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Cristiano Viveiros

Grupo I

1. Excerto da obra da obra pertence ao Ato I e situa-se no conflito. A intenção


dos governadores espanhóis ao pedir asilo a Manuel de Sousa Coutinho vai
implicar que este incendeie o seu palácio como recusa em albergá-los,
implicando a mudança para o palácio de D. João de Portugal. Esta mudança
irá agravar os contínuos terrores de D. Madalena de Vilhena., que fica
aterrorizada devido à possibilidade de ter de mudar para a casa do seu
primeiro marido. Depois começa o ato II e este já se passa no castelo de D.
João.
2.
2.1. Manuel de Sousa, revela toda a sua coragem, ao rebelar-se contra a tirania
dos castelhanos («Mas fique-se aprendendo em Portugal como um homem
de honra e coração, por mais poderosa que seja a tirania, sempre lhe pode
resistir […]», ll. 2-3). O seu patriotismo e a sua honradez são muito visíveis
no despojamento dos seus bens materiais («[…] em perdendo o amor a
coisas tão vis e precárias como são esses haveres que duas faíscas destroem
num momento…», ll. 3-4).

3. O recurso expressivo na primeira fala de Manuel de Sousa, é a metáfora. A


mesma surge no sentido conotativo do verbo “iluminar”, sugerindo uma
reação cheia de luz quando a mesma é associada ao incêndio do palácio.

4. Os dois indícios trágicos que contribuem para o crescendo da tensão


dramática são: o quadro de D. Manuel a ser destruído no incêndio do castelo
(que o mesmo indica a separação dele e de Madalena e a destruição da sua
família) e o estado febril de Maria no início do Ato II quando fala com
Manuel (indício da doença de Maria).

5. Madalena sempre viveu aterrorizada pela memória de D. João. Madalena


sempre teve receio que D. João ainda voltasse da Batalha de Alcácer Quibir
pois, caso ele retornasse a Portugal, o seu casamento com Manuel de Sousa
ficaria inválido e Madalena seria considerada infiel como também Maria
seria uma filha ilegítima. No momento em que Madalena viu o quadro, ficou
“perdida de susto” (l. 55) e fugiu do local onde o mesmo se encontrava o
mais rápido possível. O facto de ela ter visto o quadro relembrou-a de todos
os seus receios e da memória de D. João, significando para ela a presença
dele e a possibilidade de que o mesmo voltasse.

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