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CRISES DO CAPITALISMO

CRISES DO CAPITALISMO

Flutuações de crescimento económico


e as crises do capitalismo
O crescimento económico não foi regular, mas sim marcado por
flutuações, com duas grandes tendências:

FASE A FASE B

Períodos de forte crescimento Períodos de diminuição


económico associados a do crescimento associados
conjunturas favoráveis de à estagnação e à ocorrências
prosperidade e expansão. de crises.
CRISES DO CAPITALISMO

Os ciclos económicos alternaram, assim, entre fases de prosperidade e


fases de crise e de depressão, cuja sequência está representada no
gráfico seguinte:

A fase da recessão (B),


desencadeada pela
estagnação e abrandamento
do crescimento económico
(diminuição da produção e
descida dos preços),
acompanhava a crise mais ou
menos longa.
Recessão (fase B) Expansão (fase A)
CRISES DO CAPITALISMO

Os ciclos económicos alternaram, assim, entre fases de prosperidade e


fases de crise e de depressão, cuja sequência está representada no
gráfico seguinte:

Seguia-se a recuperação, mais


ou menos lenta, que conduzia
à prosperidade (aumento da
procura e subida dos preços),
ou seja, à fase de expansão
(A).
Recessão (fase B) Expansão (fase A)
CRISES DO CAPITALISMO
Os períodos de forte crescimento, ou de prosperidade, ocorreram entre 1860 e 1873
e depois entre 1896 e 1914.
Estiveram associados a diversos fatores que impulsionaram a expansão económica:

→ aumento de investimentos e de lucros provenientes do capital;

↓ abundância monetária propiciada pela descoberta de minas de ouro na Califórnia e no Alasca;

↓ expansão de industrialização a novos setores;

↓ aumento da produtividade associada a progressos técnicos…


CRISES DO CAPITALISMO

O ciclo de expansão económica


era interrompido, de forma
geralmente brusca, pela crise que
abalava a economia capitalista.

Com efeito, a partir do século XIX, as


crises cíclicas do capitalismo liberal
ocorriam com uma periodicidade mais
ou menos regular, em determinados
intervalos de tempo. Para além do seu
carácter cíclico, apresentam outras
características que, geralmente,
acompanhavam o processo da crise.
CRISES DO CAPITALISMO
Ao contrário das crises de subprodução da época pré-industrial, as crises típicas do capitalismo comercial
industrial eram crises de superprodução, resultantes da falta de regulação económica que provocavam o
desequilíbrio entre o consumo (procura) e a produção (oferta).

Os ritmos de crescimento eram, portanto, desiguais, variando nos seus efeitos, consoante o setor da
atividade ou a região. Perante as flutuações da economia, os economistas contemporâneos procuraram
compreender os diferentes ciclos económicos.
CRISES DO CAPITALISMO
Economistas da época estudaram as flutuações da economia europeia.
Evidenciaram-se dois ciclos económicos:
o ciclo longo (de Kondratieff) e o ciclo intermédio (de Juglar).

Juglar distinguiu os ciclos intermédios, de


Kondratieff distinguiu o ciclo 6 a 10 anos, divididos em quatro fases:
longo, de 40 a 60 anos, e dividiu 1. aumento de produção; 2. surgimento
em duas fases (A e B). da crise; 3. depressão económica;
4. recuperação ou relançamento da
atividade económica.
Nikolai Kondratieff Clément Juglar
(1892-1938) (1819-1905)
CRISES DO CAPITALISMO
Os princípios do liberalismo económico, associados ao sistema capitalista industrial e financeiro,
influenciaram muitas das opções e das práticas da atividade económica.
Na verdade, a falta de regulação contribuiu, em parte, para as crises do sistema capitalista,
na segunda metade do século XIX.
Entre os princípios defendidos pelos liberalismo, que determinaram as práticas do sistema económico, destacam-se:

DEFENDE… RECUSA… CRISE CAPITALISTA


… que os diversos setores da atividade … o controlo e a → A falta de regulamentação conduziu a
económica assentavam na propriedade intervenção do desequilíbrios na atividade economica, nos
privada, na livre iniciativa e na livre Estado na mercados, na produção, no consumo.
concorrência. economia.
→ Segundo os teóricos liberais, os
… a existência de uma ordem natural desequilíbrios/crises no crescimento ocorriam
que conduzia o sistema económico ao periódica e ciclicamente.
equilíbrio entre a produção e o
consumo, no quadro de um mercado → As crises eram consideradas naturais e
livre de entraves. necessárias ao ajustamento do Sistema económico.
CRISES DO CAPITALISMO
No período que estamos a analisar, de entre as crises capitalistas, salienta-se a crise de
1873, à qual se seguiu uma depressão económica que decorreu entre 1873 e 1896,
designada, por isso, como “a Grande Depressão”,
que apresentou as seguintes características:

FATORES: CRISE FINANCEIRA CRISE ECONÓMICA E GRANDE DEPRESSÃO


 excesso de 1873 SOCIAL 1873-1896
investimento de  quebra na Bolsa de  perdas de lucros;  persistência da crise;
capitais, Viena e noutras bolsas  falências de empresas;  dificuldades de
nomeadamente nos europeias e dos  retratação da atividade recuperação.
setores ferroviário e Estados Unidos; económica;
imobiliário  falência de bancos;  aumento do
(especulação).  escassez de crédito; desemprego.
 aumento das taxas de
juro.
CRISES DO CAPITALISMO

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