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CORPO DE BOMBEIROS PROCEDIMENTO

MILITAR DE MINAS GERAIS OPERACIONAL PADRÃO – 04


GRUPO: O TÍTULO: Cuidados, inspeção,
higienização e acondicionamento da
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CLASSE: O 02 roupa de proteção para combate a
incêndio urbano.

1 FINALIDADES E OBJETIVOS

Este documento tem por objetivo instruir a tropa do CBMMG a como promover os
cuidados de manutenção e realizar a inspeção na roupa de proteção para combate a
incêndio urbano.

As recomendações aqui apresentadas abrangem todos os modelos utilizados pelo


CBMMG, devendo ser observadas as respectivas particularidades.

2 CARACTERÍSTICAS

O Equipamento de Proteção Individual (EPI) utilizado nas atividades de Combate a


Incêndio Urbano (CIURB) é composto por capacete, balaclava, roupa de proteção
(jaqueta e calça), luvas e botas, complementado pelo equipamento de proteção
respiratória, de forma que nenhuma parte do corpo do(a) militar fique diretamente
exposta aos efeitos do calor, das chamas e dos produtos da combustão.
Acesse aqui o vídeo “Partes do EPI/CIURB e EPR”:

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CHEFE DO EMBM PROVÁVEL DE
Comissão nº 01/2020 Técnico – DLF (a) Cel BM Erlon Dias ATUALIZAÇÃO
GTO-CIURB Metodológico – EMBM3
do Nascimento Botelho Nov/2021
DATA: 05/11/2020 DATA: 12/11/2020 DATA: 16/11/2020
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Para fins didáticos e instrucionais contidos nestes POP, ao citarmos EPI-CIURB,


entende-se o conjunto citado no parágrafo anterior, excetuando-se o equipamento de
proteção respiratória.

A ausência, o dano ou o uso incorreto de qualquer um desses equipamentos


compromete a segurança do(a) militar e, consequentemente, das operações,
podendo acarretar graves consequências.

3 PRECAUÇÕES

A utilização de roupa de proteção apertada ou justa favorece a deterioração precoce


do equipamento, a redução da destreza e a diminuição da proteção oferecida pelo ar
criado nos espaços internos do conjunto. O ideal é salpicque a calça permita ações
básicas, como subir escadas, sem que o movimento das pernas seja limitado. A
jaqueta deve cobrir adequadamente a região lombar quando o(a) militar estiver em
seis apoios (dois pés, dois joelhos e duas mãos no chão).

Como forma de garantir a segurança do(a) bombeiro(a) militar, é recomendável a


utilização da roupa de proteção exclusivamente nas ações de socorro e salvamento
veicular, sejam elas instrucionais ou no teatro de operações. Além disso, deve-se
evitar a exposição da roupa de proteção a materiais cortantes, pontiagudos,
diretamente à chama, ao calor radiante extremo, a superfícies incandescentes, a
gasolina, óleos (lubrificantes, combustíveis ou de cozinha), graxas, álcoois,
solventes, líquidos clorados, ácidos, bases ou quaisquer outros que possam danificar
a sua estrutura.

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A roupa de proteção não foi projetada para que o(a) bombeiro(a) militar fique
exposto(a) de maneira contínua às chamas ou a fluxos de calor muito elevados,
apesar de suportar temperaturas relativamente altas de calor irradiado. Desse modo,
a exposição contínua à chama ou ao calor radiante extremo jamais deve ser
entendida como naturalmente suportável, sendo que as faixas retrorrefletivas são
especialmente mais sensíveis do que a barreira externa. É necessário que o(a)
bombeiro(a) militar tome conhecimento e se instrua dos limites de proteção
estabelecidos pelo fabricante constantes nos manuais da roupa de proteção e
demais itens que compõe o EPI- CIURB.

3.1 Equipagem

As instruções de equipagem, uso e desequipagem da roupa de proteção previstas


nos manuais do fabricante devem ser sempre seguidas de forma a garantir a
segurança do(a) bombeiro(a) militar.

Alguns cuidados específicos antes e durante a equipagem ajudam a proteger o


equipamento, evitando esforços excessivos. As seguintes ações do(a) usuário(a)
devem ser observadas, de acordo com a roupa de proteção disponível:

a) deixar suficientemente frouxos os mecanismos de ajuste, como os do


suspensório, ajustes laterais da cintura e das barras da calça e do punho, de
forma a ajustá-los adequadamente apenas após a sua colocação;
b) deixar totalmente abertos os zíperes da jaqueta e da calça (braguilha) antes
da equipagem;
c) ao vestir a calça, evitar tracionamentos abruptos que possam romper os anéis
de plástico do suspensório;

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d) ter atenção para usar adequadamente o mecanismo de ajuste do suspensório.


Para aumentá-lo ou diminuí-lo, em vez de simplesmente tracionar pelo seu
tirante ou puxá-lo para fora ou para os lados, o movimento deve ser realizado
na direção do próprio tirante, de modo a não forçar as partes de plástico que
são mais frágeis;
e) após fechar o zíper da jaqueta, é preciso garantir o fechamento da aba
protetora para que os velcros paralelos ao zíper não fiquem expostos;
f) ao fechar o zíper, é necessário alinhá-lo para que corra livremente em seu
trilho. Caso haja resistência, não se deve insistir em puxar o zíper, pois isso
poderá estragar um elemento fundamental para a funcionalidade do
equipamento. No modelo Texport Gold, para auxiliar o alinhamento dos dois
lados do trilho, deve- se segurar a barra inferior da jaqueta por meio da
pequena tira própria que fica próxima ao início do trilho do zíper (Figura 1);

Figura 1 – Elemento de auxílio para trava e alinhamento do zíper da roupa de proteção


Texport Gold

Fonte: acervo GTO-CIURB

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g) sempre que botões, velcros ou tirantes de reforço do zíper da calça estiverem


disponíveis no modelo, eles devem ser utilizados para reduzir o esforço
transversal sobre o zíper;
h) sempre que disponível no modelo, deve-se utilizar o puxador existente para
abrir os velcros do ajuste lateral da cintura, dos bolsos da calça e da jaqueta,
em vez de puxar diretamente pela barreira externa.

3.2 Utilização

Cuidados específicos devem ser tomados durante a utilização do roupão de proteção


para prolongamento de sua vida útil:

a) caso seja necessário, deve-se dar preferência para acondicionar a faca de


bolso no compartimento próprio (modelo Texport Gold) Figura 2;

Figura 2 – Exemplo de utilização do bolso porta-faca (perna direita)

Fonte: acervo GTO-CIURB

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b) nunca trabalhar com a alça ou o velcro do DRD (Drag Rescue Device)


abertos/expostos;
c) não deixar velcros abertos ou expostos (total ou parcialmente) de modo
desnecessário para a ocasião, pois a exposição poderá degradar o material,
alterar suas características de fechamento ou causar acidentes;
d) nunca trabalhe com os acessos de inspeção da jaqueta e calça abertos;
e) o vestuário não oferece proteção suficiente para intervenções que envolvem
algumas substâncias perigosas, apenas protege contra perigos, respingos
ocasionais de químicos líquidos ou líquidos inflamáveis. Nesses casos, é
necessário recuar imediatamente, despir o vestuário e avaliar o dano
decorrente;
f) em razão da composição da roupa de proteção, caso haja contato com
hipoclorito de sódio, a redução da contaminação deve ser realizada o mais
breve possível com água em abundância, preferencialmente sem sabão.
Apenas depois da diluição do hipoclorito em água, sugere-se a utilização de
sabão para a retirada de outras sujidades;
g) em trabalhos com discos de moto-corte (moto-rebolo ou moto-abrasivo),
sempre que possível, não se deve apontar o jato das faíscas diretamente para
o vestuário.
Acesse aqui o vídeo “Utilização do EPI/CIURB e EPR”

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3.3 Desequipagem

Durante a desequipagem, também é necessário tomar cuidados que visam a


preservação do equipamento, conforme descrito a seguir:

a) para facilitar a retirada da jaqueta, é necessário aliviar suficientemente o


ajuste do punho e afrouxar a manga (Figura 3). Não se deve auxiliar a retirada
segurando com a outra mão o forro do dedal ou o próprio dedal. Utiliza-se,
caso necessário, os emborrachados existentes na ponta da manga da
jaqueta, na barreira externa;

Figura 3 – Passos ideais para alívio da manga da jaqueta para sua retirada

Fonte: acervo GTO-CIURB

b) no modelo de jaqueta Texport Gold, para abrir a aba protetora do zíper, puxa-
se pela pequena proteção emborrachada anatômica que fica logo acima da
faixa retrorrefletiva do peitoral (Figura 4);
c) se for necessário pendurar diretamente a jaqueta ou calça logo após a
desequipagem total ou parcial, utiliza-se as alças próprias do equipamento
(Figura 5);

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Figura 4 – Local ideal para abrir o velcro da jaqueta Texport Gold

Fonte: acervo GTO-CIURB

Figura 05 - Elementos disponíveis para pendurar a roupa de proteção contido na jaqueta e calça

Fonte: acervo GTO-CIURB

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3.3.1 Desequipagem emergencial

Na roupa de proteção do modelo Texport Gold, o zíper da jaqueta é do tipo


antipânico, o que significa que ele pode ser aberto do jeito tradicional (puxado para
baixo, em direção à calça, até o final) ou no modo rápido (antipânico). Para que seja
feita a abertura nesse modo, o velcro da aba protetora do zíper deve estar aberto e o
zíper deve estar totalmente fechado (até a região da gola). A soltura rápida poderá
ser executada com uma mínima força para cima, seguindo o trilho normal do zíper,
até que ele saia da região dentada e permita a abertura ao puxar a jaqueta em
sentidos opostos, na direção transversal ao tórax.

Destaca-se que, caso o fecho não tenha ultrapassado todo o trilho do lado direito de
quem está vestido, o zíper não abrirá se a jaqueta for puxada em direções opostas.

Assim, para usar a função antipânico do zíper, é necessário puxá-lo completamente


até a gola da jaqueta e, somente após perceber que um lado do fecho está solto,
puxar a jaqueta em direções opostas. Depois de aberto o zíper, o início do trilho
ainda fica ligeiramente preso, devendo ser liberado com as mãos em vez de se
forçar sua abertura. Os passos adequados para abertura do zíper no modo
antipânico podem ser visualizados na Figura 6.

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Figura 6 – Passos adequados para abertura do zíper da jaqueta Texport Gold no modo antipânico

Fonte: acervo GTO-CIURB

Acesse aqui o vídeo “Desequipagem EPI/CIURB e EPR”

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4 INSPEÇÃO DE ROTINA DA ROUPA DE PROTEÇÃO

As inspeções regulares na roupa de proteção deverão ser executadas, no mínimo,


nas seguintes situações:

a) verificação antes do plantão operacional;


b) após cada uso e depois de cada exposição que possa resultar em sujidade ou
danos;
c) após a realização da higienização de rotina, verificando-se a permanência de
sujidades;
d) caso seja verificado alguma linha de costura solta, essa deverá ser cortada,
não devendo ser puxada ou utilizado chama (queimada) para não danificar a
continuidade da costura.

É importante ressaltar que, antes de inspecionar um equipamento, ele deve ser


devidamente descontaminado e higienizado.

Durante a inspeção, o(a) bombeiro militar deve observar os seguintes aspectos:

a) sujidades ou indícios de contaminação;


b) presença de cortes ou rasgos;
c) sistemas de fechamentos da roupa danificados ou ausentes;
d) indícios de danos térmicos em alguma camada (descoloração, carbonização,
derretimento);
e) integridade das faixas reflexivas;
f) integridade das costuras
g) perda de refletividade;

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h) ocorrência de delaminação (separação ou descamação da camada externa);


i) inspeção do DRD (Drag Rescue Device). Devem ser verificados os seguintes
elementos:
- correta instalação na jaqueta para DRDs removíveis;
- integridade das costuras nos DRDs fixos;
- sujidades e contaminação;
- danos físicos (cortes, abrasão, queimaduras, etc).

A inspeção do equipamento é realizada visualmente, observando-se todas as partes


da jaqueta e da calça. Ao inspecionar a camada externa, é necessário analisar os
seguintes indicativos:

a) manchas que indiquem que a roupa de proteção foi exposta a uma


temperatura maior que a recomendada (geralmente são manchas que ficam
mais claras do que a coloração habitual do equipamento);
b) manchas de contato com produtos químicos em todas as partes, inclusive nas
proteções de joelhos e cotovelos, pois elas possuem coloração e espessura
diferente, o que pode ocultar a existência destas manchas;
c) partes do tecido que estejam quebradiças ou locais em que as camadas estão
grudadas umas às outras;
d) corte ou rasgo significativo, que possa vir a expor as outras camadas e
prejudicar a eficácia e segurança do equipamento.

Para realizar a inspeção das camadas internas, caso o modelo da roupa de proteção
permita, é necessário destacar a camada externa, expondo a segunda camada para
que seja possível visualizá-la por completo (Figura 7). Dessa forma, será possível
verificar se há algum indício de exposição atípica ou algum dano que necessite de

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reparação. Posteriormente, verifica-se a camada interna, lembrando-se de desvirar


as mangas e a parte dos membros inferiores para expor a barreira de umidade por
completo e executar, assim, uma inspeção ideal.

Figura 7 – Exposição das camadas (barreiras) externas e internas da roupa de proteção fabricante
Hércules

Fonte: acervo GTO-CIURB

Há modelos de roupa de proteção que não permitem a separação completa das


camadas, como o Texport Gold, mas que possuem acessos de inspeção pelos
zíperes na extremidade inferior da jaqueta ou superior da calça (Figura 8). Abrindo-
os, é possível puxar e expor a camada interna da roupa para realizar a sua inspeção.
Os fatores a serem observados são os mesmos para os diversos modelos de roupa
de aproximação.

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Figura 8 – Acesso de inspeção da roupa de proteção do fabricante Texport

Fonte: acervo GTO-CIURB

Uma peculiaridade do modelo Texport é que sua camada externa recebe um


tratamento impermeabilizante, que acaba se perdendo com o uso e lavagens. Para
verificar o nível de impermeabilização, basta fazer pequenas “poças” de água na
camada externa e verificar se haverá alguma permeabilidade da água para as
camadas internas (Figura 9).

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DATA: 13/06/2020 DATA: 31/07/2020 DATA: 06/08/2020
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Figura 9 – Teste de impermeabilização do EPI

Fonte: acervo GTO-CIURB

Caso fique evidenciado a necessidade de renovar essa impermeabilização externa,


deve-se seguir sempre as recomendações constantes na etiqueta afixada em cada
peça da roupa de proteção.

Além das camadas, é importante verificar, durante a inspeção, se os velcros do


conjunto estão colando adequadamente. Com o uso constante, muitos acabam
perdendo a eficácia, o que pode acarretar na exposição de alguma parte do corpo
do(a) militar ou impedir que alguma regulagem da roupa seja feita.

O zíper da jaqueta também deve ser testado para verificar seu correto
funcionamento, observando se está abrindo e fechando adequadamente e sem
nenhum impedimento.

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Nos modelos que possuem sistema de abertura antipânico, deve ser verificada a
funcionalidade deste dispositivo. Além disso, é necessário verificar também se o
local de encaixe do dedo polegar está íntegro para o uso.

Se durante a inspeção for verificado algum dano ou anormalidade, é necessário que


se busque a correção, substituição ou troca da roupa de proteção, por meio de
solicitação junto à Seção de Suprimentos da Unidade, para que esta adote
providências junto à Diretoria de Logística e Finanças, visto que todos os reparos
devem ser realizados pelo fabricante, representante comercial ou membro da
Corporação treinado e certificado. A roupa de proteção deverá passar por limpeza
avançada antes de qualquer reparo, quando aplicável.

Acesse aqui o vídeo “Inspeção da roupa de proteção”

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5 HIGIENIZAÇÃO DA ROUPA DE PROTEÇÃO APÓS OCORRÊNCIA

Visando promover a saúde do(a) bombeiro militar e da equipe envolvida quanto a


exposição a diversas substâncias nocivas presentes no teatro de operações durante
e após as ações de socorro.

Fica estabelecido que após encerradas as atividades de combate a incêndio e


rescaldo, ainda no local da ocorrência, deve ser procedida a Redução Preliminar de
Exposição (RPE) e, em seguida, o isolamento da roupa de proteção e de outros itens
do EPI-CIURB que possam estar contaminados.

Os equipamentos podem apresentar diversos tipos de contaminação, agrupadas e


destacadas conforme abaixo:

a) produtos químicos a granel;


b) asbestos (amianto) ou outras substâncias relacionadas;
c) fluidos corporais e outras contaminações provenientes de microrganismos;
d) produtos da combustão estrutural;
e) outros materiais que despertem a suspeita quanto ao fator contaminação.

O nível de intervenção em descontaminação, após ocorrências, deve ser progressivo


na seguinte ordem:

a) redução preliminar da exposição (RPE);


b) desinfecção e sanitização;
c) limpeza avançada (máquina de lavar);
d) limpeza especializada (realizada por profissional autorizado).

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5.1 Redução Preliminar da Exposição (RPE)

Nos casos em que alguma peça do EPI-CIURB esteja impregnada com muita
sujidade após a operação, uma limpeza preliminar precisará ser procedida no
material. Caso a operação ainda não tenha encerrado, remova os destroços secos
da peça facial, capacete e EPR antes de efetuar a troca do cilindro de ar comprimido.

Quando o(a) bombeiro militar tiver finalizado sua participação na ocorrência, antes
da retirada do EPR e EPI-CIURB, proceda a RPE conforme os seguintes passos:

a) com uma escova de pelos macia, retire os detritos secos que estejam
depositados sobre a roupa de proteção;
b) enxágue outros detritos e sujidades quaisquer suavemente com uma
mangueira de jardim ou aplicando o Jato Mole a baixa pressão;
c) gentilmente, escove a superfície do conjunto com um pincel ou pano, quando
necessário, e enxágue novamente de forma suave.

Observação: Um detergente neutro pode ser utilizado durante o processo da RPE.

Deverá ser tomado especial cuidado com a aplicação de água, que não pode ocorrer
com alta pressão e velocidade. Movimentos abrasivos vigorosos com escovas e
panos devem ser evitados, tanto nas partes destinadas à proteção contra chamas
quanto nas faixas retrorrefletivas, para prevenir seu desgaste.

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incêndio urbano.

5.1.1 Isolamento da roupa de proteção (IsRP)

Sempre que possível, após as ações de RPE, o conjunto deverá ser embalado e
isolado, sendo transportado em compartimento diferente daquele destinado aos
Bombeiros Militares.

Sempre que houver contaminação com produtos perigosos de maior potencial


danoso, o isolamento da roupa de proteção deve ser executado. Esse procedimento
visa preservar o equipamento para a análise de equipes especializadas em produtos
perigosos, bem como evitar a contaminação cruzada nas cabines das viaturas.

Acesse aqui o vídeo “Redução preliminar de exposição e higienização da roupa de proteção”

5.2 Desinfecção e Sanitização

Para realizar esse processo, devem ser seguidas as recomendações da ITO 16 para
EPI de manuseio. Não deve ser utilizado cloro, água sanitária ou água oxigenada,
mas sim água e sabão abundantemente. Para o uso de ferro de passar roupa ou

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lavagem com água quente, é necessário observar a temperatura máxima permitida


pelo fabricante do equipamento para não exceder a temperatura indicada na
execução dos procedimentos.

5.3 Limpeza avançada

Para realizar a limpeza avançada, siga as recomendações constantes na seção 6


(higienização de rotina na roupa de proteção).

3.4 Limpeza especializada

Procedimentos de limpeza especializados, os quais fazem uso de agentes químicos


não convencionais, só devem ser realizados pelo fabricante ou organização
credenciada e treinada pelo para este fim em específico.

6 HIGIENIZAÇÃO DE ROTINA NA ROUPA DE PROTEÇÃO

A roupa de proteção utilizada nas operações de combate a incêndio necessita de


uma higienização regular para remover detritos, resquícios de metais pesados,
compostos orgânicos e bactérias.

Para realizar a limpeza da roupa de proteção as recomendações expedidas por cada


fabricante devem ser devidamente identificadas e seguidas. Essas recomendações
podem ser encontradas nas etiquetas afixadas em cada uma das partes da roupa de
proteção ou, na ausência delas, nos respectivos manuais dos equipamentos. Após
realizada a RPE, a roupa de proteção pode ser colocada em uma máquina de lavar
para prosseguimento da limpeza.

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Lavar a roupa de proteção à mão é proibido, pois esse método imprime vigorosos
movimentos abrasivos que podem danificar o material.

As fibras que compõem as roupas de proteção contra incêndio (p-aramida, m-


aramida e PBI) possuem proteção intrínseca contra chamas. Desde que sejam
seguidas as recomendações específicas dos fabricantes nos processos de limpeza,
essa proteção não é perdida ou desgastada nos processos de lavagem.

6.1 Limpeza avançada (máquina de lavar)

Para a utilização de máquinas de lavar, recomenda-se aquelas que tenham


capacidade igual ou superior a 15 kg. Máquinas de lavar com porta frontal/lateral são
preferenciais às máquinas com porta superior (com ou sem agitador central).

Não sobrecarregue a máquina, pois essa ação causa um atrito severo que pode
enrugar e amassar os materiais ou gerar outros efeitos adversos. Carregue a
lavadora de roupas apenas até a metade de sua capacidade nominal e selecione um
programa que garanta um nível de água mais alto.

As peças da roupa de proteção devem ser lavadas separadas e isoladas de


quaisquer outras vestimentas. Isso evita que materiais estranhos possam ser
depositados nas peças de proteção e que ocorra a contaminação de outras
vestimentas pelos resíduos depositados na roupa de proteção.

Antes da lavagem, todas as tarjetas de identificação e os vários acessórios


existentes na roupa de proteção devem ser removidos. O lado macho das tiras de
velcro pode arranhar as superfícies do tecido e, com isso, alterar drasticamente a

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aparência do material e/ou causar danos. Prendedores de velcro e ganchos


metálicos/mosquetões devem ser fechados ou cobertos com uma proteção (fita
crepe, por exemplo) antes que o vestuário seja colocado na máquina de lavar. Se as
camadas forem removíveis, elas devem ser lavadas separadamente. Se a separação
não for possível, a roupa de proteção deve ser lavada com o lado do forro para fora
(virado ao avesso).

Ácidos concentrados (por exemplo, ácido acético - vinagre), álcalis ou oxidantes


poderosos (por exemplo o peróxido de hidrogênio, hipoclorito - água sanitária - e
outros alvejantes à base de cloro) prejudicam as propriedades mecânicas do
vestuário.

Enxágue bem todas as roupas após a lavagem para remover os vestígios de


detergentes. A roupa de proteção deve passar por um processo de centrifugação
suave e, na ausência desta configuração na máquina de lavar, o conjunto não
poderá passar pelo processo de centrifugação comum.

6.2 Secagem

Para o processo de secagem natural, a roupa de proteção deve ser posicionada em


uma área com boa ventilação. A roupa de proteção não deve ser secada com
exposição direta ou indireta de luz solar, com luz fluorescente ou sob raios UV. Além
disso, a área de secagem não deve ter temperatura maior que 40 ºC.

A roupa de proteção pode ser colocada em máquina secadora (ciclo suave) e secado
a temperatura não superior a 40 °C.

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Para a roupa de proteção do modelo Texport Gold, recomenda-se após a secagem


passar ao ferro à temperatura de 150º C para que o efeito repelente da água e dos
químicos na superfície seja renovado. Se for necessário reaplicar a camada de
impermeabilização, a roupa de proteção deve estar totalmente seca, devendo ser
seguido o procedimento e materiais indicados pelo respectivo fabricante para
renovação da impermeabilização.

Quando utilizada uma secadora, os seguintes itens devem ser observados:

a) a capacidade recomendada da secadora não deve ser excedida;


b) todos os fechos, zíperes, velcros e aberturas devem ser mantidos
fechados/travados;
c) a secadora não pode ter sua temperatura maior que 40 ºC;
d) secar as camadas ainda separadas, caso possível, ou viradas ao avesso
(forro para fora) caso não seja possível separá-las.

Após a secagem, as peças da roupa de proteção podem ser passadas a ferro, desde
que a temperatura respeite os limites impostos por cada fabricante da roupa de
proteção. Deve-se tomar especial cuidado com as faixas e elementos refletivos
nesse processo.

A sequência completa de higienização de rotina da roupa de proteção pode ser


resumidamente descrita da seguinte forma:

a) realizar a limpeza preliminar, quando necessário;


b) lavar as peças do conjunto separadamente;
c) remover os acessórios que possam ser removidos (mosquetões,

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suspensórios, tirantes etc.) antes da limpeza e proteger os que não puderem


ser removidos para evitar danos nos materiais;
d) os fechos inter-relacionados (presilhas, zíperes e velcros) devem estar
fechados;
e) utilizar apenas sabão neutro;
f) não usar alvejantes ou amaciantes de roupas;
g) não embalar quando estiver úmida;
h) secar à sombra, em local ventilado e sem incidência de luz direta ou indireta
do sol, luz fluorescente ou raios UV;
i) passar ao ferro (opcional) com temperatura ajustada de acordo com a etiqueta
de recomendação do fabricante;
j) armazenar a roupa de proteção totalmente seca, em local ventilado e sem
incidência direta ou indireta do sol, raios UV ou luz fluorescente.

7 ARMAZENAMENTO/ACONDICIONAMENTO

O ARMAZENAMENTO da roupa de proteção será feito quanto essa não estiver em


uso devido à folga de serviço do(a) militar ou qualquer outro motivo em que a roupa
de proteção não esteja no serviço operacional.

A roupa de proteção deverá ser ACONDICIONADA quando disponível para emprego


imediato, em local específico na Prontidão de Incêndio ou dentro das viaturas, com
exceção dos casos em que o(a) militar estará equipado(a) para o atendimento de
ocorrências.

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7.1 Armazenamento

O armazenamento da roupa de proteção deverá observar os seguintes aspectos:

a) deve estar limpo e seco antes de ser armazenado;


b) os locais ou armários de armazenamento deverão estar limpos e, na medida
do possível, arejados/ventilados;
c) pendurar pelas alças internas próprias, uma vez que os vincos causados pelas
dobras podem danificar a junção dos tecidos que possuem costuras soldadas;
d) utilizar, se possível, local ou armário exclusivo.

A roupa de proteção não deverá ser armazenada:

a) junto com objetos pessoais, dentro de casa ou do carro;


b) em contato com contaminantes, produtos químicos e similares;
c) sob luz solar direta, indireta, luz fluorescente ou raios UV;
d) com outros equipamentos ou ferramentas que possam danificá-lo por corte,
abrasão ou contato.

7.2 Acondicionamento

Assim como no armazenamento, a roupa de proteção deve ser acondicionada de


forma adequada, sendo que tal ação irá prolongar o uso do equipamento. Para tanto,
o(a) usuário(a) deverá colocar em prática as ações a seguir:

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a) na Prontidão de Incêndio, procurar colocar a roupa de proteção abrigado da


luz solar e não colocar em locais sujeitos à contaminação por óleo, graxa,
gasolina, serragem e outros produtos químicos;
b) se possível, deixar a calça e jaqueta penduradas em local ventilado,
minimizando danos pelas dobras no tecido da roupa de proteção e também
evitando umidade e odores;
c) nos deslocamentos em viatura nos quais o(a) militar não estará equipado(a)
com a roupa de proteção a combate a incêndio, acondicioná-lo, sempre que
possível, na cabine do veículo. Não sendo possível, pela limitação de espaço,
acondicioná-lo em um dos compartimentos da viatura, com espaço adequado,
deixando neste compartimento apenas os EPIs;
d) nos casos de indisponibilidade do compartimento, como por exemplo nas
viaturas de salvamento tipo caminhonete, nas quais o espaço físico é bem
limitado pelos demais equipamentos, acondicione a roupa de proteção fora do
alcance de objetos cortantes, como o sabre da motosserra. Além disso, a
roupa de proteção não deve ser acondicionada debaixo de equipamentos
pesados e/ou próximo a produtos químicos que podem danificar apenas com
o contato, como gasolina, óleos, graxa e similares. Se possível, armazene a
roupa de proteção dentro de bolsa específica durante esse tipo de transporte.

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DATA: 13/06/2020 DATA: 31/07/2020 DATA: 06/08/2020
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8 INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

Elaboração:

a) Comissão: 01/2020 – GTO/CIURB:


Cap Gustavo Moraes Falcão; 1º Ten Igor Cesar Grandi; 1º Ten Ágatha Iolanda
Vidal e Silva; 1º Ten Danilo Bruner Lopes Barbosa; 1º Ten Manoel de Jesus
Braga; 1º Ten Felipe Brittes Pereira; 2º Ten Robson Aparecido Jorge; 2º Ten
Marco Antônio de Oliveira Neto; 2º Sgt Bruno César de Oliveira; 3º Sgt Natalia
Daisy Ribeiro, Sd Wladmy Siqueira Pires.

b) Revisão técnica:
Cap Jonas Braga Linke; Cap Tales Roberto da Silva; 1º Ten João Gustavo de
Souza Cruz; 1º Ten Talita Rodrigues Oliveira; 2º Sgt Fabrício Souza Lopes; 3º
Sgt Luiz Eduardo Freitas Pimentel; 3º Sgt Hugo Leonardo Marques Von Gal;
Sd João Carlos Cordeiro dos Santos.

c) Revisão gramatical/metodológica realizada pela 3ª Seção do Estado-


Maior:
Cap Eliseu Washington Marques Gonçalves; 3º Sgt Flávia Silva Camilo.

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REFERÊNCIAS

CBMMG. MANUAL DE BOMBEIROS: COMBATE A INCÊNDIO URBANO.


Belo Horizonte: CBMMG, 2020.

CFD. Conover Fire Department: Personal Protective Equipment Standard Operating


Guideline. Conover North Carolina, Conover, 2019. Disponível em:
https://www.conovernc.gov/index.asp?SEC=EF1BF655-4EA9-4991-9368-
74154DE0909E&DE=B7E8F642-5D9A-4F82-A6F5-
8FADF18EA35D&Type=B_BASIC. Acesso em: 27 de jul. 2020.

CROW. Chemical Retrieval on the Web. Aramid fibers. Polymer Properties


Database, 2020. Disponivel em: https://polymerdatabase.com/Fibers/Aramid.html.
Acesso em: 24 de jul. 2020.

FIRE PROTECTION RESEARCH FOUNDATION. PPE Cleaning Validation.


Denver: NFPA, 2019.

GORE. Gore technologies. W. L. Gore & Associates, Inc, 2020. Disponível


em:
https://www.gore.com/about/technologies. Acesso em: 29 jul. 2020.

HERCULES. Vestimenta para combate a incêndio. São Paulo: Hércules


Equipamentos, 2018. Disponível em:
https://www.hercules.com.br/produto/hj031t9l1n-hj041t9l1n/. Acesso em: 29 jul.
2020.

KFD. Standard Operating Procedures: Structural Firefighting Personal


Protective Equipment. Kemah Fire Department’s Standard Operating Procedures.
Kemah, 2019. (SOP 37).

NATIONAL FIRE PROTECTION ASSOCIATION. NFPA 1851: Standard on


Selection,
Care, and Maintenance of Protective Ensembles for Structural Fire Fighting and
Proximity Fire Fighting. 3. ed. Quincy: NFPA, 2020.

PHOENIX REGIONAL. STANDARD OPERATING PROCEDURES: Protective


Clothing Inspection Program. Phoenix 2018.

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SEVEN DO BRASIL. Requisitos da EN 469 comparados com Texport X-Treme e


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