Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Romance
Título
Os Maias remete para a história da família
Maia, no decorrer de três gerações,
representadas por Afonso da Maia, Pedro da
Maia, protagonista da intriga secundária (a
história amorosa com Maria Monforte), e Carlos
da Maia, protagonista da intriga principal (a
história amorosa com Maria Eduarda).
O título: Os Maias
História da família Maia, ao longo de três gerações bem demarcadas:
A geração ultrarromântica,
Pedro da Maia
sobrevivente na figura de Tomás
de Alencar
Subtítulo
Episódios da vida romântica remete para um conjunto
de momentos em que se recriam ambientes, atitudes e
figuras da sociedade romântica da segunda metade do
século XIX com uma perspetiva crítica.
Os Maias: o título e o subtítulo
RAMOS, Auxília, BRAGA, Zaida e CASTRO, Isabel, 2022. Os Maias. Eça de Queirós. Porto: Elementos (p. 17)
Os Maias: o título e o subtítulo
A pluralidade de ações:
a intriga principal e a crónica de costumes
REIS, Carlos, 2016. Os Maias. Eça de Queirós. Porto: Porto Editora (p. 63)
O título: Os Maias
Ação secundária e ação principal: a similitude dos encontros
A descrição do real e o papel das sensações
A descrição detalhada da realidade (em termos de
cenários e de recriação de comportamentos e
diálogos) como elemento promotor da verosimilhança.
Jantar em casa
dos Gouvarinho Jornalismo
Corridas no hipódromo
português do
século XIX
Sarau no Teatro Passeio final de
da Trindade Carlos e Ega
Representação de espaços sociais e crítica de costumes
Jantar no Hotel Central
Jantar de homenagem ao banqueiro Cohen, organizado
por Ega, que serve a crítica social desenvolvida no romance
ao permitir a abordagem de temas literários (o confronto
entre o Naturalismo e o Ultrarromantismo e a falta de
qualidade da crítica literária nacional) e financeiros, com a
análise cáustica às Finanças portuguesas e a denúncia do
estado geral do país, carente de reformas a vários níveis.
Ganha um valor simbólico particular por corresponder ao
local em que Carlos vê pela primeira vez Maria Eduarda.
Representação de espaços sociais e crítica de costumes
Corridas no hipódromo
Episódio da crónica social que evidencia a importação
de costumes e a sua inadequação à sociedade
portuguesa.
Inspiradas nos modelos ingleses e franceses, as
corridas em Belém denotam a improvisação e a
mediocridade do evento, que se tornam notórias na
preparação e na organização do espaço, no desinteresse
e na falta de civismo do público, na fraca qualidade de
alguns cavalos e na falta de desportivismo dos jóqueis.
Representação de espaços sociais e crítica de costumes
Jantar em casa dos Gouvarinho
Episódio ilustrativo do subtítulo do romance, em que Carlos
contacta intimamente com os condes de Gouvarinho, em casa destes,
e com diversas figuras representativas da sociedade Lisboeta da
segunda metade do século XIX.
Destacam-se, na galeria de personagens da crónica de costumes, o
conde de Gouvarinho, personificando o político pouco instruído, e
Sousa Neto, personagem-tipo que ilustra a incompetência e a
ignorância da administração pública.
Representação de espaços sociais e crítica de costumes
Jornalismo português do século XIX
O jornalismo destaca-se, no romance, enquanto área
exemplificativa da corrupção do país.
Através dos episódios que envolvem A Corneta do
Diabo e A Tarde, com o artigo difamatório de Carlos e
Maria Eduarda encomendado por Dâmaso, no primeiro, e
a carta de retratação deste, no segundo, ilustra-se a falta
de ética e a parcialidade dos jornalistas, assim como o
gosto pelo sensacionalismo na imprensa da segunda
metade de oitocentos.
Representação de espaços sociais e crítica de costumes
Sarau no Teatro da Trindade
Episódio da crónica de costumes em que, através da recriação de um
evento cultural, se denuncia a falta de sensibilidade estética e a
mediocridade cultural do país.
Através de tipos sociais como «os homens, a gente do Grémio, da Casa
Havanesa, das Secretarias […] rapazes do Jockey Club, os dois Vargas, o
Mendonça, o Pinheiro», critica-se o sentimentalismo, o convencionalismo
e o espírito acrítico da sociedade portuguesa. Rufino personifica a
oratória oca, «sport de eloquência».
Concretiza, assim, a crítica ao romantismo vigente na sociedade
portuguesa da segunda metade do século XIX.
Representação de espaços sociais e crítica de costumes
Sarau no Teatro da Trindade