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CAMINHOS PEDAGÓGICOS DA

EDUCAÇÃO INCLUSIVA
In: Caminhos pedagógicos da Educação especial
(Roberto Gaio; Rosa Meneghetti)

MARIA TERESA EGLÉR


MANTOAN
Prof. Vinícius Reccanello de Almeida
CAMINHOS PEDAGÓGICOS DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Maria Teresa Eglér Mantoan

• Sucesso das propostas de inclusão: decorre da adequação do processo escolar à diversidade dos alunos e
quando a escola assume que as dificuldades experimentadas por alguns alunos são resultantes, entre outros,
do modo como o ensino é ministrado, a aprendizagem é concebida e avaliada.

Reações dos professores à inclusão

• Cumprir o dever de incluir todas as crianças na escola supõe considerações que nos remetem à Ética, à Justiça
e ao direito de todos de acesso ao saber e à formação.

• Há, infelizmente, os professores que tentam, porém não conseguem se libertar de preconceitos e de hábitos
enraizados, que não lhes permitem fazer uma releitura de suas atuações, à luz de novos propósitos e
procedimentos educacionais.

• Apoio aos professores é importante desmistificar a crença de que são os conhecimentos referentes à
conceituação, tipologia das deficiências e outros termos correlatos que lhes trarão alívio e competência para
ensinar todos os alunos de uma mesma turma.
O ensino tradicional e suas limitações

• Na maneira tradicional de ensinar, a competição entre os alunos e a homogeneização das respostas e de


comportamentos esperados, a transmissão do conhecimento, o pavor de errar impedem alunos e professores
de contemplar as diferenças e reconhecer o valor e a riqueza que elas aportam ao desenvolvimento dos
processos educativos, dentro e fora das escolas.

A avaliação do ensino e da aprendizagem

• A forma tradicional de avaliar tem muito a ver com a ideia de que os ensinamentos que o professor transmite
devem ser inteiramente aprendidos e cobrados do aluno, e que suas respostas desejáveis são a condição para
que o ensino seja considerado de qualidade.

• Na perspectiva de um ensino para todos e aberto às diferenças, avaliamos a aprendizagem pelo percurso do
aluno no decorrer de um curso.

• Ensino: é avaliado pelo que o professor conhece do comportamento escolar de seus alunos e pela sua
capacidade de criar alternativas, modificando constantemente o seu trabalho para se ajustar às necessidades e
peculiaridades de cada um.
As atividades e recursos didático-pedagógicos

• Contestam-se:
• currículos e programas individualizados;
• o caráter especial e a validade de métodos de ensino escolar para pessoas com deficiência.

• Sejam quais forem as limitações do aluno, não devemos ampliá-las ainda mais adaptando currículos,
rebaixando o nível de nossas expectativas com relação à sua potencialidade para enfrentar uma tarefa mais
complexa, diferente, como se pudéssemos saber, de antemão, o que uma pessoa é capaz de captar de uma
situação, de um objeto, de um momento educacional.
A proposta pedagógica

• As escolas tradicionais não dão conta das condições necessárias às mudanças propostas por uma educação
aberta às diferenças, pois não são concebidas para atender à diversidade e têm uma estrutura rígida e seletiva
no que diz respeito à aceitação e à permanência de alunos que não atendem às suas expectativas acadêmicas
clássicas e conteudistas.

• Sustentação de um projeto escolar inclusivo: implica uma estrutura curricular idealizada e executada pelos
seus professores, diretor, pais, alunos e todos os que se interessam pela educação na comunidade em que a
escola se insere.

• Nova lógica organizacional: o processo escolar não se limita exclusivamente aos avanços cognitivos e em que o
tempo escolar é valorizado e entendido como uma etapa da vida do aluno que concorre para a formação de
sua personalidade como um todo.
A formação dos professores

• Proposta inclusiva: envolve uma escola que se identifica com princípios educacionais humanistas e cujos
professores têm um perfil que é compatível com esses princípios e com uma formação que não se esgota na
sua graduação e/ou cursos de pós-graduação.
QUESTÃO 01

(DIRECTA) Em Caminhos Pedagógicos da Inclusão, Mantoan afirma que priorizar a qualidade do ensino regular
é, pois, um desafio que precisa ser assumido por todos os educadores. É um compromisso inadiável das
escolas, pois a educação básica é um dos fatores do desenvolvimento econômico e social. Trata-se de uma
tarefa possível de ser realizada, mas é impossível de se efetivar por meio dos modelos:

a) alternativos de organização do sistema escolar.


b) tradicionais de organização do sistema escolar.
c) sociais de organização do sistema escolar.
d) técnicos de organização do sistema escolar.
QUESTÃO 02

(DIRECTA) Analise as informações abaixo contidas nos Caminhos Pedagógicos da Inclusão, Mantoan e responda:

I- Para melhorar as condições pelas quais o ensino é ministrado nas escolas, visando, universalizar o acesso, ou seja, a
inclusão de todos, incondicionalmente, nas turmas escolares e democratizar a educação, sugerimos o que, felizmente, já
está ocorrendo em muitas redes de ensino, verdadeiras vitrines que expõem o sucesso da inclusão.

II- A primeira sugestão para que se caminhe para uma educação de qualidade é estimular as escolas para que elaborem
com autonomia e de forma participativa o seu Projeto Político Pedagógico, diagnosticando a demanda, ou seja, verificando
quantos são os alunos, onde estão e porque alguns estão fora da escola.

III- Sem que a escola conheça os seus alunos e os que estão à margem dela, não será possível elaborar um currículo escolar
que reflita o meio social e cultural em que se insere. A integração entre as áreas do conhecimento e a concepção transversal
das novas propostas de organização curricular consideram as disciplinas acadêmicas como meios e não fins em si mesmas e
partem do respeito à realidade do aluno, de suas experiências de vida cotidiana, para chegar à sistematização do saber.

a) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.


b) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
c) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
d) Todas as afirmativas estão corretas.
GABARITO

1. B
2. D

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