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AS CRISES ECONOMICAS E AS CRISES DO CAPITAL
Esse é um exemplo com base no qual se pode dizer com segurança que as
mudanças drásticas na esfera econômica trouxeram mudanças significativas ao
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pensamento econômico. O objetivo de Keynes era salvar o capitalismo dos seus
próprios excessos, colocando como sua principal meta o plano de emprego as
mudanças que ele poderia produzir eram mudanças vindas de fora, no sentido
de que ele rompeu com a economia neoclássica de maneira importante e radical.
Em primeiro lugar, ele se livrou dos individualistas e utilitários da economia
neoclássica. Em segundo lugar, ele denunciou a tendência do auto equilíbrio da
economia através dos conceitos de insuficiência de demanda e equilíbrio com o
desemprego e em terceiro lugar, ele enfatizou o papel da incerteza radical.
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trabalho com o crescimento do capital acumulado graças à crescente extração
de mais-valia relativa a produção de valor no sistema mundial do capital está
aquém da necessidade de acumulação do sistema produtor de mercadorias.
Apesar do crescimento do capital acumulado surgem menos possibilidades de
investimento produtivo de valor que conduza a uma rentabilidade adequada às
necessidades do capital em sua etapa planetária. Esta é a dimensão da crise
estrutural de valorização Mesmo com a intensificação da precarização do
trabalho em escala global nas últimas décadas com o crescimento absoluto da
taxa de exploração da força de trabalho massa do capital de dinheiro acumulado.
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(subconsumo). A superprodução, por sua vez, impede o lucro e força as
empresas a cortar custos, reduzindo salários e demitindo trabalhadores,
diminuindo dessa maneira ainda mais a massa dos consumidores, num círculo
vicioso.
Esta alienação para que a nossa posição seja compreensível para os filósofos
só pode ser abolida mediante duas condições práticas. Para que ela se
transforme num poder «insuportável», quer dizer, num poder contra o qual se
faça uma revolução, é necessário que tenha dado origem a uma massa de
homens totalmente «privada de propriedade», que se encontre simultaneamente
em contradição com um pequeno mundo de riqueza e de cultura com existência
real; ambas as coisas pressupõem um grande aumento da força produtiva, isto
é, um estágio elevado de desenvolvimento.
Na visão marxista a sociedade "burguesa" iria gerar, quando existisse "um
estágio elevado de desenvolvimento" (que geraria uma crise estrutural do
capitalismo), uma "massa de homens desprovidos de propriedade" (proletários),
em contradição, com um "pequeno mundo de riqueza e cultura" (burguesia).
Esse poder insuportável levaria ao colapso do capitalismo e a revolução do
proletariado com a tomada do poder pelos proletários e a substituição do
capitalismo pelo socialismo.
Desde que o trabalho, na sua forma imediata, deixou de ser a grande fonte da
riqueza, o tempo de trabalho deixa, e tem que deixar, de ser a sua medida, e o
valor de troca deixa também de ser a medida do valor de uso. O trabalho
excedente da massa deixou de ser condição para o desenvolvimento da riqueza
social, assim como o não trabalho de poucos deixou de ser a condição do
desenvolvimento dos poderes gerais do intelecto humano. Por essa razão se
desmorona a produção baseada no valor de troca, e o processo de produção
material imediato perde também a forma da miséria e do antagonismo. Ocorre
então o livre desenvolvimento da individualidade. O capital é uma contradição
em processo, pelo fato de que tende a reduzir o tempo de trabalho ao mínimo,
enquanto, por outro lado, põe o tempo de trabalho como única medida e fonte
da riqueza. As forças produtivas e as relações, simples faces diferentes do
desenvolvimento do indivíduo social, aparecem ao capital unicamente como
meios para produzir a partir de sua base limitada. São estas condições materiais
que fazem explodir esta base.
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CONCLUSÃO
Diante do exposto, podemos verificar, a total incapacidade do capital para
administrar os antagonismos e contradições inerentes ao seu próprio modo de
funcionamento. Constituindo-se numa ameaça impeditiva não apenas da
manutenção de sua lógica expansionista, mas também da acumulação tranquila
do capital e que, consequentemente, põe em risco o funcionamento do seu modo
de produção sociometabólico.
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REFERÊNCIAS
Para além do capital: Rumo a uma teoria da transição. Trad. Paulo César
Castanheira e Sérgio Lessa. 1ªed. São Paulo, Editora da UNICAMP/Boitempo
Editorial, maio de 2002.