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Escola da Inteligência - Todos os direitos reservados.


IDEALIZADOR DO PROGRAMA
Augusto Cury
DIRETORIA EDITORIAL
Camila Cury
DIRETORIA EXECUTIVA
Bruno Oliveira
GERÊNCIA PEDAGÓGICA
Denise Cavalini
GERÊNCIA DE PRODUÇÃO DE CONTEÚDO
Ana Paula Guiroto de Castro
COORDENADORIA DE PRODUÇÃO DE CONTEÚDO
Lilian Vargas Chede Elias da Silva
EDIÇÃO DE CONTEÚDO
Danubia Cristina de Paula
TUTORIA EAD
Emanoela Priscila Toledo Arruda
EQUIPE DE PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE CONTEÚDO
Danubia Cristina de Paula
Emanoela Priscila Toledo Arruda
Maisa Marçal Vieira Orlandini
Mara de Souza Leal
Rafaela Guilherme Monte Cassiano
Raquel Messi Falcoski
CONCEPÇÃO DE ARTE E DIAGRAMAÇÃO
Gustavo Soares Silva
IMAGENS
Shutterstock
PREPARAÇÃO E REVISÃO DE TEXTO
Joice Karoline Vasconcelos dos Santos
Todos os direitos desta edição estão reservados à Escola da
Inteligência Cursos Educacionais Ltda.
Nenhuma parte deste livro pode ser utilizada ou reproduzida sob
quaisquer meios existentes sem autorização por escrito da empresa.

www.escoladainteligencia.com.br
falecomaproducao@escoladainteligencia.com.br

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MÓDULO

O DESAFIO
DA INCLUSÃO
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PART E
A

PENSANDO
COM O
PROFESSOR

Querido professor, bem-vindo ao terceiro Módulo, Discorreremos, também, sobre o Atendimento


onde falaremos sobre inclusão: um dos maiores Educacional Especializado (AEE), sobre a necessidade
desafios na atualidade e como esse assunto reflete no de colaboração entre a tríade família, equipe escolar
contexto de sala de aula. Vamos falar sobre o conceito e Estado, para que a inclusão seja efetiva, e
de inclusão, sobre as leis que a regem e como ter apresentaremos algumas estratégias de inclusão
esses direitos garantidos. Abordaremos a importância utilizadas pelas escolas, ressaltando o papel da
da inclusão e de alguns transtornos incluídos neste criatividade, nossa competência base deste ano.
escopo como o Transtorno do Déficit de Atenção e Vamos começar?!
Hiperatividade (TDAH), a dislexia, a discalculia e o
Transtorno do Espectro Autista (TEA).

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Superando muitos desafios, o olhar sobre as deficiências passou a ter percepções cada vez menos
depreciativas e discriminatórias, assumindo cuidados e tratamentos pautados na ciência, na cultura e
na relação social com o meio que é inserido. Mesmo não sendo um caminho fácil, nas últimas décadas o
tratamento da deficiência por meio da compreensão de suas diferenças tem provocado um entendimento
mais acolhedor a todas as pessoas envolvidas.

Para dar início à reflexão sobre o assunto, professor, convidamos você a ler o conto escolar Novos desafios.

CONT O ESCOLAR: NOVOS DESAFIOS


A caminho para mais uma aula de Educação Física, a turma do
professor João, do 8º ano do Ensino Fundamental - anos finais,
recebe a notícia de que terão uma nova aluna na turma.

Sofia é uma jovem de 13 anos de idade, sensível, que adora


história e literatura, e está lendo Persépolis, uma HQ autobiográfica
da francesa Marjane Satrapi.

Ela chega na quadra de esportes da escola tímida, acompanhada


de um olhar expressivo, um mix de alegria e ansiedade por iniciar em
mais uma turma, pois está receosa sobre como será recebida pelos
novos colegas e pela comunidade escolar. Sofia é uma menina surda,
e a escola precisou se adaptar para recebê-la, contratando uma
intérprete de libras. Assim, com a ajuda da intérprete, João apresenta
Sofia a todos e vice-versa.

Enquanto a turma se prepara para o jogo de queimada, questiona


se a nova aluna também participará da brincadeira. Contudo, Sofia
ainda não se sente à vontade para jogar com os novos colegas.

Nem sempre é como no conto em que Sofia, uma aluna com uma deficiência auditiva, frequenta uma
sala de aula com jovens sem deficiência. O caminho para atingir o estágio que se encontra a inclusão é
árduo e requer mudanças para que as políticas públicas se tornem mais efetivas, a fim de promover o
respeito e a diversidade em todo lugar. Mas, afinal, o que é inclusão?

!
De acordo com Kelman (2010, p. 57), o parecer CNE/CEB nº 7/2001 compreende como inclusão
a “garantia do acesso continuado ao espaço comum de vida em sociedade, em uma sociedade
orientada por relações de receptividade à diversidade humana e às diferenças individuais, em
um esforço de equidade de oportunidades desenvolvimentais, em todas as dimensões de vida.”.

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Tendo em vista essa definição, considera-se que e cognitivas. Assegurada pela Lei nº 13.146 – Lei
a escola possui um papel fundamental no processo Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência
da inclusão, notadamente no que diz respeito à – instituída em 06 de julho de 2015, objetiva garantir
receptividade, à diversidade humana e à equidade e promover o exercício dos direitos e das liberdades
de oportunidades. Entendemos como equidade a fundamentais para a pessoa com deficiência, visando
“disposição para reconhecer imparcialmente o direito sua inclusão social e cidadania em condições de
de cada um” (MICHAELIS, 2020), adaptando a situação igualdade aos demais cidadãos. A lei assevera o dever
a um caso específico, a fim de deixá-la mais justa, do Estado, da sociedade e da família em assegurar à
respeitando a igualdade de direitos. pessoa com deficiência, com prioridade, a efetivação
dos direitos, nas diversas esferas da vida, visando o
A Inclusão é, portanto, o ato de acolher todos os seu bem-estar pessoal, social e econômico e, dessa
alunos no sistema de ensino, independentemente de forma, inclui o direito à educação, já estabelecido na
sua cor, classe social, gênero, religião, condições físicas
Constituição Federal (BRASIL, 1988).

A QUEM A LEI ABRANGE?


A Lei nº 13.146/2015 considera pessoa com deficiência (PCD) toda aquela pessoa que
tenha algum impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial,
que possa impedir sua participação plena e efetiva na sociedade em equidade de condições
com as demais pessoas. São considerados especialmente vulneráveis a criança, o jovem, a
mulher e o idoso com deficiência.

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Professor, você já conhece a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (PCD)?

!
CONSULTE A LEI POR COMPLETO!
Para mais informações, acesse o link: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm.
Acesso em: 16 jan. 2020.

A seguir, apresentamos os principais pontos abordados no capítulo IV, sobre o direito à educação.
Não deixe de conferir!

DO DIREITO À EDUCAÇÃO
Art. 27. A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema
educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a
alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais,
intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem.

Parágrafo único. É dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade


assegurar educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma
de violência, negligência e discriminação.

Art. 28. Incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar,
acompanhar e avaliar:

I - sistema educacional inclusivo em todos os níveis e modalidades, bem como o aprendizado


ao longo de toda a vida;

II - aprimoramento dos sistemas educacionais, visando garantir condições de acesso,


permanência, participação e aprendizagem, por meio da oferta de serviços e de recursos de
acessibilidade que eliminem as barreiras e promovam a inclusão plena;

III - projeto pedagógico que institucionalize o atendimento educacional especializado, assim


como os demais serviços e adaptações razoáveis, para atender às características dos estudantes
com deficiência e garantir o seu pleno acesso ao currículo em condições de igualdade,
promovendo a conquista e o exercício de sua autonomia;

IV - oferta de educação bilíngue, em Libras como primeira língua e na modalidade escrita da


língua portuguesa como segunda língua, em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas;

V - adoção de medidas individualizadas e coletivas em ambientes que maximizem o


desenvolvimento acadêmico e social dos estudantes com deficiência, favorecendo o acesso, a
permanência, a participação e a aprendizagem em instituições de ensino;

VI - pesquisas voltadas para o desenvolvimento de novos métodos e técnicas pedagógicas,


de materiais didáticos, de equipamentos e de recursos de tecnologia assistiva;

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VII - planejamento de estudo de caso, de elaboração de plano de atendimento educacional
especializado, de organização de recursos e serviços de acessibilidade e de disponibilização e
usabilidade pedagógica de recursos de tecnologia assistiva;

VIII - participação dos estudantes com deficiência e de suas famílias nas diversas instâncias
de atuação da comunidade escolar;

IX - adoção de medidas de apoio que favoreçam o desenvolvimento dos aspectos linguísticos,


culturais, vocacionais e profissionais, levando-se em conta o talento, a criatividade, as habilidades
e os interesses do estudante com deficiência;

X - adoção de práticas pedagógicas inclusivas pelos programas de formação inicial e


continuada de professores e oferta de formação continuada para o atendimento educacional
especializado;

XI - formação e disponibilização de professores para o atendimento educacional especializado,


de tradutores e intérpretes da Libras, de guias intérpretes e de profissionais de apoio;

XII - oferta de ensino da Libras, do Sistema Braille e de uso de recursos de tecnologia assistiva, de
forma a ampliar habilidades funcionais dos estudantes, promovendo sua autonomia e participação;

XIII - acesso à educação superior e à educação profissional e tecnológica em igualdade de


oportunidades e condições com as demais pessoas;

XIV - inclusão em conteúdos curriculares, em cursos de nível superior e de educação


profissional técnica e tecnológica, de temas relacionados à pessoa com deficiência nos
respectivos campos de conhecimento;

XV - acesso da pessoa com deficiência, em igualdade de condições, a jogos e a atividades


recreativas, esportivas e de lazer, no sistema escolar;

XVI - acessibilidade para todos os estudantes, trabalhadores da educação e demais


integrantes da comunidade escolar às edificações, aos ambientes e às atividades concernentes
a todas as modalidades, etapas e níveis de ensino;

XVII - oferta de profissionais de apoio escolar;

XVIII - articulação intersetorial na implementação de políticas públicas.

§ 1º Às instituições privadas, de qualquer nível e modalidade de ensino, aplica-se


obrigatoriamente o disposto nos incisos I, II, III, V, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII, XIV, XV, XVI, XVII e XVIII
do caput deste artigo, sendo vedada a cobrança de valores adicionais de qualquer natureza em
suas mensalidades, anuidades e matrículas no cumprimento dessas determinações.

§ 2º Na disponibilização de tradutores e intérpretes de Libras a que se refere o inciso XI do


caput deste artigo, deve-se observar o seguinte:

I - os tradutores e intérpretes da Libras atuantes na educação básica devem, no mínimo,


possuir Ensino Médio completo e certificado de proficiência na Libras;

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II - os tradutores e intérpretes da Libras, quando direcionados à tarefa de interpretar nas
salas de aula dos cursos de graduação e pós-graduação, devem possuir nível superior, com
habilitação, prioritariamente, em Tradução e Interpretação em Libras.

Art. 29. (VETADO).

Art. 30. Nos processos seletivos para ingresso e permanência nos cursos oferecidos pelas
instituições de Ensino Superior e de educação profissional e tecnológica, públicas e privadas,
devem ser adotadas as seguintes medidas:

I - atendimento preferencial à pessoa com deficiência nas dependências das Instituições de


Ensino Superior (IES) e nos serviços;

II - disponibilização de formulário de inscrição de exames com campos específicos para que


o candidato com deficiência informe os recursos de acessibilidade e de tecnologia assistiva
necessários para sua participação;

III - disponibilização de provas em formatos acessíveis para atendimento às necessidades


específicas do candidato com deficiência;

IV - disponibilização de recursos de acessibilidade e de tecnologia assistiva adequados,


previamente solicitados e escolhidos pelo candidato com deficiência;

V - dilação de tempo, conforme demanda apresentada pelo candidato com deficiência,


tanto na realização de exame para seleção quanto nas atividades acadêmicas, mediante prévia
solicitação e comprovação da necessidade;

VI - adoção de critérios de avaliação das provas escritas, discursivas ou de redação que


considerem a singularidade linguística da pessoa com deficiência, no domínio da modalidade
escrita da língua portuguesa;

VII - tradução completa do edital e de suas retificações em Libras.

BRASIL, 2015.

Conforme visto, a Lei garante à pessoa com deficiência a igualdade de oportunidades e isso inclui o
acesso à educação. Vale salientar que a legislação sobre os diretos da pessoa com deficiência surgiu a
partir da Constituição Federal de 1988, conhecida como “Constituição Cidadã”, por abarcar grupos sociais
até então marginalizados. A seguir, apresentamos a linha do tempo com os avanços nessa legislação que
ajudaram a regulamentar e fazer cumprir os diretos adquiridos com a Constituição Federal.

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1988
Constituição Federal

1994 1996 2000


Declaração de Salamanca LDB avanços nos direitos Lei nº 10.048 assegura o
Portaria 1793/94 Política à educação. atendimento prioritário
Especial de Educação e estabelece normas de
pelo MEC. acessibilidade.

2008 2002 2001


Política Nacional de Lei nº 10.436 reconhece a Lei nº 10.172 estabelece o
Educação Especial na Língua Brasileira de Sinais Plano Nacional de Educação
Perspectiva da Educação e a Portaria 2.678 - normas e o Decreto nº 3.956 prevê a
Inclusiva. para difusão do Braile. eliminação da discriminação.

2009 2011 2014


Decreto 6.949 promulga a Decreto 7.611 dispõe sobre Lei nº 13.005 - Plano
Convenção Internacional o AEE e Nota Técnica Nacional de Educação
dos Direitos das Pessoas 06/2011 - Avaliação dos
com Deficiência. estudantes com deficiência.

2015
Lei nº 146 - Lei Brasileira
de Inclusão da Pessoa com
Deficiência.

Assim, sabendo que a legislação que garante os direitos da pessoa com deficiência é recente,
avançaremos na apresentação da temática da inclusão.

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PART E
B

APRESENT ANDO
CONCEIT OS
Professor, agora que já conhecemos as leis, decretos e normativas que garantem à pessoa com deficiência
toda a acessibilidade e direitos por meio de políticas públicas, convidamos você a refletir sobre como colocar
em prática as formas de cuidado com a intenção de promover o respeito, a empatia e o acolhimento no meio
escolar quando falamos de inclusão. Antes de prosseguir, assista ao vídeo didático de Maria Teresa Mantoan,
coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diferença da Unicamp.

Título do vídeo: Acolhimento de alunos com deficiência

Descrição: a coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em tem


como dar mais um espaço entre as palavras?
Autor/canal: Instituto Claro
Duração: 11 minutos e 03 segundos.
Endereço eletrônico: https://www.youtube.com/watch?v=uyZE7sXZ4LU.
Acesso em: 24 jan. 2020.

Mantoan evidencia no vídeo que trabalhar com inclusão é uma construção constante e que cada escola
precisará encontrar seu caminho baseado na Política de Educação Inclusiva, pois descobrir os planos de ação,
estudos de caso, Atendimento Educacional Especializado (AEE), com foco nas melhores maneiras de receber o
aluno com deficiência, sempre será um desafio e uma mudança de paradigma. A seguir, selecionamos alguns
tópicos para contribuir com a construção do projeto de AEE. Vamos lá?

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1 INCLUSÃO ESCOLAR COM OU SEM LAUDO

Qualquer ação que obstrua o direito de acesso à Essa concepção tem suas bases na Política
educação a pessoa com deficiência pode ser considerada Nacional de Educação Especial na Perspectiva
uma ação contra a lei, e isso inclui a obrigatoriedade de da Educação Inclusiva (2008), que estabelece
apresentação de laudo para matrículas escolares nas redes que aprendizagem é uma possibilidade
pública e privada de ensino. universal e que a deficiência não está no
indivíduo, mas nas condições que lhe são
Sendo assim, quaisquer alunos com distúrbio/ impostas. Por isso, é fundamental estimular a
transtornos de aprendizagem, sem exceção, ainda que não independência e desenvolvimento das pessoas
possuam um laudo médico sobre sua condição biológica, com deficiência e exterminar as crenças sobre
devem ter assegurado o direito de permanência na escola o capacitismo, caracterizado pela atitude
com ações pedagógicas educacionais voltadas para o preconceituosa e discriminatória em relação
desenvolvimento de suas potencialidades e de acordo com à pessoa com deficiência e suas capacidades.
suas condições. (PEREIRA, 2008)

! Você já refletiu sobre os preconceitos e


Bernardo (2015), em um estudo sobre a avaliação da sofrimentos com os quais as pessoas com
aprendizagem de alunos sem laudo médico, salienta deficiências lidam diariamente? O vídeo a
que a escola deve se constituir em um espaço inclusivo, seguir nos ajuda a pensar sobre essa questão.
capaz de oportunizar a educação de qualidade a todos os
estudantes, com práticas pedagógicas acolhedoras e não
discriminatórias, independentemente da diversidade de
necessidades dos alunos e das condições diagnósticas de
um laudo que justifique um atendimento especializado.

Título do vídeo: Capacitismo


Descrição: tutorial sobre as diversas formas em que as pessoas são
capacitistas e em alguns momentos não percebem.
Autor/canal: Vai uma mãozinha aí?
Duração: 8 minutos.
Endereço eletrônico: https://www.youtube.com/watch?v=iTLBZkzqtpk.
Acesso em: 24 jan. 2020.

Mariana Torquato é a jovem que criou o canal No vídeo, ela explica, de maneira didática, sobre o
Vai uma mãozinha aí?, no YouTube, para trazer inúmeras capacitismo: como as pessoas, muitas vezes, olham
reflexões sobre como é o dia a dia de uma pessoa para uma pessoa com deficiência reduzindo-a a isto,
com deficiência e como a sociedade ainda tem muito sem perceber que existe mais além do que se vê. Afinal,
a evoluir para respeitar as diversas maneiras de viver somos todos distintos e convivemos em uma sociedade
de cada um. plural, não é mesmo?

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2 AT ENDIMENT O EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE)

O Atendimento Educacional Especializado (AEE) Professor, você se lembra do conto apresentado


é uma modalidade de educação escolar gratuita na primeira parte deste Módulo? Para que a escola
oferecida, preferencialmente, na rede regular recebesse Sofia, foi necessário programar um AEE.
de ensino, para alunos com deficiência, ou seja, Como uma pessoa surda, para conseguir efetividade
impedimentos de longo prazo de natureza física, no aprendizado e na socialização, é imprescindível a
intelectual, mental ou sensorial para alunos com presença de uma intérprete de Libras para auxiliá-la
transtornos globais de desenvolvimento, que na escola e promover a interação entre ela e as
possuem transtornos caracterizados por atraso outras pessoas.
simultâneo no desenvolvimento de funções básicas,
incluindo socialização e comunicação, como Essa modalidade de educação pode ser oferecida
também, para os alunos com altas habilidades/ no contraturno escolar, sendo uma forma de
superdotação, isto é, aqueles que possuem complementar a formação dos estudantes com
potencial elevado em áreas do conhecimento deficiência e transtornos globais do desenvolvimento,
humano, isoladas ou combinadas (SANTOS, 2017). e ainda, suplementar a formação de estudantes com
altas habilidades ou superdotação.
Por meio de um conjunto de atividades, recursos
pedagógicos e de acessibilidade, o AEE objetiva Cabe salientar, aqui, que os transtornos globais
promover condições de acesso, participação do desenvolvimento incluem o autismo, a síndrome
e aprendizagem no ensino regular, garantir a de Rett, outros transtornos desintegrativos da
infância, transtorno com hipercinesia associada a
transversalidade das ações de educação especial
retardo mental e a movimentos estereotipados,
e propiciar o desenvolvimento de recursos
Síndrome de Asperger e outros transtornos globais
didáticos e pedagógicos, assegurando aos alunos a
do desenvolvimento que estão, agora, reunidos sob
continuidade nos estudos, de acordo com o decreto
a classificação de Transtorno do Espectro Autista
nº 7.611, de 2011.
(TEA), segundo a Organização Mundial da Saúde
(OMS, 1997).

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O professor responsável pelo AEE deve ser um profissional com formação na área de educação
especial, conforme previsto no artigo 18 da Resolução CNE /CEB nº 2, de 11 de setembro de 2001:

§ 1º São considerados professores capacitados para atuar em classes comuns com alunos que
apresentam necessidades educacionais especiais aqueles que comprovem que, em sua formação,
de nível médio ou superior, foram incluídos conteúdos sobre educação especial adequados ao
desenvolvimento de competências e valores para:

I – perceber as necessidades educacionais especiais dos alunos e valorizar a educação inclusiva;

II – flexibilizar a ação pedagógica nas diferentes áreas de conhecimento de modo adequado às


necessidades especiais de aprendizagem;

III – avaliar continuamente a eficácia do processo educativo para o atendimento de necessidades


educacionais especiais;

IV - atuar em equipe, inclusive com professores especializados em educação especial.

§ 2º São considerados professores especializados em educação especial aqueles que


desenvolveram competências para identificar as necessidades educacionais especiais para
definir, implementar, liderar e apoiar a implementação de estratégias de flexibilização,
adaptação curricular, procedimentos didático-pedagógicos e práticas alternativas, adequados
aos atendimentos das mesmas, bem como trabalhar em equipe, assistindo o professor de classe
comum nas práticas que são necessárias para promover a inclusão dos alunos com necessidades
educacionais especiais.

§ 3º Os professores especializados em educação especial deverão comprovar:

I - formação em cursos de licenciatura em educação especial ou em uma de suas áreas,


preferencialmente de modo concomitante e associado à licenciatura para Educação Infantil ou
para os anos iniciais do Ensino Fundamental;

II - complementação de estudos ou pós-graduação em áreas específicas da educação especial,


posterior à licenciatura nas diferentes áreas de conhecimento, para atuação nos anos finais do
Ensino Fundamental e no Ensino Médio.

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Desse modo, o profissional que atua no AEE deverá de Uberlândia, você encontra o material do Curso
ser capaz de identificar as necessidades educacionais Básico: Educação Especial e Atendimento Educacional
especiais para a definição, implementação e Especializado, que vem sendo oferecido pela
coordenação de estratégias de flexibilização, Instituição, por meio do Instituto de Psicologia e em
adaptação curricular e procedimentos didático- parceria com o Centro de Ensino, Pesquisa, Extensão
pedagógicos adequados às especificidades dos e Atendimento em Educação Especial (CEPAE).
alunos atendidos, bem como, assistir o professor do
ensino regular nas práticas que são necessárias para
a promoção da inclusão dos alunos com demandas
educacionais específicas.

! #SELIGANADICA!
ATENÇÃO! disponível em: http://www.
edufu.ufu.br/catalogo/ebooks-
O Atendimento Educacional Especializado gratuitos/curso-basico-educacao-
é um direito garantido do aluno com deficiência, especial-e-atendimento-
transtornos globais do desenvolvimento e altas educacional-especializado
habilidades/superdotação, portanto, sempre Acesso em: 15 abr. 2020.
que for requerido na rede pública ou particular,
esta deverá oferecê-lo sem repasses financeiros
às famílias.

O material poderá ajudá-lo na preparação do


Como vimos, o público-alvo do AEE são crianças trabalho com o público que exige AEE. E, para
e jovens com deficiência, transtornos globais do maior aprofundamento no assunto, procure cursos
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, especializados de instituições reconhecidas.
mas, e as crianças e jovens que apresentam outras
dificuldades de aprendizagem? Professor, vale salientar, no entanto, que todo
diagnóstico deve ser realizado por uma equipe
Apesar dos alunos com outras dificuldades de multidisciplinar e que para a realização dele deverão
aprendizagem, como o TDAH, a dislexia, a discalculia ser consideradas as condições educacionais,
etc., não se constituírem como público-alvo do AEE, psicológicas, familiares e sociais, a fim de elaborar
eles podem se beneficiar dos princípios que regem um plano de intervenção adequado para tratamento
esse tipo de serviço, visto que a educação é um direito do quadro (CALEGARO, 2002).
fundamental e uma garantia constitucional.
A seguir, apresentaremos alguns transtornos,
Professor, você tem alunos de inclusão em sala incluindo alguns dos mais recorrentes no contexto
de aula? Você recebeu uma formação específica escolar, propondo estratégias para ajudá-lo no
para recebê-los? No site da Universidade Federal processo de ensino-aprendizagem.

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Transtorno do Déficit de Atenção
e Hiperatividade (T
(T DAH)
DAH)
O TDAH é um transtorno neurodesenvolvimental Pesquisas científicas mostram que parte dos
caracterizado por um padrão permanente de professores não tem conhecimento sobre o
impulsividade, desatenção e hiperatividade. transtorno, e ainda assim alguns conseguem
É crônico, com prevalência mundial em torno desenvolver uma prática fundamentada em sala de
de 5%, sendo o início dos sintomas em idade aula. A estimulação e motivação do professor para
anterior aos 12 anos, que permanecem ao a realização das atividades, o respeito ao ritmo de
longo da vida em aproximadamente 70% dos aprendizagem, o uso de metodologia adequada
diagnosticados, e os sintomas geralmente mudam às necessidades dos alunos e o fortalecimento
de acordo com o período do desenvolvimento. constante das práticas do professor em sala de aula
Como consequência disso, as pessoas com esse são importantes para a facilitação do aprendizado
transtorno costumam apresentar danos em relação a (SILVA; DIAS, 2014; INÁCIO; OLIVEIRA; MARIANO, 2017).
vida escolar, profissional, familiar e social (AMERICAN
PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2013; LARA et al., 2009; O investimento em conhecimento possibilita que
OLIVEIRA; DIAS, 2018; WAGNER; RODHE; TRENTINI, 2016). estratégias de melhoria do ensino sejam pensadas e
aplicadas, permitindo que soluções adequadas sejam
Apesar de o TDAH não ser um transtorno utilizadas para que o aluno aprenda e desenvolva
específico de aprendizagem, interfere diretamente todo o seu potencial.
no desempenho escolar, pois os comportamentos
de desatenção e/ou hiperatividade e impulsividade Esse conhecimento também pode permitir que os
não permitem que o aluno desenvolva todo o seu professores se tornem agentes no encaminhamento
potencial, visto que ele não consegue assimilar e diagnóstico precoce do transtorno. Conversar
com qualidade os conteúdos ensinados. Portanto, com a família e possibilitar que o indivíduo seja
é importante que os profissionais da área da avaliado por um especialista pode evitar desgastes
educação conheçam o assunto para que possam desnecessários, sem se esquecer que o diagnóstico
contribuir com os cuidados necessários aos alunos é uma possibilidade de direcionamento do cuidado,
com TDAH, oferecendo estratégias de ensino que e não justificativa para o não investimento em
respeitem as limitações deles, por meio de uma estratégias possíveis de ensino.
educação inclusiva e direcionada para essa parcela
educacional (INÁCIO; OLIVEIRA; MARIANO, 2017).

Características
• Desmotivação;

• Baixa tolerância à frustração;

• Troca contínua de atividades;

• Dificuldade de organização;

• Dificuldade para seguir regras;

• Desatenção;

• Impulsividade;

• Inquietação.

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Dislexia
A dislexia é um transtorno específico de
aprendizagem de origem neurobiológica,
caracterizada por dificuldade no reconhecimento Características na Educação Infantil
preciso e/ou fluente das palavras e pela
baixa habilidade de decodificação e soletração • Problemas de aprendizagem de rimas;
(NASCIMENTO; ROSA; QUEIROGA, 2018).
Comumente, tais dificuldades são resultado de um • Demora para falar;
déficit no componente fonológico da linguagem
e acompanham o sujeito ao longo do seu • Dificuldades de alfabetização;
desenvolvimento (NOGUEIRA; CARNIO, 2018).
• Dificuldades para desenvolver a coordenação
A pessoa com dislexia geralmente apresenta motora fina;
um rendimento escolar incoerente com sua
• Dificuldades em separar sons em palavras.
potencialidade intelectual. Como consequência
disso, o aluno pode apresentar baixa autoestima,
sentimentos de inferioridade e não ficar motivado, Características no Ensino Fundamental
por se considerar incapaz em relação aos colegas de
estudo. É aquele aluno que, por falta de conhecimento • Muitas pausas e hesitações ao falar;
dos profissionais da educação, é taxado como
• Dificuldades de associar letras e sons;
preguiçoso, desatento e sem empenho para aprender
(NASCIMENTO; ROSA; QUEIROGA, 2018). • Dificuldades de lembrar nomes, telefones,
datas e números;
A linguagem é uma habilidade humana de
fundamental importância na construção de relações • Medo de ler em voz alta;
interpessoais e de aprendizagem na sociedade,
por isso, problemas nessa área começam a ser • Dificuldade de terminar provas no horário;
considerados uma questão de saúde pública, para
que, assim, possamos pensar em abordagens • Tarefas incompletas;
preventivas precoces e permitir que pessoas com • Dificuldade de entender o enunciado de
dislexia sejam tratadas com equidade (LAMEGO; exercícios;
MOREIRA, 2019).
• Dificuldade de aprender língua estrangeira.
Quanto antes acontecer a identificação dos casos
de dislexia, mais oportunidades a escola e a família
terão para amenizar as dificuldades e para buscar Característica no Ensino Médio e Faculdade
alternativas de cuidado e aprendizagem. E, nesse
processo, o professor ocupa espaço de destaque, • Ler lentamente e com imprecisão;
pois a convivência e o olhar atento ajudam a
• Soletrar incorretamente;
minimizar as dificuldades do aluno e a proporcionar
um investimento em suas potencialidades, além • Evitar leitura e escrita;
de ser importante no processo diagnóstico
(NASCIMENTO; ROSA; QUEIROGA, 2018). • Dificuldade de memorizar;

• Levar mais tempo para terminar os deveres;

• Vocabulário pobre;

• Dificuldade em guardar informações sobre


a leitura.

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Discalculia
Assim como a dislexia, a discalculia também é
um transtorno específico de aprendizagem no qual
há um déficit específico na capacidade do sujeito
de perceber ou processar informações de maneira Características
adequada, mesmo com inteligência dentro ou acima
• Erro na formação de números, que
da normalidade. Diferentemente da dislexia, que está
normalmente são invertidos;
relacionada a problemas nas habilidades básicas
de leitura e escrita, a discalculia tem relação com a • Incapacidade de realizar contagens
compreensão e manipulação dos números (PESTUN; simples, reconhecer sinais operacionais e
ROAMA-ALVES; CIASCA, 2019). usar separações lineares;

Mundialmente, a prevalência da discalculia é de • Dificuldade de ler corretamente o valor de


aproximadamente 5 a 6%, semelhante às encontradas números complexos;
na dislexia e no TDAH. As causas das dificuldades no
aprendizado matemático na discalculia são variadas • Dificuldade de memorização de números
e incluem as funções executivas e cognitivas como básicos;
linguagem, atenção, organização espacial, orientação • Dificuldade em tarefas que impliquem a
temporal e memória (PESTUN; ROAMA-ALVES; passagem de tempo.
CIASCA, 2019).

Apesar de não ser tão conhecida como a dislexia,


a discalculia também precisa ser olhada com a
devida importância, pois não afeta o aluno apenas
na escola e, sim, em seu cotidiano. Assim, o professor
também ocupa lugar de destaque na percepção,
encaminhamento e trabalho no desenvolvimento
de potencialidades nesses indivíduos, permitindo
que eles se desenvolvam de maneira mais saudável.

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Transtorno do Espectro Autista (T
(T EA)
EA)
Assim como o TDAH, o autismo não é um transtorno Para motivar o contato com os outros alunos em
específico de aprendizagem, mas é recorrente sala de aula, é possível propor tarefas simples, como
no ambiente escolar e precisa ser considerado, entregar materiais aos outros alunos e organizar a
principalmente devido às particularidades que os sala, para que o aluno com TEA interaja diretamente
alunos com tal diagnóstico apresentam em relação com o ambiente, reconhecendo-o como seguro.
ao transtorno e como isso influencia em seu modo Essas atividades promovem um momento de “estar
de aprender. sozinho”, que pode ser muito valorizado pela criança,
além de ajudá-la no processo de se acalmar.
No Brasil, o autismo, como é popularmente
conhecido, é um dos transtornos que tem apresentado Estímulos auditivos podem ser incômodos para
maior ocorrência no contexto escolar (Educação, pessoas com TEA, por isso, é necessário utilizar um
2019) e inclui várias síndromes que são identificadas tom de voz tranquilo e acolhedor para não causar
por desordem do desenvolvimento neurológico, que reações de estresse nelas. E ainda, como suporte,
se caracterizam pela dificuldade na comunicação, é possível solicitar que a família relate como está
interação, interesses restritos, comportamentos o comportamento do aluno fora da escola, a fim
estereotipados e repetitivos (APA, 2013). de propor atividades que sejam mais agradáveis a
ele nos dias em que demonstrar comportamento
Crianças com TEA, apesar de suas particularidades, mais agressivo.
apresentam alguns comportamentos em comum, o
que permitiu a Cancino (2015), em artigo para a Revista Compreender o aluno com TEA é ter consciência de
Autismo (2013), a organização de ferramentas que que podem ocorrer episódios de raiva e de birra em
podem auxiliá-lo no processo de inclusão. Veja a seguir. sala de aula, e demonstrar aos outros alunos que esse
é um comportamento normal para ele. Ainda assim,
Para receber a criança ou jovem com autismo, é essencial conhecer os objetos que o acalmam para
é recomendável solicitar que a família prepare um motivá-lo a se sentir seguro novamente, amenizando
relatório que informe as preferências e as principais essas situações.
dificuldades do aluno, isto facilita a adequação e o uso
de materiais que eles já estão habituados para que
sejam disponibilizados tanto em sala de aula quanto
no pátio, por exemplo. Esses pequenos cuidados
podem funcionar como estímulo para a criação de
vínculo entre a criança, o professor e a escola.
Características
Durante as atividades, os resultados tendem a ser • Dificuldade de interação social;
melhores quando o grau de dificuldade das tarefas • Dificuldade com a linguagem;
é aumentado gradativamente, isto porque, o aluno
será capaz de interagir com materiais para alcançar • Comportamento repetitivo e restritivo;
os objetivos propostos. O fundamental, aqui, é que
esses objetivos sejam plausíveis dentro da realidade • Hipersensibilidade;
e das dificuldades desse aluno.
• Dificuldade em direcionar e associar o olhar
A interação com o autista deve ser de modo ao objeto a que está sendo apontado e/ou
simples, com mínimo estímulo escrito, mas com indicado.
gestos e imagens para complementar as orientações,
visto que eles tendem a ser pessoas mais visuais.
Nesse processo, ainda, a definição de uma rotina ajuda
a criança ou o jovem a compreender a necessidade
de transição de atividades, “prevendo” os momentos
em que os estímulos serão alterados e aceitando a
atividade mais facilmente.

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3 EST RATÉGIAS PARA AUXILIAR A INCLUSÃO

Professor, você sabia que a tecnologia tem se não é diferente e se torna ainda mais delicada devido
apresentado como uma ótima ferramenta para à escassez de alguns facilitadores para a utilização
auxiliar no processo de inclusão? desses recursos.

A diversidade presente nas escolas impõe Neste tópico, propomos algumas estratégias
ao professor a utilização de diferentes recursos para auxiliá-lo a lidar com alunos com necessidades
potencializadores da aprendizagem, visto que, especiais e destacamos recursos tecnológicos que
os caminhos para a construção do conhecimento podem ajudar deficientes visuais, auditivos e motores
podem se diferenciar de aluno para aluno. Com as no processo de aprendizagem e, principalmente, na
crianças e jovens com deficiências e que apresentam qualidade de vida e inclusão social.
problemas/dificuldades de aprendizagem a questão

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EST RATÉGIAS PARA AUXILIAR A
APRENDIZAGEM NO AMBIENT E ESCOLAR

1 Focalize as potencialidades do aluno;

2 Estimule a independência do aluno com deficiência;

3 Invista no uso de metodologias ativas e estratégias pedagógicas diversificadas;

4 Utilize tecnologia, vídeos, apresentações interativas, gamificação, pois estes


recursos auxiliam no aprendizado;

5 Realize avaliações não classificatórias;

6 Envolva a comunidade escolar no processo de inclusão (funcionários,


professores, diretores, alunos e famílias);

7 Promova campanhas de esclarecimento sobre necessidades educacionais


especiais diversas e a importância da inclusão escolar;

8 Promova visitas a instituições que assistam pessoas com deficiência;

9 Promova atividades que envolvam a interação entre o aluno com deficiência


e os demais alunos.

Adaptado de: LYCEUM. 4 estratégias pedagógicas para promover a inclusão na escola. Disponível
em: https://blog.lyceum.com.br/estrategias-pedagogicas-para-inclusao-na-escola/. Acesso em: 16 jan.
2020. E de DIVERSA. Estratégias pedagógicas. Disponível em: https://www.diversa.org.br/educacao-
inclusiva/como-transformar-escola-redes-ensino/estrategias-pedagogicas/. Acesso em: 16 jan 2020.

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Querido professor, sabe-se que as deficiências são Sabe-se, ainda, que a pessoa com deficiência
muito diversas e as potencialidades e limitações variam encontra diversas dificuldades, seja no processo de
de pessoa para pessoa, justificando a apresentação inclusão escolar, seja em sua participação na vida
das estratégias anteriormente pontuadas em linhas em sociedade. Então, algumas das ferramentas
gerais, pois assim, elas podem ser utilizadas ou não tecnológicas disponíveis para a utilização gratuita
para auxiliá-lo na promoção do respeito e dignidade a no contexto brasileiro, que podem auxiliar pessoas
todos, tendo em vista o tipo de deficiência, a condição com deficiência visual, auditiva e motora no
do aluno em termos de potencialidades e limitações e processo de inclusão, serão apresentadas aqui.
os recursos disponíveis na escola.

FERRAMENT AS T ECNOLÓGICAS GRAT UIT AS


PARA AJUDAR A PROMOVER A INCLUSÃO

DOSVOX: software que contém editor de texto,


jogos didáticos e lúdicos, além de programas e outras
funcionalidades para ajudar na educação de crianças
e jovens com deficiência visual.

BE MY EY ES: aplicativo gratuito que conecta


deficientes visuais a voluntários por meio de
chamadas de vídeos para que recebam ajuda.

LIV E T RANSCRIBE: aplicativo gratuito que


transforma falas e sons em legendas em tempo real.

HAND T ALK: aplicativo gratutito que traduz texto


e fala em libras.

GUIADERODAS ACESSIBILIDADE: aplicativo


gratuito colaborativo que, por meio da ajuda do
GPS, fornece informações sobre banheiros, entradas,
vagas especiais e circulação local.

ENABLE V IACAM: aplicativo gratutito que


substitui o mouse por movimento da cabeça.

Professor, gostou das dicas de ferramentas tecnológicas? Esperamos que tenham sido úteis e que contribuam
para enriquecer ainda mais suas aulas e para promover a inclusão.

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Até o momento, neste Módulo, já percorremos o caminho da trajetória, dos conceitos, das estratégias e das
ferramentas em relação à inclusão. Entretanto, sabemos que não é possível tratar desses pontos sem considerar
seu cotidiano em sala de aula, local onde a vivência de trabalho inclusivo costuma ser permeada por vários
desafios, não é mesmo? Então, lançamos a seguinte questão:

QUAIS SÃO OS DESAFIOS DA INCLUSÃO EM SALA DE AULA?


Quais desafios vieram a sua mente? Eles são inúmeros e por mais que pensemos neles, só temos a real
dimensão da dificuldade dessa tarefa quando nos deparamos com um aluno com deficiência em sala de
aula em uma turma cheia, com alunos que desconhecem a deficiência, com o preconceito que, muitas vezes,
acompanha a falta de informação, com a falta de recursos e subsídios para lidar com essa questão, com o medo
da família, o receio dos outros familiares... Sim, repetindo, eles são inúmeros! Mas, as possibilidades da educação
enquanto ferramenta transformadora da sociedade são maiores.

PARCERIA EFET IVA: FAMÍLIA + EQUIPE ESCOLAR + EST ADO


A família é instituição fundamental na constituição do indivíduo (COSTA, 2011), porque é no convívio familiar
que o indivíduo se sente amparado e estimulado a enfrentar os desafios que lhes são impostos. Contudo, é na
escola que esse indivíduo passará grande parte do seu cotidiano e por isso o ambiente escolar ganha papel de
destaque nessa constituição.

De acordo com Rego (2003), a escola tem papel fundamental na constituição do indivíduo e na evolução
da sociedade e da humanidade. Costa (2011) salienta que apesar de contarmos com outros espaços para a
promoção e o desenvolvimento da cidadania, o desenvolvimento dos indivíduos e consequentemente da
sociedade, dependem cada vez mais da qualidade e da igualdade de oportunidades educativas.

Para que a educação seja, de fato, inclusiva, é necessário dar cada vez mais valor para o desenvolvimento das
relações interpessoais e para o respeito às diferenças. Nesse processo, a escola assume papel de destaque e é
também responsável na transformação do aluno com deficiência e consequentemente da sociedade. Com uma
postura acolhedora, informativa e focada nas potencialidades do ser humano, a equipe escolar pode auxiliar
o aluno com deficiência no processo de inclusão e os demais alunos no desenvolvimento de uma postura
inclusiva às diversidades e livre de preconceitos.

O Estado também possui importância nessa parceria, pois é a partir das políticas públicas que é possível
garantir que todas as pessoas tenham acesso a uma educação de qualidade e com equidade. Para que a
escola se torne inclusiva, é necessário se pautar em inúmeras ações de acessibilidade, o que inclui projetos
arquitetônicos, adaptação das aulas, atividades físicas inclusivas entre outras.

Tornar-se uma escola inclusiva não é um diferencial e, sim, uma contribuição para a formação de cidadãos
que aprendam, desde cedo, a conviver e a respeitar as diferenças. Portanto, a escola deve atuar como agente
transformador para uma sociedade mais justa e igualitária.

Conforme Costa (2011) salienta, a parceria entre a escola, família, e acrescentamos aqui o Estado, deve ser
pautada em uma relação de confiança e ajuda mútua (Costa, Cascino & Saviani, 2000), de modo que nenhuma
das partes seja subordinada a outra, as três devem atuar de forma paralela e complementar para alcançar
objetivos comuns relacionados ao desenvolvimento das potencialidades do indivíduo.

Agora que já sabemos como a necessidade do trabalho colaborativo entre família, equipe escolar e
Estado é importante em uma grande teia multifocal, no próximo tópico abordaremos como o princípio da
corresponsabilidade inevitável, sob a perspectiva da Teoria da Inteligência Multifocal (TIM), pode auxiliar na
efetivação do processo de inclusão. Vamos juntos nessa jornada, professor?

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PART E
C

MOMENT O
INT ELIGÊNCIA
MULT IFOCAL
Para pensar sobre o papel da educação
inclusiva, a partir de um olhar multifocal,
utilizamos o princípio da corresponsabilidade
inevitável. Cury (2005) define as relações como
uma grande teia multifocal, na qual as pessoas
são influenciadas umas pelas outras de modo
que suas ações, conscientes ou não, impactam Aluno com
no outro e na sociedade. deficiência

Sendo assim, no contexto escolar, ações


da comunidade escolar para a promoção da
inclusão tendem a impactar tanto o aluno Professor Sociedade
envolvido no processo de inclusão quanto
os demais alunos da turma, suas famílias e a
equipe escolar como um todo.

Considerando que os comportamentos de


uma pessoa podem afetar outras e que só por Comunidade
Família
meio da educação conseguiremos a mudança escolar
necessária para a nossa sociedade, entendemos
que o professor pode ser um dos grandes
catalisadores dessa transformação, pois faz
parte desta teia multifocal que envolve todos
os agentes educacionais.

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O professor, no papel que assume ao Cidadania, e diz: “agir pessoal e coletivamente
ser e reconhecer-se como um dos agentes com autonomia, responsabilidade, flexibilidade,
transformadores, trabalha para que, no ambiente resiliência e determinação, tomando decisões com
escolar, o aluno aprenda a respeitar as diferenças base em princípios éticos, democráticos, inclusivos,
e entenda que ninguém é superior ao outro, sustentáveis e solidários” (BNCC, 2017, p. 10).
estimulando um ambiente que respeita a diversidade.
A Declaração de Salamanca, um dos principais
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC, documentos mundiais sobre inclusão social, destaca
2017) norteia o trabalho das escolas baseando-se que a pessoa com deficiência precisa das mudanças
nos seguintes princípios: garantia do respeito às no sistema de ensino para a efetivação do seu acesso
diversidades culturais, regionais, étnicas, religiosas e e permanência na escola com sucesso.
políticas, entendendo a pluralidade e complexidade
do nosso país, e destinando à educação o legado Estamos envolvidos em uma grande teia multifocal
da responsabilidade de atuar incisivamente na e nela compreendemos que nossas ações têm
construção da cidadania, sustentada na igualdade consequência nas pessoas que convivem conosco.
de direitos e princípios democráticos. E, nesta lógica, Mas, como isso se aplica na inclusão?
faz parte também a educação inclusiva.
A escola é direito garantido de todas as pessoas,
Falar sobre uma educação que seja inclusiva é falar e nessa perspectiva, somos todos (professores,
de uma educação que permite a inserção de todos funcionários, familiares, Estado, sociedade civil e
os alunos, respeita as limitações e potencialidades alunos) responsáveis pelo melhor funcionamento
de cada um e se responsabiliza coletivamente dela, ou seja, é nosso dever cuidar para que o ensino
por essa formação. Inclusive, a Competência seja efetivo e que promova cada vez mais uma
10 da BNCC discorre sobre Responsabilidade e sociedade justa e acolhedora.

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PART E
D

DESAFIO DO
PROFESSOR

Insira o tema inclusão no seu conteúdo pedagógico! !

Sugestão de atividade:
Querido professor, como vimos, a inclusão é
uma tarefa desafiadora, que exige conhecimentos, Divida sua turma em grupos de quatro a cinco
recursos e esforços para que possamos transformar a alunos e sugira que cada grupo escolha um filme que
nossa sociedade e torná-la mais equânime para todos. aborde o tema inclusão e suas diferenças. Para ajudá-lo,
Considerando isso, desejamos que você também seja preparamos uma lista de filmes que abordam esse
um agente de transformação na vida de seus alunos, tema. Trabalhe, em cada mês, uma deficiência ou
da sua comunidade escolar e da sociedade. necessidade educacional especial com a turma e caso
tenha algum aluno com deficiência, não se esqueça,
Pensando em tudo que foi proposto neste Módulo, professor, de adaptar a atividade considerando
temos um desafio para você! também as necessidades deste aluno.

FILMES CLASSIFICAÇÃO
Sempre amigos (1998) Livre

Janela da alma (2001) Livre

Uma lição de amor (2001) Livre


Intocáveis (2012) 12 anos

Meu nome é Rádio (2013) 12 anos

Colegas (2012) 12 anos

Hoje eu quero voltar sozinho (2014) 12 anos

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reservados.
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Você pode preparar seminários, debates, vivências, Querido professor, finalizamos mais um Módulo
palestras, entre outras atividades que o auxiliarão a elaborado especialmente para você. Esperamos
trabalhar esse tema tão importante para a promoção que tenha gostado e aprendido bastante sobre
de uma sociedade mais justa e igualitária. Se preferir, a importante temática da inclusão escolar.
trabalhe cada tema mesclando essas diferentes Agradecemos a companhia em mais essa jornada
estratégias ao longo do ano, ou ainda, priorize uma de aprendizado. Na sequência, você encontrará o
estratégia por mês. Módulo Construção social, respeito e diversidade.

Solte sua imaginação, use a criatividade e deixe Aproveite!


seu comentário no Fórum nos contando como foi
realizar esse desafio. Assim, podemos compartilhar
experiências e aprender com elas. Equipe Escola da Inteligência. ©

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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS

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Alegre: Artmed, 2013.

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