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FREI LUIS DE SOUSA – ALMEIDA GARRETT

É um texto dramático que retrata a tragédia antiga, escrito em prosa e relacionado ao


romantismo, tem três atos e 12,15,12 cenas. Apresenta uma linguagem cuidada, rica em recursos
estilísticos. Frases curtas com um tom incisivo e repetições frequentes de modo a representar
ansiedade. Dividido em 3 partes:
- Exposição (Ato 1, cena 1 – Ato 1, cena 4);
- Conflito (Ato 1, cena 5 – Ato 3, cena 9);
- Desenlace (Ato 3, cena 10 – Ato 3, cena 12)
Acontecimentos importantes para o contexto da obra:
- Invasões francesas;
- Revolução liberal;
- Guerra civil;

Espaços físicos da Obra:


Ato 1 ->
Palácio de Manuel de Sousa de Coutinho:
-Demonstra ostentação e elegância;
-Representa um local de harmonia, paz e segurança;
-Destruído no final do ato 1;

Ato 2 ->
Palácio de D. João Portugal:
- Ambiente escuro, antigo e melancólico;
- Enclausura as personagens e confrontá-las internamente;
- Existe Simbologia patriótica (Retrato de D. João, D. Sebastião, Camões);

Ato 3 ->
Palácio de D. João Portugal (Parte baixa):
- Espaço amplo e sem quaisquer ornamentos;
- Presença e influência religiosa muito acentuada;

TEMPO DA OBRA:
- Passa-se 21 anos apos desaparecimento D. João (1578);
- 14 anos após casamento Madalena e Manuel (1585);
- A obra percorre um espaço de tempo de 1 semana (28/07-4/08);
- Acaba numa sexta-feira, aniversário da batalha de Alcácer-Quibir.
Personagens:
D. Madalena -> Casada com D. João e casou-se ilegitimamente com Manuel de Sousa após a
alegada morte de D. João (Nobre, muito instável, muito sentimental);
Maria -> filha de Madalena e Manuel (muito frágil e instável, representa uma faceta
sebastianista, inteligente)
Frei Jorge -> Irmão do Manuel
D Manuel -> Tenta ser racional, bom marido e pai, corajoso
Telmo -> Amigo da família, escudeiro (Sebastianista)

Ato 1
O Ambiente transmite a felicidade da família.
Começa com D. Madalena no palácio a refletir sobre acontecimentos trágicos mencionado os
Lusíadas (Amor cega e condena a alma ao sofrimento), mas apresenta felicidade com o
casamento com Manuel, mas nunca sabe se o seu marido (D. João) morreu ou não. Telmo entra
em cena, muito carinhoso com a família, mas não aprova o casamento com Manuel (era leal
escudeiro de D. João). Madalena apresenta medo do regresso do marido o que colocaria em
causa a proteção da sua filha. Os reis filipes querem tomar conta do palácio o que provoca
Manuel a queimar o seu próprio palácio de modo a demonstrar o seu patriotismo. Acaba assim o
ato 1, com o ato de Manuel Coutinho bastante honroso.

Ato 2
Agora no palácio de João de Portugal, tem muitos acontecimentos importantes. Aqui Madalena
confessa a Telmo bastante depressiva e atrapalhada por regressar ao palácio do falecido marido e
os retratos a marcarem emocionalmente onde Telmo a conforta. Maria apresenta curiosidade
pelos retratos questionando à mãe quem são os retratados, esta tenta escapar à resposta, mas
Manuel intervém e afirma que se não fosse por D. João, esta não estaria viva. Este ato foca-se na
preocupação de Madalena com Maria quando esta vai para Lisboa com Telmo, estando num
estado muito débil onde consegue ficar doente com muita facilidade. Desenlace deste ato prende-
se muito também na conversa de Madalena com irmão de Manuel (Frei Jorge), onde confessa já
amar Manuel antes do seu marido falecer. Este ato acaba com o aparecimento dum romeiro que
confronta madalena e frei Jorge afirmando que D. João está vivo onde este romeiro confessa a
Frei Jorge que é D. João de Portugal.

Ato 3
O Ato 3 inicia-se na parte inferior do Palácio de D. João de Portugal onde Manuel aborda o seu
irmão apercebendo-se que o romeiro era de fato D. João de Portugal o que faz Manuel aperceber
que destruiu a família que Madalena construíra com D. João onde Maria fica num lugar de
ilegitimidade. Maria regressa com Telmo e com uma doença onde fica bastante mal. Telmo
apercebe que ama mais Maria de uma forma carinhosa do que amava o seu antigo amo D. João
de Portugal, Telmo fica numa controvérsia interna ficando perdido em que lado deve apoiar. D.
João Portugal arrepende-se de voltar por destruir o que estava a ocorrer, mas não havia volta a
dar. O ato acaba com a decisão de D. Madalena e Manuel Coutinho de terminarem o seu
relacionamento e seguirem os seus caminhos dispersos e seguir uma vida completamente
religiosa. Maria acaba por morrer nas mãos de D. Madalena e D. João Portugal implora a Telmo
para que possa fazer alguma coisa contra.

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