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Profª Paula
Literatura
1865
Lewis Carroll
Gramática
Redação
Espanhol
Alice no país das maravilhas - 1865
• Alice's Adventures in Wonderland (As Aventuras de Alice no País das
Maravilhas)
• Alice in Wonderland (Alice no País das Maravilhas) – abreviado
• Publicado em 4 de julho de 1865
• Charles Lutwidge Dodgson, pseudônimo de Lewis Carroll
• Gênero literário nonsense.
• A classificação das obras literárias que podem ser feitas de acordo com
critérios semânticos, sintáticos, fonológicos, formais, contextuais etc.
• Expressão inglesa que denota algo sem sentido, nexo, lógica ou coerência.
• Frequentemente utilizada para denotar um estilo característico de humor
perturbado e sem sentido, que pode aparecer em diversas artes.
Alice no país das maravilhas - 1865
Lewis Carroll – biografia
• Em março de 1856, Charles escreveu o seu primeiro texto com o pseudónimo que o
tornaria famoso. Um poema romântico chamado "Solitude" surgiu na revista The Train,
sendo atribuído a "Lewis Carroll".
• Esse pseudónimo era um jogo de palavras com o seu nome verdadeiro: Lewis era a forma
anglicizada de Ludovicus, e Carroll era um apelido irlandês parecido com o nome
latino Carolus, do qual vem o nome Charles.
• A transição foi feita da seguinte forma: a tradução para latim de "Charles Lutwidge" é
"Carolus Ludovicus" e esse nome traduzido para inglês é "Carroll Lewis“. Depois ele
trocou os nomes de ordem e criou o pseudónimo "Lewis Carroll".
• Esse pseudónimo foi escolhido pelo editor Edmund Yates a partir de uma lista enviada
por Charles, sendo que os outros eram: Edgar Cuthwellis, Edgar U. C. Westhill, e Louis
Carroll.
Alice no país das maravilhas - 1865
Resumo da obra
• Alice estava com a sua irmã à beira do rio, quando vê um coelho a correr.
• Ele entra numa toca e Alice, sem pensar, segue-o e entra também.
• Para seu espanto, a toca era muito inclinada.
• Alice continua seguindo o coelho, mas quando está perto dele, ele desaparece.
• Ela vê então uma porta muito pequena. Vê também um frasco que diz “Bebe-me, bebe-me.”
• Depois que bebe o líquido do franco, vai ficando cada vez menor, menor e menor…
• Alice aproxima-se da porta, mas ela estava trancada. Tenta chegar à chave, mas não consegue.
• Vê então um baú com biscoitos com os dizeres: “Come- me, come-me.”
• Depois de comer, logo Alice fica cada vez maior, maior, maior…
• Passado algum tempo, volta ao seu tamanho normal.
• Alice quase se afoga nas suas próprias lágrimas.
Alice no país das maravilhas - 1865
Resumo da obra
• O século XIX na Inglaterra foi marcado pelo governo da Rainha Vitória (a inspiração para a Rainha de Copas), que reinou de 1837
até a sua morte, em 1901.
• A chamada Era Vitoriana foi caracterizada por um momento de progresso na Grã-Bretanha, com a consolidação da indústria e a
expansão das colônias britânicas na Ásia e na África.
• Progresso e desenvolvimento elitista, as camadas mais pobres da população continuavam a passar fome, a se contaminar com
doenças, e trabalhar em condições precárias – agravadas pelo avanço das fábricas.
• Social e culturalmente, foi uma época efervescente e inspirou a produção de obras como Sherlock Holmes e Drácula, além das
obras de Charles Dickens.
• O clássico misturava-se com o moderno, com o desenvolvimento de metrópoles cada vez mais tecnológicas, com a presença de
rodovias, pontes, fábricas e invenções como a fotografia, o telefone, o carro e a máquina de escrever.
• A “moral e os bons costumes” era a marca do reinado de Vitória. Um passo em falso de uma dama era suficiente para ela ser
“cancelada” pela alta sociedade. Morando em uma universidade, é muito provável que Carroll vivenciava na pele essa realidade
dos aristocratas.
• E assim como fez Oscar Wilde em O Retrato de Dorian Gray, o autor fez da sua obra uma oportunidade de criticar todo esse
ideário conservador – e, para isso, criou um mundo invertido e absurdo.
Alice no país das maravilhas - 1865
Narrador Espaço
• Alice - é uma menina inglesa de sete anos, inteligente e observadora, que embarca em uma
viagem para o País das Maravilhas, um mundo em que tudo parece ser diferente daquilo que ela
conhece. A protagonista simboliza a curiosidade e a imaginação que todos temos na infância.
• Coelho Branco – animal personificado, passa pelo jardim é o elemento que desperta a atenção da
menina. Vestindo um colete e usando um relógio de bolso, corre porque está atrasado. Alice
decide ir atrás dele, sem pensar nas consequências. O Coelho, sempre aflito e correndo,
representa a passagem inevitável do tempo.
• Gato de Cheshire - figura misteriosa que sorri o tempo todo, surge para indicar o caminho à
protagonista, mas acaba confundindo Alice ainda mais. O encontro marca o momento em que
Alice tem que deixar para trás toda a lógica e aceitar que há uma certa dose de insanidade em
todos os personagens. Representa a relatividade da insanidade e loucura, voz da sabedoria.
Alice no país das maravilhas - 1865
Personagens e suas representações
• Chapeleiro Maluco - é um personagem que diz estar brigado com o tempo e parece estar eternamente
preso à hora do chá. Um anfitrião nada convencional, tenta impedir Alice de sentar na sua mesa e irrita a
menina com enigmas e poemas sem sentido. Autointitulado de louco, representa o abandono das normas
sociais e das regras de etiqueta associadas ao modo de vida britânico.
• Lebre de Março - amiga do Chapeleiro e fiel companheira da hora do chá, insiste em provocar e incomodar a
convidada. Nas suas intervenções, ela age de um modo esquisito, desafiando o conhecimento e a lógica da
menina. A simbologia do personagem parece estar diretamente relacionada com a língua inglesa.
• Arganaz – rato do campo que compõe a mesa de chá. Ele passa o tempo todo caindo no sono, como se
estivesse dopado ou hipnotizado por alguma coisa. O bichinho quase não se pronuncia e quando tenta falar,
ninguém presta atenção ou é interrompido, acabando mesmo por desistir. Assim, ele é dominado pelas
outras figuras, a Lebre e o Chapeleiro, que são maiores que ele. Algumas teorias apontam que o Arganaz
poderá simbolizar a imobilidade da classe trabalhadora que não consegue reagir à opressão que sofre.
• Todos no País das Maravilhas são considerados loucos no mundo real, mas vivem em um universo
em que o normal é justamente o anormal
• Imitem as instituições e convenções sociais, como um chá da tarde, um tribunal e até mesmo
uma monarquia.
• O texto pode ser entendido como uma crítica à sociedade da Inglaterra Vitoriana e à educação
moralista concedida às crianças
• Os personagens são como sátiras da sociedade britânica da época, cada um, uma simbologia
subversiva, um jeito de viver fora do sistema opressor.
• A obra possibilita refletir eticamente sobre o mundo em que se vive e como se pode driblar
aquilo que é imposto cotidianamente.
• Nessa perspectiva, Alice é uma criança que está insatisfeita e que questiona a ordem das coisas, é
uma rebelde característica ousada quando se pensa na compreensão de infância que se tinha na
época.
Alice no país das maravilhas - 1865
Análise crítica
• A maneira de se apresentar a personagem rompe com o padrão: a garota é capaz de, mesmo
muito jovem, pensar e questionar com autonomia, sem o amparo de um adulto.
• Inova a forma de contar histórias para crianças, o autor faz brincadeiras com poemas e canções
famosas da época, questionando o próprio sistema de educação.
• As crianças aprendem lições que devem decorar e cumprir à regra, sem nunca haver espaço para
o pensamento crítico ou sequer para a imaginação.
• O poder da Literatura, Alice troca o tédio do mundo real pelas surpresas de um País das
Maravilhas que se revela um "mundo de cabeça para baixo", onde todas as coisas desafiam a sua
razão.
Alice no país das maravilhas - 1865
Curiosidades