Você está na página 1de 2

Segundo a Organização Mundial da Saúde (WHO, 2022) drogas são qualquer

substância natural ou sintética capaz de afetar os processos mentais como, a percepção,


o humor, a cognição e as emoções e causar abuso / dependência orgânica ou
psicológica. As substâncias podem ser classificadas em lícitas e ilícitas, as lícitas são o
álcool e cigarro, as ilícitas são as que sua produção e comercialização constituem crime
como a maconha, crack, cocaína e as substâncias inalantes ou solventes (BRASIL, 2020).
O abuso de drogas ,principalmente quando não tratado ,pode aumentar os riscos
de mortalidade e morbidade, desencadear o sofrimento substancial e leva a prejuízos na
vida pessoal, familiar, ou seja, em todas as esferas da vida, além de ser algo custoso a
toda sociedade, pois quem faz uso destas substâncias tende a ser menos produtivo,
aumento dos gastos com saúde, e com a justiça criminal e outros problemas sociais
(WHO, 2022).
A Canabis é um termo genérico usado para preparações feitas a partir da planta
Canabis sativa o seu principal constituinte psicoativos é ∆-9 tetraidrocanabinol (THC).A
Canabis sativa é um arbusto da família das Moracea e cresce espontaneamente em
regiões tropicais e temperadas, as plantas fêmeas não polinizadas são conhecidas como
haxixe (HONORIO et al, 2006).
A maconha é a droga mais consumida, traficada e cultivada do mundo; cerca de
147 milhões de pessoas, ou 2,5% da população usa a substância.Nesta década o uso da
maconha cresceu mais que o uso de cocaína e opiáceos, normalmente a maconha é mais
associada a cultura jovem, e o início de uso da droga é mais cedo em comparação com
outras (WHO,2022). Analogamente no Brasil ocorre o mesmo, segundo o,
3° Levantamento Nacional sobre o Uso de Drogas pela População brasileira cerca de
7,0% da população de 12 a 65 anos, já haviam utilizado a maconha (FIOCRUZ, 2017).
Entre os jovens, público alvo deste trabalho, segundo um levantamento feito em
uma universidade no município de São Paulo com 5944 alunos das áreas de ciências
biológicas o uso da maconha (19,7%) foi maior entre as drogas ilícitas (28,4%), ainda em
outro estudo comparando a população brasileira (18 – 24 anos) e jovens universitários a
prevalência de uso da maconha foi maior para os acadêmicos (17% vs 26,9%) (SILVA et
al, 2006).
Em uma pesquisa feita com estudantes das áreas de tecnologia, saúde e jurídica
da Universidade Federal da Paraíba concluiu se que uso da maconha são por motivos
como fuga da realidade; curiosidade e busca do prazer (COUTINHO,2004).
Segundo Júnior (2018) os estudantes da classe A e B tem maior chance (120%) de
consumir maconha, porém quanto maior o poder aquisitivo maior o uso, que os
estudantes da classe C, D e E,entretanto quando o uso por parte destas classes é
iniciado os estudantes com menor poder econômico ,tendem ao consumo de risco (não
recreativo), enquanto somente 3,1% dos estudantes da classe A tendem ao consumo
risco na classe C o risco é de 10% de se tornarem dependentes da Canabis, ainda
segundo a mesma pesquisa, os alunos não consumidores tem maiores aprovações em
todas as disciplinas , e melhores desempenhos em relação aos alunos usuários, sendo
que com o aumento do consumo da Canabis seus desempenhos tendem a diminuir mais.
SILVA, Leonardo V E Rueda et al. Fatores associados ao consumo de álcool e drogas entre
estudantes universitários. Revista Saúde Pública, 2006. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rsp/a/N5XwmxygMCFfJT4wC4FYSWr/?lang=pt. Acesso em: 19 mar. 2022

HONÓRIO, Káthia Maria et al. Aspectos terapêuticos de compostos da planta Cannabis sativa.


Química Nova, 2006. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/qn/a/LmPbLrC3DY6Z68BK6cMHPbf/?lang=pt. Acesso em: 29 mar. 2022.

COUTINHO, Maria da Penha de L. et al. Uso da maconha e suas representações sociais: estudo
comparativo entre universitários. Psicologia em estudo, 2004. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/pe/a/cRWCJTSPFw895Bnc4gkD8rj/?lang=pt. Acesso em: 29 mar. 2022.

MINISTÉRIO DA DEFESA (Brasil). Marinha. Drogas lícitas e ilícitas. In: GONÇALVES , Paulo


Thiago Bandeira de Mello Buys. Drogas lícitas e ilícitas . [S. l.], 1 jan. 2010. Disponível em:
https://www.marinha.mil.br/saudenaval/content/drogas-l%C3%ADcitas-e-il
%C3%ADcitas#:~:text=As%20drogas%20il%C3%ADcitas%20s%C3%A3o%20subst
%C3%A2ncias,coca%C3%ADna%2C%20crack%2C%20dentre%20outras. Acesso em: 19 mar.
2022.
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. INSTITUTO DE COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO
CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA EM SAÚDE. III Levantamento Nacional sobre o uso de
drogas pela população brasileira. [S. l.], 2017. Disponível em:
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34614. Acesso em: 19 mar. 2022.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Drugs. [S. l.], [0]. Disponível em:


https://www.who.int/health-topics/drugs-psychoactive#tab=tab_1. Acesso em: 18 mar. 2022.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Alcohol, Drugs and Addictive Behaviours Unit. [S. l.],
[0]. Disponível em: https://www.who.int/teams/mental-health-and-substance-use/alcohol-drugs-and-
addictive-behaviours/drugs-psychoactive/cannabis. Acesso em: 18 mar. 2022.
JUNIOR , Alvaro Aberto Ferreira Mendes. Ensaios sobre as associações do consumo de
Cannabis com o índice CCEB, as preferências sobre a legalização e o desempenho
universitário dos estudantes efetivamente matriculados. Boletim UFMG, 6 jun. 2018.
Disponível em:
https://ufmg.br/storage/d/3/c/8/d3c87ec736e7a73699fbb0c9a623ceca_15332995029253_76123835
8.pdf. Acesso em: 19 mar. 2022.

Você também pode gostar