Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Ato Primeiro:
Cena I
O espaço em que decorre o primeiro ato é uma sala luxuosa e elegante decorada
com grande riqueza. É um espaço com muita luz, com grandes janelas abertas sobre
um terraço com vistas para o Tejo e para Lisboa. Entre as janelas sobressai o retrato de
um cavaleiro de Malta. (Manuel de Sousa Coutinho).
Cena II
A verdade é que, quando Madalena se casou pela primeira vez, Telmo já era o
fiel escudeiro de D. João de Portugal. Foi ele que, quando ela ficou viúva aos 17
anos a orientou quase como se fosse seu pai. É normal portanto que entre eles se
tenha gerado uma relação de afeto e até alguma intimidade, o que não impede que
D. Madalena seja autoritária quando é preciso.
Cena III
Cena IV
Maria conversa com a mãe e diz que está triste porque vê que todos se
preocupam com ela, uma vez que considera não haver qualquer razão de
sobressalto.
Cena V
Frei Jorge chega a casa de D. Madalena e diz que traz noticias de Lisboa e quer
preveni-la de que os governadores pretendem sair da capital por causa da peste, tendo
escolhido Almada. O presidente do governo, o arcebispo, D. Miguel de Castro,
hospedar-se-á no convento de São Paulo e consta que os outros quatro querem vir-se
hospedar no palácio de D. Manuel de Sousa. Mãe e filha reagem com indignação.
Cena VI
Cena VII
Cena VIII
Cena IX e X
Cena XI
Cena XII
Esta cena mostra-nos o incêndio do palácio e a fuga das personagens. Há
a registar efeitos sonoros e visuais que acentuam o dramatismo da situação.
Assim, para dar destaque à aflição e ao perigo, as didascálias referem “uma
coluna de fogo”, as falas das personagens são breves, repetindo-se formas do
verbo fugir. Há ainda referência a gritos que vêm de fora.
Importância do Incêndio:
Ato segundo:
Nesta cena, Maria arrasta Telmo para a sala de retratos, pois pretende saber
quem está retratado num dos retratos. Com efeito, a reação da mãe na noite do
incêndio, ao dar de caras com o retrato, aguçou a sua curiosidade. A menina dá
conta a Telmo das suas impressões sobre aquela noite. Enquanto para ela o
incêndio tinha sido um espetáculo grandioso e sublime, Madalena ficara
aterrada e não se conseguia libertar das imagens dessa noite. Particularmente
da destruição do retrato de Manuel de Sousa. Para ela, esse era um
“prognóstico fatal de outra perda maior”.
Telmo, que também acredita em agouros, tenta disfarçar o seu medo para
afastar Maria do presságio negativo de que está convencida e orienta o diálogo
para um assunto mais positivo, as qualidades do pai de Maria. Com efeito, ele
agora admira-o incondicionalmente. Ficamos a saber que Manuel andava
escondido numa quinta do Alfeite e que só vinha a casa á noite, mas já que iam
enfraquecendo o ódio contra ele.
Cena IV
Cena V
Cena VI
Quando se prepara a partida, Madalena pede a Manuel que leve também Telmo
por o não querer consigo ( Isto dito de forma discreta para Manuel de Sousa
não se aperceber. Madalena não queria Telmo na sua companhia, pois o mesmo
ainda iria piorar a situação com os seus agouros).
Cena VII
Madalena despede-se, chorosa, do marido e da filha como se fosse para
sempre. Demonstra grande preocupação com a saúde da filha que sai da cena
sufocada com o choro.
Cena VIII
Aquando da despedida hiperbolicamente comparada por Manuel de Sousa a
uma partida para a Índia, é abordado o caso de Soror Mariana e do seu marido.
Cenas IX e X
Madalena confessa a Frei Jorge que se apaixonou por Manuel de Sousa ainda
em vida do primeiro marido, sentindo-se assim pecadora.
Cena XI e XII
Chegada do Romeiro.
Cena XIII
O número 13 é um número de azar e é nesta cena que se dá o encontro de D.
Madalena com o romeiro que precipitará a sua caminhada em direção à sua
morte social.
Cena XIV
O Romeiro informa de onde vem e da sua vida passada: é português, vem do
Santo Sepulcro, viveu vinte anos nos Santos Lugares onde passou fome e sofreu
maus tratos; não tem filhos nem família pois os parentes mais próximos
consideram-no morto e conta apenas com um amigo.
Apresar do terror que sente pelo dia de “hoje”, Madalena não vê os indícios que
lhe são apresentados, tratando o Romeiro de uma forma afável (calorosa):
“Bom vellho”, “amigo”, irmão”. Esta sua atitude provoca uma certa reação no
Romeiro, que sente que foi completamente esquecido.
À medida que o Romeiro vai revelando os factos, nota-se uma perturbação
crescente de Madalena na alteração do seu discurso, que se vai enchendo de
hesitações e frases curtas e interrompidas, expressas pelas reticências,
exclamações e frases incompletas e quase sem sentido onde predomina a
função emotiva. O Romeiro identifica-se quando diz “ como a mim mesmo” ao
olhar para o retrato de D. João, referindo “ é aquele”.
Cena XV
Frei Jorge confirma que o Romeiro é D. João de Portugal quando lhe pergunta
quem é e este reponde “Ninguém!” (anagnórise – reconhecimento).
Ninguém – está morto para aqueles que ama, a sua própria casa está agora
ocupada por uma nova família constituída com base na sua morte; anúncio do
seu destino final, do seu anonimato para o mundo, após renunciar à sua esposa
e à sua casa).
Há ainda a ter em conta o 3º ato da peça, aqui não resumido cena a cena. Ver abaixo,
na estrutura da peça.
D. JOÃO DE PORTUGAL
D. MARIA DE NORONHA
D. MADALENA DE VILHENA
TELMO PAIS
Divisão da
peça em
actos e Divisão da peça em 3 partes: exposição (introdução), conflito
(desenvolvimento) e desenlace (conclusão).
cenas
-Antecedentes da ação: