninguém lhe dizendo o que fazer.
Sentindo-se, como se ela quisesse obedecer, quando ele usava esse tom
com ela a chocou. Mais, isso disse a ela que estava profundamente
envolvida vom ele, e que era muito cedo para isso. Se ela se sentia assim
agora, como se sentiria quando se apaixonasse por ele? Ela nunca
desobedeceu a sua avó Trixie porque ela a amava muito. Amar André estava
fora de questão.
Ela virou a cabeça para olhar para ele, mas não podia ver seu rosto. Ou
seus olhos. Seu cabelo cobria ambos. Ela respirou fundo. Não era culpa
dele que tudo nela queria render-se a ele. Ela percebeu que não queria deixá-
lo. Não apenas porque ele estava desprotegido, mas porque precisava estar
com ele. Isso era ainda mais aterrorizante.
Será que ele se sente da mesma maneira? Foi por isso que a doçura de
André tinha virado uma ordem? Talvez ele estivesse tão assustado com o que
estava acontecendo entre eles como ela. Não queria que ele sentisse medo,
tristeza ou tão sozinho, como ela sentiu quando esteve em sua mente. Sua
garganta queimava. Seus olhos ardiam. Por ele. Por sua vida. Pelo fato de que
sua vida tinha sido tão maravilhosa, apesar de perder sua mãe antes que
ela tivesse a chance de conhecê-la. A vida de André claramente foi muito
diferente.
Uma vez que ela sentiu o início de lágrimas, era imperativo ficar longe
dele. Ela não chorava na frente de ninguém. Nunca. Era a garota durona
em
Dark - Série Os Cárpatos
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Dark - Série Os Cárpatos
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testa e olhou ao seu redor. Isso era outra coisa. Como ela podia ver? Ela
não estava usando sua lanterna e as tochas há muito tinham apagado, mas ela
podia ver. Tinha estado em cavernas muitas vezes, e ela sempre usava um farol
ou a lanterna. Mas, principalmente o farol1 2 .
1 2
Farol – farol para espeleólogo, fixado na cabeça com uma tira de couro ou vem acoplado
num capacete.
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Tinha o medo repentino que quando ela o deixou, ele precisasse dela. Que ele
não estava respirando. Que seu coração tinha parado.
Ela se abaixou na frente da abertura estreita, olhando para a luz. Sua pele
se arrepiou como se o sol pudesse queimá-la. Ela nunca realmente teve
esse problema, um legado de sua mãe, mas ainda assim, o sentimento estava
lá. Ela queria chorar e correr de volta para André, para segurá-lo perto e se
assegurar de que ele estava respirando. Ela não o fez. Como tudo mais, o
lodo, os terremotos, o labirinto, mesmo este escudo, tinha que ser uma
ilusão.
André estava muito bem. Ela era a única que necessitava controlar
seus pensamentos. Tomou outra respiração profunda, calmante e levantou as
mãos. Ela cantou as notas suavemente desta vez, colocando mais poder por
trás delas, mais determinação. Quando cada corda deslizou de volta no lugar,
ela deu um nó, adicionando uma nota sobre elas. Ainda assim, ela estava
pronta, de pé desta vez no final da canção. De forma que quando ela
cantou a última nota e a cadeia desembaraçou, ela empurrou a barreira
para a luz do dia.
O sol bateu com força, quase cegando-a. Seus olhos queimaram. Teve que
fechá-los e buscar cegamente por seus óculos de sol. Tinha que ser a altitude.
Seus olhos não eram particularmente sensíveis ao sol, mas não só sua pele
sentia como se ela estivesse queimando, os olhos doíam —tanto que lágrimas
escorreram pelo seu rosto.
Ela vestiu o casaco para proteger os braços nus contra os raios do sol
enquando dava um olhar cuidadoso ao redor. As montanhas eram
verdadeiramente belas e selvagens. Esta era uma das últimas faixas
preservadas para a vida selvagem na Europa. Se seus olhos não estivessem
cheios de lágrimas, ela teria apreciado a vista. Ela fechou os olhos com
força e tirou os óculos para que pudesse enxugar as lágrimas.
Infelizmente, sua mente voltava para André. Adormecido—ou morto.
Desprotegido—ou morto. Sozinho—ou morto. Definitivamente ela não estava
apreciando a vista. André Boroi vivia muito bem sem ela.
Eu existia. Não vivia.
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133
Dark - Série Os Cárpatos
Ela piscou. Sua respiração ficou presa na garganta. Ela estava a uma
boa distância dele. Ele estava definitivamente dormindo. Agora ela estava
ouvindo coisas, bem como uma alucinação?
Volte para mim Teagan.
Sim. Lá estava ele. O tom sexy, mas mandão que tocava sobre seus nervos.
Não ia ceder a suas compulsões estranhas ou obedecer a um estranho só
porque ele era o homem mais sexy vivo com sua aparência, seu sotaque e sua
doçura. Quem diria que alguém doce pudesse ser mandão? E o mais
provável, juntamente com todas as suas outras alucinações, sua voz em sua
mente era apenas isso.
— Eu realmente estou ficando louca. Pelo menos a minha ilusão é um
homem muito quente com um sotaque sexy, e não algum vampiro que quer
sugar meu sangue e me tornar uma louca monstra chupadora de sangue, e me
ter dormindo na terra ou num caixão cheio de terra, —ela sussurrou em
voz alta.
Ela precisava voltar à pista e encontrar a pedra que não só curaria sua avó,
mas a curaria também. Ela tinha cruzado o caminho uma vez, pensou que
estava na caverna, mas sabia que tinha tomado um rumo errado.
Era perfeitamente possível que havia algo na caverna que causava as
alucinações. Isso pareceu uma explicação provável, embora estivesse fora da
caverna, mas cada passo que dava para longe dele, ela sentia um peso terrível
pressionando sobre ela. A tristeza aumentando. André estava morto. Ela sabia
disso. Tinha que voltar. Não podia continuar. Não sem ele.
Teagan encontrou seu rosto molhado, e desta vez não tinha nada a ver
com o sol. Ela tocou seu rosto e olhou para a mancha de lágrimas em seu
dedo. Definitivamente hora para outra ilusão, como sua voz. Claro que não.
Ilusões não funcionam dessa maneira.
Ela se empurrou para manter a caminhada de volta para o ponto onde ela
sentiu pela primeira vez a sintonia em seu corpo em direção à pedra ou a gema
que precisava. Ela foi cautelosa. Fez o seu melhor para ficar abaixada
134
Dark - Série Os Cárpatos
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novo problema, empurrava tudo o mais fora de seu cérebro e sua mente se
tornava a quieta.
Precisava que sua mente estivesse tranquila. Agora, mesmo com uma
escalada potencialmente detectanda, sua mente continuava voltando a
André—tentando sintonizar com ele—mas ela encontrou apenas o vazio.
Um vazio. Silêncio.
Ela tentou o chamar de mente para mente. André. Eu estou ficando um pouco
louca aqui. Apreciaria uma resposta. Algo. Qualquer coisa de você.
Foi uma loucura se estender, esperar uma resposta, mas precisava dele.
Ela precisava saber que ele era real. A ligação era tão forte. Que não fazia
qualquer sentido do que sua dor, especialmente quando ela já não tinha
certeza se André era real ou não. Se ele não fosse, e ela estava tendo
alucinações, então isso significava que Armend ainda estava vivo e
procurando por ela. Se Armend estava procurando por ela, ela estava louca
por estar a céu aberto, escalando. Se ele estava morto, ela tinha que dizer às
autoridades.
André era real para ela, mais real do que Armend. Ela certamente
estava mais preocupada com ele. Não conseguia entender a necessidade de
correr de volta para a caverna e ver se ele estava lá ou não. Verificar seu
batimento cardíaco. Deveria ter verificado para ter certeza de que ele estava
respirando. Tristeza a encheu novamente, pressionando no peito até que
ela mal podia respirar sozinha. Uma vez que a aflição se apoderou dela, não
conseguia fazer isso ir embora.
Ela tinha que parar. Só havia uma maneira de evitar sair correndo de volta
para a caverna, ou pior, atirar-se sobre o penhasco. Seu olhar subiu,
procurando. Ela sabia exatamente o que estava procurando e ela viu uma
pedra para o boulder cerca de cinco metros acima. Ele entrelaçava-se contra a
encosta da montanha apenas a esquerda de sua posição e parecia muito
interessante.
Esta parte das Montanhas dos Cárpatos não era conhecida por rochas
calcárias, era muito alta, embora as gargantas fossem profundas em toda a
área, e estava apenas um pouco chocada ao ver essa parte da rocha atrás
para o
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Dark - Série Os Cárpatos
Ela então inspecionou o chão. Não tinha um colchão1 3 com ela para
amortecer se ela caísse, o que era possível —até provável—quando escalava, ela
observava tudo, pois não queria quebrar algo. Claro que não havia como evitar
isso, ela teria de passar por cima do teto, então, cair, não seria mais uma
opção. O chão parecia suave e tinha um aplainamento no mesmo. Havia
algumas pequenas pedras no chão, mas ela jogou-os fora do caminho, o
tempo todo olhando para a superfície brilhante da rocha. Ela recuou,
franzindo a testa, tentando fazer uma seqüência para cima da face
avaliando os riscos. O início parecia um pouco desafiador, com apenas
duas pequenas ondulações e pequenos pontos de apoio. O próximo agarre
era muito alto, mas com uma pequena força dinâmica estava segura de que
poderia ultrapassar o declive e então talvez jogar uma chave de calcanhar para
ganhar a próxima etapa. Sem dúvida, o ponto crucial seria a saída da
próxima inclinação, mas o calcanhar
1 3
colchão – usado para amortecer a queda quando se pratica o boulder.
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Dark - Série Os Cárpatos
devia torná-la mais sólido. Fazer um pouco sem nenhum colchão, mas,
pelo menos, todos os movimentos difíceis parecia estar na base. Parecia muito
mais fácil depois disso. De fato, o teto parecia ter um monte de pedras de
agarres e ponto de apoio. Ela só esperava que fossem sólidos e não
esfarelasse lá em cima.
A rocha calcária tinha uma sensação quase de areia áspera. Muitas vezes,
quando escalava, ela raspava a pele de seus dedos, mas havia algo sobre a
textura que a chamava. Gostava do calcário. A rocha em si pode ser usada para
melhorar outras rochas de cura. As propriedades no calcário eram
centralizadoras e positivas. Escalar na rocha calcária sempre a fazia se sentir
melhor.
Teagan decidiu subir e investigar mais. Não poderia ter solicitado uma
melhor escalada. A pedra para o boulder estava aninhada na lateral da
montanha, quase como se fosse parte da borda do penhasco proporcionando
um caminho seguro e fácil. Descendo o olhar a partir do topo do penhasco ela
viu que havia de fato uma série irregular de agarres1 4 indo até o teto.
Definitivamente a parte mais difícil era mais nesse ponto. Alívio e emoção
a inundaram. Era melhor do que ela poderia ter esperado. Cair de lá seria
bastante improvável, e para ela era um risco aceitável. Ela afastou um
pouco dos detritos que ela encontrou e se estendeu para subir e limpar a parte
de cima dos agarres que poderia alcançar com seu pincel de escalada.
Depois de fazer o caminho de volta para terra firme, Teagan sentou-se
para colocar seus sapatos de escalada. Não havia muito para olhar, o couro
amarelo uma vez vibrante agora estava bastante desbotado, mas as solas de
borracha aderente eram novas de uma recente reforma e as correias com tiras
de velcro também foram substituída por umas correias laranja brilhante que se
destacava em nítido contraste. A sola grossa e reforçada se agarrava a
planta dos dedos dos pés e do calcanhar, reforçando seu amor por escalar,
enquanto eles não
1 4
agarres – pontos de apoio na rocha para escalar (modelo tirado de um paredão).
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Dark - Série Os Cárpatos
eram os melhores sapatos para escalada vertical ou laje, eles eram seus sapatos
confortáveis, que ela usava na maioria das vezes em terreno com saliências
para escalada. Eles estavam sujos e desgastados, e para uma pessoa mediana
eles pareciam dois números menores para seus pés, mas ela os amava
como um melhor amigo e uma vez aquecidos eles se encaixam
perfeitamente nela.
Depois de algum tempo ela tirou seus sapatos até a metade, deixando
os dedos dos pés dentro para mantê-los aquecidos.
139
Dark - Série Os Cárpatos
mente, ela colocou seus sapatos de volta completamente, e com certeza eles se
sentiam perfeitos.
O primeiro contato com o rochedo pareceu um pouco frio, mas a rocha
sólida era incrível nas mãos. Ela sentiu a rocha levemente no início e, em
seguida, uma vez que ela encontrou o lugar perfeito para apoiar se puxou para
a rocha, com os pés descansando em um minúsculos ponto de apoio. Ela se
moveu para uma pequena sub-aderência com a mão direita e, em seguida,
ajustou-se para usar o impulso dinâmico com um joelho estendido e o
outro dobrado. Ela se concentrou no salto, rapidamente calculando a
quantidade de energia que teria que usar quando ela se visualizou fazendo.
Lançou-se, deixando escapar o fôlego e apertando sua parte central, a
curvatura se alongou desde seu dedo do pé esquerdo, fluindo através de
seu corpo em um movimento limpo. O momento de contato com a
aderência foi fortalecedor. Simplesmente amava a sensação que os grandes
movimentos lhe davam. Sentia-se forte e no controle de seu corpo. Estar no
controle era importante para ela.
O agarre era amplo em sua mão e a textura áspera. Seu pé direito golpeou
quando ela bateu na saliência—o impacto teria sido impossível de evitar com
seu tamanho pequeno—mas seu pé esquerdo ficou com ela quando
alcançou sua extensão máxima impedindo seu corpo de entrar em colapso
a partir da distenção. O agarre no lado direito, não era o melhor dos lados,
porém ela fez um gancho de calcanhar confortável e rapidamente se
aproveitou, dando um apoio para o pé direito.
Teagan travou o aperto, puxando o corpo para cima e para perto da
face da rocha quando puxou o calcanhar para ganhar um grande impulso.
Ela cobriu a parte superior primeiro com a mão direita e, em seguida,
combinou com sua esquerda. Manteve seu corpo sob o agarre enquanto ela
puxou para cima, tentando manter o atrito com a inclinação suave. Enquanto
se movia de seu calcanhar para o dedo do pé quando se erguia para ganhar a
próxima borda lisa em cima dela. Era pior do que ela esperava, mas bom o
suficiente para continuar.
140
Dark - Série Os Cárpatos
O sol caiu ainda mais e tons de cinza cortavam a luz. Com fiapos de
nevoeiro vindo em direção a ela como dedos deslizando. Ela olhou para
cima da montanha em direção ao pico mais alto onde estava sempre
envolto em névoa. Agora, a névoa se arrastava para baixo de modo que lá
em cima, onde a caverna estava localizada, o nevoeiro parecia tão denso
que parecia impenetrável. Ela não queria estar na rocha quando a névoa
chegasse ali.
Os próximos movimentos executou rapidamente, e estava feliz por estar
correta na sua avaliação de que aqueles agarres ficavam ainda melhor em
direção ao teto. Era um pouco assustador chegar debaixo do teto, pensando em
ir sobre ele e alcançar a laje acima dele, mas ver aqueles grandes agarres
lhe deu a confiança que precisava. Conforme subia, ela agarrou as maiores
saliências se certificando de que elas eram seguras.
A última coisa que queria era ir voando para o chão porque ela se
puxou num apoio que era muito frágil. Os movimentos eram mais fáceis agora,
mas o risco era muito maior. Cuidado agora era sua principal prioridade e
cada movimento foi executado com muito mais cuidado e mais precisão do
que o último. Ela foi devagar, progurando ao redor os agarres mais sólidos,
usando o mínimo de força, conforme necessário, e planejando sua estratégia
para cima do teto. Sua cautela valeu a pena e logo estava em cima do teto,
sentindo-se satisfeita. Só mais alguns movimentos e ia chegar ao cume.
Ela olhou para cima e viu nada além de névoa cinzenta. Seu coração
gaguejou. O nevoeiro não poderia ter ficado tão denso, nem tão rápido.
Não havia nem mesmo vento. Tornou-se ciente do silêncio absoluto. Não
havia zumbido de insetos. Não havia gritos de pássaros. Nenhum leve
movimento em qualquer lugar ao redor dela.
Isso não era bom. Ela estava agarrada ao lado de uma pedra para boulder,
uns bons cinco metros de altura. Ela se sentia cautelosa ao seu próximo agarre.
Ela tinha praticamente memorizado a escalada em sua mente antes de
começar e sabia onde estava, o corpo dela só tinha que puxar as
informações de sua cabeça.
Os primeiros dedos da névoa a atingiu, tocando sua mão quando ela a
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Dark - Série Os Cárpatos
estendeu para a pequena saliência que sabia que estava lá. Ela puxou a
mão para trás e quase perdeu o equilíbrio. Ofegante, ela se agarrou na rocha
de novo e se achatou contra ela. No momento em que o nevoeiro tocou sua
pele, sabia que não era uma névoa normal.
O vapor era pegajoso, se agarrando a ela, enviando espinhos de medo
através dela e um arrepio na espinha. Pior, algo se movia no nevoeiro. Ela
sabia disso. Qualquer que fosse a entidade, usava a névoa para se ocultar.
Ela mordeu o lábio e tentou acalmar sua respiração. Tinha que pensar.
Seria melhor arriscar e descer, ou subir até o último metro na névoa? Sua pele
se arrepiou, e o pavor cresceu ao medo pleno direto—o medo era
verdadeiro. Alguma coisa estava vindo em sua direção e parecia totalmente
mal. Ela tinha que tomar uma decisão e tinha que fazer isso rápido.
Capítulo Oito
d
T eagan tomou uma decisão rápida para descer, enquanto ela tinha
chance. Voltar sobre o teto ia ser difícil, mas uma vez que estivesse sob ele, isso
iria ajudar a protegê-la do nevoeiro. Sua pele dóia como se queimasse da
pequena exposição às gotículas não naturais da névoa. Sabia que não tinha
nenhum sentido, e talvez fosse mais uma alucinação, mas se assim fosse, era
tudo muito real.
Ela xingou em voz alta, palavras que sua avó teria lavado sua boca, quando
olhou para a pele da mão. Havia bolhas. Bolhas reais. Ela prendeu a
respiração.
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142
Dark - Série Os Cárpatos
Real ou não, ela tinha que sair dali antes que o nevoeiro envolvesse todo o seu
corpo.
Invertendo seus movimentos voltando pelo teto, especialmente com seu
corpo tremendo e seu coração ficando louco, era impensável, mas às vezes
a vida exigia o impensável. Subir em direção ao nevoeiro às bolhas seria
um destino muito pior. Ela virou seu foco para sua respiração e tentou firmar
sua mente para a tarefa que estava em mãos. Moveu-se cautelosamente, mas
desceu rapidamente pelo teto. Conforme fez seu caminho até a beira do
teto, se esforçou para não olhar para a névoa ou em direção ao chão. Relaxar.
Ela tinha que relaxar.
Os movimentos fáceis da subida pela borda se provou muito mais
difícil no sentido inverso. Não ser capaz de ver os pontos de apoio sob o
teto era um desafio. Além disso, a aderência que sentiu tão bem na subida
parecia muito pior quando baixava seu corpo sobre a borda. Sua perna
esquerda pendia sob o teto procurando ao redor procurando agarre que ela
usou para subir. Sabia que estava lá em algum lugar, mas era como se ele
desaparecesse completamente. Enquanto lutava para encontrar algo para se
sustentar, cometeu o erro de olhar para cima. A névoa estava vindo em sua
direção rapidamente. Ela precisava chegar para baixo do teto
imediatamente.
Teagan se abaixou ainda mais, balançando os pés sob o teto e sentindo ao
redor. Ali. Uma saliência grande era a sua salvação. Ela sentiu um alívio
imediato quando ela moveu seu peso para ele. Se moveu rapidamente,
agarrando ao teto com as duas mãos. Capaz de ver sob o teto agora, fez
mais alguns movimentos até que estava segura. Doce alívio a inundou quando
estava sob a cobertura do teto bem a tempo de escapar da névoa.
Embora ela ainda estivesse em perigo. O nevoeiro ainda podia alcançá-la,
agora ela estava presa na metade do caminho até a face da rocha. O teto
fornecia alguma cobertura, mas a névoa ainda estava se movendo. Tão
louco como parecesse, quase parecia como se a névoa a estivesse caçando.
Precisava de um plano e precisava se mover rapidamente.
A avaliação de risco era uma parte comum da escalada e deixou que essa
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143
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S s s
Teagan tinha ido embora. As pálpebras de André se abriram e ele se
levantou, acenando com a mão automaticamente como tinha feito durante
séculos para ocultar sua identidade. Roupas limpas, o corpo fresco,
completamente limpo, como se tivesse acabado de sair do chuveiro e vestido.
Ele já estava andando e no terceiro passo ele mudou, tornando-se nada mais
do que pequenas moléculas que viajavam em direção á entrada das cavernas.
Ele se estendeu para ela, a conexão era forte, e descobriu que ele quase
tinha chegado tarde demais. Ela tinha inadvertidamente caído quase que
diretamente nas mãos de um dos vampiros menores de Costin Popescu.
Teagan. Ouça-me. Ele falou em sua mente
O sol tinha acabado de se pôr e a escuridão não tinha ainda tomado tudo,
mas ele podia ver o nevoeiro denso, grosso. Era oleoso e pegajoso ao toque.
Carregava a mancha do mal. Seu coração bateu em seu peito e provou o terror
em sua boca.
Teagan, me responda agora. Ele empurrou o comando em sua voz.
Eu estou indo para você. Ele carregou seu medo por ela—medo de que
ele chegasse tarde demais. Assim como estivera há tantos anos atrás. Ele
tinha
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Dark - Série Os Cárpatos
muitas lembranças, mas ao longo dos séculos, elas tinham desaparecido até
que ele quase as tinha esquecido. Mas não o que ele queria esquecer. O que
o assombrava a cada sublevação.
Eu não sei se você é real.
Sua voz um pouco ofegante puxou através das cordas do seu coração. Ela
estava assustada, e ele detestava que ela estivesse. Ainda mais, detestava que
ela tivesse razão para estar.
Olhe ao seu redor, sivamet.
O nevoeiro está próximo. A voz de Teagan vacilou como se ela fosse perdê-
la, mas, depois, ela continuou. Algo está nele. Ele tocou minha pele e pareceu errado.
Me pareceu mal. Tocou na minha mão e provocou queimaduras. Então eu desci a
escalada e eu estou apenas sob um teto que me dá um pouco de abrigo, mas eu posso sentir
a névoa vindo para mim.
Ele amaldiçoou silenciosamente em sua língua antiga. Ela estava
definitivamente no caminho da armadilha de um vampiro. Se o nevoeiro tinha
tocado sua pele, o vampiro sentado no meio da teia apenas sentiu o puxão em
uma de suas iscas e ele estaria se rastejando para fora para descobrir que tipo
de presa ele tinha agarrado.
Me desculpe, eu sei que soa um pouco histérica, mas eu não quero que o que está no
nevoeiro me pegue.
Ela pensou que ele não acreditasse nela. Ele queria envolver seus braços
em volta dela e abraçá-la. Protegê-la. Mas neste exato momento, precisava
empurrar esses pensamentos e ter certeza de que pudesse protegê-la.
Eu preciso ver ao seu redor. Mantenha seus olhos abertos. Estou em sua mente e
posso ver através de seus olhos. Você tem que fazer isso Teagan. Você tem que ser
corajosa e me permitir guiá-la através disso.
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Isso quase o quebrou. Ele não iria perdê-la. Não podia. Não para um
vampiro. Não para nada. Ela era cheia de vida. Forte. E ela tinha um senso de
humor que o pegava o tempo todo.
André sabia que ele estava perto dela, mas perto não era bom o suficiente,
não agora que ele sabia que o vampiro também se dirijia a sua posição. Ele
deslizou ainda mais para dentro de Teagan, usando sua conexão forte,
ganhando sua visão. Sentiu sua primeira reação, uma repulsa de sentir sua
presença tão forte em sua mente.
O terror a tomou. O que quer que estava vindo para ela estava perto e
ela não sabia o que fazer, se pulasse da rocha ela tinha uma oportunidade e
arriscar aterrisar errado, ficar onde estava e deixar o nevoeiro alcançá-la,
ou tentar descer pela parede para ficar um pouco mais perto do chão antes
de pular. Tendo descido de cima do teto, ela pelo menos tinha uma chance
de não se machucar quando pulasse.
Não. Não faça nada ainda. Não se mexa.
146
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ele pôde ver sua situação. O nevoeiro denso não natural estava rastejando em
sua direção. Ela ou tinha que permitir que a névoa a envolvesse ou iria
pular pelo penhasco.
Continue olhando para o nevoeiro.
Seu tom não deixou espaço para discussão. Seu tom de voz, o seu
poder, cada pedaço do guerreiro antigo e predador primitivo estava em sua
voz. Ele olhou para o nevoeiro, usando os olhos de Teagan. Mesmo quando ele
riscava através do céu escuro em direção a ela, ele se concentrou no vampiro
fazendo o seu caminho em direção a Teagan.
Um vento forte atingiu a densa neblina, correndo através da armadilha
densa, pegajosa para dispersá-la. Ao mesmo tempo, as nuvens se abriram para
despejar chuva na teia do vampiro, a fim de neutralizar o ácido escondido
dentro da névoa. Disparou um raio de luz na massa de neblina, iluminando o
céu, iluminando o interior do nevoeiro.
Como uma aranha mortal, o vampiro foi exposto, rastejando
cautelosamente em direção a pedra do boulder e sua presa. O relâmpago quase
o perfurou, forçando-o a saltar para os lados, gritando quando a luz intensa o
atingiu. Por um momento ele estava completamente visível.
Teagan gritou e fechou os olhos para bloquear a visão do monstro. Sua
boca estava aberta em um grito medonho, revelando seus dentes manchados e
afiados. Seus olhos brilhavam vermelho e queimavam com uma feroz
necessidade de rasgar e matar. Tinha cabelo, mas estava sujo e pendurados em
tufos emaranhados.
— Isso não é real. Isto não é real, —ela entoou.
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humanos. Essa corrida lhe daria mais poder para a batalha que ele sabia que
viria.
Abra os olhos, André assobiou uma segunda vez.
Ela obedeceu. Eu tenho que pular. A pedra está escorregadia agora, tornando-
se mais difícil de segurar. O nevoeiro está chegando. Eu tenho que saltar.
Ainda não, ele advertiu. Ele viu a queda em sua mente. Ela tinha caído
muitas vezes de penhascos e ela sabia o que estava fazendo. Ele poderia ajudar,
flutuando-a para a terra. Espere até que eu diga. Estou perto. Ele está caindo do
céu em direção a você. Aguarde.
Mais do que qualquer outra coisa ela queria olhar para longe, saltar e
tentar correr, mas André segurou lá, recusando-se a deixá-la ceder a seus
medos. Ele se recusou a permitir-se sentir o terror dela, mas não conseguiu
abafar o martelar do coração dela, e sabia que o som atraia o vampiro como
um farol.
Respire, acalme o seu coração, sivamet. Não lhe dê a satisfação de ouvir ou sentir o
seu medo.
Ele não queria que ela se desconectasse dele. Deveria saber que ela
não iria. Ela olhou para o monstro descendo rapidamente.
Agora!
André não precisou dizer a ela duas vezes. Olhando para baixo, Teagan
visualizou sua zona de aterrissagem e depois baixou seu corpo, tanto quanto
poderia para longe de onde estava, respirou... Ela saltou com um pequeno
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do tom que o som feriu seus ouvidos. Ela não tirou os olhos da cara dele.
Ele estava murmurando alguma coisa e parecia triunfante. Ela percebeu que
ele acreditava que ela não estava se movendo porque ele tinha forçado uma
compulsão sobre ela. Ela ouviu um zumbido, juntamente com as notas
dissonantes, mas sua mente se recusou a entrar em sintonia com esse tom
discordante. O som fez seu estômago se revoltar e a bílis subiu em sua
garganta.
— Uh. Não. Nem em seus sonhos mais selvagens, seu anormal, —ela
retrucou. — Ilusão ou não, eu estou dando o fora daqui.
Seu coração batia mais forte, batendo em seu peito, e ela forçou o ar
através de seus pulmões, lembrando-se no último momento que André havia
dito sobre não dar a criatura a satisfação de ouvir seu medo. André não era real
também, droga. Ela estava perdendo a cabeça. O chá tinha cogumelos nele.
Algo. Certo? Não tinha como acalmar seu coração acelerado.
O inferno com isso André. Você não está aqui. Estou com medo e não há
nenhuma maneira de controlá-lo. Ainda assim, ela não se moveu.
Estou com você.
Como ele podia soar tão arrogante? Tão confiante? Como poderia a
voz dele ressoar com o seu corpo de modo que cada célula se estendeu para
ele? E onde estava ele, exatamente? Invisível? Porque ela com certeza não o
via. Real ou não, se essa coisa não era um vampiro, ela não sabia o que era. Ela
precisava desesperadamente do kit de caça-vampiros de sua avó.
Os olhos ardentes do morto-vivo se arregalaram e sua boca esticou em
alegria conforme ele a alcançou com as mãos ossudas. Ela rolou rápido, longe
da rocha, em direção à trilha estreita. Uma unha cortou seu ombro, rasgando
através do material de sua camisa. Queimou como nada que ela já tivesse
experimentado antes. Ela teve a presença de espírito de pegar os sapatos de
escalada quando rolou e, em seguida, ela estava em pé e correndo.
— Isso não está acontecendo. Não há tal coisa como vampiros. Não há
realmente tal coisa. Eu estou enlouquecendo, tendo delírios! —Gritou ela
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enquanto ela continuava correndo. — Eles não são reais. A minha avó está
louca e eu estou louca também. Nada disso é real.
Algo passou por cima de sua cabeça. Ela sentiu um vento terrível
quase derrubando-a à medida que passava, e, em seguida, ela ouviu o grito
do vampiro. Parou abruptamente, girando ao redor, seu coração em sua
garganta. André estava de frente para vampiro, seu corpo sólido entre ela e
a terrível criatura. Seu punho parecia estar dentro do morto-vivo. Sangue
negro correu como córregos pelo peito do monstro. Ele cuspiu ácido
venenoso em André. Teagan sabia que era ácido, porque queimou a pele do
André.
— Oh meu Deus. Oh meu Deus. —Ela queria cobrir seus olhos e
ouvidos e abafar os gritos horríveis da criatura.
O vampiro arranhou violentamente no rosto de André, rasgando sulcos
longos e profundos na pele, abrindo a ferida para que seu sangue fluísse
livremente. Ela engasgou quando a criatura levou seus dentes para a garganta
de André—ou melhor, tentou fazê-lo. André, com o punho e agora parte de seu
braço enterrado no peito do vampiro, virou o corpo ligeiramente para que os
dentes se afundassem em seu ombro.
O vampiro arrancou um pedaço e, para horror de Teagan, começou a
engolir o sangue. Ela não podia correr. Real ou não, não podia deixar
André enfrentar uma coisa tão terrível. Ela não tinha alho, não tinha uma
estaca ou água benta, nenhuma das coisas do kit de sua avó. Ela olhou ao
redor e encontrou uma pedra, uma que se encaixava em sua mão, sua
única arma. Talvez se ela batesse na cabeça do vampiro, isso daria tempo para
André afiar uma estaca para que pudesse conduzi-lo através do coração da
besta. Se sua avó realmente queria caçar e matar uma dessas coisas, ela
realmente estava louca.
Teagan pegou a pedra e deu dois passos em direção aos dois homens.
André estava coberto pelo seu próprio sangue vermelho brilhante, bem como o
sangue negro do vampiro. Em todos os lugares que o sangue do vampiro tocou
queimou a pele dele. Pior, queimou através de sua pele. Teagan não via
como ele poderia suportar a dor.
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Ela não podia se mover, seu olhar sobre a mão de André quando ele a
retirou do peito do vampiro. Seu punho estava fechado e apertado, braço e
mão coberta de sangue negro. Em todos os lugares que o sangue o tocou—
que era praticamente em toda parte—sua pele estava queimada. Em alguns
lugares, especialmente a mão e o braço, a queimadura ia até o osso. Ela
sufocou e apertou a mão à boca, incapaz de puxar o olhar horrorizado do
punho fechado de André.
O vampiro retirou a mão do peito de André o sangue rico vermelho
escorria pelas roupas dele. A criatura parecia cativada pelo fluxo de
sangue, incapaz de olhar para longe dele mesmo quando ele se estendeu com
um grito dilacerado, para o punho fechado de André.
André abriu a mão e jogou o prêmio longe dele. Teagan viu que era um
coração, enegrecido e murcho. Ele rolou para longe do vampiro e de André.
Fique para trás. Bem para trás.
Foi sua única advertência e o tom de voz que André usou a fez correr para
trás vários metros. O movimento imediatamente ganhou a atenção do
monstro. Ele saltou passando André e indo diretamente para ela.
— Eu vou matá-la se você não o der de volta para mim, —o vampiro
rosnou.
Teagan focou nele quando ele a agarrou, dando-lhe uma rasteira com o pé
derrubando-o. Conforme o monstro caiu, ela bateu com a rocha na cabeça dele
e saltou para trás, correndo em direção a André, com um pensamento vago de
protegê-lo.
Teagan.
André disse simplesmente o nome dela em voz baixa. Nessa voz. A voz
que poderia mover montanhas ou simplesmente provocar arrepios pelo corpo
dela. Seu tom de voz soou um pouco exasperado desta vez, mas não podia
imaginar por que quando ela apenas derrubou o monstro louco no chão.
Ela ouviu um som e olhou para trás.
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presença de espírito para manter a pressão sobre a ferida no peito. Ele parecia
terrível. Tinha quatro arranhões longos, muito profundos em seu rosto, e seu
ombro era uma bagunça horrorosa. Parte de seu peito estava manchado com
sulcos profundos e, então, havia o buraco do tamanho do punho do vampiro.
Ele deveria estar caído no chão. Ela esperava que ele tombasse a qualquer
momento. Suas pernas estavam tremendo e estava pronta para cair no chão
desmaiada como uma menininha, mas tinha que cuidar dele. Ele não parecia
entender que estava ferido. Em estado de choque, talvez. Isso, tinha que
ser isso.
Teagan se certificou que sua voz fosse suave, mas muito firme. —
André. Você está ferido. Você precisa se sentar e me deixar cuidar disso da
melhor forma possível. Você está perdendo muito sangue. É já esta escuro
e os lobos vão cheirar isso e vir correndo.
Ele a ignorou, como se ela não tivesse falado, seu olhar se movendo
taciturnamente sobre seu rosto. Seus olhos azuis gelo estavam semicerrados e,
apesar de tudo, todo o sangue, choque e horror do que ela tinha visto, seus
olhos surpreendentes eram simplesmente sensuais.
— Diga-me o que estava fazendo Teagan, —André repetiu. — Não me faça
perguntar de novo.
Ele pegou a mão dela, os dedos lhe acorrentando o pulso, e ele a puxou
para ele, embora ela tentasse resistir. Ela precisava de ambas as mãos para a
pressão. Ele ignorou o fato de que ela estava salvando sua vida enquanto
ele usava aquele tom assustador, aquele que disse que seria melhor ela
apresentar uma resposta.
Ela abriu a boca para responder, mas ele estava olhando para as bolhas na
parte de trás da sua mão do ácido da névoa e o braço do arranhão pela unha do
vampiro. Ele baixou a cabeça, e ela sentiu o golpe de sua língua. Sua respiração
parou bem em seus pulmões. Sua garganta fechou. Os olhos ardiam e ela
piscou rapidamente para conter as lágrimas.
Teagan sabia exatamente o que ele estava fazendo. Ele estava ali, rasgado
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Dark - Série Os Cárpatos
e ferido além de qualquer coisa que ela já viu, e ele estava curando suas
pequenas queimaduras. — André. —Ela sussurrou seu nome.
Sua língua era uma carícia. A lima aveludada que causou arrepios por todo
seu corpo. Em todos os lugares que ele tocava, a dor desapareceu. Ela desejou
ter um agente de cura em sua saliva, a fim de curá-lo, mas seu dom não
funcionava assim.
Seu olhar saltou para o rosto dela, e ela respirou. Ele estava zangado com
ela. Não apenas com raiva, mas realmente muita raiva. Ela pensou que o
vampiro era assustador, mas a ira de André transformou o ar ao seu redor em
uma onda de calor elétrico. Pior do que o raio. Ele esperou em silêncio,
com uma mão em seu cabelo, a outra segurando seu pulso curado. Ela sabia
que ele não ia permitir que ela ajudasse até que ela respondesse.
— André, tudo isso é loucura para mim. Quer dizer, eu vim aqui para
encontrar uma coisa para curar a doença mental da minha avó, e de
repente tudo ao meu redor está me fazendo pensar que eu estou doente
mental também. Pensei que você fosse uma invenção da minha imaginação.
Uma muito, muito linda. Deveria saber que eu não poderia evocar alguém
como você. Eu não tenho muita imaginação ... —Ela se interrompeu.
Sua boca a estava deixando na mão. Quando ela ficava nervosa, ela falava
e nada de sua cabeça saiu em sua boca. Ela apertou os lábios fechados,
desejando que ele entendesse.
Seus olhos se suavizaram em seu rosto, mas ela poderia dizer que ele não
tinha terminado com o tema. — Estamos muito expostos aqui. Temos que
voltar para a caverna. Esse tem amigos.
— Precisamos levá-lo a um médico, André. Você precisa de uma
transfusão. É sério. Essa ferida pode matá-lo.
Ele colocou seu braço em volta da cintura e a prendeu ao seu lado. —
Feche os olhos Teagan.
— O quê? —Ela apertou as mãos contra seu peito agora que tinha as duas
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Teagan espiou a terra abaixo dela. Sim. Eles estão voando. Talvez não
tenha sido o melhor momento para perguntar a ele. E se ele percebesse que ela
espiou e ele deixasse seu corpo caír e se esmagar contra as rochas abaixo? Ela
sabia como cair, mas não dessa altura. Olhar para baixo a fez ficar um
pouco tonta, então ela fechou os olhos novamente e apertou a camisa
ensanguentada mais na ferida no peito dele.
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Eu caço o vampiro.
Isso soou um pouco sarcástico, mas ela seguiu diante. Se você tivesse o
equipamento apropriado, tal como o material que a vovó Trixie tem, você não teria
que ficar tão perto daquela criatura horrível e você não iria ficar tão rasgado.
A única maneira de destruir um vampiro é remover seu coração e incinerá-lo.
Mesmo se você cortar sua cabeça, ele pode reparar-se. Ele é o morto-vivo.
Ela manteve os olhos bem fechados. Ela teria colocado as mãos sobre
os ouvidos e cantado la la la no topo de seus pulmões para não ouvi-lo.
Infelizmente, ele estava falando em sua cabeça, de modo que era
impossível esse luo e ela tinha que manter suas mãos pressionadas contra
o peito para evitar que mais sangue fosse derramado em tal altitude
elevada.
Isso é realmente verdade?
Sim.
Bem. Isso seria uma má notícia para sua avó. Ela havia sido enganada na
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Internet. Muitas pessoas exploravam os idosos. Ela teria que verificar quem
são e talvez encontrar uma maneira de colocar essas pessoas na falência
desse negócio.
André pousou levemente e abaixou dentro da caverna, ainda a segurando
ao seu lado. Ela não abriu os olhos para ver como os dois conseguiram passar
pela entrada estreita, porque se ela tivesse mais surpresas ia apenas gritar.
Histericamente. Gritar no topo de seus pulmões. Precisava se concentrar na
cura dele para que ele não morresse.
— André. —Ela manteve os olhos fechados enquanto ele a levava através
das várias câmaras. Estava bastante certa de que eles estavam voltando para a
câmara onde ele tinha uma cama. — Você vai precisar de uma transfusão. Você
conhece o seu tipo de sangue? Eu poderia ser capaz de doar meu sangue, se
formos compatível.
Ele fez uma pausa em cada entrada, apenas por alguns momentos, e
ela arriscou uma espiada. Ele parecia estar criando escudos, porque pouco
antes dele se virar, ela viu notas e cordas cintilante por um momento antes que
elas desaparecerem.
— Nós somos compatíveis.
Ele ainda estava com raiva. Ela abriu os olhos e olhou para ele. — Você
ainda está com raiva de mim? Estou salvando sua vida. Eu sacrifiquei
minha camisa e eu só tenho duas, o que exige ir até a cidade para comprar
mais. E eu preciso encontrar a pedra para curar minha avó.
— Sua avó não está precisando de cura, embora eu estou começando a
suspeitar que você sim.
Ela estreitou os olhos para ele, dando-lhe sua carranca mais feroz. — Isso
não foi legal. Você pode me colocar no chão a qualquer momento André.
Ele fez uma pausa para tecer outro escudo sobre a última entrada antes de
sua câmara escondida. Ignorando os olhos apertados e o significado real da
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— Só porque você já teve feridas piores, não significa que esta não vai
te matar. Vá para cama André. E eu quero dizer isso. —Ela usou sua voz
mais firme—tipo eu controlo isso.
Capítulo Nove
d
A ndré silvou para Teagan, um som longo e lento de pura raiva
escapando. Seus olhos ficaram brilhantes, e a temperatura na caverna subiu
vários graus. Ele pegou ambos os pulsos e os puxou de seu peito. Sua
camisa sacrificada caiu no chão, ensanguentada e arruinada.
O coração de Teagan gaguejou e ela tentou dar um passo atrás. A distância
seria uma coisa boa. Ele era um homem grande e poderoso. Não importava
que estivesse sangrando em toda parte, ele parecia um antigo guerreiro —
um acostumado a vencer todas as batalhas.
— Você está me assustando André.
— O tempo para ter medo foi quando você deixou a segurança desta
caverna contra a minha vontade e se balançou como isca na frente de um
vampiro.
Ela umedeceu os lábios repentinamente secos com a ponta da língua.
Como ele podia sequer estar de pé? Ela não se conteve. Por mais que
queria saber tudo sobre vampiros e caçadores, e as coisas estranhas que ele
poderia fazer, ela queria curá-lo. Quanto mais ela olhava para as marcas de
arranhões em seu rosto e o sangue que flui de seu peito a compulsão
aumentava.
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Dark - Série Os Cárpatos
— Eu estava com medo, —ela admitiu. — Estava com medo que estivesse
perdendo minha cabeça. Por favor André, deixe-me ajudá-lo. Eu não sou
tão boa curadora quanto você, mas se você não me deixar te ajudar, você
pode morrer. Você não pode aguentar este tipo de perda de sangue por mais
tempo.
Ele se virou e foi para a cama, levando-a com ele. Se abaixou na
beirada, suas coxas afastadas, e ele a puxou na frente dele, sentando-a de
costas para sua frente. — Fique parada.
Ele fez disso uma ordem, e ela fez uma careta, mas pelo menos ele estava
sentado na cama em vez de pé como um homem macho louco, sangrando bem
na frente dela.
— Eu vou curar minhas feridas e depois vou precisar do seu sangue. Isso
me fará fraco e eu preciso que você fique quieta e não brigue comigo.
Ela virou a cabeça com cara feia para ele por cima do ombro. — Eu me
ofereci para lhe dar sangue André. E apenas para sua informação, eu bati
na cabeça daquele vampiro, a fim de salvá-lo. Eu poderia ter fugido, mas
não o fiz. —Ela sabia que soava arrogante, mas se foi. Ela foi a única que
apontou que ele precisava de uma transfusão, e ela lhe disse que iria doar a ele
se fossem compatíveis.
André envolveu ambos os braços ao redor da cintura dela e a puxou.
Ela estava instantaneamente ciente de sua pele nua. Ela quase esqueceu que
estava somente com seu sutiã e nada mais. Ela só tinha que fingir que ela
estava usando um maiô. Não era como se pudesse saltar quando ele estava
tão gravemente ferido.
Ela soltou a respiração e se virou. Era muito assustador olhar em seus
olhos. Ela não podia ver a dor lá, mas a sentiu bater nela. Tanto a curadora
quanto a empata nela precisavam ajudá-lo —precisavam curá-lo. Ela não podia
suportar que ele estivesse ferido mais um momento.
Ainda assim, ela teve a sensação de que ele queria que ela experimentasse
isso com ele. Ele ainda estava com raiva. Ela sentiu isso também, uma espécie
de fúria reprimida latente logo abaixo da superfície, e não estava
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Dark - Série Os Cárpatos
completamente certa do porquê, mas não ia perguntar. Ela só queria que ele
começasse a curar a si mesmo.
Teagan o sentiu empurrar em sua mente. Não foi sutil, o movimento
foi uma força poderosa, um impulso, fazendo-o passar cada barreira
natural e fundindo-os juntos em uma tomada rápida. Ele parecia predatório.
Invasivo em primeiro lugar. Assustador. Ele verteu dentro dela, enchendo-
a. Encontrando-a. Vendo-a.
A invasão rápida era desconfortável e ainda sensual ao mesmo tempo. Ele
iria conhecer cada segredo dela. Cada pensamento. Tudo. Não podia esconder
dele. Ainda assim, ela foi solitária toda a sua vida. Ela era diferente e nunca se
encaixou em lugar algum. Ele preencheu os espaços vazios —com ele. Com sua
força e coragem. Deu-se a ela, abrindo a mente dele para ela.
Ela se encontrou movendo para ele. Não tão decisiva como ele, ela era
delicada sobre ele, não querendo lhe dar a sensação de assumir o controle. Ela
descobriu que, enquando ela se sentiu sozinha no meio de sua família e amigos,
André estava sozinho. Havia uma enorme diferença.
Ele não tinha ninguém. Nem uma única pessoa. Ela realmente era essa
única pessoa para ele. Ela verteu a si mesma naqueles lugares solitários, assim
como ele tinha feito por ela. O sentiu imóvel. Suas mãos apertadas, quase
cortando a respiração dela, mas ela não se moveu. Ele precisava disso. Ele
precisava dela, e ela se entregou a ele.
Cure-se agora André. Eu quero estar com você enquanto você faz.
Ela nunca poderia ser capaz de fazer o que ele fazia, mas ela podia
compartilhar com ele, apenas como estava. Mente para mente. Era muito mais
íntimo do que ela jamais poderia imaginar. Ela não podia mentir para ele. Ou
esconder dele. Ela o viu exatamente como ele a viu. Ele matou para
proteger os outros. Ela viu isso. Aceitou. A integridade de André brilhava
através de qualquer outra coisa sobre ele.
Ela realmente o sentiu deixar seu corpo. Foi quase uma coisa gloriosa
senti-lo perder o seu ego, seus sentidos mais humanos e predadores, todo o
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Dark - Série Os Cárpatos
senso de si mesmo, para se tornar nada mais que uma luz de cura branca,
pura. Ela sentiu seu calor como um laser, movendo-se através de seu corpo
para encontrar o buraco no peito. Ele reparou as veias e artérias,
removendo o veneno dos lugares onde o vampiro tinha enfiado suas garras
através de sua carne. Ela nem sabia que vampiros tinham veneno nas
garras afiadas desagradáveis que chamavam unhas.
Ele foi meticuloso, tomando seu tempo, e ela percebeu que exigia uma
grande quantidade de energia se manter fora de seu corpo e fazer o tipo de
trabalho que ele estava fazendo. Ela estava tão profundamente ligada à sua
mente, se movendo com ele através de seu corpo que ela realmente podia
sentir os reparos e "vê-los", embora tenha sido muito mais uma visualização
interna.
Ela podia sentir a fome o arranhando e revolvendo nele, um ataque brutal
que o atravessou pior do que a dor de suas feridas. Fraqueza. O cansaço de
muitas batalhas. Muitas mortes. Ela viu o seu mundo cinzento, sombrio
que ele tinha ocupado antes que ela chegasse a ele, e um mundo de cor e
emoção depois que ela chegou.
Sua respiração ficou presa na garganta quando percebeu que a pele dele
estava se tornando suave. Perfeita. O sangue negro do vampiro que parecia
conter ácido foi tirado dele ali mesmo no campo de batalha, quando ele
incinerou o vampiro e de alguma forma controlou o relâmpago. Ele havia
controlado um relâmpago. Quão malditamente impressionante foi aquilo? Ela
tentou não pensar sobre isso, na verdade, acabou enterrando profundamente
para que ela não tivesse que descobrir como ele fez isso, mas mesmo isso
não era tão incrível para ela como o milagre acontecendo diretamente em seu
corpo bem diante de seus olhos.
Os restos esfarrapados de sua camisa tinham sumido, deixando seu peito
nu. Ela estava perto, e ela podia ver cada músculo despedaçado. As marcas dos
arranhões. As mordidas em seu pescoço e ombro, pedaços grandes de carne e
músculo arrancados. O pior foi o buraco do tamanho de um punho que
tinha ido cerca de três centímetros de profundidade em seu peito direto sobre
seu coração. Claro, ele tinha aquelas velhas cicatrizes circulares que ela sempre
quis
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tocar—ou beijar. Elas pareciam uma parte dele, ela não podia imaginar seu
corpo sem elas.
Havia quatro sulcos longos, extremamente profundos no rosto, marcas de
arranhões longas, feitos com as horrendas garras que o vampiro tinha em suas
mãos. Uma das lacerações foi muito próxima ao olho esquerdo de André.
Mesmo enquanto ela olhava para as feridas, elas estavam se fechando.
Fechando. Bem na frente dela de dentro para fora. Suas habilidades de cura eram
insanas, além das expectativas, o seu dom era um verdadeiro milagre.
Como curadora, ela tinha visto coisas que a chocaram e a surpreendeu.
Como uma empata estando fundida com ele, sentindo sua dor e fome,
vendo sua vida tão vazia, as lágrimas queimaram atrás de seus olhos por ele.
Tudo o que ela era, a própria essência dela se estendeu para ele. Ela se verteu
na mente dele, em um esforço para acalmá-lo, para tornar a sua vida melhor
de alguma maneira.
Principalmente ela olhou para sua pele agora quase perfeita. Não havia
outras cicatrizes além das mais velhas, aquelas cicatrizes circulares. Não em
seu rosto. Ela podia ver linhas fracas lá, onde as feridas tinham estado, mas ela
sabia que iria desaparecer com o tempo. Ela não pôde deixar de virar
completamente ao redor para enfrentá-lo, para que pudesse correr a mão
sobre a musculatura lisa, sentindo com as pontas dos seus dedos, como se
tocá-lo fosse ajudá-la a processar como ele havia conseguido tal fenômeno.
Foi a coisa mais poderosa e bonita que ela já testemunhou. Ela não tinha
idéia de quanto tempo passou, mas ela sabia que ele estava balançando
com cansaço. A perda de sangue foi muito grande e ele precisava
desesperadamente de uma transfusão.
Teagan queria chamá-lo de volta para ela, mas não sabia se isso
poderia prejudicá-lo ainda mais, então permaneceu em silêncio, mas ficou
perto em sua mente. Quase que abruptamente ele voltou para seu corpo, e pela
primeira vez ela o sentiu estremecer com a dor e exaustão.
Ela passou os dedos suavemente sobre o seu rosto. Ele tocou o dela e as
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Ele passou a língua ao longo dos dois pequenos furos, fechando-os, e ela
murmurou um protesto, não querendo que a sensação terminasse. Sua boca
continuou a se mover em seu pescoço, pequenos beijos e mordidas seguido por
sua língua calmante. Ele a virou com facilidade, usando sua força para colocá-
la em seu colo.
Ela estava imersa em um torpor erótico —completo, embalada pela pura
sensualidade de André. Mal podia pensar, sentia-se tão ligada a ele. Tê-lo em
sua mente. Estando na dele. Mesmo a maneira como ele tomava o seu sangue,
ela podia aceitar—aceitá-lo porque ele não parecia mal absolutamente, para
não mencionar que era a coisa mais sensual que ela já tinha experimentado.
Era perfeitamente possível que o torpor erótico—completo, fosse apenas
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Dark - Série Os Cárpatos
André e a química entre eles, que parecia estar além das expectativas. Ela não
tinha nada para compará-lo, porque ele era o único por quem ela sentiu algo.
— É a sua vez Teagan, —ele sussurrou. — Você vai tomar o meu sangue.
Não só houve comando em sua voz, mas sentiu o sutil "empurrão". Seu
coração foi à loucura. Sua boca ficou seca e ela explodiu em ação, sem se
importar que ele estivesse ferido ou que ele fosse quente e lindo. Segunda vez?
Ela já tinha tomado seu sangue uma vez? E não se lembrava disso? Como
diabos tinha esquecido essa parte.
Ele tentou os olhos dele, e, em seguida, sua garganta, mas ela
descobriu que não podia se mover. Nem um único músculo. Seus olhos
foram para seu rosto. Lá estava ele novamente. Sua raiva. Era tangível. Ela
sentiu sua raiva como uma nuvem negra a envolvendo com o calor e se ela
não tivesse presa completamente onde ela não podia nem levantar um braço,
ela já teria ido de qualquer maneira.
— Você tem habilidades que poucos têm, sivamet, e se tornou claro
para mim que você é muito teimosa. Eu não posso protegê-la durante o dia
e você insiste em deixar o meu lado. Não há outro caminho.
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Talvez correr não seja a resposta para você. Ela tentou um olhar penetrante
deixá-lo saber que ele estava sendo um idiota total. Você pode voar. Ela fez uma
acusação, porque realmente, quem poderia voar? Superman talvez, mas André
não estava usando um grande ‘S’ em seu peito e ele não tinha nenhuma
explicação real.
Correr soa muito bom para mim agora. Eu, portanto, não vou beber seu sangue. Eu
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não julgo. Eu não estou fazendo qualquer julgamento. Bem —ela foi vaga porque ele
estava em sua mente e ele veria que era uma mentira infantil de qualquer
maneira—eu sou totalmente contra vampiros. Eu poderia tê-lo julgado um pouco
duro quando eu bati sobre a cabeça dele, mas eu não estou julgando você. Só estou
dizendo, o sangue não é exatamente minha xícara de chá.
Ela observou em uma espécie de horror fascinado quando ele levantou a
mão, dedos para cima, e uma unha deslizou através desse ponto do pulso
acenando em seu pescoço. Pequenas gotas vermelhas rubi brotou e pontilhou
sua pele. Antecipação bateu nela. Sua boca encheu de água. Ela podia sentir o
gosto dele em sua boca. Era tanto horrível quanto maravilhoso.
Maravilhosamente horrível.
A palma da mão dele foi para parte de trás de sua cabeça e puxou seu rosto
na direção dele. Ela fechou os olhos e imediatamente foi envolvida com seu
calor. Ela se sentia segura. Amada mesmo. Confortável. Seu coração
desacelerou para coincidir com o ritmo constante do dele. Ela o ouviu, dois
corações, batendo em sincronia exata.
Com uma mão na parte de trás de sua cabeça e o outra envolvida em torno
dela, segurando-a perto do incrível calor de seu corpo, ela estava
completamente cercada por ele. Ela manteve os olhos fechados e se deixou
afundar em seu calor. Ele estava lá em sua mente, confortando-a, empurrando
levemente a boca para saborear sua pele. Para apenas beijar seu ombro e
mover- se da clavícula para sua garganta.
Ela teve que respirar ele. Ele tinha estado em uma batalha e ainda
cheirava fresco e limpo. Todo mascúlo. Tão maravilhoso como a floresta
após uma chuva. Ela inalou, tomando-o em seus pulmões. Ele estava lá em
sua mente, enchendo cada lugar solitário, acariciando-a, sussurrando
encorajamento.
Teagan sentiu sua ingestão rápida de respiração quando ela se atreveu a
pressionar os lábios em sua pele. Ela sentiu o impacto no corpo dele, o
momento incrível quando percebeu que a química entre eles era tão grande
para ele como era para ela. Ela provou sua garganta, um deslize de sua
língua, e o corpo dele ficou instantaneamente duro.
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Sua voz estava rouca, sensual, roçando ao longo das paredes de sua mente.
Ela sentiu o golpe de seu sussurro sobre sua pele. Seus mamilos ficaram duros,
empurrado contra a renda do sutiã, buscando contato com o calor dele.
Precisando do toque dele.
Avio päläfertiilam, eu te dei o meu coração. Eu preciso que você me dê o seu
para mim. Eu preciso do seu corpo. Dê a si mesmo para mim. Toda você.
Ela o sentiu se mover novamente, em sua mente, e ela estava pele a pele
com ele. Ela estava vagamente consciente de que de repente nenhum deles
tinha uma única peça de roupa. Ela deveria estar constrangida, mas ela estava
exultante. Ela queria tocá-lo. Passar suas mãos sobre seu peito e para baixo até
seu colo. Precisava sentir cada pedaço dele contra ela, então ela simplesmente
virou o corpo e apertou sua frente na frente dele enquanto ela lambia a quente
especiaria derramando dele.
Ela já tinha se entregado a ele. Ela nunca se senta no colo de um
homem sem suas roupas, sem querer mais. Queria tudo dele. E ela quis.
Como se ouvisse sua resposta silenciosa, as mãos de André deslizaram
sobre sua pele nua, uma deliciosa sensação que enviou pequenas chamas
dançantes através dela. Delicioso. Sua língua o provou novamente. Uma
rica especiaria. O sabor dele explodiu em sua língua, viciante, selvagem.
Exótico. Nada como jamais experimentou antes, mas ansiava por ele.
Precisava. Ou ela
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tinha provado exatamente essa riqueza antes, o príncipio de seu vício? Sua
obsessão. Uma vez talvez. Ela tinha uma vaga lembrança, e ele não tinha
dito algo a esse feito? Ela se encontrou lambendo as pequenas gotas, não
mais cuidadosa, somente necessitando.
André gemeu de novo, seu corpo se movendo inquieto contra o dela.
As palmas das mãos acariciando ao longo de sua caixa torácica. Seus dedos
traçaram cada costela, cada recuo, o muscúlo suave de sua barriga e, em
seguida, subindo pelos lados de seu peito. Perfeito. Ela derreteu contra ele,
contra todos os seus músculos duro, sentindo a incrível suavidade de seu
próprio corpo. Sua mente estava tão firmemente entrincheirada na dele que
ela podia sentir tudo o que ele estava sentindo, não apenas as sensações
sensuais que as mãos dela davam a ele, mas as respostas reais dele.
Ela sentiu o coração dele, o amor que ele já tinha por ela ficando mais
profundo e mais forte. Ela sentiu parte da alma dele, os minúsculos fios os
ligando de modo que em vez de duas almas perdidas, eles eram uma alma
muito forte. Ela sentiu a fome e a necessidade dele por seu corpo. Ela o deixou
selvagem com sua pele macia e a sensação de sua boca e língua contra a
pele dele.
Uma delicioso calor entre suas pernas se espalhou através dela. O fogo
começou ali mesmo, enquanto ela espalhava beijos sobre as gotas da quente
especiaria. Ela precisava de mais. Tinha que ter mais. Ele estava em sua mente.
Ela precisava dele dentro dela, fluindo através de suas veias. Ela o queria
dentro dela, em seu corpo, então eles seriam um, não dois.
Ela tentou não ser gananciosa, mas o sabor era delicioso e parecia
haver um suprimento infinito. Melhor ainda, enquanto ela tomava o líquido
picante, o corpo de André ficou mais quente e mais duro, e ela sentiu sua fome
por ela crescer. Estava lá em sua mente, uma necessidade que parecia
aumentar, combinando com seu próprio desejo quase desesperado por ele.
As mãos dele envolveram os seios dela, e a respiração deixou seu
corpo. Seus polegares deslizaram sobre seus mamilos duros e ela
engasgou, arqueando-se nele. Seus dedos e polegares puxaram e rolaram, até
que o fogo
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172
Dark - Série Os Cárpatos
Ele gentilmente puxou sua cabeça para trás, usando seu longo e grosso
rabo de cavalo de tranças, privando-a do requintado sabor viciante que era
exclusivamente dele. Ela lambeu os lábios. Ele olhou para ela, seus olhos
escurecendo. Ficando mais intensos do que nunca.
— André. —Ela murmurou seu protesto e tentou se inclinar para ele.
— Teagan.
173
Dark - Série Os Cárpatos
Ele a arrastou ao longo de seu peito, até que ela montou sobre ele, suas pernas
de cada lado de seu corpo, assim sua ereção muito pesada pressionou
profundamente em sua barriga. Ela adorava a sensação dele. E o olhar dele.
Seus olhos estavam entrecerrados, mais sensuais do que nunca. O olhar de
amor e luxúria misturados era quente, e ela queria esse fogo. Ela se encontrou
tão atraída por ele que ela não conseguia pensar em outra coisa, apenas em
André e suas mãos e boca. Seu corpo. Queria colocar suas próprias mãos e
boca em cima dele. A compulsão era uma fome, uma necessidade que se
transformou em uma bola de tensão e se estabeleceu mal, pecaminosa e baixa
no seu corpo.
Teagan correu sua palmas pelo peito dele, e seguiu a trilha com a
língua. Ela não conseguia parar de tocá-lo, especialmente nos lugares que ele
foi ferido. Ela daria qualquer coisa para ter um agente curador em sua saliva e
de ser capaz de se transformar em espírito puro para curá-lo quando ele fosse
ferido.
Você curou meu coração, sivamet. Curou a minha alma. Você é a única mulher que
pode me fazer completo.
Bem. Lá estava ele. Quando você era a única mulher em todo o mundo
que podia fazer um homem completo, que podia curar seu coração e sua alma,
você cura. Certo? Suas palavras eram um brilho incandescente em sua mente.
Calorosas. Verdadeiras. Sentiu sua honestidade, e também sentiu a maneira
como seu corpo respondia ao seu toque.
Que mulher tinha o tipo de poder para fazer um homem como André ficar
vivo? Ele era belo e poderoso e tão sensual que ela não podia resistir a ele. Ela
não conseguia desviar o olhar de seus olhos azuis. Eles tinham tantas cores de
azul ali, dependendo do seu humor. Esta era uma nova cor, um azul mar
profundo e belo.
A mão dele se moveu suavemente sobre seu cabelo, que pairava sobre
o topo da cabeça dela em uma carícia suave, como se ele estivesse
memorizando o trabalho da trança intrincada. Ele seguiu o comprimento
até o final do seu rabo de cavalo.
Dark - Série Os Cárpatos
174
Dark - Série Os Cárpatos
Havia algo sobre a maneira como ele a tocou com apenas uma sugestão de
posse que enviou arrepios por sua espinha e tinha borboletas voando em seu
estômago. Sua cabeça virou e ele a beijou novamente. Um beijo longo e lento,
de parar o coração, que durou para sempre, e ainda não foi o suficiente.
As mãos dele deslizaram pelas costas, uma varredura lenta para coincidir
com o beijo que enviou raios de fogo dançando através de seu corpo. Suas
mãos eram grandes e seus dedos estavam bem espalhados. Ela era muito
pequena e as palmas das mãos cobriam seu traseiro inteiro quando elas
deslizavam para baixo. Então suas mãos envolveram seu traseiro e se sentiu
incrível.
A boca dele se moveu da dela para seu queixo. Seus dentes beliscaram
e sua língua deslizou sobre a pequena picada. Ele colocou uma série de beijos
ao longo de sua mandíbula e, em seguida, arrastou mais para baixo do pescoço
e sobre sua garganta. O corpo dela pegou fogo. Fechou os olhos e se deixou
afogar em chamas.
Ele pegou a mão dela muito suavemente, deslizou para baixo de seu corpo.
Seu coração quase parou e, em seguida, começou a bater quando a palma
da mão encontrou o comprimento pesado dele. Ele estava quente e duro e
sua ereção empurrou contra sua mão quando ele colocou os dedos
apertados ao redor dele. Foi assustador e maravilhoso ao mesmo tempo.
— Hum. André. Eu realmente nunca fiz isso antes. —Ela não sabia se isso
iria fazê-lo querer parar. Não queria parar, mas sabia que era incomum para
uma mulher de sua idade ser virgem. E, francamente, ela estava apenas um
pouco intimidada pelo seu tamanho. Ele era um homem grande, e ela não
tinha certeza de que ele se encaixaria. Isso poderia ser um problema real,
porque ela realmente o queria.
— Você foi feita para mim, sivamet, minha outra metade. Vou ser
gentil com você.
A voz dele revolveu seu coração, soando suave e cheia de amor. Ainda
ligada em sua mente, ela sentiu seu amor por ela. Não fazia sentido que ele
já
Dark - Série Os Cárpatos
175
Dark - Série Os Cárpatos
pudesse estar tão intensamente ligado a ela, mas estava lá e era real. Ela sentiu
seu amor a cobrir, cercando e envolvendo.
Cada lugar solitário em sua mente foi preenchido com ele. Ela sabia que já
tinha cedido se afogado nele, no feitiço que ele tinha tecido ao seu redor.
Sua boca a estava deixando louca, movendo-se sobre sua pele quase sem
pressa, como se tivesse que tomar o seu tempo para conhecer cada
centímetro quadrado de seu corpo. Como se a estivesse adorando,
memorizando tudo o que tocava ou provava em sua mente para durar para
sempre.
Ela não podia ficar parada, e sua mão se moveu sobre sua ereção. A
mão dele guiando a dela, para que ela memorizasse a forma e a sensação
dele, deslizando sobre o eixo grosso pulsando para a grande cabeça aveludada,
lisa com gotas péroladas. Sua respiração ficou presa na garganta e ela tinha
uma vontade louca de se curvar e lamber as gotas dele só para ver se o gosto
era tão viciante como ela pensava que seria.
— Dê a si mesmo a meus cuidados Teagan. Seu corpo. Seu coração e alma.
Você está segura comigo. Eu confio em você com meu coração e alma. Eu
lhe dou o meu corpo e confio que estou seguro com você.
Seu coração se contraiu. Seu sexo deu um espasmo. Ele tinha uma
maneira tão antiquada de falar, mas era bonita. Ela se inclinou para lamber o
pescoço, direto sobre o pulso batendo. Ela sorriu e beijou o seu caminho
acima de sua mandíbula teimosa e até sua orelha onde ela lambeu e beijou
até que a respiração o deixou em um longo silvo. Seu pênis saltou em sua
mão e ela realmente o sentiu crescer e ficar muito mais quente ali mesmo em
sua mão. Ela adorava isso. Ela amava que ela pudesse fazer um homem
como André lutar para manter o seu controle.
Suas mãos envolveram seus seios. Ela era muito pequena, tão pequena a
ponto de serem inexistentes e ela sempre foi auto-consciente desse fato. Suas
mãos eram grandes e ela o sentiu cobri-la completamente, deslizando seus
polegares sobre os mamilos com experiência absoluta. Sentia cada carícia
através dela como uma onda, enviando relâmpagos direto para seu sexo.
Dark - Série Os Cárpatos
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Dark - Série Os Cárpatos
Ela percebeu que seus quadris empurraram sob o dele. Seu corpo se
contorcia e ela estava implorando em pequenos suspiros para ele fazer alguma
coisa. Ela nem tinha percebido, mas não podia parar. Uma mão deslizou mais
baixo, arrastando-se para baixo por sua barriga até que ele estava lá. Em
território virgem. Ele pressionou um dedo nela e seus quadris se sacudiram
duro. Sua vagina contraiu. Sua boca puxou mais forte em seu peito e ela sentiu
o líquido quente dar boas-vindas a sua invasão.
Ela se sentia ... incrível. Ela não estava certa de que ela poderia
aguentar muito mais. A tensão em seu corpo crescendo. Ele acariciou o
peito com o queixo sombreado e, então, a beijou, um beijo longo e
persistente. Seu dedo deslizou mais profundo e ela engasgou contra sua
boca. Ela não podia se controlar, enganchou a perna em volta de seu quadril,
abrindo-se mais para ele, precisando de mais. Precisando dele dentro dela.
— Eu esperei vidas por você, —ele sussurrou contra sua boca. Ele deslizou
outro dedo dentro dela e chamas se espalharam como um incêndio. — Tão
bonita. Você vale todos esses anos sem fim de nada. Séculos sivamet. Tanta
fealdade. Tanta brutalidade. Apagados com o som de sua risada. Seu senso de
humor. Com seu sorriso e seus beijos. Você tem um gosto tão doce Teagan.
Estou segurando você em meus braços, olhando em seus olhos e ainda não
posso acreditar que você é real.
Ela era real? Mais como ele não poderia ser real, não ser tão doce. Tão
amoroso. Teagan queria chorar pelas coisas que ele disse a ela. Ele realmente
177
Dark - Série Os Cárpatos
queria dizê-las. Ela era especial para ele. Como ele poderia ter vivido uma
existência tão solitária por tantos anos —anos preenchidos com a caça de
amigos e destruindo até mesmo parentes? Ele não tinha nenhum parente vivo.
Sem irmãos. Sem irmãs. Nenhum dos pais ou avós. Ela perdeu a mãe, mas
nunca a conheceu. Seu pai a abandonou antes dela nascer. Ainda assim, ela foi
criada em um ambiente amoroso e sua família sempre, sempre estava a sua
volta.
Ela não podia imaginar que a vida dele fosse assim, tão sombria, cinza
e estéril. Suas memórias eram principalmente aquelas de batalha, sangue,
feridas, dor e morte. Ela não queria ver essas coisas ns mente dele. Era
difícil não chorar. Ao mesmo tempo, queria lhe dar tudo o que ele queria ou
precisava.
Esticou-se, trazendo a cabeça para a dela novamente, precisando de sua
boca, a necessidade de mostrar a ele o quanto ele era importante para ela. Não
era apenas sobre o que seus dedos inteligentes faziam ao seu corpo, ou o
fogo ardente nela, queria que ele soubesse que ela sentia muito mais. Ela o
beijou, deslizando os lábios nos dele em uma carícia. Provocando com a
ponta da língua ao longo do canto de sua boca.
Beijá-lo era uma sensação milagrosa, especialmente quando combinado
com as deliciosas sensações de seus dedos se mexendo quando eles
pressionavam dentro dela. Houve uma pequena mordida de dor do
estiramento, mas que foi um pouco má e deliciosa.
Olhe para mim sivamet.
Era mais uma afirmação do que uma pergunta, mas ela sabia melhor.
Sabia que ele precisava ouvi-la dizer isso a ele.
Ela levantou a cabeça, encontrou o lóbulo da orelha e puxou
delicadamente com os dentes. — Eu estou me dando a você, —afirmou.
Dark - Série Os Cárpatos
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Dark - Série Os Cárpatos
Seus olhos escureceram. A geleira derreteu. Era líquido puro. Ele tomou
sua boca e não foi um beijo vagarozo, nem um beijo suave. Foi duro, quente e
espetacular. Ela não sabia que alguém pudesse beijar daquele jeito e ela se
perdeu completamente em sua boca.
Capítulo Dez
d
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Dark - Série Os Cárpatos
encontrassem e ela se dando para ele agora, deixou-o selvagem por ela. Ele
queria dar tudo a ela. Ser tudo pra ela. Queria ver ela ter o seu primeiro
orgasmo, olhando em seus olhos, seu nome em seus lábios, sabendo que ele lhe
deu esse prazer. Queria sentir o que ela sentisse. Ele ligou as suas almas.
Ligaria seus corpos, e então ele trabalharia o resto de sua eternidade juntos
para vincular o coração dela ao seu.
Ele tentou suavizar o beijo, mas a posse tinha levado a melhor. Teagan
pertencia a ele. Ela valia a pena todos os sacrifícios que ele já fez. Ele
desceu beijando até o queixo. Para os seios. Ela era tão pequena e perfeita. Ele
nunca tinha visto uma mulher mais perfeitamente formada e tão sensível. A
expressão em seu rosto, o engate na sua respiração e os olhos vidrados quando
ele puxou e rolou seus mamilos, quando ele os chupou para o calor de sua
boca, dizimando todo lugar horrível que ele já tinha ido, mesmo que fosse
apenas por esse momento.
Sua pele era mais suave do que qualquer coisa que ele já sentiu. Ele
ansiava por ela, e ele se permitiu sentir esse desejo. Para abraçá-lo. Beijou sua
garganta, lambeu o pulso em seu pescoço, mas resistiu a tomar mais de sua
essência. Desceu beijando ao longo de sua clavícula, segurando-a facilmente
abaixo dele.
As mãos dela acariciavam suas costas, traçando os ombros e, em seguida,
se emaranharam em seus cabelos, puxando o cordão de modo que seu
longo cabelo se soltou e ela podia agarrar o comprimento grosso dele com
sua mão. Ele adorava isso. Amava a respiração irregular e o corpo se
contorcendo, a forma em que seus quadris empurraram contra ele. Ela não se
afastou dele. De seu toque. Quando ela se entregou a ele, ela quis dizer isso
e ela lhe deu sua rendição completa. Sua confiança.
Nunca lhe ocorreu que a confiança seria um presente. Ela se colocou
em suas mãos quando ela nunca tinha feito amor antes. Confiou nele para
fazer o melhor para ela. Ela confiou que tudo o que ele escolhesse fazer ao
corpo dela, traria prazer a ela. Ele não estava disposto a abusar de sua
confiança—nunca.
Ele esbanjou atenção em seus seios, e depois, quando ela estava gemendo
baixinho, desceu beijando até seu umbigo. Ela colocou as duas pernas ao redor
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180
Dark - Série Os Cárpatos
de seus quadris, pressionando-se perto dele. Ela era naturalmente sensual e com
ele, desinibida. Sua pele macia tinha ficou quente. Sua respiração veio em
pequenos fôlegos sensuais. Ele passou algum tempo em sua barriga. Ela tinha
músculos, mas havia uma mulher sob a pele macia, elegante e bonita, e sua
barriga tinha uma curva leve e suave para que ele se deleitasse.
Ele se ajoelhou entre suas pernas, puxando-as sobre os ombros. Ela
suspirou, e pela primeira vez ele sentiu uma pitada de medo rastejando nela,
mas não era forte o suficiente para ela se retirar. Ele beijou o interior de
sua coxa.
Você vai gostar disso csitri, eu prometo.
Seu olhar se agarrou ao dele. Observando o rosto dela, ele beijou o seu
caminho até a coxa até que ele estava na junção de suas pernas. Sua
barriga macia contraiu em antecipação. Ela prendeu a respiração quando
ele se inclinou e a sombra ao longo de sua mandíbula esfregou ao longo de
suas coxas. Ela engasgou. Ele deu um lento golpe com a língua. O corpo
dela estremeceu e ela soltou um pequeno grito.
Ele não esperou. Ela precisava estar preparada para levá-lo e apenas com
uma pequena amostra, ele já estava tão faminto por ela que não poderia parar.
Ele mergulhou sua língua profundamente, ao mesmo tempo observando o
rosto dela—seu belo rosto. Ela se desfez por ele. Tão rápido. Tão quente.
Em chamas. Ele sabia que necessitava ver essa expressão em particular
milhões de vezes e ele ainda ansiaria tanto quanto ele desejava o gosto de seu
sexo e de seu sangue.
Teagan gritou, quase subjulgada com a sensação. As lágrimas queimaram
atrás de seus olhos. Ela não sabia que era capaz de sentir assim, ou que um
orgasmo poderia ser tão forte. Como uma onda, lavando sobre e através dela.
Ele se moveu sobre ela rápido, empurrando em seu calor escorregadio,
estirando-a além de qualquer coisa que ela tinha imaginado. Queimou, e
ainda, ao mesmo tempo, ela queria mais. Ele era grosso e longo e ele
moveu um
Dark - Série Os Cárpatos
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Dark - Série Os Cárpatos
centímetro de cada vez lentamente, com cuidado para permitir que seu corpo
se acostumasse com a invasão com cada centímetro que ganhou.
Você é tão apertada, sivamet. Relaxe para mim. O quanto você conseguir.
Ele não a estava machucando, não realmente. Ela sabia que ele estava
ciente de que não a estava machucando porque eles estavam tão
profundamente enraizados um na mente do outro. Isso só adicionou
intimidade entre eles. Ela se esforçou para fazer o que ele disse, especialmente
quando cada célula do seu corpo estava em chamas. Estava desesperada para
tê-lo dentro dela.
Ele estava indo em um ritmo lentamente doloroso. Ela empurrou para
cima, tentando se empalar nele, precisando ser preenchida.
Deixe-me csitri. Eu não quero que a sua primeira experiência seja dolorosa.
Ela também não queria que fosse doloroso e tinha ouvido que poderia ser,
mas ainda assim, não conseguia pensar claramente com o desejo por ele. Cada
vez que ele se movia dentro dela, ele tirava seu fôlego. Sentia-se esticada e
cheia, e muito mais uma parte dele. Ele deslizou para dentro mais profundo e
ela não aguentou mais. Ela tentou alavancar contra ele, se empurrar para cima,
mas as mãos dele prenderam seus quadris debaixo dele e ele parou.
Tome um fôlego sivamet. Estamos quase lá.
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prazer beirava a dor, mas, em seguida, seu corpo lentamente acomodou ao seu
tamanho.
Você está bem? Ele estava em sua mente, sabia como ela estava, mas ele
precisava ouvi-la dizer. Ele precisava de seus pequenos gemidos suaves
dizendo-lhe que ela queria mais—que ela queria tudo dele. Ele não deu a
ela muitas opções e se ela não estava pronta para este último compromisso, ele
não tinha nenhum problema em começar de novo e para se certificar de
que ela estivesse.
Por favor, faça alguma coisa. Qualquer coisa. Eu preciso disso. Eu preciso de você.
183
Dark - Série Os Cárpatos
Ele tinha que assistir. Para vêr em seus olhos. Em seu rosto. O que ele lhe
dava. O que só ele daria a ela. Ele queria seu nome em sua respiração
quando ela caísse no precipício com ele.
Seus cílios tremularam e ela o olhou. Seu coração gaguejou em seu peito.
Ela era tão bonita e do jeito que ela olhou para ele ... os olhos ...
Vamos lá, sivamet. Dê a si mesma para mim. Eu quero isso. Mantenha seus olhos
nos meus e diga o meu nome. Eu preciso que você saiba com quem você está. Onde
você pertence. Onde eu pertenço.
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Dark - Série Os Cárpatos
e ele respirava por ela, segurando seu controle por um fio porque ele tinha que
vê-la. Ele observou a beleza dela. O milagre.
André.
Havia admiração em sua voz. Choque. Prazer. Ele tinha dado isso a
ela, mas ela lhe deu muito mais. O som ofegante de seu nome era um
milagre em si mesmo.
Ele esperou que os tremores diminuirem e começou a se mover, o prazer
crescendo nela novamente. Ela era mais do que ele jamais tinha imaginado que
uma mulher poderia ser. Ninguém poderia sentir por ela o que ele sentia. Ele
sabia disso. Queria que ela soubesse disso também.
André se inclinou e acariciou sua garganta. Tudo nela era perfeição. O
cheiro dela. Sua risada. Os olhos dela. O jeito que ela olhava para ele. Seu
espírito indomável. Ele gostava da sua insolência de suas bobagens absurdas, e
do jeito que ela tagarelava quando estava nervosa. Gostava de seu senso de
humor e como ela o usava em situações difíceis.
Tet Vigyázam. Era cedo demais para ela, e ela não iria entender na
língua dele. Apenas a sensação em sua mente quando ele disse a ela que a
amava.
Ele mexeu seu corpo mais plenamente sobre o dela, puxou-a para ele mais
uma vez, deslizando as pernas ao redor de seus quadris, porque ele gostava do
jeito que se sentia com ela em torno de seu corpo, enquanto sua vagina
feminina rodeava seu pau. Ele se permitiu a liberdade de se perder
completamente no corpo dela.
Eles pegaram fogo juntos, um incêndio fora de controle, queimando
quente e longo, suas estocadas rápidas e profundas, cada uma sacudindo o
corpo dela. Seus gritos ardentes por mais, com cada golpe duro eram mais
e mais alto. Sentiu-a atingir o orgasmo novamente e ele se obrigou a esperar,
só mais uma vez, observando, deixando a beleza em seu rosto varrê-lo com
ela. Eles caíram juntos, abraçados. Ele ouviu seus corações baterem no
mesmo ritmo e ele nunca se sentiu tão feliz e em paz, como naquele
momento.
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Dark - Série Os Cárpatos
Com os corpos ainda conectados, ele rolou com ela, de modo que ela
estava em cima dele e seus braços estavam de forma segura ao redor dela. Ele
a segurou, ouvindo-a respirar. Acariciando suas costas, deleitando-se com a
sensação de sua pele macia. Ele queria o cabelo dela solto, queria a longa
extensão de fios de seda em torno de seu corpo.
Ele pegou seu rosto em suas mãos, os polegares deslizando ao longo de
suas bochechas, dedos investigando a massa de tranças. Ele a olhou nos olhos
por um longo momento. Ela não desviou o olhar. Em vez disso, suas mãos
acariciaram seu peito, direto sobre o seu coração, onde o vampiro tinha
tentado arrancá-lo de seu corpo.
— Você é a razão de eu ter caçado todos esses séculos Teagan. Por isso que
eu me agarrei a minha honra. Você é a razão que o mosteiro no topo da
montanha existe. Outros, como eu, no final da sua capacidade de se
segurar, aqueles que desistiram de encontrar sua outra metade, mas ainda não
podem andar para o sol. Por causa de você.
Ela não entendia a enormidade do que ela era para ele, ele podia ver isso e
sentir em sua mente. Ela não tinha nenhuma maneira de saber o que ela seria
para os outros que precisavam de sua própria companheira —um farol de
esperança. Ele era mais velho do que a maioria, mas mais jovem do que os
outros. Ele tinha desistido, e ainda ali estava ela agora.
Ele apertou os quadris mais profundo dentro dela, manteve-se dentro
dela, sentindo cada tremor através de seus músculos tensos.
— Você está bem?
Ela balançou a cabeça. Mordeu seu lábio inferior. Ele se inclinou para ela
e lambeu seu lábio inferior com a língua.
— Você tem que saber que eu vou amar você para sempre Teagan.
Neste único momento, você conseguiu apagar cada batalha horrível que
travei, todos
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— Hum. André. Para ser uma esposa, você tem que se casar. Fazer os votos
na frente de um juiz de paz ou ministro ou sacerdote. Há papéis a serem
preenchidos. Uma companheira não é o mesmo que uma esposa. Talvez
uma namorada? Ou se for mais, uma noiva?
André a baixou em um banco de rocha lisa que tinha até um encosto nele.
A água quente veio até o pescoço e ela se sentiu maravilhosa. Calmante.
Ela realmente não sabia que estava dolorida, ela ainda estava se sentindo
muito bem. Ele tinha que ser o melhor amante do mundo.
— Como você sabe se eu estava ovulando ou não? —Ela perguntou
curiosa, deixando a cabeça cair para trás, notando de uma forma
desinteressada que a rocha parecia suave, parecia ter um pequeno nicho
que ela pudesse descansar a parte de trás de sua cabeça nele. Era confortável e
em seu estado atordoado e sexualmente saciada, ela estava certa de que não
iria se mover novamente por um tempo muito longo. — Estou drenada, mas
perfeitamente feliz agora. Especialmente se você está certo e não há
nenhuma chance de gravidez. Eu realmente não quero ser responsável por
colocar em movimento uma catástrofe geracional para a minha família.
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Ela tentou uma carranca, mas a água quente combinada com ótimo
sexo a deixou muito sonolenta para lhe dar um olhar real. Ela se recostou,
ociosamente empurrando através da água com os dedos.
— Você não me respondeu André. Você realmente sabe se estou ovulando
ou não?
— Sim. E você não está. Eu vou me certificar de que seu corpo não
fique dolorido. Isso levará um momento e você vai sentir o calor.
Ela abriu os olhos em seguida—ela tinha que fazer. Ele ia fazer seu trabalho
de cura bem ali. No local pertinente. — Hum. —Ela tinha que dizer a ele. —
Isso pode estar indo um pouco longe demais. Eu não estou pensando sobre
ficar absolutamente despida ou apenas um pouco louca em seus braços. Ou
que eu fui uma idiota completa e esqueci o controle da natalidade. Eu só
estou desatenta. Se você se mover dentro do meu corpo com sua luz branca
de cura e for no meu local muito feliz eu poderia ... hum ... bem ... hum. —
Ela acenou com a mão, esperando que ele entendesse a mensagem.
Sua boca se contorceu. — Local feliz? —Ele repetiu.
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Dark - Série Os Cárpatos
ser banido só por seu corpo, mas então você colocava isso junto com o seu
rosto, seu cabelo e seus olhos. Oh—e sua boca. Ninguém poderia possivelmente
beijar melhor. Seu beijo era algo de outro mundo.
— Teagan.
Ela tinha esquecido sua voz. Sua barriga teve um arrepio familiar e
seus seios, por baixo da água quente, retesaram. Ela lambeu o lábio inferior e
forçou o olhar para ele, tentando parecer inocente.
— Você está fazendo isso de novo, falando em algum lugar em sua mente,
em vez de em voz alta. Mas eu posso ouvir seus pensamentos. Aprecio que
você ache que eu sou bonito, mas eu ainda vou verificar você. Eu não posso
imaginar não repetir a experiência com mais entusiasmo, e eu não quero você
dolorida.
Mais entusiasmo? Isso soou promissor. Teagan acenou com a cabeça, sem
palavras. Ela tentou refrear os pensamentos também, porque sério, ele ia
pensar que ela era louca se continuasse. Ela só falava consigo mesma,
sempre que estava nervosa. Ok, ela falava. Em geral. Para todos. O que quer
que estivesse em sua cabeça muitas vezes saiu pela sua boca.
Vovó Trixie tinha tentado arduamente conter essa falha particular. Suas
irmãs tinham realmente tentado contê-la, especialmente quando elas
convidavam um homem—e uma mulher—na esperança de que ela fosse
encontrar alguém. Elas estavam muito desesperadas ...
— Teagan.
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Ela fechou os olhos e colocou a cabeça para trás. Ele iria cegá-la com
sua beleza ou pior, lançar seu feitiço ainda mais profundo, e ela não podia
permitir isso. Ela não estava pensando de forma sensata. Ela acenou com a
mão. — Está bem. Faça o que tem que fazer, curador. A parte mais
entusiasmo soa mag.
— Mag?
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Ela abriu os olhos para vê-lo voltar ao seu corpo. Estava lá em seus olhos.
Um momento seu corpo morto, uma concha vazia. Ela não podia ouvir
seus batimentos cardíacos ou vê-lo respirar. Seus olhos sem brilho, cegos.
Em seguida, ele estava lá, vigoroso. Vivo. Maior que a vida e com uma aura
de perigo. Ele carregava isso com ele, uma suprema confiança que beirava
a arrogância, por vezes, bem como a sensação de que ele poderia ser
absolutamente perigoso.
— Quando você cura as pessoas ou a si mesmo, é arriscado para você, não
é? —Ela deslizou a mão sobre o braço dele. — Você tem que deixar o seu corpo
desprotegido. —Ela sentiu o choque imediato.
André balançou a cabeça lentamente. — Sim.
— Mas ainda assim você faz isso.
Ela suspirou. Não tinha escolha. Eles tinham que ter essa conversa. —
André, você sabe que eu vivo nos Estados Unidos. Vou ficar aqui por algumas
semanas apenas, isso é tudo. Eu tenho que voltar para casa. A verdade é
que minha avó não é tão louca como todas nós pensavamos que fosse. Há
realmente vampiros no mundo. Não posso deixar que os médicos lhe deem
medicação, ou minhas irmãs achando que ela está perdendo a cabeça. Isso não
seria justo com ela. Então, eu não posso ficar.
Sua confissão foi recebida com silêncio absoluto. Ele de repente
desapareceu de sua mente. Ela não estava mais na dele. Ela não podia ler sua
expressão, mas teve a sensação de que o que ele estava pensando não era bom.
— Não é que eu quero deixá-lo, —acrescentou ela com um pouco de
pressa. — Eu não quero. Eu realmente não quero. Eu realmente não sou assim.
Eu realmente não sou assim. Eu não esperava encontrar alguém como você ou
me apaixonar tanto assim. Mas eu não posso ficar.
— Teagan.
193
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Ok, isso dói. Ela precisava ouvi-lo concordar com ela, mas ainda
assim, havia uma parte dela—uma grande parte—que queria que ele
protestasse e disesse que ela não podia deixá-lo ou que ele morreria de um
coração partido.
— Ok, então. Você entendeu. Isso é bom. Isso é uma coisa boa. —Sua
garganta estava entupida. Ela odiava isso. Odiava a queimadura por trás de
seus olhos, ela os fechou apertados e manteve a cabeça para trás, descansando
contra a rocha.
— Eu endendo o que aconteceu entre nós Teagan, mas você não.
Seu estômago se apertou. Duro. Seu coração gaguejou. Foi a maneira como
ele disse. Ela abriu os olhos de novo e olhou para ele. Sim, havia um problema
lá. Ela só não sabia o que era ou por que. Ela mordeu o lábio. Alguma coisa
estava diferente nele. Algo mais. Predatório. Ele era apenas um pouco
assustador, e ela nem sabia o porquê.
— André? Você está apenas um pouco assustador no momento. Você não
está com raiva de mim, não é? Quero dizer, você sabe sobre vistos, certo?
Eu só posso ficar algum tempo legalmente.
— Eu já lhe disse que você está segura comigo.
Ele fez uma declaração e ela teve a sensação de que ele não gostava de
se repetir. Bem, tudo bem então. Ele não deveria assustá-la quando ele não
queria se repetir. Ela fez uma careta para ele apenas para mostrar a ele que
ela não estava tão intimidada por ele, embora meio que estivesse. Mas ele não
estava mais em sua cabeça, então, ela achou que provavelmente poderia
fugir com isso.
— O que você quer dizer, dizendo que você entende, mas eu não? Eu sou
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a única que explicou a você. Eu tenho que ir. Eu estou tentando ser honesta
com você.
Ele acenou com a cabeça lentamente. — Eu entendo que você acha que
você está sendo honesta. —Ele estendeu a mão. — Você precisa ter algo quente
em seu estômago. Vou fazer um chá e nós podemos falar sobre isso.
— Bem, eu estou sendo estritamente honesta, —Teagan disse, pegando a
mão dele e ficando de pé com cuidado, — eu não acho que o chá vai cair
bem para mim agora. Apenas pensar nele me faz sentir um pouco enjoada e
desde que você está certo que eu não estou grávida, então é melhor eu não
arriscar. Em qualquer caso, se eu estou realmente saindo de algum estado
de sonho alucinatório muito estranho, eu definitivamente não quero outra
xícara de chá. O chá é a única coisa que eu posso pensar que poderia ter
sido drogado. Mas, então, isso faria uma enorme desilusão também e você
é o único que me fez o chá em primeiro lugar.
Suas mãos se envolveram em sua cintura e ele a levantou facilmente para
fora da água fumegante. Imediatamente ele a envolveu em uma toalha.
— Eu sou uma ilusão?
— Na verdade, eu não penso assim, mas você tem que admitir, que
poderia ser uma possibilidade, uma vez que não há ninguém como você no
mundo, mas não acho que eu poderia inventá-lo. Especialmente não o
sexo. Eu não poderia ter imaginado isso.
Ele esfregou a toalha sobre o corpo dela, com movimentos de
massagem suave, absorvendo as gotas de água que a deixavam um pouco
sem fôlego e definitivamente excitada. Ela não podia evitar, mas amou o
jeito que ele a tocou com tanta delicadeza.
Ela olhou para seu rosto. Ele tinha um olhar estranho que não sugeria
nada de bom para ela e ela queria evitar descobrir o que significava, porque
ele realmente parecia perigoso. Ele realmente poderia parecer assustador —
como um predador—e ela estava sozinha na caverna com ele. Ela estava
evitando a palavra covil a todo custo, mas flutuou em sua mente por si só.
195
Dark - Série Os Cárpatos
Seu coração bateu. Ela mordeu o lábio. — Minha avó espera que eu
entre em contato com ela uma vez por semana. Eu sou obrigada a descer de
qualquer maneira. Eu só vou pegar as camisas e chamá-la ao mesmo
tempo.
Ele pegou o queixo dela. — Eu não gosto de você assustada assim. Você
tem uma imaginação muito vívida para uma mulher que viaja tanto quanto
você faz.
— Eu sei. Eu sempre tive medo de tudo. Quando eu era criança, eu
tinha certeza de que havia monstros debaixo da minha cama e em meu
armário. Na maioria das noites eu rastejava para a cama da minha avó, mas às
vezes eu não conseguia me fazer sair da cama e colocar meus pés no chão,
então eu gritava por ela no topo dos meus pulmões. Eu acordava toda a casa.
Minhas irmãs iam para a escola estudar de manhã e elas não ficavam muito
felizes com isso, mas elas sempre me confortavam.
André removeu a toalha e lhe entregou uma grande camisa de abotoar
masculina. Era do tamanho dele, mas nada como ela já tenha visto ele
vestir. Ainda assim, quando ela respirou profundamente, o material tinha o
cheiro dele. Ele parecia o tipo que vestia camisetas apertadas que se agarravam
aos seus músculos e calça jeans que envolviam sua bunda muito boa
carinhosamente e só o faria parecer mais sexy do que nunca. Ou um terno
realmente clássico, elegante. Preto e branco. Ele pareceria espectacular com
seus ombros largos e olhos azul-gelo.
André sacudiu a cabeça e abriu os braços em volta dela para que ela
ficasse enjaulada contra seu corpo. Ele abotou os botões, puxando um pouco a
camisa, para que ela se inclinasse para trás, pressionando as costas dela na sua
frente. Em algum lugar ao longo da linha, enquanto ele estava secando-a, ele
tinha se vestido. Sim. Camiseta apertada, material macio, azul para combinar
com seus
Dark - Série Os Cárpatos
196
Dark - Série Os Cárpatos
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Dark - Série Os Cárpatos
Capítulo Onze
d
A ndré gesticulou para as cadeiras. — Venha se sentar.
— Vamos falar sobre isso. —Sua mão apertou em torno de seus dedos. —
Eu sou Cárpato. Somos uma raça antiga. Há muito poucos de nós. Para
nós,
Dark - Série Os Cárpatos
198
Dark - Série Os Cárpatos
Ela estreitou os olhos para ele. Fulminou com o olhar. Deu outro
puxão em sua mão. Era difícil dar uma palestra aborrecida sobre os
direitos das mulheres quando sua mão estava presa contra sua coxa dura,
muito musculosa.
— Você está dizendo que você disse estas palavras rituais vinculativas para
mim e de alguma forma, agora, eu estou vinculada a você.
Dark - Série Os Cárpatos
199
Dark - Série Os Cárpatos
Ela não pode evitar. Ela se empurrou para fora da cadeira e puxou sua
mão. Quando ele não soltou, ela lhe deu o seu mais feroz e assustador
olhar. Que não pareceu ter qualquer efeito. — Solte. Eu preciso andar. Penso
melhor quando eu ando.
Ele balançou a cabeça. — Teagan. Você tem que me levar a sério. Eu
sei que isso é muito para você assimilar, mas você tem que saber a verdade.
— Estou levando a sério, —ela retrucou.
Sem soltar a mão em sua coxa, seu outro braço envolveu a cintura dela
e ele gentilmente a guiou de volta à cadeira. — Então se sente. Você tem
que ouvir tudo.
Seu coração voltou a martelar e seu corpo ficou imóvel. Havia mais?
Ela sabia que ele tinha feito algo para amarrá-los juntos, tão louco como isso
soou, porque ela absolutamente não queria ficar longe dele. Ela trabalhou duro
para ser uma mulher independente. Realmente tinha medo de tudo e
estava determinada a superar seus medos —não permitiu que eles ditassem sua
vida. Agora ela estava ligada a um homem que mal conhecia e realmente não
queria saber mais nada sobre isso.
Ela sentou de volta na cadeira, puxando os joelhos para proteção.
— André, o que essa ligação implica? Talvez possamos encontrar uma maneira
de desfazê-la. Você pode deixar seu corpo. Eu posso sintonizar o exato ...
O rosto de André escureceu. Se um trovão assumisse uma pessoa seria
definitivamente André. Teagan mordeu o lábio. Ele era difícil de entender. Ela
Dark - Série Os Cárpatos
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Dark - Série Os Cárpatos
não estava nem mesmo certa com o que ela estava lidando e ela tinha acabado
de fazer amor com ele. Ela o deixou fazer todo tipo de coisas com seu corpo
e sua mente.
Antes que ela pudesse abrir a boca e protestar que ele não deveria
estar com raiva, e ela sim deveria estar, os dedos dele apertaram seus braços.
Ele a arrastou imediatamente de sua cadeira para o colo dele. Perto. Ainda
mais perto, até que seu corpo estava tão apertado contra o dele, que ela não
poderia dizer onde ele começava e ela terminava. Pior, ela derreteu nele. No
momento em que seu corpo sentiu o calor dele, ela ficou mole.
Teagan inclinou a cabeça e olhou em seus olhos. Quente. Um incêndio
virtual. Ele não parecia mais com raiva, mas a intensidade queimando em seus
olhos tanto a assustou como emocionou ela. Ele a arrastou para mais perto
e sua boca desceu dura na dela.
Seu beijo foi mais quente do que qualquer outro que ele já deu a ela,
sua boca exigente. Não mais doce e gentil. Pegando em vez de pedir. Isso
não importava, no mínimo. O corpo del ficou fraco, ele teve que respirar
por ela, porque ela perdeu todo o fôlego, e seus braços, por vontade própria,
deslizaram ao redor do pescoço dele. Honestamente. Ela não fez isso,
apenas aconteceu. Ela não podia ficar mais perto dele, ele a esmagado
contra ele, mas ainda, ela queria estar exatamente onde estava. Ela queria
rastejar dentro dele e ficar lá para sempre.
Ela queria seus beijos, beijos longos, entorpecedores, ela nunca poderia
obter o suficiente. Não entendia por que o momento em que ele a tocava,
seu corpo já não estava sozinho, mas pertencia a ele. Realmente não entendia
por que ela sentia que o corpo dele era dela. Ela sabia que, enquanto ela
vivesse, ninguém jamais iria fazê-la sentir do jeito que ele faz. Bela. Sexy. A
única mulher no mundo.
Você é a única mulher no meu mundo.
Que homem dizia coisas assim? Teagan nunca ouviu alguém dizer tais
coisas para uma mulher. Ele começou a levantar a cabeça e ela o seguiu,
201
Dark - Série Os Cárpatos
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disse calmamente. Firme. Mesmo que por dentro ela tinha começado a tremer.
— É chamado de livre arbítrio.
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do tempo, certo então. Havia muitas outras questões. Eles teriam que voltar a
essa.
— Vivemos uma vida longa, mas a vida é estéril e fria. Brutal. Quando um
homem não tem nada além de violência, brutalidade e feiura em sua vida e ele
encontra beleza, doçura, a diverção e as cores vibrantes, acredite em mim,
csitri, ele fará tudo o que puder para segurá-la. Ele vai lutar, matar se
necessário, e ele irá protegê-la, mesmo que a mulher pense que ela é capaz
de proteger a si mesma.
Ele estava a matando com suas palavras. Ela entendeu. Ok, talvez não
realmente, porque como alguém poderia compreender o que ele estava
dizendo a ela? Se ela não o tivesse visto matar o vampiro, não tivesse
experimentado voar ou qualquer das outras coisas que ele tinha feito, ela
estaria certa de que ele estava absolutamente louco.
Ele a fez se sentir especial e bonita e a maneira como ele olhava para
ela com seu olhar tão focado e atento, ela poderia facilmente acreditar que ela
era a única mulher no mundo dele. Ela respirou fundo e abriu a boca para
falar.
Ele chegou lá primeiro. — Sivamet, sério, você me assustou. Me
aterrorizou.
Teagan estudou seu rosto. Deus. Ele era lindo. Masculino. Forte. Sozinho.
Ela balançou a cabeça.
Ele colocou as mãos em cada lado da cabeça dela. — Abra sua mente para
mim. Me veja. Eu estava aterrorizado por você. Por mim. Pelo mundo. Me veja
Teagan. Você tem que saber.
Ela estava certa de que não queria saber mais nada, mas já era tarde
demais para protestar. Ele já estava vertendo em sua mente, e desta vez ele se
abriu a ela totalmente. Ela pensou que ela sabia o que era o medo, mas mesmo
o terror do ataque do vampiro não se comparava com o horror puro daquele
momento para André.
O terror não era por ele, mas por ela e o que o vampiro faria com ela. O
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204
Dark - Série Os Cárpatos
horror que ela iria experimentar antes de morrer. E ela iria morrer
terrivelmente. E então o medo de que, se ele não chegasse a ela, ele
perderia sua honra. Ele se tornaria a mesma coisa que ele tinha caçado e
destruído para manter o mundo seguro.
Ela se sentiu mal, seu estômago revirou. Seu corpo fechou, congelou com
o conhecimento de que este homem tinha passado por esse tipo de trauma em
seu nome. Ela nunca iria entender isso completamente.
— André, —ela sussurrou, e colocou beijos em sua mandíbula e até o canto
de sua boca, como se isso pudesse de alguma forma apagar o que tinha
acontecido entre eles.
— Você tem que entender, Teagan. Eu sei que a transição para o meu
mundo é difícil para você. Eu queria trazê-la com cuidado. Cortejá-la da
maneira que você merece. Mas você não escuta. Você está no mundo moderno
e você não pode compreender os perigos do meu mundo. Te avio päläfertiilam.
Você é minha companheira e você deve viver no meu mundo comigo. Nós
já não podemos mais nos separar.
Os dedos dele acariciaram o rosto dela em uma carícia suave. — Eu sei
que você está com medo Teagan, mas não há necessidade.
— Você está brincando André? Você tem vampiros em seu mundo.
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Dark - Série Os Cárpatos
— Você está entrando em meu mundo. Será necessário para você aceitar o
fato de que não temos escolha. Devemos tomar sangue para sobreviver.
Ela balançou a cabeça. O gosto dele de repente estava em sua boca.
Seus olhos se arregalaram. — Espere um minuto. Não diga mais nada.
Nem mais uma palavra. —Ela tentou se libertar dele, da barra de ferro de
seus braços e sua mente. De repente outras coisas estavam voltando para ela.
Um mundo de sonhos com sua boca no pescoço de André.
— Oh, Deus. Não. Não. Não, não, não. Ela balançou a cabeça, pânico a
enchendo. — Eu não fiz. Me diga agora, eu não tomei o seu sangue.
— Tenha calma Teagan, —André aconselhou. — Você precisa se
acalmar e aceitar o que estou lhe dizendo. É simples isso. Não há bons ou
maus. Simplesmente assim. Esta é a minha vida. Agora a nossa vida.
Ela balançou a cabeça. — Não é a minha. Eu não bebo sangue. Você
está brincando comigo? —A voz dela estava ficando fora de controle. — Eu
bebi seu sangue uma vez? Seu estômago se revolveu e ela apertou a mão com
força contra ela.
— Duas vezes, —disse ele calmamente. — Leva três intercâmbios de
sangue para que você venha plenamente ao meu mundo.
Isso não podia estar acontecendo. Ela realmente estava maluca.
Completamente louca. A vovó Trixie a tinha infectado com uma doença
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Dark - Série Os Cárpatos
cerebral. Elas estavam todas loucas. Ela tinha que estar em um hospital. Tentou
novamente se afastar de André, mas ele a segurou com firmeza.
— Respire. Você precisa respirar sivamet. É simplesmente um fato de
nossas vidas.
— Não da minha vida, —ela corrigiu. — Me solte. Eu vou sair daqui. E
não tente me seguir. Você não tinha o direito.
— Eu tenho todo o direito, —ele voltou. — Se acalme.
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Dark - Série Os Cárpatos
Ela queria ser uma mulher que entendia quando seu homem estava
chateado e se comportando irracionalmente, mas sério, beber sangue? Ela era
humana. Provavelmente isso iria deixá-la doente. E se sua avó descobrisse, ela
poderia usar seu kit de caça-vampiros da internet sobre ela.
André suspirou. — Você não entende Teagan. Eu só experimentei esse tipo
de medo uma vez além desta em toda a minha existência. Tenho
enfrentado vários vampiros e exércitos mortais de seres humanos. Eu nunca
senti medo. Ou terror. Da outra vez terminou muito diferente desta.
Ela não queria ouvir isso. Ou ver, mas as imagens já estavam em sua
cabeça. Estranhamente, suas lembranças eram vagas e sempre cinzenta. Ela
encontrou poucas lembranças de sua infância, e ela realmente tinha
procurado, porque ela queria ver o que ele era quando menino. Mas não havia
nada. Nem mesmo uma memória de sua mãe e pai. Ela nem sabia se ele
tinha irmãos.
Ele era um homem confuso. Monge. Caçador de Recompensa. Caçador
de vampiros. Agora Cárpato. Quem sabia? Mas isso ... essa memória era vívida,
e não em cores, como se ele fosse daltônico, e talvez ele fosse. Ela balançou
a cabeça e tentou sair da mente dele.
— Eu não quero ver isso André. Eu sou muito ... —O que ela poderia
dizer? Sensível? Ele realmente passou pela experiência —a única vez que ele
ficou tão aterrorizado como desta vez. Ela soava egoísta dizendo que estava
muito sensível, mas sinceramente, ela era uma empata e já sabia que não seria
capaz de aguentar o que ele estava prestes a mostrar—bem como dizer a ela.
— Você tem que saber csitri. Eu não sou um ditador. Eu não quero
todas as coisas do meu jeito. Eu quis dizer isso quando eu nos uni juntos e
disse que sua felicidade seria colocada antes da minha.
Uh oh. Uniu-os? Ela gostou da parte sobre a colocação de sua
felicidade ante da dele. Ela estava disposta a fazer o mesmo, mas o uni-los
juntos só a fez ver vermelho mais uma vez. Onde estava o livre arbítrio no
seu mundo?
O medo desceu pela espinha, porque o caminho era muito familiar agora.
Unidos. Tomar sangue. Voar. As coisas estavam ficando fora de controle, e
Dark - Série Os Cárpatos
208
Dark - Série Os Cárpatos
tudo que André parecia ter que fazer era beijá-la e ela simplesmente
sucumbiria a sua estupidez. Ficando sob seu feitiço de bom grado. Afogada
nele.
Teagan mordeu o lábio. — Hum. Sério André, precisamos falar mais sobre
essa coisa de união e outras coisas. —Ela não queria falar sobre elas. Essa
era a última coisa que ela queria fazer. Suas sobrancelhas se juntaram e ele
parecia como se ele estivesse ficando chateado de novo.
Ela colocou a mão sobre sua boca. — Espere. Eu mudei de idéia André.
Se você me disser que dorme no chão, então eu não vou ter escolha a não
ser estacar você. Não há nenhuma possibilidade de estacar um homem tão
lindo como você. Seria um pecado. Um pecado mortal. Como se eu fosse
ser eternamente condenada ou algo assim. Você já teve um buraco em seu
peito e, honestamente, não era bom de olhar, mesmo em alguém tão quente
como você.
Ela mordeu o lábio por um momento e, então, ela não pode se
controlar, correu os dedos levemente pelo rosto dele, exatamente onde ele
deveria ter as cicatrizes do vampiro. — Eu não poderia fazer isso, você sabe.
Se você é realmente um vampiro, se Cárpato for apenas uma palavra muito
legal para vampiro, você precisa me dizer e apenas acabar com isso. Eu vou
deixar você me matar. Eu simplesmente não posso sequer tentar destruí-lo. Você
não parece mal. Você parece como um homem que tem mais integridade e
honra do que qualquer outro homem no mundo.
Ela estava divagando, deixando escapar alguma coisa que lhe veio à
cabeça a fim de não pensar sobre as coisas que ele disse ou ia dizer. Ela não
podia processar tudo. Beber sangue? Oh. Meu. Deus.
André fez um único som profundo em sua garganta. Ele pegou os dedos e
os trouxe para sua boca, roçando beijos sobre eles. Seus olhos ficaram intensos
de calor. A partir da geleira tropical. Ele era tão bonito que ela doía.
— Tet Vigyázam1 5
.
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Dark - Série Os Cárpatos
significava algo grande. Algo que ela precisava saber. Algo enorme.
— Você não terá que me estacar, —ele assegurou com aquela voz
sedosa, macia. — Ainda assim, você precisa saber por que eu devo continuar
com este curso de ação. Eu como regra, não costumo me explicar. Eu nunca fiz
isso, não que eu me lembre. Digo isso para que você saiba o quanto você é
importante para mim. Quanto a sua paz de espírito importa pra mim.
Ela engoliu em seco. Ele ia contar a ela sobre a memória que nunca tinha
desvanecido. A única vez que ele tinha ficado aterrorizado. Ela tentou distraí-
lo, embora ela quis dizer exatamente o que ela disse.
— André. —Ela tentou dissuadi-lo, mas, ela já podia ver as memórias em
sua mente. Ela podia sentir o que ele sentiu naquele dia, há tanto tempo.
SSS SSS
Ele era jovem. Dezessete anos. Um mero bebê aos olhos de seu
povo. A noite estava linda, com milhares de estrelas se espalhando
como diamantes no cé u. Ela podia vê -lo se movendo atravé s de uma
densa floresta, utilizando longas passadas, da sua maneira
completamente confiante, embora ela soubesse que enquanto André
caminhava ao longo da estreita trilha dos cervos havia animais
selvagens por perto. Predadores. Ursos. Uma matilha de lobos.
1 5
Tet Vigyázam – significa Eu te amo
Dark - Série Os Cárpatos
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Dark - Série Os Cárpatos
SSS SSS
— Isso não é necessário André. Não há necessidade de reviver isso.
211
Dark - Série Os Cárpatos
Ela tinha que tomar uma decisão. Ele tinha vivido com esta terrível
memória, possivelmente durante séculos. Ela ainda não estava pronta para ir
por todo esse caminho com ele, mas isso—isso era diferente. Ela era uma
curadora e esta era uma terrível ferida aberta, que nunca tinha sido fechada.
Ela sabia que faria quase qualquer coisa por ele, mesmo que isso fosse
doer. Instintivamente, sabia que o que quer que ele ia dizer a ela ia afetá-la
pelo resto de sua vida. Como André, ela nunca iria esquecer.
Teagan relaxou nele. Não importando o que. Não importa se ele estava
com raiva ou como a deixou com raiva, André era dela. Ele pertencia a ela,
e a certeza disso não poderia ser negada. Ela tinha que compartilhar essa
memória com ele. Ela se virou ligeiramente para que pudesse levar a mão
ao rosto dele e acariciar sua mandíbula.
— Deixe-me ver então. —Teagan fez o convite suavemente. Não tentou
esconder que ela queria estar lá por ele. Sentia que ele pertencia a ela e ela
a ele. Eles já estavam na mente um do outro. Ele saberia que ela estava se
sentindo toda gentil e amável por ele, apesar de tudo.
Ela não pode evitar. Não era apenas a sua "ligação"—juntos, porque ela
ainda não tinha certeza sobre como isso funcionava, ou quão real era. Não, isso
era tudo ela. Sua compaixão e empatia pelos outros, mas especialmente por
ele. Este foi um presente e ela estava tomando.
Ela usou as pontas dos dedos para acariciar a mandíbula dele. Adorava o
contorno, masculino e forte com uma sombra de barba permanente que o fazia
parecer ainda mais bonito do que nunca.
Seu coração doeu por ele. Às vezes, ele parecia tão absolutamente só.
Ela sabia como era isso—claramente não na mesma escala, mas ainda
assim, ela sofria por ele.
— Eu quero ser sua mulher André, —ela murmurou, e se inclinou para
roçar um beijo em seus lábios. — Eu só acho que talvez—infelizmente—
você esteja errado. Eu não sei se eu sou a mulher que você precisa e deseja.
Eu sou
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212
Dark - Série Os Cárpatos
Ele se inclinou para ela e muito gentilmente pegou o rosto dela entre as
mãos, o olhar capturou o dela por um longo minuto. Ela se sentiu caindo
em seus olhos. Ele roçou sua boca sobre a dela com infinita delicadeza.
— Obrigado sivamet. Você já iluminou meu coração.
213
Dark - Série Os Cárpatos
de ter filhos e quando ela me teve, algo deu errado com a mente dela.
Talvez algo sempre estivesse errado com ela, eu realmente não sei. De
acordo com aqueles que a conheceram, ela realmente se retirou do mundo
depois do meu difícil nascimento. Havia apenas o meu pai para ela.
Ninguém mais poderia alcançá-la.
Sua mão encontrou a dela e ele a puxou para perto dele, seus dedos
apertados ao redor do dela. — Eu me sentia como o fantasma que sempre
me chamaram. Eu estava lá, mas não estava. Ela não me via ou me reconhecia
de qualquer forma. Meu pai estava muito ocupado com ela, então a maior
parte do tempo, eu era um fantasma para ele também.
Teagan detestou isso. Sua infância foi sem amor e riso. Ela não sabia
quem o chamava de "Fantasma". Isso a incomodava, também. Mas,
principalmente, a maneira que André falou, como se nada disso importasse
para ele. Essa não era a causa de sua tristeza. Ele não refletia sobre sua
infância como ruim ou boa. Simplesmente era.
Sua mão escorregou da dela para abranger sua caixa torácica, logo abaixo
214
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sentiu, não alegria, mas intensa tristeza. Tristeza esmagadora. Raiva. Culpa.
As emoções vertiam sobre ele e ela sentiu o corpo dele tenso. Deliberadamente,
ela relaxou e respirou fundo, dentro e fora, usando a respiração meditativa na
esperança que a respiração dele seguisse a dela. Ela rodeou o pescoço dele com
os braços e encaixou o rosto em seu ombro, tentando confortá-lo.
Sua compaixão e empatia por ele já a tinha à beira das lágrimas. Ela
teve que se segurar. Sabia que o momento em que ela se desfizesse, André iria
parar de compartilhar. Ele era assim. Se ela ia fazer uma lista das razões por
que ela estava tão completamente apaixonada por ele, essa seria uma das
muitas razões. Ela alisou o cabelo e deu um beijo em sua garganta antes de
se tranquilizar mais uma vez.
— Ela parece bonita.
— Ela era como sua mãe. Dorina. —Havia admiração em sua voz. — Eu
achava que eu jamais iria esquecê-la. Eu nunca tinha visto a luz do sol, mas eu
sabia que, se eu fizesse, seria como Dorina Boroi. Ela trabalhava arduamente,
a pequena cabana era limpa e sempre cheirava a coisas boas. Mais do que
qualquer coisa que eu posso me lembrar dos cheiros. Ela deve ter desconfiado
que Euard e Elena se esgueiravam durante a noite, porque ela os seguiu.
Ela me convidou para sua casa imediatamente. Seu marido, Ion, foi tão
maravilhoso comigo, como foram todos, embora rude e brusco, como se eu não
importasse, mas eu importava. Eu poderia dizer. Todos eles me viram.
Ele esfregou a ponta do nariz dela. — Eu acho que ela sabia que eu não
era humano, mas ela me acolheu em sua casa e ela me fez um deles. Ela amava
seus filhos. Ela amava o marido. Ela veio a me amar. Eu podia sentir isso toda
vez que eu estava em sua casa. Ela me fez um de seus filhos.
Sua voz ficou suave e Teagan soube que ele amava Ion, Dorina, Euard
e Elena como se fossem sua própria família. Era por isso que a memória
era a única que ele tinha mantido. A família humana, que o "viu" era muito
mais real para ele do que o casal Cárpato para o qual ele era apenas um
fantasma. Seu coração revirou por ele. Ele havia conhecido o amor, só que
ele não tinha se
Dark - Série Os Cárpatos
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Dark - Série Os Cárpatos
lembrado até este momento. Com ela. Ele tinha compartilhado algo pessoal e
bonito com ela e ela sempre valorizaria esse presente.
Capítulo Doze
d
— N aquela noite, eu não podia esperar para ir vê-los,
—continuou André. — Minha mãe tinha divagado muito longe por um
caminho que estava longe de ser até mesmo do meu pai. Ele me disse que
era hora dele levá-la para o outro reino onde eles poderiam estar juntos
novamente. Disse que eu ficaria bem, que outros casais cuidariam de mim. Ele
tinha feito os arranjos.
Teagan apertou os lábios para não deixar escapar nada. Ela não podia
imaginar sua avó jamais tratando ela ou suas irmãs dessa forma. Ela sentiu a
queimadura de lágrimas e piscou rapidamente, grata por seu rosto estar
pressionado contra seu ombro e assim ele não poderia ver seu rosto.
— Csitri.
Havia essa voz. Toda sedosa e aveludada, roçando sobre ela como sua
boca podia fazer. Ela estremeceu e se aconchegou mais perto, o estômago dela
revirou numa cambalhota e uma sensação de fusão envolveu seu coração.
Seus braços a apertaram. — Você está em minha mente e eu estou na sua.
Não tente esconder suas lágrimas de mim. Foi tudo há muito tempo.
Mas não foi. Não para André. Foi ontem. Uma hora atrás. Foi naquele
momento. Ela sabia que a ferida estava crua e nunca tinha se curado. Um
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Dark - Série Os Cárpatos
pequeno som escapou de sua garganta, mas ela balançou a cabeça, tentando
piscar muito para conter as lágrimas.
— A família Boroi eram pessoas maravilhosas.
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Dark - Série Os Cárpatos
não iria ouvi-lo. Ninguém iria ouvi-lo. Teagan empurrou seu dedo em sua boca
e mordeu para não chorar. Ela iria ouvir isso. Ele havia passado por isso e
ele precisava saber que ela era forte o suficiente para ouvir o que tinha
moldado sua vida e o fez quem ele era agora.
Teagan empurrou mais profundamente na mente dele e ficou surpresa
que podia. Tinha uma vaga noção de que ela poderia protegê-lo do horror de
tudo o que aconteceu—e ela sabia que havia muito mais do que seu pai dizendo
que ele ia matar sua mãe e depois se suicidar. Muito mais.
Ela era uma curadora, e sabia algo sobre escudos. Desejava ter
algumas pedras de cura com ela, mas não trouxe. Só a que ela usava no
pescoço. Ela colocou uma mão ao redor da pedra e se deixou levar com ele
para a profundeza da floresta.
SSS SSS
Ela sentiu o cheiro das flores silvestres. Uma raposa. Sabia que
haviam filhotes, aconchegados com sua mã e em uma cova perto da
estreita trilha de cervos que André viajava. Ela ouviu a mú sica nas
folhas prateadas das á rvores. Ainda assim, apesar da beleza da
noite, o cobertor de estrelas no cé u, a tristeza pressionava no
fundo.
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SSS SSS
O estômago de Teagan balançou. Ela podia ver claramente que Ion estava
sofrendo terrivelmente. A enorme pilha de pedras amontoadas sobre o pai de
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SSS SSS
André acenou com as mã os, tentando mover as pedras. Como
elas tinham chegado até Ion ali na floresta era um misté rio, mas ele
tinha que movê -las antes que elas esmagassem Ion até a morte. Ele
estava apenas aprendendo a controlar a levitaçã o. Movia pequenos
objetos desde que ele era uma criança, mas nada dessa magnitude.
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Dark - Série Os Cárpatos
telepá tica comum que todos tinham. Ele pediu ajuda enquanto
corria, sabendo que era tarde demais, mas se um caçador viesse,
esta família seria vingada. Ele nã o tinha experiê ncia. Era
considerado uma criança nos anos Cá rpatos e nã o tinha nenhum
treinamento formal e nã o tinha as habilidades e poder necessá rios
para enfrentar um vampiro mestre, mas isso nã o importava para
ele. Esta era a sua família e ele iria salvá -la, se pudesse.
SSS SSS
A bile subiu na garganta de Teagan. Era muito sensível para ver e
sentir isso, mas ela se recusou a sair da cabeça dele. André tinha enfrentado
isso e ela faria o mesmo. Ela reconheceu o padrão das estacas. Duas nos
ombros. Duas nas costelas. Essas cicatrizes circulares, redondas tão
proeminentes no corpo de André.
SSS SSS
Um monstro pairava sobre Elena, seus dedos ó ssudos
envolvidos em torno de sua garganta. Ele era grande e parecia
poderoso. Seu cabelo estava em tufos embaraçados, pendurado
ú mido e sujo em torno dele, caindo por suas costas como uma
cauda de rato. Virou a cabeça lentamente para André . O sangue
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Dark - Série Os Cárpatos
para eles. —Ciprian jogou a cabeça para trá s e riu, o som mais como
um guincho. Ciprian que, como sua irmã , tinha olhado direto
atravé s de André quando ele era um garoto, agora queria que ele
sentisse culpa.
SSS SSS
Teagan engasgou. O golpe em André era tão horrível, tão brutal,
Teagan sabia que ela ia vomitar. Ela se soltou dos braços de André, saltou
de seu colo e correu para a próxima câmara. Não ia vomitar na frente dele.
Como ele sobreviveu a uma coisa dessas? Como? Lágrimas a cegaram e quase
correu para as paredes da caverna. Ela caiu de joelhos, com ânsia e
vomitando.
Como? Não era possível sobreviver com isso. Não inteiro. Não intacto. Ela
queria gritar e jogar coisas. Queria envolver os braços ao redor de André e
mantê-lo seguro. Queria apagar essa terrível memória, medonha dele para
todo o sempre, mas sabia—absolutamente sabia—que não ia acontecer.
— Teagan.
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Dark - Série Os Cárpatos
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Dark - Série Os Cárpatos
decisivo de sua vida. Ela precisava saber, compartilhá-lo com ele, não importa
o custo para ela. Ela levantou o olhar para ele, segurou-o. — Estou
absolutamente certa.
Ele passou a mão pelo cabelo e, em seguida, agarrou a parte de trás do seu
pescoço como se doesse. — Teagan.
O nome dela novamente. Ele fazia isso muito, principalmente quando ele
estava irritado com ela. Ou ela tinha feito algo que ele não conseguia entender.
Ela levantou a mão. — Se o que você me disse é a verdade André, e
você pertence a mim, então este é o meu direito. Eu preciso entender. Somos
muito diferentes. Se nós vamos fazer funcionar essa relação, eu preciso
dessa informação ou estarei entrando nisso com você sem saber. Você é
meu?
Ele acenou com a cabeça lentamente, com os olhos de repente suaves.
Apenas esse olhar por si só enviou seu coração em cambalhotas e as borboletas
esvoaçando.
— Bem, então está resolvido, —disse ela com firmeza. Ela olhou em volta
pela sua mochila. Ela precisava de uma pequena pausa para que pudesse se
recompor. Suas pernas tremiam e seus olhos ardiam como o inferno, mas
poderia fazer isso. Ela faria isso, não importa o custo para si mesma,
porque alguém tinha que estar na vida dele. Alguém tinha que amá-lo e
cuidar dele. Acima de tudo, alguém tinha que "vê-lo".
Ela olhou por cima do ombro para ele quando ela tirou a escova e
creme dental de sua mochila. — Você não é um fantasma André. Não para
mim. Nunca para mim. Eu vejo você e eu sempre vou te ver.
Porque era sua mulher e ia fazer isso funcionar. De alguma forma.
Deixando o sangue de lado, ela podia fazer funcionar. André precisava dela, e
lá no fundo, onde ela guardava todos os seus segredos, sabia que precisava dele
também. Ela se afastou dele. — Preciso de água para enxaguar a boca. Isso
é apenas nojento.
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Dark - Série Os Cárpatos
Ele ouviu a advertência em sua voz quando ela se virou para enxaguar
a boca e escovar os dentes. Ela estava determinada a ver isso. Ele não queria
isso para ela. Ela realmente era muito sensível. Ele precisava que ela soubesse
por que ele tinha tomado as decisões que tomou, mas não queria que isso a
traumatizasse por toda a vida. Ainda assim, ela estava determinada e ela
era impressionante em sua determinação.
Sua mulher. Teagan. Ele sussurrou o nome dela em sua mente. Teagan,
bonita e doce. Sua luz brilhava, mesmo nos momentos mais sombrios. Ele
nunca tinha pensado reviver o seu pior dia e ainda quando ele tinha se
arrancado de sua paralisia do sono dos Cárpatos sabendo que Teagan estava
tão perto da guarida de um vampiro. Ele não foi capaz de respirar. Mal
conseguia pensar, sua mente inundada com imagens da perda de sua família
humana.
Teagan, doce e bonita que comandava a luz e podia encontrar humor
em qualquer coisa. Ele havia prometido que se ele a salvasse, se ele chegasse
a ela
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Dark - Série Os Cárpatos
em tempo, ele nunca permitiria que ela ficasse em uma posição tão
precária novamente.
Ele enfrentou inúmeras batalhas e sofreu ferimentos horríveis. Nada
jamais havia ameaçado quebrá-lo—destruí-lo—após a morte de sua família
humana. Nem uma única vez em todos os séculos de sua existência, até
que pensou que poderia perder Teagan.
Ele achou a maneira como ela escovou os dentes com tal entusiasmo
fascinante. Achava tudo sobre ela fascinante. Gostava da maneira como ela
andava, o balanço suave de seus quadris. Gostava que ela fosse pequena e
ele praticamente pudesse rodear sua cintura com as mãos. Seus músculos
eram pequenos, mas firme e forte, os músculos de um montanhista.
Ela chorou por ele. Sua própria mãe nunca tinha olhado para ele com
olhos suaves ou molhados. Apenas Dorina, sua mãe humana que morreu
muito cedo e de forma tão brutal. Ninguém nunca tinha. Até Teagan. Cada
momento que passava com ela, ele estava ciente de que estava caindo cada
vez mais sob o feitiço dela. Ele sabia que o vínculo de companheiros era
forte, inquebrável mesmo, mas não sabia que seus sentimentos por ela
seriam igualmente tão fortes e inquebrável.
Ele estava tendo um momento muito mais difícil com suas emoções
por serem tão novas, cruas e avassaladoras. Ele sentia tudo e quando as
memórias o envolveram, a tristeza foi muito real e impossível de ignorar.
Sentiu-a, em seguida, vertendo em sua mente. Forte. Incrivelmente forte.
Sua capacidade o chocou quando poucas coisas no mundo fizeram. Ela era
uma poderosa psíquica e com o aprimoramento de seu sangue, ela ficaria
ainda mais forte. Ele não sabia se era seu dom particular ou não, mas ela
definitivamente já estava parcialmente no mundo dos Cárpatos.
Ele tomou sua mão, fechando os dedos juntos, conforme a puxava de volta
para as cadeiras que tinha fabricado para ela. Ela tinha um longo caminho
a percorrer antes que aprendesse tudo o que tinha disponível para ela com
sua
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Dark - Série Os Cárpatos
nova vida, mas tudo o que ela visse, até mesmo com suas memórias, ajudariam
a prepará-la.
Ela se acomodou na menor das duas cadeiras, juntou os joelhos quase
protetoramente, embora ele soubesse que ela não estava consciente de que era
o que ela estava fazendo. André não podia aceitar isso. Ele estendeu a mão e a
levantou para fora da cadeira e a colocou direto em seu colo.
— O que você está fazendo? Esta situação está se tornando um hábito,
e eu não sou o tipo de garota que se senta no colo dos homens, —declarou
Teagan, mas colocou os braços em volta do pescoço dele.
— Você pode querer repensar a sua posição sobre isso, —disse André.
— Eu gosto de ter você em meus braços. —Ele fez uma pausa, aninhando o
queixo no topo de sua cabeça, desejando novamente que seu longo cabelo
estivesse livre das tranças para que ele pudesse enterrar as mãos em toda a
sua riqueza.
— Eu preciso de você perto de mim.
SSS SSS
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SSS SSS
André abruptamente fechou sua mente para ela. — Suas mortes foram
minha culpa. Eu aprendi uma lição valiosa naquela noite. Fiquei longe dos
seres humanos, tanto quanto possível. A menos que eu tivesse que resgatá-los
ou usá-los para me alimentar, eu não chegava mais perto deles.
Teagan ainda estava se recuperando desse pesadelo de memória que se
recusava a deixá-lo. Ela esfregou a palma para cima e para baixo suavemente
em seu peito. — Não foi culpa sua e você sabe disso. Talvez quando adolescente
você tomou essa culpa, mas Ciprian queria que você sentisse isso. Isso foi
proposital—para ver sua culpa e tristeza. Ele precisava te fazer sentir alguma
coisa.
Ela sentiu André se sobressaltar e sabia que tinha julgado corretamente os
motivos do vampiro. A mão de André veio até o cabelo dela e mais uma vez
teve a impressão de que ele queria seus cabelos soltos. Ela queria dar tudo a ele
nesse momento. Ele precisava de alguém dando tudo.
Ela virou o rosto para a garganta dele e se aninhou. — Baby, se você
quer o meu cabelo solto, eu vou soltá-lo para você, mas estamos nas
montanhas e distantes de um chuveiro e eu tenho um monte de cabelo. Eu
meio que herdei de minha mãe e pai, por isso é grosso, selvagem e muito
longo. Eu o mantenho trançado quando eu estou acampando.
— Solte-o
André soava rouco, como se sua oferta significasse muito para ele. Tipo
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um monte. Seu estômago deu uma cambalhota e seu coração sentiu como se
derretesse ali mesmo em seu peito.
— O que aconteceu com você depois disso?
— Sim. Eles foram para os Estados Unidos. Era para eu ir com eles,
mas eu fiquei para trás porque eu seguia a trilha de um vampiro mestre e
seus seguidores. —Ele deu um beijo sobre a parte superior de sua cabeça.
— Se eu não tivesse feito isso, não teria descoberto a minha companheira.
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— Eu não entendo.
— Uma para cada um deles. —Ele tocou em seu ombro esquerdo. — Ion.
—Seu ombro direito. — Dorina. —O lado esquerdo de sua caixa torácica.
— Euard. —O lado direito. — Elena.
Seu coração deu um pulo. Ela mordeu o lábio. Seus punhos se apertaram
em seu cabelo. — Fazer o que?
— Fazer você inteiramente minha.
— Você já fez isso André. Eu disse que não ia a lugar nenhum. Eu só quero
deixar claro que eu não estou bem com a coisa do sangue. Você pode ter o meu
sangue. É tipo sexy, mas de jeito nenhum eu estou tomando o seu.
Ela olhou para ele. Encontrou os olhos dele para que entendesse que
ela estava estabelecendo as regras do seu relacionamento. Ela podia aceitar o
que ele era, mas ela definitivamente não iria cruzar a linha de ingerir seu
sangue. Isso era simplesmente ‘tão nojeno’ e ela não ia para lá.
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Dark - Série Os Cárpatos
Você sabe por que Teagan. Estamos quase extintos como está. Há um
grupo, provavelmente, um que sua avó está envolvida, que caçam e matam
todos que eles consideram vampiro. Eles não podem dizer a diferença entre
Cárpatos e os mortos-vivos. Eles às vezes até mesmo matam seres humanos
que eles simplesmente não gostam.
Teagan conseguia entender por que ele não queria que ninguém soubesse
sobre sua espécie. Ainda. Sua avó não era louca, e André era prova viva disso.
— Ok, eu vou encontrar outra maneira de convencer a minha família. Mas, por
favor conte-me sobre os Cárpatos então eu posso compreendê-lo melhor.
— Nós existimos há séculos. Temos longevidade, tanto tempo que parece
que somos imortais, mas podemos ser mortos. Devemos ter sangue para
sobreviver, mas somos muito cuidadosos com nossos fornecedores. Eles são
tratados com respeito e nunca com medo. É claro, que não lhes permitimos se
lembrar de nada.
— Você tomou meu sangue aquela primeira vez e eu não me lembro.
— Mas ela lembrava. Apenas pensou que era um sonho erótico. Colocou a
mão sobre o pulso batendo em seu pescoço. Segurando-o para ela. Isso é o
que sentiu, como se estivesse segurando ele para ela.
— Sim, sivamet, tomei seu sangue. Eu tenho que tomar seu sangue. É
erótico para mim também.
Teagan prendeu a respiração. Pela primeira vez em sua vida ela
experimentou ciúme. Não foi bonito e não era confortável. — Não estou
certa se eu gosto de qualquer modo de você ter prazer tomando sangue de
outra pessoa.
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Dark - Série Os Cárpatos
Capítulo Treze
d
— T eagan.
Lá estava ele de novo, a voz dele acariciando sua pele e enviou chamas
famintas dançando através de seu corpo de modo que ficou úmida e
necessitada.
— Não com os outros. Eu não sinto absolutamente nada quando tomo
o sangue dos outros. —Havia um pequeno sorriso em sua voz. — Eu não
sinto nada por outras mulheres, muito menos quando eu estou me
alimentando, Teagan. Eu nunca senti. Só com você.
Teagan deixou escapar o fôlego lentamente. — Bom saber. Eu sou o
tipo de mulher que posso ficar muito inventiva se eu descobrisse que meu
homem estava me traindo.
— Inventiva?
— Já vejo.
Ele ergueu o cabelo dela longe do seu pescoço e acariciou a pele macia lá.
Um calafrio desceu por sua espinha. Seus dentes beliscaram, rasparam e sua
língua provocou. Ela fechou os olhos. Ele era quente. Simplesmente quente. E
ela era fraca. Ele não teria qualquer argumentação vindo dela se ele
continuasse com isso.
— Eu gosto do som da sua voz Teagan. Gosto da maneira como você
rir. Você é uma lufada de ar fresco. Houve momentos em que eu senti que
não
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conseguia respirar. Não havia nenhum ar deixado para mim neste planeta e,
então, você veio e devolveu meu mundo com cor. Você respira por mim. Você
sabia disso?
Sua boca estava no cabelo dela, lambendo por trás dele, os dentes
puxando sua orelha. Seu estômago deu uma cambalhota. Seus seios doíam. A
área entre as pernas ficou mais quente. Quem dizia coisas como essa? Havia
um homem na terra que poderia fazer sua mulher se sentir mais bonita ou
especial? Se houvesse, ela nunca conheceu.
— Olhe para mim, sivamet. Eu preciso de sua boca agora.
Ela esqueceu tudo sobre aprender sobre o seu povo. Ninguém beijava
como ele, e ela queria saboreá-lo. Ela estava quase desesperada por seus beijos
e ele mal a tocou. Ela gostou do jeito que ele disse —que ele precisava de sua
boca—porque ela estava bastante certa de que ela precisava dele também.
Teagan virou o rosto para ele. Seus olhos sobre o rosto dela eram
possessivos. Nenhuma dúvida sobre isso, havia posse total, em todo aquele
azul escuro. Seu estômago deu uma cambalhota. Ela conhecia a mudança de
cor. A forma como seus olhos passavam de gelo direto para o líquido
quente, derretido, e muito além. Ela pode ser uma mulher moderna, bem
versada em como os homens não possuíam uma mulher, mas gostava desse
olhar de posse. Chamava a parte primitiva dela, ela não se importava. Gostava
que ele dissesse que ela pertencia a ele—e ele a ela. Era sexy. Emocionante.
De alguma forma segura.
— Não há palavras para descrever o que eu sinto por você, —ele
murmurou baixinho.
Ela deslizou a palma da mão sobre o peito até o ombro dele, sentindo a
cicatriz enrugada por baixo da camisa. — Eu me sinto da mesma maneira,
— ela admitiu. — Pare de falar e me beije.
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faz. Beijou-a mais e mais, quase não a deixando respirar, mas também ela não
queria ar. Ela queria ele. A mão dele deslizou pela coluna de sua garganta e
parou ali, de modo que o pulso dela batia na palma da mão dele.
Seu beijo suave ficou agressivo, mais áspero, mais quente, definitivamente
no comando. Ela não sabia o que estava fazendo, mas isso não importava, ela
seguiu seu exemplo. Estava determinada a ser boa nisso. Queria ser tudo para
ele, incluindo muito boa em beijar.
Ele distribuiu beijos até o queixo e mordiscou ali. A pequena fisgada
enviou uma flecha de fogo direto para seu sexo. Ouviu um pequeno gemido
suave escapar, apesar de quão duro ela tentou suprimi-lo. Imediatamente
escondeu o rosto no pescoço dele, sabendo que o rubor varreu seu corpo.
— Teagan, eu gosto de te ouvir. Quero ouvir você. Você não pode ficar
constrangida ou envergonhada comigo. Sou seu companheiro.
— Mas eu não sei nem como te beijar corretamente. E você é tão bom
nisso. Quero dizer, bom como se você fosse de outro planeta. Eu não sei como
tocá-lo, ou ... ou qualquer coisa.
— Gosto de lhe ensinar coisas. Eu tive séculos para me preparar para a
minha mulher. Os homens Cárpatos acreditam em estarem preparados. Cabe a
nós fazer o sexo bom para a nossa companheira, por isso estudamos. Nós
adquirimos conhecimento. Nós aprendemos. Precisamos de coisas para ocupar
nossas mentes, por isso, embora nós não sentíssemos, nós estudamos.
Ela fez uma careta. — Você está me dizendo que você foi um cão de caça
durante séculos? Porque eu realmente não quero ouvir isso.
— Não, csitri, eu estou lhe dizendo que eu estudei a arte e eu adquiri
tantas informações sobre o assunto quanto possível para que eu pudesse lhe
agradar. Eu lhe disse, mais de uma vez, eu não posso sentir qualquer coisa
por outra mulher.
Ela se encontrou muito feliz com isso. E gostou da idéia de que ele tivesse
adquirido uma grande quantidade de conhecimento só para ela.
240
Dark - Série Os Cárpatos
Ele se inclinou e beijou sua garganta. A mão dele se moveu sobre sua
camisa e calcinha desapareceram, assim como as dele, apenas com um ondear
da mão. Ela achou que esse dom especial não era apenas mágico, era uma
forma prática. Sua mão subiu para o seu seio, envolvendo-o suavemente, o
indicador e o polegar beliscando suavemente o mamilo, enviando outro
calafrio através de seu corpo. Então, ele estava apertando, puxando e
rolando, e as veias dela virou esquentaram e fundiram. O fôlego
abandonou seus pulmões em uma corrida louca e outro som escapou—
outro gemido suave.
— Você está molhada para mim? —Ele murmurou contra sua clavícula.
Ela engoliu em seco. Não estava apenas molhada, estava muito molhada.
Se ele continuasse usando os dedos, a língua e dentes assim, ela estaria
encharcada.
— Sim. —Ela mal conseguia dizer a palavra. — Para você.
Essa foi sua única advertência e, em seguida ele estava com ela em
seus braços e os flutuando através da caverna, direto para a cama. Ela
adorava a sensação de movimento através do ar, agarrada a ele,
segurando-o perto. Nenhum dos dois usava roupas, e desta vez, ela queria
vê-lo, tocá-lo. Ela foi tímida antes e ainda estava um pouco intimidada, mas
ele pertencia a ela. Ele deixou isso muito claro e ela sentia que era verdade
com cada respiração que dava.
Ela sentiu o colchão em suas costas, com as pernas e os braços
esparramados, e antes que ela pudesse se mover, ele estava em cima dela,
cobrindo-a. Ele era grande e seu peso deveria tê-la sufocado, mas ela só sentiu
seu corpo duro, forte sobre o dela. Seu calor. Seus músculos. Sua ereção muito
pesada. Que enviou outra onda de umidade para a junção de suas pernas.
— Eu amo que você esteja pronta para mim. Amo que minha mulher me
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Dark - Série Os Cárpatos
receba.
— Você me beijou, —ressaltou.
Suas mãos emolduraram cada lado de sua cabeça. Seus olhos azuis
vagaram sobre seu rosto, seu olhar quente. Intenso. Possessivo. Repleto de
luxúria. Oh. Meu. Deus. Tão azul que ela se lembrou das profundezas do
mar Ártico. Outra onda de líquido. Seu coração gaguejou.
— Isso é tudo o que precisa?
Ele transferiu as duas mãos dela para uma das suas, mantendo os braços
estendidos acima da cabeça, desta vez fixando ambos os pulsos contra o
colchão.
— Eu deveria ser justo sobre algo assim? —Perguntou ele. — Eu sou do
mundo antigo, não do mundo moderno.
Ele estava brincando com ela. Atormentando e provocando. Ela se
contorceu debaixo dele, mas o corpo dele a tinha prendido firme no
colchão quanto a mão dele prendia as suas.
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Dark - Série Os Cárpatos
Ele não olhou para cima, ele estava ocupado em seus seios, usando a
língua, os dentes e os dedos hábeis e perversos. Sua boca se fechou sobre seu
seio esquerdo e ele sugou fortemente.
— André. —Ela gritou o nome dele, arqueando para ele. Sua cabeça
foi para trás, batendo no travesseiro.
— Gosto de ouvir meu nome quando você está excitada. Você está
perto de gozar. Eu sinto. E eu ainda nem entrei em seu corpo e você já está
perto. — Havia satisfação em sua voz. — Eu quero que você me dê isto,
sivamet. Eu preciso disso.
Suas palavras sussurradas foram tão sexy. O roçar de seu cabelo comprido
contra sua pele alimentou o fogo crescendo nela. Ela estava queimando, e
ele estava tão perfeitamente no controle. Não era justo. Ela precisava
encontrar uma maneira de fazê-lo queimar, mas com as mãos presas, era
impossível. Só podia ficar deitada debaixo dele, seus quadris se
contorcendo, seu corpo se contraindo de tensão, cada vez mais e mais.
Seus dentes de repente se afundaram nela, logo acima de seu seio, direto
sobre a curva inchada. Ela gritou, seu corpo explodiu, implodio, o orgasmo
caindo sobre ela. Ele soltou suas mãos e ela envolveu os braços ao redor de sua
cabeça, embalando-o para ela, enquanto ele se alimentava. Foi a coisa mais
erótica, sensual que ela já tinha experimentado. A onda a levou com força,
correndo através de seu corpo como um tsunami. Ela adorava a sensação de sua
boca sobre ela, suas mãos deslizando sobre sua pele, movendo-se para baixo,
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Dark - Série Os Cárpatos
passando por sua barriga e cobrindo seu sexo. O pouco fôlego que lhe restava
foi embora quando ele empurrou um dedo dentro dela. Profundo. Possessivo.
Minha.
Que enviou outra onda de calor correndo através dela como uma
tempestade de fogo. Seus músculos tensos apertaram duramente em torno de
seu dedo, tentando atraí-lo mais profundo. Ela adorava ser dele. Amava o quão
forte ele parecia. Adorava que ele pudesse fixá-la a um colchão com seu
poderoso corpo e não esmagá-la. Amou o jeito que ele empurrou um segundo
dedo dentro dela para se juntar ao primeiro e seu corpo começou essa incrível
construção tudo de novo.
Eu amo o seu sabor. Tão viciante. Nunca vou me satisfazer. Séculos passariam. E
nunca vou me satisfazer.
Ela queria ser viciante. Queria tanto que ela fechou os ouvidos à palavra
séculos. Que ele jogava em torno dela de modo casual.
Sua língua lambeu a curva de seu seio e então ele estava deslizando
beijando até seu estômago. Seus punhos encontrou o cabelo dele. Ele
estava em uma missão, deixando um rastro de fogo por trás dele. Suas mãos
grandes envolveram em torno de suas coxas e as separaram. Ela engasgou e
tentou se levantar do colchão. Ele plantou uma mão em sua barriga, e sua
cabeça levantou.
Seu coração quase parou ao ver o olhar em seus olhos. Ela nunca tinha
visto aquele olhar em particular, e, na verdade, foi um pouco assustador.
Quente. Predatório. Intenso. Possessivo. Luxúria definitivamente. Outra coisa
que a fez desmoronar. A demanda. Ele poderia fazer isso. Deixá-la fraca.
Moderna ou não. Especialmente quando ele baixou a cabeça e sua boca estava
sobre ela—lá, entre as pernas—e ela se desfez uma segunda vez.
Aconteceu tão rápido. Tão, inesperadamente. Silenciosamente, pegou-a de
surpresa e tomou posse dela antes que pudesse recuperar o fôlego. Ele não
parou. Sua língua, os dentes e os dedos continuaram a se mover dentro
dela. Pressionando dentro dela. Cada estocada naquele ponto doce,
maravilhoso que
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enviava tremores por todo seu corpo, enviando paredes de chamas dançando
por ela e os tremores a atingiram uma e outra vez mais e mais.
— André. —Ela sussurrou seu nome. Gemeu-o. — É demais.
Mais uma vez. Mais. Eu preciso de mais. De para mim novamente. Você tem
gosto de néctar. Tão perfeito. Dá-me mais, sivamet.
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Você sabe que eu sou. E ela era. Seu belo homem, extraordinário, que poderia
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lhe dar três orgasmos antes que ele estivesse mesmo dentro dela. Quem
poderia mostrar-lhe tanta beleza e fazê-la se sentir extraordinária também.
Sua mão estava de volta, empurrando entre sua boca e seu peito. Ele
foi gentil, mas inflexível, mesmo quando ela protestou. Você pode ter tanto
quanto você quiser mais tarde Teagan. Agora, eu quero algo mais.
A forma como a sua voz roçou dentro de sua mente foi simplesmente
emocionante. Suas mãos apertaram uma vez mais sua cintura e ela foi erguida
dele. Ela gritou e tentou segurá-lo, mas ele a rolou sobre seu estômago, pegou
seus quadris os puxou, uma mão em sua nuca, pressionando o rosto para
baixo, de modo que sua bunda ficou pro alto.
Ele entrou nela em um impulso rápido. Ela gritou. Alto. O atrito foi
incrível. Ele foi escaldantemente quente. Mais profundo do que ele já tinha
ido. Perfeito. Incrível. Ela queria mais.
— Mais forte André, —ela sussurrou.
Ela virou a cabeça para o lado, fechando os olhos para sentir cada golpe.
Ela agarrou o lençol com ambos as mãos, segurando firme enquanto ele
estocava nela mais e mais, sacudindo seu corpo com cada impulso. Ela poderia
jurar que relâmpagos a percorreram, grandes flechas incandescentes que se
bifurcavam e se espalhou por todo seu corpo.
André foi mais duro. Mais áspero. Dirigirindo nela com tal poder que
sacudiu a cama debaixo dela. Sentiu um maremoto se construindo fundo nela.
Começou em seus seios. Deslizou até as coxas. Em nós apertados. Centrado lá
em seu sexo. Seu corpo estremeceu. Ela se agarrou ao lençol mais apertado.
Deixe-o ir. Eu sinto. Dê-me o que é meu. Tão linda Teagan. Tão bonita.
Sua voz foi sua ruína. Um tom suave, sensual acariciando sua pele, e a
levou diretamente para o orgasmo. Seu corpo se apertou. Segurando lá. Ele
bateu duro, enviando relâmpagos ardentes através dela. Seu canal feminino se
comtraiu. Convulsionou. Segurou-o em um aperto estrangulador. Em seguida,
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Dark - Série Os Cárpatos
ela se foi, agarrando a cama para ficar ancorada, seu corpo batendo de volta no
dele, o orgasmo continuou, aparentemente interminável.
Ela o sentiu inchar, estirando-a mais. Ele gemeu o nome dela. Teagan.
Suave. Macio. Sedoso. Perfeito. Sentia cada bocado de sua semente quente
derramando dentro dela. Isso provocou um longo orgasmo. Ele ficou dentro
dela. Ela não queria se mexer, respirando com dificuldade no colchão.
Suas mãos deslizaram por suas costas, uma carícia suave. Ambas as mãos
foram para suas nádegas, massageando, alisando. Em seguida, ele estava
pressionado contra ela, a frente dele nas costas dela, beijando sua espinha até
chegar à nuca. Empurrou o cabelo de lado e beijou-a ali também.
Ela teria caído se ele não tivesse o braço firmemente ao redor da
cintura dela. Ela não queria perdê-lo, mas precisava cair para frente.
Direto em seu rosto.
— Você está bem?
— Mmm. —Ela não podia formar uma única palavra. Com cada
movimento seu, havia mais tremores secundários. Grandes. Deliciosos.
— Csitri. —Suas mãos eram gentis quando ele deslizou para fora dela e
a girou em seus braços. Ela se encontrou ao seu lado, seu corpo
pressionado contra o dela, seu braço travado em torno de sua cintura, uma
coxa entre as dela. A mão dele alisou seu cabelo. — Mmm não é uma
palavra.
Ela correu um dedo sobre o braço dele. — É agora. Você é delicioso André,
assim que mmm é definitivamente uma palavra.
Ele riu suavemente. Sua mão se moveu ligeiramente por sua caixa torácica
para envolver seu seio. Ela estremeceu quando seu polegar acariciou seu
mamilo. Seu ventre deu um pequeno espasmo e teve outro tremor delicioso.
— Seus seios são tão sensíveis.
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Dark - Série Os Cárpatos
— Cirurgia?
Ela virou o rosto para olhá-lo por cima do ombro, querendo ver sua reação.
Ele se sentia intrigado. — Sim. Cirurgia. Implantes. Para ficarem maior.
Seus olhos ficaram suaves. — Teagan. Você é a mulher mais linda que
eu já vi. Eu amo seus seios. —Sua mão os elvolveu, engolindo-os. — Eu amo
o jeito que sinto você em minhas mãos. Particularmente adoro como você é
sensível. Nunca pense em tal coisa novamente.
Ele quis dizer isso também. Teagan poderia dizer. Ele ficou chocado e
mais, ficou horrorizado. Sua mão envolvendo seu seio. Segurando-o como algo
precioso, como se ela fosse se desfigurar e tivesse que detê-la. Ela se viu
relaxando nele. Ele não tinha idéia de quanto sua reação significava para
ela. Ela sempre, durante o tempo que ela conseguia se lembrar, comparou a
beleza dela com suas irmãs. Todas elas eram simplesmente impressionante.
Todas elas tinham curvas reais. Muitas curvas. Mais de uma vez quando elas
entravam em uma sala cheia de pessoas, a sala ficava em silêncio. Teagan era
tão orgulhosa delas. Elas não eram apenas bonitas, eram boas também.
Ela tinha um pai caucasiano—aquele que deixou sua mãe logo que
percebeu que ela estava grávida. Sua mãe tinha morrido ao dar à luz a ela.
Teagan era dez anos mais jovem do que sua irmã mais próxima e parecia muito
diferente de todas elas—pequena—magra—muito poucas curvas—e o
cabelo selvagem que era mais seda do que o cabelo e impossível de domar.
Ela tinha um cérebro, não tinha habilidades sociais reais, mas suas irmãs a
amava com tudo nelas.
— Teagan. Eu não gostaria de uma coisa dessas.
Ela tentou não sorrir. Não importa o quão doce André fosse, muitas vezes
ele soava como se estivesse emitindo uma ordem. Agradável. Mas, ainda assim,
uma ordem.
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Havia um traço de diversão em sua voz. Gostou de ter colocado lá. Ele
não era um homem que ria ou encontrava diversões em muitas coisas. Ela
esteve em sua mente. Sabia disso, no entanto ele parecia estar à beira do riso
em torno dela. Estava grata que pudesse dar isso a ele.
— Já que não podemos dormir juntos à noite, você seria capaz de me
manter assim até eu dormir? —Se sentiu um pouco boba ao perguntar, mas era
o sentimento mais incrível. Ela nunca se sentiu tão segura em sua vida. André
a fazia se sentir como se tivesse andando sobre a água por ela.
— Eu durmo durante o dia Teagan. Além disso, você vai também.
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— Quando eu envelhecer e morrer, o que você vai fazer então? Você disse
que não haveria outra mulher. Em termos de seu tempo, mesmo se eu viver
por muito tempo, por exemplo, noventa, isso não é muito tempo em seus
anos.
— Você não vai envelhecer.
Ela se virou em seus braços para olhar para seu rosto. — Claro que eu vou.
Mesmo você não pode parar isso André.
Ela apertou sua mão em seu estômago. Ela não tinha comido nada
durante toda a noite, que deveria ter sido seu dia. O pensamento de alimentos
a deixou doente, mas seu estômago estava doendo e definitivamente ficando
pior a cada momento.
— Querido, eu acho que eu vou ficar doente. Eu não me sinto bem.
Ela tentou rolar para longe dele, com medo de vomitar sobre ele, mas seu
braço a segurou como ferro. Isso estava vindo rápido. Seu estômago se sentia
como se tivesse mil lâminas de barbear cortando suas entranhas. O cabelo
estava em todo lugar, uma confusão terrível e pesada em sua cabeça, puxando
seu couro cabeludo. Seus olhos queimando. Sua pele ficou quente. Não apenas
quente, mas tão quente que ela começou a suar.
— Sério André, isso não está bom. Eu estou realmente doente e eu não
quero que você pegue isso.
— Você não está doente Teagan, —disse ele.
A suavidade de sua voz a alertou que algo estava errado. Ele sabia algo
que ela não sabia. Ele também estava muito calmo sobre o seu estado tão
horrível. Chegou a pensar nele como seu protetor em tudo—até mesmo em
algo tão simples como ficar doente.
Ela lambeu os lábios de repente muito secos. Eles já estavam rachados,
como se tivesse estado com febre alta durante dias. Seu estômago apertou e ela
se curvou quase se dobrando.
— Você não pode me tocar. Tudo parece muito pesado e muito quente.
Dark - Série Os Cárpatos
252
Dark - Série Os Cárpatos
A explicação mal penetrou. Mesmo seu cérebro doía. Seu corpo inteiro
apertou, cada músculo. Ela gritou, incapaz de suportar a dor. Ela nunca esteve
tão mal em toda a sua vida.
— Eu não entendo.
— Teagan, olhe para mim. Siga a minha respiração. Fique sobre a dor.
253
Dark - Série Os Cárpatos
Ela não queria ele olhando para ela. Testemunhando isso. Não queria
olhar para ele, não quando ele estava parecendo tão remoto. Distante. Queria
chorar, mas não podia fazer sem energia. Outra onda estava vindo. Sentia
inchar através de suas entranhas, cortando-a como vidro irregular. Tentou
relaxar e respirar, como André disse a ela, mas foi impossível. Seus
pulmões pareciam cortados, crus, queimando com cada respiração que tentou
tomar.
Seu corpo se contorceu e a bile subiu. Sabia que ia vomitar e tentou
novamente rolar para fora da cama, ficar longe de André, rastejar para fora de
sua própria pele e desaparecer. André a pegou em seus braços fortes e levou os
dois para o chão da caverna, longe de sua cama. Quando ele a envolveu em
seus braços, para impedir que seu corpo batesse duro no chão, a onda recuou.
Teagan olhou para seu rosto. Pedra pura. Uma máscara. Seus olhos
azul geleira. Nada além de gelo. Um músculo pulsou em sua mandíbula. Suas
mãos eram gentis. Ele murmurou suavemente para ela em sua própria língua,
mas seu corpo estava rígido, assim como seu rosto.
— O que está acontecendo comigo? —Ela perguntou novamente,
precisando de esclarecimentos. — Depressa. Isso está voltando.
— Leva três intercâmbios de sangue para trazer outro para o nosso
mundo. Eles devem ter um dom psíquico para que a conversão seja bem-
sucedida.
Seus olhos se arregalaram. — Você está dizendo que, quando isso acabar,
eu vou ser como você? Vou precisar de sangue para sobreviver? O sangue
de outras pessoas? Eu vou ter que dormir no chão?
A próxima onda já estava sobre ela. Esta foi muito pior do que as
outras, e ela se desviou dele, vomitando, uma e outra vez, seu corpo
rejeitando tudo nela que fosse humano. Sua garganta estava crua e sangrenta.
Sua pele não se sentia bem, e até mesmo o couro cabeludo doía. O pior era em
seu ventre. Um maçarico tinha sido adicionado ao vidro e lâminas de
barbear irregulares cortando-a.
André se ajoelhou com ela, segurando-a, limpando a boca com um
pano frio molhado. De alguma forma, ele conseguiu fixar suas tranças
grossas no
Dark - Série Os Cárpatos
254
Dark - Série Os Cárpatos
topo da sua cabeça, e se livrar da bagunça que ela tinha acabado de fazer. Ainda
assim, ela o detestava.
255
Dark - Série Os Cárpatos
Eu deveria ter pesquisado antes de te submeter a isso. Não saber não é desculpa.
Não saber não era uma desculpa, mas era algo. Ela podia ver que ele
estava se mantendo sob controle para tentar ajudá-la a passar por isso. Até
mesmo percebeu que ele estava assumindo o máximo possível de sua dor.
A próxima onda foi pior do que a última, empurrando seu corpo até
que ele ficou duro, contorcendo-o e, em seguida, batendo-a em direção ao
chão da caverna. André estava lá, amortecendo-a, rodeando-a com a sua
presença. Podia ouvi-lo, muito longe, falando em sua língua, sua voz como
aveludada e sedosa.
Agora durma Teagan. Eu vou segurar você perto.
Ela tinha pedido que André a abraçasse. No ínicio ela queria apenas se
afastar dele. Agora nada importava, apenas escapar. O maçarico em seu
estômago ainda estava lá, mas a intensidade não era a mesma mais.
Deixe-se ir por mim. Durma agora.
O comando foi mais forte. Ela realmente sentiu o "empurrão" por trás de
sua voz sensual. Teagan obedeceu e se deixou cair sob qualquer feitiço que ele
tinha concebido a fim de parar o seu sofrimento.
Capítulo Quatorze
d
T eagan tomou conhecimento de uma brisa primeiro. Resfrescante.
Em seu corpo. Seu corpo nu. Em seguida, ela se deu conta que André
estava envolvido em torno dela. Segurando-a com força contra ele. Seu braço
estava
Dark - Série Os Cárpatos
256
Dark - Série Os Cárpatos
envolto em torno de sua cintura e sua coxa estava entre as dela. Ela ainda
estava deitada, tentando descobrir se ela teve um pesadelo terrível —o que
era compreensível depois das lembranças horríveis da infância que André
tinha lhe mostrado. Ela também teve um encontro com um vampiro de
verdade. Isso daria pesadelos a qualquer um.
Ela fez um balanço de seus arredores. Sim. Ainda estava na caverna.
Ela podia ver—ver, bem como se fosse plena luz do dia —e estava em uma
caverna. Ela foi capaz de ver um pouco antes, o bastante que a preocupava,
mas agora era incrível. Alguém poderia muito bem ter acendido as luzes.
Deveria ter sido uma coisa boa, pois era muito legal, mas não era. Isso
realmente, realmente não era.
Ela tocou o colchão embaixo dela e deixou escapar o fôlego
lentamente. Estava em uma cama, não enterrada no chão. Ela se sentia
absolutamente bem. Sem dor. Nem cãibras. Sem convulsões. Mesmo sua
garganta não doía. Ainda assim, ela se sentiu um pouco bem demais.
Ela virou a cabeça para olhar por cima do ombro para o homem
deitado enrolado em torno dela. Protegendo-a. Seus olhos estavam abertos e
ele estava olhando para ela. Seus olhos, nesse momento de guarda baixa,
eram de um azul suave, do mar mais profundo. Seu coração se contraiu.
Seu sexo deu um espasmo. Até mesmo os seios reagiram, se sentindo de
repente inchados e doloridos. Só de olhar em seus olhos. Ela estava em
apuros.
— Você está acordado.
Ele se mexeu. Inclinando-se para roçar sua boca com a dele. Gentil.
Sem demanda. Isso não era bom também. Porque André era o tipo de homem
que queria sexo de manhã. Ele iria querer sexo a tarde. E quereria muitas
noites de sexo também. Ele não estava sendo mínimamente sexual, a
menos que você contasse a pesada ereção pressionando firmemente contra
seu traseiro.
— Não é de manhã, não é? —Isso foi tudo que podia dizer. Sua boca de
repente ficou seca. Sabia que o sol se pôs. Sabia que já era tarde. Estava em
uma
Dark - Série Os Cárpatos
257
Dark - Série Os Cárpatos
caverna que ela podia ver perfeitamente, mas sabia que era início da noite
lá fora.
— Não, o pôr-do-sol foi a meia hora atrás.
— Teagan.
Ela fechou os olhos e virou o rosto para longe dele. Mesmo assim, com
a sensação de naufrágio no fundo de seu estômago, seu corpo respondeu à sua
voz. Toda sedosa e aveludada. Tão rica. Tão perfeita.
— Acho que é necessário informá-lo André, que você não é tão perfeito.
—Ela se sentou, desejando que tivesse uma camisa para cobrir seu corpo.
— Eu já te disse como você é lindo e doce, o que claramente foi um erro.
Isso subiu para sua cabeça ou algo assim e o convenceu de que você podia
escapar de qualquer coisa. —Ela nivelou seu olhar para ele. — O que você
não pode.
—Ela precisava de pelo menos uma das camisas dele. — Eu acho que você
precisa saber que você não é perfeito e você só caiu na escala de namorado.
Tipo atingiu o fundo.
Ela se levantou. Era difícil se afastar com grande dignidade quando estava
absolutamente nua. Ela realmente, realmente precisava muito daquela camisa.
Imediatamente ela estava envolta em calor. Na camisa dele. Uma de flanela de
abotoar que era quente, macia e mais do que confortável. Ela ia até os joelhos,
cobrindo-a completamente.
Sua respiração deixou seus pulmões em uma pequena rajada. — Obrigada.
—Porque isso foi mega-legal e a camisa a fazia se sentir como se tivesse um
pouco de seu próprio poder de volta.
— Eu não lhe dei a camisa. Você fez.
Ela virou-se para olhar para ele. — Eu não. Eu não posso fazer esse
tipo de coisa.
— É a roupa que você imaginou em sua cabeça?
Dark - Série Os Cárpatos
258
Dark - Série Os Cárpatos
Ela o olhou furiosa. — Que parte do não em voz alta que você não
entendeu? Você é um bastardo. Um rato bastardo, como minha boa amiga
Cheryl diria.
—Ela apontou o dedo para o peito dele para dar ênfase. — Um enorme rato
bastardo. Que, no caso de você não entender, a tradução correta não é uma
coisa boa.
Ele a cercou, entrando em seu espaço, e ele era um homem grande. Mais
de trinta centímetros mais alto do que ela, e lhe superava pelos mais de
cinquenta quilos a mais que ela, mas ela não se importava. Ela bateu no peito
dele com a palma da sua mão, porque se ele estava ocupando o seu espaço ele
poderia arcar com as consequências. Ela bateu nele novamente para uma boa
medida e, em seguida, seu temperamento subiu em um nível mais alto, porque
ele não pareceu notar. Ele só ficou olhando para ela com aqueles olhos.
— Entendo que talvez você não soubesse que eu fosse sofrer as agonias do
inferno, mas eu não quero isto. Eu ia viver minha vida com você, desistir da
maioria dos dias para estar com você e, depois, uma morte tranquila sem
drama, sem vampiros envolvidos. Sem chão. Sem sangue, apenas uma morte
humana comum e simples.
Dark - Série Os Cárpatos
259
Dark - Série Os Cárpatos
— Teagan.
Seu coração revolveu. Ela lhe bateu novamente. — Você não me venha
com Teagan. E o que você vai fazer, e vai fazer isso neste momento, é
remover esse voodoo ou hoodoo1 6 de cima de mim e me traga de volta ao
normal. A camisa limpa e ver no escuro—porque eles são definitivamente os
prós—o sangue e a coisa da terra não são a parte legal e eu não quero isso.
— Teagan.
1 6
voodoo ou hoodoo – e uma forma tradicional de magia popular afro-americana praticada nos EUA.
Dark - Série Os Cárpatos
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Dark - Série Os Cárpatos
Eu não nasci no século em que você nasceu. —Ela queria correr. Ia correr,
fugir do que ela se tornou. — Eu não sou o que você obviamente precisa ou
quer. Meu homem não toma decisões por mim. Certamente não uma como
esta.
Ele continuou vindo, não importa o quão longe ela recuasse, então ela fez
a única coisa que restava a ela —ela se abaixou por debaixo do braço dele e
correu através da caverna. Ela nunca se moveu tão rápido em sua vida. Ela, na
verdade, correu com assombrosa velocidade. Velocidade fenomenal. Ela
sempre foi péssima em corrida, embora ela fez isso para ficar em forma, mas
ainda assim, estava muito rápida.
Mesmo sua velocidade não a salvou. André enganchou seu braço ao redor
de sua cintura, trazendo-a para uma parada abrupta. Ela o chutou tão duro
quanto podia nas canelas. A dor correu através de seu pé direito para sua
Dark - Série Os Cárpatos
261
Dark - Série Os Cárpatos
— Não diga permitir. Você não ouviu uma única coisa que eu disse para
você? —Ela queria chorar. O nó na garganta a engasgou, mas não ia chorar na
frente dele. — Eu estou terminando esta relação. Eu quero dizer isso
André. Estou terminando com você. Você não é o homem que eu pensei que
fosse.
Ele fez estremeceu com isso. Não fisicamente, mas sabia que o atingiu
quando ele estremeceu em sua mente.
— Sei que isso é extremamente difícil para você processar ...
Ali estava a sua voz novamente. Suave. Gentil. Amável. Terna mesmo.
Misturado com um pouco de diversão, o que acendeu seu temperamento
de novo.
— Não se atreva a rir de mim. Deus, André, você não vê o que você
fez? Eu não sou mais eu. Eu não quero isso. Eu teria ficado com você, lhe
dado tudo, e isso era um presente para você. Eu me entreguei a você. Você
pegou algo que você não devia ter e isso não é mais um presente.
Ele a colocou em pé contra a parede mais distante, prendendo-a com seu
corpo maior e as mãos em cada lado dela, de modo que não havia como
escapar.
— Você se deu a mim. Você se colocou sob os meus cuidados. Eu disse
Dark - Série Os Cárpatos
262
Dark - Série Os Cárpatos
Nem eu quero. Ela pegou esse pensamento fugaz e empurrou sua cabeça
longe do calor das carícias de sua mão. Ela empurrou seu peito. — Eu
peguei isso. Você não quer saber as regras do meu mundo. Esse que eu
vivia. Cresci. Tenho uma família que significa o mundo para mim. Tenho
viajado por todo o mundo sozinha ou com alguns amigos, fazendo trilhas e
escalando, tomando minhas próprias decisões.
— As decisões que a levaram a um assassino em série e um vampiro.
Eu não acho que este seja o seu melhor argumento csitri.
Dark - Série Os Cárpatos
263
Dark - Série Os Cárpatos
Houve uma pequena fração de humor novamente, que fez sua cabeça
querer girar em torno do seu pescoço três vezes e sons demôniacos saindo de
sua boca. Quando isso não aconteceu, ela se conformou em golpear o peito
dele com o punho. Lutou para se controlar. Quando estava bastante certa
de que tinha o controle sobre seu temperamento e medo, respirou fundo e
olhou no rosto dele.
— André, eu preciso que você dê um passo atrás. Eu vou me vestir,
arrumar minhas coisas e vou para casa. Preciso chegar a um acordo com isso e
eu quero fazê-lo em casa, cercada pelas pessoas que me amam. As pessoas que
me escutam quando eu falo com elas.
Seus dedos se enroscaram em torno da nuca. — Você vai ficar aqui comigo
e falar comigo. Eu vou ouvir você e vamos resolver isso entre nós. Você é meu
coração e alma. Ninguém mais gosta ou precisa de você do jeito que eu preciso.
Ninguém. Nem a sua avó. Nem suas irmãs.
— Pare. Bem ai. Isso não é ouvir, —ela foi obrigada a apontar.
— Eu ouvi Teagan. Ouvi cada palavra que você disse. Você é que não está
me ouvindo. Eu entendo que você está com medo. Tudo sobre o meu
mundo é assustador e novo para você. Sua avó e suas irmãs não podem
responder suas perguntas ou ajudá-la a se ajustar.
Ele não ia deixá-la sair. Podia ver a determinação em seu rosto. Este
homem, este homem bonito, ele a prendeu em um corpo que não era dela.
A pior parte era que ela realmente entendia seu raciocínio. Não concordava
com isso, mas viu a terrível tragédia na infância dele. Ele ficou aterrorizado por
ela quando ela escalou a pedra, e de alguma forma perturbou o vampiro em
seu covil. Ele tinha estendido suas iscas, como uma aranha, e ela quase ficou
presa em sua teia.
Aparentemente, no mundo de André, os homens podem ditar as regras.
Isso não ia acontecer. Simplesmente não ia. Ela respirou fundo e soltou o ar.
264
Dark - Série Os Cárpatos
fui criada para falar o que penso, tenho minhas próprias opiniões e tomo
minhas próprias decisões. Claramente em seu mundo, as mulheres fazem o
que os homens lhes dizem para fazer ...
Ele riu. Alto. Na verdade, jogou a cabeça para trás e riu. O som era
incrível. Belo. Ele era bonito quando ele ria. Ela nunca o ouviu rir de todo o
coração e o som era pura música. Seus olhos brilharam e seu rosto ficou
mais suave.
— O quê? —Ela tentou injetar irritação na demanda, mas observando-o rir
era hipnotizante e falhou completamente.
— As mulheres em meu mundo não fazem o que seus homens lhes dizem.
Nenhuma que eu pudesse ver, a menos que tenha algo a ver com segurança. Eu
diria que elas obedecem porque elas escolhem obedecer, e sabem que seus
homens que levam a sério a sua segurança. Elas não são estúpidas. Elas
querem estar a salvo dos perigos em nosso mundo.
Ela estreitou os olhos para ele. — Você está insinuando que eu sou
estúpida?
Seus dedos se apertaram na nuca. — Teagan. Sério. Você tem todos os
motivos para estar chateada e magoada com o que eu fiz, mas não olha para as
outras razões. Precisamos lidar com esta questão.
Sua cabeça realmente ia explodir. Não se importava se os dedos
massageando a tensão de seu pescoço fossem muito bom, ou que ele era o
homem mais quente do planeta. Ou que sua voz deslizava dentro dela cada
momento e transformava seu interior uma poça derretida de necessidade
escaldante.
— Você percebe, —ela soltou entre os dentes, advertindo-o. Porque sério,
ele precisava ser avisado. — Estando tão perto de mim, quando eu detonar em
uma bomba flamejante de fogo, você vai ser pego na explosão. Para sua própria
segurança André, apenas de um passo para trás e deixe que isso aconteça.
Ele se inclinou para ela, uma mão ainda na nuca, a outra em sua
barriga, os dedos bem abertos, empurrando-a um pouco para que ficasse
contra a
Dark - Série Os Cárpatos
265
Dark - Série Os Cárpatos
parede. Sua cabeça desceu e ela rapidamente virou o rosto, sabia que se ele
a beijasse, ela ia ceder, e ela não ia. Não sobre isso. Era muito importante.
Beije-me Teagan. Sua boca seguiu a dela.
Ela apertou os lábios e balançou a cabeça. Sua mão foi de sua barriga para
seu queixo, controlando a cabeça.
Sua boca suavemente esfregou sobre a dela, sua língua traçando o
lábio inferior e, em seguida, o canto de sua boca.
Teagan balançou a cabeça, olhando para ele. Com os lábios bem fechados,
ela ainda o repreendeu. Sua capacidade de ouvir precisam seriamente melhorar.
Sivamet, me beija.
A língua dele lambeu seus lábios. Sua boca roçou a dela, enviando
pequenos dardos de fogo direto para sua corrente sanguínea onde correram
como uma bola de fogo até seu sexo. Ela pensou que conseguia resistir.
Realmente pensou. Mas talvez precisasse ser beijada. Ela precisava de algo.
Estava com tanto medo do que era, que queria conforto.
Ela abriu a boca e imediatamente se perdeu nele. Seu beijo a deixou
sem fôlego. Em chamas. Mas mais, eles a arrastaram para outro reino por
completo onde ela não podia pensar. Apenas sentir.
O momento que ela começou a devolver seu beijo, André a puxou para
ele, seus braços fortes, poderosos mesmo. Ele aprofundou o beijo, devorando-
a. Ela encontrou a fome dele com a dela.
Coloque os braços ao redor do meu pescoço, sivamet.
Houve aquela voz linda. Aveludada. Sedosa. Esse tom áspero que enviou
arrepios por sua espinha e fogo líquido se derramou de seu sexo. A boca
dele nunca se afastou da dela, e parecia que ele se derramava dentro dela,
em sua garganta. Tudo dele. Quem ele era. O que ele era. Como ele se sentia. O
quanto ele sentia.
Foi intenso. Tão intenso que seus olhos ardiam com lágrimas por ambos.
266
Dark - Série Os Cárpatos
Ela deslizou suas mãos pelo peito até os ombros e, depois, lhe rodeou o
pescoço com os braços. No momento em que ela fez, ele a levantou.
Facilmente. Tão facilmente. Em vez de fazê-la se sentir vulnerável, ela se
sentia segura. Acarinhada. Cuidada.
Ele continuou a beijá-la, mesmo quando ela teve que respirar, e então ele
simplesmente respirou por ela. Seu peito nu pressionado contra sua frente
nua. Sua camisa tinha desaparecido tão facilmente como ela havia aparecido.
Como mágica. Não sabia se ela tinha feito isso ou se ele, mas isso não
importava. Só o que importava para ela era a boca ardente e suas mãos
segurando seu traseiro nu.
Depressa André. Eu não posso esperar.
Sua admissão ofegante era verdadeira. Seu corpo já estava pronto e muito
apertado. A tensão aumentando rápidamente, apenas com seus beijos. Seus
mamilos deslizando sobre seu peito. Pela maneira como seus dedos apertaram
os músculos firmes de suas nádegas. Seu sangue estava muito quente em suas
veias. Ela podia ouvir o coração dele batendo, acelerado como o dela. Precisava
dele dentro dela.
Minha mulher impaciente. Você está pronta para mim?
Sim. Depressa.
Enrole suas pernas em volta de mim. Se abra para mim.
Ela não tinha feito isso. Empurrou, sem pensar, a forte coxa dele com
os pés. Sem pensar se ela devia fazer. Fez o que ele disse
instantaneamente, envolvendo suas pernas em torno dele. Imediatamente
sentiu a perfeita, e linda cabeça de seu pau pressionando firme a entrada de
seu sexo.
Tão quente. Tão perfeito. Toda vez. Não importa como ele a tomava,
ela sentia o incêndio furioso passar através dela e se deixou queimar. Ela
acolheu com agrado. Não havia medo desta vez, porque ela já estava cansada
do medo, que não poderia processá-lo. Ela se deslocou até ele, necessitando se
empalar sobre ele. Conectá-los.
Dark - Série Os Cárpatos
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Dark - Série Os Cárpatos
André. Frustrada, ela agarrou seu cabelo com uma mão, os dedos
deslizando através da seda em uma pequena carícia. Ela se moveu contra ele.
Você não está ouvindo novamente.
Eu estou ouvindo. Ainda assim, ele a segurou lá, aquela ponta quente
pressionando contra ela, mas não dando a ela o que ela precisava.
A boca dele deixou a dela e deslizou beijos até seu pescoço. Sua garganta.
Isso foi lindo também, mas só a deixou mais quente.
Teagan congelou. Lá estava. Ela estava em sua mente. Sabia o que ele
precisava—sua aceitação dele—de seu mundo. Ela estava nua. Em seus braços.
Queimando com seus beijos. Seu corpo fora de controle, os quadris se
contorcendo e ele pressionando em sua entrada, apenas o suficiente para que
ela sentisse seu calor escaldante, que queimava pelo caminho, que parecia tão
bem e deixava desesperada por mais.
Ela mordeu seu ombro, fechando os olhos. Estava feito. Não havia
como voltar atrás. Ela seria capaz de viver sem ele? Será que ela queria?
Mas era o tipo de mulher que poderia receber ordens? De maneira nenhuma.
E ele estava usando o sexo para conseguir a sua maneira —que era a
prerrogativa dela, não era?
André pressionou lentamente, outro centimetro dele a enchendo,
esticando os músculos apertados até que ela gemeu seu nome contra seu
ombro.
Tet vigyázam, avio päläfertiilam.
Ele sussurrou as palavras naquela voz. Aquela que ela não podia resistir.
Com aquele sotaque. Ela fechou os olhos e se esfregou em seu peito.
Eu não sei o que isso significa.
Olhe para mim. Eu quero ver seus olhos.
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Dark - Série Os Cárpatos
Ela respirou fundo, sabendo que ela precisa, e levantou os olhos para ele.
Oh, Deus. Ela estava em tantos problemas. Havia amor ali. Amor verdadeiro.
Amor intenso. O tipo de amor que não havia nenhuma maneira de resistir. Ela
derreteu por dentro.
— Isso significa que eu te amo, minha companheira. Isso significa que eu
vou amar você para sempre, por toda a eternidade. Isso significa que você
estará segura sob meus cuidados, —ele sussurrou, mantendo-a cativa com o
olhar. — Isso significa que eu vou estragar algumas coisas e você vai me
repreender e me perdoar. Isso significa tudo isso Teagan. Me perdoe. Seja
minha. Dê-se a mim e me permita o privilégio de apreciar você para
sempre.
Teagan sabia que não era sexo. Havia sinceridade em sua voz. O amor em
seus olhos. Principalmente a intensidade de suas emoções em sua mente. Ela
era tudo para ele. Seu mundo inteiro. Todo o seu foco. Ele estava dizendo a
verdade absoluta—não haveria outra mulher para ele. Ela pode não entender
isso, mas não havia outra mulher em todo o mundo, e não houve em todos
aqueles longos séculos. Como no mundo ela podia virar as costas para ele? E a
verdade era—que ela não queria.
— Eu também te amo André, —ela admitiu, olhando-o diretamente
nos olhos.
Os olhos dele ficaram tão azul-escuro e líquidos que ela queria derreter
direto neles. Ele a beijou. Duro. Áspero. Faminto. Suas mãos foram para os
quadris dela e a desceu com força sobre seu pênis, subindo ao mesmo tempo.
Ele encostou as costas dela contra a parede e entrou nela duro.
Foi selvagem e fora de controle. Isso foi perfeito. Belo. Ela mordeu o lábio.
Mais duro. Mais. Me dê mais.
Ele os levou para o chão, claro, porque era André, havia um cobertor
debaixo de seu corpo. Ainda assim, o chão duro não teve nenhum problema, e
com ela com as pernas ao redor de seus quadris ele podê dirigir dentro dela
com golpes duros, satisfatórios, que sacudiu seu corpo e enviou chamas
arrebatando através de ambos.
Dark - Série Os Cárpatos
269
Dark - Série Os Cárpatos
Teagan olhou para ele, para seu rosto. Ele estava olhando para ela, seu
olhar devorando-a. Com fome de algo. Com você, ela lhe disse.
Ele balançou a cabeça. Eu preciso ver você. Eu amo o jeito que você parece quando
eu dou isto a você. Para mim sivamet. Dê isso para mim agora.
Ele empurrou com força. Uma vez. Duas vezes. Uma terceira vez. Ele
estava tão perto. Ela sentiu o fogo em seu saco, fervendo, rugindo. Ainda
assim, ele esperou. Seu próprio corpo estava tão perto. Ela só tinha que
deixar ir e deixá-lo levá-la. Dar isso a ele. Olhando em seus olhos, é ela fez.
Ela deu a ele o que ele queria.
Seu orgasmo rugiu através dela, assumindo o c ontrole dela rápido,
correndo por suas coxas e até seus seios, em seu estômago e enviando
tremores fortes através de seu canal feminino. Seus músculos tensos se
contraíram em torno do pau de André, apertando, agarrando duro. Todo o
tempo ele observava seu rosto.
Linda, ele respirou em sua mente. A coisa mais bonita que eu já vi.
Ele cresceu dentro dela, forte. Duro. Profundo. Mais e mais, alimentando
através de seus músculos tensos, prolongando seu orgasmo, até que ela o levou
com ela. Ele gemia baixinho em seu ouvido, com um último impulso se
enterrando todo o caminho, o mais profundamente possível. Ele se deitou
sobre ela, seus corações batendo, ambos tentando recuperar o fôlego.
André deitou em cima dela, seu corpo quase esmagando o dela, tornando
270
Dark - Série Os Cárpatos
difícil para ela respirar. Ele a estava segurando com força, com os braços
ao redor dela, com o rosto enterrado em seu pescoço, ainda profundamente
dentro dela. Foi a primeira vez que ele tinha feito isso —não aliviando seu peso
—e ela passou os braços ao redor dele, segurando-o para ela, sentindo-se
completamente cercada—e tomada—por ele.
Suas mãos deslizaram do seu corpo para o cabelo, os dedos afundando nas
tranças. Ele levantou a cabeça e só então moveu seu peso corporal. Ela
respirou fundo, mas algo em seus olhos a impedia de protestar. Ele olhou para
ela como se tivesse quase perdido seu mundo e ela tinha dado de volta para
ele.
Ela tinha pavor de enfrentar a mudança nela, e ainda estava zangada com
ele por tomar essa decisão tão importante por ela, mesmo sem consultá-la,
mas ela honestamente não sabia se realmente poderia tê-lo deixado. Ela
não entendia plenamente o vínculo de companheira, mais ela sabia que
amava André.
Foram todas as pequenas coisas que ele fez que a fazia se sentir especial e
bonita. Ela não podia bucar energia para lhe dizer que ela ainda estava
zangada com ele, então em vez disso, ela aproveitou a oportunidade para
correr suas mãos lentamente pela suas costas para sentir os músculos
deliciosos ali. Ela deixou a paz espalhar sobre ela, o calor do corpo dele e a
sensação de solidez dele em torno dela lhe deu isso.
Teagan nunca se sentiu em casa em qualquer lugar que não fosse com sua
vovó e suas irmãs. Ela simplesmente não se encaixava. Ela gostava das
pessoas, mas nunca se sentiu confortável o suficiente com elas para
compartilhar seu corpo ou sua alma. Estava sempre à margem. Tinha amigos,
mas mesmo eles não a conheciam realmente, nem mesmo aqueles com
quem ela cresceu.
André estava em sua mente. Com ela quase o tempo todo. Ele a
conhecia. A maneira como ela pensava. O que ela pensava. Como ela
pensava. Ele apenas sabia. Ele entendeu isso.
— Vou trabalhar muito duro para concertar isso entre nós, —disse André
suavemente. Ele roçou beijos ao longo de sua garganta até o queixo, e para o
Dark - Série Os Cárpatos
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Dark - Série Os Cárpatos
canto da boca.
— E nós vamos conversar antes de tomar decisões. Quando nós as
tomarmos, vamos tomar juntos, —Teagan solicitou.
Ele a beijou. Seu estômago parecia uma montanha-russa e sentiu seus
músculos internos apertarem em torno dele. Seu coração derreteu. Ela
encontrou seus braços rodeando o pescoço dele por conta própria para que ela
pudesse enterrar os dedos em seu cabelo.
Quando ele levantou a cabeça e olhou para ela, ela piscou para ele
várias vezes, sentindo um pouco tonta e ainda mais suave. Ela estreitou os
olhos para ele. — Você está fazendo isso de novo, —ela o acusou. Ambas as
mãos foram para os ombros e ela o empurrou.
— O que estou fazendo?
— Não se faça de inocente. Você sabe muito bem o que está fazendo. Você
não me respondeu. Eu disse que nós iríamos tomar as decisões juntos.
— Oh não, você não venha com sivamet nessa voz ou me beija sem sentido.
Levante-se André. Nós vamos resolver isso agora, e preciso de roupas e
você fora de mim para fazer isso.
— Eu te beijo sem sentido? —Ele sorriu para ela.
— Você sabe muito bem que você faz, é por isso que você aproveita todas
as oportunidades para me beijar quando você quer fazer as coisas da sua
maneira.
— Eu não estava fazendo isso, mas parece uma boa idéia.
272
Dark - Série Os Cárpatos
antigo azul desbotado. Ela amou. Na sua parte de cima estava um suéter
macio, na cor de creme.
Ok, isso era simplesmente legal. Ela não era uma pessoa madrugadora.
Sem seu chá preto preferido ela simplesmente não se movia. Ser capaz de fazer
isso iria economizar tempo e esforço. Ela passou as mãos pelas coxas, sentindo
o material. André usava jeans similar e uma camisa que se estendia
firmemente em todos os músculos incríveis que ele tinha.
— Amo jeans André, mas geralmente eu uso calças com que eu posso
escalar facilmente. —Ela tinha que dizer alguma coisa, porque ele estava lindo,
e isso era o que a deixava em apuros, em primeiro lugar. Quem sabia que
ela era suscetível a homens das cavernas?
O sorriso dele era fraco, mas não havia diversão em seus olhos. — Teagan.
Sério. Você pode voar. Você pode mudar suas roupas com um aceno de sua
mão e a imagem em sua mente.
Ela mordeu o lábio. Isso era muito legal. — André, eu não estou com fome
absolutamente. Talvez eu não precise tomar sangue de alguém. —Ela disse isso
esperançosamente porque, realmente, ela poderia se acostumar com os
aspectos legais de estar em seu mundo.
— Antes de eu acordar você, eu me alimentei e, depois alimentei você,
— André disse. Todos os vestígios de diversão tinha ido embora e ele estava
olhando para ela de perto. Muito de perto. Seus olhos entrecerrados e um
pouco possessivos. — Você me disse que não gostaria de ser mantida na terra,
então eu te tirei de lá onde você estava se curando e me certifiquei que você
estava completamente curada antes que eu acordasse você.
Seu estômago se revolveu e ela apertou a mão lá. — Eu estava na terra?
— Você estava com dores terríveis Teagan. No momento em que eu soube
que era seguro enviá-la para dormir, eu fiz. Eu a coloquei na terra para se
curar. Você esteve lá por duas sublevações.
Ela sabia que ele queria dizer o nascer da lua. Duas noites. Quarenta e oito
273
Dark - Série Os Cárpatos
horas. Ele a alimentou. Isso significava que ele deu seu sangue. Ele a tirou
da terra. Limpou ela. A abraçou. Ela mordeu o lábio novamente. Por mais
que tudo fosse culpa dele, ele ainda foi atencioso. Ela não poderia ter
enfrentado tudo isso. Não o sangue e a terra.
— Os insetos rastejam em cima de nós quando estamos na terra?
Ele ficou em silêncio por um longo momento. Muito longo. Ela voltou
a estreitar os olhos para ele. Ele realmente merecia os olhos estreitado e sua
carranca. O sua carranca mais severa.
Ele suspirou. — Os companheiros não podem dizer uma mentira ao outro.
Você nem sempre é racional Teagan, e eu não discuto bem.
Ela ficou indignada. — Eu sou muito racional.
Ele balançou a cabeça. — Você não é. E você já admitiu ter problemas com
qualquer um lhe dizendo o que fazer. O que acontece quando eu emitir uma
ordem e você não obedecer?
— Você não emite ordens André. Eu não obedeço. —Agora, finalmente,
ela sabia por que as pessoas nos livros eram às vezes descritas como
“arrancando os cabelos”. Porque ela queria arrancar os dela. Ele era impossível.
Estando ali, parecendo todo lindo em seu modo superior e dizendo que ela não
era racional. Tanto faz.
— Não foi racional vir aqui sozinha e ir para as montanhas com um serial
killer que, devo acrescentar que também era um estuprador em série.
274
Dark - Série Os Cárpatos
Ela pegou sua longa trança e puxou. — Você não pode usar isso como
um exemplo. Eu não sabia que ele era um assassino em série.
Ele ficou em silêncio. Seus olhos azuis tinham um leve rastro de diversão.
Ela nunca poderia resistir a isso. Ainda assim. Ela foi inteiramente racional em
todos os momentos. Não queria pensar em nada disso agora. Precisava ser
normal, mesmo que apenas por um curto tempo. Ela discutiria as decisões de
mudança de vida com ele quando ela não estivesse tão emocional, porque ela
era racional. Sentindo-se melhor, respirou fundo e soltou o ar.
— Obrigado por esta noite. O despertar, eu quero dizer. Isso foi muito
gentil de sua parte me remover da terra e ... hum ... me alimentar. Eu não estou
pronta para a realidade ainda.
— Estou ciente disso, sivamet. Fico feliz em cuidar dessas coisas para você.
Você vai estar pronta com o tempo, mas por agora, eu gosto de cuidar de você.
A idéia de você tomando sangue de outro homem, não me cai bem. Nós
dois temos coisas a aprender.
Isso liberou cerca de um milhão de borboletas em seu estômago. Ela
levantou o olhar para ele, tentando ser racional e prática. — Eu vou para
esse pequeno vilarejo informar que Armend Jashari está morto e que alguém
precisa vir aqui em cima pegar seu corpo. Então eu preciso falar com a
polícia da vila ou o que quer que seja e dizer-lhes sobre as mulheres que ele
matou. Depois disso eu tenho que chamar a vovó Trixie e dizer a ela que eu
conheci alguém.
Ela podia ver, pela forma como o rosto escureceu e seus olhos ficaram
gelados, que mais uma vez ele achava que ela não estava sendo nem um pouco
racional ou prática.
Dark - Série Os Cárpatos
275
Dark - Série Os Cárpatos
Capítulo Quinze
d
A ndré estava do lado de fora da entrada da caverna, olhando
para o céu noturno. Cinza e nebuloso, nem mesmo as nuvens poderia ser
vistas. — Uma tempestade está chegando, —ele anunciou. — Uma de
verdade.
— Ao contrário de uma falsa? —Perguntou Teagan, sorrindo para ele.
Teagan estava toda sorridente, ele sabia, porque ela estava conseguindo as
coisas a sua maneira. Não era racional ou prática. Ele explicou a ela que
não era uma boa idéia para Cárpatos chamar a atenção para si. Ele
estupidamente mencionou que ele poderia facilmente conseguir alguém
para vir até a montanha, encontrar o corpo e, eventualmente, descobrir os
corpos das mulheres que Armend Jashari tinham matado.
Ela pulou nele e argumentou que se ele pudesse fazer isso, ele poderia
protegê-la em uma vila com tão poucas pessoas. Então, ela estava fazendo-
o tão irracional quanto ela—porque ele não podia dizer não para ela. Não
quando ele sentia a sua necessidade de fazer algo normal, algo humano.
Não quando ele poderia dizer que ela tinha enterrado seu medo, mas
estava lá. Ela estava apavorada e ainda se segurando. Acima de tudo, ele não
podia dizer não a ela, porque ele a amava e queria dar a ela tudo o que ela
queria e não podia dar o que ela mais queria.
Não apenas não podia. Se fosse honesto, ele nunca lhe daria isso, nunca a
levaria de volta depois de trazê-la completamente em seu mundo, mesmo se
isso fosse possível—o que não era. Ele não sabia que ela sofreria do jeito
que ela sofreu, mas ainda assim, ele teria feito. Ela era sua. Ela iria continuar
com
Dark - Série Os Cárpatos
276
Dark - Série Os Cárpatos
raiva—e ele podia admitir que sua raiva era justificável —mas ela não era o tipo
de mulher que guardava raiva.
Ele disse que ela não era prática, mas ela era. Ela sabia que não podia
reverter a conversão. Porque ela não podia lidar com isso, ela enterrou junto
com seus medos e se voltou para a humana normal. Ela iria deixá-lo lidar com
a morte de Jashari e os corpos na montanha, mas ela só queria andar pelas
ruas e olhar para as vitrines. Normal.
André sacudiu a cabeça e estendeu a mão para pegar a dela. Ela estava
tremendo, mas ela não hesitou. Ele precisava dar a ela outra coisa. Teagan
admitiu que ela estava com medo de tudo, mas ela não iria permitir que o
medo a governasse. Ela aceitaria o desafio de sua nova vida. Ele tinha que
lhe dar tempo.
Ele fechou a mão em torno da dela e a puxou para ele. — Você quer
voar?
Por si mesma, quero dizer. Você faria isso, não eu.
Sua respiração saiu em uma rajada de vapor branco. Ela estremeceu. Ele
levou a mão até o pescoço dela para aliviar a tensão nela.
— Primeiro, eu quero que você aprenda a controlar sua temperatura
corporal. Quando você começar a sentir frio ou calor, você pode regular a
temperatura para ficar confortável.
Os olhos dela se arregalaram. Surpresa. Choque. Como se ele estivesse
dando a ela um presente. Seus dedos apertaram em seu pescoço e ele a trouxe
para mais perto do abrigo de seu corpo. Ela tinha uma maneira de olhar
para ele que o fazia se sentir como se ele fosse o único homem que já viu.
Ou iria ver. Ele gostava muito disso. Nunca tinha considerado que a
realidade de ter uma companheira seria assim, mas estava aprendendo.
Emoções interveiam no caminho do pensamento racional.
— Eu posso voar. Por mim mesma?
Ele assentiu. — Há uma série de maneiras de fazer isso, mas o mais fácil é
tomar a forma de um pássaro. Nós usamos corujas à noite porque elas são
mais
Dark - Série Os Cárpatos
277
Dark - Série Os Cárpatos
Ela sorriu para ele e tocou a ponta do seu dedo na boca dele. — Eu
acho que os lábios devem ser banhados em bronze ou algo assim. Realmente
André. Você está sorrindo, mas você não faz idéia.
Ele teve uma idéia, porque ele sentia o mesmo sobre a boca dela —seu
corpo inteiro—mas especialmente sua mente. Ele adorava a maneira louca que
a mente dela trabalhava. Ele nunca sabia o que ela ia dizer, ou pensar, a seguir.
Ela o fazia rir. Ele viveu séculos e não sabia que poderia rir. Ela deu isso a ele.
Esse dom. Tantos dons, e ela ainda não tinha idéia do que ela era para ele.
O que ela significava para ele.
Ele iria defendê-la, protegê-la e a única maneira que ele poderia fazer isso
era ter certeza de que ela estaria com ele em todos os momentos. Não
podia dar chance a ela de percorrer a montanha durante o dia, quando
qualquer coisa poderia acontecer com ela e ele não poderia salvá-la. Ela
compreenderia a
Dark - Série Os Cárpatos
278
Dark - Série Os Cárpatos
necessidade, uma vez que ela passasse um tempo no seu mundo e tivesse
chegado a um acordo com isso. Agora, ele sabia, ela não podia deixar de sentir
que ele a traiu.
Beijá-lo do jeito que ela fez, mesmo sabendo que ela estava chateada, que
ela estava com medo e sentia que ele a tinha enganado, era um milagre em
si mesmo. Ele era um homem que tinha desistido de milagres. Havia desistido
da vida. Tinha pensado em morrer com honra, e naquele momento de
desespero absoluto que ele teria de continuar, ela veio a ele com seu riso,
beijos e uma luz brilhante, tão brilhante que iluminava sua alma.
— Então como? Como faço para ir a partir deste ... —Teagan passou a mão
pelo corpo dela. — Para aquele? —Ela apontou para o céu.
— Eu vou te mostrar primeiro. E então eu vou falar com você a cada passo.
Ela assentiu com a cabeça, o lábio inferior preso entre os dentes. Ele podia
ver o brilho de medo em seus olhos, senti-lo em sua mente, mas ela queria
saber como voar. Não estava disposta a permitir que o medo a impedisse de
aprender. André sentiu seu coração palpitar e os nós em seu estômago, que
tivera desde que ele tinha se elevado afrouxaram um pouco. Teagan
enfrentava a vida de frente. Sua Teagan.
Ele levou a mão dela à boca e beijou seus dedos, porque se ele a
beijasse na boca não iriam a lugar nenhum que não fosse de volta para
dentro da caverna. Soltando a mão dela, ele deu um passo para trás, dando
a si mesmo espaço e a ela. Ele não queria que ela entrasse em pânico quando
ele mudasse de forma.
— A mudança começa sempre em sua mente, Teagan. Fique na minha e
veja a imagem que eu projeto. Pode ser qualquer coisa desde colocar roupas ou
tirá-las. A mudança é mais difícil no começo porque você tem que ter a
imagem com detalhes perfeitos. Você vai aprender como fazer isso e isso vai
se tornar uma segunda natureza para você. Você não precisará mais pensar
sobre isso, seu corpo vai apenas fazê-lo.
Ela assentiu com a cabeça, mas ela deu mais um passo para trás. Ele não
279
Dark - Série Os Cárpatos
Ele lhe deu a informação, bem como lhe mostrou a estrutura das penas e
detalhes. Quando ele fez, ele se estendeu para a mudança, trocando para a
forma daquela criatura incrível. Ele era muito rápido como regra. Ele poderia
mudar no meio do ar em um piscar de olhos. Ele vinha mudando ao longo dos
séculos e era uma segunda natureza para ele, mas ele fez isso lento para que
ela pudesse ver isso acontecendo.
O suspiro de Teagan quase o fez parar no meio da mudança, mas ela se
aproximou do pássaro se formando, com os olhos arregalados de choque e
admiração. Todo o seu rosto se iluminou. Ele permaneceu firme em sua mente.
1 7
Coruja Ural
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Dark - Série Os Cárpatos
Enquanto você estiver mudando, isso vai parecer estranho para você, mas deve
manter apenas a imagem que você quer em sua cabeça o tempo todo.
Mesmo no corpo da coruja, ele ouviu o tremor em sua voz. Eu estarei com
você e posso guiá-la de volta. Mantenha sua mente na minha. Concentre-se na
imagem da coruja. Estude a minha forma antes de tentar fazê-lo. Não tenha medo
Teagan, não vou permitir que nada aconteça com você.
281
Dark - Série Os Cárpatos
Estável. Calmo. Tão calmo, como se este fosse um evento de todos os dias, não
o fenômeno monumental que realmente era.
Sua propagação calma para ela. Seu coração seguiu o ritmo constante do
dele. Seus pulmões seguiram o dele. Ela segurou firme a imagem. Mantendo o
comando, desejando que seu corpo cooperasse.
Quando isso aconteceu, ela ficou tão chocada que a coruja fêmea quase
caiu. Ela não tinha realmente acreditado que fosse possível para ela. André
sim.
Ele podia fazer qualquer coisa. Ela não ficaria surpresa se ele movesse
uma montanha. Mas ela mudar. Sentir seu corpo mudando. Reformando. A
pura euforia foi alarmante porque isso significava que ela já estava
aceitando as coisas boas—não—grandes coisas sobre estar no mundo de
André.
Eu fiz isso André! Olha, eu realmente fiz isso. Esta é a coisa mais incrível em todo o
mundo. A melhor. Bem, ela corrigiu. Isso não é estritamente a verdade, porque beijar
você é a melhor. Umm. Ok, isso é quase a melhor. Fazer amor com você é o máximo, mas
isso realmente, realmente está no mesmo nível. Mas não tão bom. Simplesmente legal.
Talvez mais legal.
Ela sentiu sua risada. Bem ali, na sua mente, mesmo que ela era uma
coruja. Ela era uma coruja! Ela desejou que suas irmãs estivessem ao redor. Não
à vovó Trixie, porque apostaria que ela usaria aquele kit de caça-vampiros que
ela comprou pela internet, mas estava bastante certa que suas irmãs
pensariam que fosse legal que ela era uma coruja.
Hum. André. Podemos ir à igreja? Porque a vovó Trixie é muito religiosa. Se eu
derreter ou virar fumaça dentro de uma igreja, ela não vai ficar feliz comigo. Eu já estou
18
V13 – é o maior viaduto férreo da América Latina com 143 metros
de altura. V13 é a denominação dada a um viaduto ferroviário existente na
Ferrovia do Trigo, no trecho entre os municípios de Vespasiano Corrêa e
Muçum, no Rio Grande do Sul/Brasil. Também é uma nota dada a uma rota
de escalada em rocha ou montanhismo que os escaladores descreve de
forma concisa o grau de dificuldade e perigo de escalar a rota. O sistema
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Dark - Série Os Cárpatos
Ela bateu as asas como um pássaro selvagem, com muito entusiasmo. Foi
totalmente incrível. Posso me tornar fumaça? Ela poderia assustar seus
sobrinhos ao ponto de mijarem nas calças com a mudança. Quão legal isso
seria?
Eu acho que você deveria tentar voar primeiro. A fumaça é mais complicada. Dê
alguns saltos. Você vai ter que pousar. E, Teagan, eu sei que isso é maravilhoso para
você, mas você tem que ficar no controle. Fique perto de mim todos os momentos. Há
vampiros por perto. Nós não queremos que eles saibam que estamos em qualquer
lugar por perto. Eu acredito que eles ainda estão curando seus ferimentos, e
ganhando força, mas eles devem se alimentar, e isso significa que eles vão sair a cada
elevação para fazê- lo.
Será que eles sabem que você matou o seu amigo? Ela continuou a bater suas
asas e pular sobre seus pés com garras. Muito legal. A melhor —exceto beijar e
sexo com André, é claro.
Vampiros não tem amigos. Nos velhos tempos, se eles encontrassem uma ao outro,
eles lutariam até a morte para manter o território. Agora, um vampiro mestre
encontra novatos, aqueles que acabaram de se transformar, e ele os usa como seu peões.
Ela não pôde deixar de notar o desprezo em sua voz. Ele tinha um tal
senso do que era honroso em uma batalha que achava a prática revoltante. Ela
abriu seu bico em um aparente sorriso.
O vampiro está ligado a todos os seus peões. Todos eles estão cientes de quem
derrotou o morto-vivo na batalha. Ele não retornou ao seu mestre com uma vítima
para
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o alimentar.
Eu estava em má forma, ele admitiu. Eu não pude abrir a terra o suficiente para
rastejar para dentro. Eu estava tão fraco. Felizmente, eu fui capaz de abrir apenas o
suficiente para que os nutrientes do solo ajudasse a me rejuvenescer o suficiente para que
eu pudesse eventualmente me curar.
Eu teria te curado, disse ela calmamente. Não como você pode fazer, mas eu
realmente posso curar as pessoas sintonizando os cristais para elas e centrando sobre
o problema. Ela queria curá-lo. Isso foi importante para ela, mas quando ela viu
seu dom—que era muito mais do que o dela.
Não muito mais, sivamet. Diferente. Vá para o topo daquele pequeno monte um
pouco acima da ravina.
Você acha que eles encontraram uma outra vítima para trazer ao seu mestre, em vez
de mim? Ela não pôde evitar o tremor em sua voz. Não podia imaginar
como seria ter sido levada para alguém pior do que o vampiro que tinha
encontrado.
Eu não sei. Eu vou caçá-lo, mas se ele tem alguém com ele csitri, já é tarde demais.
A gentileza de sua voz virou seu coração. Ela ainda sentiu um carinho
dentro de sua mente. Como isso era possível, e ainda assim ele a acalmou
sem contato físico.
Ele iria matá-los imediatamente?
Ele hesitou, e seu estômago revirou. Ela não tinha certeza de que queria a
284
Dark - Série Os Cárpatos
resposta, não se ele estava hesitante em revelar o que um vampiro mestre faria
a sua vítima.
Não há nenhuma maneira de saber. Eu duvido. Ele iria querer se alimentar o maior
tempo possível de sua vítima enquanto ele se cura. Ele sabe que eu estou caçando. Ele não
vai querer se mover até que ele ache que seja seguro.
Aquilo dizia muito. Teagan percebeu que o vampiro mestre tinha que ter
medo de André. Ele havia enfrentado o mestre e vários de seus peões. Ela não
pode conter a pequena onda de orgulho que sentiu, bem como o medo por ele.
Ela queria que ele parasse os vampiros de levar mais vítimas, mas, ao mesmo
tempo, ela não queria que ele se machucasse. Nem um arranhão.
Pare de pensar sobre vampiros Teagan. Isso vai exigir concentração total. Você tem
que permitir que sua coruja levante vôo. Você precisará passar para o segundo plano
o suficiente para que, independente da forma que você tome, possa se comportar
naturalmente com você presente o suficiente para guiá-la. Não tente qualquer outra coisa.
Uma habilidade de cada vez.
Ele não tinha que lembrá-la disso. Ela era um alpinista e morria de medo
de alturas. Ela sabia como se direcionar todo o seu cérebro em um único
problema, especialmente quando ela estava com medo. Estava prestes a tentar
voar. Não arriscou olhar para o céu, porque considerava o céu
praticamente tão alto lá em cima, que ela jamais iria conseguir.
Hum, André. Seu coração começou a martelar. Ela ouviu. As aves ouviu, e
assim ele. Há algo que você deve saber sobre mim.
Conte-me.
Eu muitas vezes, tipo quase sempre, completamente eu desmorono quando estou
perto dos quinze metros acima do chão. Eu congelo. Eu sempre choro. É uma coisa de
pânico total. Eu não posso evitar. Eu falo comigo mesma e me convenço do contrário, ou
o meu parceiro de escalada faz, mas não importa quantas vezes eu escalo—e é
sempre, tanto no boulder ou na escalada mais alta com cordas—eu sempre entro em
pânico.
Teagan.
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Ela acreditou nele. Esse homem calmo, absolutamente confiante que não
permitiria que nada acontecesse com ela. Ele não parecia se importar que ela
precisava de conforto, ou que ela confessou que entrava em pânico. Ele estava
lá, ao lado dela, e sentiu que ele estava orgulhoso dela, com ela realmente indo
para o ar ou não.
Você está me permitindo lhe mostrar o meu mundo csitri, e me sinto honrado e
privilegiado em fazer isso.
Ele era tão formal. Tão galante. Ela queria tanto que a vovó Trixie o
conhecesse. Sabia que sua avó iria amá-lo. Também, iria suas irmãs. A menos,
claro, que a vovó Trixie não tomasse tempo para o conhecer e o estacasse
instantaneamente.
Teagan. Mantenha sua mente em voar. Está se distraindo.
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Ela estava voando. Teagan Joanes, voando. Loucamente legal. Se ela não
se permitisse olhar para baixo—deixar a coruja fazê-lo—ela ficaria bem.
Perfeita. A sensação do ar movendo através dela e sobre ela era incrível.
Você tem que guiar a coruja. Você é a coruja, e ainda você não é. Estou ao seu lado.
Nada vai acontecer se você olhar para baixo. Ver através dos olhos de uma coruja é
maravilhoso e não pode ser desperdiçado.
Abra os olhos e se deixe ver. Eu estou guiando ambas as corujas e você esta
perfeitamente segura. Eu não vou deixar você cair.
Ela não tinha percebido que a opinião dele sobre ela significava muito. Ela
nunca se importou muito com o que os outros pensavam dela. Ela seguiu
seu próprio caminho e a sua própria coisa. Mas importava o que André
pensava dela.
Boulder é apenas eu descobrindo um problema. Controlando a subida. Se eu
subir com uma corda, eu estou confiando em alguém para me salvar, se eu estiver em
apuros.
Dark - Série Os Cárpatos
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Dark - Série Os Cárpatos
Isso a envergonhou, que ela não tivesse confiança suficiente nela para permitir
que um parceiro de escalada fazer sua amarração corretamente. Ela nunca foi
capaz de superar esse medo—colocar sua vida nas mãos de outro sem
desmoronar.
Teagan.
Sua voz passou por cima dela. Através dela. Muito sedosa e aveludada.
Dentro da coruja, ela estremeceu, incapaz de parar sua reação à sua voz
hipnotizante. Nunca tinha gostado tanto do seu nome como quando ele
dizia naquele tom.
Você colocou sua vida em minhas mãos várias vezes. Você tem muita coragem para
confrontar o meu mundo quer você acredita ou não. A idéia de mudar tem de ser
assustadora, mas você seguiu minhas instruções e foi bem sucedida.
Ela não tinha considerado que confiava nele para tirá-la de uma situação
ruim se ela desabasse. A idéia de mudar foi incrivelmente fascinante. Estava
determinada a aprender. Sim, estava com medo, mas podia sentir André lá em
sua mente. Sua presença, mesmo sem o corpo físico era tão incrivelmente
grande e poderosa—tão firme. Como uma rocha.
Como ela poderia confiar nele com sua vida —quase um estranho que a
tinha forçado em um mundo que ela não queria ter nada a ver —e ainda não
confiava nas pessoas que ela conhecia há anos? Embora surpreendente, ela
percebeu que era a verdade absoluta.
Estou em sua mente csitri. Você está na minha. Você sabe que eu iria protegê-la com
o meu último suspiro. Você sabe disso. Não importa o que eu tenho feito para desagradá-
la, isso irá para todo o sempre ser uma constante que você sabe que pode confiar.
Não me lembre que você me desagradou. E desagradou é uma palavra muito leve
para descrever como me sinto quando penso sobre o que você fez.
Então eu lamento levantar esse tema.
Mas não havia nenhum remorso. Ela continuou esperando que André
sentisse remorso ou culpa. Ela não encontrou nada em sua mente, apenas
o
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pesar e lamento pelo que ela sofreu. Ele não sabia o quão difícil era a
conversão em um humano psíquico e desejou ter pesquisado com mais
cuidado e profundidade, mas ela sabia, sem sombra de dúvida, ele ainda a
teria convertido. A cultura dele e a dela, eram muito opostas quando se
tratava do que os homens eram autorizados a fazer com suas mulheres.
Ela o entendeu mais, depois de ver o que ele tinha passado quando era
uma criança e do trauma que tinha sofrido. Ela podia ver a razão em sua
mente, que ele tinha lutado com honra durante séculos e se ele não os
ligasse juntos, ele estava em risco, porque já estava tão perto da escuridão
de sua espécie. Na verdade, ela não entendeu muito bem isso, mas sabia que
era real o suficiente. Ambos estes motivos eram as únicas coisas que a
impediam de lutar por uma liberdade que não estava certa de que ela
realmente queria.
Teagan, se deixe olhar. Guie a coruja. Fique debaixo da minha asa. Vou ter você
em minha mente. Nada de ruim vai acontecer com você.
Ela acreditou nele. Ele estava tranquilo. Uma rocha. Firme. Havia algo tão
poderoso e invencível sobre André que simplesmente não duvidava. Estava
segura. Respirou fundo, sentindo dentro do corpo da coruja, e abriu sua visão
por trás dos olhos da coruja. Por um momento estava desorientada. A
coruja podia ver a grandes distâncias devido à forma de seus olhos e sua
capacidade de girar a cabeça. Levou apenas um momento para se ajustar a
isso. O chão não estava tão longe como ela pensou que estaria, e a coruja
podia ver tudo, detectar o menor movimento na vegetação enquanto eles se
moviam em cima.
De cima, as árvores pareciam lindas. De tirar o fôlego. Ela nunca tinha
pensado em ver os topos das copas das árvores da perspectiva de um pássaro
como ela podia. André realmente foi seu guia, mantendo as coordenadas
em sua mente para que sua coruja fêmea respondesse e saísse voando da
montanha para o vilarejo à distância. Ainda assim, foi emocionante ver a
beleza da terra de sua posição no céu e sentir como se estivesse navegando,
mesmo que por instrução de André.
Tão lindo André. Verdadeiramente belo. Havia admiração em sua voz e ela
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não tentou esconder isso dele. Sabia que ele estava dando os dons de seu
mundo a fim de combater as coisas que ela considerava negativas.
Ela sentiu que ele estava satisfeito. Mais, ela sentiu que estava dando a ele
o mesmo dom que ele lhe dera. Pela primeira vez em séculos, ele estava
experimentando algo que ele tomou como certo com novos olhos —os olhos
dela.
É bonito, ele concordou.
Havia algo em sua voz que lhe tirou o fôlego. Enviando pequenos
dardos de fogo lambendo sua espinha e seu corpo, apesar do fato de que ela
não estava em sua forma natural. Ela entendeu então que ainda estava
presente, e sua atração por ele, suas respostas, começavam em sua mente e se
moviam através de seu corpo. Em sua mente, ela ainda tinha seu corpo e
sempre teria. Ela estava lá, ela simplesmente misturou as moléculas e fez de
sua forma algo mais. Ela ainda se sentia, e pensava fundamentalmente
como Teagan.
Viciante, André. Voar é viciante. Como escalar. Como você. Ela não se
importou em admitir isso a ele. Ele já sabia que ela achava que ele era
absolutamente o melhor. Ela ainda podia estar zangada com ele e dizer a
verdade. Ok, carinho, talvez a raiva estivesse desaparecendo. Talvez seja tudo sobre o
medo das coisas que você espera de mim.
Sivamet.
Ela sabia que ele queria dizer isso também. Era impossível perder a
sinceridade em sua voz ou sua mente. Mas, ainda assim, o cérebro de
Teagan
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290
Dark - Série Os Cárpatos
jogou "e se" o jogo que sempre reproduziu em sua cabeça quando ela
estava escalando com os outros. Ela sempre se considerava o elo mais fraco. Se
alguém caísse ou se ferisse e eles estivesse a cento e vinte e dois ou cento e
cinquenta e dois metros de altura, mesmo em um arnês1 9 , ela teria que
trazê-los para baixo. É claro que ela tinha treinado para isso. Ela até praticava
repetidamente, mas ela sempre se perguntava se ela iria entrar em pânico.
Lá estava ele. O pânico e o medo, seus velhos inimigos. Se André
lutasse contra um vampiro mestre ou um bando de vampiros, e ele ficasse
ferido. Ele precisaria dela. Assim como seus parceiros de escalada precisaria
dela em caso de emergência. Ela não sabia, mesmo que ele treinasse ela, se ela
poderia abrir a terra e colocar ambos nela.
Não há necessidade de se preocupar com tais coisas Teagan.
Claro que há. Isso poderia acontecer. É até provável que ainda aconteça.
Teagan, você é minha companheira. Partilhamos a mesma alma. Você está em
minha mente e pode retirar informações sobre qualquer coisa que eu tenha feito. Você iria
me proteger com a mesma determinação feroz que eu iria protegê-la. Nunca importará o
que você tem que fazer—você simplesmente vai fazê-lo.
19
arnês – Trata-se de um conjunto de fitas de alta resistência
(geralmente um tecido de poliamida, nylon ou outras fibras sintéticas)
costuradas de modo a permitir circundar o escalador nas duas pernas
e cintura. Na parte frontal possui uma alça onde a corda de segurança
é amarrada ou fixada através de um mosquetão. Além disso possui
diversos suportes nas laterais e na parte posterior para o transporte de equipamentos a serem utilizados durante a
escalada.
291
Dark - Série Os Cárpatos
Teagan.
Era absolutamente verdade, que ela moraria com a vovó Trixie e cuidaria
dela, em vez de vê-la em um hospital. Ela teria consultado os melhores
médicos para aprender a cuidar dela. Mas nunca, em nenhuma
circunstância, iria abandoná-la. Vovó Trixie havia lhe ensinado isso.
Amor incondicional. Ela conheceu isso sempre, toda a sua vida.
Sempre teve isso de suas irmãs e sua avó. Elas não se importavam quando ela
entrava em pânico, mas era uma fraqueza—uma falha de caráter—e que
nunca foi capaz de superá-lo.
Ela tomou outro fôlego e olhou para o chão abaixo dela. Estava muito,
muito abaixo dela. Sentiu a primeira onda de mal-estar, o aperto que
anunciava o pânico desabrochando. Odiava estar fora de controle. Odiava
isto.
Obrigou-se a fazer a varredura do terreno abaixo deles, em busca de
beleza, vendo a paisagem de uma perspectiva diferente. Muito abaixo. Estava
muito alto. Odiava alturas. Voar era muito legal. Talvez mais que legal, mas
não era a sua praia. Não poderia estar a essa altura sem seu estômago
balançar e sua mente congelar.
Sabe o que eu gostaria de fazer com você agora? Você trouxe a beleza da mudança e
do vôo de volta para mim. Você é mágica Teagan, minha magia. Ainda assim, com
toda essa beleza, tudo o que posso pensar é em te beijar. Para estar dentro de você. Isso é
o mais belo de todos os lugares. Você é tão perfeita.
292
Dark - Série Os Cárpatos
Eu particularmente adoro seus seios. Seus mamilos são perfeitos. Adoro a forma
como eles são sensíveis. Amo como você começa molhada para mim, tão pronta, e
você nunca se segura. Você se dá a mim completamente. Você coloca tudo lá para
mim. Tão doce sivamet. Tão bonita.
Seu coração gaguejou. Sabia que sua reação a ele não era estritamente
física. Ela sabia que era impossível se apaixonar por alguém tão rápido.
Não poderia amá-lo. Poderia? Ela o conhecia melhor do que conhecia
qualquer outra pessoa na face da terra, incluindo membros de sua família. Ela
estava em sua mente e ele estava certo, era impossível parar o fluxo de
informações de um para o outro.
Ela podia ver a sua honra e integridade. Para ele, ela realmente era a única
mulher no mundo e ele faria o que fosse preciso para fazê-la feliz. Claro, ele era
arrogante e mandão, mas ela supõs que com seu passado, suas habilidades e
longevidade, ele ganhou o direito a um pouco de arrogância.
Ele era gentil e amável e compassivo. Não se queixou sobre sua vida.
Aceitou os séculos caçando vampiros. Aceitou as terríveis feridas e a
solidão que veio com isso. Aceitou exatamente quem ela era e com todos
os seus
Dark - Série Os Cárpatos
293
Dark - Série Os Cárpatos
defeitos, com todas as falhas, ela ainda era a única. Dele. Isso a fazia feliz,
apesar de estar com tanto medo do futuro. Muito feliz.
Capítulo Dezesseis
d
294
Dark - Série Os Cárpatos
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Dark - Série Os Cárpatos
— Sim.
— Mas isso é incrível. Como? Isso não faz nenhum sentido. Só de ver
outros homens nas minhas lembranças você pode lê-los?
— Eu te disse, eu sou um fantasma. Eu posso entrar em suas cabeças e ver
tudo. Eu sempre fui capaz de fazer. Ainda assim, eu não acho que a maioria
dos Cárpatos tem essa capacidade.
— Você não me disse isso. —Ela se sentiu quase sem fôlego com o dom
maravilho de André. Ele lhe tinha dado um presente por ensiná-la a mudar e,
em seguida, voar. Mais, ele lhe deu o dom de não entrar em pânico quando ela
sempre fez. Mas, principalmente, ele deu a ela o dom da aceitação. Ele
realmente não se importou se ela entrou em pânico. Ela sentiu seu amor
por ela. Ele a envolveu. Cercando-a. Envolveu-a até que sentiu que pertencia a
ele.
— André. —Ela olhou para ele. — Você não é um fantasma. Não pense
assim de si mesmo.
— Todo mundo pensa isso.
Ela olhou para seu rosto. Era um rosto bonito. Algum dos grandes
escultores deveria esculpir o rosto dele em mármore. Assim tão perto podia ver
seus grossos cílios escuros, e a cor maravilhosa de seus olhos. Tão incomum e
sempre mudando.
— Teagan.
Seu estômago deu uma familiar cambalhota com a maneira como ele disse
o nome dela. Ela sorriu para ele enquanto caminhavam ao longo da rua
principal da vila. Ela sabia que ele estava examinando toda a área, observando
tudo à sua volta, procurando qualquer perigo que poderia estar vindo em sua
direção. Ainda assim, mesmo sabendo isso, porque ela estava em sua mente,
ela ainda sentia como se todo o seu foco estivesse sobre ela.
Dark - Série Os Cárpatos
296
Dark - Série Os Cárpatos
Ele não perdeu uma única coisa sobre ela. Ele estava ciente da maneira
como ela se movia, seu corpo roçando o dele a cada passo. Estava ciente de seu
cabelo solto, na forma como ele gostava, caindo em cascata em suas costas
e em volta do rosto.
André gostava do balanço de seus quadris e a forma como seus seios
empurravam contra o tecido de sua blusa —a que ele tinha criado para ela. Ela
se encaixava, acentuando seu abdômem e cintura estreita. Ela realmente não
precisa do sutiã que usava—seus seios realmente eram pequenos—mas ele
insistiu e ela suspeitava que ela sabia o porquê. Com cada movimento do
seu corpo, a renda provocava seus mamilos sensíveis. Parecia delicioso e um
pouco impertinente. A sensação também manteve-a muito ciente de André
e desejando que eles estivessem de volta em sua caverna e sozinhos.
— Sivamet, me responda. Sua resposta é importante para mim.
Ela ouviu a sinceridade em sua voz. Ela ia ter de deixar passar a sua raiva
por ele, o que não era tão difícil como ela queria que fosse. Ela enviou-lhe
um olhar de repreensão por debaixo de suas pestanas. — Eu não estou me
transformando em uma daquelas mulheres que se submetem ao seu homem só
porque ele é incrível na cama.
Suas sobrancelhas se ergueram. — Isso tem algo a ver com a sua resposta?
— Sim. —Ela quase atirou a afirmativa nele. — Claro que sim. Você
não pode me irritar e, em seguida flertar e ser todo lindo e sexy. Isso está
definitivamente nos livros de regras. Quando eu estou com raiva você pode ser
adequadamente intimidado.
Se fosse possível, as sobrancelhas subiram ainda mais. Seus lábios
tremeram, chamando a sua atenção para sua linda boca perfeita, o que
imediatamente fez querer seus beijos.
— Intimidado?
Ele repetiu a palavra como se ele não entendesse muito bem, e talvez
ele não entendesse porque ele não só era de uma nacionalidade diferente, ele
era
Dark - Série Os Cárpatos
297
Dark - Série Os Cárpatos
de uma espécie diferente. Ele conseguiu em seu espanto parecer ainda mais
sexy do que o habitual. Ela suspirou.
— Claramente. —ela injetou sarcasmo em sua voz, — você não está
recebendo o conceito. Não fale mais. É melhor assim.
— Csitri.
Ela fechou os olhos. Ele disse essa palavra tão baixinho, seu sotaque
torcendo o som de cada vogal e consoante, separadamente, para que a palavra
soou como música. As notas deslizaram dentro dela. Suavemente.
Gentilmente. Apenas entraram e derreteram-na. Seus dedos apertaram no
bolso traseiro dele. Ele era dela. Este homem belíssimo pertencia a ela.
— Eu preciso de uma resposta. Você ainda pode me ver, mesmo
quando você está com raiva de mim?
Ele fez à pergunta delicadamente. Suavemente. Da mesma forma melódica
como quando ele a chamou de bebê ou pequena na sua própria língua. Ela sabia
disso, não porque ele disse a ela, mas porque a tradução estava lá em sua
mente.
Teagan olhou para ele, seus olhos se encontraram. O que ela viu ali a
deixou sem fôlego. Ele olhou para ela como se não houvesse mais ninguém no
seu mundo. Como se ele quisesse pega-la em seus braços e levá-la de volta para
a caverna e fazer sexo selvagem e louco com ela, e depois fazer amor com
ela lentamente.
Ela corou. Estava lendo a mente dele de novo, não apenas o olhar
revelador em seus olhos. — Eu vejo você o tempo todo, André.
Especialmente quando estou com raiva de você. Você é muito sexy para o seu
próprio bem. Bem. Para o meu bem. —Franzindo a testa, ela colocou a mão
sobre a boca, como se estivesse tentando empurrar as palavras para dentro. —
Sério, eu tenho que aprender a manter minha boca fechada. Você já é tão
arrogante quanto um homem poderia ser, o que ... —Ela olhou para ele, sem se
importar que sua voz estivesse abafada por trás de sua palma. — Isso não é
um elogio.
Ele colocou seus dedos sobre os dela, e gentilmente retirou a mão de sua
Dark - Série Os Cárpatos
298
Dark - Série Os Cárpatos
Ela amava sua voz. Pura e simples. Lá estava ele. Todo o seu problema.
Sua voz era sexy, não importa o que ele estivesse dizendo. OK. Se ela
estava sendo rigorosamente honesta, sua voz não era todo o problema. Tinha
seu rosto realmente masculino, o corpo lindo, viril, e cheio de músculos
duros como rocha—em todos os lugares do corpo. Essa era uma boa parte de
seu problema, ali mesmo—e o fato de que ele sabia como usar seu corpo.
Sua boca. Seus dedos. O seu ... bem ... tudo. E depois, claro, ele era um
caçador de vampiros durão. Isso era muito legal. E principalmente, ele olhava
para ela com aquele olhar, aquele que dizia que ela era seu mundo. Teagan
suspirou. Ele tinha todos os motivos para ser todo arrogante e confiante. Ela
estava se apaixonando intensamente por ele.
Pela primeira vez, ela notou que a chuva começou a cair muito mais
rápido. Não mais névoa, que deveria ter encharcado ambos, mas isso não
aconteceu. Eles caminhavam sob as gotas sem realmente ficarem molhados
como se fosse ainda neblina.
— É realmente tão ruim assim?
299
Dark - Série Os Cárpatos
de que eu não nasci em seu século. Eu vou ter que viver com isso, e vai ser
difícil para mim.
— É isso que você acha? O braço de André apertou ao redor dela. —
Teagan, contra o meu melhor julgamento, estamos aqui, neste vilarejo.
Ela mordeu o lábio. Ela tinha esquecido que ele se opôs tenazmente a vir
aqui. Ele não se misturava com os seres humanos, não se ele pudesse
evitar. Ela entendeu parte de sua razão, mas qual era o problema de andar
pela rua e se sentir normal por alguns minutos? Bem, o normal dela.
— Eu preciso disto.
Sua mão se moveu das costas para a nuca dela. — Eu sei que você
precisa Teagan. É por isso que estamos aqui. Basta lembrar, é imperativo não
chamar a atenção, manter um perfil baixo. Fique perto de mim e sempre
mantenha os olhos abertos. Este é o terreno de caça mais próximo para os
vampiros.
A garganta dela se fechou por um momento. Ela não tinha pensado nisso.
É claro que os mortos-vivos iriam caçar no vilarejo. Os outros seres humanos
mais próximos estavam a muitas milhas de distância.
— Você vai ir atrás deles, não é?
— Não. Eu quero dizer o tempo todo. Cada minuto de cada dia. Estou
tão acostumada a estar com medo que isso é uma parte de mim, de quem eu
sou. O medo está dentro de mim. Na minha pele. Em meu sangue.
Eles estavam chegando a um prédio que parecia que poderia ser um
moderno Cyber café2 0 , quando tudo ao seu redor parecia um pouco do velho
Dark - Série Os Cárpatos
300
Dark - Série Os Cárpatos
mundo para ela. Ele parou bem na frente das janelas amplas e a virou para ele,
seus braços que se estabeleceram em torno de suas costas, puxando-a para si,
sua frente pressionado a dele. Todo o resto desapareceu, mas a consciência de
seu corpo duro apertado contra o dela suave.
— Estou bem ciente de seus medos Teagan, mas você não tem medo
quando você está comigo. Nem mesmo quando você mudou e levantou
vôo. Você confiou em mim para cuidar de você. Você se deu a mim e eu
levo isso a sério. Você está segura comigo. Você sempre estará.
Seus lábios roçaram a parte superior de seu cabelo e ela sentiu a sensação
percorrer todo o caminho até seus dedos dos pés. Ela não estava com tanto
medo, o que era um pouco chocante porque ela não o conhecia há muito
tempo. Mas ela sabia absolutamente que ele daria a sua vida por ela, este
homem que passou séculos sozinho.
— Nunca se deixe enganar André, eu posso congelar em um piscar e
me dissolver em lágrimas histéricas.
— Eu vi isso em suas memórias.
Ele não parecia minimamente perturbado. Em vez disso, ele usou essa voz
baixa, sexy que tendia a deslizar dentro de sua pele e envolver em torno de seu
coração.
— Mas Teagan, você sempre, sempre se recupera rapidamente e termina o
que quer que você esteja fazendo. — Você supera seus medos.
Ela balançou a cabeça. — O medo está lá, eu supero o pânico. —Ela se
sentiu compelida a dizer a estrita verdade, embora sua declaração enviasse
uma onda de calor através de suas veias.
André ergueu o queixo dela para cima assim seus olhos se encontraram.
20
Cyber café – um local que pode funcionar também como bar ou lanchonete, oferecendo também
a seus clientes acesso à Internet, mediante o pagamento de uma taxa, usualmente cobrada por hora.
301
Dark - Série Os Cárpatos
— Quando eu devo dizer que estamos voltando para casa? —Ela não podia
acreditar que ele realmente se mudaria para os Estados Unidos com ela.
Ela mordeu o lábio. Talvez ela tivesse entendido errado. Talvez fosse uma
visita. Ela não queria uma visita. Ela queria estar perto de sua avó e suas
irmãs. Ela queria ver seus sobrinhos e sobrinhas crescer. Se ela era agora
como André, isso queria dizer que sua família inteira, geração após geração
iria envelhecer e morrer e ela não?
Teagan levantou os olhos para ele, mais uma vez, as lágrimas perto. — Eu
não lhe fiz um monte de perguntas sobre o que o meu futuro nos reserva,
principalmente porque eu estava tão chateada e precisava de tempo para
processar, mas tenho a mesma longevidade que você tem André?
Seu braço apertou em torno de sua cintura, segurando-a ainda mais perto
como se ele pudesse lhe dar força. — Sim, sivamet.
302
Dark - Série Os Cárpatos
perder sua avó e suas irmãs antes de morrer. Elas são mais velhas do que você.
Ela mordeu o lábio com mais força, balançando a cabeça. — Mas não
as crianças. Vou ter que vê-las morrer também, não vou? E seus filhos? —
De repente foi difícil respirar. Sua garganta estava crua e seu coração
acelerado.
Ele não respondeu de imediato. Ela se apoiou em sua força. Seu calor.
Seus braços, em torno dela, se sentiu bem.
— Viver no meu mundo, há realmente coisas maravilhosas, bem como
desvantagens. Assim como existem em qualquer mundo. Eu vou zelar pela sua
felicidade Teagan. Sempre. Você terá o privilégio de ver as gerações futuras se
assim o desejar. Os descendentes de suas irmãs. Nós viajaremos claro, e
teremos novas identidades a cada tantos e tantos anos, mas você pode retornar
quando você necessitar, a fim de ver seus parentes.
Ela tentou afastar a idéia dos membros de sua família morrendo repetidas
vezes e ter que ver isso.
— Como você faz isso?
303
Dark - Série Os Cárpatos
Ela mordeu o lábio. Oops. Isso não foi bem pensado, não quando ele
era tipo possessivo. — É tudo novo, —ela defendeu.
— Novo ou não, você deve ter certeza.
— Preciso ligar para minha avó. —Evasão foi a única salvação real e
ela agarrou-a imediatamente.
— Então ligue.
Sim. Ele ainda não estava feliz com ela. Ela pegou seu telefone celular,
feliz pela chamada internacional. Mal podia esperar para ligar para sua
avó. Precisava ouvir sua voz. Sentiu a grande expectativa que sempre sentia
quando estava longe de sua avó por muito tempo.
André não a soltou. Se qualquer coisa, seus braços se apertaram mais,
segurando-a com ele enquanto o telefone chamava.
— Teagan?
Lá estava. A voz de sua avó. Sua garganta fechou por um momento. Ela
a amava tanto. — Vovó Trixie? Como você está? Eu sinto sua falta.
— Eu sinto sua falta também menina. Eu queria que você estivesse em
casa. Suas irmãs vêm diariamente se metendo nos meus negócios. Às
vezes, todas elas. Sussurrando. Me encarando. Elas acham que eu estou
totalmente louca.
— Você não está vovó Trixie. Eu sei que você não está. Eu estarei em casa
em três semanas ou mais. Eu quero ajudar o máximo que eu puder. E ... — Ela
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Dark - Série Os Cárpatos
— Um assassino em série?
Sua avó gritou as palavras a plenos pulmões. Que Teagan teve que segurar
o telefone longe de sua orelha. Sua audição aguda era o suficiente como estava.
Não houve como abaixar o volume rápido o suficiente.
— Você foi para as montanhas com um assassino em série? —Vovó
Trixie exigiu.
— Bem. Sim. Mas desta vez não foi minha culpa, —ela assegurou.
Ela inclinou a cabeça com cara feia para ele, esperando que servisse para
calá-lo.
Vovó Trixie suspirou. — Teagan, nunca é culpa sua, mas você sempre
entra em apuros e, ainda assim, você insisti em viajar por todo o mundo onde
305
Dark - Série Os Cárpatos
Ela olhou para ele. Seu mais feroz e praticado olhar. André não
pareceu impressionado.
Fique fora das minhas memórias e pare de ouvir a minha conversa com a minha
avó. Estou falando sério André. Ela vaiou a ordem em sua mente, usando seu
famoso "tom", aquele que enviava seus cunhados correndo para a outra
sala para evitar qualquer confronto com ela. Ela tinha uma reputação
muito cuidadosamente cultivada de ser melhor na batalha verbal.
Ele não pareceu intimidado ou impressionado. Ela podia jurar que seus
lábios tremeram, e por um momento a diversão se atreveu a brilhar nos olhos
dele.
— Teagan, diga-me sobre esse assassino em série neste instante, —Vovó
Trixie insistiu, usando sua voz mais séria.
Você está rindo de mim? Ela exigiu. Porque eu tenho o suficiente para lidar
tentando convencer a minha avó que eu estou perfeitamente bem.
O problema era que ela não estava perfeitamente bem. Ela não tinha idéia
no que estava metida desta vez, e ela não achava que sua avó poderia tirá-
la disso. Por que coisas como essas sempre aconteciam com ela? Ela sabia
que André estava monitorando seus pensamentos, porque ele trilhou beijos
na lateral do seu rosto ao canto do olho, para o canto da boca e depois de volta
até sua orelha.
Ela teve que chupar o fôlego bruscamente e trabalhar para manter seu
corpo rebelde sob controle quando queria derreter em uma poça a seus pés. No
momento, ela se sentia bastante mole e suas mãos em sua cintura a seguravam
na posição vertical.
306
Dark - Série Os Cárpatos
— Eu fui sua tutora vovó. Fui para a escola com ele por três anos. Ele
cresceu em uma vila perto dos picos mais altos da cordilheira dos Cárpatos. Eu
queria explorar essa região. Você sabe que eu gosto de acampar, por isso,
quando decidi vir aqui, entrei em contato com ele através da Internet.
Ocasionalmente trocavamos e-mails apenas para manter contato. Ele parecia
ser bom.
— Um assassino em série? —Vovó Trixie repetiu.
Ela tentou outra carranca, o que foi seriamente difícil de fazer quando os
dedos dele estavam deslizando através de seu cabelo e, em seguida, descendo
para a nuca em uma massagem lenta antes de retornar ao seu cabelo—e
isso era bom. Muito bom. Ela era tão suscetível a ele e a forma como ele a
tocava. Exasperada, ela empurrou a mão dele.
— Teagan, você soa como se você quisesse que um assassino em série te
achasse atraente.
Ela suspirou. Sua conversa com sua avó não estava indo na direção que
307
Dark - Série Os Cárpatos
ela queria que fosse. Pior, a mão de André tinha parado de se mover, mas
se manteve envolta de sua nuca. Sua vida estava totalmente fora de controle.
— Vovó Trixie, —Teagan tomou um fôlego. — Eu não quero que um
assassino em série me ache atraente. Eu não acho que importa muito para eles,
embora desde que ele era um estuprador em série também, talvez ele tivesse
um tipo de preferência.
Sua avó gritou, um grito ensurdecedor que Teagan estava bastante certa
de que ela ouviu direto dos Estados Unidos e não de seu telefone celular. Ok,
mais um erro. Ela culpou André, porque logo no momento em que ela
começou a tentar explicar, seus dedos deslizaram em seu cabelo novamente e
seu cérebro entrou em um curto-circuito completo.
— Um estuprador? Teagan Jonelle Joanes, volte para casa neste exato
momento. Agora. Pegue um avião ou eu juro, eu vou aí salvá-la de si
mesma.
Quando sua avó a chamava pelo seu nome completo nesse tom, ela estava
falando sério. Ela abriu a boca para se defender, mas sua avó não tinha
terminado.
— Quem é este homem, ele é um estrangeiro. Ele tem uma cultura
diferente, e os estrangeiros tratam as mulheres diferentes. Ele pode trancá-la em
seu harém ou algo assim. Deixe-o agora e volte para casa.
Teagan fechou os olhos. André ouviu. Provavelmente as pessoas no
pub no final da rua também ouviram. — Ele não é de um lugar onde eles têm
haréns,
—ela o defendeu sem muita convicção. — Vovó Trixie, você tem que
respirar e me ouvir. Ele está morto. Armend está morto. Não há nenhuma
ameaça para mim. —A voz dela meio que despencou nisso, porque se
considerasse vampiros e os amigos de Armend ela poderia estar mentindo só
um pouquinho para sua avó.
Um pouquinho?
308
Dark - Série Os Cárpatos
— Eu vou me casar com ele vovó Trixie, —ela deixou escapar. — Eu estou
muito séria sobre isso, então não ponha em sua cabeça que ele é o cara errado
para mim. Esperei muito tempo para encontrar o homem certo e ele é
único. Ele está indo para casa comigo, e eu quero que você faça um esforço
para aceitá-lo.
Houve um longo silêncio. Teagan mordeu seu lábio duro. Seu coração
batia forte. André se inclinou, seus lábios contra seu ouvido.
Respire sivamet. Ela vai aprender a me aceitar. Ela quer protege-la, isso é tudo. Ela
ama você. Você aparentemente entra em um monte de problemas quando você está
fora das vistas dela.
Eu não. Ela ficou em silêncio por um momento. Suspirou. Ok, isso não é
exatamente a verdade, mas realmente não é minha culpa. Houve o tempo no Chile
quando a polícia—polícia corrupta—tentou levar meu passaporte e eu me recusei a voltar
para o ônibus sem ele e eles quase atiraram em mim. Ela mordeu o lábio inferior.
Pode ter havido alguns incidentes como esse, mas eu sempre saio deles.
309
Dark - Série Os Cárpatos
— Venha para casa Teagan. Traga-o se quiser, mas não faça nada até que
o conheçamos. Basta ficar longe dessas montanhas. Eu tenho alguns amigos
que sabem tudo sobre essa cordilheira em particular, especialmente em torno
da Roménia.
— Eu não estou na Roménia no momento vovó Trixie, —ressaltou. —
Eu realmente tenho que ir. Eu te amo. Como uma louca eu te amo. Para o
infinito e de volta.
— Eu também te amo Teagan, —sua avó sussurrou. — Querida, volte para
casa.
Teagan não respondeu. Ela terminou a chamada e se virou nos braços de
André. — Isso foi bem.
— A polícia no Chile queria atirar em você?
— E a Argentina?
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Dark - Série Os Cárpatos
311
Dark - Série Os Cárpatos
Ela notou que André estava estendendo seus sentidos, procurando alguma
coisa—ou a falta dela. Ela ficou em sua mente, tentando estudar o que ele fazia.
Vampiros são tão sujos que a natureza se encolhe em sua presença. Eles tentam se
disfarçar criando um espaço em branco. Sem perfume. Nenhum rastro. Nada mesmo.
Isso pode traí-los.
Ela gostou que ele compartilhasse isso com ela. Gostou muito disso.
Gostou especialmente de caminhar sob seu ombro, perto de seu corpo.
Você encontrou alguma coisa?
312
Dark - Série Os Cárpatos
tinha certeza que não havia muito mais o que fazer à noite. A música
tocava e os casais dançavam. Risos irromperam em uma mesa há meio metro
da deles. Era normal. Humana. Ela tirou conforto nisso. Ela estava além de
todos eles, assim como sempre tinha estado, mas agora, ela tinha André.
Ela estava com ele. Se encaixava com ele. Pertencia a ele. E isso era
simplesmente incrível.
Capítulo Dezessete
d
A mão de André ainda segurando a de Teagan, desceu
para debaixo da mesa para descansar na coxa dela. Ele esfregou as costas
de sua mão ali. Nesse momento. Ela ficou instantaneamente consciente
dele. Sutilmente. Cada célula do seu corpo estava consciente dele,
especialmente seu sexo. Úmido. Quente. Convidativo. Como ele pôde fazer
isso?
Ele estava olhando para ela, mas ela estava na mente dele e ele estava
sondando o espaço por informações. Ainda assim, ele era muito consciente
dela, assim como ela era dele. Ele não perdia nada sobre ela, não desde a mão
nervosa que surgiu para empurrar seu cabelo atrás da orelha ou ao se mexer na
cadeira porque—bem—se ela não se mexesse, ela poderia entrar em combustão
espontânea. Ou ter um orgasmo. Poderia uma mulher realmente ter um
orgasmo apenas de um homem esfregando as costas de sua mão ao longo
de sua coxa, enquanto seus dedos estavam apertados ao redor dos dela? Se
assim fosse, isso definitivamente ia acontecer. Então, quem poderia se
concentrar em tentar ouvir informações em uma sala lotada?
— Teagan.
Dark - Série Os Cárpatos
313
Dark - Série Os Cárpatos
Ela arriscou olhar para ele, e era um risco, porque ele era lindo e tinha
aqueles olhos que ela não podia resistir. Não tentou lhe responder porque nada
coerente ia sair de sua boca. — Hum ... —Era isso. Isso era o melhor que ela
conseguiu. Hum. O que foi isso? Ela limpou a garganta e tentou novamente. —
Vamos apenas embora. Quero dizer, o que nós realmente precisamos descobrir
que nós ainda não sabemos? Se sairmos agora, poderíamos voltar para a
caverna e ... —Ela parou, corando. A cor varreu seu corpo, provavelmente
começando nos dedos dos pés e terminando em seu rosto. Um rubor de corpo
inteiro.
— Sivamet, vamos voltar para nossa caverna em breve, eu prometo.
A garçonete olhou para ele com a boca aberta como se ela pudesse devorá-
lo a qualquer momento. Sim, André era quente. Ele disse para não chamar
a atenção, mas todos os olhos femininos no lugar o havia percebido no
momento em que ele entrou. Ela estava certa de que os homens
reconheciam o perigo quando a viam. A multidão tinha se separado para
eles quando ele abriu caminho para a mesa que ele queria. Ela tinha também
observado que a mesa não tinha estado vazia até que André olhou e se
dirigiu para lá. Os ocupantes se levantaram e sairam abruptamente quando
eles estavam na metade do caminho a ela.
A garçonete sorriu e voltou para a multidão, habilmente evitando que sua
bandeja redonda batesse qualquer um na cabeça, quando ela foi de volta para
Dark - Série Os Cárpatos
314
Dark - Série Os Cárpatos
o bar.
— Eu pago Teagan. Não você.
Claro. Homem macho de outro século. Ela revirou os olhos, mas não ia
discutir com ele sobre bebidas que eles não iam beber. — Eu nem sequer sabia
se você tinha dinheiro André. Há um monte de coisas que eu não sei sobre
você.
— Quando você vive séculos Teagan, é muito fácil adquirir riqueza.
Nós não sofreremos por dinheiro.
— Eu tenho dinheiro guardado também. Não muito, mas vai ajudar.
Ela engasgou com a maneira prosaica que ele anunciou o abate potencial
de selvagens, animais bonitos. Não é que eu quero ser comida por lobos ... Ela não
pôde evitar o pequeno tremor que correu por seu corpo. Essa seria uma forma
315
Dark - Série Os Cárpatos
muito ruim de morrer. Eu não quero mais ninguém sendo comido por eles também,
mas realmente, Armend era um assassino em série. Talvez se nós localizarmos os corpos
das mulheres que ele matou, eles vão deixar os lobos em paz.
André sorriu para ela. Você tem alguma idéia o quão incrível você é?
Porque eu não quero que o pai de um assassino destruia os lobos? Qualquer um
se sentiria da mesma maneira.
Isso não é verdade. Pessoas caçam por esporte. Tirar vidas por poder, os fazem
se sentir poderosos.
Ela mordeu o lábio. Sabia que ele tinha passado séculos tirando vidas. —
Deve ser difícil para você André, —ela sussurrou em voz alta.
Ele balançou a cabeça. — Nós não sentimos Teagan. Absolutamente nada.
Não há compaixão, misericórdia ou remorso. Eu caço o mal. Isso é tudo. É
simples e deve ser feito.
— Você me disse que às vezes, eles foram pessoas que conhecia. Tal como
o seu tio. Eu sei que você não o caçou, o outro Cárpato o matou, mas você
poderia ter tido que fazer. —Ela não pôde se controlar, ela segurou o rosto dele
com a mão e ousadamente acariciou sua mandíbula com o polegar.
Ele balançou a cabeça lentamente. — Sim, mas sem nossas companheiras,
não sentimos absolutamente nada. Eu podia reconhecer que deveria me sentir
triste, mas a emoção real me escapava.
— Até que eu cheguei.
316
Dark - Série Os Cárpatos
em seu rosto marcado para o mundo ver—o amor. Adoração mesmo. E ela,
mais ou menos não merecia isso.
— André. —Ela murmurou seu nome. Saiu rouco. Tudo errado. Ela
não iria chorar por ele, ela estava tentando lhe dizer que estava nessa com ele.
Ela iria encontrar uma maneira de abraçar sua nova vida com ele e viver
em seu mundo. Ela só precisava de tempo. Ela tentou falar tudo isso em
seu nome e falhou miseravelmente. Ela era a única que sempre conversava
sobre tudo e qualquer coisa, mas neste momento, quando precisava das
palavras certas, quando ela queria lhe dar algo de volta, não podia pensar em
como colocar as palavras. Envergonhada, ela olhou para a mesa.
Ele cobriu a mão dela com a dele, segurando sua mão apertada contra
a sombra áspera em sua mandíbula, seus olhos azuis queimando intensamente
nos dela.
— Dança comigo sivamet. Eu tenho o desejo repentino de segurar você em
meus braços.
Eu queria isso mais do que qualquer coisa ... mas ... ela mordeu o lábio. —
Eu quero dançar com você, mas isso pode estar arriscando tudo o que temos.
As sobrancelha dele se elevou. — Eu não posso esperar para ouvir isso.
— Sério. Você tem que levar isso muito a sério André. —Ele não era do
mundo moderno e ele não entendia tudo. — Já houve um grande número
de artigos escritos sobre este tema e nada disso é um bom presságio para nós.
Se nós dançarmos juntos, você vai ver realmente o problema.
Ele puxou a mão de seu queixo, virou-a e deu um beijo no centro da
sua palma. — Eu não tenho idéia do que você está falando Teagan.
Ela tinha medo disso. — A diferença em nossas alturas. Eu sou
baixinha, e você é quase trinta centímetros mais alto.
— Eu sou trinta centímetros mais alto.
Ela olhou para ele e puxou sua mão. — Não há necessidade de ser
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Ele não parou de beijá-la, mas foi uma ordem clara. Essa voz dentro de
sua mente, tão íntima. Afagando-a. Acariciando ela. Tão sensual como sua
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Dark - Série Os Cárpatos
boca. Ela se encontrou movendo-se para fora de sua cadeira, ainda o beijando,
deslizando os braços de seu pescoço para seu peito para envolver sua cintura.
Ele levantou a cabeça, seus olhos se movendo possessivamente sobre seu
rosto. — Eu amo o jeito que você me olha com essa expressão que você tem
agora.
Ela conseguiu uma risada. — Você quer dizer atordoada e confusa.
Seu braço deslizou ao redor dela. — Bela. Olhando para mim com este
olhar vale a pena todo o ouro do mundo. Você é um presente, Teagan.
Ela não sabia sobre isso, mas pensou que ele fosse. Ela o deixou guiá-
la através da multidão até a parte do bar onde estavam dançando. Ele era
uma força a ser reconhecida. Alto. Musculoso. Seu rosto tão perigosamente
masculino como um rosto poderia ser. A multidão se afastou sem
hesitação. Ela manteve a mão no bolso de trás, ficando perto de seu corpo a
cada passo.
Ele se virou e a puxou em seus braços. Os braços dela deslizaram ao redor
da cintura dele e ela descansou a cabeça no vão entre a sua caixa torácica.
Perfeito. Ela se encaixava. Seu corpo pressionado firmemente contra o dela.
Depois de dois passos, ela sentiu o calor de seu pau pressionado firmemente
contra ela. Crescendo. Endurecendo. Delicioso. Ela amava que fosse baixa
o suficiente para ter o corpo dele esfregando contra o dela enquanto eles
flutuaram com a música, ou pareciam flutuar. Como se estivessem nas nuvens.
Seus cílios tremularam enquanto ela saboreava o calor do corpo dele.
A dureza. A fome crescente entre eles. Ela nunca teve isso em sua vida. Um
homem a segurando como se fosse seu mundo. Realmente não importava que
ela fosse baixinha e ele alto. Ele não se curvava para ela. Ele a segurava
firme contra ele, desfrutando de seu corpo roçando o dele. De repente, ela
não se importava no mínimo que ela fosse baixinha ou seus seios
pequenos. Ele se encaixa. Perfeitamente. A sensação dele se aconchegando
apertado contra ela, era tão intenso quanto estar perto de sua boca.
Isso é humano o suficiente para você, sivamet? Eu nunca dancei com uma
mulher na minha vida.
Dark - Série Os Cárpatos
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Dark - Série Os Cárpatos
A carícia em sua voz fez enrolar seus dedos dos pés. Adorava que ele
nunca tivesse dançado com outra mulher.
Ou segurei uma em meus braços. Eu nunca beijei outra mulher. Você tem
que superar esse sentimento como se você não pertencesse. Há um lugar onde você sempre
irá pertencer, csitri, que é este e em meus braços.
Oh, Deus. Ele acabou de dizer isso? Ele a deixou fraca, tanto que ela estava
com medo que suas pernas não funcionassem. Eles tinham que ir embora.
Agora. Neste minuto.
André. Vamos embora. Ela sabia que, mesmo em sua mente, sua voz estava
sem fôlego com a necessidade.
Os braços dele a apertaram. Vou levá-la de volta para a mesa. Eu tenho que falar
com alguns homens e um casal. E então, nós vamos embora.
Era possível? Caramba. Hum. Acho que esse foi um momento para "tenha
cuidado com o que você deseja". Eu gosto da idéia de ser esticada debaixo de você e
por muito tempo. Apenas o pensamento enviou uma vibração muito agradável
através de seu sexo.
A música parou e depois começou novamente em um ritmo mais
rápido. André imediatamente se moveu por entre a multidão de volta para
a mesa. Desta vez, ele a manteve na frente dele, um braço enrolado em
torno de sua cintura, prendendo-a para ele. Mais uma vez, algo em seus olhos
no conjunto de sua mandíbula tinha a multidão se separando. Ele fez isso sem
problemas, mas não usou sua habilidade de "empurrar" para mover
qualquer um—eles apenas se afastaram.
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Dark - Série Os Cárpatos
Ele segurou a cadeira para ela, mas seu olhar varreu a sala, enquanto
ele fazia isso. Teagan se sentou na cadeira e pegou o copo de água. Ambos os
copos que continham álcool estavam vazios, como se já tivessem bebido
eles. Sabia que André tinha feito isso, uma lenta redução do líquido, mas
ela não tinha certeza de como.
— Eu estarei de volta em breve, —ele murmurou.
Ela piscou e ele já tinha ido. Imediatamente ela estava inquieta. Ele se
moveu com leveza através do espaço lotado de pessoas e mesas. Ela sentou-se
e observou ele. Ele era lindo, e ela não era a única mulher na sala a pensar
assim. Ele caminhou até a um homem mais velho que estava ostentando uma
barba cheia e usava roupas ásperas. Parecia que ele vivia nas montanhas e que
o fez a maior parte de sua vida.
André lhe bateu nas costas, como se fossem velhos amigos. O homem
barbudo virou-se para ele e sorriu, e eles começaram uma conversa animada.
Depois de alguns minutos, André deixou o homem da montanha com uma
nova bebida e andou até um homem bem vestido sentado em uma mesa
com uma mulher de cabelos escuros—uma mulher cujos olhos devoraram
André.
Teagan estudou a mulher. Curvilínea. É claro. Com muitas curvas. Ela
mordeu o lábio. A mulher parecia confiante e estava definitivamente tentando
chamar a atenção de André enquanto falava com seu homem. Ela se inclinou,
brincou com seu cabelo e mostrou seu decote. Não havia muitas mulheres no
salão do bar que mostravam o V dos seios. Não era esse tipo de bar. Ela passou
de seriamente aborrecida para animada no momento em que André se
aproximou de sua mesa.
Ela sabia que André estava ciente da maneira como a mulher flertou, mas
ele não prestou atenção. Ele falou somente com o homem, parecendo
amigável, agindo como se eles fossem bons amigos. Mais uma vez ele
comprou bebidas para a mesa e se afastou. A mulher de cabelos escuros
pareceu ofendida, e Teagan tomou um gole de água para esconder o
sorriso.
André virou a cabeça e olhou diretamente para ela e sorriu, aquele sorriso
Dark - Série Os Cárpatos
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Dark - Série Os Cárpatos
lento e sexy que enviou fogo correndo por suas veias. Amava seu homem.
Ele a fez sentir como a única mulher na sala.
Você está bem?
Absolutamente. Faça seu trabalho.
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Dark - Série Os Cárpatos
Sim. E isso era uma mentira. Ela queria ir para casa. Para o conforto de
sua avó e suas irmãs. A família. Ela não queria ser Cárpato, voar através do
céu sob a forma de uma coruja, não importa o quão legal isso fosse. Só queria
se sentir segura novamente, e ela não se sentia assim.
Ela não sabia o que pensar. Ela mordeu o lábio, tentando descobrir
por que se sentia tão assustada por dentro. Tinha deliberadamente tocado a
mente de André novamente, enquanto ele conversava com ela e acreditava
no que estava dizendo. Soou sincero. Parecia honesto. Ele sempre foi gentil e
doce com ela—mas—ele havia tirado suas escolhas. Ainda assim, ele
poderia tê-la matado a qualquer hora que quisesse. Ela realmente não
acreditava que ele fosse um assassino. Talvez ele teve que se defender contra
Armend. Talvez ele realmente tropeçou na sequência do ataque dos lobos e
tentou ajudá-lo. Ela tinha acabado de entrar em pânico, como sempre fazia.
Ainda. Essa sensação horrível no estômago persistiu.
Ela sentiu o movimento e olhou para cima, se preparando, esperando que
fosse André. Seu belo André que havia mentido para ela. Em vez disso,
havia dois homens que ela nunca tinha visto antes. Um deles levava duas
bebidas, o outro estava segurando a sua própria. Eles devem ter entrado no
bar enquanto
Dark - Série Os Cárpatos
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Dark - Série Os Cárpatos
ela estava dançando com André, porque ela realmente olhou em volta quando
entrou no bar e teria notado os dois homens. Realmente tinham boa aparência.
Não tinha visto nenhum deles antes. Poderia dizer pelas suas roupas e
o relógio chamativo que um deles usava, que eles não eram dos arredores,
ou eram de uma das poucas famílias com dinheiro. Ela soube imediatamente
por que tinha saltado para conclusões tão estúpidas sobre André. Ela os
estava sentindo. Estes dois homens. O escuro pavor em seu estômago se
movendo através de seu corpo era tudo sobre eles.
— Uma linda mulher não deveria estar sentada sozinha, —aquele com
duas bebidas, anunciou com um sorriso. — Eu sou Giles, Giles Barabash. Este
é o meu irmão Gerard. —Ele colocou as bebidas na mesa, uma na frente
dela, e os dois homens puxaram as cadeiras e se sentaram.
— Estou aqui com alguém, —Teagan retrucou, usando o inglês como eles
tinham feito. Ela poderia dizer pelo seu sotaque pesado que o inglês não era a
primeira língua deles, mas eles claramente poderiam falar facilmente.
Giles trocou um olhar com seu irmão. O olhar que trocaram a deixou
desconfortável. Giles deu de ombros. — Ele não está aqui neste momento. Ele
perdeu.
— Sério, ele não vai ficar feliz com vocês sentados aqui.
Giles empurrou a bebida em sua direção com dois dedos, ainda sorrindo.
Seus olhos eram duros. — Beba.
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Dark - Série Os Cárpatos
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Dark - Série Os Cárpatos
Tragou. Ela estava tentando muito duro fingir que ele não havia dirigido
sua raiva para ela, mas lá estava. Não havia como fugir disto.
Ela ergueu o queixo e deu uma olhada sorrateira para sua mandíbula
rígida enquanto saíam para à noite. A névoa estava grossa mais uma vez,
mas desta vez, um vapor cinza denso que deixou seu coração batendo forte
—não tanto quanto as feições escuras irritadas de André, mas ainda assim,
quem sabia o que alimentava aquele nevoeiro.
Não é como se eu convidei aqueles homens para se sentar comigo, ela disse em
uma voz um pouco insolente. Foda-se. Isso não foi totalmente culpa minha. Em
absoluto. E, apenas porque, por um segundo, eu alimentei a idéia de que você poderia ser
um ... Caramba. Chamá-lo de um assassino louco, não ia levá-la longe de
problemas. Em minha defesa, você sabe onde os corpos estão e eu não tinha idéia
que Armend estava vivo quando o encontrou.
Armend deixou contusões em você. Ele tentou estuprá-la. Ele deu um soco em você.
Você acha que ele iria partilhar o mesmo ar com você depois disso?
Oh. Meu. Deus. Seu coração parou e depois começou martelar. Duro.
327
Dark - Série Os Cárpatos
Batendo forte. André, o que está dizendo? Você me disse que os lobos o mataram.
O braço dele a envolveu, trancando-a com força contra ele. Atrás deles, a
porta do bar abriu e depois fechou. Ela sabia, sem olhar, que Giles e seu grupo
estavam seguindo eles. Eles tinham se convencido de que eram quatro contra
um, claramente sem contá-la como uma ameaça.
Eu lhe disse a verdade. Eu não disse que eu não tinha falado com ele. Sua mente
era podre e ele gostava do que ele tinha feito àquelas mulheres, pensava nisso muitas
vezes. Ele guardava lembranças delas em sua casa, na terceira gaveta de cima para
baixo, em sua escrivaninha particular fechada a chave,. Ele as pegava a noite e se
masturbava com a roupa íntima das mulheres que ele matou.
Ela tropeçou. Armend a havia tocado. Se sentou com ela por três anos,
enquanto ela o ensinava. Eles riram juntos. Considerava-o como um amigo. A
bile subiu e ela empurrou o dorso da mão contra sua boca. Sua visão realmente
turvou, ameaçou ficar escura. Ela se sentiu tonta e fraca. Ela tropeçou
novamente.
André a pegou em seus braços. Peço desculpas sivamet. Eu não deveria ter
compartilhado isso com você. Respire. Respire fundo.
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Dark - Série Os Cárpatos
Ela piscou rapidamente, tentando processar isso. Tenho? Uau. Agora isso
definitivamente está no lado pró da lista em se tornar Cárpato. Ela poderia ser
uma verdadeira durona e chutar traseiros se ela precisasse. Gostou muito dessa
idéia.
É claro. Mas o que acontece? Por que você está incentivando-os a segui-lo? Por que
não podemos apenas deixar pra lá?
Eu não deixo pra lá homens que estupram e matam mulheres. Eles vão nos seguir
para as montanhas mais baixas. Eu posso despachar eles lá.
Despachar? Ela lambeu os lábios. Eu só estou supondo aqui, mas eu não acho
que você esteja usando essa palavra para passar uma mensagem ou esclarecer algo dessa
natureza.
Assim como fazer justiça a elas.
Hum. André. Você não pode fazer isso. É contra a lei.
Eu não sou humano. As leis humanas não se aplicam a mim. Sou Cárpato e eu
sou o portador da justiça no meu mundo.
Caramba mais uma vez. Ele não estava brincando. Ele estava planejando
matar todos os quatro homens. Talvez. — Não pode ...
Não faça sons. Fique tranquila. Deixe-os seguir os meus passos.
Eles são humanos. Você não pode deixá-los para as leis humanas?
Os seres humanos não têm lidado com eles. Eu não vou permitir eles torturem e
matem outra mulher. Eles têm um gosto por isso, e Giles se declarou o líder agora.
Ele planeja ferir outras. Você deveria ter percebido que eles estavam se aproximando e
devia ter lido a intenção deles.
OK. Agora eles estavam indo para a parte da raiva. Ele não estava com
raiva porque ela foi idiota o suficiente para pensar que ele poderia ser amigo
de Armend. Não, ele estava zangado com ela porque ela não tinha usado
seus novos sentidos muito agudos como um sistema de alerta.
329
Dark - Série Os Cárpatos
E você não se estendeu para mim, Teagan. Imediatamente, quando soube que
você estava em apuros, você não me chamou.
Ela não tinha. Ela não sabia por que. Mas não tinha, e ele tinha todo o
direito de estar com raiva sobre isso.
Eu não fiz, não foi? Isso a confundia. Se sentia segura com André. Não
entrou em pânico. Estava com medo, mas o medo vivia e respirava com ela
o tempo todo. Sentiu o nó em seu estômago relaxar.
Não, csitri, você não me alertou. Se eu não monitorasse você todos os momentos eu
não teria sabido que estava em apuros.
Ele estava monitorando ela todos os momentos? Ela gostou disso. Não
deveria. Era uma mulher moderna independente, que poderia cuidar de si
mesma em situações difíceis e cuidou muitas vezes. Não dependia dos outros
para resolver seus problemas, especialmente quando estava viajando. Confiava
em si mesma, que provavelmente foi por isso que não pensou em chamar ele.
A partir de agora, você confia em mim, assim como eu vou confiar em você. Sempre,
sempre fique alerta e analise seus arredores, ele aconselhou. Leia as mentes
daqueles em torno de você.
Isso é invadir a privacidade das pessoas totalmente.
O mundo em que vivemos agora, sivamet, é perigoso. Os seres humanos querem nos
matar. Mesmo a sua própria avó iria colocar uma estaca em nossos corações se soubesse
o que somos. Você sabe que é verdade. Você tem que aprender a ser vigilante e você
tem que aprender a confiar em mim. O momento em que sentir problemas, reais ou não,
você se estende para mim.
Ela mordeu o lábio. Ele estava certo sobre sua avó, com seu kit de
caça- vampiros da internet. Havia um dispositivo especial que disparava
estacas de madeira, o que era muito legal por sinal. Tinha visto a vovó Trixie
praticar em alvos no seu quintal. Teagan não disse nada a suas irmãs,
temendo que elas internassem sua avó antes que ela pudesse curar sua
doença mental.
Ela suspirou. Agora ela tinha outro problema. Sua avó não era tão louca
Dark - Série Os Cárpatos
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Dark - Série Os Cárpatos
como todas elas pensavam, mas ela poderia ter que convencê-la de que ela
estava.
Me diga que você entende.
Teagan hesitou. Ela estava começando a perceber que a ideia que tinha de
André como um homem doce, suave e gentil, talvez não era totalmente correta.
Ele preferia despachar as ameaças. Ou seja, os matando.
Teagan.
Essa era a voz sedosa, aveludada e rouca, mas era um aviso. Ele não estava
brincando e sendo todo sensual e doce.
Hum. Me diga que sempre que eu for ameaçada você não vai despachar as pessoas.
Me prometa. Ela precisava, pelo menos, trazê-lo para o século atual. Você não é
um homem selvagem, vivendo na idade das cavernas.
Não posso fazer essa promessa. Sou um homem Cárpato. Um caçador. E você é
minha companheira. Como seu companheiro, é meu dever e privilégio mantê-la fora
de perigo em todos os momentos.
Ela bufou para fora seu fôlego. Domesticar você não vai ser tão fácil como eu
imaginava. Você é teimoso e talvez apenas um pouco velho demais. Você sabe o velho
ditado sobre, "ensinar a cachorro velho truques novos."
Houve um momento de silêncio. Ela olhou para ele. Seus olhos azuis
brilhavam para ela. Ela não tinha certeza de seu humor. Um momento estava
furioso. Assustador. No próximo, ele estava atraindo presas não tão inocentes
para ele—e eles eram presas. Ele tinha como alvo Giles e seu grupo e pretendia
os despachar. Agora ele estava olhando para ela como se estivesse dividido
entre rir ou jogá-la no chão, e fazer sexo selvagem com ela. Se ela tivesse
uma escolha, pegaria o sexo selvagem e sua risada. Ocasionalmente, ele sorria.
Ele não riu, exceto uma vez.
Teagan.
Seu sexo se apertou com o som da voz deslizando em sua pele. Eles
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Dark - Série Os Cárpatos
estavam fora do vilarejo. Ela podia ver as árvores de vez em quando, enquanto
a névoa rodopiava, abrindo um ponto para ver e, depois, fechando-se. Ele a
levou direto para a floresta e começou a ir em direção aos lugares mais
altos, com longas passadas. Ainda fazendo barulho. Quebrando galhos de
propósito. Não indo pelo ar. Ainda jogando de isca para atraí-los. Pelos sons
por trás deles, os quatro homens estavam mordendo a isca.
Você está me chamando de cachorro velho?
Gostaria de responder a isso, mas qualquer coisa que eu poderia dizer me colocaria
em apuros.
Você não tem idéia.
Sua voz era aquele som que a deixou sem fôlego e derretida. Era uma
promessa, e ela não sabia se devia tentar correr ou se agarrar a ele. De
qualquer forma, seu corpo estava excitado.
Capítulo Dezoito
d
A ndré subiu a montanha rápido, tomando uma trilha de
cervos, que era bem utilizada e fácil de caminhar, mesmo no nevoeiro. Em seus
braços Teagan tremeu, mas ele sabia que não era por causa do frio. Ela não
entendia ele ou seus caminhos. Ele compreendeu isso. Conseguiu viver sob um
conjunto diferente de regras, e seu mundo era muito assustador para ela. Ele
não gostava dela com medo, mas havia pouco que pudesse fazer sobre isso no
momento.
Eles estavam em apuros muito pior do que qualquer humano poderia lhes
Dark - Série Os Cárpatos
332
Dark - Série Os Cárpatos
André quis que ela entendesse. Apesar de seus disparates—as coisas que
ela deixou escapar que ele amava—ela era muito inteligente. E sensível.
Para ele, antes que ele a trouxesse plenamente em seu mundo, ela sentia como
se já estivesse parcialmente nele. Ele nunca tinha ouvido falar de um único
macho que tinha uma companheira em que elas sentissem isso. Havia algo um
pouco diferente sobre Teagan. Ela era completamente humana. Não era
Jaguar, ou Mago, ou Lycan. Era plenamente humana. No entanto, seu dom
de cura era
Dark - Série Os Cárpatos
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Dark - Série Os Cárpatos
334
Dark - Série Os Cárpatos
Ele esperou, seu queixo abaixando para acariciando o topo da cabeça dela.
Uma parte dele ainda estava queimando por ela não tê-lo chamado quando ela
reconheceu que estava em perigo. Ele não gostou disso e tinha a intenção
de abordar a questão quando eles estivessem em um lugar seguro. Ele
empurrou isso de lado e se deixou sentir orgulho dela. Você aprendeu rápido.
Ele soube o momento exato em que ela permitiu que seus sentidos a
superassem. Em meio á neblina. No denso nevoeiro que descia sobre a floresta
e a montanha. Sua respiração ficou presa em sua garganta, e ela o agarrou
mais apertado quando escondeu seu rosto contra seu peito.
Um vampiro.
Você perdeu um. Existem dois. Eu duvido que qualquer um deles seja o mestre. Eles
não estão cobrindo suas trilhas. Ambos estão a caminho para o vilarejo. Eles estão
caçando vítimas.
Teagan ficou imóvel. Ela sabia, mesmo antes dele dizer alguma coisa, que
André não permitiria que os vampiros chegassem ao vilarejo onde eles
poderiam matar vários inocentes. Ela mordeu o lábio. Este é sem dúvida um
daqueles momentos para provar o velho ditado, "tome cuidado com o que
deseja". Porém …
335
Dark - Série Os Cárpatos
Deixei o kit de caçar-vampiros que minha avó comprou pela internet nos Estados
Unidos, então você pode querer pegá-los sozinho. Eu posso ajudar com Giles e seus
amigos idiotas. Na verdade, eu estou pronta para ajudar com eles.
Você está pronta para se sentar calmamente e esperar que seu homem limpe a
vizinhança.
Teagan mordeu o lábio. Ela não pensou realmente nisso. Acreditava que
devia lutar suas próprias batalhas, e seis contra um, não eram as melhores
probabilidades. Ela não respondeu. André tinha como certo que ela lhe
obedeceria. Ele fazia muito isso. Ela pensou que mais cedo ou mais tarde
ele entenderia que ela não era boa, com figuras autoritárias. Ele poderia emitir
suas ordens em voz baixa, sexy, mas isso não significava que ela iria obedecê-
las.
André parou debaixo de algumas árvores, onde uma pequena clareira
havia se formado porque uma grande árvore tinha caído e batido na outra,
caindo ambas no chão da floresta.
Mude para uma coruja. Eu quero você naquela árvore e fique muito imóvel.
Teagan piscou quando André a colocou em seus pés. Ela olhou para a
árvore alta, com os ramos grossos. Você quer que eu me esconda enquanto você
enfrenta tudo isso sozinho, porque eu não acho que posso fazer isso.
A mão dele escorregou em seu cabelo, se fechando ali, exercendo pressão
até que a cabeça dela inclinou para trás. Ele a beijou. Duro. Longo.
Delicioso. Como se tivessem todo o tempo do mundo. Mesmo quando ele a
beijou, ela sabia que ele ainda estava varrendo a área em torno deles e
sabia a posição exata de todas os seis ameaças. Ela não se preocupou em fazer
a varredura, ela gostou do beijo. Muito.
Faça o que eu digo. Eu não quero ter que me preocupar com você.
Bem. Ela se sentia muito mais com vontade de fazer qualquer coisa que
ele dissesse depois daquele beijo. Ela teve que admitir para si mesma que
talvez ela fosse uma grandessíssima banana, quando se tratava de André e seu
lado sexy.
Dark - Série Os Cárpatos
Ela se afastou dele e pegou a imagem da coruja em sua mente. Ela já tinha
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Dark - Série Os Cárpatos
feito isso uma vez, por isso não foi tão difícil pela segunda vez. Num momento
ela era Teagan e no próximo era a coruja, abrindo suas asas para sentir a
sensação delas.
Da próxima vez, em vez de um pássaro, eu serei uma gatinha sexy. Com
muitas curvas.
Você já é uma gatinha sexy. Agora vá para essa árvore. Keith e Kirt estão muito
próximos, André anunciou. Pouse na parte mais grossa da árvore e fique lá.
Gostava que ele pensava que ela já era uma gatinha sexy. Uau. Sabia
que ele estava dizendo a verdade porque ela estava em sua mente e ele
falou com naturalidade, como se sua mente estivesse em outro lugar e ele só
poderia ser honesto.
Teagan.
Ela sentiu um tremor por todo o corpo, dentro da coruja. Bem, ela
definitivamente teria um assento na primeira fila. Vôou para as árvores,
batendo suas asas rapidamente em silêncio. Encontrou um galho que estava
ligeiramente sob vários outros maiores e pousou lá, suas garras segurando a
casca para que ela pudesse olhar para baixo e ver a pequena clareira e muitas
das árvores ao redor.
Teagan podia sentir os vampiros, muito mais perto agora. O ar se tornou
desagradável. Opressivo. Ela mal podia respirar. Ficou chocada que os homens
humanos não pudessem sentir a diferença no ar. Cada vez que ela
respirava, seus pulmões doíam. Queimando. Quase em carne viva, como se
eles empurravam o ar para fora o mais rápidamente possível para evitar a
contaminação.
Do seu ponto de vista ela viu os dois homens rastejando por entre as
árvores, tentando se deslocar sobre André. Ele estava de costas para Kirt, e
Keith se aproximava pela frente. Kirt estava muito mais perto, se movendo em
posição de ataque, enquanto o seu irmão mantinha a atenção de André.
André, atrás de você.
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Dark - Série Os Cárpatos
Ele não se virou. Só berrou a ordem para ela. Foda-se. Tente fazer um
favor a alguém e eles só ficam com raiva. Kirt estava quase sobre ele agora,
e ela podia ver a faca na mão. Keith saiu da mata bem na frente de André,
também armado com uma faca. André virou rápido, cortando a garganta de
Kirt com a mão aberta, suas unhas longas e afiadas. O sangue jorrou. André
girou novamente e encontrou Keith quando ele entrou correndo, faca para
cima, a lâmina indo para as partes mais suaves do corpo. André bateu a
faca com assombrosa velocidade, tão rápido que Teagan realmente não pôde
ver a palma da mão bater no pulso de Keith, mas ela ouviu o tapa e viu a
faca sair voando. A mão de André continuou em movimento, indo de onde ele
desviou a lâmina para longe dele, até a garganta de Keith.
O coração de Teagan gaguejou a um impasse. Havia sangue por toda
parte. Gotas se espalharam no nevoeiro e sabia que André estava
chamando os vampiros, usando seus agressores como isca para atrair os
mortos-vivos, leva- los para longe do vilarejo. Com a fome os arranhando,
os vampiros nunca seriam capazes de resistir à tentação do cheiro de
sangue fresco.
André fluiu em torno dos dois homens, fluidos de tirar o fôlego, não
desperdiçou qualquer movimento. Teagan sentia como se observasse uma
dança brutal da morte, primitiva e selvagem. Ela não deveria ter sido
capturada pela beleza de cada movimento de André. Deveria ter ficado
horrorizada—e aterrorizada. Ela não estava.
Não havia raiva absolutamente. Ele não feriu Keith e Kirt como uma
vingança pessoal. Eles vieram atrás dele e de sua mulher. Foi uma
conclusão lógica. Ao mesmo tempo, ele poderia usá-los para evitar que os
vampiros invadisse o vilarejo e matasse os inocentes. Ela sabia de tudo isso,
porque ela ainda estava na mente de André e ela viu sua estratégia.
Havia nobreza na forma como André viveu sua vida. Ele tinha honra e
integridade. Ela viu o guerreiro, o verdadeiro guerreiro, disposto a colocar sua
vida em risco pelos outros—sempre. Ele era um lutador feroz ainda que
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Dark - Série Os Cárpatos
Ela fez uma careta. Isso era nada menos que uma ordem. Sério André,
eu posso ajudar. Kirt e Keith podem estar sangrando muito, mas eles ainda estão
vivos e podem ser perigosos para você. Posso encontrar os vampiros e lhes dizer
exatamente onde eles estão.
Ela ignorou o aviso, porque era a única coisa que poderia fazer para ajudá-
lo. Pode ter soado como se ela estivesse brincando quando ela lhe disse que ele
poderia lidar com os mortos-vivos, mas não havia nenhuma maneira que ela
ficaria perto de uma dessas criaturas. Bem, a não ser que fosse uma situação de
emergência.
Teagan esticou os sentidos, permitindo-lhes a fluíssem para fora dela,
ouvindo a música em seu corpo. Para o tom. Para o …
Tudo nela se acalmou. Dentro da coruja ela ficou rígida. Paralisada.
Ela não conseguia se mexer. Ela não podia chegar a André, muito menos a
qualquer outra pessoa. O pânico a golpeou duro. Alguma coisa tinha
tomado sua mente. Trancando-a. Não podia mudar. Não podia gritar. Não
podia avisar André. Os vampiros a tinham encontrado.
Você está perfeitamente bem. Fique em silêncio. Os vampiros não tem nenhuma
idéia de sua existência e nós vamos manter dessa forma.
Oh. Meu. Deus. André a tinha trancado totalmente. Era André
controlando a situação. Ela não podia ajudar porque André tinha decretado.
Quando ele a soltasse, se ainda estivesse vivo, ela iria matá-lo. Faria seu
próprio kit de caça-vampiros e o estacaria enquanto ele dormia. Ela queria
que ele a visse chegando. Seria a viúva-negra e o beijaria ate deixa-lo tonto e,
em seguida, o estacava.
Não me faça rir. Você está me distraindo.
Não podia responder, o que a deixou muito mais irritada. Mas ele estava
lendo seus pensamentos e isso significava que ela podia pensar, sobre o rato
bastardo que ele era. Sua melhor amiga, Cheryl, tinha razão. Cheryl decretou
que um monte de homens eram ratos bastardos, e agora Teagan estava ligada
a um.
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esqueleto ambulante. A carne parecia se soltar dele. Seus olhos pareciam ser
dois buracos ardentes em órbitas vazias. Não queria ver quando ele se
aproximou de Keith, era como se um filme de terror estivesse se desenrolando,
ela não conseguia desviar o olhar, mesmo se André a tivesse liberado de
sua paralisia.
André se materializou do nada, seu corpo entre o vampiro e sua presa. Os
dois se chocaram duro, caçador e caçado. Ela viu o punho de André
batendo com força sobre o coração do morto-vivo, perfurando através da
parede de carne e osso para alcançar seu objetivo. Ele balançou o vampiro
com sua enorme força, com aquele soco que penetrou profundamente, tão
profundamente que uma boa parte do braço de André desapareceu também.
O vampiro jogou a cabeça para trás e uivou. Saliva escorria de sua
boca. Seus olhos brilhavam como fogo. Sangue negro entrou em erupção em
torno do buraco no peito e correu pelo seu estômago e pernas. Teagan
também observou a gosma espessa que cobria o que ela podia ver do
antebraço de André.
O vampiro foi à loucura, batendo, cortando e mordendo André, e
chamando seus ratos para ajudar. Ele levantou a voz alta gritando para o
vento, chamando seu mestre e seus irmãos para ajudar. Para o horror de
Teagan, os ratos abandonaram Kirt e correram na direção de André.
André não vacilou. Ele nem sequer olhou para os roedores. Manteve
seu olhar ardente sobre o rosto do vampiro, olhando-o bem nos olhos. Houve
um som de sucção terrível e André retirou a mão, girando longe do
vampiro para lançar o enegrecido, órgão murcho distante dele. Ele levantou a
mão para o céu e um chicote de relâmpago bifurcou, atingindo o coração
quando ele saltou e rolou pelo chão tentando encontrar o seu caminho de
volta para o corpo.
O chicote de relâmpago atingiu o coração, incinerando-o.
Instantaneamente o vampiro cedeu, caindo no meio dos ratos que tinham
parado tão abruptamente quando o coração podre havia sido destruído. O
chicote incandescente atingiu o corpo do vampiro, as chamas saltando para os
roedores.
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Seu mestre precisa de sangue e ele ficará mais descontente com você, se você
levar uma presa morta para o seu banquete. Ele gosta de seu sangue quente e
fresco.
Bacsa teve o cuidado de fechar a ferida no pescoço de Gerard. — Eu
vejo que você tem a sua própria festa bagunçada. —Deliberadamente, ele
indicou Kirt e Keith.
André deu de ombros. O chicote de relâmpago crepitou.
Bacsa sorriu, acreditando que ele estava seguro, desde que ele tinha o
escudo humano. Ele levantou a cabeça e cheirou o ar. Seus olhos se
arregalaram e uma expressão maliciosa rastejou em seu rosto. — Você tem
uma mulher. Uma companheira. Eu posso sentir o cheiro dela em você.
— Onde ele está? Seu mestre, —perguntou André suavemente. — Você
sabe por que ele enviou vocês dois atrás de sua comida. Ele sabe que não pode
me derrotar e lhes enviou como seus peões, forragem para serem mortos,
enquanto ele foge. Você tem estado em torno dele tempo suficiente para saber
como ele funciona. Onde ele está?
Bacsa deu dois passos para trás, arrastando Gerard com ele. — Você
está ferido. Você tem uma mulher. Não me siga e eu lhe permitirei viver.
— Eu não vou lhe permitir viver Bacsa. Sou um caçador. Trago a
justiça de nosso povo.
Teagan ficou imóvel. Ela percebeu então que André não discutia—não
com qualquer um. Não com um vampiro. Não com um ser humano. Não com
ela. Ele explicou as coisas para ela, mas não discutia com ela. Ele disse a
ela o que ia fazer e as consequências se ela não lhe desse ouvidos, e ele
seguia em frente não importa o quê. Era uma visão muito boa de ter se ela ia
passar a vida inteira com ele.
Ela sabia o que ele ia fazer e não ficou chocada quando o chicote
estalou, desenrolou e envolveu em torno de Bacsa e Gerard. O vampiro gritou.
Gerard se desintegrou, a cinza enegrecida caindo longe do morto-vivo. A
carne e as
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O som foi chocante para ela, o suficiente para que ele a tirasse de seu
pânico. O ar correu de volta para seus pulmões. Eu acabo de te salvar e você está
com raiva de mim novamente. Eu não posso acreditar. Isto foi aterrorizante, e caso você
não tenha notado, há pessoas mortas em todos os lugares. Pessoas mortas e coisas mortas.
Eu estou tendo uma noite muito ruim.
Oh, sim, ele estava zangado com ela. E inplacável. Ela suspirou e
obedeceu. Não gostava da idéia dele tomar o controle dela dessa forma e ela o
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conhecia bem o suficiente para saber que não haveria uma segunda advertência.
Ela encontrou-se agachada ao lado dele, sem roupas, porque ela tinha
esquecido delas. Tremendo, tentou pensar em como fazer as roupas, mas ele
acenou com a mão e ela estava vestida com o mesmo traje que usara
durante toda a noite—menos sua camisa.
André pegou os pulsos dela e a puxou para cima e para ele. Ele já havia
retirado o sangue do vampiro de seus braços e peito. Seu coração começou
bater com um ruído surdo quando ela ouviu o crepitar do chicote. Seu
corpo inteiro começou a tremer. O som desse raio de energia incandescente
era pior do que o ácido negro queimando através da pele de suas costas e
ombros. Instintivamente, ela tentou lutar, para sair do aperto de André.
— Quieta, sivamet. Isso não vai te fazer mal. Vou manter a temperatura
necessária em sua mente para você. Confie em mim. Você não quer esse
sangue dentro ou sobre o seu corpo.
— Eu não quero nada disso, —ela respondeu, tentando não chorar. Ela
não estava a ponto de ser um bebê chorão na frente dele, não quando ele
estava zangado com ela. Ainda assim, sua voz tinha suavizado e ela não
queria que fosse porque, ela realmente poderia chorar, então não importa o
quê, ela estava em apuros. — Eu só quero ir para casa.
— Eu sou a sua casa, como você é a minha. Fique quieta. Feche os olhos.
Ela engoliu em seco e fez como ele instruiu. Ouviu o estalo de relâmpagos
e atrás de seus olhos um terrível clarão ofuscante. Suas costas estavam
quentes. Realmente, realmente quente. Não queimando. A sensação era
estranha. Não gostou de forma alguma. Em seguida, ele se foi e com ela a dor
fervendo através de sua carne até os ossos. Ainda doía, mas não da mesma
maneira. No momento em que terminou, ela tinha uma camisa para cobrir os
ferimentos ao seu corpo.
André a puxou para ele. Novamente seu toque era gentil. Ela abriu os
olhos. Seu peito estava uma bagunça. Ele tinha um buraco no meio e seu rosto
tinha alguns arranhões profundos, mas havia lacerações muito piores em seu
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ombro e braços, para não mencionar os dois ferimentos de bala que pareciam
a menor de suas preocupações. Ele estava sangrando profudamente da ferida
no peito e em algumas das lacerações profundas.
Teagan olhou para seu umbigo. André segurou sua camisa na mão e
levantou-a para que ele pudesse ver a laceração que percorria todo o caminho
através de sua frente, de costela á costela. O sangue escorria constantemente
por sua barriga.
Csitri.
Lá estava ele. Aquela voz sedosa e aveludada. Áspera. Suave. Virando seu
estômago de cabeça para baixo. Mesmo seu coração teve um pequeno tremor
estranho.
— Você está me matando Teagan. Eu não posso ter a minha mulher no
campo de batalha. —Ele suspirou baixinho, pegou seus quadris com ambas as
mãos e inclinou a cabeça para a ferida.
Teagan fechou os olhos quando sua língua deslizou muito suavemente ao
longo da ferida.
Eu não posso. Eu não sou o tipo de homem que pode ter sua companheira em perigo.
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Sua mão alisou a pior ferida. Seu corpo balançou em direção a ele. —
Eu sou totalmente Cárpato, certo?
Seu olhar queimou sobre ela. Ela sentiu, mesmo não levantando os olhos
para ele. Quente. Ele estava tão quente. Os dedos acariciando as bordas do
buraco ali. Ela instantaneamente sentiu a reação em seu próprio corpo, suas
células correndo para a superfície para construir carne e tirar a dor. Como se
ela pudesse partilhar a sua própria pele.
Ela se inclinou para ele e usou a língua como ele fez, fechando os olhos
para que não visse o que estava fazendo, tanto quanto a sensação. Ele tinha
o gosto como ela se lembrava em seus sonhos. Quente. Masculino.
Viciante. Mais, sabia que tinha esse mesmo agente curador em sua saliva, e
poderia fazer o que ele tinha feito. Ela poderia curar suas feridas terríveis.
Ela adorava ser uma curadora. Era a sua finalidade. Essa sempre foi a
única coisa que a fez sentir que valia algo.
Ela escolheu estudar geologia porque queria estudar rochas, gemas e
cristais, conhecer as origens e sentir como cada uma poderia ser usada. Este
método foi tão instintivo, uma afinação de seu corpo ao dele, assim como
fez toda a sua vida, mas mais próximo. Mais íntimo. Ela adorava isso.
As mãos de André vieram até seu cabelo. Ela sentiu a mordida quando ele
puxou os cachos sedosos em suas mãos grandes, mas nada poderia detê-la.
Lambeu a ferida, tomando todo o cuidado para ter certeza de propagar o
agente de cura e o fazer trabalhar. Seus dedos acariciaram as bordas, como
se ela pudesse empurrar suas próprias células em sua pele para construir uma
ponte de tecido. Ela levou seu tempo, mesmo quando ela o ouviu gemer.
Você tem que parar. Eu estou tão duro como uma rocha.
Eu não posso parar. Não até que eu tenha curado cada arranhão em você.
Ele a levantou em seus braços. Ela não parou, nem mesmo quando sentiu
o vento em seu cabelo, fluindo através de seu corpo, e ouviu o assobio em seus
ouvidos. Ela sabia que ele estava os levando de volta para sua caverna.
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Dark - Série Os Cárpatos
Capítulo Dezenove
d
T eagan sabia que estava apanhada no meio de um pesadelo.
O sonho terrível não poderia ser outra coisa, porque a família humana de
André a cercava. Deitados quebrados e morrendo ao seu redor. O chão sob
seus pés estava saturado com sangue. Um vampiro a agarrou com garras
ósseas, cravando suas garras no lado de seu pescoço, ao mesmo tempo
virando a cabeça para um lado, olhando para longe dela, rindo
horrivelmente.
Ela seguiu seu olhar e viu André. O olhar em seu rosto quebrou seu
coração. Ele estava na parede, seu corpo sangrando pelas quatro estacas que o
prendia lá. Não importa o quanto ele lutasse, não havia nenhuma maneira
para ele se libertar. Ele parecia tão jovem, tão quebrado. Ela não podia
suportar aquele olhar em seu rosto, a mistura de tristeza, agonia, culpa e ódio
do morto- vivo. Ela tinha que fazer algo.
Teagan levantou os braços e com as duas mãos rasgou o rosto do vampiro.
Ele gritou e gritou. Ela ouviu o eco ressoando em sua mente. Percebeu que era
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Dark - Série Os Cárpatos
o grito de André, não do vampiro, porque Ciprian, tio de André, tinha torcido
a cabeça dele e afundado seus dentes profundamente no seu pescoço.
Ela engasgou e por um momento horrível percebeu que ela não tinha
ar. Ela estava enterrada viva. Pânico correu sobre ela e ela cavou pelo solo
pesado, tentando não sufocar, seu coração batia tão forte que estava com medo
que iria explodir. Ela manteve os olhos fechados, apavorada de ver a terra
em torno dela, sabendo que ela tinha apenas alguns minutos para descobrir o
que fazer para salvar a si mesma.
Estava consciente de cada batida do seu coração frenético. Do corpo de
André ainda deitado e sem vida, enrolado em torno dela. Sentiu o solo em sua
pele e dos minúsculos pêlos das raízes acariciando sobre ela. Ela pensou sobre
o ar livre. Como se sentia. Como poderia respirá-lo. Queria que o solo
desaparecesse e os dois fora da terra e sobre a cama, totalmente limpos.
Ela construiu a imagem em sua mente, colocando cada gota de medo,
determinação, vontade e força que tinha nisso.
E assim fez isso, o peso desapareceu de cima dela e ela sentiu o ar
fresco abençoado em seu rosto e corpo. Ofegante, com o alívio, arrastou o ar
em seus pulmões, ainda mantendo os olhos fechados com força. Ela realmente
sentiu a lavagem refrescante sobre a pele, bem como a sensação de um
chuveiro, mas sem a água. Até mesmo sua boca estava limpa.
Ela se tornou ciente do colchão nas suas costas e do corpo de André
enrolado firmemente em torno dela. Seus cílios levantaram e ela olhou para o
teto da caverna, o triunfo correndo por ela. Ela tinha feito isso. Ela conseguiu
abrir a terra e retirar não só a si mesma, mas André também.
Imediatamente ela se deu conta da ânsia de fome. Fome escura
arranhando suas entranhas até que cada célula de seu corpo estava
desesperada. Ao mesmo tempo, o calor entre as pernas começou. Nada
suave. Nem pequena. Desesperada. Necessária. Essa mesma fome escura,
mas de uma forma totalmente diferente.
Teagan virou a cabeça e olhou para o homem que se encontrava enrolado
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Dark - Série Os Cárpatos
em torno dela. Em seu sono, ele não parecia mais jovem. Se qualquer caso, ele
mostrava as muitas batalhas nas linhas de seu rosto. Isso não o fazia
menos atraente. Na verdade, pensou que ele fosse ainda mais bonito. Seu
olhar vagou possessivamente sobre seus longos cílios grossos, os cabelos
derramando em torno dele, o nariz reto e a forte mandíbula para seus
ombros largos.
André era um homem grande fisicamente. Tudo nele era grande. Ele
parecia ocupar uma sala inteira quando ele entrava nela. Seu peito era
encorpado e musculoso. Ela alisou a mão sobre os lugares onde ele tinha sido
ferido. Ela não viu sequer uma linha lá. Ainda assim, ela enviou calor de
cura ao longo dos pontos onde cada ferida tinha estado.
Ela ficou de joelhos para que ela pudesse realmente olhar para ele, este
homem que era sua outra metade. Este homem, que era bonito para ela. Uma
mão cheia para uma mulher moderna, mas ainda assim, seu homem. Seu
companheiro. Olhando para ele, não havia dúvida em sua mente que ela o
amava. Ela não ia ter nenhum arrependimento.
A única coisa que a tinha preocupado mais era que iria perder sua família
e repetidamente ao longo dos séculos. Claro que ela poderia olhar para isso
dessa forma, mas escolheria olhar para isso como um grande privilégio. Ela
veria as futuras gerações de suas irmãs, os filhos dos filhos delas. Iria aprender
a aceitar o círculo da vida, assim como André fez. Saiba que aprender a aceitar
levaria tempo, mas ela o teria para vê-la passar por isso. André. Seu lindo, seu
belo homem.
Ela deu um beijo no peito dele e continuou a estudar o seu corpo,
gravando em sua memória. Ele tinha uma cintura fina, quadris estreitos, e
ele foi presenteado no departamento masculino, o que, na verdade, ela
achou um pouco intimidante. Ainda assim, ele era lindo e era dela.
Ela se inclinou sobre ele, lambendo ao longo de sua barriga lisa, seguindo
as linhas de seus músculos. Acorde André. Venha para mim. Eu preciso de você.
Quero que você acorde e me deixe te provar. Me deixe sentir você dentro de mim.
Tenho essa necessidade queimando e só você pode fazer algo sobre isso.
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Dark - Série Os Cárpatos
Ela não estava sonhando, tinha sido André e de alguma forma ela
havia compartilhado seu terrível pesadelo. Se ele pode fazer isso, ela
poderia, eventualmente, encontrar um caminho para o sonho, para pelo
menos, confortá-lo.
Ela queria que ela fosse sexy e soubesse tudo que havia para saber
sobre sexo. Queria acordá-lo e empurrar o pesadelo longe de sua consciência,
para substituir essa memória com algo incrível. Ela fez um voto silencioso
para encontrar uma maneira de aliviá-lo desse pesadelo, mesmo que nunca
pudesse se livrar dele para ele totalmente.
Ela passou as mãos sobre o corpo dele, sentindo-o aquecendo. Apertou os
lábios diretamente sobre seu coração e ouviu sua primeira respiração, sua
primeira batida. Forte. Tão forte. As mãos dele se ergueram, os dedos se
estabelecendo no cabelo dela. Ela observou seus cílios levantarem e viu o
incrível azul geleira diante de seus olhos aquecidos, que alterou a batida de seu
próprio coração.
— Eu tenho necessidades, carinho, —ela murmurou, e se inclinou para
lamber o local acima de seu coração. O sangue ia e vinha ali. O gosto dele
já estava em sua boca. Perfeito. André. Todo masculino e tudo dela.
As mãos dele apertaram até que ela sentiu aquela familiar picada,
despertando em seu couro cabeludo. — A melhor maneira de acordar, as mãos
e boca de minha mulher em mim.
— Fico feliz que goste, porque você pode esperar muito isso, —ela disse,
sua atenção em seu corpo duro e quente.
Teagan lambeu o local várias vezes e sentiu a agitação de seu pênis contra
suas coxas. Ela o mordiscou com seus dentes e seu pênis sacudiu. Duro.
Ela sorriu. — Você gosta disto.
Uma mão alisou suas costas, sobre as nádegas até a junção entre suas
pernas. Ele encontrou uma recepção calorosa. Líquido quente o saudou em
seus dedos. Ela se contorcia sobre esses dedos hábeis, pressionando,
querendo-
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— Me toque.
Seu coração deu um pulo. Ela sabia que ia fazê-lo, tudo por conta própria,
assim como ela o curou sozinha. Desejava o gosto dele, mas curá-lo era
diferente de se alimentar. Estava totalmente concentrando em medidas
curativas. Isto era ...
— Sensual, —ele forneceu.
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Dark - Série Os Cárpatos
Ao seu comando, ele sentiu seu corpo tenso. Apertar. Desencadear. Uma
tempestade de terremotos, forte, quente e inesperados. Ela puxou sua boca
para longe dele, seguindo as pequenas gotas de rubi em seus músculos com a
língua e, então lambeu as picadas gêmeas até que eles se fecharam.
Ela esperou um momento, respirando profundamente enquanto seu corpo
se acalmava. Seus dedos se moviam, o que era delicioso, mas ela estava
concentrada nas miçangas peroladas que sentia em sua coxa. — Eu ainda não
terminei, —ela sussurrou, e beijou seu caminho para baixo de sua barriga.
— Você tem certeza? —Ele perguntou suavemente.
Ela não tinha certeza. Ela estava intimidada, mas então ela ouviu a
nota rouca em sua voz. Esse gemido. Isso a deixou mais do que segura. A
deixou determinada.
— Você pode ter que me dar um pouco de instrução, mas eu tenho muita
certeza. Eu quero provar cada centímetro de você, André. — Sua língua rodou
na barriga dele e, em seguida, beijou seu caminho através do pêlo áspero.
Seu suspiro foi muito satisfatório. Ele não disse nada. Não disse a ela o
que fazer, então ela entrou em sua mente e encontrou ... antecipação. Prazer.
Não parecia importar para ele quão boa ela era nisso, apenas que ela queria lhe
dar prazer, e só queria que ela fosse a única a dar isso, o querer nela era tudo o
que ele precisava para ficar duro e pronto para ela.
— Eu gostaria de saber mais, —ela murmurou quando envolveu sua mão
ao redor da base de sua pesada ereção. E era pesada. Ela levantou a ponta
de aço de seu estômago. Aveludado e suave, mas definitivamente aço.
— Eu sou grato que eu sou o único a ser seu professor Teagan, —ele
admitiu. — Você pertence somente a mim e isso é um presente. Um
presente raro e precioso. Tanto quanto estou preocupado, você não pode
fazer nada errado, enquanto você está desfrutando do que você faz para mim.
Faça o que
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você quiser e se você quer mais orientação, olhe em minha mente. Você vai
sentir o que estou sentindo.
Ela gostava disso. Gostava que ele deu a ela o tempo e a oportunidade
para explorar por conta própria. Ela inclinou a cabeça novamente e lambeu a
coroa de seu pênis, rodando sua língua sobre a cabeça sensível, lambendo
essas gotas peroladas. Ele tinha o mesmo gosto quando ela se alimentou em
seu peito, só que mais exótico. Mais erótico. Não havia como resistir a ele.
— Eu gosto que você seja tudo para mim, —ela murmurou, exalando
ar quente sobre ele.
Ela o envolveu em sua mão. — Você realmente é magnífico André. Lindo,
quente e doce ... —Seus olhos se encontraram por um momento, repletos
de diversão. — A maior parte do tempo.
— Estou muito grato que você se sinta assim.
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a instrução de sua mão. Ela gostava disso também. Gostava que ele
estivesse tão disposto a ensiná-la, que tinha paciência e até mesmo apreciava o
fato de que ela não tinha estado com mais ninguém.
— Não apreciar, sivamet. Amar. Eu não tive pais, nem mesmo quando
nasci. Nenhum deles. Eu tive os Borois por um breve tempo e foram tirados de
mim. Os considerei meus, mas realmente eles não eram, apesar do fato de que
eu os amava. Tive a família que me criou, me juntei a eles
superficialmente. Corria selvagem, e os trigêmeos me seguiam, mas eu não
era sempre bem- vindo. Você é só minha. Realmente minha. Você me
pertence.
Ela estava feliz que estava ocupada o amando, usando sua energia de uma
maneira muito boa que enviava muito prazer através do corpo dele que ele mal
conseguia articular as palavras, mal conseguia pensar direito.
Eu amo pertencer a você, mas, André, você tinha eles. Os Borois, eles eram seus.
Ela usou a língua de novo sob a coroa e ele gemeu e puxou seu cabelo. —
Você precisa vir até aqui agora Teagan. Eu quero você em suas mãos e joelhos.
Isso soou intrigante. Ela deu a seu pau uma última lambida e fez o que ele
disse, ficando sobre suas mãos e joelhos no colchão. Imediatamente ele se
ajoelhou atrás dela, uma mão indo para a nuca para empurrar a cabeça
para baixo. A rajada de fogo correu por seu corpo. Ela não sabia por que a
posição, o jeito da mão dele em sua nuca e braço deslizando em torno de
sua cintura para puxá-la para ele parecia tão erótico para ela, mas era.
— Fique assim, —ele instruiu suavemente, e sua mão desceu sobre suas
costas para as nádegas e, em seguida, ele agarrou ambos os quadris.
Ela fechou os olhos quando sentiu sua crista longa e quente em sua
entrada. Em seguida, ele empurrou dentro. Duro. Sacudindo seu corpo
com cada estocada. Ela pensou que conhecia o fogo até aquele momento.
Ele começou em um ritmo brutal, feroz, impulcionando dentro dela mais e
mais. Era o paraíso. Ela não sabia que alguém poderia se sentir tão bem.
No aperto de seus dedos em seus quadris, ela se moveu de volta para ele,
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tão duro quanto. — Mais, —ela ofegou. — Eu amo isso André. Quero mais.
— Seu tom de voz estava ofegante. Suplicante mesmo. Ansioso. Não se
importava. Sabia que ele compartilhava sua mente, ele podia sentir o que
estava fazendo com ela, e o que ele estava fazendo era mais do que bom.
— Minha mulher, —disse ele baixinho entre os dentes.
Amava o jeito que ele dizia isso. Possessivo, assim com as mãos nos
quadris. Ele a agarrou mais duro e a levantou do colchão para que apenas a
cabeça e antebraços estavam para baixo com as pernas dobradas, apertadas
debaixo dela. Seus golpes aumentaram em força. Ela não tinha escolha,
que alcançar e segurar na cabeceira da cama para não ser jogada para fora da
cama. Cada impulso enviou tempestades de fogo que estouraram através de
seu corpo para irradiar em cada célula.
Ela estava dobrada em nós apertados. Muito apertados. Ela não queria
deixar ir, não sem ele.
— Dê para mim, —ele instruiu, com voz áspera.
— Com você. —Sua respiração vaiou fora de seus pulmões. Ela estava
desesperada para gozar. Ela estava tão perto, seu corpo querendo sair do
controle.
Ele foi implacável, conduzindo-a mais alto. — Dê pra mim, —ele retrucou
entre os dentes. — Agora.
Não havia nenhuma maneira de impedir que seu corpo obedecesse. Ela se
desfez, um orgasmo brutal, duro que rasgou por seu corpo inteiro quando ela
gritou sua liberação. Ele ganhou energia através dele. Nunca parando. Uma
máquina em movimento dentro dela, prolongando o orgasmo, a esticando em
em uma tortura de puro prazer, seus músculos se agarrando aquele aço invasor
a penetrando.
De repente ele se retirou e a virou, a rolando sob ele, puxando as pernas e
as empurrando sobre os ombros. Sua língua deu um longo golpe que
enviou fortes tremores secundários ondulando através dela. Em seguida,
ele estava
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sobre ela, seu corpo cobrindo o dela, e ele entrou nela brutalmente novamente,
quase desencadeando outro orgasmo.
André diminuiu o ritmo, embora cada impulso fosse forte e
profundamente, enviando ondas de prazer através dela. Ele se inclinou sobre
ela, seu cabelo escuro escovando sua pele sensualmente. Foi tão incrível,
especialmente quando os fios se arrastaram sobre seus seios sensíveis. Sua
boca encontrou a dela e ele a beijou. Sua boca na dela adicionado ao fogo
em seu sexo e enviou rajadas através de seu corpo.
A boca dele deixou um rastro de beijos pelo seu queixo, seu pescoço e
sobre o seu seio. O coração dela quase parou. Os quadris dele continuaram
se movendo, sacudindo seu corpo quando ele penetrava profundo, mas ela mal
podia respirar quando sentiu a língua dele em seu seio. Por um momento ele
lambeu seu mamilo e puxou com os dentes e ela quase perdeu todo o controle,
mas sua boca se moveu de volta para a curva do seio, rodando sua língua e
os dentes besliscando. Desta vez, ela sentiu a ponta afiada de seus
incisivos.
Sua vagina apertou duramente em torno dele. Seus dentes se afundaram
profundamente e ela gritou, agitando sua cabeça, ambas as mãos dela se
ancoraram no cabelo dele enquanto ele bebia dela. Ele estava em sua mente,
enchendo-a com ele. Cada parte de sua mente, cada lugar solitário que ela
pensou que ninguém nunca iria ver ou saber. Ele estava profundamente em
seu corpo, estirando-a, queimando, trazendo o fogo para ela e seu sangue
misturado com o dele. Embebendo suas células. Eles compartilhavam a mesma
pele. Era ... lindo. Perfeito. Erótico.
Não havia como parar o seu corpo de ordenha-lo. Ela não tentou.
Levantou os quadris para encontrar o dele, querendo-o profundo—tão
profundo que ninguém poderia separá-los. Ela empurrou contra sua boca,
pedindo-lhe mais, enquanto seus dedos acariciavam o cabelo dele. Ele era dela.
Todo dela. Cada centímetro dele. Cada magnífico centímetro Cárpato dele.
Baby, eu não posso segurar, ela sussurrou em sua mente. É muito encantador.
Perfeito demais.
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Se dê para mim e me leve com você. Ele encheu sua mente com o seu
consentimento, com o seu comando, sua voz uma lima aveludada de seda que
sempre a desfazia.
Teagan deixou o fogo consumi-la. Seu corpo apertou com força em torno
dele, agarrando, fazendo exigências próprias, recusando-se a queimar sozinho.
Sentiu o pau inchar, um feito aparentemente impossível, mas aconteceu, ela
sabia que ele inchou. Então houve os borrifos quentes que adicionaram à
beleza do momento.
Ele passou a língua pela curva de seu seio e jogou a cabeça para trás,
gemendo o nome dela antes de deixar cair a cabeça contra seu pescoço. O
corpo dela não queria parar. Ela não tinha idéia que um orgasmo poderia
durar tanto tempo como este fez. Todo o tempo ele ficou duro, sentindo o
corpo dela estrangular seu pau, sentindo o prazer varrendo ambos.
— Eu amo você André, —ela sussurrou baixinho. — Eu quero te dar
tudo o que você quiser, mas eu não sei como. Não sei como ser outra
exceto quem eu sou.
Ele soube o que ela estava falando instantaneamente. Sentiu-o se
movendo através de sua mente. Sentiu suas carícias suaves. Isso foi lindo
também. Ela não podia ficar parada e assistir seu homem lutando contra um
vampiro e não ajudar se ele estava em apuros. Ela simplesmente não
conseguia. Queria dar a ele o que ele precisava, e sabia que era uma
reafirmação de sua necessidade. Ele não estava sendo arrogante ou
autoritário, ele só precisava saber que ela estava a salvo dos vampiros.
Ele rolou, levando-a com ele, de modo que ela estava esparramada por
cima dele. Eles ainda estavam presos juntos. Ela se sentia completa. Esticada.
Parte dele. Ela o deixou baixar sua cabeça para o peito dele, os dedos
massageando a nuca dela.
— Estive pensando sobre isso e eu acho que eu tenho uma solução para o
nosso problema. Uma que permite que você seja você e ainda me dê paz de
espírito.
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Dark - Série Os Cárpatos
— Sério? —Ela adorava que ele tivesse pensado sobre o problema deles.
Amando que ele não estava tentando ditar a ela, mas realmente queria
encontrar algo que iria funcionar para ambos, e não apenas para ele. Com sua
cabeça em seu peito, ela pressionou beijos ao longo dos músculos pesados.
— Obrigado André.
Sua mão deslizou por seu cabelo. — Csitri, não me agradeça até que
você ouça o que eu tenho a dizer. Você pode não concordar.
— Estou agradecendo a você, porque você se importou o suficiente
para pensar sobre o problema em vez de ditar ordens para mim. —Ela
levantou a cabeça para olhar para ele, seu olhar à deriva pelo rosto dele.
Ela amava seu rosto. Cada expressão. Cada linha. O queixo forte em sua
mandíbula e da sombra mais escura que ela achava tão atraente.
— Eu quero um parceiro, não um escrava Teagan. Eu nunca esperei
por uma mulher do "sim"2 1
.
Ela riu suavemente. — Essa é uma boa coisa carinho, porque não há nada
remotamente do "sim" sobre mim.
2 1
mulher do ‘sim’ – é a mulher que sempre concorda com tudo sem discutir, e sempre está feliz com
isso.
363
Dark - Série Os Cárpatos
— Mesmo sabendo que todos nós pensaríamos que ela estava ficando
louca? Insana? Completamente maluca?
— Me diga você Teagan. Será que ela queria te proteger do conhecimento
de que o mundo tinha verdadeiros monstros que viviam lado a lado com os
seres humanos?
Ela respirou fundo. Seria algo que sua avó Trixie faria, especialmente por
ela, porque ela tinha medo de muitas coisas.
— Minha avó é a melhor, André. —Sua voz se suavizou. — Ela sempre
364
Dark - Série Os Cárpatos
nos amou e tomou tais responsabilidades, para cuidar das minhas irmãs e eu.
Ele esfregou suas costas. Se sentia bem. Mais do que bem. Podia sentir
o calor começar tudo de novo. Não tão desesperado ou com fome, mas
crescendo lenta e fácilmente. Ainda assim, ela sentiu alguma coisa em sua
mente.
— Me diga, —ela sussurrou. — Mesmo se você acha que eu não posso
suportar isso.
— Se ela tentar machucá-la, sivamet, eu vou te proteger. Eu não hesitaria
em fazê-lo. Minha proteção é, em regra, muito permanente.
Ela sabia o que ele estava dizendo. — Eu aprecio que você possa pensar
que você teria que me proteger dela, depois de todas as coisas que eu disse,
mas ela nunca, sob nenhuma circunstância me machucaria. Ela iria me
proteger, mesmo que ela pensasse que eu fosse o morto-vivo. A família é
tudo para ela. Absolutamente tudo. Se ela aceita-lo como família, você vai
ver o que isso significa realmente. Ela é feroz, franca, engraçada e eu a amo
mais do que qualquer coisa ... exceto talvez você e eu não sei como isso é
possível.
Ele assentiu, mas ela notou que ele não respondeu. Ele não faria isso. Ele
não ia discutir com ela, ou insistir em seu ponto. Ele a avisou sobre o que
aconteceria se sua avó tentasse machucá-la, mas ela sabia, sem sombra de
dúvida, que sua avó Trixie morreria antes que ela a machucasse, por isso
não estava preocupada.
— Me conte sua solução, —ela disse novamente. — Nós continuamos a
esquivar do assunto e eu acho que é importante.
— Você é única em muitas maneiras, pelo menos eu acho em relação aos
seus dons. Eu nunca ouvi falar de outras companheiras, quando elas eram
humanas, sendo capazes de desvendar as salvaguardas da maneira que você
pôde. Você também pode ajustar o seu corpo para um vampiro. Isso também
nos dá uma vantagem na caça. Você pode encontrá-los e desfazer suas
salvaguardas.
Ela prendeu a respiração. André estava realmente falando sobre a usar
Dark - Série Os Cárpatos
365
Dark - Série Os Cárpatos
como sua parceira. Ela adorava que ele pensasse que ela fosse de tal ajuda.
— Eu não quero absolutamente que você participe na batalha, não
importa o quão ruim as coisas pareçam, —ele alertou. — Isso seria proibido.
Você teria que me dar sua palavra de que irá seguir as instruções.
Ela mordeu o lábio com força. Queria desesperadamente ser sua parceira,
mas sabia que, se ele estivesse em apuros, ela iria voltar atrás em sua palavra.
— Eu posso abrir minha mente para você durante toda a batalha. Eu não
posso ser distraído de qualquer maneira, mas você pode ver claramente que eu
estou ciente e o que eu pretendo fazer. Dessa forma, você saberá se realmente
eu vou ser surpreendido ou não. Se você não pode ver a consciência disso
em minha mente, você será capaz de me avisar.
Ela gostou disso. Gostou muito disso. — Isso parece razoável. —Ela não
estaria paralisada no corpo de uma coruja, sentindo-se impotente.
— E depois, há o fato de que você é uma grande curadora.
366
Dark - Série Os Cárpatos
As mãos dele deslizaram até sua cintura e ele a colocou em uma posição
sentada. No momento em que ela se sentou, podia senti-lo pressionando
profundamente dentro dela. Tão profundo. Tão grosso. Enchendo-a e
estirando-a. Ela amava muitíssimo isso também. Suas mãos se moveram para
cima de seu corpo, demorando um momento onde o vampiro tinha cortado sua
barriga e, em seguida, ainda mais acima até que ele estava em seus seios.
— Você percebe por que seus seios são tão perfeitos para mim? —Ele
sussurrou. — Tão bonitos. —As mãos dele cobriram seus seios completamente.
Se encaixavam perfeitamente na mão dele. Ele tinha uma mão grande e o calor
a engoliu. Ele massageou e amassou as pequenas curvas suavemente. —
Tão suaves. Tão sensíveis.
Seus mamilos estavam duros, empurrando o centro de suas palmas. Dois
picos firmes implorando por atenção. Ela jogou a cabeça para trás, com os
cabelos em cascata ao redor de seus ombros e pelas costas, deslizando sobre a
barriga e quadril dele. Ela começou a se mover mais rápido, montando-o
do jeito que ela tinha feito com seus dedos.
— Veja sivamet. Olhe como você é linda. —Ele observou suas mãos
descerem sobre suas curvas suaves para mais uma vez cobri-los em suas mãos.
Teagan olhou para si mesma. Com cada movimento de seu corpo, seus
pequenos seios balançavam contra as mãos dele. Ela adorava a maneira como
eles pareciam juntos—ele tão grande, ela tão pequena. Nunca tinha gostado de
seu corpo antes desse momento. Ela estava corada e dolorida.
— Continue olhando para você csitri. —Sua voz estava rouca, lima
aveludada. Sexy. Seus olhos entrecerrados e escuros com a fome crescente.
Sensualidade pura.
Havia algo de muito decadente e proibido sobre observar seus dedos
agarrando seus mamilos, vendo-o rolar e puxar, enquanto rajadas de fogo
disoaravam de seus seios direto para seu sexo. Seus músculos apertaram o
cerco em torno dele e seu corpo banhou de seu pau em calor líquido. Ela
gemeu e lambeu os lábios, se obrigando a manter o seu olhar sobre a visão
erótica de
Dark - Série Os Cárpatos
367
Dark - Série Os Cárpatos
seus dedos em seus mamilos. Seus quadris, por vontade própria, começou um
ritmo mais urgente.
André meio que ergueu seu corpo para que ele pudesse colocar um seio
em sua boca, sugando duro. Ela gritou, o fogo ardeu mais quente. O sangue
dela ficou espesso e fundiu. Seus olhos se fecharam, porque ela mal podia
suportar o prazer. O fogo começou lento e preguiçoso, mas agora a
temperatura estava mais quente do que nunca, o calor a invadiu como uma
bola de fogo fora de controle.
— Olhe, —ele comandou.
Sua mão deslizou para baixo em sua barriga. Ela viu o caminho que
tomou. Aqueles dedos, longos e fortes, grossos e hábeis, deslizando em
uma carícia sobre sua pele. Ela engoliu em seco, enquanto observava o
corpo de André vindo junto com o dela, quando ela se levantou e, em
seguida, desceu sobre seu pau de aço. A beleza disso quase a levou às
lágrimas. O prazer fez todo o seu corpo brilhar com o calor, com excitação.
Ela engasgou quando seu dedo se deteve imediatamente em seu ponto
mais sensível. Foi incrivelmente sexy. Sua outra mão subiu em seu corpo
até que seu dedo estava deslizando sobre seus lábios.
— Abra para mim.
368
Dark - Série Os Cárpatos
Ela realmente não podia recuperar o fôlego. Lá estava, tudo isso, tudo
o que ela poderia querer, ali mesmo na intensidade de seus olhos azuis.
Amor. Por ela. Absoluto. Cru. Feroz.
Teagan estendeu a mão e acariciou o cabelo dele. — Você é tão lindo
André, e eu te amo tanto. —Às vezes, como naquele momento, o jeito que
ela sentia por ele se apoderava dela, então, crescia e crescia até que ela não
podia contê-lo. Ela mal conseguia ficar olhando em seus olhos, suas emoções
estavam tão perto da superfície, tão forte que quase a subjugou. Como alguém
poderia se sentir assim sobre ela?
— Continue olhando para mim sivamet, —ele sussurrou em seu tom
sedoso. — Eu preciso olhar para você quando você se dá para mim.
Ela percebeu que ele tinha feito isso antes, rolando-a no último minuto
para encontrar seus olhos. Ela correu os dedos sobre seu rosto e, em seguida,
como a tensão enrolando nós apertado, deixou cair sua mão e deixou o
puro sentimento levá-la. Sua cabeça se sacudiu no travesseiro, mas ela não
afastou os olhos dele. Seu corpo se contorcia sob o dele, quadris
corcoveando, seus dedos cravados nas costas dele enquanto suas pernas o
envolviam tão apertado quanto podia.
Cada centímetro de que ela pode pressionar nele, ela fez, o tempo todo
olhando em seus olhos. O fôlego abandonou seus pulmões, deixando-os em
carne viva e queimando. Ainda assim, a tensão cresceu, em nós apertados
dentro dela. Ela precisava agora, daquela maravilhosa libertação subindo, mas
ele não deu a ela.
— André, —ela sussurrou. — André, eu não agüento mais.
Seu corpo apertou o cerco contra o dele, o atrito terrível, a coisa perfeita,
mas ainda assim, não conseguia alcançar seu objetivo, e aqueles olhos
azuis não ajudavam. Sensuais. Entrecerados. Observando-a atentamente.
Empurrando-a mais do que ela jamais foi.
— Você pode, —ele disse suavemente, e começou a mostrar a ela que
ele estava certo.
369
Dark - Série Os Cárpatos
Um calafrio desceu por sua espinha e ela piscou para conter as lágrimas.
— Você é meu milagre Teagan. Estou mais do que satisfeito que eu sou
seu.
Ela o segurou mais apertado, relutante em permitir que ele tirasse seu peso
dela, mesmo que estivesse difícil recuperar o fôlego.
Ele sorriu contra seu pescoço, a beijou ali, a boca e os dentes se movendo
370
Dark - Série Os Cárpatos
Ele lhe deu isso. Reconheceu que ela tinha um cérebro. Todo o medo que
ela tinha vivendo em sua pele não importava, porque ela se recusava a deixá-lo
governar sua vida. Ela era uma geóloga pelo amor de Deus. Amava as
rochas. Amava o solo.
Ela havia registrado automaticamente as várias camadas de terra tão ricas
em minerais. Se ela não tivesse ficado tão assustada por estar debaixo da terra,
Dark - Série Os Cárpatos
371
Dark - Série Os Cárpatos
enterrada sob essas camadas, ela teria ficado presa em sua necessidade de
identificar e contá-los. Teria conhecido como eles estavam curando André e
rejuvenescendo os dois.
— Eu não vou ter tanto medo da próxima vez André. Você não tem
que me proteger do que eu sou. Eu acho que posso lidar com isso.
— Eu nunca duvidei de sua capacidade de lidar com isso, —ele murmurou
baixinho.
Ela poderia dizer que ele estava satisfeito com ela pelo tom de sua voz,
todo suave e rouco. Sua mão continuava a se mover sobre seu corpo, traçando
a linha de sua espinha até a curva de suas nádegas.
— Nós temos um vampiro para caçar csitri. Este é diferente dos outros. Ele
vai ser difícil de derrubar. Ele é astuto e implacável e tem variedade de
truques. Há poucas surpresas para um caçador que tem levado os mortos-vivos
à justiça por tantos anos, mas às vezes isso pode acontecer.
— Você reconheceu a maioria deles? —Ela perguntou timidamente. Isso
era lógico, que ele iria se deparar com amigos de infância.
— Os mais velhos. Eu sumi por muitos anos. Este eu conheço. Seu
nome é Costin Popescu. Ele está sozinho agora, seus peões foram derrotados.
Ele vai tentar fugir, tentando não me enfrentar, mas eu não posso permitir
isso. Ele é extremamente perigoso, e ele não pode, sob quaisquer
circunstâncias, encontrá- la. Ele irá atrás de você, a fim de me destruir.
Suas sobrancelhas se ergueram e o choque deslizou através dela. Ele vai vir
atrás de você, a fim de me destruir. André não estava apenas dizendo que ele
ficaria angustiado se algo acontecesse com ela. Ele havia mencionado
várias vezes, mas ela não tinha entendido.
— Como isso te destruiria André? —Ela perguntou em voz baixa,
segurando a respiração, sabendo que sua revelação seria enorme. E seria a
verdade.
— É minha companheira. Eu não posso existir sem você, agora que eu
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Dark - Série Os Cárpatos
encontrei você. Se ele consegue destruí-la, ele estará destruindo toda a luz em
minha alma, não deixando nada além da escuridão. Eu vivi com a
escuridão por séculos, mas ela veio gradualmente, ao longo do tempo. Ter
isso acontecendo, a conexão cortada, ele iria me jogar na loucura, no
encalço. Eu teria que seguir imediatamente, ou me tornar a mesma coisa
que eu tenho caçado durante estes longos séculos. Eu seria o morto-vivo.
Teagan mordeu o lábio. — Você não faria isso.
— Eu o faria. Essa é a maldição e a benção de nossa espécie. Não podemos
continuar sem a nossa companheira. Nós somos muito escuros por dentro.
Ela mordeu o lábio por um momento. — Então, basicamente, você está
dizendo que eu estou salvando-lhe de novo.
Seu sorriso veio lento, mas ela foi recompensada. Seu sorriso era lindo
e este iluminou seus olhos. — Sim Teagan, você me salvou.
Ela o beijou. Ele assumiu seu beijo, assim como fez o contato mais íntimo
entre eles, mas só depois que ela foi capaz de beijá-lo por um longo tempo.
— Você percebe por que é importante que você fique longe dos vampiros?
—Ele perguntou suavemente.
— Era importante para você antes de você explicar isso para mim, por
isso, sim, —disse Teagan. — Me conte o plano e eu vou segui-lo ao pé da
letra.
Seus olhos procuraram os dela por um longo tempo e, então, ele assentiu,
os olhos azul geleira derretendo em um profundo azul mar, aquecendo-a com
seu amor.
373
Dark - Série Os Cárpatos
Capítulo Vinte
d
D uas corujas voavam pelo céu noturno. O macho voou
um pouco acima da fêmea menor, suas asas sobre ela, apenas o suficiente
para protegê-la de qualquer ataque vindo de cima deles. Eles executavam
círculos preguiçosos no ar, em perfeita sincronização, como se fossem dois
dançarinos executando um balé impressionante em um pano de fundo de
nuvens.
Teagan esquadrinhou o chão abaixo deles com cuidado. Não porque
pensou que avistaria o vampiro mestre caçando, mas porque o cenário era de
tirar o fôlego. Os espaços na densa floresta apresentavam rochas cobertas de
musgo verde, alinhandos a uma série de pequenas cachoeiras, que caíam
através das rochas em uma piscina de água clara, rasa. Pequenas rochas
compunham o fundo da piscina. A piscina trnasbordava para um fluxo maior
que parecia serpentear por entre as árvores altas. Samambaias surgiam ao
longo das margens, super lotada com outras plantas, disputando o espaço
cobiçado.
O corpo dela pegou o ritmo do fluxo das cachoeiras. Ela ouviu a música e
seu próprio corpo cantou aquela canção com a natureza. As árvores
adicionavam a batida dos galhos ao vento, bem como a música mais suave do
fluxo da seiva correndo nas veias que atravessando a variedade de árvores.
Sentia-se livre. Completa. Parte da natureza. Parte das selvagens e belas
montanhas e da densa floresta abaixo. Acima dela se elevavam os mais altos e
encobertos picos, onde ela sabia que o mosteiro estava localizado. Dentro
daquele lugar sagrado estavam os antigos que ainda não tinham deixado o
mundo, mas não tinham nenhuma esperança de encontrar suas companheiras.
Eles já não podiam se dar ao luxo de caçar e destruir os mortos-vivos. Cada
Dark - Série Os Cárpatos
374
Dark - Série Os Cárpatos
morte os trazia mais perto de se tornar vampiros. Eles não estavam seguros em
torno de seres humanos ou qualquer outra tentação, e ainda assim eles não
podiam caminhar em direção ao sol e destruírem a si mesmos, pois parecia tão
errado para eles.
Ela o sentiu também, embora eles estavam distante, sentiu as emoções
que não podia sentir. Desespero. Perda de toda a esperança. Tristeza. A dor
não era física, mas mental. O ar gemeu com essas emoções mais pesadas,
mas os Cárpatos antigos não conseguiam sentir nada disso. Ela sabia que
tinha que encontrar uma maneira de aliviar esse fardo, e seu coração doía
por eles. Ela os tinha sentido antes, mas não tinha reconhecido quando ela
tinha encontrado a caverna pela primeira vez, ela tinha sentido as emoções dos
antigos perdidos no mosteiro.
Teagan.
Na verdade, eu acho que posso ajudar. Na caverna. Ela esteve sentada direto
sobre isso. Ela tinha seguido sua diapasão através das várias câmaras da
caverna, à procura de uma pedra para curar sua avó da insanidade, mas
sua avó claramente não era louca e não precisa de uma. Durante esse
tempo ela sentiu esse pesado fardo, o peso dos antigos Cárpatos, mas ela
não tinha reconhecido isso. Não sabia o que era.
Quando ela tinha sentado no chão da caverna para meditar e abrir sua
mente, ela tinha inadvertidamente se ligado com a pedra que ela precisava.
Não era a pedra da sua avó, mas era a que ajudaria a aliviar o sofrimento dos
antigos no mosteiro. Exultante, ela quase caiu do céu.
Você realmente acha que pode aliviar o fardo de um antigo? Havia esperança
na voz de André. Meus irmãos adotados, Tomás, Mataias e Lojos estão patinando
muito
Dark - Série Os Cárpatos
375
Dark - Série Os Cárpatos
perto da beira da insanidade. Se você pudesse alivia-los, dar-lhes mais tempo ...
Mesmo que fosse mais alguns anos ...
Ela não tinha idéia do que sua pedra iria realmente fazer, mas sabia
que iria ajudar—e ela tinha que ajudar os antigos no mosteiro. Essa
necessidade agora se tornou uma compulsão. A pedra estava em algum
lugar abaixo do local onde ela tinha escolhido para meditar. Ela teria que
escavar cuidadosamente para encontrá-loa, se certificando de não a destruí-la
na busca por ela. Agora, quando ouviu uma esperança cautelosa na voz de
André, ela queria ser capaz de ajudar os antigos ainda mais.
Eu acho que eu posso ... Ela parou de falar.
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Dark - Série Os Cárpatos
Ela não sabia como desligá-los. Toda essa tristeza deslizando na sinfonia
jovial da natureza. As notas não eram de toda harmoniosas. Na verdade,
eles se somavam à riqueza da música que ela ouvia. E então ... lá estava ela.
Seu estômago se revolveu e ela sentiu a desafinação, como se algo de
errado vibrasse através de suas entranhas.
Você sentiu isso André? Ele está por aqui. Eu preciso ouvir mais para encontrar
o seu caminho e segui-lo. Há uma nota fora do lugar.
Dark - Série Os Cárpatos
377
Dark - Série Os Cárpatos
378
Dark - Série Os Cárpatos
passarmos por ele sem sermos detectados, vamos chegar mais perto e tentar identificar a
sua localização exata.
Ele estava usando seu tom autoritário, que sabia que ela não gostava,
como regra, mas ela não parecia se importar tanto quando eles estavam
caçando vampiros.
Ela fez um pequeno som na parte de trás de sua garganta. Eu não sei o que
estou fazendo caçando vampiros. Esse é o seu território, assim seja tão mandão
quanto você deseja. Mas um coisa que você pode querer considerar, sou conhecida por
bater na cabeça das pessoas com frigideiras.
Você bateu num assassino em série na cabeça, ele lembrou. Isso foi inteiramente
justificado. Bater em mim seria apenas mau.
Hum. Não. Qual é exatamente a definição de um assassino em série? Esse rótulo
não vai com múltiplos corpos se acumulando?
Ele se engasgou com o próprio riso. Ela tinha um ponto, mas ela não tinha
379
Dark - Série Os Cárpatos
Ela disse rapido. Honestamente. Mas ela estava aterrorizada por ele, como
ele ficou aterrorizado por ela quando ela esteve tão perto do vampiro. Ele
nunca considerou que sua companheira sentiria a mesma intensidade de medo
pelo seu homem como ele sentiu pela sua mulher quando ela estava no
caminho do perigo, e ele não gostou. Ele mais do que não gostou. Sua mulher
não deveria jamais ter que sentir esse tipo de medo.
Você sente, ela atirou de volta, revelando que ela estava se tornando cada
vez mais hábil em ler seus pensamentos, e que ela tinha sido na elevação.
Ela aprendia em um ritmo ultrajante. Ele ia ter que trabalhar duro para ficar
na frente dela.
Isso não é a mesma coisa. Deliberadamente, ele fez a sua resposta decisiva.
Ela nunca iria convencê-lo, embora ele sabia que ela iria tentar, que ela
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Dark - Série Os Cárpatos
Isso era tudo. Família para Teagan, era tudo. Sagrada. Para dizer isso, ela
estava revelando sua vulnerabilidade a ele. Ela estava lhe dando outro presente
e ele sabia que era enorme. Ele não ia estragar tudo discutindo com ela. Ele era
quem ele era e não poderia mudar sua natureza. Ele poderia encontrar
maneiras de chegar a um meio-termo, porque, acima de tudo, ele queria
que ela fosse feliz, mas ele não a queria preocupada ou em perigo.
Eu te amo, sivamet. Você é meu coração e alma. Ela havia acabado de lhe dar
o dela, ele precisava que ela soubesse que ela não estava sozinha nisso.
André avistou o primeiro filamento e euforia o varreu. Por conta própria,
ele não podia ouvir as notas discordantes fora de sintonia na sinfonia da
natureza, mas através de Teagan, ele sabia que o vampiro estava abaixo dele e
à sua direita, bem no meio do que parecia ser uma rocha sólida.
Eu vou descer tão perto quanto eu puder daquela rocha à minha direita. Você o
vê Teagan? Eu acho que ele pode estar em algum lugar na vizinhança. Eu não posso
identificar sua localização.
A coruja feminina fez outro círculo lento, se deixando cair mais baixo.
Não toque na névoa, ele advertiu.
Eu acho que posso passar logo abaixo da névoa, descer como se eu estivesse caçando
e perdi a minha presa. Eu poderia ser capaz de sentir a sua localização exata.
Estava agradecido que ela esperou por sua permissão. Se ela permitisse
que sua coruja realmente fizesse a varredura do terreno à procura de ratos
ou qualquer outra fonte de alimento, e então deixasse o pássaro assumir,
dando-
Dark - Série Os Cárpatos
381
Dark - Série Os Cárpatos
Popescu não estava sob o chão, não se esses filamentos qualquer coisa. O
vampiro mestre tinha preparado a sua isca e estava aguardando —esperando—
uma vítima que viria, assim, ele não teria que se mover. Movendo-se
significava deixar rastro. Ele estava parado, muito quieto e esperando que o
caçador deixa- se a área, assim como ele tinha feito por séculos.
Eu posso fazer isso, disse Teagan.
O medo dela bateu nele, e André estava agradecido que teve a presença de
espírito para mascarar sua presença apenas no caso de se depararem com o
vampiro mestre. Ao mesmo tempo que ela sentia medo, sua determinação
derramou dela. Ela queria isso. Isso a fazia se sentir parte dele. Talvez ela
até mesmo precisava.
Ela não estava pedindo para ir para a batalha, apenas para ser de
ajuda, sentir como se ela lhe desse alguma vantagem. Foi a coisa mais
difícil que ele já fez, e isso ia contra sua natureza, mas ele estava em sua
cabeça e podia ver, isso era tudo para ela. Dar seu consentimento—o que disse
muito sobre ela, que ela esperou por ele mesmo quando ela queria lhe dar isso
—ele sabia que estaria dando a sua autoestima. Mais, ele sabia que ela poderia
viver com a divisão na parceria deles, se ele pudesse ceder.
Eu quero que você se lembre, sempre mantenha em seu coração, em sua cabeça, o
382
Dark - Série Os Cárpatos
que vai acontecer se alguma coisa acontecer com você. Eu preciso de você Teagan, muito
mais do que você jamais vai precisar de mim. Eu te amo. Eu realmente nunca tive
ninguém na minha vida até você. Não posso voltar para o vazio. Você entende o que estou
dizendo a você?
Ele ainda estava incerto se poderia lhe dar seu consentimento. Ele flutuou
ainda mais perto da rocha onde os filamentos parecia conduzir. Ele queria
estar perto caso o vampiro tentasse agarrar o pássaro.
Eu entendo isso e eu também entendo o que você está dando para mim. Sua voz
era suave. Uma carícia. Cheia de amor.
Então faça. Me passe a informação e, depois vá para longe. Para as árvores onde a
coruja pode se esconder. Vou precisar de você quando isso acabar. Não importa o
quão ruim os ferimentos sejam, me leve para a terra e vou curar. Você entendeu? Me
coloque na terra.
Teagan não hesitou, mas então ele sabia que ela não iria. Ela caiu do
céu, deslizando por baixo do banco de nevoeiro, garras estendidas em direção
a um sussurro de rato na vegetação.
Um rato real. Atraiu a coruja. O rato não estava perto da rocha onde
André suspeitava que o vampiro estava se escondendo. O rato estava perto
de uma árvore fina, jovem, escondida entre duas rochas menores.
Saia daí. André advertiu, assim como a coruja desviou do chão, longe da
árvore fina quase dobrando pelos ventos que muitas vezes assolavam a
montanha.
Ele ouviu o som das notas, a cacofonia de som que abalou todas as células
do corpo de Teagan. Ele ouviu quando ela tinha entrado, seguindo as
instruções dele, permitindo que a coruja estivesse perto da superfície. No
último
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estava lá, estava com ele. Ele não estava sozinho nesta luta e que ela faria
qualquer coisa para ajudá-lo.
Ele havia dito para ficar segura, que isso ajudaria mais e ela tinha que
confiar que ele estava certo. Ele tinha bloqueado toda a dor, de modo que
ele não sentia o dano infligido pelo vampiro em seu corpo. Ele não pareceu
notar os terrível corte marcando em seu peito enquanto Popescu cavou suas
garras em sua carne e a rasgou, até mesmo engolindo alguns pedaços, em
sua ânsia de se alimentar do rico sangue Cárpato.
A visão á adoeceu. Ela nunca tinha visto alguém tão rasgado e sangrando.
Ainda assim, ele não parou. A determinação em sua mente era absoluta.
Ele iria destruir este vampiro para que ele jamais caçasse humanos ou
Cárpatos de novo. Ele não estava com medo. Ele havia enterrado suas
emoções em algum lugar profundo onde nem mesmo ela poderia encontrá-
las. Ele não sentia a agonia crua, mas ela sim.
Seu estômago revirou e por um momento ela pensou que poderia
realmente desmaiar. Ela sabia melhor. Não se atreveu. André iria se distrair e
ele estava em uma luta por sua vida. Mais, ele estava contando com ela. Ele
teria tentado se afastar do ataque de Popescu se ela não tivesse estado lá para
cobrir suas costas.
A pressão era enorme, mas, ao mesmo tempo, ela estava exultante, não —
mais—estava honrada que ele confiasse nela para salvar a sua vida, não
importa o quanto ele estava ferido. Ela engoliu a bile e se forçou não só
para ver, mas para avaliar os danos em seu corpo, que lacerações eram
superficiais, e as que eram potencialmente fatais.
Elaborando um plano de ação que mudava continuamente enquanto a
batalha se estendia, manteve sua mente ocupada, e ela podia compartimentar
a dor. No início, nem sabia que estava fazendo isso. Ela estava muito ocupada
examinando o corpo de André, seguindo cada rasgo individual e
lacerações. Monitorou seu suprimento de sangue e o ajudou a retardar a perda
de sangue. Ela descobriu que podia, mesmo porque estava enraizada tão
profundamente
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Dark - Série Os Cárpatos
em sua mente, reparando alguns dos danos a suas veias e artérias, mesmo
à distância.
Ela queria fazer o que ele tinha feito e se tornar energia pura de cura, mas
não se atreveu a deixar o corpo para trás e desprotegido, não até que soubesse
que o vampiro estava morto. Os dois combatentes desapareceram de vista. Os
galhos quebrados da árvore que eles tinham atingido estavam enegrecidos, as
folhas murchas e secas como se toda a energia tivesse sido sugada para
fora dela—ou se tivesse sido envenenada.
Ela teve um vislumbre do vampiro mestre e André sob duas árvores
saudáveis, mas uma curvou em direção a André, os galhos o alcançando como
duas mãos em direção a parte de trás de sua cabeça. Videiras surgiram dos
galhos e se envolveram ao redor do pescoço dele. Com o coração na garganta,
ela quase pulou da árvore e abriu as asas para chegar até ele, mas se forçou
a olhar em sua mente. Ficar imóvel. Manter sua promessa. Era tão difícil.
Sabia que estava chorando dentro do corpo da coruja. Seu coração batia forte e
cada célula de seu corpo queria—precisava—chegar a André, mas ela se
manteve sob controle.
A mente dele estava totalmente voltada para a batalha. Sabia que Popescu
estava dirigindo à batalha acima das duas árvores. Até mesmo sabia o que iria
acontecer e não tentou escapar. Continuou não tentando. Em vez disso, ele
retirou o braço do peito do vampiro.
Ela podia ver que a mão de André estava fechada. Seu braço foi
destroçado, sangrando e a carne desapareceu até o osso onde o sangue do
vampiro tinha corroído através da pele e tecido. As videiras chicoteavam
em torno dele rapidamente, cobrindo sua cabeça e indo até seus ombros e
braços, prendendo os braços ao lado dele.
Teagan ouviu os trovões e relâmpagos bifurcando através do céu.
Sivamet. Você sabe o que fazer.
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Ela respirou fundo. Ele tinha parado seu coração para não perder todo
o sangue. Ele jazia sem vida, seu grande corpo lá no chão, tão
completamente devastado que ela quase não sabia por onde começar. Ela
ainda olhou em volta, como se pudesse encontrar outro curador, um muito
melhor do que ela, mas não havia mais ninguém.
Ela tinha pedido por esta tarefa. Queria isso. E André acreditava nela. Ele
colocou sua vida nas mãos dela, porque ele acreditava nela. Ela fechou os olhos
e soltou as dúvidas. O ego. O medo. O medo foi o mais difícil, mas ela não
podia ajudá-lo, enquanto essa emoção prejudicial se agarrasse a ela. Então sem
medo. Ela poderia fazer isso. Faria isso. Não havia outra escolha.
Por um segundo bizarro ela ficou ali, oscilando entre o físico e o
espírito, porque o medo entrincheirado por toda a vida em sua própria pele a
segurou firme, mas ela não tinha outra opção. Este era André. Sua outra
metade, e ele não estava com medo. Ele foi para a batalha com um plano. Esse
plano incluiu ela salvar sua vida. Ele sabia o que o vampiro faria com ele e
aceitou calmamente a dor e os ferimentos, porque ele acreditava nela.
Teagan deixou ir todo o seu medo e permitiu que seu espírito entrasse no
corpo de André. Ela tinha um plano e, embora tivesse de alterá-lo um
pouco, ela se concentrou nisso, aplicar a energia de cura de dentro para
fora. Ela foi meticulosa e levou seu tempo, sabendo que se perdesse algo
vital, não teria energia para voltar e corrigi-lo.
Não tinha idéia de quanto tempo ela trabalhou em André, mas as feridas
em sua barriga, peito e pescoço, eram horrendas. Teve que parar quando
sentiu seu espírito vacilante. Se encontrou em seu próprio corpo, balançando
com o cansaço, aterrorizada com a perda de força, principalmente porque o
momento em que chegou ao seu corpo desprotegido, sabia que não estava
sozinha.
Teagan girou, enfrentando o que só poderia ser um inimigo. Ela tinha
estado na mente de André durante toda a luta com o vampiro mestre, e
sabia que se fosse preciso matar um ela mataria, mas ela não tinha forças para
fazê- lo. Mesmo de pé ali, mantendo seu corpo entre André e o estranho, ela
estava balançando, as pernas como borracha, os joelhos fracos.
Dark - Série Os Cárpatos
388
Dark - Série Os Cárpatos
Ele manteve a distância dela. Seu cabelo era muito longo e fluia por
suas costas, tão negro como a asa de um corvo. Ele era alto, não tão alto
quanto André, mas quase. Ele também parecia extremamente perigoso.
Seus olhos eram preto meia-noite, nenhum indício de qualquer outra cor e sua
boca sugeria que ele não tinha conhecimeno do que era um sorriso.
Ela engoliu em seco. As notas de música choraram na harmonia da canção
da natureza, dando a ela sua identidade. — Você é do mosteiro?
Ele assentiu lentamente. — André é seu companheiro?
Teagan se aproximou de seu homem. Ela devia ter pego uma arma. Uma
rocha no mínimo. André tinha dito a ela que era perigoso demais para
estes homens irem para a batalha—ou em torno de alguém. E havia sangue por
todo o chão. Em todo André.
— Sim. —O que ela deveria fazer?
389
Dark - Série Os Cárpatos
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Dark - Série Os Cárpatos
391
Dark - Série Os Cárpatos
Fane voltou para o seu corpo, ainda dando generosamente seu sangue
para André. — Você fez um trabalho incrível. Muito bom mesmo. Vocês
estavam a céu aberto, desprotegidos. Apenas os dois, sozinhos. Ele fechou
seu coração para que não perdesse mais sangue. Deixe os reparos pesados
para quando vocês estiverem seguros. Faça o mínimo, dê sangue a ele e o
leve para a segurança. Lembre-se de colocar as suas salvaguardas e depois o
cure o melhor que puder antes de colocá-lo na terra.
A culpa e minha. Eu devia ter dito a você, disse André.
392
Dark - Série Os Cárpatos
— Eu entendo. Mas ainda assim. Eu sei que posso ajudar. Eu estou apenas
deixando você saber que a oferta está ai.
Ele inclinou a cabeça. — Vou levar a sua oferta para os outros.
André passou a língua pelo pulso do antigo e, pela primeira vez abriu
os olhos. — Obrigado Fane.
— Eu dei o sangue. Ela curou suas feridas. As mais sérias. O resto
pode ser curado na terra. Você pode voltar para o seu lugar de descanso?
André assentiu. — Sim.
Fane cortou seu outro pulso e estendeu a mão para Teagan. — Eu ofereço
livremente. Minha vida por sua vida.
Teagan fechou os olhos por um momento, tentando não ver as gotas
de rubi ou sentir a fome arranhando seu estômago. Sabia que seria um
insulto terrível se ela não aceitasse. Os antigos nunca deixam o mosteiro,
não para qualquer um, mas eles vieram para ajudar André e ela.
Você pode me ajudar André? Ele jamais saberia o que lhe custou perguntar.
Ela valorizava sua independência, mas não ia insultar este homem, não
quando ela sentia cada tristeza, a terrível agonia de sua existência solitária —
ambas as emoções que os antigos Cárpatos não conseguiam sentir por si
mesmo.
Imediatamente André estava em sua mente, direcionando seus
movimentos para que ela tomasse o pulso do antigo e respeitosamente
aceitasse sua oferta. Ela estava ciente do que estava fazendo, no entanto,
muito longe disso tudo. A noite estava quase desaparecendo. Esse foi o tempo
que ela tinha trabalhado na cura de André. Esse foi o tempo que eles ficaram
desprotegidos. Fane estava certo, ela deveria ter feito o que podia para
manter André vivo e, depois tê-los levado para a segurança.
No momento em que soube que tinha o suficiente do rico sangue do
antigo, para ter plena força, ela fechou a ferida e inclinou a cabeça para
ele. —
Dark - Série Os Cárpatos
393
Dark - Série Os Cárpatos
Obrigado Fane. Por tudo. Por seu conselho, que eu sempre seguirei. Por
seu sangue que tanto precisava desesperadamente, mas também por sua
proteção. Por favor, agradeça aos outros por nós também.
Fane tinha ficado muito pálido. Ele não tentou se levantar, nem
mesmo quando André o fez. O sangue escorria das lacerações que Teagan
não tinha fechado, mas seu companheiro estava vivo. Ele precisava ir para
a terra, mas ela tinha fechado a pior dessas feridas. Por isso, ela era grata.
— Os outros estão perto. Eles virão para mim. Vão agora antes que o
sol começe a subir, —Fane instruíu.
André estendeu a mão para segurar os antebraços de Fane no modo de seu
povo. — Kaδa wäkeva óv o köd.
394
Dark - Série Os Cárpatos
Capítulo Vinte e Um
d
T eagan acordou para uma infinidade de sensações. Prazer,
não, muito, muito mais do que o prazer explodindo através dela. Ela se
encontrou deitada de costas na cama que André tinha feito para ela. Ela
estava completamente nua, seu cabelo em todas as partes, quando ela
claramente se lembrou de trançá-los antes que a terra se fechasse sobre eles. A
mais deliciosa sensação era a boca de André trabalhando entre suas pernas.
Ela levantou a cabeça para olhar para ele, em seus belos olhos azuis
geleira, tão escuros agora com a intensidade. Com fome gritante. Com
posse. Sua língua, os dentes, os dedos todos trabalhando nela, enviando o fogo
familiar cruzando seu corpo, aumentando a tensão tão rápido, tão forte que
ela fragmentou antes mesmo dela prender a respiração. Perfeito. Belo. O
melhor início para a noite que ela poderia imaginar.
André não estava satisfeito ainda. Nunca estava. Ele queria mais. Manteve
os olhos no rosto dela, havia uma demanda lá. Ele não parou, nem mesmo
quando seus quadris contraíram e sua cabeça balançou. Nem quando ela
engasgou seu nome e lhe implorou que era demais, que as sensações subindo
rapidamente a atravessaram se recusando a parar. Ela não conseguia
recuperar o fôlego. Não conseguia pensar. Ele a levou mais alto. Exigindo
mais.
Não o suficiente para mim sivamet. Eu preciso de tudo isso. Dê a si mesma para
mim.
Ela sabia o que ele queria dizer. Tinha que confiar que ele saberia quando
ela tivesse o suficiente. Mas, na verdade, a tempestade de fogo se alastrou por
Dark - Série Os Cárpatos
395
Dark - Série Os Cárpatos
Ela não tinha certeza se o primeiro já tinha passado. Seu corpo tremia
e ondulava, o primeiro correndo se tornou o segundo, e agora ele estava
exigindo um terceiro. Sua língua era hábil e seus dentes perfeitos, mas a
maneira como ele a sugava, como se estivesse morrendo de sede e precisasse
de cada gota de líquido que poderia obter, foi sua ruína.
Cada célula de seu corpo enrolou nós mais e mais apertados até que
ela temia que poderia enlouquecer com o prazer. Isso era mesmo possível? Se
fosse, André a estava dirigindo para lá. Não havia nenhum modo de
pensar. Não havia forma de ser qualquer coisa, exceto o que ele queria. Ele
a levou mais alto do que ela jamais foi, e ela estendeu para ele, precisando
dele. Precisando sentir algo sólido sob seus dedos enquanto ela voava para
além, se fragmentando em pequenos pedaços, todos eles subindo.
Ela se ouviu gritar. Chamando o nome dele. Suplicou. Queria que ele a
enchesse. Ela precisava disso. E então ele estava lá, segurando suas coxas
separadas e golpeando em sua vagina apertada. Ouviu-o gemer quando seus
músculos cederam e ele investiu profundo. Seu grosso pênis invadindo-a,
parecendo como uma marca de queimadura com aço.
— Forte André. Preciso disso forte desta vez.
Uma mão grande varreu o cabelo dela para trás para que ele pudesse olhar
em seus olhos. Podia ver pelo olhar em seu rosto que ele pretendia duro.
Áspero. Brutal mesmo. Perfeito. Ela precisava disso. Ela precisava dele assim.
Primitivo. Reivindicando. Ela mal podia respirar com a necessidade dele,
exatamente como seu olhar possessivo dizia a ela o jeito que ele planejava
tomá-la.
Ele empurrou seus quadris em um braço, levantando-a para o ângulo que
ele queria e começou a empurrar forte e profundamente, estabelecendo um
ritmo feroz, um ritmo cruel, investindo dentro dela de novo e de novo com
396
Dark - Série Os Cárpatos
força suficiente para sacudir o corpo dela com cada golpe. Ela passou as mãos
para cima e para baixo nas costas dele, se esticando para alcançar seus quadris,
tomando tanto quanto possível, deleitando-se com a forma como ele era
tão faminto por ela como ela era por ele.
Ela já estava tão sensível, que o quarto orgasmo explodiu sobre ela antes
que sequer soubesse que estava perto. Ela transferiu seu agarre para o cabelo
dele, apertando com força, com medo de que ela fosse desmoronar. Ele
nem sequer abrandou o ritmo. Seus olhos nunca deixaram os dela —nem
por um momento e nem piscou. Ele olhou para ela, bebendo cada orgasmo.
Querendo mais. Exigindo mais dela.
André. Ela sussurrou seu nome em sua mente. Enchendo-o com ela. Se
entregando a ele.
Você é minha. Toda você Teagan. Cada centímeto escaldante de você. Seu coração.
A sua alma. Seu corpo. Sua mente. Você me pertence.
O corpo dele ficou mais duro no dela, enviando o que parecia como
relâmpagos incandescentes através dela. Ela estava subindo de novo, ainda
mais alto. Assustador. Maravilhoso. Impossível.
Você não dúvidou disso nem mesmo por um momento? Você é meu André.
Meu homem. Meu companheiro. Eu vou te seguir em qualquer lugar. Fazer qualquer
coisa por você. E ela faria. A mulher moderna que se dane. Este homem era
tudo para ela e o amaria tão ferozmente como ele a amava, onde quer que isso
a levasse. E agora, neste momento, ele a estava levando para o paraíso. A
menos que ela pudesse morrer de tanto prazer.
Ela viu seus olhos, aqueles belos olhos. Tão lindos. Tão apaixonados. Tão
suaves e ternos quando ele olhava para ela. Tão ferozmente possessivo. Como
eu fui tão afortunada? Ela se perguntou isso, e não se importava se de fato
realmente estava dizendo a ela que ele era tudo para ela. André dizia isso a ela
o tempo todo. Agora, ela sabia que ele realmente queria dizer isso. Ele merecia
ouvir isso de volta. Saber.
De repente, ele se inclinou para frente e tomou sua boca. Ele a tomou da
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Dark - Série Os Cárpatos
mesma maneira que ele estava tomando seu corpo. Áspero. Selvagem mesmo.
Exigente. Duro. Quente. Molhado. Tão incrivelmente perfeito. Ela se entregou
em suas mãos. Sua boca. Seu pau. Ela se entregou a ele porque sabia que se
o fizesse, a recompensa seria fantástica ... e era.
Ela o sentiu inchar, em seguida, o estiramento e ardência que fazia parte
da fricção perfeita, o atrito incrível quando ele bateu no alvo, enchendo-a,
passando por cima do botão de modo que seu corpo se lançou diretamente ao
orgasmo e ela começou uma queda livre, desta vez com ele. O gemido dele em
sua boca, que vertendo por sua garganta, num delicioso, perfeito e incrível
momento quando eles compartilharam tudo, pele, órgãos, mentes, corações e
almas.
André enterrou seu rosto mais uma vez em seu pescoço, segurando-a para
ele, seu corpo enterrado profundamente, o peso dele esmagando-a enquanto
ele a rodeava completamente. Não importava que ela mal pudesse respirar, ela
sabia exatamente por que ela amava este momento, este rescaldo. André se
rendia completamente a ela—a seu amor por ela. Ele era completamente
vulnerável a ela naquele momento. Toda vez.
Ele lhe deu esse presente perfeito, único a cada vez. Seu grande guerreiro
Cárpato, mal, que poderia derrubar um vampiro mestre e os tinha caçado por
séculos, lhe deu esse presente. Ela o segurou com força, levantando as pernas
para circundar seus quadris, para segurá-lo o mais próximo a ela quanto
possível. Ela adorava que seu coração encontrasse o ritmo do dele.
Adorava, embora ela mal pudesse respirar, ele se certificou que ela tivesse
ar.
— Eu te amo Teagan. Mais do que a vida. —André levantou a cabeça e
roçou um beijou em sua boca antes de rolar para fora dela.
Havia sempre aquele momento de perda —de luto quando o seu corpo
deixava o dela. Ela o queria de volta, mas, então, quando uma mulher
tinha um amante como André, ela supôs que não estava errado ser um
pouco gananciosa.
— Funcionou. A nossa parceria. Você encontrou o vampiro e você me
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398
Dark - Série Os Cárpatos
curou.
— Nós ficamos na terra por quase uma semana. Eu não fui a única a curá-
lo. Teve o sangue de Fane, que foi extremamente importante, e o solo
ajudou também. —Ela se sentiu compelida a apontar isso. — Na verdade,
eu dei uma olhada nos minerais do solo para ver o que iria ajudar é foi por
isso que eu mudei o nosso lugar de descanso.
Ele se levantou, sem se importar com sua nudez. — Eu adoro olhar
para você, —ela deixou escapar, estendendo a mão preguiçosamente para que
seus dedos acariciasse o pau dele. — Você é relamente dotado no
departamento de aparência André. Eu acho que você é o homem mais
lindo que eu já vi. Por toda parte. —Os dedos dela acariciaram e depois se
enrolaram em torno dele.
— Quantos corpos de homens você já viu?
— Hum. Apenas o seu, mas olha para você. Realmente. Se alguém fosse
esculpir um homem nu, você deve ser o seu modelo. Não que eu quero outras
mulheres olhando para você. Eu só estou dizendo que eu amo olhar para você.
— Estou muito feliz que você goste.
399
Dark - Série Os Cárpatos
— Eu sei que manter contato com a sua família é importante para você, —
André disse. — Então eu me certifiquei que você tivesse uma recepção
suficiente para mensagens. —Ele acenou com a mão e o celular flutuou através
do ar para ela.
Seu coração deu um salto. — Sério, André, você me faz querer chorar
quando você é tão atencioso e doce. —Ela pegou o celular do ar e verificou sua
mensagem. — Uh-oh, André. Se prepare para isso. Você vai precisar. Vovó
Trixie está vindo para se certificar de que eu não me uni com algum
estrangeiro louco que está atrás de minha virtude e, provavelmente, vai me
trancar em seu harém ou me levar para alguma caverna escura profunda, e
me fazer sua escrava sexual.
Ele começou a rir. Uma risada real. Genuína. Era um belo som e
musical que Teagan amou.
— Ela realmente disse isso?
— Sim.
Fim....
400
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Apéndice 1
401
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(Por esta razão, os linguistas de hoje em dia chamam a seu idioma "proto-Uralico", sem
saber que este é o idioma dos Cárpatos). Ao contrário da maior parte dos povos
nômades, a vagabundagem dos Cárpatos não se devia à necessidade de encontrar
novas terras de pasto quando as estações e o tempo mudavam ou a busca de
melhor comércio. Em vez disso, os movimentos dos Cárpatos estavam provocados
pelo grande propósito de encontrar um lugar que tivesse a terra correta, um
terreno com o tipo de riqueza que realçaria enormemente seus poderes de
rejuvenescimento.
Com o passo dos séculos, emigraram para o oeste (faz uns seis mil anos) até
que ao fim encontraram sua perfeita terra natal... seu "susu"... nas Montanhas dos
Cárpatos, que é o longo arco que embalava as exuberantes planícies do reino da
Hungria. (O reino da Hungria floresceu durante ao menos um milênio... fazendo do
húngaro o idioma dominante da Concha Cárpato... Até que as terras do reino se
dividiram em vários países depois da Primeira guerra mundial: Áustria, Checoslováquia,
Romênia, Yugoslávia, Áustria, e a moderna Hungria).
Outras pessoas do Sul dos Urales (que compartilhavam o idioma Cárpato, mas
não eram Cárpatos) emigraram em diferentes direções. Alguns terminaram na
Finlândia, o que explica por que o húngaro e finlandês moderno estão entre os
descendentes contemporâneos do idioma ancestral Cárpato. Mesmo estando
presos por sua escolha, a terra dos Cárpatos, a peregrinação continuou, enquanto
procuravam no mundo as respostas que os capacitariam a manter e criasse sua
descendência sem dificuldade.
Por causa de suas origens geográficas, a visão dos Cárpatos da cura
compartilha muito com a maior tradição euro-asiática do xamanismo.
Provavelmente a mais próxima representação moderna dessa tradição está
apoiada em Tuba (e se refere a ela como “Xamanismo Tuvianian”.), Ver o mapa.
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(embora esse certamente pode ser o caso também). Entendia-se que uma pessoa
ainda
403
Dark - Série Os Cárpatos
podia parecer estar consciente, mesmo falar e interatuar com outros, e ainda então
ter perdido uma parte da alma. O curador ou xamã experimentado veria
instantaneamente o problema não obstante, em sinais sutis que outros poderiam
passar por cima: a atenção da pessoa vagando de vez. Então que, uma diminuição
de seu entusiasmo pela vida, depressão crônica, uma redução no brilho de sua
“aura", e coisas pelo estilo.
Kepä Sarna Pus (O "Cântico Curador Menor") é utilizado para ferimentos que
são de natureza meramente física. O curador Cárpato abandona seu corpo e entra
no corpo do Cárpato ferido para curar os ferimentos mortais de dentro e fora
utilizando pura energia. Ele proclama "ofereço livremente, minha vida por sua vida",
enquanto dá seu sangue ao Cárpato ferido. Porque os Cárpatos são da terra e
unidos ao chão, são sanados pela terra de seu país natal. Sua saliva com frequência
também é utilizada por seus poderes rejuvenescedores.
Também é muito comum nos cânticos Cárpatos (para o menor e o maior), ser
acompanhados pelo uso de ervas curadoras, aromas de velas Cárpatas, e cristais. Os
cristais (quando são combinados com a empatia Cárpata, a conexão física com o
universo inteiro) são utilizados para acumular energia positiva de seus arredores que
depois se utiliza para acelerar a cura. Algumas vezes se utilizam covas como local
para a cura.
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O cântico curador menor foi utilizado pelo Vikirnoff Von Shrieder e Colby Jansen
para curar ao Rafael De La Cruz cujo coração tinha sido quase arrancado por um
vampiro no livro titulado Segredo Sombrio.
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chamando, e isto
Dark - Série Os Cárpatos
pode atuar como um radiofaro direcional. Por esta razão, o cântico Curador tende a
ter um êxito mais elevado que a maior parte das outras tradições deste tipo.
Algo da geografia do "outro mundo" serve-nos para examinar, a fim de
entender completamente as palavras de Grande Cântico Curador Cárpato. faz-se
uma referência ao "Grande Árvore" (no Cárpato: En Puwe). Muitas tradições
ancestrais, incluída a tradição Cárpata, entendem que os mundos... os mundos
celestiais, nosso mundo, e os reino inferiores... estão pendurados em um grande
polo, ou eixo, ou árvore. Aqui na terra, estamos colocados a meio caminho nesta
árvore, sobre um de seus ramos. portanto muitos textos antigos com frequência se
referem ao mundo material como "terra meia", a meio caminho entre os céus e o
inferno. Subindo a árvore chegaríamos aos mundos celestiais. Descendendo pela
árvore até a raízes chegaríamos aos reino inferiores. O xamã era necessariamente
um mestre em mover- se acima e abaixo pela Grande Árvore, às vezes sem ajuda, e
às vezes assistido por (ou mesmo montado à garupa) um espírito guia animal. Em
várias tradições, esta Grande Árvore é conhecida de várias formas, o axis mundi (o
"eixo dos mundos"), Ygddrasil (na mitologia nórdica), Mount Mem (o mundo sagrado
da montanha da tradição tibetana), etc. O cosmos cristão com seu céu,
purgatório/terra, e inferno, é também uma comparação válida. Mesmo se dá uma
topografia similar na Divina Comédia de Dante. Dante é conduzido em uma primeira
viagem ao inferno, para o centro da terra; depois para cima ao Monte Purgatório,
que se assenta na superfície da terra diretamente oposto ao Jerusalém; depois mais
para cima primeiro ao Éden, no alto do Monte Purgatório; e depois mais acima até o
último céu.
Na tradição xamanista, entende-se que o pequeno sempre reflete o grande; o
pessoal sempre reflete o cósmico. Um movimento nas maiores dimensione do
cosmos também coincide com um movimento interno. Por exemplo, o axis mundi
do cosmos também corresponde ao espinho dorsal do indivíduo. As viagens
acima e
Dark - Série Os Cárpatos
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Dark - Série Os Cárpatos
abaixo pelo axis mundi com frequência coincidem com o movimento das energias
natural e espiritual (algumas vezes chamada kundalini ou shakti) no espinho dorsal
do xamã ou místico.
O pus wäkenkek, ot oma sarnank, és ot pus fünk, álnak ekäm ainajanak, pitänak
ekäm ainajanak elävä.
Nossas energias curadoras, palavras ancestrais de magia, e ervas curativas
benzemos o corpo de meu irmão, mantendo-o vivo.
Ot ekäm sielanak pälä. Ot omboce päläja juta alatt o jüti, kinta, és szelemek
lamtijaknak.
Mas a alma de meu irmão está somente pela metade. Sua outra metade vaga
nos mundos inferiores.
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Dark - Série Os Cárpatos
Rekatüre, saradak, tappadak, odam, kaŋa o numa waram, és avaa owe o lewl
mahoz.
Nós dançamos, nós cantamos, nós sonhamos estaticamente, para chamar a
meu espírito pássaro, e abrir a porta ao outro mundo.
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Toya és molanâ.
Esgota-se e cai em pedaços.
Hän cada.
Foge.
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Nas peças cantadas dos Cárpatos (como o "Lullaby" e "Som para curar a
Terra"), você vai ouvir elementos que são compartilhados por muitas das tradições
musicais da região geográfica Uralic, alguns dos quais ainda existem a partir da
Europa Oriental
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Dark - Série Os Cárpatos
(búlgaro, romeno, húngaro, croata, etc) para Romany ("ciganos"). Alguns destes
elementos incluem:
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5. Canção de Ninar
Essa música é cantada por mulheres, enquanto a criança ainda está no útero
ou quando a ameaça de um aborto é aparente. O bebê pode ouvir a música
enquanto está no interior da mãe, e a mãe pode se conectar com a criança
telepaticamente também. A canção de ninar é para tranquilizar a criança, incentivar
o bebê a continuar, tranquilizar a criança ou protegê-la com amor, mesmo de dentro
até o nascimento. A última linha, literalmente, significa que o amor da mãe que
protege seu filho até que a criança nasça ("ascensão"). Musicalmente, a canção
cárpata "Lullaby" é em três uartos de tempo ("tempo de valsa"), assim como uma
parcela significativa do mundo várias canções de ninar tradicionais (talvez a mais
famosa seja "Lullaby Brahms"). O arranjo para voz solo é o contexto original: uma
mãe cantando para seu filho, não acompanhada. O arranjo para coro e conjunto
musical violino ilustra como até mesmo os mais simples são muitas vezes peças dos
Cárpatos, e como facilmente se prestam aos contemporâneos arranjos
instrumentais ou orquestrais.
(A ampla gama de compositores contemporâneos, incluindo Dvořák e Smetana,
se aproveitou de uma descoberta similar, de outros de música oriental tradicional
europeia em seus poemas sinfônicos.).
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Dark - Série Os Cárpatos
Esta é a canção de cura da terra — que é usada pelas mulheres Cárpatas para
curar o solo cheio de várias toxinas. As mulheres tomam posição sobre os quatro
lados e chamam o universo para recorrer à energia da cura com amor e respeito. O
solo de terra é seu lugar de descanso, o lugar onde se rejuvenesce, e devem torná-lo
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Dark - Série Os Cárpatos
seguro não só para si, mas para seus filhos não nascidos, bem como para seus
homens e crianças vivas. Este é um belo ritual realizado pelas mulheres em
conjunto, levantando suas vozes em harmonia e convidando os minerais da terra e
propriedades curativas para vir e ajudá-las a salvar seus filhos. Elas literalmente
dançam e cantam para curar a terra numa cerimônia tão antiga quanto sua espécie.
A dança e as notas da canção são ajustadas de acordo com as toxinas sentidas
através dos pés descalços da curadora. Os pés são colocados num certo padrão e as
mãos graciosamente tecem a magia de cura, enquanto a dança é executada. Elas
devem ter um cuidado especial quando o solo é preparado para os bebês. Esta é
uma cerimônia de amor e cura.
Musicalmente, o ritual é dividido em várias seções:
• Primeiro Coro: Esta seção será cheia de dança batendo palmas e outros
meios utilizados para invocar e aumentar a energia em que o ritual é feito;
• Segundo verso;
• Segundo coro;
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Dark - Série Os Cárpatos
O que vai ouvir são gostos breves do que seria normalmente um ritual de
muito mais tempo, em que o verso e peças são desenvolvidos e o coro repetido
muitas vezes, fechado por uma interpretação única da invocação final.
Primeiro verso
Ai Emä Maγe,
Oh, Mãe Natureza,
Me sívadbin lańaak.
Somos suas amadas filhas.
Me tappadak, me pusmak o maγet.
Dançamos para curar a terra.
Me sarnadak, me pusmak o hanyet.
Cantamos para curar a terra.
Sielanket jutta tedet it,
Unimo-nos a você agora,
Sívank és akaratank és sielank juttanak.
Nossos corações, mentes e espírito são somente um.
Segundo Verso
Ai Emä maγe,
Oh, Mãe Natureza
Me sívadbin lańaak.
Somos suas amadas filhas.
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Dark - Série Os Cárpatos
Tal como acontece com as suas técnicas de cura, a "técnica de canto" real dos
Cárpatos tem muito em comum com as tradições xamânicas de outras estepes da
Ásia Central. O principal modo de cantar era usando sons secundários com a
garganta. Exemplos modernos dessa maneira de cantar ainda podem ser
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Dark - Série Os Cárpatos
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Dark - Série Os Cárpatos
Apéndice 2
O Idioma Cárpato
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Dark - Série Os Cárpatos
presença...
Dark - Série Os Cárpatos
junto com o isolamento deliberado dos Cárpatos das demais forças maiores de
mudança no mundo, atuou (e continua atuando) como força estabilizadora. A
cultura Cárpato também atuou como força estabilizadora. Por exemplo, as Palavras
Rituais, os vários cânticos curadores (ver apêndice 1), e outros artefatos culturais
foram passados durante séculos com grande fidelidade.
Uma pequena exceção deveria ser tomada em conta: A extensão dos
Cárpatos em várias regiões geográficas separadas conduziu a algumas dialetizações
menores. Entretanto os vínculos telepáticos entre todos os Cárpatos (ao igual à
volta regular de cada Cárpato a sua terra natal) assegurou que as diferenças entre
dialetos sejam relativamente superficiais (ex: umas poucas novas palavras, diferenças
menores na pronúncia, etc). Devido a mais profunda e interna linguagem de mentes
as fórmulas permaneceram iguais por causa do uso contínuo através do espaço e o
tempo.
O idioma dos Cárpatos era (e ainda é) o proto-idioma para a família de idiomas
dos Urales (ou Finno-Ugrian). Hoje em dia, os idiomas urales se falam no norte, este
e centro da Europa e na Sibéria. Mais de vinte e três milhões de pessoas no mundo
falam idiomas cujas origens podem ser rastreadas até o Cárpato. Magyar ou Hungria
(ao redor de quarenta milhões de falantes, Finlândia (ao redor de cinco milhões) e
Estoniana (ao redor de um milhão), arco dos três maiores descendentes
contemporâneos deste proto-idioma. O único fator que une aos mais de vinte
idiomas na família ural é que suas origens podem ser traçadas de volta a um proto-
idioma comum... o Cárpato... dividiu-se (faz ao redor de seis mil anos) nos vários
idiomas da família ural. Da mesma forma, os idiomas europeus ao igual ao Inglês e o
Francês, pertencem a bem conhecido família indo-europeia e também provêm de
um proto-idioma comum (um diferente ao Cárpato) A seguinte tabela proporciona
um sentido para algumas das similitudes na família de idiomas.
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TABELA 1
421
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TABELA 2
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TABELA 3
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Dark - Série Os Cárpatos
Aqui estão alguns breves exemplos do Cárpato coloquial, utilizados nos livros
Escuros.
Susu.
Estou em casa. (casa, local de nascimento)
Möért?
Para que?
csitri
Um pouco (pequena coisa, pequena menina)
ainaak enyém
Para sempre minha
ainaak'sívamet juttapor
Para sempre a meu coração conectada
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Dark - Série Os Cárpatos
sívamet
Meu amor
Tet vigyázam
Eu te amo
Te avio päläfertiilam.
É minha companheira.
Élidamet andam.
Ofereço-te minha vida.
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Pesämet andam.
Dou-te meu amparo.
Uskolfertiilamet andam.
Dou-te minha lealdade.
Sívamet andam.
Dou-te meu coração.
Sielamet andam.
Dou-te minha alma.
Ainamet andam.
Dou-te meu corpo.
Te avio päläfertiilam.
É minha companheira.
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arwa-arvod mäne me ködak— Você pode segurar sua honra, sombrio ( saudação).
arwa-arvo—honra ( substantivo).
arwa—louvor ( substantivo).
ašša—não ( antes de um substantivo); não (com um verbo que não está no
imperativo); não (com um adjetivo).
aššatotello—desobediente.
asti—até.
avaa—abrir.
a—verbo de negação ( prefix), não (advérbio).
avio päläfertiil—companheiro . avio—
casado/a.
avoi—descobrir, revelar.
belso—dentro.
bur tule ekämet kuntamak—bom nos encontrar, irmão ( saudação).
bur—bom, bem.
ćaδa— fugir, escapar.
ćoro— fluir, correr como a chuva.
csecsemõ—bebê ( substantivo).
csitri— pequena.
diutal—triunfo, vitória.
eći— cair. ekä—
irmão ekäm—meu
irmão.
ek— sufixo acrescentado depois de um substantivo terminado em consonante
para fazê-lo plural.
eläsz arwa-arvoval—você pode viver com honra ( saudação).
eläsz jeläbam ainaak—longa vida na luz ( saudação).
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elä—viver.
elävä ainak majaknak— terra da vida.
elävä—vivo.
elid—vida.
Emä Maγe—Mãe Natureza.
emäen—avó.
emä—mãe ( substantivo).
embε karmasz—por favor.
embε—se, quando
emni hän ku köd alte—mulher amaldiçoada.
emni kuηenak ku aššatotello—lunático desobediente.
emnim—minha esposa, minha mulher. emni—
esposa, mulher.
én jutta félet és ekämet—Eu cumprimento um amigo e irmão ( saudação).
én maγenak—Eu sou da terra.
én oma maγeka—Eu sou tão velho como o tempo (literalmente: tão antiga como
a terra).
En Puwe—A Grande Árvore. Relacionada com a lenda de Ygddrasil, o axis mundi,
Mount Meru, céu e inferno, etc.
engem—sobre mim.
en— grande, muitos
én—eu.
és—e
ete—antes, na frente.
että—que. fáz
— sentir frio.
fél ku kuuluaak sívam belső—amado.
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Dark - Série Os Cárpatos
fél ku vigyázak—queridos.
feldolgaz—prepare. fél—
companheiro, amigo.
fertiil—fértil. fesztelen—
aéreo.
fü— ervas, erva. gæidno—
estrada, caminho. gond—
cuidar, preocupar-se. hän
agba—é assim.
hän ku agba—verdade.
hän ku kaśwa o numamet—proprietário do céu.
hän ku kuulua sívamet—guardião do meu coração.
hän ku lejkka wäke-sarnat—traidor.
hän ku meke pirämet—defensor.
hän ku pesä—protetor
hän ku piwtä—predador, caçador.
hän ku saa kuć3aket—apanhador de estrelas.
hän ku tappa—assassino, pessoa violenta ( substantivo). Mortal, violento ( adj. ).
hän ku tuulmahl elidet—vampiro ( literamente; assaltante de vida).
hän ku vie elidet—vampiro ( literalmente; ladrão de vida).
hän ku vigyáz sielamet—guardião da minha alma.
hän ku vigyáz sívamet és sielamet—guardião do meu coração e da minha alma.
hän ku—prefixo: quem, o que.
Hän sívamak—amado.
hän— ele, ela, isso
hany—conglomerado de terra
hisz—acreditar, confiar.
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Dark - Série Os Cárpatos
ho—como. ida
—leste. igazág
—justiça.
irgalom—compaixão, pena
isä—pai ( substantivo) .
isäntä—mestre da casa. it
—agora
jörem— esquecer, perder um caminho, cometer um engano.
jälleen—de novo
jama—estar doente, infectado, ferido ou morrendo, perto da morte.
jelä keje terád—o sol te queime ( xingamento cárpato).
jelä—luz solar, dia, sol, luz
joηesz arwa-arvoval—retorne com honra ( saudação).
joηe—vir, retornar.
joma—estar em caminho, ir
juosz és eläsz—beba e viva ( saudação).
juosz és olen ainaak sielamet jutta—beba e torne-se um comigo ( saudação) .
juo—beber.
juta—ir, vagar
jüti—noite
jutta—conectado, fixo (adj) estar conectado, encaixar (verbo)
kać3—presente.
kaηa—chamar, convidar, pedir, suplicar
kaηk—traqueia, pomo de Adão, garganta
kaśwa—a própria.
kaca—amante
kadi—juiz
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Dark - Série Os Cárpatos
kaik—todo kalma—
cadáver, morte. karma
—quer.
Karpatii ku köd—mentiroso.
Karpatii—Cárpato käsi—
mão
kaδa wäkeva óv o köd—firmes contra a escuridão ( saudação).
kaδa—abandonar, sair, ficar keje—
cozinhar, queimar kepä—menor,
pequeno, fácil, pouco kessa ku toro
—gato selvagem. kessa—gato.
kessake—pequeno gato.
kidü—acordar, surgir (verbo intransitivo).
kim— para cobrir um objeto inteiro com algum tipo de cobertura.
kinn—fora, sem
kinta—névoa, neblina, fumaça
kislány kuηenak minan—minha pequena lunática.
kislány kuηenak—pequena lunática. kislány—
garotinha.
köd alte hän—a escuridão te leve ( xingamento cárpato).
köd elävä és köd nime kutni nimet—o mal vive e tem um nome.
köd jutasz belső—e que a escuridão te leve (x ingamento cárpato). köd—
nevoa, trevas, do mal ( substantivo); nebuloso, sombrio, mau (adj.). koje
—homem, marido
kolasz arwa-arvoval—você pode morrer com honra ( saudação).
kola—morrer
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ku—que, o que.
lańa—filha. lääs
—oeste.
lamti—terra baixa, prado
lamti ból jüti, kinta, ja szelem—o mundo inferior (literalmente: "o prado de noite,
neblina e fantasmas")- greta, fissura, ruptura (essencial).
lejkka—fresta, fissura, fenda ( substantivo). Cortar; golpear; atacar com força (
verb).
lewl ma—o outro mundo (literalmente "terra espírito") Lewl ma incluindo lamti
ból jüti, kinta, ja szelem: dos mortos, mas também inclui os mundos superiores En
Puwe, a Grande Árvore.
lewl—espírito
liha—carne.
lõuna—sul.
löyly—respiração, vapor (relativo a lewl: "espírito")
magköszun—obrigado.
ma—terra, bosque
mana—abusar; amaldiçoar; arruinar.
mäne—resgatar, salvar
maγe—solo; terra; território; lugar; natureza.
meke—tarefa, trabalho (essencial) Fazer; fabricar; trabalhar (verbo)
me— nós
mića emni kuηenak minan—minha linda lunática.
mića—linda. minan
—meu minden—
todo (adj.)
möért?—para que? (exclamativo)
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molanâ—derrubar-se
molo— esmagar, romper em pedaços. mozdul—
começar a mover, entrar em movimento muonìak
te avoisz te — eu ordeno que se revele. muonì—
apontar; ordenar; determinar; comandar. musta—
memória.
myös—também.
nä—para, por.
ηamaη— isso; este aqui, que, para alguém lá.
nautish—desfrutar.
nélkül—sem nenä
—raiva. ńiη3—
verme; larva.
nó— como, da mesma forma.
numa—Deus, céu, parte de acima, mais alto (relativo à palavra inglesa
"numinous")
numatorkuld—trovão (literalmente: luta no céu). nyál—
saliva; cuspe (essencial), (relativo a nyelv: "língua") nyelv
—língua
O ainaak jelä peje emnimet ŋama ŋ—O sol queima essa mulher para sempre (
xingamento cárpato).
o jelä peje emnimet—O sol queime essa mulher ( xingamento cárpato).
o jelä peje kaik hänkanak—O sol queime todos ( xingamento cárpato).
o jelä peje terád, emni—O sol te queime, mulher ( xingamento cárpato).
o jelä peje terád—O sol te queime ( xingamento cárpato).
o jelä sielamak—Luz da minha alma.
o köd belső—a escuridão te leve ( xingamento cárpato).
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siel—alma
sisar—irmã
sív pide köd—o amor transcende o mal.
sívad olen wäkeva, hän ku piwtä—Que seu coração fique forte, caçador (
saudação).
sívam és sielam—meu coração e alma.
sívamet—meu coração.
sívdobbanás—pulsar de coração (literal) ritmo (figurativo)
sív—coração
soηe —entrar, penetrar, compensar, substituir
sokta—misturar; agitar ao redor.
susu—lar, lugar de nascimento (essencial), a casa (adv.)
szabadon—livremente
szelem—fantasma taka
—atrás; além.
tappa—dançar, bater com o pé (verbo)
Te kalma, te jama ńiη3kval, te apitäsz arwa-arvo— Você não é nada, apenas um
cadáver andante de larvas infectadas, sem honra.
Te magköszunam näη amaη kać3 taka arvo—Obrigado por este presente sem
preço.
ted—seu.
terád keje—ser queimado ( xingamento cárpato).
te—você.
Tõdak pitäsz wäke bekimet mekesz kaiket—Sei que tem coragem para
enfrentar qualquer coisa.
tõdhän lõ kuraset agbapäämoroam—sabendo que a espada fiel voa para seu
objetivo.
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Dark - Série Os Cárpatos
tõdhän—conhecimento.
tõd—saber. toja—
inclinar, romper toro—
lutar.
torosz wäkeval—Lute ferozmente ( saudação).
totello—obedecer.
tsak—somente.
tuhanos löylyak türelamak saγe diutalet—mil respirações pacientes trazem a
vitória.
tuhanos—mil
tule—conhecer
tumte—sentir; tocar; tocar em.
türe—cheio, satisfeito
türelam agba kontsalamaval—paciência é a verdadeira arma do guerreiro.
türelam—paciência.
tyvi—raiz, base, tronco
uskol—felizmente
uskolfertiil—lealdade
varolind—perigoso .
veri ekäakank—sangue de nossos irmãos .
veri isäakank—sangue de nossos pais .
veri olen piros, ekäm—literalmente: o sangue é vermelho, meu irmão;
figurativamente: encontrar sua companheira (Saudação)
veriak ot en Karpatiiak— pelo sangue do Príncipe (literalmente: pelo sangue do
grande Cárpato; xingamento cárpato).
veri—sangue.
veridet peje—que queime seu sangue ( xingamento cárpato).
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Dark - Série Os Cárpatos
veri-elidet—sangue-vida .
vigyáz—preocupar-se vii—
último, ao fim, finalmente
wäke beki—força, coragem.
wäke kaδa—firmeza .
wäke kutni—resistência .
wäke—poder
wäke-sarna—voto; maldição; bênção (literalmente: palavras de poder).
wäkeva—poderoso .
wara—pássaro, corvo
weńća— completo, tudo.
wete—água.
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