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1) Ao nível da estrutura externa, o excerto integra-se no final do primeiro ato de Frei Luís

de Sousa. No que diz respeito à estrutura interna, corresponde ao conflito. Manuel de


Sousa Coutinho entra em cena agitado, transmitindo as novidades recebidas de Lisboa e
a sua decisão face a elas. Considerando que os governadores, em resultado da peste
vivida na capital, pretendem acomodar-se no seu palácio, dar-lhes-á uma lição de
patriotismo, saindo de sua casa antes de eles entrarem (e, como se perceberá adiante,
impedindo-os igualmente de se instalarem). Este acontecimento provoca a mudança da
família para o palácio de D. João de Portugal, ideia que aterroriza Madalena e que
permitirá o seu reencontro com D. João de Portugal, bem como a catástrofe
consequente.
2) Na primeira fala, Madalena revela-se ansiosa e preocupada, sentimentos que as
interrogações (“Que tens tu?” e “O que é?”) e as hesitações (“Tens cousa que te dá
cuidado… e não mo dizes?) evidenciam. De acordo com as cenas anteriores, a aflição
de Madalena pode ser explicada pelo receio de que D. João de Portugal não esteja
morto. Essa possibilidade provoca-lhe um constante estado de angústia, conforme é
mostrado no diálogo entre Telmo e Madalena, na Cena II do ato I.
3) Manuel é apresentado em Frei Luís de Sousa como um homem racional, corajoso e
patriota, qualidades que se tornam evidentes na sua ação destemida de abandonar o seu
próprio palácio para impedir a ocupação pelos governadores castelhanos (“Hei de lhes
dar uma lição, a eles e a este escravo deste povo que os sofre, como não levam tiranos
há muito tempo neste terra”). A essas qualidades acrescem ainda a segurança e a
determinação que ficam claras no momento em que Manuel informa a família que
abandonará a casa de imediato e que já se encarregou das tarefas necessárias para a
mudança (“É preciso sair já desta casa, Madalena.” e “Já dei ordens a toda a família.”).
4) Maria herdou o ímpeto patriota do pai e, como tal, apoia a decisão de Manuel de
abandonar o palácio antes que os governadores espanhóis lá cheguem. Assim, perante a
solução do pai, Maria revela o seu entusiasmo através das frases exclamativas e da
interjeição (“O meu nobre pai” e “Oh, meu querido pai!), bem como da repetição (“Sim,
sim…”).

1) Ao nível da estrutura interna, o excerto selecionado insere-se no final do primeiro ato de


Frei Luís de Sousa. No que diz respeito à estrutura interna, corresponde ao conflito.
Manuel de Sousa Coutinho entra em cena agitado, transmitindo as novidades recebidas
de Lisboa e a sua decisão face a elas. Conforme os governadores espanhóis, em
resultado da peste vivida na capital, pretendiam acomodar-se no palácio do patriarca,
Manuel decide dár-lhes um lição de patriotismo, saindo do palácio antes da sua
chegada. Este acontecimento provoca a mudaça de espaço da família para o palácio de
D. João de Portugal o que permitirá o seu reencontro com D. João, bem como as
catástrofes consequentes.
2) Na primeira fala, Madalena revela-se angustiada, preocupada e ansiosa, sentimentos que
as interrogações (“Que tens tu?” e “O que é?”) e as pausas (“Tens cousa que te dá
cuidado… e não mo dizes”) evidenciam. De acordo com as cenas anteriores, a aflição
de Madalena pode ser explicada pelo receio de que D. João de Portugal regresse. Essa
possibilidade provoca-lhe um constante estado de angústia, conforme é mostrado no
diálogo entre ela e Telmo, na cena II do ato I.
3) Manuel de Sousa Coutinho é apresentado em Frei Luís de Sousa como um homem
racional, confiante e patriota, qualidades que se tornam evidentes na sua ação destemida
de impedir a acomodação dos governadores espanhóis no seu palácio (“Hei de lhes dar
uma lição, a eles e a este escravo povo que os sofre, como não levam tiranos há muito
tempo nesta terra.”). A essas qualidades acrescem ainda a determinação e segurança,
que ficam claras no momento em que Manuel informa a família que abandonará a casa
de imediato e que já se responsabilizou pelas tarefas necessárias para a mudança
(“Sairemos esta noite. Já dei ordens a toda a família.”).
4) Maria herdou o ímpeto patriota do pai e, como tal, apoia a decisão de Manuel de
abandonar o palácio antes da chegada dos governadores espanhóis. Assim, perante a
resolução do pai, Maria revela o entusiamo através das frases exclamativas e da
interjeição (“O meu nobre pai! Oh, o meu querido pai!”), bem como da repetição (“Sim,
sim…”)
5) (D)

1) (D)
2) (B)
3) (C)
4) (B)
5) (A)
6) Oração subordinada adverbial concessiva.

Texto B
Telmo Pais é um personagem de Frei Luís de Sousa, interpretado pelo próprio Almeida
Garrett na primeira representação da peça.
Telmo está preso a uma afeição antiga, por D. João de Portugal, com quem vivia uma
relação de pai e filho, que se converteu quase num culto. Telmo, como verdadeiro crente do
mito sebastianista, acredita que D. Sebastião há-de regressar e, com ele, também D. João de
Portugal, desaparecido na mesma batalha. Essa sua devoção por D. João de Portugal,
mesmo passados 21 anos desde o seu desaparecimento, fizeram-no ser contra o casamento
entre Madalena e Manuel, apesar de sempre ter servidos lealmente a ambos. Por este último,
apesar de lhe reconhecer algumas virtudes, nunca o admirou verdadeiramente, contudo ao
longo da obra, verifica-se uma alteração da visão de Telmo sobre Manuel.
Num ímpeto patriota Manuel decide atear fogo à própria casa, destruindo muitos dos seus
bens, para impedir a acomodação dos governadores espanhóis. Este ato revelou algumas das
virtues de Manuel que Telmo nunca reconhecera como a honra, o patriotismo, a coragem e a
determinação. A partir desse acontecimento, Telmo passou a admirar Telmo
verdadeiramente, chegando mesmo a arrepender-se por nunca o ter feito antes. Telmo é,
assim, uma personagem modelada que evolui ao longo da peça.

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