2.1.

Pela discrição feita pela didascália do primeiro ato da para perceber que é uma família nobre
“Câmara antiga, ordenada com todo o luxo e caprichosa elegância...” (ato primeiro, didascália antes
da I Cena)

3. O estado de espírito de D. Madalena é uma espécie de depressão perante a vida pois ainda não a
consegue gozar á muito tempo “este medo, estes contínuos terrores, que ainda me não deixaram
gozar um só momento de toda a imensa felicidade que me dava o seu amor.

3.1. O solilóquio de Madalena evoca aspetos particularmente pertinentes: o caráter trágico do

episódio determinado pelo destino (fortuna), à boa maneira clássica e a diferença que ela própria
sente em relação a Inês.

4.1 A função da segunda cena é: apresentação das personagens principais, a qual resulta de um
propósito de D. Madalena: pedir a Telmo que não incuta no espírito de Maria as suas crenças e
agouros sobre uma desgraça iminente a cair sobre sua família.

4.2.1 21 anos antes da peça D. Madalena era casada com João de Portugal o qual tinha desaparecido
na batalha de Alcácer Quibir. 14 anos antes da peça depois de muitas procuras pelo primeiro
marido, foi considerado morto pois já não era visto á 7 anos e entre tanto D. Madalena casasse com
Manuel.

4.2.2 Relação de amizade e muito respeito “primeira vez, costumei-me a olhar para ti com tal
respeito - já então eras o que hoje és, o escudeiro valido, o familiar quase parente, o amigo velho e
provado de teus amos...”

4.3 Telmo acredita que D João de Portugal sobreviveu á batalha de Alcácer Quibir e tem esperança
que D. João de Portugal volte pois ele tinha mandado uma carta a dizer que ele voltaria morto ou
vivo e como morto ainda não apareceu Telmo tem esperança que volte.

4.3.1 Como o Telmo tinha esperança em D. João de Portugal todos os portugueses também tinham
esperança que D. Sebastião Rei de Portugal voltaria num dia de nevoeiro pois o corpo do Rei
também não tinha sido encontrado.

4.3.2 Ciúmes de ver D. Madalena casada com Manuel de Sousa Coutinho pois ele acredita que seu
amo tenha mais qualidades e sente ciúmes pelo amo por mela amar mais ele do que D. João de
Portugal

4.4 D. Madalena tem medo que Telmo conte a Maria devido á sua curiosidade que D. João de
Portugal é possível estar vivo pois ela já era de natureza uma pessoa frágil e tinha medo que Telmo
ao contar-lhe ela chegasse a aperceber que poderia ser filha bastarda e acabar com ela pela sua
fragilidade.

5.1 Maria é uma personagem muito curiosa e frágil.

6. As referencia de Maria desagradam D. Madalena porque o desaparecimento de D. Sebastião é

igual ao desaparecimento de D. João de Portugal, e Maria acredita que um dia D. Sebastião voltará o
que aterroriza D. Madalena pois ela pode chegar ao raciocínio que D. João de Portugal também
poderá voltar.

8. O acontecimento que preocupa Madalena é que os governadores vão se instalar na casa dela.
9. Depois de muitas horas Manuel de Sousa Coutinho volta a casa.

10.1 Manuel está muito agitado e stressado pois os governantes vem já naquela mesma noite
hospedar-se em sua casa.

12. A frase quer dizer que Manuel de Sousa Coutinho mantem seus princípios como português e não
se deixa dominar mostrando a coragem bravura do povo português.

13. Foi uma decisão que destaca a bravura e lealdade á nação portuguesa de Manuel, resistindo aos
governadores espanhóis.

Ato Segundo

1.Segundo a descrição deste cenário do ato segundo em comparação ao primeiro ato, este cenário
(que é a casa de D. João de Portugal) tem muito menos luz sendo uma casa sombria ao contrário da
outra, e este cenário tinha também umas pinturas já do antigo Portugal onde estavam
representados D. João de Portugal, Camões e D. Sebastião representando assim uma altura de glória
onde Portugal era independente.

2. 8 dias

4. D. Madalena enquanto viu o incêndio do palácio e regresso á casa do antigo marido como o
desfasamento da família, Maria viu o ato do pai como um ato nobre merecido de um bom português

5. Nesta cena a personagem Maria troca os papeis com D. Madalena porque agora em vez de ser a
mãe (D. Madalena) a acalmar a filha é a filha a acalmar a mãe.

6. Telmo começa a admirar D. Manuel de Sousa pois, vendo o seu ato de patriotismo ao queimar a
sua casa, reconhece que D. Manuel de Sousa é um defensor da honra e lutador pela liberdade contra
os tiranos espanhóis.

7. Os governadores usavam como desculpa para perseguirem D. Manuel de Sousa o facto de ele lhes
ter mentido.

8. Eram três grandes portugueses.

10. A Maria está com febre e Manuel diz-lhe para em vez de ficar a pensar sobre coisas que não tem
grande relevância devia descansar e divertir-se.

12. Manuel caracteriza as maravilhas e mistérios que a Maria vê de “naturais e singelas”, dando a
perceber que ele discorda ou contraria as ideias dela.

13. A meu ver, o facto da referência do nome de D. João e a sua morte em si é um presságio.

15. Frei Jorge foi dar as alvíssaras a Maria dizendo que os Governadores já desculparam Manuel com
a ajuda do arcebispo.

16. Frei Jorge sugere Manuel que o acompanhe a Lisboa para agradecer ao arcebispo pois este foi
quem fez os governadores perdoarem-no.

17. Madalena considera Sexta Feira um dia terrível pois vários acontecimentos que lhe afetaram
passaram-se nesse dia

18. Manuel de Sousa diz que sexta feira é o dia mais estreado de toda semana, diz que é o dia da
paixão de Cristo
19. Madalena receia as conversas que Manuel pode ter com Maria então esta pede a Telmo para ir
com ela.

20. D. Madalena está preocupada pela Maria por causa da sua fraqueza física e também pela sua
personalidade.

22. Frei Jorge sente só, contagiado também ele pela atmosfera trágica que se adensa.

23. “o tempo muda tão depressa…” pode ser entendido como presságio pois ser entendido como
uma mudança drástica e rápida, para o melhor ou pior.

24. É o dia quando se que casou pela primeira vez, quando se apaixonou por Manuel de Sousa e é o
dia quando a batalha de Alcácer Quibir aconteceu.

25. Quando D. Madalena se apaixonou por Manuel de Sousa, D. João ainda era vivo.

26. Madalena inicialmente fica assustada pois aquela acredita que naquela sexta feira algo mau vai
acontecer pois ela diz “Dizei já, que me estais a assustar”, mas quanto mais informação Miranda
transmite sobre o Romeiro, D. Madalena sente pena, explicita na fala “Pois, coitado, virá. Agasalhai-
o, e deem-lhe o que precisar”.

27. O facto de Romeiro ter conseguido esconder a identidade tão facilmente de D. Madalena mostra
que ela nem se lembra dele.

28.1. Romeiro queria mostrar que ele não precisava mais de D. Madalena.

29. “Parentes!... Os mais chegados, os que eu me importava achar, contaram com a minha morte,
fizeram a sua felicidade com ela; hão de jurar que me não conhecem.” “Ninguém!”

30. Romeiro cada vez que intervém, cada vez dá mais a entender a sua verdadeira entidade.

31. Pelo simples facto que se D. João estava vivo, a reputação de D. Madalena ia ser arruinada
enquanto Maria iria virar uma filha bastarda (ilegítima).

32. Pois Romeiro perdeu tudo o que lhe fazia ser ele. Romeiro perdeu a família, amigos, casa,
estatuto social.

Ato terceiro

1.1. Este espaço não tem qualquer tipo de luz natural, não há decoração, mas apenas itens
religiosos.

1.2. A cada ato que passa, o espaço fica mais fechado e menos iluminado. No ato 1 o espaço era
amplo e luminoso, no ato 2, o espaço é mais escuro e menos aberto, e no ato 3 o espaço não tem
qualquer tipo de luz natural e é uma cave, ou seja, mais fechado ainda.

1.3. O ato terceiro passasse no meio da madrugada, as 4/5 da manhã. Isto pode simbolizar, em
junção com o facto que este ato se passa num lugar sem qualquer tipo de janelas, temos muito
obscuros e tristes para a família.

1.4. Nesta obra as datas são muito importantes e os acontecimentos em palco são apenas uma
pequena parte desse tempo.
2. A sua maior preocupação é o que vai acontecer à filha. “Desgraçada filha que fica órfã” Ela vai se
tornar uma filha bastarda e isso vai lhe estragar o estatuto social.

3. A única solução plausível que Manuel apresentou a este problema era a morte da filha, pois isso
iria salva-la de toda a humilhação e sofrimento que irá sofrer, mas ao mesmo tempo não consegue
desejar a morte a Maria pois esta é a filha dele.

4. A resolução que Frei Jorge se refere é a de D. Manuel e D. Madalena se dedicarem à vida

espiritual/religiosa.

6. Telmo sempre acreditou que D. João estava vivo e sempre desejou o seu retorno, mais quando ele
finalmente voltou, Telmo apercebe-se que preferia que este tivesse morto e que nunca tivesse
voltado.

7. Telmo durante esta obra começa a gostar mais e mais de Maria e é por isso que fica em conflito
quando D. João volta.

8. Porque o Romeiro considerava Telmo o seu único amigo, pois este nunca esqueceu-se dele e
pensou sempre que este iria voltar.

9. D. João de Portugal pensa que D. Madalena está a chamar por ele quando ela diz “Marido da
minha alma, pelo nosso amor te peço [..]” e depois fica desiludido quando se apercebe que esta está
a se referir a D. Manuel.

9.1 D. João era crente.

10 Telmo tenta contar o seu plano a Frei Jorge, mas este o recusa, e quando Telmo se tenta
aproximar de D. Madalena Frei Jorge faz um sinal imperioso e Telmo recua.

11Maria esta indignada, irritada com a situação e desapontada com a atitude dos pais.

12.1 D. Madalena e D. Manuel agiram passivamente pois já aceitaram o facto do seu casamento ter
acabado e que Maria já não era a sua filha.

12.2.1Com este presságio, Telmo mostra que ele era o único que realmente gostava de Maria pois
ele foi o único que tentou salvá-la através da mentira.

13 Um filho bastardo/ ilegítimo era produto de um pecado enorme (adultério) e todos os filhos
ilegítimos sofriam consequências socias e jurídicas, então estas palavras finais de Maria significam
que ela morreu de vergonha por ser uma filha ilegítima.

14 A catástrofe de Frei de Luís de Sousa consiste na destruição de uma família de uma maneira que
nenhuma das personagens teve culpa. D. Madalena não teve culpa de não ter consigo confirmar a
morte de D. João, D. Manuel de Sousa não tem culpa que D. João estava vivo e Maria não teve culpa
de ser uma filha ilegítima, o que nos faz sentir simpatia com todas as personagens.