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AV1

1-Hans, alemão residente em Berlin, faleceu deixando uma companheira e dois


filhos, um alemão também residente naquele país com a viúva de Hans, e
outro brasileiro, filho adotivo residente no Brasil. O único bem imóvel de Hans
é uma fazenda de gado em Mato Grosso do Sul BR. Pela lei alemã o filho
alemão e a companheira são herdeiros necessários, mas o filho brasileiro não
possui vocação hereditária por ser adotado. Você foi contratado pelo filho
brasileiro para formular sua defesa e garantir sua participação na sucessão.
Qual defesa de mérito você formularia sobre o direito material aplicável ao
caso?

RESPOSTA: Para o direito brasileiro os filhos adotados não têm diferenças


sobre os filhos de sangue. Na lei de introdução ao direito brasileiro, no seu
artigo 10 parágrafo 1º, fica bem claro que a sucessão por morte, de bens de
estrangeiros, situados no Brasil, será regulado pela lei brasileira em benefício
dos filhos brasileiros, uma vez que a lei alemã não é mais favorável. Sendo
assim, o filho brasileiro fará parte da sucessão fundamente com os herdeiros
estrangeiros.

2 - Em janeiro de 2003, Martin e Clarisse Green, cidadãos britânicos


domiciliados no Rio de Janeiro, casam-se no Consulado Geral britânico,
localizado na Praia do Flamengo. Em meados de 2010, decidem se divorciar.
Na ausência de um pacto antenupcial, Clarisse requer, em petição à Vara de
Família do Rio de Janeiro, metade dos bens adquiridos pelo casal desde a
celebração do matrimônio, alegando que o regime legal vigente no Brasil é o
da comunhão parcial de bens. Martin, no entanto, contesta a pretensão de
Clarisse, argumentando que o casamento foi realizado no consulado britânico
e que, portanto, deve ser aplicado o regime legal de bens vigente no Reino
Unido, que lhe é mais favorável. Com base no caso hipotético acima e nos
termos da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, quem tem razão,
Martin ou Clarisse?

RESPOSTA: A lei de introdução ao direito brasileiro permite que estrangeiros


celebrem seu casamento perante as autoridades consulares do país de
ambos. No artigo 7 parágrafo 4º, da lei de introdução, diz que o regime de bens
obedece a lei em que os nubentes tiverem domicílios, sendo diverso,
obedecerá a do primeiro domicílio conjugal. Sendo assim, a lei que regulará o
regime de bens será a lei brasileira.
AV2

1- Ana, alemã residente no Brasil, descobre que seu ex-namorado, piloto de


aeronave comercial e que possui domicílio aqui no Brasil e nos EUA, mantinha
em um computador que estava naquele país fotos íntimas suas que eram
compartilhadas com amigos dele. Ana descobriu isso porque a empresa aérea
onde ele trabalha apreendeu os bens pessoais de vários funcionários, sem
autorização judicial, para verificar O vazamento de informações sigilosas. Um
supervisor da empresa encaminhou as fotos e as provas do compartilhamento
das imagens para Ana. Pergunta-se, Ana poderá utilizar essas fotos para
instruir uma ação indenizatória contra seu ex- namorado?

RESPOSTA: Não, a prova ilícita (obtida sem autorização judicial), não pode ser
admitida. De acordo com o art 13 LINDB.

2 - Um programa de TV, na Inglaterra, fez sucesso ao listar algumas das leis


mais bizarras do mundo. A vencedora foi uma norma de Ohio, nos Estados
Unidos, que proíbe embriagar peixes. (Epoca,12/11/2007, p. 24)

Considere-se que, desconhecendo essa inusitada lei, um cidadão brasileiro


tenha ido pescar com amigos no mencionado estado americano e acabou por
"embebedar" algumas trutas. Descoberto o fato pelas autoridades locais, ele
foi condenado ao pagamento de multa de dez mil dólares. O processo correu à
revelia, pois, a essa altura, o réu já havia retornado ao Brasil. Considerando
Na situação hipotética descrita, pergunta-se: é necessária a homologação
para que produza efeitos no Brasil? Qual o órgão responsável pela
homologação?

RESPOSTA: Sim, precisa de homologação para produzir efeitos no Brasil (art


961 CPC), soberania da jurisdição nacional. Órgão responsável STJ (art 105, I,
i CF)

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