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O Vampiro de Croglin Grange

As histórias sobre vampiros são algo que remete a milhares de anos atrás, mas algumas
pessoas ainda acreditam que tudo era fantasia ou confusão com acontecimento que poderiam ser
explicados pelo raciocínio lógico. Entre tanto, algumas histórias nós fazem pensar ao contrário,
principalmente no caso de hoje, onde há fortes evidências de que o caso realmente aconteceu,
sendo presenciado por várias pessoas.

No ano de 1885, em Cumberland um condado histórico localizado no noroeste da


Inglaterra, os irmãos Amelia, Edward e Michael Cranswell, alugaram a antiga casa Croglin Grange. A
modesta casa terreá, ficava situada em uma linda fazenda que era perfeita para os irmãos que
procuravam por um lugar tranquilo e pacato. Os primeiros meses que passaram no local era época
de inverno e não houve nenhum incidente. Mas assim que se iniciou o verão, coisas entranhas
passaram a acontecer.

Em uma noite opressivamente quente, os irmão estavam sentados na varanda assistindo o


encanto da lua que brilhava no céu junto com as estrelas, mas conforme o sono foi ficando mais
pesado, eles decidiram entrar em sua casa para deitar e dormi. Os quartos eram separados e
Edward e Michael pegaram no sono profundo rapidamente. Já Amelia estava inquieta e se sentia
incomodada com o calor. As janelas estavam fechadas mas as persianas estavam entre abertas o
suficiente para que ela pudesse admirar a paisagem enquanto tentava relaxar para dormi.

Incapaz de se acalmar para dormi diante daquele calor escaldante, Amelia encarava a
igreja que era possível ser notada dentro do pequeno cemitério que ficava a cerca de 800 metros
de sua casa – o local de paisagem plana e a lua brilhava forte, sendo possível ver claramente as
coisas nessa distância. A pequena igreja estava um pouco além das linhas das árvores, quando ela
pode notar duas luzes sinuosas que piscavam e pareciam estar de movimentando entre as copas
das árvores e eram visíveis pela janela. Ela ficou intrigada com aquilo, mas quanto mais ela
observava e reparava que as luzes estavam cada vez mais perto, ela começou a sentir medo,
ficando cada vez mais nervosa.

Quanto mais as luzes se aproximavam, Amélia pode notar que elas pareciam fazer parte
de uma forma humanoide e quando ela chegou perto dos limites da fazenda e ela percebeu que a
criatura estava chegando mais perto, Amélia levantou rapidamente e correu até a porta para abri-
la e correr até seus irmãos pedindo por ajuda. Mas antes que ela pudesse abrir a porta, Amélia
ouviu um barulho de arranhões vindo de sua janela, mesmo estando trêmula de medo, ela decidiu
olhara para trás.

De pé ao lado de fora da janela, havia uma criatura tão grande que quase tomava toda a
estrutura da janela, era um rosto horrível com olhos ferozes e vermelhos; os seus dedos
cumpridos, finos e ossudos estavam forçando a janela para entrar no quarto. Amélia estava
apavorada e ao mesmo tempo que olhava para a criatura ela tentava destrancar a fechadura da
sua porta, mas estava tremendo tanto que não conseguia. Quando a criatura conseguiu com exito
empurrar os pesos de chumbo que eram usados para trancar a janela e adentrar o quarto, Amélia
congelou de medo. Incapaz de se mover ou até mesmo gritar para levantar alarde para seus
irmãos, a criatura se moveu rapidamente e agora estava ao lado dela.
A criatura a puxou e abriu sua boca, mostrando grandes dentes se alinharam em seu
pescoço e lhe deram uma mordida. Naquele momento Amélia conseguiu arranjar forças para
gritar. Edward e Michael levantaram abruptamente quando ouviram Amélia e arrombaram a porta
de seu quarto. O invasor fugiu pelo mesmo caminho que tinha vindo e enquanto Edward socorreu
Amélia, Michael correu atrás dele, mas a criatura tinha passos muito largos e desapareceu além
dos muros do cemitério.

Amélia estava sangrando muito no pescoço, e apesar de ter certeza do que seus olhos
acabaram de presenciar, ela se convenceu de que seu agressor era, na verdade, algum louco que
havia fugido do manicômio, dada ao fato de que ela era uma garota cética e pouco supersticiosa,
essa era a conclusão mais compreensível.

Os três foram para a Suíça para que Amélia pudesse se recuperar completamente, mas
enquanto estava lá, Amélia só pensava em voltar para Croglin, pois ela era apaixonada por sua
casa. Apesar dos eventos ocorridos, ela e os irmãos ainda gostava muito do lugar e já havia se
tornado moradores populares na redondeza. Amélia também convenceu os irmãos de que um
lunático não escaparia todos os dias de um manicômio e iriam até a casa deles. Convencidos, eles
voltaram para a casa.

Eles passaram outro inverno plácido em Croglin, mas em Março quando o tempo voltou a
esquentar novamente, Amélia começou a ouvir o inconfundível barulho dos arranhões em sua
janela mais uma vez. Mas dessa vez, Amélia gritou por seus irmãos prontamente, antes que a
criatura entrasse em seu quarto. Edward e Michael responderam rapidamente aos gritos de
socorro da irmã, mas essa vez estavam armados. Os gritos de Amélia acabaram assustando a
criatura que já estava voltando para o cemitério, quando os irmãos dispararam as armas atingindo
uma das pernas dele. Mesmo ferido a criatura ainda era muito veloz e conseguiu fugir. Mas dessa
vez, a trilha se manchas de sangue que ficou para trás fez com que os irmãos fossem capazes de
rastreá-lo. Eles seguiram as manchas que levaram até uma cripta de uma família muito conhecida
na cidade, mas como já era tarde da noite e os dois estavam sozinhos, decidiram que voltariam no
dia seguinte no primeiro raiar do sol e com mais pessoas, para pegarem a criatura.

Um grupo de pessoas foi reunido depois que os irmãos contaram a história do ocorrido, e
eles investigaram ao amanhecer. Quando abriram a cripta, haviam vários caixões que estavam
quebrados e somente um deles estava intacto, mas a tampa estava entre aberta onde e as machas
de sangue mostravam estar a criatura. Ao abrirem, se depararam com um cadáver aparentemente
morto já a algum tempo, mas ele tinha um ferimento de bala fresco em uma das pernas.

Imediatamente eles retiraram o corpo de dentro do caixão e atearam fogo nele, dando fim
aos ataques que a família Cranswell estava sofrendo.

A história ficou conhecida principalmente quando Augusts Hare Lebre contou em seu livro
Story Of My Life. Augustus alegou ter recebido todos os detalhes desse acontecimento pelo
Capitão Fisher que era o proprietario e senhorio da fazenda alugada pelos irmãos.

Alguns acreditavam ser real e outras diziam ser somente uma lenda local. Intrigado com
essa história que soava um tanto quando misteriosa, Charles Harper decidiu investigar e chegar o
fundo para descobrir a verdade e em 1924 Charles viajou para Cumberland e de início a sua
pesquisa.
Charles acho indícios de que a casa Croling Low Hall seria Hing Hall, mas de acordo com
ele, o cemitério era muito longe para poder ser visto pela janela conforme Amélia havia dito. Além
de que no cemitério encontrado próximo a casa não continha nenhuma cripta ou tumba, nada por
qualquer trecho próximo ao local que poderia ser identificado como as da história.

Mas foram contestadas por F.Clive Ross na década de 1930. Ross decidiu fazer uma nova
investigação e dessa vez ele entrevistou moradores locais e chegou a conclusão de que Crogin Low
Hall era na verdade Croglin Grange. Atualmente o local era uma Granja mas em 1875 quando os
irmãos Cranswell alugaram o local era uma pequena casa, assim como descrita no relato, e
próximo dela havia uma pequena capela, na qual havia sido construída sobre uma igreja anterior
que também batiam com os relatos dos irmãos sobre a distancia e visibilidade do quarto de
Amélia.

Ross também entrevistou uma moradora chamada Sra. Parkin nascida em 1860, que
afirmava ter conhecido pessoalmente a família Fisher, que eram os verdadeiros proprietarios da
casa e que haviam alugado para os irmãos Cranswell em 1875. Essa Sra. também revelou que a
escritura original da propriedade consta a casa Croling Low Hall era mesmo a Granja Croling
Grange conforme Ross havia suspeitado.

O jornal Lionel Fanthorpe também conduziu uma investigação mais recentemente sobre o
Vampiro de Croling – como a criatura ficou conhecida, e seus resultados sugerem que os eventos
podem ser realmente genuínos. Fanthorpe acredita que alguém acabou demolindo a estrutura da
casa durante a vida de Oliver Cromwell, o morador que comprou a propriedade após alguns anos.

Com todos os fatos e provas encontradas a história do Vampiro de Cronling ganhou


notoriedade por ser real.

Curiosidade:

A cidade depois te der os dados comprovados de que a lenda na verdade era uma historia
real, faz uso da imagem do Vampiro de Cronling para sediar festas e eventos, principalmente
durante o Halloween, inclusive tendo sua própria marca de cerveja que pode ser comprada pela
internet.

Em 2015 foi lançado um livro contando mais detalhadamente a história do acontecimento


e como foram feitas as investigações.

O Vampiro Croglin Grange de Cumberland - Mistérios Históricos (historicmysteries.com)

Croglin Grange - Wikipédia (wikipedia.org)

Croglin Vampire - Bing images (ilustração da criatura entrando no quarto de Amélia)

Cumberland - Wikipédia (wikipedia.org) (dados de cumberland)


o vampiro de croling - Bing images (imagem do vampiro descrito por Amélia)

Croglin Low Hall era Croglin Grange - Bing imagens (imagens do local para edição)

Croglin Cumbria - Bing images (mais imagens)

Croglin Vampire - Bing images (imagens do vampiro)

Revisão da cerveja - Croglin Vampire | Blog de cerveja de Knut Albert (wordpress.com)


(cerveja do vampiro)

The vampire of Croglin by Deary, Terry (9781781124581) | BrownsBfS (o livro do caso)

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