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Mestre Kitsune 24/09/2022 - 14:01

Kitsune's Fate

Capítulo 00 - O Pecado da Santa Heroína

Dekalyn abre os olhos lentamente. Deveria ter passado uma noite de sono tranquila na cama
de seu quarto, mas por algum motivo, não sentia-se descansada. Sentia-se inquieta. Ao abrir
os olhos, percebe que, na realidade, havia adormecido nos jardins dos arredores do vilarejo de
Vordarim. Não era incomum Dekalyn passar algum tempo naquelas regiões. Ela tinha, afinal,
crescido a aprendido a cultivar o campo desde pequena. E ter este contato com a terra fazia-se
sentir-se bem. Entretanto, um vento forte a desperta com um calafrio intenso. Conforme seus
olhos se adaptavam à claridade, você percebe nuvens negras no horizonte, bloqueando quase
completamente a luz do Sol. Uma noite, no lugar do dia. Você então escuta um grito distante.
Dekalyn se agita e ergue-se para correr na direção do som e quando olha em direção ao
vilarejo, podia vê-lo claramente em chamas. Você então percebe que não era apenas um grito.
Eram os gritos de centenas... talvez milhares de pessoas. A agonia tornava a atmosfera
extremamente pesada. Tão pesada que os passos de Dekalyn ficavam lentos - como se
tentasse caminhar debaixo d'água. Conforme se aproximava da entrada do vilarejo, uma figura
sorridente a encarava. Seu olhar repugnante e assassino era frio, mas havia uma satisfação
sádica em sua expressão. O elfo obscuro fitava Dekalyn de cima a baixo e comentava:

-- Você vai viver, Dekalyn. Eu te devo a minha vida, afinal. Então não se preocupe... eu não vou
lhe fazer mal algum. De fato... por que não se junta a mim? Eu soube que você era uma das
líderes da Strife e planejou a minha derrocada.

O olhar dele brilha novamente com intensidade em um tom avermelhado. Ele sorri ainda mais
e continua:

-- Ah, quanto a isso, não se preocupe. Eu não guardo nenhum rancor. De fato, eu poderia usar
um comandante com os seus dons. Então, o que me diz?

O coração de Dekalyn se acelerava. Abria a boca para tentar responder e retrucar a criatura
repugnante diante dela. Mas as palavras simplesmente não saíam. Você agora nota que
segurava em uma das mãos o seu rifle. Ele a encara demoradamente e diz:

-- O que foi? Está pensando em me matar? HA HA HA! Não se preocupe. Nós dois sabemos que
você não tem a coragem.

O homem então vira as costas e começa a caminhar. Dekalyn aponta o rifle na direção dele...
mas suas mãos tremiam sem parar. O homem então se afasta até não ser mais visto, na nuvem
de fumaça do fogo da cidade, que ardia. Os gritos dos que sofriam começavam a se abafar em
um silêncio ensurdecedor. E o calor das chamas avermelhadas começavam a se escurecer
conforme a vista de Dekalyn se embaçava em um abismo de escuridão.
Você desperta, ofegante e suando intensamente. Estava deitada em sua cama. Em uma das
mãos, segurava a carta amassada de admissão da Academia de Aventureiros. Sua jornada até
Elunore começaria hoje.

DDD 24/09/2022 - 14:15

— Um pesadelo... — Dizia para si mesma assim que acordava na cama. — Sigh... Parece que
nunca vou me acostumar a isso. — Limpando o rosto com uma das mãos, ela suspira cansada,
como se tais noites de sono já fossem algo recorrente na sua vida. E passaram a ser, de fato.
Desde a queda do elfo obscuro, muita coisa aconteceu em Vordarim, desde a reconstrução da
cidade ao retorno da economia e da paz, mas tal situação não poderia ser a mesma coisa
enquanto ele estiver solto no mundo. — Ah não, a carta! — Depois de se distrair com os
pensamentos, finalmente percebe que estava amassando o pedaço de papel com a outra mão,
contendo as informações de admissão para a Academia de Aventureiros. Desamassando e a
deixando encima do pequeno cômodo ao lado da cama, Dekalyn vai até o espelho do quarto e
começa a lavar o rosto com uma pequena bacia de água, se limpando com pedaço de pano e
ajustando os óculos em seu rosto para mais um dia iluminado. Olhando pela janela, sabia bem
que aquele dia era justamente o dia para embacar na sua jornada. Com tudo preparado, não
demorou até que recolhesse seus pertences e se vestisse adequadamente para uma longa
jornada. — Uldarr, dai-me forças. — Proferindo tais palavras com certa convicção, pega seu
rifle com uma das mãos e o ajusta nas costas junto de sua mochila enquanto se retira de sua
casa.

Narrador 24/09/2022 - 14:25 — narrado por Cristcalad

Dekalyn toma o seu tempo para se recompor do pesadelo. Não era uma tarefa simples e
parecia mexer com feridas profundas na mente e subconsciente da meio-elfa. Seja como for,
não poderia se prender aos erros do passado. Um futuro brilhante aguardava por Dekalyn. Ao
contrário do pesadelo momentos atrás, o dia diante da garota se abria como o prenúncio de
grandes e belas jornadas. O céu estava azul e límpido, com poucas nuvens e vento suave. Era o
dia perfeito para viajar. O dia perfeito para recomeçar. Então, quando terminava de juntar
seus pertences, a clériga segue para fora da casa, pedindo forças para o seu deus.

Você deixa o vilarejo sem grandes despedidas. Ainda era muito cedo e poucas pessoas
perambulavam pelas ruas. Sabia que a jornada até Elunore não seria simples ou curta.
Certamente seria muito cansativo viajar a pé, mas não havia escolha - ou recursos - para outra
forma. Conforme atravessava as ruas do vilarejo, Dekalyn encarava a estátua erguida em
homenagem a ela mesma. A heroina de Vordarim. A executora de Zlatko. Era nisso que as
pessoas acreditavam. E precisavam acreditar, para terem forças e seguir em frente sem medo.
Medo das atrocidades cometidas por aquele homem. Medo dos tempos passados retornarem
para atormentá-los. Como acontecia com a própria Dekalyn. Você se afastava a passos lentos,
quase hesitantes. Mas sabia que havia apenas um caminho. Na verdade, haviam dois.

Contanto que seguisse a Estrada Alta, poucos perigos iriam atormentá-la. Estas palavras
ressoavam na memória de Dekalyn. Foram proferidas pelo mensageiro que a recrutou até a
academia. Entretanto, haviam duas possíveis rotas até Elunore. A estrada ao Oeste era mais
longa, porém não cruzava nenhum ermo. Haveria a necessidade de acampar no caminho e sua
próxima parada em um vilarejo seria em Zashire.

A outra rota, mais a Leste, cruzava o vilarejo de Shasu. Dekalyn ouvira histórias sobre violência
na região, mas dificilmente seria pior do que o que passaram com Zlatko. A rota era mais curta,
mas envolvia atravessar um trecho de florestas - que poderia até mesmo cortar caminho até
Elunore.

Em última instância, qualquer um dos dois caminhos a levaria até seu destino. Mas os passos a
serem trilhados precisavam ser decididos pela clériga.

DDD 24/09/2022 - 14:39

DDD nunca foi boa com despedidas. E se despedir da cidade daquela maneira a deixou um
pouco triste, pois estava não só deixando boas pessoas para trás, como também estava
tornando indisponível seus serviços de cura para quem quer que precisasse no momento. Seja
como for, ela precisava seguir em frente. Olhar aquela estátua no momento da partida a fez
lembrar disso, de que o elfo obscuro ainda estava a solta, só que ninguém sabia disso. —
Esquerda ou direita... — Com a escolha do caminho, havia certas possibilidades para onde se
seguir. Parecia até clichê, mas ter um longo, mas seguro, e um curto, mas perigoso era algo
que qualquer aventureiro se depararia nas viagens. Talvez essa situação tenha chegado cedo
demais. “Acredito que seja melhor eu ir para Shasu. Fiquei sabendo que lá está bem ruim,
então será bom eu aparecer e prestar alguma ajuda se for possível. Sem contar que é caminho
curto! Quando mais cedo chegar em Elunore, mais chances eu tenho de conseguir informações
de Zlatko.” Com esse pensamento, ela começou a caminhar tranquilamente, seguindo pelo
caminho que segue pela direção leste.

Narrador 24/09/2022 - 14:44 — narrado por Cristcalad

A viagem de Dekalyn então segue pelo rumo leste.

A estrada era bem cuidada e, esporadicamente, cruzava seu caminho com comerciantes que
costumavam viajar em caravanas. Na maior parte do tempo, entretanto, a estrada era
solitária, vazia e tranquila. Quase entediante, não fosse pelo cansaço da longa jornada.
Dekalyn viajou por muitas horas seguidas, observando o Sol mover-se pelo horizonte - dando a
impressão de que a acompanhava naquela jornada. Entretanto, foi interrompida pelo som
gutural de seu estômago clamando desesperadamente por comida. Então havia se dado conta
que não havia se alimentado ainda. Com a pressa de sair de casa e o susto que tomou com o
pesadelo pela manhã, sua alimentação havia ficado em segundo plano.

A primeira noite já começava a se aproximar com o Sol se pondo lentamente ao oeste. Talvez
fosse mais seguro montar seu acampamento. Por outro lado, se esticasse algumas horas além
de sua jornada, talvez fosse possível alcançar Shasu ainda esta noite.

DDD 24/09/2022 - 14:54

“Urgh... Tinha me esquecido dessa sensação...” Falava por alto quando começava a ouvir a
própria barriga e a sentir fome. Devido a situação do passado, fome era a causa mais comum
de morte, mas devido a sua junção na Strife, não sofreu tanto assim com o decorrer dos anos.
“Mas já sofri coisas piores.” Como uma soldado, era seu dever estar em prontidão, seja sob
climas perigosos ou terrenos desrregulados. Pegando então uma das rações de viagem, ela
come tranquilamente enquanto continua a seguir pelo caminho do leste, mantendo a crença
de que chegaria em Shasu no horário noturno. Além disso, enxergar no escuro não seria um
problema, já que era uma meio-elfa. Entretanto, mesmo tendo condições de continuar a
viagem, a noite esconde muitos perigos, na qual Dekalyn não pode abaixar a guarda.

Narrador 24/09/2022 - 14:58 — narrado por Cristcalad

Dekalyn opta por seguir sua viagem. Ela pega algumas de suas rações e se alimenta
prontamente. O Sol então termina de se por e a clériga já podia avistar o vilarejo distante, na
estrada. Entretanto, quando estava se aproximando do vilarejo, Dekalyn começa a escutar o
som de um bebê chorando. Parecia vir das árvores nas matas ligeiramente ao oeste.

DDD 24/09/2022 - 15:05

“Um... Bebê?” Obviamente acharia aquilo estranho, uma criança perdida no meio do nada,
ainda mais no meio das árvores. Podia até mesmo ser considerado bem assustador por surgir
um som desses no meio de uma viagem que não tem ninguém por perto, mas a imaginação de
Dekalyn não a permitiu ver malícia nessa situação. Pensando no pior, segue na direção do
barulho com certa prontidão, segurando então seu rifle com ambas as mãos. “To com um
péssimo pressentimento, mas se for mesmo uma criança, não posso simplesmente abandona-
la.”

Narrador 24/09/2022 - 15:07 — narrado por Cristcalad

Dekalyn começa a se aproximar cada vez mais do som, sendo guiada pelo choro alto que era
bastante audível até mesmo pela floresta.

【 Role: Intuição 】

DDD 24/09/2022 - 15:07

1d100 { [ 55 ] } = 55 << Intuição >>

Narrador 24/09/2022 - 15:09 — narrado por Cristcalad

Dekalyn começava a se aproximar das árvores. Conforme se aproximava, percebia que -


definitivamente - havia algo errado. Quando finalmente encontra a origem do som, consegue
compreender o porque. O som da criança chorando vinha do topo de uma das árvores. Ao
erguer seu olhar na direção que escutava o som, a clériga viu não uma criança. Mas uma ave.
Ela a encarava maliciosamente. Entretanto, ao observar com um pouco mais de atenção,
Dekalyn sente um arrepio na espinha. Agora compreendia porque aquela cena era tão
aterrorizante. Os olhos do corvo brilhavam em um tom avermelhado. Tão avermelhado quanto
os olhos de Zlatko no sonho que teve nesta manhã. Antes que tivesse tempo de manifestar
qualquer tipo de indignição, o Corvo salta da árvore e tenta investir em sua direção!

【 Dekalyn, role Iniciativa 】

DDD 24/09/2022 - 15:10

1d100 { [ 80 ] } = 80 << Iniciativa >>

Narrador 24/09/2022 - 15:10 — narrado por Cristcalad


Narrador rolou 2d100 = 184 {[99, 85]} << Iniciativa Corvo >>

Rodada 1

O corvo investe com velocidade fulminante. Era impossível acompanhar o ruflar das asas da
pequena ave que investe com malícia absurda contra Dekalyn. O corvo voa ao redor da clériga,
bicando-a repetidamente!

DDD 24/09/2022 - 15:12

DDD já estava armada com seu rifle, mas seu psicológico não. Quando percebeu aquele olhar
do pássaro, ela se assusta fortemente. Sua respiração se desequilibra e começa a ser atacada
com várias bicadas. Sem tempo a perder, a meio-elfa dispara no susto, querendo acerta-lo em
pelo vôo.

Narrador 24/09/2022 - 15:13 — narrado por Cristcalad

【 Dekalyn, role Defesa quatro vezes 】

Narrador rolou 1d100 + 8 = 20 {[12] + 8} << Ataque 1 Corvo >>

Narrador rolou 1d100 + 8 = 46 {[38] + 8} << Ataque 2 Corvo >>

Narrador rolou 1d100 + 8 = 48 {[40] + 8} << Ataque 3 Corvo >>

Narrador rolou 1d100 + 8 = 78 {[70] + 8} << Ataque 4 Corvo >>

DDD 24/09/2022 - 15:14

3D100+40 = 3d100 + 40 { [ 75 , 95 , 92 ] + 40} = 302 << Defesa >>

3D100+40 = 3d100 + 40 { [ 82 , 2 , 100 ] + 40} = 224 << Defesa >>

1d100 { [ 42 ] } = 42 << Critico! x1 >>

{224 + 42} x {Base x1 Critico x1} = 266 x 2 = 532

3D100+40 = 3d100 + 40 { [ 50 , 13 , 62 ] + 40} = 165 << Defesa >>

3D100+40 = 3d100 + 40 { [ 97 , 86 , 54 ] + 40} = 277 << Defesa >>

Narrador 24/09/2022 - 15:16 — narrado por Cristcalad

Dekalyn tinha dificuldade de acompanhar os movimentos do Corvo. Entretanto, o bico da


criatura sequer conseguia arranhar a armadura da meio-elfa. A clériga não sentia nenhuma dor
ou dificuldade de manter o foco enquanto a ave tentava, em vão, mirar suas bicadas nas
brechas da armadura. Dekalyn então aponta a arma na direção do corvo. Aproveitava-se do
descuido da ave e com um disparo certeiro, atinge o pássaro na cabeça. A criatura cai no chão,
sem vida, deixando seu sangue avermelhado manchar a grama e árvores próximas.

Fim do Combate

DDD 24/09/2022 - 15:26

— Oh, meu Uldarr... — Ela dizia com certa tristeza por causa do disparo certeiro, mas mesmo
não podendo tirar vidas humanas, tirar a vida de animais continua sendo doloroso para
Dekalyn. Ela suspira desapontada com o próprio ato, mas não tinha mais o que fazer além de
deixar a situação pra lá. — Se eu soubesse que essa criatura fazia esse tipo de som, isso nunca
teria acontecido. — Observando o corvo morto no chão, foi tomada por uma indecisão do que
fazer com o pobre animal abatido. Seja como for, a jovem realizou suas orações e coletou o
corpo como forma de utiliza-lo para alguma utilidade gastronômica. “Eu poderia deixa-lo na
natureza para seguir com o ciclo da vida, mas não foi uma morte natural, então não posso
simplesmente abandonar a carcaça. Quem sabe alguém na cidade possa encontrar alguma boa
utilidade.” Com isso, ela o coloca dentro do pote de ferro que fica preso ao lado da mochila e
volta para a estrada, querendo enfim chegar em Shasu.

Narrador 24/09/2022 - 15:29 — narrado por Cristcalad

Você retoma sua jornada até Shasu após abater o corvo. Mas antes toma alguns minutos
adicionais para recolher o corpo da criatura morta.

Em poucos instantes, você adentrava o vilarejo - que parecia desértico. A maioria dos aldeões
já estavam em suas casas - que eram iluminadas por candelabros. Dekalyn podia ver apenas a
iluminação alaranjada no interior dos lares, na maioria das vezes com as janelas cobertas.
Entretanto, uma figura chama a sua atenção. Havia uma mulher sentada nas escadas em
frente a uma das casas. Ela parecia melancólica e fitava o luar no céu, completamente alheia à
sua presença. Ela tinha cabelos negros e longos e um semblante sério.

DDD 24/09/2022 - 15:33

— Boa noite. Tudo bem com a senhora? — Dekalyn cumprimentava a mulher com um leve
sorriso, mas ela não parecia estar prestando muita atenção nela. — Desculpa incomodar, mas
acabei de chegar na cidade e gostaria de encontrar um lugar pra dormir. — A meio-elfa dava
alguns passos em aproximação, mas não ao ponto de ficar perto demais dela. — Vir de
Vordarim a pé até que não é uma tarefa fácil. — Ela ri brevemente, tentando deixar a conversa
um pouco mais calorosa.

Narrador 24/09/2022 - 15:38 — narrado por Cristcalad

A mulher se levanta de um salto, levando um susto com a presença de Dekalyn. Ela estava
envolta em seus próprios pensamentos e não percebeu a aproximação da clériga. Então ela
abre um sorriso. Mas era fácil perceber que era um sorriso entristecido. Ela então diz: -- Ah,
boa noite. Você é uma viajante? Shasu não costuma receber muitos... não mais. Normalmente
os aventureiros e comerciantes usam a rota de Zashire, que é mais segura.

Ela sorri novamente. Então diz: -- Eu sou Amice. E você, como se chama? Vejo que é uma
devota de Uldarr.

Ela observava os brasões que Dekalyn carregava nas vestimentas. Então ela sorri novamente e
diz: -- Você pode ficar em minha casa, se desejar. Não é muito grande, mas tenho um quarto
sobrando. O que veio fazer aqui, de qualquer forma? Uma peregrinação religiosa, talvez?

Ela parecia medí-la com o olhar. Mas a pergunta se apagava quando finalmente notava que
Dekalyn carregava um rifle nas costas.

DDD 24/09/2022 - 15:45

— Dekalyn, senhora Amice. — Ela se curvava brevemente por respeito e educação assim que
se apresentava. — Estou de passagem. Sigo em direção a Elunore e o caminho mais curto é
esse, mas o motivo de ter escolhido o de Shasu foi por causa das histórias que eu ouvi. — Ela
faz uma breve pausa, tentando evitar de entrar em detalhes, mas apenas pergunta uma coisa.
— Está tão ruim assim? — Havia preocupação em suas palavras. Mesmo que não esteja tão
ruim quanto aparenta, Dekalyn não iria negar seus dons a quem precisava.

Narrador 24/09/2022 - 15:47 — narrado por Cristcalad

Amice a observa e parece surpresa com sua resposta. Ela então diz: -- Elunore...? Ah... a
Academia, é claro... eles estão recrutando, eu ouvi. - ela observa Dekalyn demoradamente.
Então diz: -- Bem, você tem razão... este é o caminho mais curto, de fato. Apenas tome
cuidado nas estradas. Existem histórias de bandos de bandidos que assaltam comerciantes...
ou fazem pior, especialmente com as mulheres.

DDD 24/09/2022 - 15:55

— E eu achando que aquele corvo da floresta já fosse uma coisa bem pior nessa viagem. — Ela
ria brevemente, só pra não perder a piada devido a situação. E então, complementa. — Por
falar nisso, seria falta de educação minha recusar um convite de uma pessoa gentil como a
senhora. Se não for incômodo, é claro. — Dekalyn sorri e então se aproxima após receber o
convide para passar a noite na casa dela.

Narrador 24/09/2022 - 15:57 — narrado por Cristcalad

Amice sorri ao ouvir sua aceitação. Então ela sobe os degraus da escada e abre a porta da casa
e diz: -- Ah, mas é claro. Você pode descansar aqui. Espero que não se importe, mas minhas
acomodações são humildes. - Ela a observa por alguns momentos, parecendo hesitar em dizer
algo. Mas então, depois de alguns longos momentos, ela diz: -- Se não for incômodo... você
poderia me ajudar com algo...?

DDD 24/09/2022 - 16:00

— É claro. — Foi imediato a resposta. Quase que automático no momento em que alguém diz
essas palavras. Parece que suas suspeitas de pessoas precisando de ajuda eram verdades, o
que a fez sorrir bem mais. — Que tipo de ajuda? —

Narrador 24/09/2022 - 16:03 — narrado por Cristcalad

A mulher a observa e solta um suspiro exasperado. Ela então diz: -- Minha filha. Ela também foi
recrutada pela academia. Mas... ela é inocente e tola. Eu... temo que ela não vá sobreviver
muito tempo. Vê, ela não foi feita para uma vida de aventuras. Eu usei minhas economias para
comprar uma carruagem para que ela seguisse para Elunore em segurança... mas meu coração
está apertado e algo me diz que ela está em perigo. Se você também foi recrutada pela
Academia, então vocês devem se encontrar, cedo ou tarde. Poderia, por favor... cuidar para
que ela fique segura?

Ela avança em sua direção e segura suas mãos, enquanto fazia a súplica. Parecia óbvio que a
mulher estava se sentindo desesperada.

DDD 24/09/2022 - 16:20

DDD esperava um tipo de ajuda mais simples, como curar alguém com algum tipo de
ferimento, ajudar na casa com a limpeza ou até mesmo com a comida no fogo, mas esse tipo
de pedido a surpreendeu. Ficando em silêncio enquanto escuta a súplica da mulher, ela pensa
seriamente sobre o assunto, pois isso era algo que escutou por bastante tempo de muita gente
em Vordarim. Obviamente, era certeza de que uma hora iria se encontrar com essa garota,
mas imaginando nos serviços que iria receber pela Academia, era certo que uma hora, essa
mesma garota ficaria a mercê do destino. — S-Senhora Amice, se acalme. — Utilizando de um
tom mais sereno, Dekalyn tenta falar com um pouco de tranquilidade para acalmar as
preocupações daquela mãe. — Infelizmente, não posso prometer a segurança dela, mas
tentarei ficar de olho sempre que possível. Se dermos sorte, a Academia pode até mesmo nos
colocar na mesma equipe, mas nunca se sabe. — Com palavras gentis, Dekalyn vai levando a
mãe até um banco para ela se sentar e se recompor. — Por falar nisso, qual é o nome da sua
filha? —

Narrador 24/09/2022 - 16:24 — narrado por Cristcalad

A mulher a observa e abaixa a cabeça com a respota de Dekalyn. Ela então diz: -- É claro... eu...
compreendo. Ela balança a cabeça negativamente e continua: -- Desculpe pedir algo tão
absurdo. Ela então suspira e a fita novamente, dizendo: -- O nome dela é Sophie. Ela
costumava trabalhar na biblioteca deste vilarejo e acredita que o mundo é um conto de
fadas... Ela suspira demoradamente uma vez mais. Então diz: -- Seja como for, tome cuidado
você também. A Academia não é para qualquer um.

DDD 24/09/2022 - 16:35

— Não é absurdo quando estamos preocupado com quem a gente ama. — Respondia Amice
com um sorriso gentil no rosto, como se entendesse o que ela estava passando. E ouvindo o
nome da filha, logo complementa. — É um nome bonito. Faz jus ao trabalho de bibliotecária.
— Procurando um lugar para se sentar, logo tira a mochila das costas e coloca a arma logo ao
lado, aliviando o peso no corpo depois de uma longa caminhada. — Obrigado por sua
preocupação também, senhora Amice. Estou ciente do que a Academia é capaz. É por isso
mesmo que me ingressei nela. Não para me tornar uma aventureira, mas para encontrar
respostas à muitas perguntas não respondidas. — Suspirando em alívio ao sentir o conforto da
cadeira quando se senta, Dekalyn complementa a conversa. — A senhora é boa de cozinha? Eu
tenho um corvo abatido que pode ser usado em um ensopado como retribuição pela estadia
na sua casa. —

Narrador 24/09/2022 - 16:39 — narrado por Cristcalad

A mulher adentra a casa junto de Dekalyn. Observando o interior, a clériga consegue notar que
o lugar era, de fato, humilde - porém aconchegante. Havia uma lareira acesa queimando lenha
que aquecia a sala de estar. Uma porta adiante levava à cozinha e uma segunda por levava a
um dos quartos. Havia uma pequena escadaria para o andar superior.

Amice observa a clériga e diz: -- Eu já ouvi muitos contos de pessoas que foram atraídas pelas
promessas de poder e riquezas da Academia... apenas para acabarem mortas pouco tempo
depois. Ela então suspira e diz: -- Seja como for... a decisão final é de vocês.

A mulher então assente positivamente à pergunta de Dekalyn e responde: -- Não sou


profissional... mas sei fazer um bom ensopado.

Ela se aproxima para receber o corvo e em seguida se dirige à cozinha depois de fechar a porta
de entrada da casa.

Depois de jantarem o ensopado, Dekalyn seguiu para seu quarto no cômodo superior. Assim
como o restante da casa, o ambiente era simples e humilde. Apenas uma cama e uma
cômodas para guardas suas vestimentas. Você então partiu da casa na manhã seguinte após
um bom café da manhã e deixou Amice e o vilarejo de Shasu para trás, sob os pedidos da
mulher para tomar cuidado em sua jornada.

Várias horas de caminhada se passaram, até que você finalmente alcança uma imensa ponte
de pedra. Esta ponte cruzava um dos maiores rios de todo o continente. Você atravessa a
ponte sem grandes dificuldades, mas percebe que no caminho pareciam haver marcas de
sangue, como se um combate tivesse tomado lugar ali. De toda forma, não haviam traços de
que o combate havia se extendido para qualquer direção, visto que as manchas de sangue
estavam localizadas em um único ponto da ponte.

Sem mais pistas, Dekalyn segue adiante em sua jornada. Ao terminar a travessia da ponte,
terminava o segundo dia de jornada e era forçada a montar seu acampamento pelo cansaço e
pelos perigos da noite.

Sempre tentando seguir viagem pelos trajetos mais curtos, Dekalyn decide atravessar a
floresta que havia depois do Rio. Usando seus conhecimentos de sobrevivência, pode fazê-lo
sem nenhuma dificuldade. Assim que finalmente termina a travessia da floresta, seu terceiro
dia de viagem.

Rumando ao norte na manhã seguinte, Dekalyn encontra finalmente a Estrada Alta


novamente. Seguindo pela segurança das patrulhas esporádicas e mercadores das estradas, a
sua viagem agora seria muito mais simples e uma questão de tempo até alcançar Elunore...
mas era muito tempo. Foram mais dois dias e meio de viagem até finalmente conseguir
enxergar os imponentes muros da Capital Élfica. E Dekalyn se vê extasiada, pois era a primeira
vez que vislumbrava uma arquitetura tão imponente e grandiosa.

Você se aproximava pelos portões oeste da Capital. Assim que chegava perto dos portões - que
estavam fechados - dois guardas se aproximam. Um deles diz: -- Alto lá! O que deseja na
Capital, viajante?

DDD 24/09/2022 - 16:56

— Meu nome é Dekalyn, senhor. Vim de Vordarim em nome da Academia de Aventureiros. —


Informava ela ao guarda da cidade em um tom tranquilo, mostrando sua carta de admissão
que estava guardado na mochila. Ainda impressionada com tamanha arquitetura do lugar, não
era todo dia que podia observar algo do tipo na região em que mora. — Essa cidade é
impressionante... Devem ter levado bastante tempo para construir essas muretas. —

Narrador 24/09/2022 - 16:59 — narrado por Cristcalad

Os guardas se entreolham. Um deles recebe a sua carta de admissão e a lê, suspirando e


dizendo: -- O que essa gente da Academia está pensando...? Ele solta um suspiro resignado e
diz: -- Muito bem, você pode entrar. O segundo guarda se apressa em abrir parcialmente os
portões, permitindo sua entrada.

DDD 24/09/2022 - 17:02

— Obrigada. — Sorrindo após receber a permissão, ela entra na cidade assim que os portões
são abertos e pega de volta a carta de admissão, a guardando novamente na mochila. — E me
desculpe pelo incômodo. —
Narrador 24/09/2022 - 17:06 — narrado por Cristcalad

Dekalyn adentra os portões e segue pelo interior da cidade. Pelo lado de dentro a Capital era
tão imensa quanto vista por fora. Centenas de pessoas caminhavam pelas ruas por todos os
lados e seria muito simples perder-se por lá. Entretanto, você nota placas de identificação
designando o caminho até a Academia e as segue uma a uma. Você vai atravessando alguns
dos distritos da cidade e depois de quase uma hora de caminha no interior de Elunore,
finalmente chega. Já estava começando a anoitecer.

Você adentra o saguão da Academia e se depara com um imenso galpão. Estranhamente, ele
estava completamente vazio. Havia apenas uma figura imponente colocada ali. Uma mulher
com armaduras pesadas e um grande machado nas mãos. No lugar de sua pele, haviam
escamas. Que reluziam em um dourado imponente. Atrás dela, duas imensas asas se abriam. E
sua cauda balançava lentamente de um lado ao outro. Era realmente magnífico.

Ela nota a sua presença e se aproxima. Então diz: -- Ah. Você é Dekalyn, uma das novas
recrutas, não é mesmo?

DDD 24/09/2022 - 17:17

- Woooahh... - Dekalyn não conseguia parar de demonstrar tamanha surpresa pela beleza
daquele enorme lugar, cheio de pessoas e de vida. Caminhando pelas ruas sem tentar se
esbarrar em alguém, foi seguindo as direções até chegar na Academia sem qualquer
dificuldade. E então, lá dentro, havia um único ser de escamas e de asas. Era algo surreal...
Algo que só se encontra em livros de história há muito tempo esquecidos. Mas ali estava um
de pé, bem na sua frente, tornando verdade as palavras que uma vez já leu no monastério e
em outros lugares. Se aproximando com certa timidez, logo escuta a voz surgindo da criatura.
E ao ouvir a voz ''dela'', logo percebe que nem todos eram machos. Se distraindo por alguns
instantes, logo responde a draconata. — E-Er, sim, sou eu. Dekalyn Daphiel Dawngard,
senhora. Mas pode me chamar de Dekalyn ou DDD. — Se curvando em respeito, Dekalyn se
apresenta e cumprimenta a draconata de asas.

Narrador 24/09/2022 - 17:20 — narrado por Cristcalad

A mulher sorri e diz: -- DDD é? Eu gosto de como soa. Ouvi as histórias sobre como salvou
Vordarim. E parece que faz jus à sua reputação. Você é a primeira a chegar. Infelizmente, isso
significa que terá que esperar um bocado. Ela a fita e diz: -- Mas isso também significa que
poderemos nos conhecer um pouco melhor. De qualquer forma, espero grandes coisas de
você, DDD.

DDD 24/09/2022 - 17:21

— Igualmente. — Responde a draconada com certa alegria, mas logo questiona. — Como eu
deveria lhe chamar? —

Narrador 24/09/2022 - 17:23 — narrado por Cristcalad

A draconata para por um instante, percebendo a falha no comportamento e diz: -- Minha


nossa, que grosseria a minha. Eu sou Alxucnak Adalynn. Primeira Cavaleira do Reino e
responsável pela Academia de Aventureiros.

DDD 24/09/2022 - 17:30


— Hahahaha, tudo bem. — Rindo brevemente, diz em seguida. — Talvez possa parecer um
pouco rude da minha parte, mas não é todo dia que se vê uma draconata em carne e osso na
nossa frente. Ainda mais com asas... Então me perdoe se eu me sentir um poudo admirada e
curiosa pela sua aparência. — Ela fica um pouco envergonhada, mas não deixa de sorrir. —
Percebi também que esse lugar está um pouco... — Ela olha os arredores dentro da academia
e complementa. — ...vazio. Devo me preocupar? —

Narrador 24/09/2022 - 17:35 — narrado por Cristcalad

Alxucnak balança negativamente e diz: -- Pelo contrário. Você foi a primeira a chegar, mas em
breve os demais recrutas começarão a chegar. Receio que não conseguirei lhe dar muita
atenção depois disso. Mas teremos muitas chances de nos conhecermos ao longo do tempo.

Ela sorri brevemente. Conforme ela falava, Dekalyn nota que o lugar pouco a pouco começava
a encher. Vários aventureiros de muitas raças e origens começavam a se aglomerar pelo
saguão, lentamente preenchendo-o.

Entretanto, Alucnak não estava brincando quando disse que vocês teriam que esperar um
bocado. Você imagina ter ficado em torno de duas horas aguardando, enquanto os
aventureiros que chegavam tinha chance de começar a conversar uns com os outros. Dekalyn
chegou a conhecer alguns dos nomes e rostos.

Finalmente, uma mulher trajando um longo vestido branco e com um sapo sobre sua cabeça
adentra o salão.

A draconata finalmente se vira para a múltidão e diz:

-- Finalmente... todos estão aqui. Então podemos começar.

A dragonesa parecia olhar diretamente para Sophie. Então ela continua:

-- Vocês que aqui chegaram... estão prestes a iniciar um treinamento intensivo para tornarem-
se os melhores e mais poderosos guerreiros, magos e paladinos dessas terras. Vocês serão a
esperança do futuro de Elunore e das Raças Aliadas! Orgulhem-se! E nos façam orgulhosos de
termos selecionado cada um de vocês. Mas não esperem que será fácil ou que daremos
tratamento especial a qualquer um de vocês. Se desejam algum mérito, conquistem-no.
Descansem de sua viagem e familiarizem-se com os espaços da academia hoje. Amanhã seus
treinamentos começam.

Aplausos irrompem como uma explosão sonora, mesclados com gritos de excitação. Era claro
que a multidão estava empolgada com a perspectiva de treinarem com os melhores. Assim
que termina, a draconesa vira as costas e se retira do saguão, deixando cada um dos novos
recrutas livres para explorarem os arredores. Haviam literalmente centenas de novos rostos
ali.

【 Última Ação 】

DDD 24/09/2022 - 17:48

DDD aproveitava o discurso da senhora Adalynn assim que todos havia chegado no saguão. Era
bastante gente, bem mais do que o esperado pela meio-elfa. Muitos novatos interessantes e
outros até bem mais preparados dado ao desejo de se tornar verdadeiros aventureiros. Seja
como for, as palavras motivaram a muitos e é isso que importa no momento. Depois da
apresentação, a draconata deixa os demais por ali mesmo, a mercê da exploração e
conhecimento do ambiente e das pessoas. E assim que se virou para começar a conhecer a
academia, dá de frente com uma mulher que usava um sapo como chapéu. Suas roupas com
certeza eram chamativas o suficiente para atrair qualquer um para perto de si, mas para
Dekalyn, o sapo era o chamariz perfeito. - Que fofinho! - Sua voz interna e externa se
misturam, falando por alto o que veio a mente. Mas quando percebeu a gafe, logo dá uma leve
tossida para disfarçar. — A-hem... Desculpe. É que achei seu chapéu interessante e não
consegui me conter. — Com um pouco de vergonha, tenta espantar esse sentimento com um
sorriso amigável e gentil, se apresentando para a garota na sua frente. — Eu sou Dekalyn,
muito prazer. Vejo que também quer se tornar uma aventureira. —

Narrador 24/09/2022 - 17:51 — narrado por Cristcalad

Os aplausos da multidão praticamente abafavam completamente as palavras de Dekalyn. A


empolgação de cada uma daquelas almas era óbvia e compreensível. Todos eles desejavam se
tornar renomados e reconhecidos heróis. Por dinheiro, fama, poder... ou para ajudar aqueles
que mais precisavam. Não importavam seus motivos. Mas todos estavam ali com o mesmo
objetivo. E o meio para conseguí-los repousava nas asas de uma exótica draconata dourada.

Era hora de começar sua aventura...

...uma aventura de perigos...

...de emoções...

...de pecados.

...

...

...

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