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POP: STR 001

RESGATE VEICULAR Edição: 2021

Páginas: 04

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO


SEQÜÊNCIA DE PROCEDIMENTOS

Nota Introdutória:

O presente POP se destina às equipes do CBMES que atuam em atendimento à


ocorrências de acidente automobilístico, independentemente do efetivo presente na
cena. As ações previstas nesse POP devem ser seguidas para acidentes envolvendo
veículos de passeio ou de grande porte. Ocorrências onde haja a presença de produtos
perigosos ou múltiplas vítimas serão tratadas em POP próprio.

1. Em até 30 SEGUNDOS de ocorrência: um socorrista precisa iniciar a verbalização


com a vítima;

2. Em até 1 MINUTO de ocorrência: um socorrista precisa abordar a vítima achegando-


se a ela, tentar tocá-la, de preferência já estabilizar sua cervical;

3. Em até 2 MINUTOS de ocorrência: um socorrista precisa adentrar no veículo;

4. Ao entrar no veículo o socorrista executa as seguintes manobras: puxar o freio de


mão, abaixar todos os vidros, retirar o cinto de segurança da vítima, desligar o carro,
retirar a chave da ignição e destravar todas as portas. Em seguida, este deverá iniciar a
AVALIAÇÃO DA VÍTIMA que deve ser finalizada em até 3 MINUTOS de ocorrência, ao
findar essa avaliação necessita repassar três informações para o chefe da equipe:

a. Estado geral da vítima, ESCALA CIPE;


b. Melhor VIA DE EXTRAÇÃO, buscando sempre o ângulo zero para extração, o qual
leva em conta a direção para onde a cabeça da vítima está apontando; e
c. O GRAU DE ENCARCERAMENTO, sendo este dividido em três:

I. ENCARCERAMENTO FÍSICO TIPO I: as lesões da vítima impedem sua saída


por meios próprios;
II. ENCARCERAMENTO FÍSICO TIPO II: pelo menos uma parte da vítima está
presa nas ferragens, a vítima está encarcerada;
III. ENCARCERAMENTO MECÂNICO: a vítima está impedida de sair devido ao
estado do veículo, por ex. as portas não abrem, o carro está tombado etc, o
importante é que o impedimento para a saída da vítima se dá em função do veículo
e não do estado da vítima.

Obs.: Pode haver a combinação de encarceramento mecânico com encarceramento


físico tipo I ou II.
5. Assim que estiverem disponíveis as três informações – estado da vítima, grau de
encarceramento e melhor via de extração – o chefe de Guarnição deverá MONTAR O
PLANO DE AÇÃO onde devem estar claras as ações e sequências do que será
executado. Nesse plano devem estar bem definidos qual é o PLANO PRINCIPAL (A) e
o PLANO SECUNDÁRIO (B).

6. Para a SEQUÊNCIA DE AÇÕES relativas ao plano deve-se sempre priorizar:

a. Primeiramente transformar um encarceramento físico tipo II em físico tipo I;


b. Em seguida executar as manobras para garantir uma via de retirada imediata da
vítima, denominado de plano secundário ou plano B;
c. Por fim, executar as manobras para uma retirada da vítima com a menor
movimentação possível, garantindo um espaço para sua remoção segura e
adequada, o que denominamos de Plano principal ou plano A.

7. A equipe de salvamento poderá executar o plano principal sempre que a vítima


puder aguardar, ou seja, quando estiver ESTÁVEL ou POTENCIALMENTE INSTÁVEL,
nos casos em que ela estiver CRÍTICA ou INSTÁVEL, sua retirada deverá ser realizada
o mais breve possível, o que por definição é obtido pelo plano secundário ou plano B.

8. Lembrar que um bom plano secundário é parte da execução de um plano principal,


em outras palavras o plano secundário contribui para a execução do plano principal.

9. Esta abordagem sistematizada no salvamento de vítimas encarceradas


esquematizado da seguinte forma:
10. De maneira didática, as funções desempenhadas na cena podem ser planificadas da
seguinte maneira:
11. Considerações complementares:

ELABORADORES: REVISOR:
Maj BM Lucas SOSSAI Waldetário Ten Cel BM Rodrigo Nascimento RIBEIRO
Cap BM João Paulo Dazzi RAFALSKY Alves

REFERÊNCIAS:
1.ESCOLA NACIONAL DE BOMBEIROS. Técnicas de Salvamento e
Desencarceramento. Sintra (Portugal): Escola Nacional de Bombeiros, 2016, p. 13-14;
2.DUNBAR, Ian. Técnicas de desencarceramento de veículos. Raamsdonksveer
(Holanda): Holmatro Rescue Equipment BV, 2014, p. 82-102;
3.Figuras e material gráfico: Rubens Montalvão, Corpo de Bombeiros Militar do Distrito
Federal.

HOMOLOGADOR: PUBLICAÇÃO:
Cel BM Germano FELIPPE Wernersbach BGCBM No 23, DE 10/06/2021
Neto

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