CORPO DE BOMBEIROS PROCEDIMENTO

MILITAR DE MINAS GERAIS OPERACIONAL PADRÃO – 06

GRUPO: P TÍTULO: Empenho de Equipes de

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Emergencial (Blocos de Carnaval)

1 FINALIDADE E OBJETIVOS

Este documento tem a finalidade de estabelecer procedimentos para atuação das

Guarnições BM (GU BM) empregadas nas Equipes de Intervenção e Atendimento
Emergencial em Blocos De Carnaval.

Ainda, tem como objetivos:

a) implemetar ações de prevenção in loco, com vistas à segurança do público e
minimização de riscos e de situações de pânico;
b) fornecer atendimento emergencial efetivo, com a devida qualidade e tempo-
resposta, aos foliões presentes nos blocos carnavalescos;
c) desenvolver as atividades do CBMMG de maneira integrada aos demais
órgãos e entidades envolvidos, visando proporcionar segurança e proteção
aos participantes do Carnaval;
d) gerenciar os recursos operacionais, por meio do Sistema de Comando em
Operações, durante o atendimento aos blocos carnavalescos,
e) proporcionar o sentimento de proteção através de ações operacionais de
qualidade.

2 CONCEITOS

Blocos de Carnaval: conforme definição da Instrução Técnica nº 39 - 3º edição

trata-se de uma “manifestação cultural de especial interesse público, com
aglomeração de pessoas em determinada via pública, com finalidade festiva de
carnaval, de caráter momentâneo, estacionário ou itinerante, inclusive aquelas
ocorridas em períodos diversos ao calendário oficial, desde que apresentem
características de similaridade. ”

ELABORADOR REVISÃO HOMOLOGADOR DATA

CHEFE DO EMBM PROVÁVEL DE
Batalhão Carnaval - 2021 3ª Seção do Estado-Maior (a) Cel BM Erlon Dias ATUALIZAÇÃO
do Nascimento Botelho Dez2022
DATA: 09/12/2020 DATA: 27/01/2021 DATA: 03/02/2021
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Emergencial (Blocos de Carnaval)

Prevenção contra Incêndio/Prevenção contra Acidentes (PCI/PCA): ações

operacionais do CBMMG direcionadas para evitar/minimizar riscos que possam
expor a segurança de pessoas e bens a possíveis incêndios, acidentes e pânico.

Equipes de Intervenção e Atendimento Emergencial Blocos de Carnaval:

Guarnições BM, devidamente equipadas, pertencentes a um Sistema de Comando
de Operações (SCO), empregadas em locais estratégicos com vistas ao
atendimento do público participante dos blocos carnavalescos, em ações de
prevenção in loco, de atendimento emergencial e de atendimento a múltiplas
vítimas.

As Equipes de Intervenção e Atendimento Emergencial podem ser empregadas

através de duas composições:

a) Tripuladas em Viaturas BM: Nesta composição o efetivo mínimo a ser

empregado é de 03 (três) BM (com exceção a Moto Operacional de acordo
com efetivo de ITO própria), que deverão tripular, de forma prioritária, viaturas
da classe ABS/ABTS/ASL. Mais de uma viatura poderá ser empregada na
Equipe de Intervenção, sendo recomendado neste caso o emprego de
Unidade Resgate (UR).

b) A Pé: Nesta composição, o efetivo mínimo a ser empregado é de 03 (três)

BM, que preferencialmente irão permanecer até um distanciamento máximo
de 300 (trezentos) metros de um Posto Médico Avançado (PMA), pertencente
a organização do SCO da operação.

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3 EQUIPAMENTOS E MATERIAIS NECESSÁRIOS

Para realizar os procedimentos descritos neste POP, serão necessários os

seguintes equipamentos e materiais:

a) Equipes de Intervenção e Atendimento Emergencial Tripuladas em Viaturas

BM:
 viatura BM (forma prioritária da classe ABS/ABTS/ASL);
 equipamentos, materiais e apetrechos relativos à Prevenção e
Combate a Incêndio Urbano;
 equipamentos, materiais e apetrechos relativos ao Salvamento em
Altura e Salvamento Terrestre;
 equipamentos, materiais e apetrechos relativos ao Atendimento Pré-
Hospitalar;
 equipamentos de comunicação operacional;
 se possível, dispor na viatura Kit Desastre.

b) Equipes de Intervenção e Atendimento Emergencial A Pé:

 equipamentos, materiais e apetrechos relativos ao Atendimento Pré-
Hospitalar;
 equipamentos de comunicação operacional;
 capacete de salvamento.

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4 RESPONSABILIDADES

O Bombeiro Militar mais antigo (Chefe da Equipe) é responsável pela abertura do

REDS de empenho antes do deslocamento, anúncio à Sala de Operações/COBOM
da chegada ao local, avaliação da conveniência de permanecer no local pré-
estabelecido, avaliação de possíveis situações in loco que atentam contra a
segurança e incolumidade dos foliões, anúncio à Sala de Operações/COBOM sobre
procedimentos de segurança adotados ou sobre qualquer situação adversa
observada, devendo estar atento à comunicação via rádio, abertura de REDS
específico para cada atendimento emergencial, conforme natureza apresentada e
solicitar orientações operacionais ao Chefe de Operações.

Em caso de presença de órgãos de imprensa, o Chefe da Equipe deverá repassar o

contato da Sala de Operações para o devido atendimento da demanda pelo Chefe
de Comunicações e Atendimento a Imprensa do SCO.

O Chefe de Equipe deverá, ainda, anunciar à Sala de Operações/COBOM qualquer

deslocamento que se fizer necessário, o término das atividades, o retorno ao ponto
zero e, por fim, finalizar todos os REDS gerados durante o empenho.

Todos os Bombeiros Militares empregados nas Equipes de Intervenção e

Atendimento Emergencial deverão se atentar a postura e compostura profissional
junto aos foliões, sendo vedada qualquer manifestação fora do contexto profissional
de segurança pública, bem como vedada a manipulação de equipamentos
eletroeletrônicos com contexto diverso da operação, conforme normas do CBMMG.

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Todo atendimento deve ser pautado na pronta-resposta, qualidade do serviço e

respeito aos foliões.

É de responsabilidade da Equipe o atendimento a qualquer situação emergencial

que se enquadre dentro das naturezas específicas de BM, constantes na Diretriz
Auxiliar de Operações (DIAO).

5 DESENVOLVIMENTO

O desenvolvimento dos trabalhos será realizado em três etapas: preparação,

execução e finalização.

Preparação:
a) as Equipes de Intervenção e Atendimento Emergencial deverão compor
obrigatoriamente o SCO. Não obstante, os militares e viaturas empregados
poderão ter sua origem no 4º esforço disponibilizado para a operação ou
origem em uma unidade operacional;
b) as Equipes de Intervenção e Atendimento Emergencial deverão responder a
chamada para emprego conforme Ordem de Serviço da Operação, realizar
conferência e cautela de equipamentos e materiais, acompanhar o briefing da
operação, produzir a abertura de REDS referente ao empenho e deslocar até
o local pré-estabelecido em Ordem de Serviço ou definido pelo Chefe de
Operações;
c) no local de atuação pré-estabelecido, as Equipes deverão avaliar a
conveniência da permanência no local conforme disposição dos foliões. No
caso das equipes tripuladas em viatura o posicionamento deverá levar em
conta rotas de circulação de veículos de emergência, sendo vedada a

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permanência de viaturas no interior dos blocos onde não haja possibilidade de

deslocamento caso necessário;
d) no local de atuação, deverão ser visualizadas, de forma antecipada, no
mínimo duas rotas de fuga, tanto para as viaturas e BM empregados, como
também para o público;
e) considerando o item “d” deste tópico, as Equipes deverão estar em condições
de realizar a orientação do público até local seguro em caso de eclosão de
situação de pânico, bem como de acionar os outros órgãos de segurança
pública quando a natureza do atendimento não for de responsabilidade do
CBMMG;
f) manter contato com os organizadores dos blocos carnavalescos, repassando
a localização da Equipe de Intervenção, bem como manter contato com
possíveis brigadistas, equipe médica empregada e demais órgãos de
segurança presentes no bloco carnavalesco.

Execução:
a) as Equipes deverão permanecer ECD para atendimento in loco, com o
sistema de iluminação da viatura ativo (caso Equipes tripuladas), sempre
atentas a comunicação via rede de rádio da operação.
b) em situações emergenciais relativas à prevenção e combate a incêndios e
pânico, salvamentos em geral, atividades de prevenção contra acidentes ou
qualquer outra natureza BM, os militares das Equipes deverão atuar dentro
dos protocolos de Instruções Técnicas Operacionais específicas. Nestas
situações, a Sala de Operações deverá ser comunicada sobre a atuação e o
REDS específico deverá ser aberto. Caso necessário, as Equipes poderão
solicitar apoio/orientações à Sala de Operações sobre a conduta a ser
implementada;

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c) em situações emergenciais relativas a APH, as Equipes deverão realizar o

primeiro atendimento in loco e acionar a Sala de Situação/COBOM para
orientações. No caso de APH, a Coordenação é integrada ao SAMU/
Secretaria Municipal de Saúde, que por sua vez irá realizar a regulação
médica;
d) em caso de pânico em meio aos foliões, as Equipes deverão:
 identificar o fator gerador do pânico;
 solicitar, de forma imediata, que a organização do bloco carnavalesco
interrompa a reprodução musical ou interrompa a bateria;
 informar, de forma imediata, a Sala de Operações/COBOM sobre a
situação local, solicitando apoio caso necessário;
 adotar medidas operacionais que visem à extinção / contenção /
minimização do fator de pânico, caso o fator gerador seja de
responsabilidade de atendimento BM (ex.: incêndios, choques
elétricos, atropelamentos, esmagamento, pisoteamento, acidentes em
geral etc.);
 acionar o apoio necessário, por meio da Sala de Operações/COBOM,
caso o fator gerador não seja de responsabilidade de atendimento BM;
 orientar, através do sistema de som do trio elétrico/da viatura BM/ do
megafone/ou voz, de forma clara e calma, sobre as rotas de fuga
seguras previamente analisadas pelo Chefe da Equipe;
 estabelecer a Zona Quente, com o devido isolamento e restrição de
acesso conforme doutrina do SCO, considerando o fator gerador e a
possível existência de vítimas;
 no caso das Equipes a pé, próximas aos PMA, o atendimento
emergencial será realizado via solicitação de foliões ou emprego da
Chefia do PMA/Sala de Operações/COBOM. Em caso de atendimento
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pré-hospitalar, a Equipe deverá avaliar a situação e solicitar apoio,

caso necessário. Se possível conduzir a vítima até o PMA de origem.

Finalização:

a) o Chefe de Equipe deverá, após o término do horário de emprego, recolher a

equipe até o ponto zero, dando ciência de deslocamento à Sala de
Operações/COBOM. O encerramento da demanda do emprego pode ser
superior ao horário planejado. Assim, no horário planejado para o
encerramento do emprego, o Chefe da Equipe deverá avaliar a necessidade
do recurso in loco e repassar a situação ao Chefe de Operações, que poderá
dispensar a equipe ou postergar o empenho;
b) deverá ser realizada, no ponto zero, a conferência de todos os equipamentos
e materiais constantes em carga e descautela-los junto ao setor de logística
do SCO;
c) deverá ser solicitado à Sala de Operações/COBOM o fechamento do REDS
de emprego.

6 PRECAUÇÕES

As Equipes de Intervenção e Atendimento Emergencial deverão considerar as

seguintesprecauções:

a) posicionar viaturas em locais onde haja possibilidade de deslocamento

caso necessário,como também estabelecer rotas de fuga;
b) portar ou operar de forma eficiente o sistema de comunicação;

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c) estabelecer contato com os responsáveis pelo bloco, brigadistas, equipe

médica e demaismembros da segurança pública presentes;
d) atuar dentro das competências do CBMMG. Caso necessário solicitar
apoio de outrosórgãos.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

a) o Chefe de Equipe, responsável pela elaboração do REDS, deverá atentar

para asseguintes determinações:
 a natureza do REDS de empenho das Equipes de Intervenção e
Atendimento Emergencial será P 03.010 – Prevenção em Festa
Popular;
 o campo “Outros” deverá ser preenchido com os dizeres: Equipe de
Intervenção e Atendimento Emergencial;
 o histórico do REDS deverá ser iniciado com a palavra “Carnaval”
seguida do ano e cidade onde a festividade está ocorrendo,
conforme exemplo: CARNAVAL 2021 BELO HORIZONTE.

b) a devida presença de GU BM empregadas in loco em atividades de

prevenção e atendimento aos foliões participantes dos blocos carnavalescos
gera, de forma inequívoca, sentimento de proteção à população e o devido
tempo-resposta no bloco carnavalesco;

c) as Equipes de Intervenção e Atendimento Emergencial tripuladas em viaturas

poderão, conforme a necessidade, se estabelecer em Ponto Base em local
não vinculado a um bloco carnavalesco específico, e sim a uma região de

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Emergencial (Blocos de Carnaval)

atendimento e cobertura. Neste caso, o controle de emprego será realizado

pelo Chefe de Operações, conforme disposição do Ponto Base em Ordem de
Serviço ou definição posterior.

8 INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

a) POP elaborado pelo Batalhão Carnaval 2021:

Nº 124.233-8, Ten-Cel Winderson Alain Moura; nº 128.407-4, Maj Giderson
Martins das Neves; nº 133.355-8, Cap Heitor Aguiar Mendonça; nº 136.867-9,
Cap Gabriel Patrocínio de Andrade; nº 158.441-6, 1º Ten Josué Soares da
Silva Neto e nº 165.861-6, Ten Felipe Brittes Pereira.

b) Revisão gramatical/metodológica realizada pela 3ª Seção do Estado-

Maior:
Nº 128.406-6, Maj Moisés Magalhães de Sousa e nº 147.836-1, Cap Eliseu
Washington Gonçalves Marques.

REFERÊNCIAS

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS. Instrução Técnica n. 01.

Procedimento Padrão do Serviço Operacional. 2 ed. CBMMG, 2015.

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS. Instrução Técnica n. 39.

Blocos de Carnaval. 3 ed. CBMMG, 2020.

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS. Instrução Técnica

Operacional n. 25. Padronização do registro de eventos do Corpo de Bombeiros
Militar. 3. ed. CBMMG, 2020.

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DATA: 09/12/2020 DATA: 27/01/2021 DATA: 03/02/2021