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Olá.

O livro que eu escolhi para apresentar-vos hoje é o Fantasma de Canterville,


primeira obra publicada por Oscar Wilde. Oscar Wilde foi um influente escritor, poeta
e dramaturgo irlandês. Nasceu a 16 de outubro de 1854 em Dublin e morreu a 30 de
novembro de 1900 em Paris. Recebeu diversos prémios como o Newdigate Prize de
poesia com o poema “Revenna”. A sua obra-prima é “O Retrato de Dorian Gray”, o seu
único romance. Eu escolhi este livro por causa da sipnose que me atraiu por parcer um
livro bastante cómico.
O ministro dos estados unidos acabava de comprar o castelo de Canterville. O seu
dono, Lord Canterville anunciou que a casa tinha sido o lugar da família Canterville por
gerações mas avisou-o também que a casa estava assombrada por um fantasma que
incomodava a todos os que entravam na casa. Os americanos não acreditaram na
história e ingorando os avisos, compraram a casa. Dentro de semanas a família Otis,
constituida pelo Sr e Sra Otis e os seus três filhos: o mais velho Washigton, uma jovem
de treze anos, Virgínia, e os gémeos geralmente chamados por “Stars and Stripers”
mudaram-se para a casa. Rapidamente reparam na mancha de sangue da bibloteca e a
governanta da casa, conta que essa mancha marcava o local onde há muitos anos o Sir
Simon de Canterville matou a sua mulher. Sir Simon desapareceu uns anos depois e o
seu corpo nunca fora encontrado já que a partir desse dia o fantasma passou a
assombrar a casa. Depois de muitos acontecimentos suspeitos a família volta atrás
com o que disse e aceita que realmente havia um fantasma nessa casa no entanto
seguem as suas vidas normalmente. Até que Sir Simon decide aparecer à frente de
todos, numa noite, arrastando umas correntes que fazem um terrível barulho. O
primeiro a acordar é Sr. Otis que com a máxima calma vai ter com o fantasma e
entrega-lhe um frasquinho para que o fantasma pudesse olear as suas correntes. Sir
Simon fica irritadíssimo por não o ter conseguido assustar, começando este a encetar
uma série de estratagemas para assustar os novos hóspedes.
Eu gostei muito do conto: uma narrativa simples, com uma extensão reduzida e
número restrito de personagens aspetos característicos do conto. Uma comédia que
resulta do contraste que é feito entre o “Velho Mundo” (Europa, mais concretamente
a Inglaterra) e o “Novo Mundo” (Estados Unidos). Enquanto o velho mundo é
caracterizado pelo casarão antigo e afetada pela aristocracia inglesa o novo mundo
está associado ao novo, à coragem de uma família que viaja para um novo continente
recomeçando as suas vidas. Oscar Wilde neste conto critica o patriotismo da sociedade
neste caso o patriotismo dos americanos que durante toda a história destacam as
qualidades da sua terra e ao mesmo tempo fica claro que o fantasma representa o
comprotamento arrogante da aristocracia vitoriana que apesar da decadência
mantinha firme as suas aparências, ele não aceitava a indiferença por parte da família
à sua presença. Eu escolhi um excerto do conto que gostaria de apresentar: “Quando
uma menina loura conseguir arrancar dos lábios do pecador uma oração, quando a
amendoeira nua der frutos, e uma criança as lágrimas entregar, então toda a casa
ficará tranquila e a paz chegará a Canterville” um poema onde mais tarde o fantasma
pediu ajuda à Virginia para concretizar essa profecia para se libertar dos seus pecados.
Ou seja, o fantasma dejesa morrer, não numa conotação negativa de fim e
desconhecido mas sim a procura pela paz que tanto o fantasma sonha em conseguir
mas não consegue devido aos seus pecados e à sua consciência que não o permitem
descansar em paz vivendo por isso mais de 500 anos de culpa por tudo o que já fez e
com a amizade de Virgínia ele libertou os pecados e a culpa e finalmente conseguiu
descansar em paz. Um final que considero bastante bonito e realmente é impossível
descansarmos em paz senão estivermos em paz connosco. Em suma eu gostei muito
do livro, superou as minhas expectativas, e recomendo vivamente a que o leiam.

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