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CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

ANTONIO DE PÁDUA DIAS IBIAPINA


ELENILSON BRITO
LARISSA DE OLIVEIRA SILVA
MARIA ONEIDE SOARES DOS SANTOS
SHEILA CORREIA
VÍRNELY MARCELE VIEIRA NEPOMUCENO

RESENHA SOBRE O ARTIGO: QUEIXAS PSICÓLOGICAS E CONSUMO DE


DROGAS EM UNIVERSITÁRIOS ATENDIDOS EM NÚCLEO DE ASSISTÊNCIA

HORIZONTE-CE
2024
RESENHA

A vida universitária, entrelaçada com sonhos e expectativas, também pode


tecer uma teia de desafios para a saúde mental dos jovens. As demandas
acadêmicas, a pressão por sucesso, a adaptação a uma nova rotina e as
responsabilidades financeiras podem gerar um turbilhão de emoções, como
estresse, ansiedade e depressão.

Nesse contexto, o consumo de drogas surge como uma tentadora, porém


perigosa, ilusão de escape. A busca por aliviar o sofrimento e encontrar refúgio em
substâncias psicoativas, como álcool, maconha e outras drogas, pode mascarar
problemas mais profundos e levar a consequências graves.

Estudos revelam que as queixas psicológicas são comuns entre


universitários. No Brasil, a pesquisa "Saúde Mental dos Universitários Brasileiros"
desnuda a realidade:

 31,7% dos estudantes apresentam sintomas depressivos.


 23,6% sofrem de ansiedade.
 7,4% têm ideação suicida.

Existem diversos fatores que contribuem para esse cenário preocupante:


dificuldades em lidar com o estresse e a ansiedade; pressão para se encaixar em
grupos e atender expectativas; falta de habilidades para lidar com frustrações e
desafios; histórico familiar de problemas psicológicos ou de abuso de drogas; falta
de acesso a serviços de saúde mental dentre outros fatores.

Por consequência o consumo de drogas, que no início busca aliviar o


sofrimento, acaba por gerar uma série de consequências negativas, como: prejuízos
na área acadêmica envolvendo concentração e memória, dependência, prejuízos
socioafetivos, são alguns deles.
Segundo o artigo, 86,7% dos participantes foram de cursos de graduação e
76,4% são do sexo feminino. Além disso, as queixas com maiores percentuais
foram: Humor depressivo (78,8%), Ansiedade (41,2%), Dificuldades em
Relacionamento Familiar (41,2%), Dificuldades em Relacionamentos Interpessoais
(40%) e Dificuldades Acadêmicas (38,8%). Em relação aos relacionamentos
afetivos, o percentual foi maior se tratando do sexo masculino (59%) e dentre o
maior percentual de consumidores de drogas como álcool (substância mais utilizada
entre os participantes), maconha e tabaco, também se encontra o sexo masculino
(85,7%). Considera-se assim, que há uma associação entre as dificuldades de
relacionamento social e familiar, com o consumo de substâncias.

Esses resultados destacam a importância de programas de prevenção e


intervenção em saúde mental direcionados aos estudantes do ensino superior. Vejo
que tem uma necessidade de programas de saúde mental, com o objetivo de
prevenir problemas como consumo de drogas e melhorar o bem-estar dos
estudantes.

Os participantes podem ser ajudados por meio de programas de prevenção e


intervenção em saúde mental específicos para estudantes do ensino superior.
Esses programas podem incluir apoio psicológico individual, terapias de grupo,
orientação acadêmica, promoção de hábitos saudáveis e estratégias para lidar com
o estresse e a ansiedade. Além disso, é essencial oferecer um ambiente acolhedor
e de apoio para que os estudantes se sintam confortáveis em buscar ajuda e
compartilhar suas dificuldades.

A graduação é um período crítico para os estudantes, pois significa ter “um


futuro”, “o emprego dos sonhos” ou apenas a satisfação de agradar a família,
entretanto, isso significa ter um enorme peso nos ombros. Por exemplo, há diversas
notícias em jornais virtuais sobre estudantes que comentem suicídio por serem
reprovados no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Diante disso, a “fuga” que
os estudantes encontram frente a esses cenários é justamente no consumo de
drogas, sendo elas legais ou não. Segundo a Organização Pan- Americana de
Saúde (OPAS) mais homens do que mulheres morreram pelo consumo nocivo de
álcool. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) há um fácil acesso para
adquirir essas drogas e pouca preocupação com o risco de dependência.
O artigo deixa claro que, os elevados percentuais de estudantes com queixas
no âmbito interpessoal sugerem a necessidade de ações de natureza preventiva,
incluindo intervenções destinadas a promover melhorias no funcionamento social.
Programas de intervenção multidisciplinares, envolvendo as áreas de Psicologia,
Enfermagem, Saúde Mental, Terapia Ocupacional e áreas afins, poderiam contribuir
para a prevenção de comportamentos de risco e promoção da qualidade de vida de
populações universitárias. A amostragem dificultou a descrição de algumas
características do público estudado, sendo assim, ficando a prerrogativa de novos
estudos, com maior tamanho amostral, que poderiam contribuir para a melhor e
maior compreensão do assunto.

Infelizmente ao concluir o nosso trabalho, chegamos à conclusão que o


consumo de drogas tem atingido todas as classes sociais e não tem poupado nem
os estudantes universitários e de pós-graduação. Deixando com isso, o número
bastante elevado de queixas psicológicas de estudantes que foram atendidos no
Núcleo de Assistência Psicológica e Psico educacional e de Pesquisas (NAPEP).
Participaram dessa pesquisa, estudantes maiores de 18 anos inscrito no NAPEP,
referente ao período compreendido entre fevereiro de 2011 e junho de 2013.
Portanto segundo a pesquisa realizada, no Brasil e em outras partes do mundo, o
número de jovens que apresentam quadros depressivos nos centros universitários é
bastante elevado.

REFERÊNCIAS

Organização Pan- Americana de Saúde. Cerca de 85 mil mortes a cada ano são
100% atribuídas ao consumo de álcool nas Américas, constata estudo da
OPAS/OMS, 2021.

RODRIGUES, A. Consumo mundial de tabaco cai, informa relatório da OMS.


Agência Brasil, 2024. Disponível em:
https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2024-01/consumo-mundial-de-
tabaco-cai-informa-relatorio-da-oms>. Acesso em: 15 mar. 2024.
RONDINA, R; et al. Queixas Psicológicas e consumo de drogas em
universitários atendidos em núcleo de assistência. Rev. Eletrônica Saúde
Mental Álcool Drog. Ribeirão Preto, v. 14, n. 2, p. 99-107, 2018. Disponível em:
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-
69762018000200006#:~:text=Neste%20estudo%2C%20as%20preval
%C3%AAncias%20de,acad%C3%AAmicos%20sem%20as%20mesmas
%20queixas>. Acesso em 15 mar. 2024.

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