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Português 11.

ºAno

Frei Luís de Sousa- ato segundo, cenas I, II, III


Educação Literária-págs-112-113

1.a) Almada, palácio de D. João de Portugal;


b) sala antiga, com uma decoração pesada e escura (grandes retratos e reposteiros).
Existe uma tribuna voltada para a capela da Senhora da Piedade;
c) a decoração remete para um local próprio da alta nobreza (brasão da família);
d) a decoração da sala sugere um espaço triste, melancólico, fechado e sem luz.

2. Maria é culta e inteligente (“[…] é o princípio daquele livro tão bonito que minha mãe
diz que não entende; entendo-o eu.” – ll. 18-19). Acredita em presságios e agouros (“[…]
eu agora é que faço de forte e assisada […] tanta fé neles.” – ll. 36-38).

3.“disfarçando o terror de que está tomado”; “cobrando ânimo e exaltando-se” (ll. 42-
44).

4.No início do ato II, Maria demonstra-se comovida e orgulhosa por ser filha de um pai
tão valente e patriota, tal como os heróis clássicos, que eram dotados de ousadia,
valentia e sentido patriótico.

5.As interjeições e o uso da enumeração. O uso reiterado de interjeições (“oh!”, ll. 25,
38 e 39) demonstra o carácter emotivo de Maria. A enumeração, nas linhas 24-25 (“[…]
Aquele palácio a arder, aquele povo a gritar, o rebate dos sinos, aquela cena toda…
[…]”), demonstra a admiração que Maria tem pelo seu pai.

6.Telmo hesita relativamente às informações que procura dar a Maria sobre o retrato.
7. a) 3; b) 4.

8.1. Existem três quadros no fundo da sala em que se encontram Telmo e Maria: o
quadro de Luís de Camões, de D. Sebastião e o de D. João de Portugal.
Relativamente ao quadro de Luís de Camões, a admiração de Maria advém da adoração
que a menina tem pelo poeta e que lhe foi incutida por Telmo. Quanto ao de D.
Sebastião, o fascínio de Maria prende-se com a história do rei, que ela tanto idolatra, e
em cuja morte não acredita. Por fim, no que se refere a D. João de Portugal, o seu
interesse é proveniente da reação perturbada de sua mãe ao ver aquele quadro.

9.1. Manuel de Sousa Coutinho encontra-se escondido até que a fúria dos governadores
se acalme. A afronta do incêndio leva a que tenha de ir a sua casa disfarçado e de forma
oculta.

10.1. Através desta afirmação de Maria, as suas premonições são confirmadas, uma
vez que, sem ninguém lho afirmar, já sabia que o retrato era de D. João de Portugal.

11.1. Maria revela ter consciência de que, se D. João estivesse vivo, ela não teria
nascido. A didascália também sugere que, se D. João regressasse, Maria sofreria a
vergonha de ser filha ilegítima.
12.1. (A).
12.2. (B)

Ato segundo, cenas IV à X

Educação Literária- p.119

1.a) Frei Jorge informa Manuel de Sousa Coutinho de que já não terá de se esconder,
pois não corre perigo de retaliações por parte dos governadores;
b) Maria pede ao pai para ir com ele a Lisboa e visitar a tia Joana de Castro, por quem
tem uma grande admiração;
c) D. Madalena surge bem-disposta e restabelecida, após oito dias de cama;
d) D. Madalena volta a ficar muito apreensiva e preocupada por saber que ficará sozinha
naquele dia (sexta-feira), uma vez que Manuel de Sousa Coutinho e Maria irão a Lisboa.
2. D. Madalena revela, inicialmente, alguma alegria, que dura pouco tempo,
principalmente quando se apercebe de que aquele dia é sexta-feira e de que a família
a quer deixar sozinha para ir a Lisboa. Os apelos à razão vindos da parte de Manuel de
Sousa Coutinho têm algum efeito positivo. Contudo, na hora da despedida, D. Madalena
volta a revelar um grande desassossego e tristeza, pressentindo que esta será a última
vez que estará perto da sua família.
3. Maria revela uma adoração pela condessa de Vimioso e pela sua história. Por sua
vez, Madalena, apesar de admirar a sua força, ainda se sente mais desesperada, pois
tem receio de que possa ter de se separar do seu marido, Manuel de Sousa Coutinho,
tal como a condessa. De certa forma, esta história é uma premonição de um desfecho
inesperado para a família.
4.Frei Jorge, que até ao momento se tinha mantido afastado de agouros e presságios,
deixa-se envolver pelo clima criado e também ele começa a adivinhar que uma tragédia
se aproxima.
5. Madalena teme muito aquele dia, pois foi numa sexta-feira, em anos distintos, que
tiveram lugar os três acontecimentos mais importantes da sua vida: casou pela primeira
vez com D. João de Portugal, viu a primeira vez Manuel de Sousa Coutinho e teve lugar
a batalha de Alcácer Quibir, em que desapareceram o seu marido e o rei D. Sebastião.

Ato segundo, cenas XI à XV


Educação Literária-págs 123- 124

1.“É um pobre velho peregrino” (ll. 11-12), “Nunca vi tão formosas barbas de velho e tão
alvas.” (ll. 21--22).
2.O Romeiro confirma ser português, tendo vivido vinte anos nos “Santos-Lugares” e
passado por muitas provações. Refere, ainda, que não tem família, contando, apenas,
com um único amigo.
3.Com a afirmação “Ninguém!” associada ao facto de apontar para o quadro de D. João
de Portugal, Frei Jorge compreende que D. João de Portugal está vivo e é o Romeiro.
4.Por um lado, Telmo Pais alimenta o Sebastianismo de Maria, emprestando-lhe livros
sobre o rei e a batalha. Por outro lado, D. Madalena vive atormentada perante a
possibilidade de
D. João não ter morrido na batalha de Alcácer Quibir. Por isso, as referências a D.
Sebastião angustiam-na.
Atividade de Pré-Leitura-Oralidade

1.1. Exemplo de resposta: Na pintura de René Magritte, intitulada Os Amantes, o casal


representado no quadro tem um pano a cobrir o rosto de cada um, de modo que o beijo
partilhado seja anónimo. Por sua vez, na capa da revista Vogue, o casal vê-se
impossibilitado de partilhar um beijo caloroso e íntimo, devido às medidas de restrição
impostas para travar a transmissão do coronavírus. Nas duas imagens, o casal está
impedido de viver livremente o seu amor. Do mesmo modo, D. Madalena e Manuel de
Sousa Coutinho veem o seu amor proibido pelas regras sociais da época.

Frei Luís de Sousa- Ato terceiro, cena I

Educação Literária- págs 129-130

1.a) Alta noite;


b) Almada, parte baixa do palácio de D. João de Portugal;
c) Espaço vasto, sem ornamentos, presença de objetos religiosos (esquife, uma cruz,
hábito, …) e ligação direta à igreja de S. Paulo dos Domínicos;
d) Isolamento (há pouca iluminação, sem qualquer saída para o exterior), abandono
(sem quaisquer ornamentos) e morte (presença de uma cruz).

2. Manuel de Sousa Coutinho sente-se responsável perante o que aconteceu – “Fui eu


o autor de tudo isto, o autor da minha desgraça e da sua desonra deles…”, ll. 37-38.
3. As personagens vivem um momento doloroso, causado pela tragédia que se abateu
sobre a família. Esse ambiente de dor e tristeza relaciona-se com o próprio espaço em
que decorre a ação. A didascália inicial do ato III sugere um ambiente fúnebre, com
adereços relativos à religião e à morte.
4.Esta cena inicial do ato III antecipa o desfecho trágico dos acontecimentos. Deste
modo, antevê-se a morte de Maria, quando Manuel refere que ela lançou o sangue todo
que tinha no coração. Para além disso, ao dirigir-se a Deus, Manuel suplica a morte
para Maria, antes que “este mundo infame e sem comiseração” (l. 86) a recrimine e a
despreze pela “desgraça do seu nascimento” (l. 87). Por fim, Manuel, a quem Jorge
incentiva a entregar-se a Deus com resignação, deseja a morte como fim para o seu
sofrimento.
5.Neste momento de desespero, Frei Jorge desempenha um papel fundamental em
relação ao irmão: é o seu amparo e, com a serenidade que revela, tranquiliza-o,
fornecendo-lhe informações sobre o estado de saúde de Maria. Para além disso,
assume-se como conselheiro de Manuel, ao recomendar-lhe que se entregue a Deus
porque “[…]Ele fará o que em sua misericórdia sabe que é melhor.” (l. 98).

Ato terceiro- Cenas II, III, IV, V e VI


Educação Literária- p.134

1.Telmo questiona-se sobre o desejo que sempre alimentara de ver regressar D. João,
principalmente porque tem consciência de que o amor que sente por Maria superou o
que sentia pelo seu antigo amo, vivendo, assim, um conflito interior. Contudo, conclui
que teme perder Maria e, por isso, oferece a sua vida em troca da dela.
2. A fala do Romeiro mostra que este ouviu o monólogo de Telmo e que pensou que o
seu pedido era por sua causa, uma vez que não sabia da existência de Maria, por isso
o Romeiro previne-o de que Deus pode castigá-lo.
3. As razões que o Romeiro aponta para explicar a sua aparência são os vinte anos de
cativeiro (l. 61), uma noite dura (ll. 62-63) e, por fim, o sol da Palestina (ll. 63-64).
4.1. O Romeiro percebe que D. Madalena tudo havia feito para o encontrar e, nesse
sentido, sente-se “injusto, duro e cruel”, pois está a destruir uma família inocente, não
tendo pensado nas consequências dos seus atos.

5.O equívoco surge quando D. João julga que D. Madalena está a chamar por si e revela
o amor que sente por ele. Contudo, D. Madalena refere-se a Manuel de Sousa Coutinho.
O Romeiro, inicialmente, sente-se esperançoso. No entanto, ao ouvir o nome de Manuel,
fica furioso e pretende confrontar Madalena, mas acaba por se acalmar e continua
decidido a evitar a separação do casal.
6.a) ato de fala diretivo;
b) ato de fala expressivo;
c) ato de fala assertivo.

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