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VITÓRIA
2019
MICHELLE LUGON VALLADÃO GOMES
VITÓRIA
2019
Dedico esse trabalho a todas nós, mulheres,
guerreiras, autenticas, batalhadoras, que
apesar dos percalços da vida, continuamos
firmes e fortes.
Dedico a minha madrinha Maria da Penha
Gomes, que sempre me apoiou em minhas
escolhas e era uma mulher forte,
determinada, batalhadora.
AGRADECIMENTOS
Ao divino criador que tudo é por me dar saúde e muita força para
superar todas as dificuldades.
A minha orientadora Luzi, por todo o tempo que dedicou a me ajudar
durante o processo de realização deste trabalho, pela paciência por aturar
meus quase surtos e pelo carinho que teve comigo e com meu trabalho.
Ao Fênix por ter nos dado a oportunidade de realizar esse curso de
especialização, todo seu corpo docente com profissionais qualificados que
disponibiliza para nos ensinar, além da direção e a administração, que
realizam, todos, o seu trabalho com tanto amor e dedicação, trabalhando
incansavelmente para que nós, alunos, possamos contar com um ensino de
extrema qualidade e com um excelente ambiente.
Aos meus pais, Carlos Alberto e Simone Lugon, a minha madrinha
Maria da Penha e minha madrasta Paula Portto Gomes por todo o amor que
me deram, além da educação, ensinamentos e apoio.
Aos meus amigos, em especial Layla Lagares, Nathália Meneghel e
Roberta Ferreira por me apoiar, me ajudar, me acalmar, aturar minhas crises,
meu desespero e, a todo o momento, acreditarem em mim e que iria conseguir.
As minhas atendidas do estágio clinico que confiaram, se permitiram,
se entregaram e colaboram de forma inimaginável para o meu aprendizado e
crescimento.
E enfim, a todos que contribuíram para a realização deste trabalho,
seja de forma direta ou indireta, fica registrado aqui, o meu muito obrigado!
“Somos o que fazemos, mas somos,
principalmente, o que fazemos para mudar o
que somos.”
Eduardo Galean
RESUMO
Before all content studied, we have come through this project to explain….
LISTA DE FIGURAS
INTRODUÇÃO ................................................................................................09
1 – ARTETERAPIA ..........................................................................................11
1.1 Conceitos e fundamentos ...........................................................................11
1.2 História .......................................................................................................13
1.3 Especificidade ............................................................................................14
1.4 O setting arteterapeutico e o papel do arteterapeuta .................................15
1.5 Áreas que dialogam com a arteterapia .......................................................17
1.5.1 Psicologia Analítica ..................................................................................17
1.5.2 Gestalterapia ............................................................................................18
1.5.3 Terapias corporais de Reich ....................................................................19
2 – UNIVERSO FEMININO E SEUS DILEMAS ...............................................20
2.1 Aspectos Históricos ....................................................................................20
2.2 A realidade da mulher contemporânea .......................................................23
2.3 Aprisionamentos da mulher moderna: uma breve reflexão ........................27
3 – SIMBOLOS, MITOS E ARQUÉTIPOS .......................................................32
3.1 Símbolos .....................................................................................................32
3.2 Mitos ...........................................................................................................34
3.3 Arquétipos ...................................................................................................35
3.4 Os símbolos, mitos e arquétipos na arteterapia .........................................38
4 – PROCESSO ARTETERAPEUTICO COMO CAMINHO DE INTEGRAÇÃO
PARA O FEMININO: A LIBERDADE INTERNA ..............................................39
4.1 Propostas de vivências iniciais ...................................................................41
4.1.1 Banco de imagens ...................................................................................41
4.1.2 Linha do tempo ........................................................................................42
4.2 Propostas de vivências intermediárias .......................................................43
4.2.1 Modelagem simples .................................................................................43
4.2.2 Pintura com canudo .................................................................................44
4.3 Propostas de vivências principais ...............................................................45
CONCLUSÕES FINAIS ....................................................................................51
REFERÊNCIAS ................................................................................................53
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INTRODUÇÃO
Somos seres humanos e como tais estamos aqui para viver uma vida leve, livre
e da melhor forma possível mas para que isso seja factível, é necessário que o
individuo se auto conheça e saiba lidar com suas emoções, aceitando-as,
compreendendo-as para que consiga equilibrá-las de forma saudável.
Como ser humano, como mulher, desejo que esse trabalho sirva para assistir e
promover interesse dos demais terapeutas no assunto abordado e, com isso,
possam auxiliar cada vez mais mulheres encontrar o seu ponto de equilíbrio
para alcançar o bem estar, vivendo uma vida, em sua inteireza, de boa
qualidade.
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1 CAPÍTULO I: ARTETERAPIA
Esse ato revela um suposto sentido, e cada teoria e método em arte- terapia e
terapia expressiva se apodera desse ato diferentemente, por intermédio desse
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1.2 HISTÓRIA
Cabe ressaltar que, Jung foi um dos principais influenciadores do uso da arte
no processo terapêutico. Segundo ele, nossa potencialidade para criar, onde
aflora o novo, estão compreendidos no nosso inconsciente coletivo e pessoal.
E como o próprio Jung (1920) diz: “Arte é a expressão mais pura que há para a
demonstração do inconsciente de cada um. É a liberdade de expressão, é
sensibilidade, criatividade, é vida.”
1.3 ESPECIFICIDADE
O profissional dessa área tem que seguir o código de ética dos Arteterapeutas,
que foi elaborado pela União Brasileira de Associações de Arteterapia, também
conhecida por UBAAT, o qual designa os princípios, as responsabilidades do
profissional desta área, bem como os direitos e medidas disciplinares.
A psicologia analítica foi desenvolvida por Carl Jung, com base teórica na
psicanálise de Freud, a qual estuda fenômenos da psique através da
consciência e do inconsciente (pessoal e coletivo).
Seja o que for que a Psicologia possa fazer com a arte, terá
que se limitar ao processo psíquico da criação artística e nunca
atingir a essência profunda da arte em si.” (Jung, 1985, p.99)
1.5.2 Gestalterapia
É conhecida como teoria da forma, a qual afirma que, para ter uma
compreensão das partes, antes de tudo, temos que compreender o todo, e que,
por sua vez é mais que a soma dessas partes, é um novo elemento que se
forma para ser percebido.
Reich era médico e psicanalista que teve como base a psicanálise de Freud, no
entanto se distanciou do mesmo para dar ênfase ao estudo da psicologia
somática.
Este processo requer calma e paciência, pois é feito pouco a pouco, camada
por camada, da mais superficial a mais profunda, como descascar uma cebola.
Ato contínuo, a luz do estudo de Moreira (2005) sobre a condição das mulheres
da Roma antiga, observa-se que essas foram excluídas das funções públicas.
Tendo suas relações limitadas à “domus” (casa), eram submetidas ao poder do
homem dentro da família, já que esta era sempre governada pelo pai, marido
ou o sogro.
É de conhecimento amplo que até poucos anos atrás a figura feminina era
tratada como mero objeto doméstico e reprodutor, sem direitos, sem voz, sem
nada. Até determinada época eram objetos de negócio entre famílias.
A autora Moreno (ano), extraordinária, trás em seu livro todas essas questões
discutidas anteriormente:
Com toda essa independência, vem uma questão que será discutida neste
trabalho, a solidão.
Dessa forma, podemos iniciar uma reflexão a cerca de tudo que foi
mencionado nesse trabalho até agora desde as conquistas feministas da
liberdade externa, a adaptação da mulher no mundo moderno e a solidão que
as abarcam na contemporaneidade.
Umas das coisas que se precisa entender é que somos seres sociais,
relacionais e que, apesar de todas as conquistas e discurso feminista sobre ser
feliz sozinha, os relacionamentos inter relacionais são necessários, faz parte da
vida de todo mundo.
A referida autora trás em seu livro sobre os conflitos interno que a maioria das
mulheres se depara alguma hora de sua vida: querer ser independente vivendo
por si apenas e querer depender de alguém para se garantir, o que cria um
vinculo compulsivo entre ter receio e ódio da dependência quanto da
independência.
E é nesse impasse que muitas mulheres esperam ser salvas por algum (a)
herói ou heroína, os quais são idealizados nas mentes como alguém externo,
esquecendo de um fator fundamental: nós somos nossos próprios heróis. Cabe
a nós nos salvar, pois somos, unicamente, detentores deste ‘poder’.
Assim como Platão acreditava que corpo e mente eram separados, muitos
dicotomizam os sentimentos entre bons e ruins.
Nesse sentido, é essencial uma reflexão: o que seria da alegria sem a tristeza?
O que seria da felicidade sem o sofrimento? O que seria da coragem sem o
medo? O que faríamos sem esses sentimentos denominados ‘ruins’?
A pessoa se não tiver medo e, com isso, ter excesso de coragem é capaz de
pular de um prédio acreditando que não irá se machucar. Provavelmente irá
atravessar a rua sem olhar para vê se vem carro.
3.1 Símbolos
3.2 Mitos
Os mitos foram uma maneira que os povos antigos encontraram para narrar
através do imaginário e, ao mesmo tempo da ação, a origem da vida, fatos do
cotidiano (da época) e alguns fenômenos de forma simbólica.
Vale ressaltar que o teatro surgiu na Grécia antiga e retratava muitas historias
da mitologia. Era através da imaginação e da simbologia que as pessoas
tinham acesso a conteúdos da vida e ate da psique coletiva.
3.3 Arquétipos
Os arquétipos são expressos com diversas simbologias, isso vai variar tanto
em relação a função quanto a cultura de cada lugar.
Como já vimos anteriormente os mitos são seres que dão forma aos arquétipos
do inconsciente coletivo e o inconsciente se expressa através dos símbolos.
A autora supracitada afirma também que:
Podemos observar que mesmo com o passar dos séculos, o processo para
alcançar a liberdade internar não é tão simples a ponto de se alcançar sozinha.
Pode até ser que uma ou outra mulher consiga, no entanto a grande maioria
não.
O tema desse trabalho foi escolhido após uma intensa reflexão acerca da
realidade atual. Ademais, duas situações influenciaram para que eu fizesse
essa pesquisa.
A primeira influencia foi uma atendida do estágio clinico individual que trouxe
essa demanda de baixa autoestima, insegurança, ansiedade, medo de ficar
sozinha e, consequentemente, estava vivendo em um relacionamento afetivo
abusivo.
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Essa atendida entrou em contato e foi me encontrar para contar do novo rumo
que ela tomou pra sua vida e para agradecer, solicitando até retornar os
atendimentos para trabalhar outras questões.
A autora Maria Cristina Urrutigaya (2011) explica em seu livro sobre a técnica
da colagem usando a seleção de figuras. Com isso, é importante elucidar sobre
a parte da escolha das imagens, já que a técnica é a mesma com exceção da
colagem:
(...) escolha de imagens selecionadas em revistas, jornais ou
em outros, acrescido da tarefa de ordenação das mesmas,
pode trazer para o ambiente arteterapêutico um bom clima para
o estabelecimento de vínculos mais firmes para com as futuras
tarefas realizadas com outros materiais (...) Imagens de
catástrofes da natureza, de criaturas furiosas, de aleitamento
etc., podem estar sinalizando tópicos dificeis de serem
colocados de maneira mais direta, mas, sem sombra de
duvidas, já estão sendo projetadas para uma futura
confrontação. Quanto mais imagens são utilizadas em uma
mesma configuração, pode-se perceber o grau de defesas
utilizadas pelo cliente. (...) Ademais se constitui em uma
técnica que também atua sobre o padrão: ordem constituída no
cultural e coletivo (a figura escolhida) - recorte do que
interessa, a particularização ou a subjetivação (foco especial
da atenção) - destruição do antigo e coletivo, mas sendo a
construção inerente a uma necessidade e interesse de um
sujeito - para uma nova forma como interpretação individual
dos aspectos culturais, refazendo-se o esquema de ordem,
desordem e nova ordem.
A proposta condiz em pedir a pessoa para, com calma, pensar sobre sua vida
toda e selecionar quatros momentos que reflete fortemente em sua vida atual,
podendo ser momento bom ou ruim.
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Ela vai escolher uma cor para cada momento de acordo com o sentimento dela
e irá cortar o tamanho de acordo com a intensidade que aquele momento tem
ainda para ela. Enquanto isso pode colocar uma musica instrumental de fundo
para ajudá-la a entrar na ressonância da vivência.
Após ter cortado os quatros fitilhos, peça para amarrar um com o outro na
ordem que quiser. Em seguida é o momento de saber o que é cada um, porque
da escolha da cor e do tamanho de cada, qual momento está amarrado em
qual e o motivo e como foi a vivencia para ela.
Essas duas propostas têm por objetivo fazer com que a pessoas tenha uma
visão e postura mais flexível frente a si mesmo e as situações da vida.
A massinha ela nos faz reviver a criança que reprimimos dentro de nós, ao
mesmo tempo em que é uma oportunidade de canalizar a energia. Ademais, a
plasticidade do material nos dá a oportunidade de moldar o que deseja com
facilidade para mudar, caso queira, saindo do modo abstrato para o concreto.
Ao final, iremos conversar sobre o conteúdo final, o motivo de ter feito o que
fez, qual o significado que aquela produto final modelado tem para a pessoa.
Por conseguinte, pedimos a ela para rotacionar sua obra e olhá-la por outro
ângulo, e descrever como é, como se sente olhando por esse outro ângulo.
Em sequencia, peça para que a atendida rotacione mais uma vez e fazer as
mesmas perguntas para chegar a uma reflexão final junto com a atendida:
todas as coisas no mundo têm vários ângulos, inclusive as situações, no
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entanto a maioria de nós seres humanos temos o olhar centrado para apenas
um ângulo de alguma situação. Como seria se olharmos uma única situação
por vários ângulos?
Além disso, essa vivência nos ajuda a refletir sobre ser mais flexíveis em nosso
ponto de vista, nossas opiniões, nossas atitudes. O que é essencial para que
vivermos em sociedade e ter um bom resultado ao final do processo
terapêutico.
Para essa vivencia vamos precisas de uma folha de papel A4, um canudo e
anilinas de cores variadas. O objetivo dessa dinâmica é trabalho a questão do
controle.
Muitas vezes queremos ter o controle de tudo, o tempo todo. Controlar nossa
vida, de nossos filhos, nossa casa, controlar o mundo. No entanto, sabemos
que é minimamente impossível ter controle de tudo o tempo todo e está tudo
bem.
Contudo, não poder controlar tudo, quando algo sai diferente do que
planejamos, para muitas de nós, gera um grande sofrimento. E é isso que
iremos trabalhar nessa vivência.
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Com uma música de fundo, você irá deixa a atendida a vontade para iniciar a
vivencia no momento que ela quiser. Essa vivencia consiste em pensar em
algo a ser pintado e de posse de um canudo, pingar anilina no papel e ir
soprando para fazer o que tinha em mente.
A anilina é bem leve, mais rala, diferente de uma tinta que é mais consistente,
é difícil controlá-la ainda mais com um canudo. Essa é a intenção, mostrar que
nem sempre temos controle das coisas e está tudo bem, assim como fazer a
pessoa refletir que às vezes as coisas não saem do jeito que planejamos, mas
resulta algo belo (bom).
Nosso corpo é o nosso templo. Ele é habitado pela nossa consciência que é o
lar de nossas emoções e sentimentos.
Iniciamos essa vivência explicando o que será feito para a pessoa atendida e
perguntando por qual emoção/sentimento que ela quer começar. Eu indicaria o
medo, caso ela perguntasse.
Assim que a pessoa faz a sua escolha, chega o momento de sair um pouco do
abstrato e ir para o concreto. Nesse sentido, a primeira vivência constitui em
dar forma ao sentimento/emoção escolhido:
Com materiais básicos como farinha, bexiga, palito de picolé, tampa de garrafa
pet, garrafa pet de 600ml, rolo de papel higiênico, lantejoula e miçanga. A
pessoa vai da forma da maneira que desejar.
Dar forma a algo abstrato é de suma importância, uma vez que transformamos
em algo palpável e visual, acaba criando uma organicidade mental e fica mais
fácil falar sobre aquele sentimento como um “personagem” concreto.
A autora Urrutigaray (2011) trás em seu livro sobre o uso de sucata, o que é
muito interessante:
O exercício lúdico de montagem de personagens, como
marionetes ou simples bonecos, a criação de cenários, etc. (...)
provoca estados de profunda virtualidade e criatividade, onde
as dimensões: caos – ordem – desordem – nova ordem
conseguem interagir sem provocar sensações de recusas,
decorrentes das pressões de eliminação de um determinado
objeto, de destruição, de aniquilamento, viabilizando a projeção
desses conteúdos sombrios, provocadores de intensos
abismos sentidos no interior da psique, por meio da percepção
de novas configurações surgidas a partir da transformação, não
destruição, do material original, permitindo a experiência de
que tudo tem uma continuidade e de que, neste processo,
algumas peças são removidas por não serem mais necessárias
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Vivência 1:
Reino – cartolina e lápis de cor e/ou tinta guache.
Por serem mais leves, flexíveis e maleáveis.
Saber a percepção sensória da pessoa acerca desse ambiente.
Perguntar se lá tem algum cheiro, alguma textura, iluminação, barulho.
Saber da pessoa os detalhes do que foi feito, como é o local, porque é
assim, o que ela sentiu qual a sensação que ele traz.
Vivência 2:
Reino – cartolina e giz de cera.
Por ser mais rígido e ‘grosseiro’.
Saber a percepção sensória da pessoa acerca desse ambiente.
Perguntar se lá tem algum cheiro, alguma textura, iluminação, barulho.
Saber da pessoa os detalhes do que foi feito, como é o local, porque é
assim, o que ela sentiu qual a sensação que ele traz.
Ao final de cada uma dessas vivências, haverá uma conversa para a atendida
explicar o conteúdo produzido, o significado que ela deu aquilo, como poderia
melhorar, etc.
Feito isso com as duas vivências é hora de criar um enredo de ligação entre os
dois reinos, uma história de como eles lidam um com o outro. Por exemplo: a
pessoa conta que há guerra entre os dois, quem vence essa guerra? Por qual
motivo? Em quais momentos essa vence a guerra e em qual momento o outro
vence? Há uma maneira dos dois reinos viverem pacificamente? O que poderia
ser feito para que isso ocorra?
Vivência 3:
Criação do Elo
Questionar a atendida como ela criaria um elo entre os dois reinos para que
eles se integrem. Assim sendo, o arteterapeuta irá fornecer algumas opções de
materiais para que a pessoa reflita e escolha, materiais como: cola, durex,
clipes, massinha, etc.
Todavia, o processo terapêutico não acaba por aqui, existe uma continuação e
é necessária. Contudo, como esse é um trabalho de pesquisa, é necessário
delimitar as propostas de vivências por conta de tempo e espaço.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A arteterapia nos trás essa possibilidade, de forma leve e até lúdica, de auto-
expressão, resolução de nossos conflitos internos, de trabalhar nossa auto-
imagem, autoestima, autoconfiança, auto-eficácia. Deixar-nos consciente do
nosso eu, do mundo que nos circunda, dos nossos pensamentos, sentimentos
e nossas escolhas.
Por fim, para fechar esse trabalho com chave de ouro, pedi a pessoa que
atendi no estágio supervisionado e a qual me referi no capitulo anterior, para
que escrevesse um depoimento sobre o processo arteterapeutico dela.
M. C., 27 anos:
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“Bom, sou suspeita a falar da arteterapia por que pra mim foi de longe uma das
minhas melhores escolhas! Eu sai de um relacionamento abusivo e só
consegui resgatar a pessoa que eu era, através da arteterapia. Foi um
processo muito difícil, onde eu me sentia sozinha, desvalorizada e com auto
estima no pé, mas com a arteterapia consegui enxergar em mim a mulher que
eu sempre fui mas que não conseguia ver. Independente, empoderada, bem
resolvida e extremamente apaixonada por quem eu sou.
Realmente a arteterapia, a terapia, salva vidas, sinto que deixei de apenas
sobreviver, pra realmente começar a viver. Sempre grata.”
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REFERÊNCIAS
Antiga e Medieval, Brasil, n. 01, p.48-55, 2 dez. 2001. Anual. Disponível em:
<file:///C:/Users/miche/Downloads/Dialnet-
ConsideracoesSobreACondicaoDaMulherNaGreciaClassic-2226874.pdf>.
Acesso em: 5 jun. 2019.