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ssence

Aula 2
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“Mas quem és tu, ó homem, para


contestar a Deus? Porventura
pode o vaso de barro questionar a
oleiro: Por que me fizeste assim?”

Romanos 9:20

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Todas nós fomos criadas pelas mãos do maior dos artistas e não,

Ele não errou no seu projeto. Acredite!

A beleza é importante para você, é importante para todos nós, tal-

vez você nem saiba cientificamente o porquê disso, mas hoje va-

mos entender como o cérebro classifica o que determina como

atrativo, como você pode usar essa ferramenta ao seu favor e tam-

bém vamos entender mais sobre a teoria das essências, e final-

mente colocar a mão na massa e partir para a prática!

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Veja a beleza incontestável rosto seja, nada trará mais contentamento


para nós que estarmos satisfeitas com o
dessa mulher. Vemos a reflexo daquele rosto que vemos no espe-
beleza nela, certo? lho todos os dias: o nosso! A imagem que
os outros têm de nós, por melhor que seja,
nunca vai ser o bastante para nos satisfa-
zer, e isso é legítimo.

Nós pensamos que queremos ser atraen-


tes para os outros, mas o ponto de partida
é se sentir confortável com a própria ima-
gem, atraente para si mesma!

Mas, como mencionei na primeira aula,


olhamos para o outro muito mais do que
olhamos para nós. Sendo assim, começa-
mos a admirar muito mais a harmonia do
outro do que a nossa! É exatamente essa
estética que você vai buscar, para ficar sa-
tisfeita ao se olhar no espelho e obviamen-
Mais ou menos! Sim, ela pode ser bela, mas te não encontra, não porque te falta, mas
o que nós estamos vendo e atestando ao porque você é uma obra singular!
olhar essa imagem é justamente o quão
atraente ela é! A questão que iremos abor-
dar nesta aula não será necessariamente
sobre a beleza de uma pessoa. A beleza é
muito mais profunda, ela engloba diversos
fatores, ela é necessária, fundamental na
nossa vida, todos precisam do belo. Mas
essa aula traz um ponto mais prático do vi-
sagismo: a atratividade.

Nossos cérebros amam rostos, eles bus-


cam rostos para se comunicar e apreciar,
com variados detalhes, formas, cores e fei-
ções. Porém, por mais belo que qualquer

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Tratar o estético como algo secundário e estudo chamado “A Verdade sobre a bele-
até supérfluo é negar 80% do seu instru- za’’, que foi realizado em 20 países enca-
mento de comunicação visual, é negar a beçado pela psicanalista Susie Orbach, do
obra de Deus, materializada através da sua Centro Britânico de Terapia da Mulher, foi
alma e do seu corpo, ao mesmo tempo, que descoberto que de cada 100 mulheres ape-
se tornar escravo de padrões estéticos cul- nas 4 se consideram belas.
turalmente determinados pode trazer muita A mesma pesquisa mostra que apesar des-
dor e ansiedade. Os dois casos são muito sas mulheres não conseguirem reconhecer
preocupantes e vêm de uma mesma raiz: sua própria beleza, 80% delas enxergam a
Você precisa se conhecer!Em um recente beleza nas outras.

Saber olhar para si e en-


xergar quem somos nitida-
mente, é transformador!

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Muitas mulheres estão cegas com relação


ao que são e ao que querem parecer e de-
finitivamente o mercado não quer que você
acredite que é simples assim, porque exis-
te muito dinheiro envolvido na nossa frus-
tração com nossa imagem!

O que nos torna mais bonitas é justamen-


te o que nos diferencia umas das outras,
e nossa essência única e potencialmente
bela, se apoia na originalidade da nossa
criação. Saber lidar com nossas reais ca-
racterísticas, até aquelas que nos incomo-
dam de verdade, pode mudar tudo, lembre-
-se disso: “Não é o que você tem, mas o que
você faz com o que você tem”.

Por isso que eu criei o Método Meins. De-


senvolver uma estratégia personalizada
baseada em muita percepção e aplicação
de técnicas como o conhecimento das Es-
sências, temperamentos, identidade cor-
poral, colorimetria, visagismo etc é a chave
para conseguir a imagem que vai te fazer
sentir feliz, com a sua beleza, confiante e
autêntica.

Quando tratamos do rosto e sua moldura,


a teoria das essências vem nos mostrar
como a união das suas feições e formas
carregam uma determinada mensagem.

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Vamos falar
das Essências
e juntamente
da congruência
entre essas
essências e os
temperamentos
faciais.

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Para quem não sabe, o estudo dos tempe-


ramentos é algo que desde a Grécia Antiga
já chamava a atenção dos filósofos, e está
ligado à teoria dos humores de Hipócrates.
Aqui, usamos em prol da imagem pessoal.
Essa, aliás, é a ideia central do visagismo:
ajudar a criar uma aparência harmônica,
conciliando como você é por dentro com a
imagem que as pessoas vêem por fora, em-
bora elas nem sempre coincidam.

A essência se manifesta através de linhas,


formas, proporções, volumes e cores no
rosto, e foi daí que mergulhei nesse estu-
do, alinhando ao que eu já leciono há anos
sobre temperamentos faciais. Essa união
não só facilita nossa percepção das Essên-
cias como tira do espectro intuitivo que Ki-
tchener menciona.

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Existem ao todo 7 essências catalogadas.


Essência Dramática:
São elas: Dramática, Natural, Clássica, Ga- essência masculina e
mine, Romântica, Etérea e Ingênua. teatral.
E quatro temperamentos: sanguíneo, colé-
Os traços mais marcantes são angulares
rico, melancólico e fleumático. e afiados, com linhas longas e aparência

impositiva. As linhas remetem muito ao


Outra coisa bem importante de mencionar,
temperamento sanguíneo, com feições in-
embora os nomes possam coincidir com
clinadas e a extroversão e intensidade ca-
algumas das famílias de Kibbe, as descri-
racterísticas desse temperamento facial.
ções e até significados não são exatamen-

te as mesmas entre essências.


Essência Natural:
Essência masculina dominante, com carac-
terísticas bastante fortes, porém relaxadas.
Seu formato de rosto é geralmente largo ou
longo, muscular e assimétrico. A descrição
desta essência realmente remete muito ao
temperamento facial fleumático com uma
testa mais larga, sobrancelhas mais retas e
geralmente grossas.

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Essência Etérea ou
Angélica: Essência Ingênua:

Essência mais feminina. Características Essência feminina dominante, é definida


suaves, geralmente são longas e estrei- por uma feminilidade mais juvenil, como o
tas, um alongamento suave e delicado, um nome diz, ingênua. Geralmente têm carac-
tipo de feminilidade pura, parecem antigas, terísticas de boneca, seu rosto geralmen-
como almas velhas, introspectivas. Remete te é pequeno e arredondado com queixo
muito ao temperamento fleumático e tam- pequeno, olhos redondos e largos. Vai re-
bém ao melancólico em certas característi- meter aos temperamentos melancólico ou
cas. O fleumático pode ter essa mistura de
fleumático, com características suaves e
linhas retas e curvas, e o melancólico tem
arredondadas.
a predominância de linhas curvas, sinuosi-
dade, que remete a esse formato em S que
é comum nessa essência.

Essência Clássica:
Essência Gamine:
Essência masculina e feminina equilibra-
das, há uma beleza formal e uma sensação
Outra essência masculina dominante, des-
atemporal, que as faz prosperar em simpli-
critas como “de alto astral”. Rostos peque- cidade. Nada se destaca, são muito neutras
nos, delicados, jovens, levemente afiados, e isso também se aplica às suas linhas. No
miúdos e joviais. Pode-se encontrá-las prin- temperamento facial, a Clássica não tem
elemento definido, há presença de elemen-
cipalmente entre os temperamentos faciais
tos de essência masculina e feminina mis-
sanguíneo e colérico com linhas inclinadas
turados, conseguiremos ver linhas curvas,
ou retas, que representam esse afiamento inclinadas, retas, podendo ser observados
que existe em seus rostos, olhos igualmen- em qualquer um dos temperamentos, de-
te expressivos, nariz afiado e que pode ser pendendo que como essa mistura de fei-
arrebitado, até arredondado na ponta. ções acontece.

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Essência Romântica:

Essência dominante em essência feminina.


Definida pela aparência sensual e cheia de
suavidade, uma feminilidade mais madura
e glamourosa. Feições arredondadas e su-
aves, narizes podem ser delicados, lábios
cheios e curvos. Pela natureza das linhas
curvas, podemos pensar nos temperamen-
tos faciais melancólico e fleumático, espe-
cialmente o melancólico, que possui ainda
mais características suaves e arredonda-
das, mas também sanguíneos pelo dina-
mismo como sobrancelhas inclinadas ou
curvas e marcantes.

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A análise que fizemos da Princesa Diana estratégia é justamente abraçar e amar a


nos mostra que não é preciso fugir da nos- própria arquitetura, tudo aquilo que somos
sa essência para cativar gerações. Quando no interior e exterior e com sabedoria tra-
somos fiéis a nossas essências, amplia- balhando na atratividade dentro desses
mos nosso poder de atratividade! A atrati-
traços.
vidade é importante exatamente por des-
pertar interesse, nada mais é que o poder Nem tudo que é belo te torna atraente: uma
de “atrair” e não necessariamente estamos bela técnica de maquiagem, realizada de
falando aqui de atração amorosa. forma desconectada com sua essência e

Quando eu uso o termo “estratégia de ima- temperamento te deixa feia, um corte e cor
gem” muitas pessoas acreditam que essa de cabelo mais lindo, se não estiver em har-
estratégia significa transformar alguém monia com a sua beleza, jamais irá traba-
em outra pessoa, quando na verdade a boa lhar ao seu favor.

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Nosso cérebro distingue a


atratividade da percepção de
beleza automaticamente, fomos
desenvolvidos assim.

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Helen Fisher, antropóloga biológica que es-


tuda atração usou ressonâncias magnéti-
cas para observar o cérebro respondendo a
estímulos de atração, levamos menos de 3
segundos para considerar uma face atrati-
va. Nossas sensações fisiológicas são ins-
tantâneas, como o dilatar da pupila, o cor-
po pode até liberar glicose extra para nos
dar mais energia, enquanto a noradrenali-
na, que atua como neurotransmissor e tem
a capacidade de alimentar nossa concen-
tração, tende a bloquear distrações quando
nos deparamos com rostos atraentes.

Nosso cérebro faz tudo isso porque fomos


feitos pra reproduzir, procriar e a atração é
o meio que possibilita esse acontecimen-
to, mas obviamente usamos a atração para
os nossos relacionamentos interpessoais,
profissionais, ou seja: pessoas atrativas
saem na frente.

A região da área dos olhos é extremamen-


te importante quando falamos em atrati-
vidade facial. Sabemos que a medida de-
sejada para a área dos olhos é a medida
de um olho entre os olhos. Em pesquisas
recentes, as medidas desejadas para a dis-
tância entre os olhos resultaram entre 46%
da largura do rosto, e a distância da boca
de 36% do comprimento da face. Isso nos
leva novamente à nossa velha e conhecida
proporção de ouro, Golden Ratio.

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O tamanho e formato dos olhos são um


ponto importante quando falamos em pro-
porção com o formato do rosto, rostos
mais alongados precisam de olhos maiores
e mais horizontalizados para uma melhor
proporção. A inclinação ocular também é
importante para a atratividade, mas isso
não quer dizer que apenas olhos inclinados
serão atraentes.

O dimorfismo sexual, a diferença entre


masculino e feminino, também é conside-
rado. No caso dos olhos, o formato arre-
dondado é considerado uma característica
feminina atrativa, mesmo que tenha uma
maior exposição da esclera ocular inferior.

Ainda que duas pessoas tenham a mesma


Essência, o conjunto de feições será com-
pletamente diferente, e isso também preci-
sa ser avaliado, com a ajuda da matemática.

Todo o conceito de atração cai por terra


quando encontramos características fa-
ciais que aparentam afastamento, a fa-
mosa ‘cara fechada’, e mesmo que nem
tudo que parece, seja de fato, ter uma
cara de brava, ou até de arrogante fazem
o cérebro de quem a vê inconscientemen-
te evitar contato, só por reconhecer essas
características.

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Existem determinadas proporções que de- localização da sobrancelha masculina é


terminam como vemos rostos como pare- posicionada bem mais baixa, próxima aos
cendo agressivos ou mais amigáveis. olhos, enquanto da mulher é mais distan-
te e costuma sempre ter um certo arquea-
A proporção é chamada de FWHR, ou “Fa-
mento! Fora que a beleza feminina é com-
cial Width to Height Ratio”, que significa
pletamente diferente da masculina.
PROPORÇÃO ENTRE LARGURA E ALTURA
FACIAL, mede quão larga e compacta a por- Uma tese para PhD em Filosofia de Carmen
ção do meio do nosso rosto aparenta ser. Lefevre tentou descobrir quais caracterís-
Essa medicação é feita com a largura, na ticas biológicas no rosto se ligam às per-
parte mais larga das maçãs do rosto, cha- cepções de dominância e confiabilidade,
mada de largura bizigomática. Essa medi- que também a levou a proporção FWHR,
da é dividida pela altura da face média, com o que a fez chegar a conclusão de que a
a distância do lábio superior, até o meio en- proporção está ligada aos traços como mo-
tre as sobrancelhas. tivação, realização e vitória.

Essa é uma das proporções importantes Mas é aqui que eu entro, trabalhando com
na atratividade, mas há diferenças entre técnicas para criar uma “ilusão matemáti-
homem e mulher porque essa medida para ca”, criando uma largura facial harmoniosa
o homem será diferente uma vez que a e consequentemente, mais atraente!

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