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Frei Luís de Sousa, Almeida Garrett

Questionários do manual Encontros 11, Porto Editora

Ato I – cena II - pág. 93-94

3.1 Acontecimentos anteriores à ação (analepse):

 Batalha de Alcácer Quibir (1578);


 Desaparecimento de D. João de Portugal e do rei D. Sebastião;
 D. Madalena busca, incessantemente, o marido desaparecido, durante sete anos;
 D. Madalena casa com D. Manuel de Sousa Coutinho;
 Nascimento de Maria, a filha.

3.2 A crença de Telmo no regresso de D. João de Portugal

Telmo acredita no regresso de D. João de Portugal devido a uma carta escrita pelo seu amo, na
qual garantia que havia de regressar “vivo ou morto”.(ll.133-135)

3.3 Influência de D. João de Portugal sobre as outras personagens.

D. João de Portugal

 Cavaleiro nobre que desapareceu na batalha de Alcácer Quibir;


 Primeiro marido de D. Madalena;
 Amo de Telmo.

Reações
Infortúnios

D. Madalena
Telmo Maria
 Angustiada com as alusões
 Duvidoso sobre a morte  A compreensão do
de Telmo;
de D. João de Portugal; passado pode conduzi-la à
 Preocupada com a filha e
 Crente no seu regresso; desgraça/morte (o seu
receosa que esta
 Desempenha a função nascimento será motivo de
compreenda as mensagens
de coro grego com os vergonha se D. João
veladas de Telmo;
seus augúrios e aparecer;
 Aterrorizada com a
desgraças constantes  Ficará condenada à
lembrança do seu passado;
que aterrorizam D. “eterna desonra” (l.174)
 Ensombrada pela
Madalena;
“presença” de D. João de
 Sendo leal a D. João,
Portugal através de Telmo;
revolta-se com o amor
 Culpada pelo amor que
de D. Madalena por D.
sente por D. Manuel e
Manuel.
nunca teve por D. João.

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3.4 Relação de Telmo com D. Madalena e D. Maria

D. Madalena
No passado: tratava-a com carinho, aconselhando-a, e exercendo grande influência nas suas
opções.

No presente: critica-a, pelo seu amor por D. Manuel e por ter esquecido D. João de Portugal.

D. Maria
No passado: rejeitava-a por ser filha de D. Manuel e de um provável casamento/amor
ilegítimo.

No presente: ama-a e protege-a (“hei de salvar o meu anjo do céu!” l. 192).

3.5 Função dos apartes de Telmo

Levantar dúvidas sobre a morte de D. João de Portugal

Ato I – cenas VI e VII (pp. 101 -103)

4.2 Manuel de Sousa Coutinho regressa de Lisboa – impacto da sua entrada em cena sobre as
restantes personagens.

D. Madalena – receosa, consternada, pressentindo desgraças, tentando chamar o marido à


razão, aterrorizada com a mudança para o palácio de D. João de Portugal.

Maria - Orgulhosa, contente e vibrante com a postura do pai.

Frei Jorge – mediador do conflito (concordando com D. Madalena, exige prudência;


concordando com D. Manuel, aceita a mudança de moradia que trará maior proximidade física
entre eles), aconselha as personagens, assumindo a função do coro da tragédia clássica.

4.4 D. Manuel – personificação da verdadeira alma portuguesa

D. Manuel, com os seus atos, demonstra o seu amor à pátria. Não se subjuga ao invasor
espanhol e prefere deixar para trás os seus bens do que perder a sua identidade de verdadeiro
português.

Ato I - cena VIII (pp.104-105)

2.2 e 2.3

D. Madalena e D. Manuel encaram de forma diferente a mudança para a casa de D. João de


Portugal.

D. Madalena – prevê a tragédia e a perdição para si e para a sua família;

- no seu discurso, adota um tom sentimental e emotivo, sem argumentação


lógica.

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D. Manuel – vê na mudança uma resposta à infâmia dos governadores, a possibilidade de um
futuro patriótico, assumindo-se como um exemplo para o povo;

- no seu discurso assume um tom racional, fundamentando logicamente a sua


argumentação.

Ato I – cenas IX a XXII (pp.106 – 107)

3.4

D. Manuel – um herói romântico

Ao longo de todo o ato I, D. Manuel apresentou-se como um homem equilibrado, racional,


desempenhando o papel de herói clássico. Todavia, no desenrolar da ação dramática,
transforma-se num herói romântico ao deixar-se levar pelas suas paixões de forma violente e
impulsiva na defesa do conceito de honra.

Ato II – cenas IV a VIII (pp.117 – 121)

3.

Notícias trazidas por Frei Jorge e suas consequências:

 Os governadores espanhóis esqueceram a afronta e aconselha o irmão a ir agradecer


ao arcebispo a sua intervenção no caso;
 Maria pede ao pai para ir com ele;
 Madalena ficará sozinha, portanto desprotegida/ vulnerável – situação que adensa a
atmosfera trágica.

4.

Saída de Maria e D. Manuel – reação de D. Madalena:

 Não aceita a saída, mas conforma-se;


 Preocupação com a saúde da filha;
 Medo por ficar só naquele dia (sexta-feira).

5.

D. Manuel e D. Madalena – contraste psicológico

 D. Manuel – racional, decidido, sem problemas de consciência.


 D. Madalena – sentimental, emotiva, ligada ao passado, com problemas de consciência
e pressentimentos trágicos.

6.

Função da referência aos Condes de Vimioso

 Indício de desgraça – D. Madalena e D. Manuel serão obrigados a seguir o exemplo de


D. Joana e do marido (dissolução do matrimónio pela entrada no convento).

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Ato II – cenas IX a X (pp.122-123)

3.

Valor trágico do monólogo de Frei Jorge

A personagem, sempre conciliadora e a tentar ver na realidade aspetos positivos, deixa-se


contagiar pela atmosfera trágica, mesmo não acreditando em agouros.
O monólogo adensa, assim, a construção da tragédia.

4.2

Condensação do tempo

Todos os acontecimentos têm lugar numa sexta-feira.


A ação parte de uma situação de aparente tranquilidade (o casamento de Madalena com D.
João de Portugal), para uma situação de pecado (a paixão por D. Manuel de Sousa Coutinho),
para a Batalha de Alcácer Quibir e, por fim, para o dia que causará a destruição de D.
Madalena.
O tempo vai progressivamente afunilando até ao dia fatal.

Ato II – cenas XI a XV (pp.124-128)

3.
Ação atinge o clímax (ponto culminante)

O desenvolvimento do conflito encaminha-se progressivamente para um clímax (ponto


culminante da ação trágica) em que se desvenda o mistério ligado ao desaparecimento de D.
João de Portugal.
Nestas cenas, dá-se o reconhecimento (anagnórise) de uma forma gradual: a revelação da
identidade do Romeiro, a constatação de que D. João de Portugal está vivo.

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